Fichamento Tópicos Especiais
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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Humanas
Arquivologia
Prof.ª Rosale Matos
Cesar Filipe Manoel da Silva
Fichamento
O artigo, Aspectos lógicos filosóficos da organização do conhecimento na esfera
da ciência da informação. Produzida em conjunto pelas professoras Silvana Monteiro e
Maria Giraldes, que lecionam no departamento de Ciência da informação da
Universidade estadual de Londrina. E se baseia nos pressupostos da filosofia de
Aristóteles e na história para observar como se desenvolveu este processo.
Na primeira parte do artigo que se trata de um breve resumo da organização do
conhecimento, que antigamente era apenas visto sob uma ótica de acondicionamento e
guarda permanente destes documentos e não com a sua circulação. Outro ponto a ser
destacado é a preocupação de todas as áreas do campo cientifico na organização da
informação com o objetivo de recuperar e disponibilizar a informação de maneira
rápida.
Uma metodologia utilizada para ordenar todo esse conhecimento acumulado
passa pelos Tesauros (dicionário de idéias afins) e o Ontológico (classificação dos seres)
o que representa uma mudança na forma como organizamos a informação de maneira
em que substituímos algo longo e complexo, por um código que tenta sintetizar todo um
processo de catalogação, indexação e classificação dos documentos.
A organização do conhecimento começa a ser estudada por Platão na Grécia
antiga, pode se dizer que ele foi o primeiro a categorizar o conhecimento em 3 áreas:
Física, ética e lógica. Já Aristóteles usava a gramática como forma de se classificar e
ordenar tudo no qual as relações de predicabilidade que podiam ser como: Gênero,
diferença especifica, propriedade e acidente. Baseado nesses elementos para se definir
um termo era necessário ir ate a essência do ser, claro que não era uma lógica perfeita,
pois havia os acidentes. Que não eram tão relevantes para se definir um termo. Porfírio
deu um passo alem diferente de seus antecessores ele propôs algo mais prático, mais
inteligível e classificada por assunto.
Na Idade média percebe-se que a lógica não e capaz de organizar o
conhecimento de maneira eficaz assim se buscou novas formas de organização do
conhecimento, Francis Bacon fez uma releitura do organon definindo três categorias
Memória, razão e imaginação.
Foi na idade média que vimos surgir o conceito de currículo e faculdade. Na
qual entrava o sistema de “Trivium” e “Quadrivium” o primeiro se tratava de uma
inserção no meio acadêmico uma espécie de preparação no qual se estudava a
gramática, dialética e retórica. O segundo se constituía num estudo mais avançado que
compreendia os campos da Aritmética, geometria, musica e Astronomia, logo após isso
podia se seguir por três cursos Teologia, Direito e Medicina.
Outra forma utilizada para organizar o conhecimento na idade média foi à
enciclopédia, que colocava os assuntos em ordem hierárquica, de um assunto geral a um
a assunto especifico alem disto apresentava a forma de divisão do conhecimento que
Bacon propôs logo acima.
Na época moderna o foco da classificação do conhecimento mudou outra vez ao
invés de se garantir um local certo para o conhecimento, os livros e que tinham maior
valor é o gênero ganhando mais atenção que a espécie.
Outro grande passo que a classificação deu nessa época foi com o bibliotecário
norte americano Melvil Dewey que criou um esquema de números decimais para se
classificar objetos que seguia a mesma lógica aristotélica do geral (gênero) para o
especifico (espécie).
A biblioteca do congresso norte americano criou um sistema de classificação que
e completamente utilitário, pois se adapta as necessidades e se atualiza dependendo da
demanda da própria biblioteca do congresso e feito a partir de uma lista de cabeçalhos
de assuntos. Este é o maio sistema de classificação sem base em conhecimento
cientifico que se tem noticia.
Ranganathan, Matemático e bibliotecário indiano. Pai da biblioteconomia em
seu pais. Promoveu um método de classificação chamado de dois pontos ou
classificação facetada que basicamente e a divisão de assuntos em categorias ou facetas
chamado de PMEST onde P: personalidade M: matéria E: energia S: espaço (space) T:
tempo é um sistema muito flexível que para os estudiosos e uma solução para a
classificação do conhecimento e parece ser ainda mais potencial em programas e
sistemas automatizados.
Outro método de classificação é a indexação onde a divisão não e por categorias
e sim por um acervo de palavras o léxico e uma forma de enxergar a classificação por
outro viés Algo mais temático aliado aos tesauros e uma grande ferramenta porem tem
seus problemas como a condensação de palavras que a um primeiro olhar e algo muito
prático mais dificultam a recuperação das informações.
Podemos ver que ao longo de milênios tentamos ordenar e classificar tudo o que
existe uns usando a linguagem passando pelos temas, números decimais e atualmente a
comunicação existem varias maneiras de classificar um mesmo objeto o que torna a
tarefa de organizar um acervo muito delicada, pois o administrador tem que saber qual
melhor ferramenta se encaixa para classificar tal acervo. Com a web a manipulação
desses arquivos e facilitada dada a flexibilidade como podemos manusear e alterar o
conhecimento.
Referencias Bibliográficas:
MONTEIRO, Silvana Drumond; GIRALDES, Maria Júlia Carneiro. Aspectos
Lógico-Filosóficos da Organização do Conhecimento na Esfera da Ciência
da Informação. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.18, n.3, p. 13-27, set./ dez.
2008.
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9xico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Melvil_Dewey
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ranganathan