Fichamento História & documento e metodologia de pesquisa

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FICHAMENTO História & documento e metodologia de pesquisa SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. O documento e sua história. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autentica, 2007, p. 15-41. O primeiro capítulo foi dividido em três tópicos: “O documento na História: as primeiras aproximações”, onde as autoras discutiram como o documento vem sendo apreendido ao longo do tempo, inclusive incluindo pensadores clássicos em uma historiografia pagã, passando pela “nova História” trazida pelo cristianismo e a busca pela fidedignidade das fontes nos séculos seguintes; “O documento na visão dos historiadores nacionais pioneiros”, onde são discutidos o historicismo, a importância do IHGB, e a inovação de autores como Varnhagem e Capistrano de Abreu para a formação da historiografia nacional; e “As bases científicas do trabalho como registro histórico”, no qual as autoras destacam a fundação das universidades em São Paulo e Rio de Janeiro como marco na profissionalização do ofício do historiador no país. SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. A historiografia recente e a pesquisa multidisciplinar. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autentica, 2007, p. 43-65. Nesse capítulo, a autora tenta compreender os fatores que alteraram os objetos e temas de pesquisa dos historiadores no

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FICHAMENTO História & documento e metodologia de pesquisa

SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. O documento e sua

história. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo Horizonte: Autentica,

2007, p. 15-41.

O primeiro capítulo foi dividido em três tópicos: “O documento na História: as

primeiras aproximações”, onde as autoras discutiram como o documento vem sendo

apreendido ao longo do tempo, inclusive incluindo pensadores clássicos em uma

historiografia pagã, passando pela “nova História” trazida pelo cristianismo e a busca pela

fidedignidade das fontes nos séculos seguintes; “O documento na visão dos historiadores

nacionais pioneiros”, onde são discutidos o historicismo, a importância do IHGB, e a

inovação de autores como Varnhagem e Capistrano de Abreu para a formação da

historiografia nacional; e “As bases científicas do trabalho como registro histórico”, no qual

as autoras destacam a fundação das universidades em São Paulo e Rio de Janeiro como marco

na profissionalização do ofício do historiador no país.

SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. A historiografia recente

e a pesquisa multidisciplinar. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo

Horizonte: Autentica, 2007, p. 43-65.

Nesse capítulo, a autora tenta compreender os fatores que alteraram os objetos e temas

de pesquisa dos historiadores no século XX no Brasil. A partir da década de 1970, “a difusão

dos cursos de pós-graduação em História, associada às transformações sócio-políticas

ocorridas no nosso país, coincidiu com o esgotamento de modelos de interpretação histórica”

(p. 43). Tais ocorrências ocasionaram uma reflexão sobre o ofício do historiador, criando a

emergência de “novos objetos, novas abordagens e novos problemas”, e a “necessidade de se

recorrer metodologicamente às áreas afins, tais como a Demografia, a Economia, a

Antropologia, a Sociologia e a Literatura, entre várias outras” (p. 43). A autora divide o

capitulo em dois tópicos: “Matrizes teóricas e vertentes de reflexão” e “Novos campos da

História e pesquisa multidisciplinar”. No Primeiro, as autoras identificaram uma mudança no

pensamento historiográfico na década de 1950 no Brasil, especificamente da tese de

doutorado de Maria S. C. Franco que originou a obra “Homens livres na ordem escravocrata”.

O segundo tópico destaca temáticas recentes da historiografia brasileira, dentre elas a História

da Família, surgida após a década de 1970.

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SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. O trabalho com o

documento. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo Horizonte:

Autentica, 2007, p. 67-116.

O terceiro capítulo foi dividido em três partes: “A pesquisa histórica e os

documentos”, onde as autoras entendem que nem todo registro histórico pode ser considerado

documento, sendo o mesmo definido pelas delimitações prévias do tema, objeto,

procedimentos teórico-metodológicos e os objetivos do pesquisador; “A pesquisa em arquivos

e centros de documentação”, onde entende-se a necessidade do historiador recorrer à

bibliografia temática a fim de determinar quais fontes deverão ser pesquisadas; “A tipologia

das fontes documentais”, enumeram uma lista de modalidades de documentos da história do

Brasil, ressaltando seus aspectos formais como listas nominativas de habitantes,

recenseamentos gerais, autos de Querela, registros de batismo, casamento e óbito, inventários,

entre outros.

SAMARA, Eni de Mesquita; TUPY, Ismênia Spínola Silveira Truzzi. A leitura crítica do

documento. In: História & documento e metodologia de pesquisa. Belo Horizonte:

Autentica, 2007, p. 117-147.

O capítulo é organizado em três tópicos: “A análise do documento: crítica interna e

externa da fonte”, onde é discutido a importância de se conhecer o aspecto no qual o registro

foi materializado e ter sempre ideia de procurar compreender o contexto no qual o registro foi

produzido. As autoras ainda alertam sobre os “contextos, as funções, os estilos, os

argumentos, os pontos de vista e as intenções do autor do documento” (pp. 123-124); “As

fontes e as possibilidades de análise qualitativa e/ ou quantitativa”, é discutido o novo “olhar”

do historiador, iniciado principalmente pela escola dos Annales; “A construção e o uso de

banco de dados”, em que discute-se a do computador, internet e softwares para a organização

e disseminação de fontes em banco de dados públicos e privados. A crítica das historiadoras

volta-se primordialmente à ausência de organismos que centralizem tais informações, tanto

qualitativas quanto quantitativas, dificultando, assim, o acesso de outros pesquisadores.