Filosofia( 3.2.2-A criação artística e a obra de arte)
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3.2.2-A criação artística e a obra de arte
Questão fundamental: O que é uma obra de arte?
É uma configuração particular ou uma forma especifica, criada pelo artista.
Problemas tratados neste âmbito:
- Natureza da arte;
- Critério da arte;
- Valor da arte;
A arte é uma necessidade humana pois exprime estados de espírito e atividades
desenvolvidas pelo ser humano.
A obra de arte é uma transfiguração da realidade vivida pelo artista.
A linguagem artística:
Há vários tipos de linguagem ( verbal, pictórica, sonora, corporal …)
A obra de arte tem um caráter aberto:
Ela pode se reinterpretada e recriada quer pelo publico quer pelo artista.
A polissemia da arte:
A mensagem transmitida pela obra de arte admite uma pluralidade de significados,
consoante a singularidade e o contexto histórico de quem a sente e interpreta.
As teorias da Arte
A teoria da imitação:
Questão: o artista representa o mudo como ele é, como ele apresenta ser ou como ele
deveria ser?
Duas causas que explicam esta teoria:
- Imitar é algo natural para o homem, desde a infância e ela constitui uma forma de
aprendizagem ao longo do tempo;
- Todos sentem prazer nas imitações, pois é uma forma de representar a realidade.
“ A arte é uma fonte de prazer, porque segundo Aristóteles, a realidade dos naturais
como cadáveres de animais são desagradáveis ou repugnantes, se tornam agradáveis
quando imitadas através da arte por reproduções baseadas em imagens “
A arte é uma forma de aprendizagem na medida em que a observação das obras de
arte permite compreender o que está representado nas imitações. É esse facto que
possibilita o prazer estético.
Objeções:
- Se o modelo já existe, qual a vantagem ou sentido de criar uma imitação?
- Nem toda a arte é imitação da realidade (pintura abstrata)
- O artista pode não se limitar a imitar a realidade, já que pode retratar apenas uma
parte ou acrescentar dados seus, que não fazem parte da realidade.
Teoria expressivista:
A arte como expressão: a obra de arte é o produto da vida interior do artista ou seja, a
expressão de sentimentos, emoções, ideias suas ou até de outros.
Logo: O que confere estatuto artístico á obra é a sua componente emocional:
Ela deve permitir ao espetador aceder ao que o artista exprime.
A obra de arte é o elo de ligação entre ambos.
Questão: o que define a obra de arte e a distingue de outras produções humanas é o
facto de ela exprimir aos outros, a sensibilidade do artista?
Mas o ato de exprimir sentimentos é comum a todos e revela-se nas mais diversas
situações\ atividades humanas como por exemplo num desenho de uma criança.
A atividade artística baseia-se no facto de uma pessoa ao receber sentimentos ou
emoções de outras pessoas, as poder viver da mesma maneira.
Ex: Se uma pessoa ri, quem capta essa reação sente-se alegre.
Uma obra de arte como ser recebida com interferências, pois as ideia e emoções do
espetador, podem não coincidir com aquelas que o artista exprime. Nestes casos, a
ligação entre o artista e elementos do seu público não é tão evidente ou pode não
existir.
Objeções:
- Algumas atividades artísticas não pretendem comunicar emoções.
- Os sentimentos não são universais: os do artista podem não ser vividos pelo publico,
em função de variáveis culturais.
- Os sentimentos vividos pelo artista podem não ser sentidos do mesmo modo pelo
espetador ao apreciar uma obra de arte.
Teoria formalista
A arte como forma significante: o que define verdadeiramente a obra de arte é a sua
forma. É através desta, que o artista exprime estudos psicológicos diversos( emoções e
desejos) e atribui um significado á sua mensagem, procurando despertar as emoções
do publico.
Questão: o facto de as obras combinarem imagens ( cores linhas e volumes) sons,
palavras é condição suficiente para que elas sejam consideradas artísticas?
A característica comum que torna um objeto artístico estético é a forma significante.
Consiste numa combinação particular de dados- linhas, cores e formas- que provocam
certas emoções nos apreciadores de uma obra.
Objeções:
- A forma de arte pode não ser suficiente para tornar este estético, pois este não
provoca emoções no espetador.
- A arte é um todo, pelo que a forma não deve ser separada do conteúdo como
acontece nesta teoria.
- Se a apreciação das obras de arte depende da compreensão da sua forma, a sua
observação pode limitar-se a certas pessoas.
A dimensão estética da ação humana
Estética – deriva do termo grego “ aesthesis”( sensação ou perceção). É uma área da
filosofia que estuda a natureza do belo e os fundamentos da criação artística.
Analisa também os critérios que permitem considerar que um objeto é belo.
Perspetiva de Platão sobre o belo:
Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesma, apartada do
mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das idéias. A idéia suprema da beleza
pode determinar o que seja mais ou menos belo.
Perspetiva de Kant sobre o belo:
- O sujeito é o critério que permite afirmar se um objeto é belo ou não.
- O juízo baseia-se no sentimento de prazer que o sujeito experiencia em relação ao
objeto.
Perspetiva de Hegel sobre o belo:
- Os objetos criados pelo ser humano são os únicos e verdadeiramente artísticos, e não
os objetos naturais, pois só os primeiros são um produto do espirito humano.
(superioridade da obra em relação aos objetos naturais)
Beleza
- Cómico
- Grotesco
- Horrível
- Sublime
- Choque\provocação
Experiencia estética: apreciação ou contemplação de um objeto belo, provocando um
sentimento de prazer ou agrado do sujeito. A beleza observada liga-se á vivência de
novas emoções.
Distinção entre atitude estética e as atitudes prática e teórica:
- A atitude estética limita-se a olhar para o objeto de modo desinteressado pois não
procura atingir qualquer objetivo, a partir daí.
- A atitude estética não valoriza a função ou utilidades do objeto que está a ser
comtemplado.
Subjetivismo e objetivismo estético
Juízo estético: é uma apreciação do objeto comtemplado, ou a partir do mesmo
sentimento de prazer ou das qualidades do objeto.
Subjetivismo:
Os juízos estéticos são subjetivos: o objeto é belo, segundo os sentimentos de prazer
que acompanham a sua contemplação.
Objetivismo:
Os juízos sai objetivos – o objeto é belo em função das propriedades do objeto,
independentemente do que o observador sente.
Questão: Perante dois juízos de gosto diferentes ou contrários, expressos por sujeitos,
é possível justificar, discutir e partilhar tais juízos?
R: Para muitos autores, tal não é possível, pois esses juízos baseia-me em sentimentos
que não são analisáveis e comparáveis com objetividade. Logo, ambos os juízos são
verdadeiros, pois exprimem modos de sentir diferentes sobre o mesmo objeto.( ex: um
por do sol ser ou não lindo), mas têm um valor particular.
Questão de Kant – Como é que um juízo estético, sendo subjetivo, pode ter uma
validade universal?
Para Kant, o juízo estético é subjetivo e universal.
Objetivismo estético:
- As emoções específicas sentidas por um observador\apreciador, em termos estéticos,
são provocados pelo objeto comtemplado.
Questão central: que propriedades comuns aos objetos estéticos despertam emoções
(qualidades essas que distinguem as obras de arte)?
Qualidades fundamentais de um objeto estético:
- Unidade
- Complexidade
- Intensidade.