Fim de Semana ARTESP - edição 15

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EDIÇÃO 15 – 03 DE JULHO DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105

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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 03 de julho de 2015.

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EDIÇÃO 15 – 03 DE JULHO DE 2015ASSESSORIA DE IMPRENSA

RAMAL 2105

 24.06.2015

Telemetria é cada vez mais usada por empresas brasileiras

De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes, o Brasil tem 1,7 milhão de quilômetros (km) de rodovias, sendo que 12,4% estão pavimentados. Em consequência das deficiências das estradas do país, há alto consumo de combustível, desgaste acelerado da frota de veículos e maior índice de acidentes.Dessa forma, as transportadoras e embarcadoras buscam soluções eficazes para minimizar essas questões, por meio de equipamentos que usam telemetria para identificar trechos perigosos e planos de gerenciamento de riscos, que juntos conseguem reduzir o número de sinistros.

“Os maiores causadores dos acidentes são a imprudência e o cansaço na direção. Por isso, monitorar estes dois pontos e alinhar as metas da empresa com eles é fundamental na prevenção”, diz Luiz Munhoz, diretor da Mix Telematics (www.mixtelematics.com.br), uma das líderes mundiais em soluções para gestão de frotas.

“O custo dos acidentes, que já é alto e vai continuar crescendo. O custo médio de um acidente no Brasil é avaliado em R$ 58 mil e os maiores fatores que impactam nesse valor são danos ambientais; indisponibilidade da frota; não atendimento aos clientes; ressarcimento a terceiros acidentados e perda de capacidade produtiva e absenteísmo”, destaca Munhoz.

25.06.2015

Encontro debate inovações no controle de sobrepeso em rodovias O Diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, participou da abertura do evento que vai até esta quinta-feira, dia 25/06. Ele falou a importância do evento para que o Brasil adote de vez e com total segurança as novas tecnologias de fiscalização do excesso de peso nas rodovias federais.

O Diretor lembrou que a Autarquia vem desenvolvendo estudos e fazendo testes com a pesagem em movimento há algum tempo. Graças aos estudos realizados em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina construiu um modelo de Postos Integrados Automatizados de Fiscalização – PIAF, cuja a implantação já está programada pelo DNIT.

Segundo, o Coordenador Geral de Operações Rodoviárias do DNIT, Alexandre Castro Fernandes, a Autarquia já licitou os primeiros 35 PIAFs. A licitação por RDC Integrada contrata desde a elaboração dos projetos, a construção/instalação, até a operação e manutenção dos postos. A previsão de que as rodovias brasileiras utilizem a partir de 2017 a pesagem de veículos em movimento, por meio dos PIAFs, abre novos campos de ação e exigirá mudanças em todos os setores envolvidos, assim como a própria legislação.

A realização deste Workshop busca promover a troca de informações e partilhar diferentes visões sobre sistemas e políticas de controle de peso em cargas transportadas pelas rodovias, considerando as perspectivas científicas, tecnológicas e econômicas, assim como seus reflexos no planejamento, gestão e controle da infraestrutura rodoviária. Em cerca de 12 horas de programação serão apresentados e debatidos temas como as iniciativas de vários países para a pesagem em movimento; Os sistemas de pesagem aprovados pela OIML – Organização Internacional de Metrologia Legal –  e as propostas de inovações no sistema que se propõe para o Brasil.

Cerca de 300 pessoas participam do evento no auditório térreo do edifício sede do DNIT na Capital Federal. Entre eles, estão técnicos, gestores e legisladores que desenvolvem atividades relacionadas ao controle de sobrepeso de veículos, profissionais do Ministério dos Transportes, ABCR, Departamentos Estaduais de Rodovias e infraestrutura, CONTRAN, INMETRO e de Empresas privadas que atuam no setor.

30.06.2015

Radar diminui acidentes em rodovias concedidas à iniciativa privadaAs rodovias federais administradas por empresas privadas divulgaram o resultado da instalação de radares que fiscalizam a velocidade. O número de acidentes caiu, em algumas, quase 20%.No asfalto, na mureta de proteção, as marcas de batidas. A cruz na beira da estrada é um sinal de perigo. Mas, o que os motoristas respeitam mesmo é o radar. Onde tem um, pé no freio.

Em rodovias federais concedidas à iniciativa privada, o número de acidentes caiu depois da instalação de radares fixos.Na BR-040, entre Juiz de Fora, em Minas, e o Rio de Janeiro, foram 608 acidentes de fevereiro a junho de 2014. E 493, no mesmo período, em 2015. Queda de 19%.Segundo levantamentos da Polícia Rodoviária Federal, o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes. Basta pegar a estrada para ver que só a sinalização não é suficiente para evitar que alguns motoristas pisem fundo no acelerador mais do que deveriam.

O vídeo acima mostra um dos trechos mais perigosos da Rodovia Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo. A equipe do Jornal Nacional andou a 60km/h, que é a velocidade máxima para caminhões, e eles passaram bem acima dessa velocidade. O vídeo mostra que, alguns quilômetros adiante, onde não há radar, logo depois da curva, um motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou.

Para o engenheiro Osias, especialista em trânsito, tem que aumentar o número de radares.“Você tem que ter, a princípio, em todos os pontos perigosos da rodovia, o controle de velocidade, que é o radar. E fora disso, ao longo da rodovia, mesmo nos trechos menos perigosos, você tem que ter radares espaçados, de alguns em alguns quilômetros, de forma que o motorista não criasse o conceito de andar depressa e só reduzir na hora que tem o radar”, afirma Osias Batista Neto, mestre em engenharia de transporte.

Novos radares vão a funcionar em 16 trechos de rodovias federais concedidas. Entre eles, os da Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba. São 14 radares que começaram a multar nesta segunda-feira (29).“Quando a gente não tem educação suficiente para que não tenha os radares, eles são necessários”, diz um motorista.

 30.06.2015

Caminhoneiros acionam Justiça por prejuízos com incêndio em Santos

Dezenas de caminhoneiros e moradores de Santos, no litoral de São Paulo, estão buscando na Justiça o ressarcimento por vários danos causados pelo incêndio que durou mais de uma semana no terminal industrial da Alemoa no início do mês de abril.Na época, acompanhamos diversos relatos

de caminhoneiros vindos de outras cidades do país. Muitos precisaram improvisar dormitórios na região para, literalmente, não perderem a viagem.No dia do incidente alguns caminhoneiros trabalhavam próximo ao local e precisaram sair correndo. O problema é eles só puderam recuperar os veículos dez dias depois. “A gente não tinha acesso, porque estava tudo bloqueado pelos bombeiros, polícia e defesa civil. Nós não tínhamos acesso à nada. Não sabia nem se meu carro que estava aqui no local ou existia”, reclama o caminhoneiro Wenoaldo Ferreira Alves.Alves e um outro colega de trabalho já contrataram uma empresa especializada para fazer a perícia nos veículos. Em um escritório de advocacia da cidade, por exemplo, já há mais de 100 pessoas que pedem algum tipo de indenização na Justiça por causa do incêndio. Pelo menos 90% delas são caminhoneiros que tiveram prejuízos, principalmente relativo ao bloqueio no acesso ao Porto de Santos, o maior da América Latina.

“Alguns caminhoneiros que estavam próximas aos tanques tiveram abandonar os seus veículos e ficaram por mais de dez dias parados e até impossibilitados de pegar seus pertences. Alguns até tiveram vidros e pintura danificada”, explica a advogada Adriana Rodrigues Faria.

Até o momento, as ações movidas são baseadas em laudos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e parecer do Ministério Público.

Em nota a Ultracargo respondeu que acompanha eventuais ações judiciais e assim que for notificada prestará os devidos esclarecimentos nos fóruns, dentro dos prazos determinados. A empresa afirma que sua operação é feita de acordo com a legislação, e respeita as normas técnicas.

27.06.2015

Viagem de ida e volta na Linha Amarela pode passar a ter um só pedágio

Câmara aprova isenção ao motorista que voltar pela via em até duas horas após o pagamentoRio - Os motoristas usuários da Linha Amarela ganharão o direito de pagar apenas uma vez o pedágio se fizerem uma viagem de ida e volta no intervalo de até duas horas. A medida foi aprovada em sessão extraordinária da Câmara Municipal na noite de anteontem, mas ainda depende da sanção do prefeito Eduardo Paes para entrar em vigor.Se receber o aval do Executivo, o Projeto de Lei 1042/2014 vai valer para carros e motos. Atualmente, quem cruza a praça de pedágio não tem tempo de tolerância para fazer o caminho inverso de graça.

Nova lei, que ainda depende de sanção do prefeito, beneficiará apenas carros de passeio e motocicletas

Foto:  Banco de imagensDe acordo com o texto, elaborado pelo vereador Renato Moura (PSC), o motorista que apresentar o comprovante de pagamento do pedágio, dentro do prazo estabelecido de até duas horas, ficará isento da segunda cobrança. Caberá à Lamsa, concessionária que administra a via, fornecer o benefício da gratuidade

para aqueles que utilizam o dispositivo automático de tarifas, como Sem Parar e similares.“Quero evitar que os motoristas sejam tarifados duas vezes, quando permanecem pouco tempo em seus compromissos. A cobrança de apenas uma tarifa é uma solução prática que também contribuirá para reduzir o congestionamento nas praças de pedágio”, aponta Renato Moura.

O projeto de lei se estende a todas as vias expressas municipais com pedágio. Por enquanto, a Linha Amarela é a única via concedida à iniciativa privada em operação, mas a futura Transolímpica deve ser também afetada pela nova lei.A assessoria de comunicação do prefeito informou que ele terá 15 dias úteis para decidir se sanciona ou não o projeto após tomar conhecimento formal do conteúdo aprovado pelos vereadores. Cerca de 100 mil veículos trafegam diariamente nos dois sentidos da Linha Amarela. A via tem a tarifa de pedágio mais cara da Região Metropolitana, de R$ 5,90. O projeto de lei está em tramitação desde novembro do ano passado. A Lamsa informou que só vai se pronunciar após a análise do prefeito.

Teleférico terá horário estendidoMotivo de reclamações dos moradores do Complexo do Alemão nos últimos tempos, os horários de funcionamento do Teleférico do Alemão serão ampliados a partir da próxima segunda-feira. O novo esquema foi definido ontem à tarde após reunião da SuperVia, responsável pela operação do transporte, com a Secretaria Estadual de Transportes.

No encontro, também foi decidido que o contrato administrativo entre a concessionária e o governo do estado, até então previsto para terminar no dia 7 de julho, foi estendido por mais dois meses. Enquanto isso, a Secretaria de Transportes seguirá com o processo de licitação para a nova administração do serviço.De segunda a sexta-feira, o teleférico vai funcionar das 6h às 20h (em vez das 8h às 20h), e, aos sábados, das 8h às 18h (em vez das 10h às 18h). A operação continuará suspensa aos domingos e feriados. O motivo não foi esclarecido oficialmente.Moradores do Alemão devidamente cadastrados e munidos de RioCard têm direito a duas passagens gratuitas por dia. A cobrança permanece apenas na estação Bonsucesso.

30.06.2015

Concessões do governo federal criam oportunidade para MPEsMicro e pequenas empresas podem se beneficiar do plano se forem capazes de fornecer produtos e serviços para grandes corporações

Uma das opções que um pequeno negócio tem para crescer é se inserir na cadeia produtiva de grandes empresas. E uma grande chance para fazer isso foi aberta com o anúncio do Plano de Investimentos em Logística (PLI) pela presidente Dilma Rousseff no início de junho. A iniciativa deve gerar investimentos da ordem de R$ 198 bilhões, e o Sebrae calcula que as micro e pequenas empresas possam faturar até R$ 11,8 bilhões com as oportunidades de negócio criadas pelo plano.

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A estimativa foi feita com base na experiência do Programa de Encadeamento Produtivo, projeto por meio do qual o Sebrae ajuda micro e pequenas empresas a se inserirem nas cadeias produtivas de vários setores. A iniciativa tem dez

anos e já capacitou cerca de 20 mil fornecedores de pequeno porte a fechar acordos com grandes corporações. Com o PLI, as oportunidades devem surgir a partir das concessões que serão feitas pelo governo federal à iniciativa privada.

“A nova fase do Plano de Investimento em Logística representa uma grande oportunidade para que empresários de pequeno porte se tornem fornecedores de grandes empresas em contratos para construção ou concessão de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos”, afirma Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional.

Apenas no setor de transportes, o plano vai incluir obras em 11 rodovias, totalizando 4.382 quilômetros. Esses projetos vão demandar uma série de itens que podem ser fornecidos pelas micro e pequenas empresas, como equipamentos de proteção individual, materiais elétricos e hidráulicos, tintas, ferragens, transportes de pessoas e materiais, locação de veículos e maquinário, entre outros.Não por acaso, um dos ramos que mais deve se beneficiar com o plano de concessões é o da construção civil, no qual as micro e pequenas empresas já têm

uma participação importante como fornecedoras, faturando entre 6% a 12% do valor total gasto em uma obra.“As obras nas rodovias demandam serviços de alimentação, topografia, paisagismo, serviços de locação de maquinário, de veículos e de mão de obra. E como as rodovias e ferrovias são cada vez mais afastadas dos centros urbanos, as grandes empresas vão tentar ao máximo contratar empresas locais para reduzir custos”, explica Barretto.

Outro nicho promissor é o de negócios vinculados ao transporte aéreo, pois o plano prevê conceder à iniciativa privada a administração dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis. “Os aeroportos possuem uma cadeia produtiva muito longa, que envolve desde obras para ampliação de pistas e dos terminais de passageiros quanto toda a estrutura interna, com o varejo, oferecimento de bens e serviços, e a própria operação e manutenção do aeroporto”, afirma o presidente do Sebrae.

Hora de decolar Segundo o Sebrae, que já mantém parceria com o Aeroporto de Guarulhos, o setor aeroportuário é um dos que apresentam previsão de retorno mais rápido dos investimentos. Apenas no Consórcio GRU Airport, a entidade mapeou 104 possíveis fornecedores atuando em 42 ramos no entorno do aeroporto. O potencial de compra estimado pelo projeto foi de R$ 23 milhões, sendo que R$ 42 milhões já eram comprados localmente pelo aeroporto.

Uma das grandes vantagens que as micro e pequenas empresas oferecem em relação aos grandes fornecedores está no campo da logística. Na maioria das vezes é mais vantajoso comprar de um pequeno negócio próximo ao local de execução da obra ou de prestação do serviço do que recorrer aos grandes centros.No entanto, mesmo saindo na frente da concorrência, as micro e pequenas empresas ainda têm o grande desafio de se capacitar para conseguir entrar na cadeia produtiva das grandes corporações. Entre as exigências mais comuns para atuar nessa área está a capacidade de atender grandes demandas em um curto espaço de tempo.

O Sebrae ajuda a capacitar pequenos negócios interessados em entrar nessas cadeias produtivas por meio do Programa de Encadeamento Produtivo. A entidade oferece consultorias em inovação, gestão e treinamento, além de realizar estudos de inteligência competitiva e promover rodadas de negócios, visitas técnicas e formação de grupos de aprendizagem.

29.06.2015

Lava Jato pode complicar liberação de recursos do BNDES para rodovias concedidas Concessionárias de rodovias estão preocupadas com o impacto da da Operação Lava Jato sobre os empréstimos do BNDES que são parte da negociação política que viabilizou a entrada das empresas no negócio. Nos próximos dias o governo espera que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comece a liberar os empréstimos de longo prazo para os consórcios que venceram os leilões de rodovias realizados em 2013. Esses grupos são compostos, em boa parte, por construtoras que hoje estão no alvo da Polícia Federal na Operação Lava Jato, com destaque para a Oderbrecht.Quando o governo leiloou as rodovias, prometeu financiamento do BNDES de duas formas. Primeiro, um empréstimo-ponte, de liberação rápida, que permitiria aos consórcios duplicarem pelo menos 10% do trecho concedido – uma condição necessária para a cobrança do pedágio. Paralelamente, seria liberado um empréstimo de longo prazo para fazer o restante dos investimentos previstos no contrato, principalmente concluir a duplicação de todo o trecho no prazo de cinco anos.O empréstimo-ponte saiu para quase todos os vencedores, exceto a Galvão Engenharia, que arrematou o trecho da BR-153 em Goiás e Tocantins em maio de 2014, dois meses depois do início da Lava Jato. Sem o empréstimo, o consórcio pretende repassar a concessão, segundo se informa no governo. A conclusão do negócio é esperada para breve.Já o empréstimo de longo prazo não saiu para nenhuma das vencedoras, que desde o ano passado se mostram preocupadas com o risco de atraso. Mas, segundo técnicos do governo, a primeira operação do tipo está prestes a sair. E essa não será polêmica, porque o tomador é a concessionária MGO Rodovias, formada por um conjunto de médias construtoras que não são alvo da Polícia Federal. A concessionária é responsável pela BR-050 (GO/MG), no trecho de 436,6 quilômetros que começa no entroncamento com a BR-040, em Cristalina (GO), e se estende até a divisa de Minas Gerais com São Paulo, no munícipio de Delta (MG).Porém, estão na mesma fila os consórcios formados por Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Triunfo. A previsão é que tenham acesso à linha de longo prazo tão logo concluam os 10% de duplicação e sejam autorizadas a cobrar pedágio. Se tudo correr como o previsto, as liberações ocorrerão ao longo do segundo semestre.Segundo fontes da área técnica, o empréstimo deverá ser liberado porque as concessões não são das construtoras, e sim de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) da qual elas fazem parte. Além do mais, do ponto de vista financeiro, a operação é vista como sólida porque os empréstimos serão pagos com o que a concessionária gerar de caixa pela cobrança de pedágio. Esse modelo em que a

receita do negócio é sua própria garantia, chamada de “project finance”, foi uma das principais inovações do Programa de Investimento em Logística (PIL).

30.06.2015 

ANTT apreende 53 veículos usados para transporte pirata de passageiros em São Paulo

A segunda edição da Operação Golfo de Áden, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre 16 e 21 de junho em São Paulo, resultou na apreensão de 53 veículos utilizados para o transporte clandestino de passageiros. A ação teve foco na região central da capital paulista e em torno do bairro do Brás,

um dos pontos de grande concentração desembarque de usuários de veículos sem autorização para viagens rodoviárias.

Expandida também para áreas rurais, a ação contabilizou 151 veículos inspecionados, que levavam, no total, cerca de 1,5 mil passageiros. Foram aplicados 80 autos de infrações por irregularidades como falta de

condições de segurança e itens obrigatórios com defeitos.

Os agentes tiveram a contribuição da Polícia Militar por meio do Comando de Policiamento de Trânsito e de agentes da SPTRANS, empresa pública responsável pela fiscalização do transporte no município de São Paulo. Estendida também para a área rural, a fiscalização contou com a participação do Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-SP). Na avaliação do coordenador de fiscalização de São Paulo, Basílio Militani Neto, “a elevada demanda por esse tipo de transporte aliada ao intenso dinamismo observado nos infratores que tentam burlar a fiscalização, por meio de inúmeras rotas de fuga, exige o emprego do máximo de empenho operacional”.

Novas regras que passaram a valer em 2014 preveem a apreensão por 72h do veículo irregular. Além da autorização para fazer as viagens, os ônibus vistoriados devem estar com a inspeção veicular em dia e motoristas, livres de processos criminais.O passageiro que observar qualquer irregularidade pode fazer uma denúncia à Ouvidoria da ANTT pelo telefone 166, pelo e-mail [email protected], na aba

Fale Conosco do site da Agência, ou pessoalmente, nos pontos de atendimento da ANTT.

30.06.2015

ENVOLVIDOS EM ACIDENTES LEVES EM RODOVIAS PODEM REGISTRAR OCORRÊNCIA PELA INTERNET

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) lançou, nesta terça-feira (30), em Brasília (DF), a e-DAT (Declaração Eletrônica de Acidente de Trânsito). O novo serviço permite que uma pessoa que tenha se envolvido em algum acidente sem vítimas faça uma ocorrência pela internet. A declaração vale para acidentes que ocorram nas rodovias federais sob a responsabilidade da PRF e podem ser feitas em até 60 dias depois do ocorrido.

A declaração, segundo a PRF, substitui o boletim elaborado pessoalmente pelos policiais rodoviários federais. O intuito é priorizar o atendimento a acidentes graves ou que comprometam a segurança, além de garantir mais quadro para atividades preventivas e de combate ao crime.“Hoje, os pequenos acidentes correspondem a 50% dos atendimentos realizados pela Polícia Rodoviária Federal. O que a PRF vislumbra é que com essa disponibilidade policial, consiga ajudar a diminuir a letalidade dos acidentes mais graves. Já para o usuário, o sistema garante mais celeridade e comodidade”, comentou Diego Brandão, assessor de comunicação da PRF.

O sistema já está disponível para todo o Brasil desde segunda-feira (29). A ferramenta pode ser utilizada somente em casos de acidentes que envolvam até cinco veículos, que não tenham nenhuma pessoa ferida ou morta e que não tenham provocado danos ao meio ambiente ou ao patrimônio público.A PRF alerta que ocorrências que envolvam vazamento de produtos perigosos, veículos oficiais ou em casos de colisões em que há algum crime relacionado, como embriaguez, não podem ser registradas por meio do sistema.O sistema é gratuito e a e-DAT será emitida em até cinco dias úteis, após validação da PRF. Cada envolvido pode fazer sua própria declaração e, se houver acordo entre as partes, pode ser feito um único documento com os dados de todos os envolvidos.

Como fazer uma e-DATConforme artigo 178 do Código de Trânsito Brasileiro, os envolvidos em acidentes devem retirar os veículos da rodovia, para garantir a segurança e a fluidez do tráfego. A PRF orienta que é preciso anotar o local (BR, quilômetro e sentido), a data e o horário da ocorrência. Fotografar os veículos e os danos, coletar os dados de todos os envolvidos e listar eventuais testemunhas. Para fazer uma declaração

on-line é obrigatório que o usuário tenha um e-mail para a comunicação entre o órgão e o cidadão.A declaração eletrônica é um documento reconhecido pelos demais órgãos e pelas seguradoras de veículos.

02.07.2015

ANTT regulamenta novo regime de transporte rodoviário de passageiros

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) publicou, no Diário Oficial da União dessa terça-feira (30), a Resolução 4.770, que normatiza a prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de autorização. O novo regulamento entra em vigor a partir do dia 29 de julho de 2015.

Com a publicação da Lei nº 12.996/2014, a delegação dos serviços regulares de transporte rodoviário de passageiros passa a ser feita por meio de autorização, sem caráter de exclusividade e exercido em liberdade de preços dos serviços e tarifas. Antes, as empresas operavam com permissão - exigência de licitação – ou por autorização especial - delegação temporária. O transporte interestadual semiurbano de passageiros mantém-se por meio de permissão.

As novas regras devem ser observadas por empresas interessadas em operar os serviços regulares. Para que uma transportadora se habilite a receber autorização, deverá cumprir requisitos como: possuir regularidade jurídica, fiscal e trabalhista; regularidade financeira; ter experiência nesse tipo de prestação; submeter a frota anualmente à inspeção técnica veicular; apresentar instalações adequadas para a prestação dos serviços; implantar sistema de monitoramento; entre outras exigências. As empresas operadoras terão 120 dias para se adaptar às novas regras.

O regime traz melhorias para a qualidade da prestação do serviço e a fiscalização da ANTT. De acordo com a Agência, as novas regras possibilitarão viagens com mais qualidade para os usuários, já que se terá constante atualização da tecnologia veicular, ocasionando aumento de conforto com a exigência de idade máxima de 10 anos para os ônibus e idade média de 5 anos para a frota; aumento da segurança com o estabelecimento de normas para período de inspeção técnica e manutenção; maior flexibilidade e agilidade no atendimento de novos mercados, facilitando o ajuste da oferta à demanda de transporte; entre outras melhorias.

01.07.2015

ONG alerta que eficiência de cadeirinha em transporte escolar depende de cinto de três pontos

Comemorada por pais e criticada por empresas do ramo de transporte escolar, a aprovação da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que determina

o uso de cadeirinhas em ônibus e vans é um avanço discutível na segurança de crianças. De acordo com a ONG Criança Segura, o dispositivo só garante a segurança dos pequenos se afixado em cintos de três pontos.

No entanto, a maior parte da frota oferece somente cintos de dois pontos.“Vias e veículos foram projetados para a utilização e circulação de adultos, e as crianças encontram-se em grande vulnerabilidade. Seus corpos ainda não estão completamente desenvolvidos, o que as deixa mais suscetíveis a lesões; as cabeças são mais pesadas; e a estatura facilita sua movimentação entre os vãos livres em casos de impactos e o não uso de equipamentos de retenção. Sabemos que, se corretamente instalados, os dispositivos podem evitar 71% dos casos de morte e 69% das hospitalizações”, avalia Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da Ong Criança Segura.

Dados do Datasus mostram que 1.862 crianças de até 14 anos morreram em acidentes de trânsito em 2012. Em 30% dos casos, as vítimas eram passageiras de automóveis, uma alta de quatro pontos percentuais em relação a 2011. Ainda segundo as estatísticas, 9% estavam na garupa de motocicletas, 31% foram atropeladas, 7% pedalavam e 23% restantes envolveram-se em outros tipos de acidentes. Neste mesmo período, 14.720 crianças foram hospitalizadas devido à violência no trânsito.Testes de colisão mostram que, num acidente, uma criança de 10 kg, em um carro com velocidade de 50 Km/h, passa a ter 500 quilos ao ser lançada para frente. “Ou seja, mesmo no colo, um adulto não conseguiria segurar a criança nessa situação ou até poderia esmagá-la contra o banco da frente”, alerta Gabriela.

ResoluçãoVeículos escolares usados no transporte de crianças com idade até sete anos e meio deverão ter instaladas cadeirinhas. A determinação, segundo o Contran

(Conselho Nacional de Transporte), vai oferecer mais segurança para os menores nos deslocamentos até a escola.A obrigatoriedade foi decidida na última reunião do conselho e a portaria específica será publicada no Diário Oficial da União (DOU). Para quem ignorar a regra, a multa será de R$ 191,54.Ainda dentro das novas normas, crianças de 1 a 4 anos deverão usar cadeirinhas com encosto e cinto próprio. Crianças com idades de até sete anos deverão usar assentos com elevação, que possuem cinto de segurança na altura do pescoço. Continuam desobrigados a ter cadeirinha, no entanto, as vans e os ônibus que não sejam de transporte escolar, além dos táxis.A regra já vale para carros de passeio, e não para transporte coletivo, como vans e ônibus, de aluguel, táxis e os demais com peso bruto superior a 3,5 toneladas. Continuarão desobrigados de oferecer cadeirinha vans e ônibus que não sejam de transporte escolar.

03.07.2015

Primeiro double-decker elétrico chegará a Londres em outubroLONDRES - Um dos maiores símbolos de Londres ficará mais ecológico. Os famosos ônibus de dois andares, os double-deckers, serão convertidos a veículos elétricos. Em outubro, o primeiro deles começará a ser testado na rota 16, entre Cricklewood e Victoria Station.— Muitos acreditavam que um double-decker 100% elétrico não seria possível por causa do tamanho das baterias. No entanto, graças às novas tecnologias, Londres poderá garantir mais esse pioneirismo. O novo double-decker elétrico terá emissão zero — prometeu o prefeito da capital britânica, Boris Johnson.

As novas tecnologias em questão foram desenvolvidas pela BYD, montadora chinesa especializada em veículos elétricos. A Transport for London, responsável pelo sistema de transporte público da cidade, espera ter toda sua frota exclusivamente elétrica nos próximos anos. Atualmente, oito ônibus de um andar exclusivamente elétricos já circulam por Londres.

01.07.2015

CONCESSÃO DE INFRAESTRUTURA NÃO REDUZ CUSTO BRASIL, DIZ ESPECIALISTASÃO PAULO - O programa de concessões anunciado pelo governo Dilma Rousseff para incentivar investimentos em infraestrutura no Brasil não pensa os transportes do país de forma sistêmica e não deve ter grande efeito na diminuição do chamado custo Brasil. A avaliação é do economista Mauro Rochlin, professor da Fundação Getúlio Vargas/FGV e sócio-diretor da MR Consultoria.

Em palestra durante evento sobre a indústria brasileira, nesta terça-feira em São Paulo, Rochlin disse que a atual matriz de transportes do Brasil, fortemente baseada no modal rodoviário, é insuficiente para integrar o espaço de dimensões continentais do país.

"É preciso ver os transportes de forma sistêmica. O programa de concessões em infraestrutura não me parece atender ao requisito de pensar de forma articulada diferentes modos de transporte", disse. 

Rochlin tratou da logística como um dos pontos mais importantes para o custo de operação da indústria no Brasil. Segundo ele, a logística é equivalente a 11,7% do PIB no país, mas representa 9,3% do PIB nos EUA.

Além da logística, Rochlin tratou de outras causas do custo Brasil, avaliando a diferença de custos que as empresas que operam no país enfrentam em relação às de outros países. O economista destacou os problemas de competitividade domésticos, como gastos com mão de obra, logística, tributação, energia e burocracia, além de câmbio e taxa de juros.

Rochlin criticou ainda a baixa produtividade da mão de obra no país. "Nas últimas três décadas, o Brasil alcançou um crescimento medíocre em termos de produtividade. Em termos de mão de obra, temos uma situação cada vez mais difícil em relação ao resto do mundo", disse.

01.07.2015

Idosos são as maiores vítimas de acidentes de trânsito em São Paulo

A cada grupo de 100 mil habitantes, 21 idosos morrem em acidentes de transporte terrestre no estado de São Paulo. O número é menor que a média do país, que registra 31,1 mortes por 100 mil habitantes, mas é superior a países considerados desenvolvidos em segurança viária, nos quais o quadro geral de mortos [incluindo idosos] em acidentes de trânsito não ultrapassa cinco mortes a cada grupo de 100 mil.Os dados fazem parte de um estudo elaborado pelo Observatório Paulista de Trânsito, vinculado ao Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), e apresentado durante ciclo de palestras sobre segurança viária para idosos, na sede do órgão. O estudo foi desenvolvido em parceria com a Fundación Mapfre.

De acordo com os dados, em 2013 ocorreram 44.812 mortes em todo o país por acidentes de transporte terrestre. Desse total, 6.598 eram idosos. No estado de São Paulo, foram 6.809 mortes. Desse total, 1.119 pessoas tinham mais de 60 anos.No ano passado, 2.952 idosos vítimas de acidentes de trânsito foram internados no estado. No mesmo período, o registro nacional chegou a 14.908. Em 2013, segundo o estudo, 2.905 idosos foram internados em São Paulo em consequência de acidentes de trânsito, enquanto no país esse número somou 14,5 mil pessoas.Metade dos idosos que morreram no estado em 2013 por causa de acidentes de transporte terrestre foi vítima de atropelamento. Os atropelamentos também respondem por pouco mais da metade (55%) das internações de idosos em São Paulo no ano passado.“O que observamos no estado é que os dois tipos de vítimas mais frequentes nessa faixa etária são por atropelamento nas vias ou por acidente dentro do

automóvel”, informou o coordenador do Observatório de Trânsito do Detran, José Antonio Oka.

Outro dado que chamou atenção dos pesquisadores é o crescimento do número de idosos vítimas de quedas. “Parte delas ocorre nas vias. São quedas em coletivos, calçadas e ao atravessar a rua. Isso está provocando óbitos na população idosa. Os dados mostram que é preciso atenção e investigação para se buscar soluções”, acrescentou José Antônio.

Capitã do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Adriana Leandro de Araújo explicou que, embora não disponha de dados concretos, os bombeiros atendem muitas ocorrências envolvendo idosos no estado. Segundo ela, as principais são quedas, acidentes de trânsito, incluindo atropelamento, e também quedas no interior de veículos, principalmente de transporte público. “Entre as vítimas fatais, percebemos que 9% são idosos”, esclareceu Adriana.

Para Antonio Oka, a grande quantidade de mortes de idosos em acidentes de trânsito pode ser explicada, em parte, pelo envelhecimento da população. “Há necessidade dos setores públicos e da sociedade se prepararem para a nova realidade. Precisamos de melhores opções de deslocamentos para esse público. Temos de adequar os semáforos para que esse público possa fazer a travessia. Também precisamos de transportes públicos adequados e outros desafios para que a qualidade de vida dessa população seja aperfeiçoada em relação à realidade atual.”Para evitar que os idosos sejam vítimas de acidentes de trânsito, há algumas recomendações gerais. “Como a forma mais comum é o atropelamento, a principal orientação é que o motorista, ao circular por uma área com muitos pedestres, redobre a atenção. É preciso diminuir a velocidade e dirigir com mais atenção. Com relação ao idoso condutor, ele precisa se informar com seu médico, nas consultas e na renovação da habilitação, sobre alguma limitação que esteja sofrendo”, acrescentou Oka.“É preciso estar sempre atento ao que se está fazendo. Não andar com volume grande, sempre procurar atravessar na faixa, respeitar os sinais de trânsito e ficar visível para os carros. Essa recomendação não é só para os idosos, mas para todos os pedestres”, concluiu a capitã Adriana Leandro.

01.07.2015

Violência no trânsito em rodovias federais caiu 29% em quatro anos

A taxa de letalidade nas rodovias federais, índice que mede a violência no trânsito, teve queda de 29% em 2014 comparado a 2010. No ano passado, os 168.593 acidentes registrados deixaram 100.396 feridos e 8.277 mortos. Já comparados a 2013, os índices representam queda de 15,3% na taxa de acidentes, 8,4% nas mortes e de 9,2% no número de feridos. Os índices têm como base a frota nacional, que aumenta gradativamente. Em 11 anos a alta foi de 136%: o Brasil passou de 36,6 milhões em 2003 para 86,7

milhões de veículos em circulação no ano passado.Entre as ações com foco na redução dos acidentes, a PRF adotou a Declaração de Acidente de Trânsito Eletrônica (e-DAT), sistema que permite aos motoristas envolvidos em acidentes sem vítimas a registrarem a ocorrência pela internet. Além

de simplificar o processo, a ferramenta exclui a necessidade de deslocamento de guarnição policial para o chamado e permite que os policiais estejam disponíveis para o atendimento a ocorrências mais graves nas BRs.

A fiscalização também é intensificada para a prevenção de acidentes letais. O policiamento foi equipado com novas tecnologias como câmeras de videomonitoramento e radares mais modernos. As ações são pautadas com base nas estatísticas que mostram as características dos acidentes e os locais de maior incidência. O endurecimento da legislação, que aumentou o rigor das punições e os valores de multas, também é um aliado na redução da letalidade.Em 2014, a PRF levou para mais de 600 mil pessoas projetos de educação para o trânsito com o objetivo de provocar mudanças de atitudes em todos os usuários das rodovias, sejam pedestres, condutores ou passageiros, priorizando a segurança e a cidadania no trânsito. Somadas, essas ações já atingiram, no período de 2011 a 2014, cerca de 1.265.000 pessoas.

26.06.2015 

Para dizer que não falei de carga!

Doze mil é a média diária de carretas e caminhões que acessam a Baixada Santista. Três mil só do "vira”. Foram dados apresentados em painel do recém-encerrado "20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito” da ANTP, realizado em Santos-SP.Os dados estão mais para pico que média. Ainda assim, são impactantes: Em fila, para-choque a para-choque, os veículos cobririam 240 km. O suficiente para percorrer a Via Anchieta e todo o Rodoanel quando concluído! Só os caminhões do "vira” abraçariam toda a "Ferradura” em torno do Estuário; começando em Santos, passando por Cubatão e terminando no Guarujá.

Não precisa ser especialista para saber que não é possível tratar-se de mobilidade na região sem levar em conta o fluxo de cargas; certo? Curioso, porém, é que ela passou ao largo da centena de sessões do evento... ainda que realizado a menos de 2 km do maior porto da América Latina e do Hemisfério Sul. E, quando mencionada, foi meio en passant; algo como para fraseando Vandré: "para não dizer que não falei de flores”.

"Plano de Mobilidade Urbana” – PMU passou a ser obrigatório para municípios médios e grandes (Lei nº 12.587/12). Condicionam liberação de verbas e sujeitam gestores às "penas da lei”. Não poderia, mesmo, deixar de ter sido um dos eixos do evento. Aliás, o serviço que o Ministério das Cidades montou no stand da ANTP na feira para, pedagogicamente, atender prefeitos, secretários e técnicos, distribuir CDs orientadores e explicar o passo-a-passo, foi o mais concorrido.Também, o primeiro painel, reunindo dirigentes do primeiro escalão dos três níveis de governo, teve justamente o instigante título: ”Plano Diretor e Plano de Mobilidade andam juntos”. Não é que nas 2h30 do painel a palavra "carga” não foi sequer mencionada? Contrastando com a bicicleta, o hit do momento, parklets, fachada ativa, etc, caminhão foi mencionado uma única vez... ainda assim como estorvo!O evento foi, apenas, um caso particular dessa disjunção entre mobilidade e logística; algo hoje razoavelmente assentado: difícil entender-se como chegamos a esse anacronismo!Tem-se, normalmente, mobilidade como algo relativo a gente/pessoas; logística, a cargas. Mobilidade é municipal ou, no máximo, estadual; logística, federal.

Mobilidade é coisa do Ministério das Cidades; logística da Secretaria de Portos – SEP e/ou do Ministério dos Transportes – MT. Mobilidade está balizada pelo "Estatuto das Cidades” (Lei nº 10.257/01) e pela "Política Nacional de Mobilidade Urbana” (Lei nº 12.587/12). Para logística não há lei específica e abrangente; apenas para alguns de seus componentes, como os portos (Lei nº 12.815/13); leis referenciadas a diferentes capítulos da Constituição. O mesmo se dá com a regulação e, salvo raras exceções, com suas associações, publicações, "tribos” e eventos: raramente são comuns.Pena! Pena porque o território onde mobilidade e logística atuam, atendem e que têm que dar respostas são geralmente comuns. Os viários que utilizam são, majoritariamente, os mesmos. Os provedores e beneficiários também. Não raro, as origens e destinos. Um é insumo do outro; o outro, insumo do um!Como, então, ser mobilidade e logística tratadas como se fossem coisas independentes; coisas autônomas? Como planejá-las e geri-las separadamente (principalmente nas cidades, regiões metropolitanas e macrometropolitanas)?Os portos estão, neste momento, discutindo os Planos Mestres, recebidos da SEP, e terão que rever seus "Plano de Desenvolvimento e Zoneamento –PDZ”. Os municípios, por seu turno, revisam seus Planos Diretores e precisam elaborar seus Planos de Mobilidade: oportunidade privilegiada para que haja uma discussão conjunta (não paralela!) dos temas; para que se explorem as sinergias entre eles.Frederico Bussinger, ex-secretário de Transportes de São Paulo; ex-presidente da CPTM e SPTRANS; e ex-diretor do Metrô/SP 

AGENDA 2015

AgostoIX Congresso Brasileiro de Regulação – ABARDe 17 a 20 de agosto em Brasília

Setembro5a edição do Salão de Inovação ABCR14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília

XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego10 a 13 de setembro em Gramado (RS)

Novembro TranspoQuip Latin America10 e 12 de novembro em São Paulo

2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo