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Filosofia da mente, psicologia cognitiva Prof. Gustavo Gauer UFMG – D Psi Psicologia Experimental III

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Filosofia da mente, psicologia cognitiva

Prof. Gustavo GauerUFMG – D Psi

Psicologia Experimental III

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Aristóteles – Psyche em três níveis

1. Alma vegetativa• Alimentação e reprodução

2. Alma sensitiva• Percepção e movimento

3. Alma racional• Pensamento e vontade

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Descartes

• Cogito: “penso, logo existo” é a única certeza• Qual a relação entre Mente e Corpo?

– Explicação mecânica do corpo (matéria extensa)– Explicação metafísica da mente (matéria

pensante)– Resultado: Dualismo

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Descartes,

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Animais são como autômatos

Teatro Cartesiano / Problema do Homúnculo

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Mente única ou dividida?

• Se existe mente, ela é uma “coisa” única ou se divide em diversas partes?

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Psicologia das faculdades• Filosofia racionalista européia no século XVIII

– Ch. Wolff• “potências para ação” – conhecer, lembrar, querer,

sentir• divisão básica em cognição (percepção, memória,

entendimento e razão) e sentimento/desejo

– Th. Reid: 43 faculdades (linguagem, cor, cautela, idealismo, esperança)

– J. Tetens: faculdades cognitivas, afetivas e conativas

– I. Kant: conhecimento, sentimento e desejo

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Frenologia – J. Gall

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Faculdades e Frenologia

• Quais os problemas com essas teorias?• A psicologia das faculdades é “circular”

– “eu tenho memória porque eu tenho a capacidade de ter memória”

• A frenologia era “intuitiva”– “se as pessoas inteligentes têm a testa grande,

então a inteligência está na testa”

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Soluções “modernas”

• Fisicalismo / Materialismo eliminativo

• Funcionalismo

• Emergentismo

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Fisicalismo / Materialismo

• Redução de estados mentais a estados físicos– Mental = físico

ou...

• Eliminação do elemento “mental” da explicação psicológica– behaviorismo

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Funcionalismo• Estados mentais são constituídos pelas suas relações causais entre si e

para com os inputs sensoriais e outputs comportamentais na interação entre organismo e ambiente.

• No caso de um rim, o conceito científico é funcional, definido em termos de um papel para aquela estrutura, de filtrar sangue para manter certos equilíbrios químicos do organismo.

• A mente, ou o sistema mente/cérebro, é definida(o) em termos funcionais, tanto quanto o rim:

• Funções de controle (metabolismo, controle hormonal)• Funções de conhecimento de estados e propriedades do ambiente

(percepção, memória)• Funções de conhecimento de estados do próprio sistema (julgamento,

memória)

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• (1) According to functionalism, the nature of a mental state is just like the nature of an automaton state: constituted by its relations to other states and to inputs and outputs. All there is to S1 is that being in it and getting a ‘1’ input results in such and such, etc. According to functionalism, all there is to being in pain is that it disposes you to say ‘ouch’, wonder whether you are ill, it distracts you, etc. (2) Because mental states are like automaton states in this regard, the illustrated method for defining automaton states is supposed to work for mental states as well. Mental states can be totally characterized in terms that involve only logico-mathematical language and terms for input signals and behavioral outputs. Thus functionalism satisfies one of the desiderata of behaviorism, characterizing the mental in entirely non-mental language. (3) S1 is a second order state in that it consists in having other properties, say mechanical or hydraulic or electronic properties that have certain relations to one another. These other properties, the ones quantified over in the definitions just given, are said to be the realizations of the functional properties. So, although functionalism characterizes the mental in non-mental terms, it does so only by quantifying over realizations of mental states, which would not have delighted behaviorists. (4) One functional state can be realized in different ways. For example, an actual metal and plastic machine satisfying the machine table might be made of gears, wheels, pulleys and the like, in which case the realization of S1 would be a mechanical state; or the realization of S1 might be an electronic state, and so forth. (5) Just as one functional state can be realized in different ways, one physical state can realize different functional states in different machines. This could happen, for example, if a single type of transistor were used to do different things in different machines. (6) Since S1 can be realized in many ways, a claim that S1 is a mechanical state would be false (at least arguably), as would a claim that S1 is an electronic state. For this reason, there is a strong case that functionalism shows physicalism is false: if a creature without a brain can think, thinking can’t be a brain state. (But see the section on functionalism and physicalism below.)

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Emergentismo

• Hipótese: A organização de elementos em um certo nível ocasiona certas propriedades e certos funcionamentos (num nível mais alto do sistema) que não seriam explicados pela associação

• Exemplo: carbono – polipeptídeos – proteínas - DNA

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Mario Bunge, 1985

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