Fichamento PERROTA
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7/23/2019 Fichamento PERROTA
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1.4 A pessoa do discurso
1.4.1. A impessoalidade no trabalho cientfico
Se a opo do pesquisador for seguir estritamente o que ainda considerado como
linguagem cientfica, entre outros aspectos, dee obserar, na redao final, a
impessoalidade e a ob!etiidade" #p.$%&
A escolha dessas fle'(es se d), geralmente, quando a pesquisa reali*ada pretende ser
ma!oritariamente informatia e tcnica, pautando+se em dados concretos, os quais
analisa, sinteti*a, argumenta e conclui." #p.$%&
#...& Sendo assim, ainda que parea parado'al, a prpria pretenso de transmitir
impessoalidade !) torna o uso da o* passia e'pressio, no+neutro, pois afirma um
!u*o de alor do autor+cientista, o que pensa dea ser um trabalho cientfico." #p.$%&
-orm, de fato, quando o trabalho se pretende mais ob!etio, tcnico e informatio, o
autor acaba por selecionar os recursos lingusticos pressupondo que os leitores esto de
acordo com o seu ponto de ista, o que redu* sobremaneira sua e'pressiidade, !) que
abdica da tentatia de conencer atras do uso de recursos retricos, grandes
respons)eis pelo estilo pessoal de dissertar." #cf. a/htin, 100, p.24& in #p.$3&
1.4.$. possel ser neutro5
6o podemos esquecer, porm, qua a ao de informar no neutra." #p.$3&
#...& -ortanto, ainda que tenha a inteno de apenas informar, o autor dee ter
consci7ncia de que sempre apresentar) algo de sua maneira de pensar ao p8blico."
#p.$&
A escolha quanto 9 pessoa que fala no te'to tambm um aspecto que contribui para
essa apresentao. :m funo disso, preciso que se!a uma escolha consciente; quer
di*er, se questionado a respeito dela, o autor dee saber !ustific)+la com argumentos
slidos." #p.$&
1.4.2. Assumir posicionamentos
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escreeram sobre o tema, entre aqueles que tambm o esto fa*endo e entre outros que
ainda pretendem abord)+lo." #p.$, $=&
Alguns programas de ps+graduao, principalmente na )rea de humanas, tem
permitido, no entanto, o uso da primeira pessoa do singular." #p.$=&
>abe lembrar que o fato de escolher a primeira pessoa do singular no significa que o
autor ) prescindir de fa*er refer7ncia a outros estudos, nem mesmo de contrapor
concep(es tericas, posicionando+se como representante de uma ou outra maneira de
entender, de pensar, ou de manter certo distanciamento de seu ob!eto de estudo para
poder aali)+lo e critic)+lo deidamente. Se o fi*er, correr) o risco de apresentar apenas
idias de senso comum, liberdade que quem opta pelo trabalho acad7mico, como !) foi
dito, no dee se dar." #p.$=&
Sendo assim, no caso do te'to acad7mico, por mais que a escolha do tema a ser
aprofundado se!a pessoal, pautada em i7ncias particulares, certamente o moimento
da )rea de conhecimento em que focali*amos nosso estudo tambm contribui
decisiamente para sua iabili*ao." #p.2?&
#...& -ara tanto, certas conen(es no deem ser desrespeitadas, do contr)rio corre+se
o risco de desalori*ar o prprio trabalho." #p.2?&
1.4.4. 6oas idias, noos di*eres
preciso considerar, no entanto, que as formas de apresentar refle'(es tambm
mudam de acordo com as contantes transforma(es no conte8do das ideias #...&" #cf.
agno, $??1& in #p.2?&
Acredito, porm, que tambm se!a uno, parte do trabalho de quem de disp(e a
escreer um te'to acad7mico, pesquisar noas formas de di*er, isso se o material em
foco, o ob!eto sobre o qual se atm, o e'igir." #p.2?&
@etomando a questo da pessoa do discuros, tambm importante obserar qual anature*a do material coletado para a an)lise e a escolha metodolgica." #p.21&
6esse caso, preciso ter um cuidado maior na composio do te'to, para saber quando
usar a primeira pessoa do plural ou a terceira pessoa do singular, esta para se referir ao
terapeuta+pesquisador.. :ssa opo pode ser interessante para o autor que pretende
enfati*ar ao leitor que, embora se!a parte do material emprico, tomou certo
distanciamento e pde analisar a prpria pr)tica." #p.21&
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que o te'to este!a na primeira pessoa do singular, que a dissertao fruto do
moimento a que se pertence, apresenta pois um certo momento histrico da )rea, com
suas d8idas, respostas, noas indaga(es, conhecimentos e desconhecimentos." #p.21&
:m suma, por mais impessoalidade que se pretenda manter ao reali*ar uma pesquisa,
no corpo do te'to, sempre aparecem escolhas pessoais, obiamente ancoradas no grupo
de refer7ncia do qual o autor fa* parte." #p.2$&
por essa ra*o que d8idas como a da pessoa que dee falar no te'to precisam ser
resolidas tendo+se como parBmetro, tambm, outras disserta(es !) publicadas na )rea
de conhecimento em questo." #p.2$&
Se o autor pretender legitimar uma forma inoadora, no pode esquecer de que corre o
risco de ser criticado, muitas e*es com contund7ncia, o que mais uma e* alerta para o
fato de que precisa ter clare*a e assumir suas inten(es, pois s assim ser) capa* de
defend7+las." #p.2$&
-ara tanto, porm, preciso apropriar+se de seu te'to, ler e reler o que escreeu,
retomando ob!etios, questionando proposi(es #...&" #p.2$&