Fichamento Ética a Nicômaco

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fichamento ética a nicômaco a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto.p,2 que todo conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, quais afirmamos ser os objetivos da ciência política e qual é o mais alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação.p.3 se existe uma finalidade para tudo que fazemos, essa será o bem realizável mediante a ação; e, se há mais de uma, serão os bens realizáveis através dela;p.6 o homem nasceu para a cidadania;p.7 o bem do homem nos aparece como uma atividade da alma em consonância com a virtude, e, se há mais de uma virtude, com a melhor e mais completa.p.7 felicidade, por quando dissemos 1 que ela é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie.p.10 Se as atividades são, como dissemos, o que dá caráter à vida.p.11 Por virtude humana entendemos não a do corpo, mas a da alma; e também à felicidade chamamos uma atividade de alma;p.12 também na alma existe qualquer coisa contrária ao princípio racional, qualquer coisa que lhe resiste e se opõe a ele.p.13 A virtude também se divide em espécies de acordo com esta diferença, porquanto dizemos que algumas virtudes são intelectuais e outras morais;.p.14 1 1098 a 16. (N. do T.)

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Fichamento comentado do livro ética a nicomaco

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fichamento tica a nicmaco a poltica mostra ser dessa natureza, pois ela que determina quais as cincias que devem ser estudadas num Estado, quais so as que cada cidado deve aprender, e at que ponto.p,2

que todo conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, quais afirmamos ser os objetivos da cincia poltica e qual o mais alto de todos os bens que se podem alcanar pela ao.p.3 se existe uma finalidade para tudo que fazemos, essa ser o bem realizvel mediante a ao; e, se h mais de uma, sero os bens realizveis atravs dela;p.6

o homem nasceu para a cidadania;p.7

o bem do homem nos aparece como uma atividade da alma em consonncia com a virtude, e, se h mais de uma virtude, com a melhor e mais completa.p.7

felicidade, por quando dissemos que ela uma atividade virtuosa da alma, de certa espcie.p.10

Se as atividades so, como dissemos, o que d carter vida.p.11

Por virtude humana entendemos no a do corpo, mas a da alma; e tambm felicidade chamamos uma atividade de alma;p.12 tambm na alma existe qualquer coisa contrria ao princpio racional, qualquer coisa que lhe resiste e se ope a ele.p.13

A virtude tambm se divide em espcies de acordo com esta diferena, porquanto dizemos que algumas virtudes so intelectuais e outras morais;.p.14

a virtude, intelectual: gera-se. e cresce graas ao ensino por isso requer experincia e tempo; virtude moral: adquirida em resultado do hbito, donde ter-se formado o seu nome por uma pequena modificao da palavra (hbito).p.14

Virtudes:se geram em ns pelo habito.p.14

as diferenas de carter nascem de atividades semelhantes. preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua diferena se pode aquilatar a diferena de caracteres.p.14

A virtude , pois, uma disposio de carter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto , a mediania relativa a ns, a qual determinada por um princpio racional prprio do homem dotado de sabedoria prtica.p18 , o homem age voluntariamente: nele se encontra o princpio que move as partes apropriadas do corpo em tais aes; e aquelas coisas cujo princpio motor est em ns, em ns est igualmente o faz-las ou no as fazer.p22 o voluntrio parece ser aquilo cujo princpio motor se encontra no prprio agente que tenha conhecimento das circunstncias particulares do ato..P.24 Portanto, os apetites devem ser poucos e moderados, e no se oporem de modo algum ao princpio racional e isso o que -chamamos obedincia e disciplina.p.35 o meio-termo (isto , aquilo em virtude de que nos encolerizamos com as pessoas e coisas devidas, da maneira devida, e assim por diante) merece ser louvado, enquanto os excessos e deficincias so dignos de censura.p.44 cada homem fala, age e vive de acordo com o seu carter, se no est agindo com um fim ulterior.p.45 chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade poltica, a felicidade e os elementos que a compem. E a lei nos ordena praticar tanto os atos de um homem bravo (por exemplo, no desertar de nosso posto, nem fugir, nem abandonar nossas armas) quanto os de um homem temperante (por exemplo, no cometer adultrio nem entregar-se luxria) e os de um homem calmo;p.48 justia: entre todas as virtudes, o "bem de um outro", visto que se relaciona com o nosso prxima! fazendo o que vantajoso a um outro, seja um governante, seja um associado.p.49A justia uma espcie de meio-termo, porm no no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediria, enquanto a injustia se relaciona com os extremos.p.54 E as coisas que tendem a produzir a virtude considerada como um todo so aqueles atos prescritos pela lei tendo em vista a educao para o bem comum.p.50 O que justo: Eis a, pois, o que o justo: o proporcional; e o injusto o que viola a proporo. Desse modo, um dos termos torna-se grande demais e o outro demasiado pequeno, como realmente acontece na prtica; porque o homem que age injustamente tem excesso e o que injustamente tratado tem demasiado pouco do que bom..p.51 Reciprocidade: Haver, pois, reciprocidade quando os termos forem igualados;p.53 Associao de homem com homem: quando os homens no necessitam um do outro isto , quando no h necessidade recproca ou quando um deles no necessita do segundo , no realizam a troca(no h associao).[...] nem haveria associao se no houvesse troca, nem troca se no houvesse igualdade, nem igualdade se no houvesse comensurabilidade p.53-54 Atos justos ou injustos:Mas, se um homem prejudica a outro por escolha, age injustamente; e so estes os atos de injustia que caracterizam os seus perpetradores como homens injustos, contanto que o ato viole a proporo ou a igualdade. Do mesmo modo, um homem justo quando age justamente por escolha; mas age justamente se sua ao apenas voluntria;p.56

eqidade, que uma espcie de justia e no uma diferente disposio de carter(tratamento equitativo).p.59 agente voluntrio : aquele que conhece tanto a pessoa a quem atinge com o seu ato como o instrumento que usa.p.60 as virtudes da alma: algumas so virtudes do carter e outras do intelecto.p,61na alma existem trs coisas que controlam a ao e a verdade: sensao, razo e desejo.p.61

ao:A origem da ao a escolha, e a da escolha o desejo e o raciocnio com um fim em vista.p,61

as disposies em virtude das quais a alma possui a verdade:so em nmero de cinco: a arte, o conhecimento cientfico, a sabedoria prtica, a sabedoria filosfica e a razo intuitiva.p.62

conhecimento cientfico um estado que nos torna capazes de demonstrar.p.62

O conhecimento cientfico um juzo sobre coisas universais e necessrias, e tanto as concluses da demonstrao como o conhecimento cientfico decorrem de primeiros princpios.p.64

arte: que a arte idntica a uma capacidade de produzir que envolve o reto raciocnio.Toda arte visa gerao e se ocupa em inventar e em considerar as maneiras de produzir alguma coisa.p.63

sabedoria pratica: uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito s coisas que so boas ou ms para o homem.nao cincia ou arte.[...]. poder deliberar bem sobre o que bom e conveniente.p.63

A sabedoria prtica deve, pois, ser uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito aos bens humanos..p.63

a sabedoria prtica diz respeito ao.p.64

Sabedoria: sabedoria deve ser a razo intuitiva combinada com o conhecimento cientfico uma cincia dos mais elevados objetos que recebeu, por assim dizer, a perfeio que lhe prpria.p.64 a sabedoria filosfica : um conhecimento cientfico combinado com a razo intuitiva daquelas coisas que so as mais elevadas por natureza.p.64ser bom: para algum ser bom preciso encontrar-se em determinada disposio quando pratica cada um desses atos: numa palavra, preciso pratic-los em resultado de uma escolha e no interesse dos prprios atos.p.69 razo e sabedoria pratica: Scrates, por conseguinte, pensava que as virtudes fossem regras ou princpios racionais (pois a todas elas considerava como formas de conhecimento cientfico), enquanto ns pensamos que elas envolvem um princpio racional.p.70

incontinente: incapaz de agir de acordo com a reta razo, mas no ao ponto de faz-lo acreditar que deva buscar tais prazeres sem reservas. Esse o incontinente.p.79

comunidade e amizade:

em toda comunidade pensa-se que existe alguma forma de justia, e igualmente de amizade; pelo menos, os homens dirigem-se como amigos aos seus companheiros de viagem ou camaradas de armas, e da mesma forma aos que se lhes associam em qualquer outra espcie de comunidade. E at onde vai a sua associao vai a sua amizade, como tambm a justia que entre eles existe. E o provrbio segundo o qual "os amigos tm tudo em comum" a expresso da verdade, pois a amizade depende da comunho de bens.

p.91

comunidade poltica, que no visa vantagem imediata, mas ao que vantajoso para a vida no seu todo], oferecendo sacrifcios e programando reunies para esse fim, honrando os deuses e provendo aprazveis recreaes para si mesma;p.92 ,governantes e governados: onde nada aproxima o governante dos governados no pode haver amizade, uma vez que no h justia..p.93

Homem honrado:

o homem que no contribui com nada para o bem comum no honrado, pois o que pertence ao pblico dado a quem o beneficia, e a honra pertence ao pblico. No possvel receber ao mesmo tempo riqueza e honra do patrimnio comum.p.96

o homem sumamente feliz necessitar de amigos dessa espcie, j que o seu propsito contemplar aes dignas e aes que sejam suas, e as de um homem bom que seja seu amigo possuem ambas essas qualidades.p.106

a virtude e o homem bom como tais so a medida de todas as coisas, sero verdadeiros prazeres os que lhe parecerem tais, e verdadeiramente agradveis as coisas em que ele se deleitar.p.114 1098 a 16. (N. do T.)

Plato, Repblica, 343. (N. do T.)