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Mineração Santa Maria Ltda. Lavra de minério metálico a céu aberto com recuperação de área degradada Caçapava do Sul - RS Junho, 2016 Projeto Caçapava do Sul Estudo de Impacto Ambiental - EIA Volume 2 - Diagnóstico Tomo 1 - Meio Físico

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  • Minerao Santa Maria Ltda. Lavra de minrio metlico a cu aberto com recuperao de rea degradada

    Caapava do Sul - RS

    Junho, 2016

    Projeto Caapava do SulEstudo de Impacto Ambiental - EIA

    Volume 2 - DiagnsticoTomo 1 - Meio Fsico

  • Projeto Caapava do Sul

    Estudo de Impacto Ambiental - EIA

    Volume 2 - Diagnstico

    Tomo 1 - Meio Fsico

  • Av. Farrapos, 146 conj. 62 - CEP 90220-000 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS

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    Sumrio

    1. Informaes gerais .......................................................................................................... 17

    1.1 Identificao do Empreendedor ........................................................................................... 17

    1.2 Identificao do Empreendimento ....................................................................................... 17

    1.3 Identificao da Empresa Consultora ................................................................................. 17

    1.4 Identificao da Equipe e Responsveis Tcnicos ........................................................... 18

    2. Clima ................................................................................................................................ 21

    2.1 Clima e condies Meteorolgicas ..................................................................................... 21

    2.1.1 Clima no Brasil ..................................................................................................................... 21

    Massas Equatoriais ......................................................................................................... 21

    Massas Tropicais ............................................................................................................. 22

    Massa Antrtica ............................................................................................................... 22

    Massas Polares mP ......................................................................................................... 23

    Massas Superiores mS ................................................................................................... 23

    2.1.2 Clima no Rio Grande do Sul ................................................................................................ 24

    2.1.3 Clima em Caapava do Sul ................................................................................................. 26

    2.1.4 Ventos .................................................................................................................................. 27

    Ventos no Rio Grande do Sul .......................................................................................... 27

    Anticiclone subtropical do atlntico sul ........................................................................................... 27

    Anticiclone mvel polar ................................................................................................................... 27

    Baixa presso do Chaco................................................................................................................. 27

    Direo ............................................................................................................................ 28

    Velocidade ....................................................................................................................... 28

    Constncia ....................................................................................................................... 29

    2.1.5 Temperaturas ...................................................................................................................... 29

    Temperaturas Extremas .................................................................................................. 30

    2.1.6 Umidade do Ar ..................................................................................................................... 30

    2.1.7 Regime de Chuvas .............................................................................................................. 31

    2.1.8 Balano Hdrico ................................................................................................................... 32

    2.1.9 Nebulosidade ....................................................................................................................... 34

    2.1.10 Eventos Meteorolgicos Extremos ...................................................................................... 35

    3. Geomorfologia ................................................................................................................. 38

    3.1 Metodologia de Anlise Geomorfolgica ............................................................................ 38

    3.2 Geomorfologia do Rio Grande do Sul ................................................................................. 41

    3.3 Compartimentao Geomorfolgica Regional ................................................................... 42

    3.3.1 Planalto Rebaixado Marginal ............................................................................................... 42

    3.3.2 Planaltos Residuais Canguu-Caapava do Sul ................................................................. 42

    3.4 Compartimentao Geomorfolgica Local ......................................................................... 42

    3.4.1 Compartimentao Topogrfica das reas de Estudo........................................................ 43

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    3.5 Processo Erosivos ................................................................................................................ 50

    3.6 Movimentao de Massas .................................................................................................... 54

    3.6.1 Anlise de Movimentos de Massa na rea de Estudo ........................................................ 55

    3.7 Inundaes e Assoreamentos .............................................................................................. 56

    4. Geologia ........................................................................................................................... 57

    4.1.1 Histrico Mineiro .................................................................................................................. 58

    4.2 Metalogenia ............................................................................................................................ 59

    4.2.1 Mapa Metalognico ............................................................................................................. 59

    4.2.2 Gnese do Depsito Mineral ............................................................................................... 60

    4.2.3 Tipologia do Minrio ............................................................................................................ 61

    4.2.4 Alterao Hidrotermal .......................................................................................................... 62

    4.3 Pesquisa Mineral ................................................................................................................... 66

    4.3.1 Levantamentos e Estudos Geofsicos ................................................................................. 66

    4.3.2 Aerogeofsica CPRM ........................................................................................................... 66

    Dados Aeromagnetometria/Gamaespectrometria 810.168/2004................................. 66

    IP Santa Maria ................................................................................................................. 70

    4.3.3 Levantamentos e Estudos Geoqumicos Amostragem de Superfcie .............................. 73

    Resultado Zn-Pb-Cu em Solo .......................................................................................... 73

    Correlao Geoqumica ................................................................................................... 77

    4.3.4 Integrao de Dados de Geoqumica e Geofsica .............................................................. 77

    4.3.5 Sondagens ........................................................................................................................... 79

    4.3.6 Mineralogia e Composio Qumica.................................................................................... 85

    Mineralogia da Rocha Total ............................................................................................. 85

    Mineralogia do Minrio .................................................................................................... 88

    4.4 Caracterizao Geolgica Regional .................................................................................... 88

    4.4.1 Estratigrafia da Regio ........................................................................................................ 91

    4.5 Caracterizao Geolgica Local .......................................................................................... 94

    4.5.1 Caracterizao Geolgica das reas de Influncia ............................................................ 96

    rea de Influncia Indireta- AII ........................................................................................ 97

    rea de Influncia Direta- AID ......................................................................................... 97

    rea Diretamente Afetada- ADA ..................................................................................... 98

    Cava 1............................................................................................................................................. 98

    Cava 2............................................................................................................................................. 99

    Cava 3............................................................................................................................................. 99

    Pilha de Rejeito ............................................................................................................................. 100

    Pilha de Estril Norte .................................................................................................................... 101

    Pilha de Estril Leste .................................................................................................................... 101

    Unidade de Beneficiamento ......................................................................................................... 101

    5. Geotecnia e Geologia Estrutural .................................................................................. 103

    5.1 Geologia Estrutural ............................................................................................................. 103

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    5.1.1 Estruturas Lineares ........................................................................................................... 104

    5.1.2 Mapa de Lineaes Estruturais ......................................................................................... 105

    5.2 Caracterizao Geotcnica e Geomecnica ..................................................................... 106

    6. Pedologia ....................................................................................................................... 110

    6.1 Tipos de Solo da Regio ..................................................................................................... 110

    6.2 Aptido e Usos do Solo na Regio .................................................................................... 112

    6.3 Mapa de Solos...................................................................................................................... 112

    6.4 Permeabilidade .................................................................................................................... 114

    6.5 Susceptibilidade a Eroso .................................................................................................. 116

    6.6 Perfil de Desenvolvimento dos Solos ............................................................................... 116

    6.7 Estabilidade .......................................................................................................................... 117

    6.8 Qualidade dos Solos e Concentrao de Metais Traos ................................................ 117

    7. Hidrogeologia ................................................................................................................ 122

    7.1 Conceitos e Parmetros Hidrogeolgicos Fundamentais .............................................. 122

    7.2 Caractersticas e Classificao dos Tipos de Aquferos ................................................ 123

    7.3 Hidrogeologia Regional ...................................................................................................... 125

    7.4 Hidrogeologia Local ............................................................................................................ 126

    7.4.1 Tipologias Aquferas .......................................................................................................... 127

    7.4.2 Identificao e Classificao de Aquferos ........................................................................ 127

    rea de Influncia Indireta ............................................................................................. 129

    rea de Influncia Direta ............................................................................................... 132

    rea Diretamente Afetada ............................................................................................. 134

    7.4.3 Condutividade Hidrulica ................................................................................................... 137

    7.4.4 Transmissividade ............................................................................................................... 140

    7.4.5 Permeabilidade .................................................................................................................. 140

    7.4.6 Capacidade de Infiltrao .................................................................................................. 141

    Porosidade Eficaz .......................................................................................................... 141

    7.4.7 Coeficiente de Armazenamento ........................................................................................ 142

    7.4.8 Limites Superior e Inferior de Aquferos ............................................................................ 142

    7.4.9 Medidas de Variaes Sazonais do Nvel Fretico ........................................................... 148

    7.4.10 reas de Contribuio e Exutrios .................................................................................... 150

    7.4.11 Definio de Zonas de Recarga ........................................................................................ 152

    7.4.12 Mapa de Potencial Hidrogeolgico .................................................................................... 152

    Caracterizao da Qualidade da gua Subterrnea .................................................... 154

    Conectividade das guas Superficiais e Subterrneas em Diferentes Aquferos ........ 160

    Localizao dos Poos de Monitoramento de gua Subterrnea ................................ 163

    7.4.13 Inventrio de Pontos Dgua ............................................................................................. 166

    8. Hidrografia ..................................................................................................................... 177

    8.1 Hidrografia Regional ........................................................................................................... 178

    8.2 Hidrografia Local ................................................................................................................. 180

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    8.2.1 Recursos Hdricos na rea Diretamente Afetada ADA .................................................. 189

    8.3 Disponibilidade Hdrica ....................................................................................................... 196

    8.4 Qualidade das guas superficiais...................................................................................... 202

    8.4.1 Pontos e parmetros de amostragem ............................................................................... 202

    8.4.2 Anlise da qualidade das guas superficiais .................................................................... 209

    8.4.3 Caracterizao do Estado Trfico ..................................................................................... 214

    8.5 Usos e Demandas hdricas ................................................................................................. 215

    8.6 Produo e Transporte de Sedimentos ............................................................................ 219

    8.6.1 Fator de erosividade da chuva (R) .................................................................................... 220

    8.7 Fator de erodibilidade do solo (K) ......................................................................................... 221

    8.7.1 Fator de suscetibilidade topogrfica (LS) .......................................................................... 223

    8.7.2 Fator de uso e manejo do solo (C) e prticas conservacionistas (P) ................................ 225

    8.7.3 Eroso potencial na rea de estudo .................................................................................. 227

    8.7.4 Transporte de sedimentos na calha .................................................................................. 231

    9. AR ................................................................................................................................... 235

    9.1 Metodologia .......................................................................................................................... 235

    9.1.1 Amostragem e Determinao de Partculas Totais em Suspenso (PTS) ....................... 235

    9.1.2 Mapeamento dos Pontos de Coleta .................................................................................. 235

    9.2 Execuo das Amostragens ............................................................................................... 238

    9.3 Resultados ........................................................................................................................... 239

    9.4 Condies Meteorolgicas ................................................................................................. 241

    9.5 Avaliao dos Resultados .................................................................................................. 245

    10. Rudo .............................................................................................................................. 246

    10.1 Metodologia .......................................................................................................................... 246

    10.2 Procedimentos de Medio ................................................................................................ 246

    10.3 Pontos de Monitoramento .................................................................................................. 247

    10.4 Resultados das Medies ................................................................................................... 249

    10.5 Avaliao dos Resultados .................................................................................................. 253

    11. Parecer Paleontolgico ................................................................................................. 255

    11.1 Avaliao de Campo ........................................................................................................... 255

    12. Coordenao do EIA/RIMA ........................................................................................... 259

    13. Referncias Bibliogrficas ............................................................................................ 260

    14. Anexos ........................................................................................................................... 262

    15. Pranchas ........................................................................................................................ 263

    16. Glossrio ........................................................................................................................ 264

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    Lista de Figura

    Figura 1: Zonas Climticas predominantes sobre o territrio Nacional. (IBGE, 2002). .............. 24

    Figura 2: Mapa Climtico do Rio Grande do Sul, com a localizao da rea de estudo destacada em vermelho. .......................................................................................................... 26

    Figura 3: Grfico com temperaturas mnimas e mximas no ano de 2014 registradas no municpio de Caapava do Sul. INMET. ................................................................................... 30

    Figura 4: Balano Hdrico Climatolgico para o Municpio de Caapava do Sul baseado no banco de dados equivalente ao perodo de 1961 a 1990. INMET. ........................................... 33

    Figura 5: Efeitos Globais do El Nio nos meses de inverno e evoluo da Anomalia de Temperatura da Superfcie do Mar e do ndice de Oscilao Sul. Fonte: CPTEC, 2015. .......... 36

    Figura 6: Mapa de Domnios Morfoestruturais e Morfoclimticos do Brasil. Adaptao - IBGE, 2006. ........................................................................................................................................ 39

    Figura 7: Unidades Geomorfolgicas do Rio Grande do Sul, com a rea de estudo destacada em amarelo. ............................................................................................................................. 41

    Figura 8: rea da Cava 1 (em laranja) e estrada Passo do Cao. Adaptado de Google Earth, 2015. Geoprospec,2015. .......................................................................................................... 44

    Figura 9: Inclinao da rea amostrada. Adaptado de Google Earth, 2015. Geoprospec,2015.44

    Figura 10: rea da Cava 02 (em verde). .................................................................................. 45

    Figura 11: rea da Cava 02 mostrando a declividade da rea em ngulo transversal com vista para o norte. ............................................................................................................................. 45

    Figura 12: Vista do trajeto percorrido na rea da Cava 03 (em amarelo) quando do levantamento de campo. .......................................................................................................... 46

    Figura 13: Vista o mergulho das vertentes. .............................................................................. 46

    Figura 14: Vista da Pilha de Estril Leste (em branco). ............................................................ 47

    Figura 15: Vista noroeste da profundidade e direcionamento das drenagens. .......................... 47

    Figura 16: Unidade de Beneficiamento (em rosa), entre a Pilha de estril norte (em amarelo), a Cava 3 (em azul), a Cava 2 (em verde) e a pilha de rejeitos (em vermelho); a leste tem-se estrada Passo do Cao e a Pilha de Estril Leste (em Branco), enquanto que a sul se observa a Cava 1 (em laranja). .............................................................................................................. 48

    Figura 17: Vista do perfil de elevao, relevo e topografia da rea da Unidade de Beneficiamento......................................................................................................................... 48

    Figura 18: Pilha de Rejeitos. Adaptado de Google Earth, 2015. ............................................... 49

    Figura 19: Vista da Pilha de Estril com orientao para norte. ................................................ 50

    Figura 20: Vista da Pilha de Estril em ngulo inclinado para nordeste, onde se percebe a declividade do terreno e mergulho das vertentes. .................................................................... 50

    Figura 21: Pontos onde foram identificados processos erosivos na rea (representados com tringulos). A imagem ainda evidencia AII (em vermelho), AID (em amarelo) e ADA (em rosa), sendo que AII e AID se sobrepem. ......................................................................................... 51

    Figura 22: Vista a Cava 1 em vertical. ...................................................................................... 56

    Figura 23: Vista da diagonal Sul-Norte da Cava 1, demonstrando a inclinao do relevo e a encosta oeste. .......................................................................................................................... 56

    Figura 24: Vista da inclinao da encosta sul, destacando o ponto em interface com o limite oeste da cava 1. ....................................................................................................................... 56

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    Figura 25: Limites entre as provncias geolgicas que constituem o estado do Rio Grande do Sul (Porcher e Lopes, 2000). .................................................................................................... 58

    Figura 26: Mapa metalogentico de ocorrncias no contexto da Bacia do Camaqu RS. ...... 60

    Figura 27: Perfil esquemtico dos principais depsitos/ocorrncias no contexto da Bacia do Camaqu.................................................................................................................................. 60

    Figura 28: Diferentes tipos de minrio no depsito Santa Maria. a) Minrio Macio (MS); b) Minrio Disseminado (DS); c) Minrio Stringer (ST). ................................................................ 62

    Figura 29: Zonao da alterao hidrotermal nos sistemas Santa Maria e Camaqu. ............. 63

    Figura 30: Relao entre halos de alterao hidrotermal dominantes (ilitizao e cloritizao) em seo da rea 3. ................................................................................................................. 63

    Figura 31: Principais padres de alterao hidrotermal. ........................................................... 64

    Figura 32: Seo geolgica de sondagem (alvar 810.168/2004), mostrando a distribuio do Halo Iltico. ............................................................................................................................... 65

    Figura 33: Linhas de voo do aerolevantamento desenvolvido pelo Servio Geolgico do Brasil ................................................................................................................................................. 66

    Figura 34: Processamento da Derivada Vertical (DZ) para o levantamento aeromagnetomtrico. Tracejado em preto, os principais alinhamentos identificados em imagem semirregional. ........ 67

    Figura 35: Amplitude do sinal analtico (ASA), extrado do levantamento aeromagnetomtrico para a rea do processo 810.168/2004. ................................................................................... 68

    Figura 36: Processamento de contagem total do levantamento aerogamaespectromtrico. .... 69

    Figura 37: Fator F processado a partir do levantamento aerogamaespectromtrico. ............... 70

    Figura 38: Linhas do Levantamento IP do depsito de Santa Maria. ........................................ 71

    Figura 39: Grid de Cargabilidade obtido a partir do levantamento IP, clipado e seccionado na cota 200. .................................................................................................................................. 72

    Figura 40: Seo E-W mostrando a distribuio dos valores de cargabilidade, interpretadas como associadas ao halo hidrotermal Iltico. ............................................................................ 73

    Figura 41:Amostras de solo e gridagem dos resultados para Zn. ............................................. 74

    Figura 42: Amostras de solo e gridagem dos resultados para Pb. ............................................ 75

    Figura 43: Amostras de solo e gridagem dos resultados para Cu. ............................................ 76

    Figura 44: Correlao geoqumica de elementos analisados na amostragem de solos dentro do processo 810.168/2004. ........................................................................................................... 77

    Figura 45: Integrao de dados de IP (grid), cortados na cota 200, com dados de geoqumica de solo para Zinco e Chumbo. .................................................................................................. 78

    Figura 46: Disposio espacial dos furos do depsito Santa Maria. ......................................... 82

    Figura 47. Localizao dos furos de sondagem da rea 1. ....................................................... 83

    Figura 48. Localizao dos furos de sondagem da rea 2. ....................................................... 84

    Figura 49. Localizao dos furos de sondagem da rea 3. ....................................................... 85

    Figura 50: Domnios geofsicos (unidades petrotectnicas) identificados por Costa (1997) na regio do ESRG. (Fonte: Hartmann et al., 2007). ..................................................................... 89

    Figura 51: Mapa Geolgico da Bacia do Camaqu (modificado de Fragoso-Csar, 2000). ...... 91

    Figura 52: Mapa geolgico local do Depsito Santa Maria e arredores. ................................... 94

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    Figura 53: (a) Mapa geolgico, mostrando a localizao dos depsitos de Camaqu e Santa Maria e (b) Coluna estratigrfica dos grupos que ocorrem na rea, os quais pertencem ao Supergrupo Camaqu. ............................................................................................................. 95

    Figura 54. Mapa geolgico das reas de influncia do empreendimento. ................................ 97

    Figura 55. Sistema de falhas do Sistema Camaqu: as linhas mais espessas designam as falhas de primeira ordem e as linhas mais finas so as falhas de segunda ordem. Na figura, podemos observar que as reas das futuras cavas situam-se entre sistemas de falhas de primeira ordem. ...................................................................................................................... 105

    Figura 56. Perfil esquemtico representando as falhas da regio e o posicionamento das mineralizaes (Projeto Caapava do Sul em vermelho e as Minas Uruguai e So Luis em roxo). Modificado de Rios (2012). ........................................................................................... 106

    Figura 57: Mostrando redistribuio de tenses para seo longitudinal com ngulo geral de 65 e bancos s de 10.0m. ....................................................................................................... 107

    Figura 58: Figura mostrando os fatores de segurana para os taludes da Cava com 65 de ngulo geral e bancos de 10.0m ............................................................................................ 108

    Figura 59: Mapa de Solos Local. (Fonte: GEOBANK, 2010)................................................... 114

    Figura 60: Clculo do ensaio de rebaixamento, conforme metodologia de RODIO, S.A. ........ 115

    Figura 61: Localizao dos pontos de coleta de solo para anlises laboratoriais. .................. 118

    Figura 62: Mapa hidrogeolgico regional (Fonte: Mapa Hidrogeolgico do Rio grande do Sul. CPRM, 2005). ........................................................................................................................ 125

    Figura 63: Mapa de dispositivos de monitoramento de nvel dgua sujeitos ao slug test no Projeto Caapava do Sul. ....................................................................................................... 139

    Figura 64: Aumento da poro-permeabilidade de aqufero poroso na zona de falha. Fonte: Modificado de Lisboa et al. (2004). ......................................................................................... 144

    Figura 65: Modelo esquemtico explicativo do contexto geolgico-hidrogeolgico do depsito Santa Maria. ........................................................................................................................... 147

    Figura 66: Mapa potenciomtrico e vetores de fluxo subterrneo das reas de influncia do Projeto Caapava do Sul. ....................................................................................................... 153

    Figura 67: Indicadores de nvel dgua utilizados para coleta. ............................................... 155

    Figura 68: Possveis interaes das guas subterrneas com: A) cursos dgua; B) reservatrios naturais ou artificiais; e, C) poos de bombeamento. ........................................ 163

    Figura 69: Dispositivos de monitoramento presentes nas reas de influncia ........................ 165

    Figura 70: Pontos de gua (nascentes, olhos dgua e cisternas) cadastrados em campo. Nota: Dados obtidos e medidas realizadas em campo realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2014 e junho e julho de 2015. ................................................................................................ 168

    Figura 71: Uso da gua. ......................................................................................................... 169

    Figura 72: Mapa de localizao da bacia hidrogrfica do Rio Camaqu, destacando a regio de estudo. Fonte: (Adaptado de SEMA, 2008). ........................................................................... 179

    Figura 73: Localizao e distribuio das bacias hidrogrficas definidas ............................... 181

    Figura 74: Localizao das bacias em relao s estruturas do empreendimento. ................ 183

    Figura 75: Mapa de recursos hdricos contendo a rede de drenagem, reservatrios e nascentes. .............................................................................................................................. 186

    Figura 76: Hierarquizao dos rios quanto a sua ordem de acordo com Strahler. .................. 188

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    Figura 77: Recursos hdricos identificados na rea da Cava 01. Adaptado de Google Earth, 2015. ...................................................................................................................................... 190

    Figura 78: Em magenta a rea da Pilha de Estril Leste. OD Olhos Dgua identificados; NA Nascentes; Em Amarelo Drenagem Efmera; Em Ciano Drenagem Intermitente; Em Azul Drenagem Perene. ................................................................................................................. 191

    Figura 79: Cava 2 em vista area vertical............................................................................... 192

    Figura 80: Cava 2 em visada inclinada, mostrando a vertente e a linha de drenagem efmera (em amarelo). ......................................................................................................................... 192

    Figura 81: Cava 03 e corpos hdricos existentes. ................................................................... 193

    Figura 82: Pilha de Rejeitos Oeste e rede hidrogrfica identificada. ....................................... 194

    Figura 83: Drenagens da rea da Unidade de Beneficiamento. .............................................. 195

    Figura 84: Pilha de rejeitos norte (em magenta) e corpos hdricos identificados..................... 196

    Figura 85: Localizao da rea de estudo em relao a diferentes nveis hidrogrficos. ........ 197

    Figura 86: Grfico do balano hdrico mensal. Fonte: EMBRAPA. ......................................... 201

    Figura 87: Deficincia, excedente, retirada e reposio hdrica, mdias mensais ao longo do ano. Fonte: EMBRAPA. .......................................................................................................... 202

    Figura 88: Pontos de amostragem de qualidade de gua ....................................................... 203

    Figura 89: Propriedades rurais isoladas e pecuria na rea de influncia direta. Geoprospec, 2015. ...................................................................................................................................... 218

    Figura 90: Uso recreativo das guas do Rio Camaqu. Fonte: dson Larronda/Jornal Folha do Sul.. ........................................................................................................................................ 219

    Figura 91: Erodibilidade da rea de estudo ............................................................................ 222

    Figura 92: Distribuio do fator LS. ........................................................................................ 224

    Figura 93: Mapa de uso do solo para a rea de estudo .......................................................... 226

    Figura 94: Mapa de eroso potencial para os trs cenrios ................................................... 228

    Figura 95: Mapa de eroso potencial mdia para cada bacia ................................................. 230

    Figura 96: Curva chave descarga lquida/descarga slida. ..................................................... 233

    Figura 97: Localizao dos pontos de amostragem no entorno da rea de instalao de futuro empreendimento. ................................................................................................................... 236

    Figura 98: Localizao dos pontos de monitoramento de rudo ambiental.............................. 247

    Figura 99: Vista geral da rea do empreendimento. ............................................................... 255

    Figura 100: Mapa geolgico da CPRM (2009). O quadrado azul indica a rea avaliada e onde se encontram rochas pertencentes ao Grupo Santa Brbara (NP3sl) e Guaritas (02vz). ....... 258

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    Lista de Fotos

    Foto 1: Vista sudeste da Cava 1. Foto: Geoprospec, 2015. ...................................................... 44

    Foto 2: Vista sudoeste da Cava 1. Foto: Geoprospec, 2015. .................................................... 44

    Foto 3: Vista da cobertura vegetal da Cava 2. .......................................................................... 45

    Foto 4: solo na regio cncava prxima ao centro da rea. ..................................................... 45

    Foto 5: Vista da rocha base exposta aos processos de intemperismo. ..................................... 46

    Foto 6: Vista do eroso pluvial existente nas vias internas de acesso da rea. ........................ 46

    Foto 7: Vista cobertura vegetao da Pilha de Estril Leste. .................................................... 47

    Foto 8: Vista do afloramento rochoso. ...................................................................................... 47

    Foto 9: Vista do relevo da Unidade de Beneficiamento. ........................................................... 49

    Foto 10: Vista do relevo da Unidade de Beneficiamento. ......................................................... 49

    Foto 11: Vista da eroso laminar por escoamento superficial difuso nas margens de via interna na rea da cava 03. Coord. X: 263.235 Y: 6.577.123. .............................................................. 51

    Foto 12: Vista da eroso laminar por escoamento superficial difuso nas margens de via interna na rea da cava 03. Coord. X: 263.235 Y: 6.577.123 ............................................................... 51

    Foto 13: Vista do processo erosivo acentuado em local de escoamento no controlado de barramento na rea da cava 03. Coord. X: 263.373 Y: 6.576.738 ............................................ 51

    Foto 14: Vista do ravinamento e possvel movimentao de massa na Cava 03. Coord. X: 263.373 Y: 6.576.738 ............................................................................................................... 51

    Foto 15: Vista da eroso pluvial com ravinamento junto s margens de via interna na rea da Pilha de Estril Leste. Coord. X: 263.894 Y: 6.576.322. ........................................................... 52

    Foto 16: Vista da eroso pluvial com ravinamento junto s margens de via interna na rea da Pilha de Estril Leste. Coord. X: 263.894 Y: 6.576.322 ............................................................ 52

    Foto 17: Vista dos detritos rolados por ao de intemperismo fsico na rocha-base exposta (conglomerados de arenitos e cascalhos) no sentido do afloramento. Coord. X: 263.722 Y: 6.575.926. ................................................................................................................................ 52

    Foto 18: Vista dos detritos rolados por ao de intemperismo fsico na rocha-base exposta (conglomerados de arenitos e cascalhos) no sentido do afloramento. Coord. X: 263.722 Y: 6.575.926. ................................................................................................................................ 52

    Foto 19: Vista do ravinamento na lateral de via no pavimentada provocado por escoamento superficial concentrado no Ponto 24. Coord. X: 263.680 Y: 6.578.217. .................................... 52

    Foto 20: Vista do ravinamento na lateral de via no pavimentada provocado por escoamento superficial concentrado no Ponto 24. Coord. X: 263.680 Y: 6.578.217. .................................... 52

    Foto 21: Vista da Eroso acentuada em estrada vicinal a norte da Pilha de Estril Norte, causando ravinamento da via. Coord. X: 262.400 Y: 6.578.592. .............................................. 53

    Foto 22: Vista da Eroso acentuada em estrada vicinal a norte da Pilha de Estril Norte, causando ravinamento da via. Coord. X: 262.400 Y: 6.578.592. .............................................. 53

    Foto 23: Vista do foco eroso hdrica causada por falta de sistema de disciplinamento de drenagens, dessa vez na Estrada do Cao, em ponto de alta declividade. Coord. X: 264.185 Y: 6.578.589. ............................................................................................................................ 53

    Foto 24: foco eroso hdrica causada por falta de sistema de disciplinamento de drenagens, dessa vez na Estrada do Cao, em ponto de alta declividade. Coord. X: 264.185 Y: 6.578.589. ................................................................................................................................................. 53

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    Foto 25: Vista da eroso hdrica causada por falta de sistema de disciplinamento de drenagens, tambm na Estrada do Cao. Coord. X: 264.041 Y: 6.579.344. ............................................. 53

    Foto 26: Vista da eroso hdrica causada por falta de sistema de disciplinamento de drenagens, tambm na Estrada do Cao. Coord. X: 264.041 Y: 6.579.344. ............................................. 53

    Foto 27: Vista da eroso causada por canal de drenagem de 1 ordem que corta a estrada ERS/625 Coord. X: 264.531 Y: 6.580.414. ............................................................................... 54

    Foto 28: Vista da eroso causada por canal de drenagem de 1 ordem que corta a estrada ERS/625 Coord. X: 264.531 Y: 6.580.414. ............................................................................... 54

    Foto 29: Testemunhos de sondagem armazenados em caixas prprias e prontos para serem avaliados e descritos pelo Gelogo do projeto. ........................................................................ 82

    Foto 30: Viso geral da rea da Cava 1, onde observado um relevo montanhoso com predominncia de litologia constituda de arenitos finos. .......................................................... 99

    Foto 31: Viso geral da rea da Cava 2, com solo residual l oriundo da alterao in situ da rocha arentica sotoposta. ........................................................................................................ 99

    Foto 32: rea da Cava 3, com predominncia de litologia constituda por conglomerados. .... 100

    Foto 33: Setor onde ser implantada a pilha de rejeitos, com ocorrncia de diversos afloramentos do tipo lajeado, principalmente de conglomerados. ........................................... 100

    Foto 34: Setor onde ser instalada a Pilha de Estril Norte, onde a litologia que embasa o local caracterizada por conglomerados e arenitos associados a Formao Guaritas. ................. 101

    Foto 35: rea da Pilha de Estril Leste, com ocorrncia de rochas sedimentares arenticas e conglomerticas associadas Formao Arroio dos Nobres. ................................................ 101

    Foto 36- rea onde ser instalada a futura Unidade de Beneficiamento, com litologia composta por conglomerados e arenitos. ............................................................................................... 102

    Foto 37: Aude construdo por superficirio na rea ADA atravs do barramento de drenagem. ............................................................................................................................................... 113

    Foto 38: Execuo de teste de permeabilidade do solo, conforme metodologia de ABGE, 2013. ............................................................................................................................................... 115

    Foto 39: Lajeados de rocha aflorante. .................................................................................... 116

    Foto 40: Perfil de solo pouco espesso e pedregoso sobre o macio rochoso. ........................ 116

    Foto 41: Perfil de solo pouco espesso e pedregoso sobre o macio rochoso, situado a pouca profundidade. ......................................................................................................................... 116

    Foto 42: Perfil de solo pouco espesso e pedregoso sobre o macio rochoso, situado a pouca profundidade. ......................................................................................................................... 116

    Foto 43: Amostra de solo sendo coleta com equipamento do tipo trado, previamente esterilizado. ............................................................................................................................ 117

    Foto 44: Amostra de solo sendo retirada do equipamento de coleta para ser acondicionada em frascaria adequada e armazenada em caixa trmica com gelo at a chegada ao laboratrio 118

    Foto 45: Realizao da coleta de gua subterrnea. Fonte: Prpria ...................................... 156

    Foto 46: Coleta de gua subterrnea. Fonte: Prpria ............................................................. 156

    Foto 47: Rio Camaqu na rea de influncia direta. ............................................................... 182

    Foto 48: Paisagem da sub-bacia 3 da rea de influncia direta. Geoprospec, 2015. .............. 185

    Foto 49: Rios perenes encontrados na rea de influncia direta. ........................................... 187

    Foto 50: Rios perenes encontrados na rea de influncia direta. ........................................... 187

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    Foto 51: Ponto 01 ................................................................................................................... 204

    Foto 52: Ponto 02 ................................................................................................................... 204

    Foto 53: Ponto 03 ................................................................................................................... 204

    Foto 54: Ponto 04 ................................................................................................................... 204

    Foto 55: Ponto 05 ................................................................................................................... 204

    Foto 56: Ponto 06 ................................................................................................................... 204

    Foto 57: Ponto 07 ................................................................................................................... 204

    Foto 58: Ponto 08 ................................................................................................................... 204

    Foto 59: Ponto 09 ................................................................................................................... 205

    Foto 60: Ponto 10 ................................................................................................................... 205

    Foto 61: Sedimentos presentes na calha do Rio Camaqu. Geoprospec, 2015. .................... 234

    Foto 62: Ponto de Amostragem 01 (PMP1). ........................................................................... 236

    Foto 63: Ponto de Amostragem 02 (PMP2). ........................................................................... 237

    Foto 64: Ponto de Amostragem 03 (PMP3). ........................................................................... 237

    Foto 65- Ponto de Amostragem 04 (PMP4). ........................................................................... 238

    Foto 66: Ponto de medio de rudo 1 (PRD1). ...................................................................... 248

    Foto 67: Ponto de medio de rudo 2 (PRD2). ...................................................................... 248

    Foto 68: Ponto de medio de rudo 3 (PRD3). ...................................................................... 249

    Foto 69: Ponto de medio 4 (P4). ......................................................................................... 249

    Foto 70: Vista da rea avaliada com cobertura vegetal .......................................................... 256

    Foto 71: Vista da rea avaliada com cobertura vegetal, cava Santa Maria ............................. 257

    Foto 72: Exposio de rochas na rea avaliada. .................................................................... 257

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    Lista de Tabelas

    Tabela 1: Distribuio histrica da sondagem no Projeto Caapava do Sul ............................. 79

    Tabela 2: Mineralogia Modal da Amostra FSM0025. r = 0.5% e rr

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    Lista de Quadros

    Quadro 1: Normais Climatolgicas do Brasil 1961-1990 - Direo Predominante do Vento (pontos cardeais e colaterais). INMET ...................................................................................... 28

    Quadro 2: Dados Climatolgicos do perodo de 1961 a 1990. Estao de Encruzilhada do Sul. INMET. Legenda: T=Temperatura; P=Precipitao; ETP=Evapotranspirao Potencial; ARM=Nvel Mximo de Armazenamento; ETR=Evapotranspirao Real; DEF=Deficincia Hdrica; EXC=Excedente Hdrico. ............................................................................................. 32

    Quadro 3: Compilao dos resultados dos ensaios de permeabilidade realizados na rea de estudo, comparando os valores de condutividade hidrulica (K) para a classificao dos materiais, conforme classificao de Feitosa e Manoel Filho (2000). ....................................... 34

    Quadro 4: Anos considerados secos para o municpio de Bag entre 1961-2009 (Silva, 2010). ................................................................................................................................................. 36

    Quadro 5: Resumo de UTM dos pontos com focos de eroso identificados, identificando ainda as reas de influncia nos quais eles se situam. ...................................................................... 54

    Quadro 6: Especificaes tcnicas dos equipamentos utilizados na sondagem no Projeto Caapava do Sul ...................................................................................................................... 80

    Quadro 7: Especificaes das ferramentas utilizadas no Projeto Caapava do Sul. ................. 81

    Quadro 8: Classificao litolgica local na rea do Depsito Santa Maria. ............................... 96

    Quadro 9: Classes dos Neossolos e possvel equivalncia com denominaes regionais do Brasil (1973). .......................................................................................................................... 111

    Quadro 10: Resultados dos testes de permeabilidade executados. ....................................... 115

    Quadro 11: Informaes acerca da localizao dos pontos de coleta de solos realizadas. .... 119

    Quadro 12: Resultados analticos das amostras de solo. ....................................................... 120

    Quadro 13: Relao entre Tipologias Aquferas, porosidade efetiva para fluxo e vazo especfica associada. ............................................................................................................. 129

    Quadro 14: Caracterizao das Tipologias Aquferas na AII e Vazes Mnimas Associadas. 131

    Quadro 15: Caracterizao das Tipologias Aquferas na AID e Vazes Mnimas Associadas.133

    Quadro 16: Valores de condutividade hidrulica (K) obtidos atravs do slug test. .................. 137

    Quadro 17: Faixa de valores de permeabilidade intrnseca e condutividade hidrulica para vrios materiais no consolidados. ......................................................................................... 141

    Quadro 18: Extenso de valores de capacidade de infiltrao. .............................................. 141

    Quadro 19: Extenso de valores de coeficiente de armazenamento (Ss). .............................. 142

    Quadro 20: Dados de precipitao pluviomtrica mensais medidos no Projeto Caapava do Sul. ............................................................................................................................................... 148

    Quadro 21: Indicadores de nvel dgua presentes nos domnios das reas de influncia. .... 149

    Quadro 22: Vazes de base e estimativas anuais das reservas renovveis e explotveis calculadas para as reas de estudo. ...................................................................................... 151

    Quadro 23: Caractersticas dos indicadores de nvel d'gua utilizados para coleta. ............... 157

    Quadro 24: Parmetros de anlise das guas subterrneas .................................................. 158

    Quadro 25: Feies comparativas entre os recursos hdricos subterrneos e superficiais. .... 160

    Quadro 26: Indicadores de nvel dgua presentes nos domnios das reas de influncia. .... 164

    Quadro 27: Pontos dgua cadastrados na rea do Projeto Caapava do Sul. ....................... 170

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    Quadro 28: rea e ordem associada a cada unidade hidrogrfica estabelecida. .................... 184

    Quadro 29: Classificao das Drenagens encontradas na rea de Estudo. ........................... 190

    Quadro 30: Vazes mdias, mximas e mnimas mensais a jusante do empreendimento. .... 200

    Quadro 31: Parmetros monitorados e a sua origem de definio ......................................... 206

    Quadro 32: Resultados relacionados anlise da qualidade das guas superficiais. ............ 210

    Quadro 33: Classificao do estado trfico dos pontos amostrais de qualidade de gua. ...... 214

    Quadro 34: Demandas Hdricas mdias anuais e no ms de janeiro para bacia do Rio Camaqu. Fonte: (SEMA, 2006) ............................................................................................ 215

    Quadro 35: Consumos Hdricos mdios anuais e no ms de janeiro para bacia do Rio Camaqu. Fonte: (SEMA, 2006) ............................................................................................ 216

    Quadro 36: Demandas da bacia do Camaqu no municpio de Caapava do Sul por tipo de uso. ........................................................................................................................................ 217

    Quadro 37: Valores totais de eroso potencial por bacia. ....................................................... 229

    Quadro 38: Estao utilizada para avaliao do transporte de sedimentos. ........................... 231

    Quadro 39: Dados hidrossedimentolgicos da estao. ......................................................... 232

    Quadro 40: Dados de transporte de sedimento na seo de monitoramento. ........................ 233

    Quadro 41: Cronograma das Campanhas de Amostragens. .................................................. 238

    Quadro 42: Resultados das Amostragens (PTS em g/m3) ................................................... 239

    Quadro 43: Resumo dos resultados do Ponto 1. .................................................................... 250

    Quadro 44: Resumo dos resultados do Ponto 2. .................................................................... 251

    Quadro 45: Resumo dos resultados do Ponto 3. .................................................................... 251

    Quadro 46: Resumo dos resultados do Ponto 3. .................................................................... 252

    Quadro 47: Nvel de Critrio de Avaliao (NCA) para ambientes externos. .......................... 253

    Quadro 48: Coordenadas da rea encontrada percorrida. ...................................................... 256

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    Lista de Grficos

    Grfico 1: Dados de velocidade dos ventos em Caapava do Sul. Fonte: INMET Sries Histricas, 1960 1990. ........................................................................................................... 29

    Grfico 2: Grfico de Temperatura mdia anual mensal. Srie Histrica 1960-1990. INMET. .. 29

    Grfico 3: Valor mdio de umidade relativa do ar no municpio de Caapava do Sul entre 1960-1990. Srie Histrica, INMET. .................................................................................................. 31

    Grfico 4: Variao mensal de precipitao entre 1960-1990 no municpio de Caapava do Sul. Fonte: INMET. .......................................................................................................................... 31

    Grfico 5: Nebulosidade mdia mensal em Caapava do Sul para os anos de 1960 a 1990. INMET. ..................................................................................................................................... 35

    Grfico 6: Distribuio qumica por minerais. ........................................................................... 86

    Grfico 7: Distribuio qumica por minerais. ........................................................................... 87

    Grfico 8: Grficos relativos porcentagem das reas de ocorrncia das tipologias aquferas na AII. ..................................................................................................................................... 131

    Grfico 9: Grficos relativos porcentagem das reas de ocorrncia das tipologias aquferas na AID. ................................................................................................................................... 133

    Grfico 10: Grficos relativos porcentagem das reas de ocorrncia das tipologias aquferas na ADA. .................................................................................................................................. 135

    Grfico 11: Distribuio das mdias de chuva mensais para a estao 3053007, prxima rea de estudo. Fonte: ANA, 2015 ................................................................................................. 198

    Grfico 12: Distribuio das mdias de chuva mensais para a estao 3053010, prxima rea de estudo. Fonte: ANA, 2015 ................................................................................................. 198

    Grfico 13: Curva de permanncia das vazes mdias mensais a jusante do empreendimento. Fonte: ANA, 2015 ................................................................................................................... 199

    Grfico 14: Curva de permanncia das vazes mdias dirias a jusante do empreendimento no perodo de 1973 a 2007. Fonte: ANA, 2015 ........................................................................... 200

    Grfico 15: Vazes mdias mensais a jusante do empreendimento. ...................................... 200

    Grfico 16: Amostragens PMP1. ............................................................................................ 239

    Grfico 17: Amostragens PMP2. ............................................................................................ 240

    Grfico 18: Amostragens PMP3. ............................................................................................ 240

    Grfico 19: Amostragens PMP4. ............................................................................................ 241

    Grfico 20: Resultados das medies do Ponto 1. ................................................................. 250

    Grfico 21: Resultados das medies do Ponto 2. ................................................................. 251

    Grfico 22- Resultados das medies do Ponto 3. ................................................................. 252

    Grfico 23: Resultados das medies do Ponto 4. ................................................................. 253

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    17

    1. INFORMAES GERAIS

    1.1 Identificao do Empreendedor

    Razo Social: Minerao Santa Maria Ltda.

    Nmero do empreendedor: 197238

    CNPJ: 10.267.829/0001-09

    Endereo: Avenida Eusbio Matoso, n 1375, 10 andar, Bairro Butant So Paulo/SP, CEP 05423-180.

    Responsvel legal: Paul Czanne Pinto

    E-mail: [email protected]

    Telefone: (11) 3405 6125

    Pgina da internet: www.vmetais.com.br

    Direito minerrio: A atividade de explotao mineral ser realizada na poligonal de minerao conformada pelos processos n 810.125/1978, 810.126/1978.requeridos junto ao Departamento Nacional Mineral DNPM. Alm dos processos citados, sero impactados pelas demais atividades intrnsecas ao empreendimento os processos DNPM n 810.496/1995, n 810.371/2005, n 810.919/2006, n 810.918/2008 e n 810.168/2004.

    1.2 Identificao do Empreendimento

    Empreendimento: Projeto Caapava do Sul (processo n 2190-05.67/14.0)

    Nmero do empreendimento: 214458

    Atividade: Lavra de Minrio Metlico a cu aberto e com Recuperao de rea Degradada (CODRAM 530,03)

    Endereo: Estrada Passo do Cao, distando 3,9 Km do Km 18 da ERS-625, distrito de Minas do Camaqu Caapava do Sul/RS.

    1.3 Identificao da Empresa Consultora

    Razo Social: Geoprospec Geologia e Projetos Ambientais Ltda.

    CNPJ: 89.145.973/0001-22

    Inscrio Junta Comercial: 43200656550

    CREA: 56182

    CRBIO: 00.513-01-03

    IBAMA: 204.540

    Endereo: Avenida Farrapos, n 146, Conj. 62, Bairro Floresta Porto Alegre/RS

    Telefone/Fax: (51) 3226 4456

    E-mail: [email protected]

    Representantes legais: Eduardo Centeno Broll Carvalho, Ivanor Antnio Sinigaglia.

  • Av. Farrapos, 146 conj. 62 - CEP 90220-000 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS

    Fone: 51 3226.4456 - www.geoprospec.com.br

    18

    1.4 Identificao da Equipe e Responsveis Tcnicos

    COORDENADOR DO EIA/ RIMA

    Nome: Eduardo Centeno Broll Carvalho

    Formao profissional: Gelogo

    CPF: 969.684.430-15

    Registro Profissional: CREA/RS 128.474-D

    CTF IBAMA: 483.008

    ART: CREA/RS 7145117

    COORDENADORES TCNICOS

    Nome: Daniel Arajo

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 971.065.340-72

    Registro profissional: CRBio 041216-03

    CTF IBAMA: 5.510.140

    ART: CRBio 2015/01391

    Nome: Ivanor Antonio Sinigaglia

    Formao profissional: Engenheiro Agrnomo

    CPF: 615.990.930-49

    Registro Profissional: CREA/RS 9.7259-D

    CTF IBAMA: 100.468

    ART: CREA/RS 7145206

    RESPONSVEIS TCNICOS

    Nome: Alexandre Pena Matos

    Formao profissional: Historiador

    CPF: 508.718.700-53

    CTF IBAMA: 5.670.308

    Nome: Cristiano Eidt Rovedder

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 993.799.960-04

    Registro profissional: CRBio 053903-03D

    CTF IBAMA: 599.511

    ART: CRBio 2015/07194

    Nome: Daniel Rodolfo Sosa Morcio

    Formao profissional: Engenheiro Ambiental

    CPF: 959494530-34

    N CREA: CREA/RS 194334

    CTF IBAMA: 6.122.07

    ART: 8225911

    Nome: Eduardo Audibert

    Formao profissional: Socilogo

    CPF: 423.694.440-53

    CTF IBAMA: 20511

  • Av. Farrapos, 146 conj. 62 - CEP 90220-000 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS

    Fone: 51 3226.4456 - www.geoprospec.com.br

    19

    Nome: Franciele Zanandrea

    Formao profissional: Engenheira Ambiental

    CPF: 012.068.440-35

    N CREA: CREA/SC 119448-1

    CTF IBAMA: 5.473.020

    ART: 5606856-0

    Nome: Gisele Kimura

    Formao profissional: Geloga

    CPF: 157.511.318-00

    N CREA: 5060634182

    CTF IBAMA: 1.526.055

    ART: 14201500000002624264

    Nome: Gustavo Lara Canella

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 012.304.970-99

    Registro profissional: CRBio 069280-03D

    CTF IBAMA: 2952880

    ART: CRBio 2015/06071

    Nome: Philipy Alexandre Pereira Weber

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 002.344.731-18

    Registro Profissional: CRBio 095026-03D

    CTF IBAMA: 5.494.136 ART: CRBio 2015/05718

    Nome: Ronaldo dos Santos Padilha

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 454.132.900-04

    Registro profissional: CRBio 25537/03D

    CTF IBAMA: 1.730.716

    ART: CRBio 2015/16705

    EQUIPE TCNICA

    Nome: Andr Lus de Andrade Rodrigues

    Formao profissional: Gelogo

    CPF: 010.206.670-10

    Registro Profissional: CREA/RS 202133

    CTF IBAMA: 6.412.540

    Nome: Carlos Eduardo Velho Carvalho

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 803.862.020-87

    Registro Profissional: CRBio 069384-03

    CTF IBAMA: 4.579.548

    Nome: Gustavo Simon

    Formao profissional: Bilogo

    CPF: 008617840-73

  • Av. Farrapos, 146 conj. 62 - CEP 90220-000 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS

    Fone: 51 3226.4456 - www.geoprospec.com.br

    20

    Registro profissional: CRBio 88848-03

    CTF IBAMA: 5.858.276

    Nome: Ingo Salvador Kuerten

    Formao profissional: Gegrafo

    CPF: 804.520.190-87

    Registro Profissional: CREA/RS 161.374-D

    CTF IBAMA: 5.011.289

    Nome: Natlia Cano Tedy

    Formao profissional: Biloga

    CPF: 009.467.000-52

    Registro Profissional: CRBio n 88.776-03-D

    CTF IBAMA: n 5.031.854

    EQUIPE DE APOIO

    Nome: Bruna Lima

    Formao profissional: Acadmica de Engenharia Ambiental

    Nome: Luam Fernandes de Siqueira

    Formao profissional: Assistente Tcnico - SIG

    Nome: Walter Wayerbacher

    Formao profissional: Acadmico de Engenharia Ambiental

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    21

    2. CLIMA

    2.1 Clima e condies Meteorolgicas

    A experincia tem nos mostrado que nenhum fenmeno da natureza pode ser

    compreendido quando analisado isoladamente. Porm, se considerado em relao aos demais

    poder ser compreendido e justificado. Assim o na climatologia. Por exemplo, a

    predominncia do desenvolvimento de determinada vegetao est diretamente ligado ao meio

    atmosfrico, ou seja, ao clima que o domina.

    Basicamente, o clima determinado por uma srie de fatores, como a precipitao

    atmosfrica, a insolao, latitudes, influncia das condies martimas e continentalidade, etc.

    A expresso maior do clima de determinada regio est contida nas massas de ar que

    o dominam. So elas que fazem o balano energtico do planeta, ditando as variaes de

    precipitao e temperatura, atravs do transporte de calor e umidade.

    2.1.1 Clima no Brasil

    No Brasil, as massas de ar que condicionam os diversos tipos de clima so as

    seguintes: Equatorial atlntica (mEa), Equatorial continental (mEc), Equatorial pacfica (mEp),

    Equatorial norte (mEn), Tropical atlntica (mTa), Tropical continental (mTc), Antrtica (mA),

    Polar atlntica (mPa), Polar pacfica (mPp) e Superior (mS).

    Massas Equatoriais

    Podem-se distinguir quatro massas de ar, alimentadas por fontes martimas (03) e

    continentais (01), conforme segue.

    MASSA EQUATORIAL PACFICA (MEP) E EQUATORIAL NORTE (MEN):

    A mEp origina-se na zona dos ventos alsios de sudeste, do anticiclone do Pacfico Sul,

    enquanto a mEn forma-se a partir dos ventos alsios de nordeste, que sopram a partir do

    anticiclone do Atlntico Norte. Caracterizam-se como zonas aquecidas e compostas por

    florestas e savanas, onde predominam as calmarias do regime depressionrio continental.

    MASSA EQUATORIAL ATLNTICA - MEA:

    Constituda pelos ventos alsios de SE que sopram do Oceano Atlntico (anticiclone

    semiestacionrio do Atlntico Sul). Compe-se de duas correntes, uma inferior fresca e

    carregada de umidade oriunda da evaporao do oceano e outra superior quente e seca, de

    direo idntica, mas separadas por uma inverso de temperatura, a qual no permite o fluxo

    vertical de vapor, que sendo barrado, assegura um bom tempo. Entretanto, em suas bordas a

    descontinuidade trmica se eleva e enfraquece bruscamente, permitindo a ascenso de ambas

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    22

    as camadas, tornando a massa instvel, causando as fortes chuvas equatoriais e da costa

    leste do continente, essas ainda agravadas pela orografia.

    MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL MEC:

    Se forma sobre o continente aquecido, onde dominam as calmas e ventos fracos do

    regime depressionrio, sobretudo no vero. alimentada pelos ventos ocenicos de leste e

    norte, oriundos da massa mEn, mais fria. A umidade relativa elevada, sendo caracterstica a

    formao de nuvens de tempestade (cumulonimbus) e precipitao abundante.

    Massas Tropicais

    Formadas por zonas de ventos variveis e divergentes das calmarias subtropicais, ou

    seja, dos anticiclones semiestacionrios dos oceanos Atlntico e Pacfico. Limitam-se ao sul

    com as massas polares e, ao norte, se estendem at a zona dos ventos alsios de sudeste.

    Essas massas de divergncia anticiclnica possuem subsidncia superior, a qual favorece a

    mistura lateral e impede a vertical, dando-lhe maior homogeneidade.

    MASSA TROPICAL ATLNTICA MTA:

    Forma-se na regio quente do oceano atlntico sul, recebendo muito calor e umidade

    prximo superfcie. O movimento do ar dominado pelo anticiclone subtropical. O ar

    uniforme, com bastante umidade e calor, porm, no se estende a grandes alturas, pois na

    parte leste dessa alta presso subtropical h uma forte subsidncia. Assim, a umidade

    absorvida do oceano se limita camada superficial. J na parte oeste h um ligeiro movimento

    ascendente, com grande mobilidade vertical do ar. Assim, a umidade absorvida do oceano

    torna o setor ocidental da massa tropical martima mais sujeita a instabilidade que o setor

    oriental. Essa uma das explicaes para os menores ndices pluviomtricos entre a costa

    oeste da frica (desertos - influncia do setor leste menor precipitao- da mTa) em relao

    costa leste do litoral brasileiro (que sofre maior influncia do setor oeste da mTa, mais

    mido).

    MASSA TROPICAL CONTINENTAL MTC:

    Exerce maior influncia do final da primavera ao incio do outono. Originada na zona

    quente e rida a leste dos Andes e ao sul do trpico de capricrnio. Constituda por uma zona

    de baixa presso, tem ventos de circulao ciclnica de forte convergncia. Dificulta a

    formao de nuvens, sendo responsvel por tempo quente e seco.

    Massa Antrtica

    Sua fonte a regio polar de superfcie gelada, constituda pelo continente antrtico e

    pela banquisa fixa. Seu limite coincide com a isoterma de 0 (zero grau Celsius) na superfcie

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    do mar. A circulao atmosfrica dominada por um anticiclone permanente com inverso

    superior muito baixa, o que torna essa massa bastante estvel. O ar distribudo em todas as

    direes, sempre com desvio para oeste (devido ao efeito de rotao da Terra).

    Massas Polares mP

    Originam-se na zona subantrtica e so caracterizadas pela transio entre o ar polar e

    o tropical. Dessa zona originam-se os anticiclones subpolares que, periodicamente, invadem a

    Amrica do Sul com ventos predominantes de sudoeste a oeste (frentes frias), associados a

    quedas de temperaturas e aumento na pluviosidade.

    Massas Superiores mS

    Formam-se nos centros de ao. Entre 900 e 2.000 metros de altitude, sobre os

    anticiclones polares e sobre a zona dos alsios em ambos os hemisfrios, contendo ar seco

    que se aquece em subsidncia, podendo atingir o solo principalmente no vero. So

    importantssimos, pois sua presena assegura tempo seco e estvel.

    Estas so as principais massas de ar que determinam o clima e as condies

    meteorolgicas no Brasil. A partir da interao dessas massas de ar e de sua predominncia

    sobre o territrio brasileiro, o IBGE (2002) estabelece 05 zonas climticas predominantes:

    Clima Equatorial, Clima Tropical da Zona Equatorial, Clima Tropical do Nordeste Oriental,

    Clima Tropical do Brasil Central e Clima Temperado. A Figura 1 ilustra a distribuio destas

    zonas climticas no territrio nacional.

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    24

    Figura 1: Zonas Climticas predominantes sobre o territrio Nacional. (IBGE, 2002).

    Falando especificamente sobre a rea de estudo, o estado do Rio Grande do Sul, assim

    como o sul do Brasil, encontra-se na zona de Clima Temperado, que ser melhor explicado no

    prximo ttulo.

    2.1.2 Clima no Rio Grande do Sul

    O Estado do Rio Grande do Sul situa-se no extremo meridional do pas, entre as

    latitudes de 27 e 34 Sul (S) e as longitudes de 50 e 57 Oeste (W). Fenmenos relacionados

    dinmica da atmosfera (frentes meteorolgicas) e fatores geogrficos como a orografia, a

    continentalidade e a maritimidade so os determinantes das principais caractersticas

    climticas do extremo sul do Brasil.

    O clima predominante no territrio gacho o subtropical, sendo que na regio do

    Planalto da Serra Geral o clima subtropical de altitude, com temperaturas mdias inferiores a

    20 C e chuvas abundantes, regularmente distribudas. Na regio do Pampa Gacho, as

    mdias trmicas anuais so predominantemente inferiores a 18 C. A Regio Lagunar do litoral

    caracteriza-se pela eventual escassez de chuvas, principalmente nos meses de vero.

    As massas de ar que influenciam na gnese do clima do sul do Brasil so as seguintes:

    - Massa Tropical Martima (Tm): Tem origem no anticiclone do Atlntico (30S),

    caracteriza-se como quente e mida e atua durante todo o ano no territrio rio-

    grandense;

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    25

    - Massa Polar Martima (Pm): Tem origem em latitudes subpolares, caracteriza-se

    como fria e mida e atua no Rio Grande do Sul durante todo o ano, porm de forma

    mais ativa no inverno;

    - Massa Tropical Continental (Tc): Originria da regio do Chaco, penetra no Rio

    Grande do Sul pelo oeste, caracterizando-se como quente e seca e de atividade mais

    intensa no vero;

    - Massa Equatorial Continental (Ec): Massa quente e mida, penetra no Estado

    pelo noroeste, especialmente no vero, tendo como origem a plancie amaznica;

    Entre os aspectos estticos, a orografia influi particularmente no regime de chuvas, e a

    continentalidade e a maritimidade, no regime trmico.

    Pelo sistema internacional de classificao climtica de Kppen, o Rio Grande do Sul

    enquadra-se na zona fundamental temperada (C), tipo fundamental mido (Cf), com duas

    variedades especficas: subtropical (Cfa) e temperado (Cfb).

    As caractersticas do clima rio-grandense conforme a variedade so as seguintes:

    - Variedade subtropical (Cfa): Clima subtropical mido, com chuva bem distribuda

    durante o ano (nenhum ms com menos de 60 mm) e temperatura mdia do ms mais

    quente superior a 22,0 C;

    - Variedade temperado (Cfb): Clima temperado mido, com chuva bem distribuda

    durante o ano (nenhum ms com menos de 60 mm) e temperatura mdia do ms mais

    quente inferior a 22,0 C.

    As variedades climticas foram divididas em subtipos individualizados a partir da

    isotermia anual de 18 C como segue abaixo e pode ser visualizado na Figura 2:

    cfa1 - isotermia anual inferior a 18C;

    cfa2 - isotermia anual superior a 18C;

    cfb1 - isotermia anual inferior a 18C.

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    26

    Figura 2: Mapa Climtico do Rio Grande do Sul, com a localizao da rea de estudo destacada em

    vermelho.

    2.1.3 Clima em Caapava do Sul

    O municpio de Caapava do Sul, onde est inserido o empreendimento objeto de

    estudo, encontra-se em rea de transio dos tipos climticos Subtropical, do tipo CfaII1c e

    estreita faixa caracterstica de Clima Temperado Cfb1, estando o empreendimento quase

    totalmente inserido em zona de clima CfaII1c. Este se caracteriza como subtropical mido, sem

    estao seca definida, com veres quentes e temperatura mdia anual de 17,4C, segundo a

    classificao de Kppen (apud MORENO, 1961).

    Cfa

    Cfa

    Cfa

    Cfa

    CfaCfa

    Cfa

    CfaCfa

    Cfa Cfb1

    Cfb1

    II1a

    II2a

    Ia

    II1c

    Ib

    II2c II1d

    II2b II1c

    SO LUIS GONZAGA

    SO BORJA

    ITAQUI

    URUGUAIANA

    SANTIAGO JULIO DE CASTILHOS

    SANTA MARIA

    CACHOEIRA DO SUL

    SANTA CRUZ DO SUL

    TAQUAR

    SANTA ROSA

    MARCELINO RAMOS

    SANTO NGELO

    CRUZ ALTA

    SOLEDADE

    PALMEIRA DAS MISSES

    PASSO FUNDO

    LAGOA VERMELHA

    QUAPOR

    BENTO GONALVES

    CAXIAS DO SUL

    SO FRANCISCO DE PAULA TRRES

    TAQUARA

    PORTO ALEGRE

    ENCRUZILHADA DO SUL

    CAAPAVA DO SUL

    SANTANA DO LIVRAMENTO

    SO GABRIEL

    DOM PEDRITO

    BAG

    VACARIA

    TAPES

    PELOTAS

    RIO GRANDE

    JAGUARO

    SANTA VITRIA DO PALMAR

    REPBLI

    CA A

    RG

    ENTI

    NA

    RIO

    URU

    QU

    AI

    REPBLICA DO URUGUAI

    SUL

    OCEAN

    O

    ATL

    NTIC

    O

    Santa Catarina

    33

    32

    31

    30

    29

    28

    57

    56

    55

    5453

    52

    51

    50

    26

    ZONA FUNDAMENTAL

    ''C''

    CLIMA TEMPERADO

    A TEMPERATURA DO MS

    FRIO OSCILA EMTRE -3 E 18 c

    TIPO FUNDAMENTAL

    CLIMA TEMPERADO

    COM CHUVAS TODOS

    OS MESES

    ''Cf''

    TIPO FUNDAMENTAL

    CLIMA TEMPERADO

    COM CHUVAS TODOS

    OS MESES

    ''Cf'' ''Cfa''CLIMA SUBTROPICALOU VIRGINIANO

    ''Cfbl"CLIMA TEMPERADO

    OU DAS FAIAS

    VARIEDADES ESPECFICAS

    A TEMPERATURA DO MS MAIS QUENTE SUPERIOR A 22 c A

    A DO MS MAIS FRIO OSCILA ENTRE -3 E 18 c

    A TEMPERATURA DO MS MAIS QUENTE INFERIOR A 22 c A

    A DO MS MAIS FRIO OSCILA ENTRE -3 E 18 c

    CLASSIFICAO E DIVISO

    PARTICULARIDADE REGIONAL: OS CLIMAS ''Cfb'' COM AS TEMPERAS EXTREMAS COMPREENDIDOS ENTRE

    10 c E 20 c SO REPRESENTADOS PELA FORMULA ''Cfbl''

    ''Cfbl''CLIMA

    FORMULA CONVENO DENOMINAO

    TEMPERADOOU DAS FAIAS

    CLIMA

    SUB -

    TROPICAL

    OU

    VISINAL

    ''Cfa''

    SUBDIVISO

    Iab

    II2

    1

    abc

    d

    a

    c

    b

    REAS MORFO CLIMTICAS

    PLANALTO BASLTICO SUPERIOR (ALTITUDE ACIMA DE 600 m )

    ESCUDO SUL-RIOGRANDENSE - URUGUAIO (ALTURA 400 m E SUPERIORS )

    PLANALTO BASLTICO INFERIDO ( ALTITUDE ENTRE 400 E 600 m )

    PERIFERIA DO BORDO ERODIDO DO PLANALTO BASALTICO

    ESCUDO SUL-RIOGRANDENSE - URUGUAIO (ALTITUDE INFERIOR A 400 m )

    PLANCIE SEDIMENTAR LITORNEA LAGUNAR (ALT. INFERIOR A 100 m )

    PLANCIE DO VALE DO URUGUAI E PARTE DO PLANALTO BASLTICO INFERIOR

    PENEPLANCIE SEDIMENTAR PERIFRICA ( ALT. INFERIOR A 400 m )

    VALE DO CAMAQU ( ALT. INFERIOR A 400 m )

    TEMPERAT. MDIA

    DO MES MAIS QUENTE (JANEIRAO)

    SUPERIOR

    A

    22 c

    TEMPERATURA

    MDIA ANUAL

    INFERIOR A 22 c

    A

    18 c

    SUPERIOR

    A

    18 c

    INFERIOR A 18 c

    INFERIOR

    TEMP. MDIA DO MESMAIS QUENTE DA REGIO (JANEIRO)

    20,6

    21,5

    22,7

    22,3

    23,2

    22,7

    24,8

    24,7

    23,2

    TEMPERAT. MDIA

    ANUAL DA REGIO

    15,9

    16,4

    17,6

    17,3

    17,4

    17,6

    19,3

    19,1

    18,2

    SUBDIVISO REGIONAL E CARACTERSTICAS DAS VARIEDADES ESPECFICAS

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    27

    2.1.4 Ventos

    A Circulao Atmosfrica o processo de movimentao do ar ou das massas de ar,

    ocasionado pelas diferenas de presso e temperatura existentes na atmosfera terrestre. Os

    ventos so, em resumo, um agente da circulao atmosfrica que busca equilibrar o balano

    energtico do planeta, levando ar frio e umidade dos locais mais frios para os mais quentes.

    Sofrem influncia direta dos efeitos de rotao e translao da Terra, alm da fora de corilis.

    Apesar da aparente imprevisibilidade, o vento traduz uma contnua movimentao da

    atmosfera, resultante da circulao de massas de ar provocada pela energia radiante do Sol e

    pela rotao da Terra. Entre os principais mecanismos atuantes, destaca-se o aquecimento

    desigual da superfcie terrestre, que ocorre tanto em escala global (latitudes e ciclo dia-noite)

    quanto local (mar-terra, montanha-vale). Assim, natural que as velocidades e direes de

    vento apresentem tendncias diurnas e sazonais dentro de seu carter estocstico (SEMC,

    2002).

    Ventos no Rio Grande do Sul

    A fim de se entender a dinmica atmosfrica que domina o sistema de ventos no estado

    do Rio Grande do Sul, elencaram-se os principais sistemas de circulao atuantes no estado e

    os ventos resultantes.

    Portanto, so 03 os principais sistemas de presso que influenciam a dinmica de

    ventos no estado: O Anticiclone Subtropical do Atlntico Sul, o Anticiclone Mvel Polar e a

    Depresso Baromtrica do Nordeste da Argentina (baixa presso do Chaco).

    ANTICICLONE SUBTROPICAL DO ATLNTICO SUL

    Clula de alta presso, caracterizada por elevado calor e umidade provenientes da

    regio das baixas latitudes tropicais. o principal formador dos ventos dos quadrantes leste e

    nordeste e exerce maior influncia no territrio do Rio Grande do Sul principalmente nos meses

    de primavera e vero.

    ANTICICLONE MVEL POLAR

    Origina-se na regio polar de superfcie gelada constituda pelo Continente Antrtico e

    pela banquisa fixa. Invadem o Rio Grande do Sul com ventos de Oeste/sudoeste, defletindo

    para sul/sudeste ao se aproximar do trpico. o responsvel pelos ventos do quadrante

    sudoeste, associados s frentes frias, conhecidos no estado como vento minuano. Sua

    frequncia regular durante o inverno, chegando a aproximadamente uma entrada de frente

    fria por semana (IBGE, 1990).

    BAIXA PRESSO DO CHACO

    A Depresso Baromtrica do Nordeste da Argentina (ou baixa presso do Chaco, nome

    como conhecida esta regio) parece ter sua gnese ligada ao movimento ondulatrio da

  • Av. Farrapos, 146 conj. 62 - CEP 90220-000 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS

    Fone: 51 3226.4456 - www.geoprospec.com.br

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    frente polar em contato com o ar quente da zona tropical. Este sistema exerce alguma

    influncia principalmente durante o vero, ocasionando aumento da umidade relativa do ar,

    chuvas e sensao de abafamento, associado a ventos quentes dos quadrantes noroeste e

    norte.

    Direo

    Tomando como base os sistemas de presso anteriormente apresentados, temos uma

    alternncia de direo dos ventos predominantes, sendo que os ventos dos quadrantes

    nordeste/leste e sul/sudoeste so os mais significativos e predominam nos meses de

    primavera/vero e outono/inverno, respectivamente. Os ventos da direo nordeste/leste so

    mais significativos de uma maneira geral, com maior frequncia nos meses de primavera e

    vero e esto associados influncia do Anticiclone subtropical do Atlntico Sul, enquanto os

    ventos de direo sul/sudoeste esto associados chegada de frentes frias e passagens de

    frentes polares, tendo predominncia nos meses de outono/inverno. Secundariamente ocorrem

    ventos de noroeste/norte, associados baixa presso do Chaco, com maior frequncia durante

    o vero.

    Apesar da alternncia de ventos, a anlise dos valores da srie histrica do INMET

    mostra que os ventos so mais constantes do quadrant