Fichamento Independência ou Morte Claudia Mattos
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7/16/2019 Fichamento Independência ou Morte Claudia Mattos
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Fichamento do texto 7.1 – Aula 3 Brasil Independente I – Marcos Napolitano
Mattos, Claudia Valladão, O Brado do Ipiranga – Independência ou Morte! p.79-117 Independência ou Morte!: o quadro, a academia e o projeto nacionalista do Império.
Pedro Américo: artista mais próximo do imperador, entrou em 1855 na Academia.
- Quadro Independência ou morte têm relação com o projeto imperials de construção deuma identidade/imaginário nacional; pertence ao projeto pós-Guerra do Paraguai.
- Peter Burke(estudando Luís XIV): a sustentação de um regime monárquico dependedo imenso teatro que ele encena a seu redor - Chegada de D. João VI: montagem de um sistema de produção simbólica que visavalegitimar a nova imagem do Império português; 1816: missão Artística Francesa –
projeto político-estético; É fundada a Academia Imperial de Belas-artes. Só em 1840,com D. Pedro II, que houve uma colaboração mais efetiva entre a academia e o governo.Educação de Pedro II em moldes europeus levou-o a questão do papel das artes naconstrução do imaginário nacional, concretizando-se no mecenato.
- Manuel Araújo Porto-Alegre: carta de 1853 sugerindo transformações na Academia deBelas-artes: estreitamento das relações entre a produção iconográfica dela e o governo.Denota a utilidade das artes para a construção de um Estado forte no imaginário do
povo brasileiro; é nomeado em 1855 diretor da academia. Empreende a ReformaPedreira no mesmo ano.- 1º contexto de produção visual associado à Pedro II(1840-1870): construção dealegorias, de inspiração barroca, que evocavam a terra tropical brasileira e símbolostradicionais da monarquia. (Lilia Schwarz – mesclava símbolos da casa real portuguesacom elementos da paisagem local: índios, abacaxi, etc). Seguiu o modelo de Luís XIV;
procurou evocar a grandeza e a singularidade da nação. Lógica do nome e da presença,ou seja, legitimar o governo monárquico por meio de um ato divino.(p.90) Caracetriza ocontexto nacional incluíndo atributos específicos do universo exótico dos trópicos (101)- 2º contexto de produção visual(1870-1888): pós-guerra do Paraguai, aparece como reiguerreiro, herói (Schwarcz: “a guerra do Paraguai representa o apogeu e começo dadecadência de Pedro II); o modelo adotado passa a ser do princípio da ação, narrativo.Apresentá-lo como um estadista e equivalente à Napoleão.(p.90) Quadro - sobreposiçãode sentimentos patrióticos às qualidades específicas da paisagem paulista(p.101)Lógica do feito glorioso, “história dos grandes vultos”, D. Pedro I como herói.O quadro (de Pedro Américo)- Forma geométrica; o caipira com o carro de boi determina o ponto de vista doobservador(olha para o alto a fim de enxergar Pedro I, o que contribui para a
interpretação heróica do brado de Independência.- Cavaleiro a frente do imperador arrancando o laço vermelho e azul que simbolizava aunião entre a colônia e a metrópole: esse é o eixo que forma o núcleo básico danarrativa do quadro.- A guarda do imperador surpresa: Pedro Américo caracteriza a ansiedade e a tensão que
precederam a proclamação, bem como o entusiasmo.- A composição vislumbra uma estrutura piramidal de poder, a soberania nacionalencontra-se associada à preservação de uma elite política e intelectual, liderada por umsoberano decidido e forte, bem como por um exército poderoso.- Majestade de D. Pedro I confrontada com a agitação dos soldados – estruturasemelhante à Batalha de Friedland – “mito de Napoleão”, qualidade de estadista.
- Estreita aproximação entre natureza história para interpretar o acontecimento histórico.-
7/16/2019 Fichamento Independência ou Morte Claudia Mattos
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O Lugar do Independência ou Morte! na Obra de Pedro Américo
- 1873: A Batalha do Avaí – adoção de uma estrutura formal nos seus quadros de batalha representa a adesão de Pedro Américo ao projeto nacionalista da academia;Polêmica com Vitor Meireles e A Batalha de Guararapes – confronto velado entremonarquistas e republicanos, através do vínculo entre a academia e a política imperial.
A Academia defende Meireles, tentando enfraquecer a posição de Pedro dentro dainstituição. O quadro de Pedro Américo foi recebido como o de um realismo brutal.Gonzaga-Duque e Angelo Agostini, dois dos principais críticos da época, recebem-no
positivamente; é um quadro realizado de acordo com as convenções estéticas daacademia; As diagonais definem duas posições de luta: Caxias e sua comitiva,contraposto à posição simétrica dos paraguaios.- Após a Batalha do Avaí , Pedro Américo retorna a Europa, aprofudando seus estudosestéticos, publicando em 1879 o Discurso sobre o Plágio na Literatura e na Arte.Reitera os princípios fundamentais de sua produção artística.- Esboço da Batalha de San Marino(1880): lança mão do mesmo esquema usado na
Batalha do Avaí , defrontando a placidez do herói com a agitação do campo de batalha.
- “Com Independência ou Morte! Pedro Américo reafirma sua adesão à política culturaldo Império e mais diretamente ao projeto nacionalsita do imperador D. Pedro II, uma
posição que o lançou em sérias dificuldades um ano depois, com o início da República,e que exigiu grande habilidade política do artista para ser superada.”