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Universidade Federal do Espírito Santo Graduação em Administração – Sociologia Geral FICHAMENTO Aluno (a): Julia Guimaraes Data: 17 de agosto de 2015 Professora: Rachel Franzan Fukuda Identificação da Obra: A Construção Social da Realidade - Editora Vozes Ltda., 1976, Petrópolis. Autor: Berger, Peter L. e Luckmann, Thomas. Professores de Sociologia na Rutgers University eUniversidade de Frankfurt, respectivamente. Autores representativos do Interacionismo Simbólico. Obra de apoio: Filme ‘1984’, de Michael Radford, baseado no livro de George Orwell. Capitulo 1. Os Fundamentos do conhecimento da vida cotidiana A REALIDADE DA VIDA COTIDIANA “Entre as múltiplas realidades há uma que se apresenta como sendo a realidade por excelência. E a realidade da vida cotidiana. Sua posição privilegiada. autoriza a da-lhe a designação de realidade predominante.. A tensão da consciência chega ao máximo na vida cotidIana, Isto é esta ultima impõe-se à consciência de maneira' mais maciça

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Construção Social da Realidade

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Universidade Federal do Espírito Santo

Graduação em Administração – Sociologia Geral

FICHAMENTO

Aluno (a): Julia Guimaraes Data: 17 de agosto de 2015

Professora: Rachel Franzan Fukuda

Identificação da Obra: A Construção Social da Realidade - Editora Vozes Ltda., 1976, Petrópolis.

Autor: Berger, Peter L. e Luckmann, Thomas. Professores de Sociologia na Rutgers University eUniversidade de Frankfurt, respectivamente. Autores representativos do Interacionismo Simbólico.

Obra de apoio: Filme ‘1984’, de Michael Radford, baseado no livro de George Orwell. 

Capitulo 1. Os Fundamentos do conhecimento da vida cotidiana

A REALIDADE DA VIDA COTIDIANA

“Entre as múltiplas realidades há uma que se apresenta como sendo a realidade por excelência. E a realidade da vida cotidiana. Sua posição privilegiada. autoriza a da-lhe a designação de realidade predominante.. A tensão da consciência chega ao máximo na vida cotidIana, Isto é esta ultima impõe-se à consciência de maneira' mais maciça urgente e intensa. E' impossível ignorar e mesmo é difícil diminuir sua presença imperiosa. Consequentemente força-me a ser atento a ela de maneira mais completa. Experimento a vida cotidiana no estado de total vigilia. Este estado de total vigilia de existir na realidade a vida cotidiana e de apreende-Ia é considerado por mIm normal e evidente, isto é, constitui minha atitude natural.Apreendo a realidade da: vida diária como uma realidade ordenada. Seus fenômenos acham-se preyiamente dispostos em padrões que parecem ser independentes da apreensão que deles tenho e que me impõem mlnha apreensão. A realidade da vida cotidiana aparece. Já

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objetivada isto é constituida por uma ordem de objetos que foram designados como objetos antes de minha entrada na cena. A linguagem usada na vida cotidiana fornece-me continuamente as necessárias objetlvações e determina a ordem em que estas adquirem sentido e na qual a vida cotidiana ganha significado para mim. Vivo num lugar que é geograficamente determinado; uso Instrumentos, desde os abridores de latas até os automóveis de esporte, que tem sua designação no vocabulário técnico da minha sociedade; vivo dentro de uma teia de relações humanas, de meu clube de xadrez até os Estados Unidos da América, que são também ordenadas por meio do vocabulário. Desta maneira a linguagem marca as coordenadas de minha vida na sociedade e enche esta vida de objetos dotados de significação.”

A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade subjetiva. Mesmo existindo muitas realidades e do choque pelo qual passamos quando mudamos de uma para outra , a realidade que permanece é a da vida cotidiana, em que a consciência e exigida ao máximo sendo impossível ignora-la. Somos introduzidos numa realidade pre estabelecida, e temos que nos acostumar dessa forma. Vivemos em lugares ja determinados, utilizamos objetos ja nomeados, e a linguagem e o que da significado a esses conceitos.

O homem vive a realidade em diferentes graus de espaço e tempo, e o mais acessível e o que podemos manipular facilmente. Assim como a graus diretamente acessíveis pelo homem, também existem aqueles que influenciam diretamente em sua vida, mas o qual não ha muito interesse. Um padeiro, por exemplo, está muito interessado na sua massa, mas não está tão interessado nos estudos que os pesquisadores fazem nessa massa, porém esses estudos podem influenciar a sua vida.

“A realidade da' vida cotidiana além disso apresenta-se a mim como um mundo intersubjetivo, um mundo de que participo juntamente com outros homens. ”

“ Mas mesmo o setor não problemático da realidade cotidiana so e tal até novo conhecimento, isto é, atê que sua continuidade seja interrompida pelo aparecimento de um problema. Quando isto. acontece, a realidade da vida cotidiana procura integrar o setor problemático dentro daquilo que já é não-problemático. ”

A intersubjetividade é uma característica da realidade cotidiana, na medida em que participamos do mundo juntamente com outras pessoas. Sao essas interações que fazem distinguir uma realidade da outra. O cotidiano e feito de atividades rotineiras, e essas atividades são apresentadas como problemas. Enquanto não temos nossa rotina alterada ela pode se dizer não problemática, mas quando aparece algo que esta fora do nosso cotidiano isso e tido como um problema, logo e necessário integrar esse problema a rotina não problemática.

“A estrutura temporal da vida cotidiana coloca-se em face de uma facticidade que tenho de levar em conta. isto é com a qual tenho de sincronizar meus próprios projetos. q tempo que encontro na realidade

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diária é continuo e finito. Toda minha existência neste mundo continuamente ordenada pelo tempo dela, está de fato en- volvida por esse tempo, Minha própria vida é um episódio. na corrente do tempo externamente convencional. “

O tempo é amigo à vida cotidiana. O tempo já existe antes de entrarmos na nossa realidade cotidiana e continuará existindo depois de nossa morte. A estrutura temporal e muito complexa e coercivo ja que influencia a consciência de cada indivíduo . E essa estrutura temporal fornece a historicidade que vai influenciar o indivíduo no mundo.

A INTERACAO SOCIAL NA VIDA COTIDIANA

“A mais importante experiência dos outros ocorre na situação de estar face à face com o outro, que é o caso ptototípico da interação social. Todos, os demais casos derivam deste. “

A interação social é um elemento muito importante na vida cotidiana, sendo o tipo mais significante o face a face . Somente nessa interação o outro é realmente próximo, o que facilita conhecê-lo já que agora ele é plenamente real. Apesar da interação face a face ser a melhor forma de apreender informações sobre o outro, nunca será possível compreender por completo.É relativamente muito difícil impor padrões às interações face a face, apesar disso, a realidade cotidiana contém esquemas tipicos, que ditam o modo como encaramos os outros nas interações face a face. Quando nos relacionamos com outras pessoas, tentamos coloca-las em padrões previamente estabelecidos, porém é normal mudarmos de opinião depois de conhecermos melhor o outro e perceber a sua personalidade.

A LINGUAGEM E O CONHECIMENTO DA VIDA COTIDIANA

“A expressividade humana é capaz de objetivações. isto é, manifesta-se em produtos da atividade humana que estão ao dispor tanto dos produtores quanto dos outros homens, como elementos que são de um mundo comum. Estas objetivações servem de Indices mais ou menos duradouros dos processos subjetivos de seus produtores, permitindo que se estendam além da situação face a face em que podem ser diretamente apreendidas. ”

E necessário que o conhecimento seja transmitido na realidadee cotidiana. Essa transmissão e feita pelo uso dos sinais e da linguagem, que surgiram para transmitir o conhecimento e ir alem da interação face a face. Na interação face a face o conhecimento é facilmente reconhecido, devido às emoções, expressões faciais etc. Porém há a necessidade de algo que seja superior ao tempo e ao espaço para transmitir o conhecimento. Esse é o papel dos sinais, sendo mais específica, da linguagem. Através dela é possível entender as personalidade de pessoas que

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viveram há séculos atrás.Pelo método da linguagem as pessoas podem conversar sobre assuntos que talvez nunca sejam falados pelo método face a face. Um exemplo disso atualmente são as redes sociais, como Facebook, WhatsApp, Twitter, etc. Além disso, a linguagem torna mais real e tangível a personalidade das pessoas que se relacionam.

Cap 2. A Sociedade como Realidade Objetiva

1. Institucionalização

“O homem ocupa posição peculiar no reino animal. Ao contrário dos outros mamiferos superiores não possui um ambiente' especifico da espécie, um ambiente firmemente estruturado por sua própria organização Instintiva. Não existe um mundo do homem no sentido em que se pode falar de um mundo do cachorro ou de um mundo do cavalo, Apesar de uma área de aprendizagem e acumulação individuais, o cachorro ou o cavalo individuais têm uma relação em grande parte fixa com seu ambiente, do qual participa com todos os outros membros da respectiva espécie.”

O homem por ser um animal racional se difere dos outros animais em vários aspectos. Não temos um ambiente ou meio pré-definido biologicamente, diferentemente dos outros animais que possuem um habitat previamente definido. Além disso, o homem vai sendo formado na medida em que vai se desenvolvendo dentro do seu meio social.O que ha de biológico no homem, não é o suficiente para estabelecer uma ordem na sociedade, essa ordenação não surge naturalmente dos elementos biológicos do nosso envolvimento. A ordenação social é produto da atividade humana, ou seja, todas as regras e convênios sociais foram criadas pelos homens e não podemos atribuir causas naturais as mesmas.

“As ações tornadas habituais, está claro, conservam seu carater plenamente significativo para o individuo, embora o significado em questão se torne incluido como rotina em seu acervo geral de conhecimentos, admitido como certos por ele e sempre à mão para os roetos futuros.”

Com o passar do tempo as pessoas percebem que podem economizar tempo em certas ocasiões devido a forca do habito. O hábito faz o indivíduo gastar menos energia com certas decisões para usar em outras que sejam mais necessarias. A institucionalização surge como uma comodidade para o homem não ter que repensar todas as decisões habituais.

A institucionalização surge a partir das ações habituais típicas. Elas são acessíveis a todos os membros do grupo social a que pertencem. A historicidade é fundamental para a institucionalização, já que as situações típicas não podem ser criadas instantaneamente, elas são produtos de uma história. As instituições regulam a conduta humana de forma coerciva e são independentes das pessoas. Quando um segmento da atividade humana foi institucionalizado, por exemplo,

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significa que ele foi dominado pelo controle social.A repetição dos fatos habituais ajuda a tornar o poder das instituições legitimo

. Quando o homem é inserido na sociedade, ele já se encontra em instituições previamente organizadas. Ele se desenvolve observando o padrão de ações dos outros, que já agem conforme foi organizado pelas instituições. Esse ciclo legitima as instituições no decorrer da história, e tudo o que não corresponde ao pré-estabelecido é taxado como fora da ordem “normal”.

Cap 3. A Sociedade como realidade subjetiva

“Sendo a sociedade uma realidade ao mesmo tempo objetiva e subjetiva, qualquer adequada compreensivo teórica relativa a ela deve abranger ambos estes aspectos. Conforme tivemos ocasião de dizer, estes aspectos recebem correto reconhecimento se a sociedade for entendida em termos de um processo dialético em curso,composto de três momentos, exteriorização, objetivação e meteriorizaçao. ”

O ser humano vive em comunidade e o conhecimento desenvolve seu caráter e personalidade. Isso começa na infância e tem envolvimento biológico. Conforme ele aprende, ele se retrata ao primeiro conhecimento. A criança, que é inocente, para se ajustar a realidade, deve absorver as informações pela linguagem. Cada sociedade tem parâmetros e as classes sociais também. Essa é a socialização primaria, onde conceitos são interiorizados e estabelecidos na consciência posterior.

A socialização secundaria é a interiorização de “submundos” institucionais ou baseados nas instituições, na divisão do trabalho e na distribuição social do conhecimento. Seus portadores são facilmente reconhecidos pelo conhecimento de funções específicas na divisão do trabalho.Ela exige a aquisição de vocabulários e assimilação dos campos semânticos específicos. É parcial, vive em contraste com a socialização primaria, mas é coerente. Depende de aparelhos legítimos acompanhados de instrumentos materiais, ritos, símbolos e linguagens. Os símbolos são assimilados fazendo-o ser tornar parte disso ao compreender e assimilar a linguagem. Com isso, o ser humano se comunica com seus comuns em referencias ricas na comunidade, mas insensíveis a quem não é do círculo. Sua sustentação e legitimação se dá por ritos, máximas, mitologia, cerimônias e objetos físicos.

A socialização secundaria depende do status do conhecimento total do universo, se dá numa personalidade formada e mundo revelado. Assim, as limitações biológicas são menos importantes e o conhecimento primário é fundamental. As relações secundarias são anônimas ja que qualquer um poder representá-las, tornando o fator afetuoso mais distante. Porém é menos subjetivo e mais fácil de invalidar. Isso estabelece distância do EU total e sua realidade. No entanto a segunda socialização nos possibilita o saber e o conhecimento, seja particular ou não. Na segunda socialização há transformação da realidade do indivíduo. Com isso há maior grau de afeto necessário, quando o ser se “entrega e se sacrifica”.

- Declínio da instituição família:

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CONSERVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE SUBJETIVA

“A socialização primária interioriza uma realidade apreendida como inevitável. ”“O caráter mais “artificial” da socialização secundária torna a realidade subjetiva da interiorização dela ainda mais vulnerável às definições desafiadoras da realidade, não porque não sejam julgadas certas ou seja apreendida como menos do que real na vida cotidiana, mas porque sua realidade é menos profundamente arraigada na consciência, sendo assim mais susceptivel de deslocamento. ”

Há diversos movimentos e procedimentos para conservar a realidade particular apreendida individualmente contra mudanças e situações menos significativas. A rotina é algo que conserva a realidade. No entanto e pela conservação da identidade que se define a realidade objetiva e a manutenção da realidade particular. Existem os “coros”. São as pessoas ao redor que definem sua identidade e relações que mantém sua realidade, seja degradante ou não. Quanto maior o grau de proximidade, maior a influência na realidade.

O diálogos são muito importantes para a conservação da realidade ao modificar e reconstruir a realidade subjetiva, além de conservar a conexão de um mundo julgado como verdadeiro. A perca da casualidade distingue a quebra de rotinas e ameaça a realidade preservada verdadeira. A conversa modifica a realidade ao deletar, acrescentar ou explicar, pela discussão, experiências vividas ou que estão presentes. É a atualização necessária do ser-humano, que de frente com o uso da língua, mantém a realidade. A irregularidade é uma ameaça as relações. Quem remedia a falta dela são as correspondências ou conversas intensas e frequentes. Mas é a conversa face a face que intensifica as relações e a conservação da realidade particular.

A dúvida pode ser uma destruidora da realidade. Viver em sociedade acarreta processos contínuos de modificação da realidade particular. Isso é ALTERNAÇÃO. Ela se dá pela re-socialização e equipara a socialização primária. No entanto é diferente porque o ser deve desmantelar e desintegrar a estrutura particular. Para isso é necessária a interação. O maior protótipo da alternação é a conversão religiosa. Sendo importante, também, conservá-la, levar a sério e ser razoável. É o meio que dá tolerância a nova realidade.

As transformações são comuns na sociedade atual devido a mobilidade social ou profissionalismo. Ela é aceitável porque e inserida na realidade, mas também cria problemas para conservar coerência entre os primeiros e os posteriores elementos da realidade particular. Cabe a re-socialização e a interpretação do passado para harmonizar a realidade presente.

A INTERIORIZAÇÃO E A ESTRUTURA SOCIAL:

“A socialização realiza-se sempre no contexto de uma es-trutura social especifica. Não apenas o conteúdo mas também a medida do «sucesso:t têm condições sociais estruturais e conseqüências sociais estruturais. Em outras palavras, a análise micro-sociológic:a ou sócio-psicológi-ca dos fenômenos de' inleriorização deve ter sempre por

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fundamento a compreensão maero-sociológica· de seus aspectos estruturais."

A socialização sempre ocorre em uma estrutura especifica. Para que tenha êxito, deve haver muita harmonia entre a realidade objetiva e particular. A socialização totalmente bem sucedida, antropologicamente é impossível. A mal sucedida é muito rara e limitada. O sucesso vem pela simples divisão do trabalho e mínima distribuição de conhecimento. Com isso, as identidades são socialmente pré-definidas e delimitadas. Ao assumir o papel social, suas identidades são definidas que ate então são desconhecidas por todos mas que se tornam definidas pela superfície na sociedade.

Há alguns casos de socialização imperfeita, como por exemplo o leproso. Ele não vive na sociedade em geral, mas apenas no mundo dos leprosos. Essa imperfeição gera a perfeição depois. Outro caso da socialização imperfeita é quando a pessoa, na socialização primária, se separa com personalidades distintas. Pode haver partes de sua particularidade social escondida. A discrepância é comum, mas a socialização imperfeita cria complexos e crises de identidade.

Discordâncias entre a socialização primária e secundária levam a socialização imperfeita. Ela é visível em realidades e identidades particulares opostas. O exemplo está na pessoa que não realizou sua identidade particular escolhida, tornando-a fantasia. Isso gera tensão e inquietude.

A manipulação é comum quando não ha afeição de uma nova realidade. Seu uso se dá por diversos motivos. O abatimento é comum em mundos divergentes e com base no mercado.

TEORIAS SOBRE A IDENTIDADE:

“A identidade formada por processos sociais e muito importante na realidade particular. Uma vez formada, é mantida, modificada ou remodelada pelas relações e estruturas sociais. ”

A identidade se cria pela discussão entre teoria e realidade. São comuns problemas quando há conflito entre identidade particular e atribuições sociais de identidade. Para reverter quadros patológicos negativos, existem os psicólogos e os psiquiatras.

ORGANISMO E SOCIEDADE:

“Examinamos multo anteriormente os pressupostos orgânicos e as limitações da construção social da realidade. E importante acentuar agora que o organismo continua a afetar cada fase da atividade humana construtora da realidade e que o organismo por sua vez é afetado' por esta atividade. Dito de maneira rude, a animalidade do homem transforma-se em socialização, mas não é abo-lida.”

O organismo afeta cada fase da construção da realidade, sendo ele também afetado pelas atividades. “A animalidade do homem transforma-se em socialização, mas não é abolida”. A animalidade e sociabilidade coexistem. Assim a discussão entre natureza e sociedade e renovada em cada indivíduo. É a discussão entre o

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abstrato particular do indivíduo e sua identidade socialmente produzida. Fatores biológicos limitam a sucessão de possibilidades sociais abertas a

qualquer indivíduo. Por outro lado a sociedade coloca limites ao ser biológico. Exemplos como longevidade, sexo e nutrição são comuns e determinados pela sociedade.

A socialização causa frustração biológica, quando o esfomeado ou o sonolento não podem atender suas necessidades. Porém a existência social depende da resistência biológica do indivíduo como legitimação ou institucionalização. Tendo conhecimento de que é um organismo, existe a constante e discussão entre o “eu-superior” e um “eu-inferior”. A equiparação é feita entre a identidade social e sua animalidade social.