O filme sobre Alan Turing causou uma importante e boa impressão em mim, embora já adote

um comportamento semelhante na minha vida pessoal no que diz respeito ao esforço dedicado à

conquista dos meus objetivos. Mas o filme veio reforçar a ideia e trouxe alguns pontos adicionais à

minha percepção quando da necessidade de alcançar um objetivo. Visualizar sempre o resultado final

e o quão benéfico ele será se alcançado. Ter parceiros que tenham a mesma visão e conhecimento

sobre o assunto. E por fim, dedicar o devido tempo e suprimir o tempo dedicado a coisas menos

importante frente ao objetivo almejado.

Alan Turing enfrentou diversos obstáculos e desafios que surgiram ao longo da jornada para

alcançar seu objetivo. Os desafios já vinham desde o seu meio acadêmico, devido à rejeição que

sofria no meio, que é mais tarde evidenciado no filme. Já com a vaga no time de pesquisadores, Alan

Turing vê-se perseguido pelo restante da equipe, que não via com bons olhos o seu empenho

descomunal na busca do seu objetivo. Superiores a ele, no trabalho, também estavam a todo o

momento desafiando e pressionando-o a acelerar o processo de aprendizagem da decodificação da

criptografia alemã. Contudo Alan não deixou abater-se. No filme fica evidente que o mesmo teve

sempre uma visão adequada sobre a real importância do projeto. Enfrentou até mesmo o seu chefe,

militar reformado, e mandou uma carta para o ministro britânico solicitando a chefia do grupo. Em

discussões com sua namorada tentou mostra-la o quão importante era o trabalho de todos ali.

Portanto ter a visão exata do que significa finalizar determinado projeto na nossa vida, ter em mente

seus benefícios e resultados é uma importante arma para fortalecer nosso animo e enfrentar

desafios.

Não obstante ao fato de ter sempre em mente a importância do projeto, isso talvez não fosse

suficiente no alcance do objetivo, pois o filme mostra-nos que Alan mostrava sinais de cansaço e

stress, porém sem alcançar grandes resultados. Mas uma guinada ocorre no projeto quando Alan

reconhece a importância e necessidade da colaboração dos outros colegas envolvidos. Os colegas,

experientes e inteligentes, poderiam ter desde o início colaborado com muito mais empenho e o

projeto se desenvolvido em maior velocidade se Alan tivesse tomado essa atitude antes. No decorrer

do filme vemos que Alan, já sem credibilidade como responsável pelo projeto, ganha mais tempo

para tocá-lo quando um de seus companheiros reforça diante de seus superiores, que Alan estava no

caminho certo, muito mais certo do que eles estiveram no passado. Talvez Alan não tivesse ganhado

essa segunda oportunidade se não fosse à colaboração de seus colegas. Portanto, ter em nossa

companhia pessoas que tem conhecimento, visão e dedicação ajudam-nos e é mais um ingrediente

para o sucesso.

Por fim, o tempo dedicado ao projeto foi peça chave. Todo conhecimento disponível ali,

personalizado pelos membros da equipe, todo reconhecimento e visão da importância do projeto

não teriam o devido valor se não fosse dedicado um grande tempo e com exclusividade ao projeto.

Dias e noites já não tinham diferença à equipe. Não importava a hora ou o momento, qualquer nova

ideia era testada. Os demais interesses pessoais foram deixados de lado e até mesmo enganados de

forma que o objetivo fosse alcançado. Conflitos de cunho pessoal e de valor sentimental estiveram

em cena e confirmam isso que falo, como quando a pesquisadora da equipe tenta abandonar o

projeto inconformada com o encaminhamento que tem dado a sua vida, pois até ali não tivera

conquistado nada. E engana seus sentimentos, pois casa-se com o homem que ela sabia, não seria o

homem que desejara como modelo de esposo, embora guardasse por Alan grande afeto. Contudo,

todos esses percalços foram esquecidos quando então concluíram o projeto. Dalí em diante puderam

tocar suas vidas e selecionar uma nova prioridade.

Pelo o exposto, justifico minhas impressões sobre o filme de Alan Turing. Como antecipou a

vitória britânica e dos aliados em dois anos e economizou milhares de vidas humanas na guerra mais

sangrenta já vista na história. E tudo isso sem disparar, pelo menos Alan Turing e sua equipe, uma

arma de fogo. Usando apenas armas disponíveis ao alcance de qualquer pessoa: Visão correta sobre

o objetivo, parcerias e dedicação de tempo.