Figuras de Linguagem Apostila

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FIGURAS DE LINGUAGEM São recursos expressivos que se usam para imprimir mais for ça, vivacidade e col ori do ao pen sament o. Esses rec urs os de lin gua gem são bas tan te emp reg ados para a construção de uma imagem poética. Podemos classificar as figuras de linguagem em: Figuras de palavras ou tropos!" Figuras de pensamento" Figuras de construção ou sintaxe!" FIGU RAS DE PA LAVRAS:  baseiam#se no emp rego simb$lico, figurado de uma palavra por outra, quer por contig%idade relação de pro ximida de! quer por simila rid ade associação, comparação! Com par ação ou Símile!: ocorre qua ndo se estabelece aproxi mação entre dois eleme ntos que se identificam, ligad os pelo conecti vo comparati vo &como' e as varia ntes:  feito, assim como, tal , como, tal  qual , tal  como, qual , que nem! e alguns verbos (  pare cer , assemelhar #  se e outros. Ex.: &) pa* é como + )quele suspiro, eve e inocente + -ue a gente + / durante o sono'. &)s sol tei ron as, os longos ves tid os negros fec 0ad os no  pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas  paradas...' 1orge ) mado! Metáfora:  ocorre quando um termo substitui outro através de uma relação de semel0ança resultante da sub2etividade de quem a cria. ) met/fora também pode ser entendida como uma comparação abreviada em que o conectivo não est/ expresso, mas subentendido. Ex.: &) noite é um manto negro sobre o mundo.' &Esta vida é uma viagem  pena eu estar s$ de passagem' Paulo emins3i! Catare!e: é uma espécie de met/fora desgastada, em que 2/ não se sente inovação de criação individual e pitoresca. 4 a met/fora tornada 0/bito ling%5stico, 2/ fora do 6mbito estil5stico. Ex.: fol0as de papel dente de al0o céu da boca asa da x5cara  pele de tomate cabeça de prego  braço da cadeira aterrissar em alto#mar Me tomia ou Si"#$o%&e!: cons ist e na sub sti tui ção de uma  palavra por outra, 0avendo entre ambas uma proximidade de sentido. 7eali*ando#se de in8meros modos. Ex.: a' o continente pelo conte8do e vice#versa: )ntes de sair, tomamos um c/lice de licor. (' a causa pelo efeito e vice#versa: Ergueu a casa com seu suor. ' o concreto pelo abstrato ou vice#versa Este aluno tem $tima cabeça. $' o lugar de origem ou de produção pelo produto: 9omprei uma garrafa do legitimo porto. e' a marca pelo produto: sa gilete diariamente. f' o autor pela obra: ;ir ou a madruga lendo )ugusto do )n2os. )' o inventor pelo invento: Edson ilumina o mundo. Si"e!te!ia:  é o recurso que une em uma s$ expressão diferentes sensaç<es sensoriais. Est/ ligada aos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Ex.: ma melodia a*ul tomou conta da sala. Sua vo* doce e aveludada era uma car5cia em meus ouvidos. FIGURAS DE PENSAMEN*+: São processos estil5sticos que se reali*am na esfera do pensamento, no 6mbito da frase e ob2etiva ressaltar o significado das palavras. A"títe!e: ocorre quando 0/ aproximação de palavras ou express<es de sentidos opostos. Ex.: &) areia, alva, est/ agora preta, de pés qu e a pisam.' 1orge )mado! &=asce o Sol, e não dura mais que um dia, epois da lu*, se segue a noite escura. Em tristes sombras morre a formosura Em cont5nuas triste*as, a alegria'. >reg$rio de ?ato! Para$o,o:  oco rre par ado xo quan do 0/ apr oxi maç ão de idé ias opostas, idéias que se contradi*em referindo#se ao mesmo termo. 4 entendia como oposição de idéias. &)mor é fogo que arde sem se ver" 4 ferida que d$i e não se sente" 4 um contentamento descontente" 4 dor que desatina sem doer.' uis ;a* de 9am<es! -ue não se2a imortal posto que é c0ama ?as que se2a infinito enquanto dure. ;i n5cius de ?oraes! E&femi!mo:  consiste no emprego de uma palavra ou expressão para atenuar uma verdade tida como penosa, desagrad/vel ou c0ocante. Ex.: @ 0/bil pol 5ti co tomou emp res tad o din 0ei ro p8b lic o e esqueceu de devolver. 1oão partiu para uma vida mel0or. Iro"ia:  @corre quando, pelo contexto, pela entonação, ou  pela contradição de termos, sugere#se o contr/rio do que as palavras ou oraç<es parecem exprimir. >eralmente a intenção é depreciativa ou sarc/stica. Ex.: @l0a s$ como o quarto est/ arrumadoA =ada focou no lugarA Budo de pernas para o arA  ( ; ocC est/ intolerante, 0einA  ( =ão diga, meu amorA -ip#r(ole:  é o exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto. Ex.:

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FIGURAS DE LINGUAGEM

São recursos expressivos que se usam para imprimir maisforça, vivacidade e colorido ao pensamento. Esses recursos delinguagem são bastante empregados para a construção de umaimagem poética.

Podemos classificar as figuras de linguagem em:

Figuras de palavras ou tropos!"Figuras de pensamento"Figuras de construção ou sintaxe!"

FIGURAS DE PALAVRAS:  baseiam#se no empregosimb$lico, figurado de uma palavra por outra, quer por contig%idaderelação de proximidade! quer por similaridade associação,comparação!

Comparação ou Símile!: ocorre quando se estabeleceaproximação entre dois elementos que se identificam, ligados peloconectivo comparativo &como' e as variantes:  feito, assim  como,tal , como, tal   qual , tal   como, qual , que  nem! e alguns verbos (  parecer , assemelhar # se e outros. Ex.:

&) pa* é como + )quele suspiro,eve e inocente + -ue a gente + / durante o sono'.

&)s solteironas, os longos vestidos negros fec0ados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas...' 1orge )mado!

Metáfora:  ocorre quando um termo substitui outro atravésde uma relação de semel0ança resultante da sub2etividade de quem acria. ) met/fora também pode ser entendida como uma comparaçãoabreviada em que o conectivo não est/ expresso, mas subentendido.Ex.:

&) noite é um manto negro sobre o mundo.'

&Esta vida é uma viagem pena eu estar s$ de passagem' Paulo emins3i!

Catare!e: é uma espécie de met/fora desgastada, em que 2/não se sente inovação de criação individual e pitoresca. 4 a met/foratornada 0/bito ling%5stico, 2/ fora do 6mbito estil5stico. Ex.:

fol0as de papeldente de al0océu da bocaasa da x5cara

 pele de tomatecabeça de prego braço da cadeiraaterrissar em alto#mar 

Meto"ímia ou Si"#$o%&e!:  consiste na substituição de uma palavra por outra, 0avendo entre ambas uma proximidade desentido. 7eali*ando#se de in8meros modos. Ex.:

a' o continente pelo conte8do e vice#versa:

)ntes de sair, tomamos um c/lice de licor.

(' a causa pelo efeito e vice#versa:

Ergueu a casa com seu suor.

' o concreto pelo abstrato ou vice#versa

Este aluno tem $tima cabeça.

$' o lugar de origem ou de produção pelo produto:

9omprei uma garrafa do legitimo porto.

e' a marca pelo produto:

sa gilete diariamente.

f' o autor pela obra:

;irou a madruga lendo )ugusto do )n2os.

)' o inventor pelo invento:Edson ilumina o mundo.

Si"e!te!ia: é o recurso que une em uma s$ expressão diferentessensaç<es sensoriais. Est/ ligada aos cinco sentidos: visão, audição,tato, olfato e paladar. Ex.:

ma melodia a*ul tomou conta da sala.

Sua vo* doce e aveludada era uma car5cia em meus ouvidos.

FIGURAS DE PENSAMEN*+: São processos estil5sticosque se reali*am na esfera do pensamento, no 6mbito da frase eob2etiva ressaltar o significado das palavras.

A"títe!e: ocorre quando 0/ aproximação de palavras ou express<esde sentidos opostos. Ex.:

&) areia, alva, est/ agora preta, de pés que a pisam.'1orge )mado!

&=asce o Sol, e não dura mais que um dia,epois da lu*, se segue a noite escura.Em tristes sombras morre a formosuraEm cont5nuas triste*as, a alegria'.

>reg$rio de ?ato!

Para$o,o:  ocorre paradoxo quando 0/ aproximação de idéias

opostas, idéias que se contradi*em referindo#se ao mesmo termo. 4entendia como oposição de idéias.

&)mor é fogo que arde sem se ver"4 ferida que d$i e não se sente"4 um contentamento descontente"4 dor que desatina sem doer.'

uis ;a* de 9am<es!

-ue não se2a imortal posto que é c0ama?as que se2a infinito enquanto dure.;in5cius de ?oraes!

E&femi!mo: consiste no emprego de uma palavra ou expressão para

atenuar uma verdade tida como penosa, desagrad/vel ou c0ocante.Ex.:

@ 0/bil pol5tico tomou emprestado din0eiro p8blico eesqueceu de devolver.

1oão partiu para uma vida mel0or.Iro"ia: @corre quando, pelo contexto, pela entonação, ou

 pela contradição de termos, sugere#se o contr/rio do que as palavrasou oraç<es parecem exprimir. >eralmente a intenção é depreciativaou sarc/stica. Ex.:

@l0a s$ como o quarto est/ arrumadoA =ada focou no lugarABudo de pernas para o arA

 ( ;ocC est/ intolerante, 0einA ( =ão diga, meu amorA

-ip#r(ole: é o exagero de uma idéia, a fim de proporcionar umaimagem emocionante e de impacto. Ex.:

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&Paixão cruel desenfreadaBe trago mil rosas roubadasPra desculpar min0as mentiras?in0as mancadasExagerado ...!'9a*u*a+eoni+E*equiel!

&7ios te correrão dos ol0os, se c0oraresA'@lavo Dilac!

Pro!opop#ia  ou per!o"ifiação!: consiste na atribuição demovimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres pr$prios dosseres 0umanos, seres animados, a seres inanimados, irracionais ouabstratos. 4 comum nas f/bulas e nos ap$logos. Ex.:

&)s /rvores são imbecis" despem#se 2ustamente quandocomeça o inverso'

&=a noite alta, como sobre um muro,)s estrelin0as cantam como grilos...'?ario -uitana!

Gra$ação: 4 a apresentação de uma série de idéias em progressão

ascendente. ) gradação pode ser crescente aumenta! ou decrescentediminui!. ) crescente pode ser c0amada de cl5max. Ex.:

&avia o céu, 0avia a terra, muita gente e mais )nia comseus ol0os claros e brincal0<es...'

&Budo cura o tempo, tudo fa* esquecer, tudo digere, tudoacaba'.

Pe )ntnio ;ieira!

FIGURAS DE C+NS*RU./+:  Estão diretamenterelacionadas com a estrutura sint/tica da frase.

Pleo"a!mo: consiste na repetição desnecess/ria de uma informação,

afim de reforçar ou enfati*ar uma expressão. Ex.:

&;i com os meus pr$prios ol0os o foguete desaparecer'.

&Sorriu para olanda um sorriso ainda marcado de pavor'.;. ?oog!

Elip!e: consiste na omissão de um termo facilmente identific/vel. @ principal efeito é a concisão. Ex.:

e mau cordo, mau ovo.

 =o céu, dois fiapos de nuvens.

Somos estudiosos.A"áfora:  consiste na repetição da mesma palavra no in5cio dediversas oraç<es. Ex.:

>rande no pensamento, grande na ação, grande na gl$ria,grande no infort8nio, ele morreu descon0ecido.

4 pau, é pedra, é o fim do camin0o4 um resto de toco, é um toco so*in0o4 um caco de vidro, é a vida, é o Sol4 a noite, é a morte, é um laço, é o an*ol

Bom 1obim!

-ip#r(ato: 9onsiste na inversão da ordem normal das palavras, ouda ordem das oraç<es no per5odo. Ex.:

-ue o 2u5*o final 0/ de c0egar, não contesto.

&@uviram do Gpiranga as margens pl/cidase um povo 0er$ico o brado retumbante'

@s$rio uque Estrada!

Aliteração:  consiste na repetição da mesma consoante ou deconsoantes similares. Ex.:

&@ rato roeu a roupa do rei de 7oma'

&Boda gente 0omenageia 1anu/ria na 2anela'90ico Duarque!

A!!o"0"ia: consiste na repetição da mesma vogal ao longo de umafrase, verso ou poema. Ex.:

&Sou )na, da camada cana, fulana, bacanaSou )na de )msterdam.'

+"omatop#ia: ocorre quando uma palavra ou con2unto de palavrasimita um ru5do ou som. Ex.:

@ tique#taque do meu coração...

&@ silCncio fresco despenca das /rvores. ;eio de longe, das plan5cies altas. os cerrados onde o guaxe passe r/pido...

;vvvvvvv... passou.' ?/rio de )ndrade!

1&e!t2e!

34 )ssinale a 8nica alternativa que não constitui uma met/fora:a! ) c0uva ca5a como l/grimas tristes. b! ?in0a boca é um cadeado.c! Ela ficou furiosa. ma onça.d! ) vida são ondas, vem e vai.e! &Pois ve2o a min0a vida anoitecer.' >reg/rio de ?atos!

54 &E bamboleando em rondadançam bandos tontos e bambosde pirilampos.' >uil0erme de )lmeida!

) figura de linguagem empregada pelo autor nesse trec0o é:a! )sson6ncia. b! )literação.c! )ss5ndeto.d! )nacoluto.e! )n/fora.

64 ebruçada nas /guas dum regato) flor di*ia em vão) corrente, onde bela se mirava...&)i, não me deixes, nãoA' >onçalves ias!

 =o trec0o acima 0/:

a! onomatopeia. b! 0ip/lage.c! paradoxo.d! ap$strofe.e! prosopopéia.

74 S$ não encontramos meton5mia na alternativa:

a! ;ou comprar bombril. b! >osto de ouvir ?o*art.e! @ pé da mesa est/ quebrado.d! / muitas cabeças de gado naquela fa*enda.e!Bomei trCs copos de cerve2a.

84 )ssinale a alternativa onde 0/ um caso de gradação:

a! ) moça sorri e alegra o rapa*. b! H) fossa, a bossa, a nossa grande dor 9arlos Ira!e! &oramundo é alto feito um poste.J Sérgio Porto!

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d! &Budo na casa era cin*a, nebuloso, assustador.' Pedro =ava!e! &)mo#te assim: meio odiosamente.' )ugusto dos )n2os!

94 Gdentifique a figura de linguagem destacada na frase que segue:

&) explosiva descoberta )inda me atordoa.Estou cego e ve2o. )rranco os ol0os e ve2o.9arlos rummond de )ndrade!

a! 0ipérbole. b! eufemismo.e! ironia.d! ant5tese.e! paradoxo.

4  ;ENEM'  =as alternativas abaixo, estão transcritos versosretirados do poema &@ oper/rio em construção'. Pode#se afirmar que ocorre um paradoxo em:

a! Era ele que erguia casas@nde antes s$ 0avia c0ão.

 b! -ue a casa que ele fa*iaSendo a sua liberdade

Era a sua escravidão.

c! =aquela casa va*ia-ue ele mesmo levantaram mundo novo nasciae que sequer suspeitava.

d! -ue o oper/rio fa* a coisaE a coisa fa* o oper/rio.

e! Ele, um 0umilde oper/rio,m oper/rio que sabiaExercer a profissão;inicius de ?oraes. )ntologia Poética.!

<4 ;FGV=SP' @ pleonasmo é a reiteração de uma mesma ideia por meio de uma superabund6ncia ou repetição de palavras. -uando esterecurso nada acrescenta e pode resultar de uma ignor6ncia dosentido exato da palavra, temos um pleonasmo vicioso. Gndique,dentre as seguintes alternativas, aquela em que o termo destacado pode ser considerado um pleonasmo vicioso:

a! Pai!a)e"!> quero#as comigoA b! ) plateia gostou do pri"ipal protagonista.c! Sei de uma criatura antiga e formi$á?el4d! 9omo são @armo!a! as primeiras rosas.e! @s altares eram 0umildes e !ole"e!4

4 ;V&"e!p=SP' )ssinale a alternativa que conten0a a figura delinguagem presente nas frases abaixo:

G. @ caos nos espreita no 0ori*onte.GG. @ Drasil custa a morrer.GGG. @ Drasil pode estar levando até o fim radical sua almaconciliadora.

a! 0ipérbole. b! eufemismo.c! prosopopéia.d! anacoluto.e! pleonasmo.

3B4 ;PUC=SP' =os trec0os:

...nem um dos autores nacionais ou nacionali*ados de oitenta pra l/faltava nas estantes do ma2or.

...o essencial é ac0ar#se as palavras que o violão pede e dese2a,

Encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a! prosopopeia e 0ipérbole. b! 0ipérbole e meton5mia.c! per5frase e 0ipérbole.d! meton5mia e eufemismo.e! meton5mia e prosopopeia.