Fichamento O Capital_Vol I - O Processo de Produção Do Capital (2013)

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    MARX, K. O Capital: crtica da economia poltica: livro I: o processo de produo do

    capital. [raduo de Ru!ens "nderle#. $ %o &aulo: 'oitempo, ()*+.

    %em dvida deve-se distinuir o modo de e/posio seundo sua 0orma, do modo de

    investiao. A investiao tem de se apropriar da mat1ria em seus detal2es, analisarsuas di0erentes 0ormas de desenvolvimento e rastrear seu ne/o interno. %omente depois

    de consumado tal tra!al2o 1 3ue se pode e/por ade3uadamente o movimento real. %e

    isso 1 reali4ado com sucesso, e se a vida da mat1ria 1 aora re0letida idealmente, o

    o!servador pode ter a impresso de uma construo a priori. 5MARX, ()*+, p. 6)7 $

    &os08cio da seunda edio.

    Valor, valor de uso e valor de troca

    A utilidade de uma coisa 0a4 dela um valor de uso. Mas essa utilidade no 0lutua no ar.

    Condicionada pelas propriedades dos corpos das mercadorias, como 0erro, trio,

    diamante etc., 1 um valor de uso ou um !em. "sse seu car8ter no depende do 0ato de a

    apropriao de suas 3ualidades teis custar muito ou pouco tra!al2o aos 2omens. 9a

    considerao do valor de uso ser8 pressuposto sempre sua determinidade 3uantitativa,

    como uma d4ia de relios, * !rao de lin2o, * tonelada de 0erro etc. [...# Os valores de

    uso 0ormam o contedo material da ri3ue4a, 3ual3uer 3ue se;a a 0orma social desta. 9a0orma de sociedade 3ue iremos analisar, eles constituem, ao mesmo tempo, os suportes

    materiais do valor de troca. 5MARX, ()*+, p. **7.

    Consideramos aora o resduo dos produtos do tra!al2o. ?eles no restou mais do 3ue

    uma mesma o!;etividade 0antasmarica, uma simples eleia de tra!al2o 2umano

    indi0erenciado, i. e, de disp@ndio de 0ora de tra!al2o 2umana, 0oi acumulado tra!al2o

    2umano. Como cristais dessa su!stncia social 3ue l2es 1 comum, elas so valores $

    valores de mercadoria. 5MARX, ()*+, p. **>7.

    TTSN -empo de tra!al2o socialmente necess8rio 1 a3uele re3uerido para produ4ir um

    valor de uso 3ual3uer so! as condiBes normais para uma dada sociedade e com o rau

    social m1dio de destre4a e intensidade do tra!al2o. 5MARX, ()*+, p. **7.

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    Sem valor- Dma coisa pode ser valor de uso sem ser valor. E esse o caso 3uando sua

    utilidade para o 2omem no 1 mediada pelo tra!al2o. Assim 1 o ar, a terra virem, os

    campos naturais, a madeira !ruta etc. uma coisa pode ser til e produto do tra!al2o

    2umano sem ser mercadoria. Fuem, por meio de seu produto, satis0a4 sua prpria

    necessidade, cria certamente valor de uso, mas no mercadoria. &ara produ4ir

    mercadoria, ele tem de produ4ir no apenas valor de uso, mas valor de uso para outrem,

    valor de uso social. [...# &or ltimo, nen2uma coisa pode ser valor sem ser o!;eto de uso.

    %e ela 1 intil, tam!1m o 1 o tra!al2o nela contido, no conta como tra!al2o e no cria,

    por isso, nen2um valor. 5MARX, ()*+, p. **67.

    A mesma variao da 0ora produtiva, 3ue aumenta a 0ertilidade do tra!al2o e, com isso,

    a massa dos valores de uso por ele produ4ida, diminui a rande4a de valor dessa massatotal aumentada ao redu4ir a 3uantidade de tempo de tra!al2o necess8rio G sua

    produo. " vice-versa. 5MARX, ()*+, p. *(+7.

    Fuando, no comeo deste captulo, di4amos, como 3uem e/pressa um luar-comum,

    3ue a mercadoria 1 valor de uso e valor de troca, isso estava, para ser e/ato, errado. A

    mercadoria 1 valor de uso $ ou o!;eto de uso $ e Hvalor. "la se apresenta em seu ser

    duplo na medida em 3ue seu valor possui uma 0orma de mani0estao prpria, distinta

    de sua 0orma natural, a sa!er, a 0orma do valor de troca, e ela ;amais possui essa 0orma

    3uando considerada de modo isolado, mas sempre apenas na relao de valor ou de

    troca com uma seunda mercadoria de outro tipo. 5MARX, ()*+, p. *+>7.

    A oposio interna entre valor de uso e valor, contida na mercadoria, 1 representada,

    assim, por meio de uma oposio e/terna, isto 1, pela relao entre duas mercadorias,

    sendo a primeira $ cujovalor deve ser e/presso $ considerada imediata e

    e/clusivamente valor de uso, e a seunda - na qualo valor 1 e/presso $ imediata e

    e/clusivamente como valor de troca. A 0orma de valor simples de uma mercadoria 1,

    portanto, a 0orma simples de mani0estao da oposio nela contida entre valor de uso e

    valor. 5MARX, ()*+, p. *+7.

    O produto do tra!al2o 1, em todas as condiBes sociais, o!;eto de uso, mas o produto do

    tra!al2o s 1 trans0ormado em mercadoria numa 1poca 2istoricamente determinada de

    desenvolvimento: uma 1poca em 3ue o tra!al2o despendido na produo de uma coisa

    til se apresenta como sua 3ualidade Ho!;etiva, isto 1, como seu valor, 5MARX, ()*+,p. *+7.

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    A 0orma universal do valor s sure, ao contr8rio, como o!ra con;unta do mundo das

    mercadorias. Dma mercadoria s an2a e/presso universal de valor por3ue, ao mesmo

    tempo, todas as outras e/pressam seu valor no mesmo e3uivalente, e cada novo tipo de

    mercadoria 3ue sure tem de 0a4er o mesmo. Com isso, revela-se 3ue a o!;etividade do

    valor das mercadorias, por ser a mera He/ist@ncia social dessas coisas, tam!1m s pode

    ser e/pressa por sua relao social universal, e sua 0orma de valor, por isso, tem de ser

    uma 0orma socialmente v8lida. 5MARX, ()*+, p. *

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    nen2um tra!al2o 2umano est8 o!;etivado -, a!ria uma relao e0etiva de valor ou uma

    relao dela derivada. 5MARX, ()*+, p. *7.

    E, por e/emplo, uma contradio o 0ato de 3ue um corpo se;a atrado por outro e, ao

    mesmo tempo, a0aste-se dele constantemente. A elipse 1 uma das 0ormas de movimentoem 3ue essa contradio tanto se reali4a 3uanto se resolve. 5MARX, ()*+, p. *7.

    O contedo o!;etivo da3uela circulao $ a valori4ao do valor $ 1 sua 0inalidade

    su!;etiva, e 1 somente en3uanto a apropriao crescente da ri3ue4a a!strata 1 o nico

    motivo de suas operaBes 3ue ele 0unciona como capitalista ou como capital

    personi0icado, dotado de vontade e consci@ncia. Assim, o valor de uso ;amais pode ser

    considerado como 0inalidade imediata do capitalista, tampouco pode s@-lo o lucro

    isolado, mas apenas o incessante movimento do lucro. "sse impulso a!soluto deenri3uecimento, essa caa apai/onada ao valor 1 comum ao capitalista e ao

    entesourador, mas, en3uanto o entesourador 1 apenas o capitalista ensandecido, o

    capitalista 1 o entesourador racional. O aumento incessante do valor, o!;etivo 3ue o

    entesourador procura atinir conservando seu din2eiro 0ora da circulao, 1 atinido

    pelo capitalista, 3ue, mais inteliente, lana sempre o din2eiro de novo em circulao.

    5MARX, ()*+, p. ((67.

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    Ora, se tomarmos as 0ormas particulares de mani0estao do valor 3ue se autovalori4a

    assume sucessivamente no decorrer de sua vida, c2earemos a estas duas proposiBes:

    capital 1 din2eiro, capital 1 mercadoria. 5MARX, ()*+, p. (+)7.

    Onde h igualdade no h lucro 1 verdade 3ue as mercadorias podem ser vendidaspor preos 3ue no correspondem a seus valores, mas esse desvio tem de ser

    considerado como uma in0rao da lei da troca de mercadorias. "m sua 0orma pura, ela

    1 uma troca de e3uivalentes, no um meio para o aumento do valor. 5MARX, ()*+, p.

    (+

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    carecendo a!solutamente de todas as coisas necess8rias G reali4ao de sua 0ora de

    tra!al2o. 5MARX, ()*+, p. (