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Ficha Técnica

Título: Manual de Apoio ao Empreendedor

Edição e Propriedade: OesteCIM – Comunidade Intermunicipal do Oeste

Conteúdos e Grafismo: Airo – Associação Empresarial da Região Oeste

Disponível em: www.oesteempreendedor.pt

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Conteúdo Ficha Técnica ............................................................................................................................ 2

Conteúdo .................................................................................................................................. 3

ROE - Rede Oeste Empreendedor ...................................................................................... 5

1. O Oeste no contexto Regional e Nacional ................................................................... 5

2. Conceito de empreendedorismo ..................................................................................... 8

2.1. O Empreendedorismo em Portugal........................................................................... 10

2.2. O Empreendedor .......................................................................................................... 10

2.3. Ideia e Oportunidade de Negócio ........................................................................... 14

2.4. Estudo de Mercado ...................................................................................................... 25

2.5. Plano de Negócios ....................................................................................................... 28

3. Criação da Empresa ....................................................................................................... 31

3.1. Método tradicional....................................................................................................... 31

Sete passos para criar uma empresa de forma tradicional ....................................... 31

3.2. Empresa na Hora .......................................................................................................... 34

3.3. Empresa Online ............................................................................................................. 36

4. Formas Jurídicas de uma Empresa ............................................................................... 39

4.1. Empresário em Nome Individual ................................................................................ 40

4.2. Sociedades Unipessoais por Quotas ........................................................................ 42

4.3. Sociedade por Quotas ................................................................................................ 44

4.4. Sociedades Anónimas .................................................................................................. 47

4.5. Cooperativas ................................................................................................................. 50

5. Financiamento ................................................................................................................... 54

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5.1. Recursos financeiros próprios do empreendedor .................................................. 55

5.2. Família e Amigos .......................................................................................................... 56

5.3. Outros Investidores Privados – Business Angels ...................................................... 56

5.4. A Banca Comercial ....................................................................................................... 57

5.5. Microcrédito ................................................................................................................... 58

5.6. Os Subsídios .................................................................................................................. 59

5.7. O Capital de Risco ....................................................................................................... 61

6. Inovação............................................................................................................................. 63

7. Criatividade ...................................................................................................................... 65

8. Áreas de Acolhimento a Empresas/Incubadoras e/ou outras estruturas de apoio na Região ............................................................................................................................... 67

9. Os Parceiros do ROE – Rede Oeste Empreendedor ................................................ 75

Coordenação e Gestão .................................................................................................... 75

Gabinetes Municipais de Apoio ao Empreendedor - GAE........................................... 75

Entidades de Apoio Especializado - EAE ........................................................................ 78

Centros de Formação Profissional ................................................................................... 82

Instituições de Ensino ......................................................................................................... 84

10. Glossário Básico de Empreendedorismo .................................................................. 85

11. Referências Bibliográficas ........................................................................................... 95

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ROE - Rede Oeste Empreendedor

Promovida pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), a Rede

Oeste Empreendedor é o resultado de um trabalho entre a CIM, os

municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval,

Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte

Agraço e Torres Vedras e um vasto leque de parceiros regionais que, em

conjunto, se propõem a criar um conjunto de ferramentas de suporte que

permita às entidades não só oferecerem como monitorizarem um serviço

integrado, fiável e de qualidade no ciclo de apoio ao empreendedorismo.

Através dos serviços prestados pelos vários parceiros da rede é

assegurado todo o apoio ao empreendedor, em todas as fases de

desenvolvimento da sua ideia de negócio.

1. O Oeste no contexto Regional e Nacional

O território do Oeste encontra-se inserido

administrativamente na Região Centro,

apresentando no entanto, forte

relacionamento funcional e económico

com a Região de Polarização de Lisboa e,

em particular, com Área Metropolitana

de Lisboa.

• O Oeste ocupa cerca de 2.200 Km2 de área o

que representa mais de 2% do território nacional e 8% da área total da

região NUTS II Centro.

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• Fazem parte da Região Oeste os concelhos de Alcobaça, Alenquer,

Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré,

Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

• O Oeste apresenta um conjunto de boas infraestruturas de transportes,

sendo atravessado pelos eixos rodoviários que fazem a ligação Sul- Norte e

Este-Oeste (a A8 e a A15 respectivamente) e pelo eixo ferroviário “Linha

do Oeste”.

• O posicionamento da região permite igualmente uma boa acessibilidade

em termos de transporte marítimo, nomeadamente, através dos portos

comerciais de Lisboa e da Figueira da Foz.

O Oeste é uma região com uma densidade populacional e

empresarial elevada no contexto nacional. Os indicadores de nível de

vida PIB per capita e o rendimento coletável registam valores

inferiores às respetivas médias nacionais.

•O Oeste ocupa 2,4% do território nacional e a sua população representa

3,4% do total do país, apresentando uma densidade populacional elevada

(160,5 hab/km2, contra 114,8 hab/km2 no país) que a coloca na 11ª

posição entre as 30 NUTS III.

• A região apresenta uma densidade empresarial relativamente elevada (4ª

mais alta do país entre as 30 NUTS III), não obstante o PIB per capita ser

inferior ao do país (16ª mais elevado) e o rendimento coletável representar

apenas 67,3% da média nacional (13ª região NUTSIII).

O PIB per capita no Oeste cresceu 16% entre 2000 e 2004 face aos

15% de média nacional, destacando-se assim das regiões que lhe estão

mais próximas no ranking de nível de vida médio (Médio Tejo, com um

crescimento de 15%, Beira Interior Sul com 14% e Baixo Vouga com

12%).

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• As taxas de crescimento mais elevadas registam-se nas regiões que

partem de um patamar mais baixo, destacando-se no entanto duas

exceções:

- O Baixo Mondego concilia um nível de vida superior à média nacional com

um assinalável crescimento nos últimos 4 anos.

- Por outro lado, é particularmente gravoso o posicionamento da Cova da

Beira que, a par com algumas regiões do Norte como o Ave e o Tâmega,

consolida o atraso face ao registo nacional.

O Oeste surge assim na fronteira entre as regiões dinamizadas por polos

urbanos como Leiria/Marinha Grande, Figueira da Foz, Coimbra e Aveiro e

as regiões do interior mais marcadas pelas tendências de desertificação e

envelhecimento, tanto em termos de produtividade, como na taxa de

utilização dos recursos humanos.

• A trajetória do Oeste nos últimos 4 anos é semelhante à das regiões

mais desenvolvidas do Centro, em que os avanços em termos de

produtividade face à média nacional mais do que compensam os ligeiros

recuos da intensidade de utilização dos recursos humanos decorrentes do

duplo envelhecimento da população portuguesa.

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O Oeste apresenta um nível de exportações per capita

relativamente modesto face aos valores observados para a média

nacional e para a região Centro, evidenciando desempenhos muito

diferenciados a nível dos diferentes concelhos.

2. Conceito de empreendedorismo

Numa perspetiva histórica, o

empreendedorismo tem vindo a ser definido

como uma maneira diferenciada de alocação

de recursos e otimização de processos

organizacionais, sempre de forma criativa, visando a

diminuição de custos e melhoria de resultados (José Dornelas, 2005).

O conceito mais aceite de "Empreendedorismo" foi popularizado pelo

economista Joseph Schumpeter em 1944, sendo uma das peças centrais

da sua teoria da Destruição Criativa. Segundo Schumpeter (1949), o

empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para

saber produzir e capitalistas ao reunir recursos financeiros.

Habitualmente, organiza as operações internas e realiza as vendas da sua

empresa.

Esta primeira visão do conceito de empreendedorismo foi sendo

aprimorada e incrementada, com a junção de conceitos como o risco

(Knight,1967; Drucker, 1970) e o intra-empreendedorismo (Pinchot, 1985).

O primeiro autor parte da simples premissa de que uma pessoa para ser

empreendedora tem que arriscar nalgum tipo de negócio. Já o segundo,

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introduz um conceito mais interno de empreendedorismo integrado numa

lógica organizacional, ou seja, no seio de uma organização.

Oseifuah (2010) desenvolveu trabalhos sobre a evolução das definições do

empreendedorismo, ao longo do tempo. Este enuncia vários autores que

também dão importância a estas definições, entre os quais Jean Baptiste

Say, John Stuart Mill e Alfred Marshall. Neste contexto, o

empreendedorismo pode ser então definido como um processo através do

qual os indivíduos utilizam as oportunidades do mercado para a criação e

crescimento de novos negócios (Gries e Naudé, 2011). Os empreendedores,

enquanto empresários, levam a cabo uma estratégia de decisão, devendo

garantir que a mesma seja devidamente aplicada (Salas-Fumás e Sanchez-

Asin, 2013).

“O Empreendedorismo é acima de tudo uma atitude mental que engloba a

motivação e a capacidade de um indivíduo, isolado ou integrado numa

organização, para identificar uma oportunidade e para concretizar com o

objetivo de produzir um determinado valor ou resultado económico.”

Atualmente, uma das definições mais consagradas no meio académico é

dada por Robert D. Hisrich, um estudioso das áreas do conhecimento

ligadas ao empreendedorismo, no seu livro intitulado de

“Empreendedorismo” (2009). Segundo o próprio, empreendedorismo é o

processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço

necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais

correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação

económica e pessoal.

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2.1. O Empreendedorismo em Portugal

Como já se constatou, o empreendedorismo

abrange a criação de novos negócios e o

desenvolvimento de novas oportunidades

em organizações já existentes. Por

contribuir substancialmente para a

criação de uma cultura empresarial

dinâmica, onde as empresas procuram

progredir na cadeia de valor, num

ambiente económico global, o

empreendedorismo encontra-se, assim, no centro

da política económica e industrial. A propagação dos efeitos negativos da

crise económico-financeira internacional tem afetado significativamente a

atividade económica portuguesa, com particular impacto na taxa de

desemprego jovem do país e nas condições de funcionamento da atividade

económica. Neste contexto, a degradação previamente enunciada, que

assola alguns parâmetros de atividade económica e das políticas

governamentais necessárias ao empreendedorismo, está, com certeza,

associada à conjuntura mais depressiva provocada pela crise internacional.

No entanto, é necessário combater estes fatores, dado que a recuperação

e o desenvolvimento da economia nacional passam fortemente pelo

surgimento de empreendedores, capazes de identificar e aproveitar

oportunidades, investir e gerar riqueza e emprego.

2.2.O Empreendedor

O empreendedor nasce ou faz-se?

“O empreendedor é como o artista, o músico, o

desportista, tem uma série de características

congénitas, contudo se ninguém as descobre e

as potencia devidamente, muito provavelmente não

servirão de nada.” (Pérez 2005).

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De entre as várias características que permitem identificar um

empreendedor podemos destacar a perseverança, o desejo e vontade de

traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a autoestima, o forte desejo

de vencer, a autoconfiança e a flexibilidade.

Para além destas características, que embora se possam considerar

inatas podem e devem ser potenciadas pelo empreendedor, existe um

conjunto de outras competências que um líder deve possuir e desenvolver

continuamente: as competências emocionais, o autoconhecimento e a

criatividade.

Recomenda-se queo empreendedor se mantenha recetivo à inovação e

criatividade de forma a conseguir identificar oportunidades, que seja

realista na apreciação de novas ideias e que seja persistente na

prossecução de um objetivo.

O que é ser Empreendedor?

Para que o empreendedorismo suceda nas organizações é, evidentemente,

imprescindível queexistam pessoas que o façam acontecer, ou seja os

empreendedores.

O empreendedor, na ótica de Dornelas (2001), é aquele que faz acontecer,

que tenta constantemente antecipar-se aos factos e que tem sempre

presente uma visão futura da organização.

É então, como afirma Shumpter, “aquele que destrói a ordem económica

existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação

de novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos

materiais” (Schumpeter, 1949).

Esta definiçãotraduz eloquentemente, com determinação e graciosidade,

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aessência do espírito dos empreendedores, como pessoas especialistas em

perceber e interpretar necessidades e problemas, capazes de idealizar

soluções, de transformar sonhos e ideias em realidade, de inovar e de

correr riscos.

Em qualquer definição de empreendedorismo que se procure acabam

sempre por se encontrar, pelo menos, os seguintes aspetos e

competências referentes ao perfil do empreendedor:

• Ter iniciativa para criar/inovar e paixão pelo que faz;

• Utilizar os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o

ambiente social e económico onde vive;

• Aceitar e suster os riscos e a possibilidade de falhar;

• Ter persistência, tenacidade e ambição.

O Empreendedor é como um administrador, mas com diferenças

consideráveis em relação aos gerentes ou executivos de organizações

tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes.

Desta forma, quando uma organização cresce, os empreendedores

geralmente têm dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia dos negócios,

pois preocupam-se mais com aspetos estratégicos, com os quais

geralmente se sentem bastante mais à vontade.

Segundo Filion (1999), a diferença entre o gerente e o empreendedor,

reside no facto de “o gerente ser voltado para a organização de recursos,

enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos”.

Por norma, pode-se afirmar que estão prosaicamente instituídos alguns

Mitos sobre os empreendedores, de entre os quais, se destacam

particularmente três (José Dornelas, 2005):

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• Mito 1 –Os Empreendedores são natos, nascem para o sucesso

Realidade:

o Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com um

certo nível de inteligência, empreendedores de sucesso

acumulam habilidades relevantes, experiências e contactos

com o passar dos anos;

o A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades vai-se

aprimorando com o tempo.

• Mito 2 –Empreendedores são “jogadores” que assumem riscos

altíssimos

Realidade:

o Tomam riscos calculados;

o Evitam riscos desnecessários;

o Compartilham o risco com outros;

o Dividem o risco em “partes menores”, recorrendo à

diversificação.

• Mito 3 –Os empreendedores são “lobos solitários” e não

conseguem trabalhar em equipa

Realidade:

o São ótimos líderes;

o Criam equipas;

o Desenvolvem excelente relacionamento no trabalho com

colegas, parceiros,clientes, fornecedores e muitos outros.

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2.3.Ideia e Oportunidade de Negócio

Empreendedores, inventores e inovadores estão

constantemente cheios de novas ideias. Contudo

existem muito mais ideias do que boas

oportunidades de negócios, visto que uma

ideia não é necessariamente uma

oportunidade, embora no centro de uma

oportunidade resida sempre uma ideia.

Como ter uma ideia de negócios?

Há, basicamente, duas maneiras pelas quais se pode criar ideias de

negócios: gerar a sua própria ideia ou desenvolver a de outro.

A segunda é muito mais comum, porque, na maioria dos casos, passa por

dinamizar uma ideia já desenvolvida.

É preciso que se tenha em mente que todas as pessoas e organizações

possuem necessidades que são satisfeitas de formas diferentes. Se

conseguirem dar a essas necessidades melhores respostas do que as

atuais, certamente que se construirá uma grande oportunidade de

negócio a ser aproveitada.

Alguns caminhos para a geração de ideias de negócios

Um dos caminhos para se gerar ideias de negócios é olhar para o seu

atual patrão ou uma empresa já existente e perguntar:

Será que eu consigo, pelo menos, duplicar o que o meu empregador ou a

empresa existente faz atualmente, ou atender a um mercado ainda

inexplorado?

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Existem algumas técnicas estabelecidas para este fim, tais como: a

visualização, brainstorming, análise morfológica e análise de negócios. Todas

estas podem ser usadas para criar ideias de negócios.

Visualização

A visualização é uma técnica usada com sucesso por muitos

empreendedores para determinar os seus objetivos de longo prazo.

O processo consiste em “sonhar acordado” – projetar uma imagem do seu

próprio futuro. Ao fazê-lo, tente perceber se esse futuro inclui a sua

própria empresa. Se a imagem incluir, então como é que ela é?

A partir dessa visualização, descreva no papel essa ideia de negócio e

comece a estruturá-la identificando o que, à partida, necessitará para a

concretizar.

A visualização é uma boa técnica para estabelecimento de metas e

objetivos a alcançar.

Brainstorming – tempestade de ideias

Esta técnica é uma das mais difundidas sendo,

consequentemente, bastante conhecida. Quando é

usada adequadamente, permite o levantamento

de várias alternativas para a geração de ideias

de negócios. Portanto, deixe a sua imaginação

fluir livremente e aproveite o que de melhor

surge em termos de negócios viáveis

comercialmente. Para que esta técnica seja bem

trabalhada, o ideal é que se forme um grupo de 6

pessoas no máximo e claro, se projete a sessão com a devida

antecedência.

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Análise morfológica

Esta técnica consiste em dividir o “problema” complexo nos seus vários

elementos ou componentes.

Tomemos como exemplo os produtos de cuidados com o cabelo: champôs,

condicionadores e gel – citando apenas três.

O mercado potencial para esses produtos pode ser segmentado por idade:

adolescência, faixa de 20-40 anos e acima de 40 anos.

Combinando os três tipos de produtos e os três tipos de segmentos,

temos nove ideias de como explorar os produtos para cabelo.

Análise de negócios já existentes

Quando assumimos melhorar negócios já existentes, é preciso olhar para

eles e perguntarmo-nos: consigo fazer isto? Posso fazê-lo melhor?

Tenha em conta que qualquer ideia deve ser analisada à luz dos seguintes

pontos:

1. Qual o mercado que a ideia abrange?

2. Até que ponto o empreendedor está comprometido com o negócio?

3. Quais as vantagens competitivas que a ideia trará ao negócio?

4. Qual a equipa que vai transformar essa ideia num negócio?

5. Qual o retorno económico que a ideia poderá proporcionar?

Como complemento à análise precedente, e no sentido de se selecionar

quais as ideias mais interessantes, poderá seguir-se o seguinte indicador

– Método dos 3 M’s (Dornelas, 2003). Este método consiste na análise dos

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3 M’s, designadamente: Market Demand, Market Size and Structure e

Margin Analysis.

Market Demand – Exigências do mercado

A este nível deverá conseguir-se definir e caracterizar especificamente o

nosso mercado alvo, isto é, aquele que vai comprar o nosso

produto/serviço. Para o determinar teremos que saber responder às

seguintes questões:

• Qual é a audiência alvo?

• Qual a durabilidade do produto/serviço no mercado? (Ciclo de Vida)

• Os clientes estão acessíveis? (Canais)

• Como é que os clientes veemo relacionamento com a empresa?

• O potencial de crescimento é alto (superior a 10, 15, 20 % ao

ano)?

• O custo de captação do cliente é recuperável no curto prazo (1

ano)?

Market Size and Structure – Tamanho e estrutura do mercado

Para definir o tamanho do mercado e a sua

estrutura, o empreendedor deverá conseguir

responder às seguintes questões críticas:

- O mercado está em crescimento, é

emergente? É fragmentado?

- Existem barreiras proprietárias de

entrada? Ou excessivos custos de saída? Tem

estratégias para transpor estas barreiras?

- Quantos key players estão no mercado? Eles controlam a propriedade

intelectual?

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- Em que estado do ciclo de vida está o mercado? (o risco depende

também do ciclo de vida e maturidade do mercado)

- Qual é o tamanho do mercado em euros, e o potencial para se

conseguir um bom market share?

- Como está o setor de atividade estruturado? – Análise, segundo o

modelo das 5 forças de Michael Porter (1980):

• Poder negocial dos fornecedores

• Poder negocial dos compradores

• Poder negocial dos concorrentes

• E dos produtos substitutos

• Rivalidade concorrencial

- Como é que a indústria está segmentada, quais são as tendências, que

eventos influenciam os cenários, entre outros?

Margin Analysis – Análise de Margem

O empreendedor deverá, por último, analisar a margem de manobra que

tem no mercado, desta feita deverá conseguir responder às seguintes

questões críticas:

- Determinar as forças do negócio;

- Identificar as possibilidades de lucros (margem bruta superior a 20, 30,

40%?);

- Analisar os custos (necessidade de capital), breakeven, retornos;

- Fazer um mapa da cadeia de valor do negócio, mas para tal deverá

saber como o seu produto/serviço chega até ao cliente final.

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Isto ajudá-lo-á a entender a sua cadeia de valor e dos seus concorrentes,

permitindo-lhe tomar decisões e implementar ações voltadas para os

resultados, tais como: cortar custos; remodelar os processos internos;

atingir maiores margens.

Apesar da abrangência do modelo dos 3M´s, esta é uma análise que

permitirá, depois de respondidas e devidamente entendidas as questões

supramencionadas, selecionar qual a melhor ideia/oportunidade passível de

vir a ser desenvolvida e capitalizada.Para o efeito, aconselha-se ao

empreendedor que antes e depois das análises propostas, faça um check

list final de avaliação das ideias/oportunidades, que passa por conseguir

responder às seguintes questões:

• Existe algum problema a ser resolvido?

• Existe um produto/ serviço ou processo que solucionará o

problema?

• É possível identificar com clareza os potenciais clientes?

• Será possível implementar efetivamente uma estratégia de

marketing/vendas que seja exequível? (custo/benefício)

• A janela de oportunidades está aberta?

Proteção da Ideia

Depois de feita a análise da ideia, e, se esta é

passível de constituir-se numa oportunidade

de negócio, deve-se protegê-la, isto é dotá-

la de propriedade intelectual.

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A propriedade intelectual pode, assim, gerar lucros através da proteção

de ideias, tecnologias, designs de produtos e marcas.

A propriedade intelectual apresenta as caraterísticas de qualquer outro

tipo de propriedade:

• Tem valor económico

• Pode ser vendida ou licenciada/alugada

• Pode ser roubada

• Pode ser protegida

• A propriedade intelectual está sujeita à maior parte da legislação

civil sobre propriedade privada, bem como a legislação específica

Assim a propriedade intelectual contempla:

- Direitos de Autor – protegem a forma de expressão das ideias.

- Propriedade Industrial – protege as invenções, as criações e os

sinais distintivos de comércio.

Direitos de Autor

O direito de autor é o direito sobre a obra,

qualquer que seja o género ou a forma de

expressão. As obras consistem na

exteriorização de uma criação intelectual,

tanto no domínio literário e artístico como

científico, querendo assim significar que a

obra, para ser protegida, deve resultar de um

esforço intelectual desenvolvido no campo das

letras, das artes ou das ciências e ser uma expressão, por qualquer modo

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obtida – isto é, tanto sob a forma escrita como oral ou outra - da

personalidade do seu autor.

Desta forma, os direitos de autor pressupõem:

- Direitos Pessoais ou Morais – no sentido em que o autor tem direito a

reivindicar durante toda a sua vida a paternidade da obra, e de assegurar

a genuinidade e a integridade da mesma.

- Direitos Patrimoniais – no sentido em que o autor tem direito a retirar

vantagens económicas derivadas da exploração da obra.

Assim sendo, o direito de autor consiste num direito de propriedade que

concede proteção principalmente a: trabalhos literários (publicações

científicas, conferências, livros); programas de computador; audiovisuais;

multimédia; bases de dados.

No que respeita à sua duração, nos termos da lei, o direito de autor

caduca no prazo de 50 anos após a morte do criador da obra, mesmo que

se trate de obra divulgada ou publicada, período esse após o qual a obra

cairá no domínio público.

Propriedade Industrial

A propriedade industrial desempenha a função

de garantir a lealdade da concorrência, pela

atribuição de direitos privativos sobre os

diversos processos técnicos de produção e

desenvolvimento de riqueza (art. 1o Código

da Propriedade Industrial – Decreto – Lei nº

36/2003, de 5 de Março).

No âmbito da propriedade industrial podem ser exercidos 3 tipos de

proteção:

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- Proteção de Invenções: Patentes; Modelos de Utilidade;

- Proteção do Design: Desenhos ou Modelos;

- Proteção de Sinais Distintivos: Marcas; Logótipos; Nomes e Insígnias

de Estabelecimento; Indicações Geográficas; Denominações de

Origem; Recompensas.

Uma vez esclarecido o conceito de ideia, a forma de gerar ideias e as

várias formas de proteção das ideias, partimos para o esclarecimento do

conceito de oportunidade de negócios.

O que é uma oportunidade de negócios?

A oportunidade, em termos práticos, pode ser definida como algo que

alguém transforma em negócios lucrativos.

Como surgem as oportunidades de negócios?

As oportunidades de negócios surgem de muitas maneiras. Algumas

pessoas têm o dom de identificar e transformar rapidamente ideias em

produtos e serviços. Outros percebem como podem fazer dinheiro a

partir de uma ideia que surgiu da leitura de um jornal ou de uma

conversa com amigos.

O que observamos, no entanto, é que as oportunidades de negócios que os

empreendedores identificam estão ligadas a experiências vividas. É muito

raro que alguém tenha uma inspiração “do nada” e identifique uma nova

oportunidade fora do seu campo de atuação.

Por outras palavras, a identificação das oportunidades surge do nosso

próprio ambiente de trabalho e, geralmente, resulta da conexão de ideias

aparentemente desconexas.

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Regra geral: se deseja desenvolver um novo conceito de negócios num

ambiente estranho, que não lhe é familiar, trabalhe de modo a aprender

tudo a respeito do funcionamento desse negócio, a fim de que seja capaz

de observar as conexões práticas deste novo universo. Considere, também,

a possibilidade de se associar a alguém que tenha o conhecimento

específico que lhe falta.

Por fim, é importante ter claro que na procura de uma oportunidade, não

se considere apenas a relação risco/retorno do negócio, mas também – e

talvez com maior importância – os seus próprios objetivos.

Algumas características relativas às oportunidades

As oportunidades têm a ver com a criação de valor e não,

necessariamente, com a redução de custos.

Alguns empreendedores desenvolvem uma fixação de que os seus

produtos devem ser competitivos em termos de custo. A regra do jogo, no

entanto, não está ligada ao baixo custo. A questão sempre foi e sempre

será a criação de valor para os clientes. Se valer a pena, os clientes

pagam.

As oportunidades não são iguais para todos

É muito comum ouvirmos: “as oportunidades estão lá fora e

simplesmente, acontecem”.

Não nos devemos prender a esta visão!

As experiências com os empreendedores mostram que nem todos os

indivíduos estão preparados para perceber uma oportunidade. As pessoas

possuem modelos mentais que as tornam mais ou menos capazes de

identificar e desenvolver oportunidades. A forma como vislumbramos o

mundo é diferente de individuo para individuo. Explicitebemaos seus

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potenciais clientes qual o valor que seus produtos ou serviços vêm

oferecer. De realçar que isso é muito mais do que apenas um preço mais

competitivo.

As oportunidades não são necessariamente invenções dos

empreendedores

Os empreendedores não são, necessariamente, grandes inventores. Muitos

estão determinados a investir o seu tempo e energia na busca de alguma

inovação tecnológica que lhes trará enormes lucros. Isso pode ser

admirável e desejável, mas não é determinante.

Até quando se pode explorar uma oportunidade?

Nenhuma oportunidade dura para sempre!

Algumas oportunidades são passageiras e com uma duração limitada.

Temos como exemplo produtos ligados à moda. Noutros casos, uma

oportunidade pode durar até o ponto em que outros empreendedores a

percebam e transformem um negócio baseado na qualidade dos produtos

em um negócio baseado apenas em custo.

Um exemplo de duração de oportunidades foi a febre do Kart indoor. Para

os primeiros, foi uma ótima oportunidade de mercado, no entanto com a

entrada de novos empreendedores, o que era uma oportunidade de valor,

passou a ser uma oportunidade baseada em custos.

A crença na oportunidade de negócios

Normalmente, é o lado mais emocional de uma oportunidade que faz a

diferença entre o sucesso de um empreendedor e o fracasso de outro.

Somente o empreendedor em causa pode avaliar se uma oportunidade é

boa ou má. Sese gosta da oportunidade identificada? Se é o que se quer

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fazer? Sese acredita nela? Todos estes são fatores que importam porque

neles reside o nível de persistência que fará face a todas as dificuldades

inerentes às atividades empresariais.

2.4.Estudo de Mercado

Porquê fazer um Estudo de Mercado?

O estudo de mercado desempenha uma

função chave na elaboração de qualquer

projeto de criação de empresa. Toda a

construção da futura organização irá

apoiar-se nas conclusões que serão

apresentadas neste estudo. Será necessário

verificar se o produto ou serviço poderá ser

transacionável, antes de escolher qualquer estatuto jurídico ou decidir

como produzir ou comercializar.

Os estudos de mercado irão permitir verificar se o mercado existe

realmente, qual a sua evolução, confirmar o acerto da atividade escolhida e

determinar o tamanho ideal da sua empresa. Assim, deverá conhecer

melhor o funcionamento do mercado, determinando, com a máxima

precisão, aquilo que vai vender, a quem vai vender e qual o posicionamento

face aos produtos existentes.

Por outro lado, terá uma noção bem mais exata dos custos associados à

atividade que irá exercer.

Quais os agentes a serem tidos em conta no Estudo de Mercado?

Num Estudo de Mercado é fundamental ter em atenção três grandes

grupos de agentes:

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• A procura – neste âmbito deverá identificar a natureza das

empresas e organizações, os hábitos e comportamentos dos

clientes potenciais, bem como as suas atitudes e motivações.

• A oferta – os estudos de mercado sobre este ponto deverão

recair sobre os produtos e serviços à disposição no mercado, as

empresas concorrentes e a organização da generalidade dos

agentes presentes no mercado.

• O ambiente de mercado – neste ponto enquadram-se todos

aqueles que, direta ou indiretamente, têm influência sobre o

mercado.

Após ter concluído este processo, será capaz de responder a perguntas

tão específicas, tais como: “Que idade têm os meus clientes potenciais?”,

“Qual a sua ocupação profissional?”, “Qual é o seu comportamento perante

a aquisição de produtos?”, “Como é que gostam de ser abordados?”, “Qual

o grau de necessidade face aos produtos da empresa?” Ou, relativamente

à concorrência, “Quais os segmentos de mercado em que atuam?”, “Que

gama de produtos têm?”, “Qual é a sua imagem junto do público?”, “Qual é

o seu volume de vendas?”, Entre outras.

Proceda a estes estudos da forma mais aprofundada possível, não se

preocupando com o excesso de informação. É preferível ter informação em

excesso do que insuficiente. Contudo, há que saber tratá-la, de modo a não

se perder perante inutilidades, deixando de recolher o essencial. E, neste

caso, o essencial passa pela definição dos consumidores, pela dimensão do

mercado, pela definição do nível de preços, das condições de venda, dos

canais de distribuição e dos pontos de venda, dos objetivos e motivações de

compra, dos hábitos de consumo, da concorrência, pela inventariação dos

produtos concorrentes e respetivas quotas de mercado, pela definição das

políticas de Marketing da concorrência, pelo potencial da distribuição e

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pela adequação dos produtos às necessidades dos consumidores.

Como elaborar um estudo de mercado?

1º – Definição dos objetivos

A definição dos objetivos deve ser feita de uma forma clara e consiste em

identificar a população (consumidores) a estudar e o tipo de informações a

recolher.

Basicamente, as informações a obter sobre os consumidores dividem-se

em quatro grandes classes:

Caraterísticas externas dos consumidores

• Comportamentos de consumo

• Atitudes dos consumidores

• Processo de decisão de compra

2º – Preparação da informação necessária

Para que se possa iniciar um estudo de mercado é necessário, desde logo,

saber que tipo de informação é necessária para que se consiga atingir os

objetivos. Existem dois tipos de dados ou informação que teremos que

preparar:

• Dados primários – que ainda não existe, no todo ou em parte.

Arecolher através das diferentes técnicas.

• Dados secundários – já disponíveis, suscetíveis de serem usados e

trabalhados em função da questão que estamos a analisar. Estes

dados contêm, habitualmente, um conjunto de informações úteis

para a conceção do estudo.

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3º – Métodos de recolha de informação

Depois de sabermos aquilo que procuramos há que definir que métodos de

recolha de informação vamos utilizar. Desde logo, poderemos recorrer à

pesquisa administrativa (o estudo das informações publicadas e disponíveis)

ou realizar um trabalho de campo (traduz-se na recolha direta de

informações no mercado).

4º – Análise dos Resultados

Para colmatar esta fase é importante deter alguns conhecimentos de

estatística.

Convém salientar que a dimensão e profundidade do Estudo de Mercado

devem ser adequadas ao nível de investimento, ao risco e à maturidade do

negócio.

2.5. Plano de Negócios

O Plano de Negócios não é mais do que uma descrição detalhada do

planeamento de uma empresa (Dornelas, 2005).

5 Objetivos de um Plano de Negócios:

• Testar a viabilidade de um conceito de negócio;

• Orientar o desenvolvimento das operações e estratégia;

• Atrair recursos financeiros;

• Transmitir credibilidade;

• Desenvolver a equipa de gestão.

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As 5 Razões para elaborar um Plano de

Negócios:

• Entender e estabelecer diretrizes para o

negócio;

• Gerir de forma mais eficaz a empresa e

tomar decisões acertadas;

• Monitorizar o dia-a-dia da empresa;

• Conseguir financiamentos e recursos junto de bancos, investidores,

capitais de risco, programas de financiamento nacionais e

europeus, etc.;

• O plano de negócios aumenta em 60%, a probabilidade de sucesso

do negócio (Sahlman 1997).

Assim, o Plano de Negócios constitui-se como uma poderosíssima e

eficiente ferramenta de gestão para:

• Aprendizagem e auto conhecimento - organização e explicitação de

ideias;

• Cooperação - comunicação interna;

• Convencimento - comunicação externa, no sentido de obtenção de

recursos financeiros;

• Navegação - planeamento e monitorização do negócio.

Tendo conta que o plano de negócios é um documento para quem o lê, e

não para quem o faz, este deverá ser elaborado de forma eficaz, tendo em

conta o seu destinatário.

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Qual a importância de um plano de negócios?

O plano de negócios de uma empresa tem três grandes funções:

• Durante a sua elaboração, ajudar o empreendedor a compreender

as várias vertentes do seu negócio (mercado, produto, modelo de

financiamento, modelo de negócios, drivers de crescimento e riscos

do negócio);

• Guiar o desenvolvimento da empresa a curto, médio e longo-prazo

mediante um conjunto de objetivos previamente estabelecidos e

acordados;

• Ser um apoio para apresentação da empresa a outras partes

interessadas (investidores, parceiros, etc.).

Como elaborar um plano de negócios?

Tanto para o próprio criador da empresa como para os seus stakeholders

é indispensável apresentar a sua ideia de negócio de forma clara esimples,

evidenciando que aquela é uma proposta de valor única, viável e

sustentável e que o modelo de negócio proposto é o adequado.

Assim, chamamos plano de negócios à organização dos estudos, análises e

reflexões, acompanhados de dados quantitativos sustentados, vertidos em

documento próprio e bem redigido.

Este documento, que irá passar pelas mãos de pessoas que não conhecem

nem o projeto nem os promotores, funcionará como embaixador de ambos,

permitindo-lhes construir uma primeira opinião a partir do conteúdo e da

forma de apresentação.

Por outro lado, durante os primeiros meses de existência da empresa, o

Plano de Negócios constitui, para o novo empresário, um referencial em

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termos de objetivos a atingir e da respetiva programação e

calendarização.

3.Criação da Empresa

Como posso criar a minha empresa?

A criação de uma empresa representa um

momento decisivo para a vida de qualquer

empreendedor, uma vez que dele pode

depender o seu sucesso pessoal e

profissional. Ainda que seja complexo, o

processo de criação de uma empresa tem

vindo a evoluir gradualmente no sentido da sua

simplificação e maior rapidez.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias, o método tradicional de

criação de uma empresa tem vindo a sofrer algumas alterações, sendo

que parte das etapas que careciam de deslocação presencial a

determinados serviços passaram a poder ser feitas através da Internet.

No entanto, qualquer pessoa pode, ainda, optar pela criação da sua

empresa seguindo o método tradicional.

3.1. Método tradicional

Sete passos para criar uma empresa de forma tradicional

1º Certificado de Admissibilidade de Firma

O pedido de Certificado de Admissibilidade de Firma é o primeiro

procedimento a efetuar, seja qual for o estatuto jurídico escolhido para a

empresa. A entidade responsável por assegurar que os elementos da

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firma são verdadeiros e não induzem em erro ou confusão quer na

identificação do seu titular, natureza jurídica ou atividade da entidade é o

Registo Nacional de Pessoas Coletivas (RNPC).

O Certificado de Admissibilidade e o respetivo Cartão Provisório de

Identificação de Pessoa Coletiva devem ser solicitados pelo constituinte ou

por um dos sócios da empresa junto do RNPC ou numa das sua

delegações a funcionar nas Conservatórias de Registo Comercial.

Através da Direcção-Geral de Registos e Notariado (DGRN), este pedido de

Admissibilidade já pode ser feito, via Internet, sendo que o sistema

controla o pagamento prévio do serviço. Esta opção permite ao requerente

acompanhar o processo do seu pedido através da Internet, bem como

verificar se o nome que pretende já se encontra licenciado pelo RNPC.

2º Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Coletiva

O Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Coletiva pode ser solicitado

juntamente com o Certificado de Admissibilidade ou em qualquer altura

até à data de conclusão do processo de constituição da empresa.

3º Depósito do Capital Social da Empresa

O capital da sociedade deve ser depositado em instituições de crédito

numa conta aberta em nome da futura sociedade.

4º Escritura Pública

Tendo cumprido todos os passos anteriores, é já possível efetuar a

escritura pública. De acordo com o Decreto-Lei nº 76- A/2006, de 29 de

Março, este passou a ser um passo facultativo, exceto nos casos em que

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se verifique a transmissão de um bem imóvel, uma vez que para estes

continua a ser necessária a escritura. A documentação a apresentar

perante o Notário é a seguinte:

• Certificado de Admissibilidade;

• Documento comprovativo de que o depósito do capital social foi

efetuado ou declaração dos sócios de que procederam ao depósito;

• Documentos de identificação de todos os sócios;

• Outros documentos que se revelem necessários.

5º Declaração de Início de Atividade

No prazo de 15 dias após a apresentação do registo deve ser apresentada

a declaração de início de atividade, num Serviço de Finanças ou em www.e-

finanças.gov.pt. Com esta declaração pretende-se a regularização da

situação da empresa, a fim de dar cumprimento às suas obrigações de

natureza fiscal.

6º Registo Comercial

Para efetuar o registo da empresa é necessário promover o registo junto

da Conservatória de Registo Comercial correspondente ao da sede da

empresa. A conservatória promove oficiosamente a publicação do registo

na Internet e comunica o ato ao RNPC, para efeitos de inscrição no

Ficheiro Central de Pessoas Coletivas e emissão do cartão definitivo de

identificação de pessoas coletivas, caso os interessados o requeiram.

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7º Inscrição na Segurança Social

A inscrição das entidades empregadoras na Segurança Social é um ato

administrativo, mediante o qual se efetiva a vinculação ao Sistema de

Solidariedade e Segurança Social, atribuindo-lhes a qualidade de

contribuintes.

3.2.Empresa na Hora

Por outro lado poderá optar pela modalidade Empresa na Hora, onde num

único balcão e de forma imediata, consegue

constituir uma sociedade unipessoal, por

quotas ou anónima. O processo de

constituição de sociedades através desta

iniciativa é simples, uma vez que, deixa de

ser necessário a celebração de escritura

pública e a obtenção prévia do certificado

de admissibilidade da firma, junto do Registo

Nacional de Pessoas Coletivas.

Na Região Autónoma dos Açores a modalidade Empresa na Hora está

presente em São Miguel (Ponta Delgada) e na Terceira (Angra do

Heroísmo) nas Conservatórias de Registo Comercial.

Oito passos para criar uma Empresa na hora:

1º-Escolher uma firma da lista de firmas pré-aprovadas constante no site

www.empresanahora.mj.pt ou consultando a lista que lhe será facultada no

balcão de atendimento Empresa na hora.

A firma escolhida só será reservada no momento em que se dirigir ao

balcão e iniciar a constituição da sociedade. Como tal, a firma que

pretende utilizar, apesar de estar disponível neste sítio ou na lista que lhe

for facultada, poderá já não estar disponível no momento em que se dirigir

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ao balcão. À firma pré-aprovada poderá sempre adicionar uma expressão

alusiva ao objeto da sociedade. Por exemplo, se a firma escolhida for

“ABCDE” e se a sociedade se dedicar à atividade de restauração e bebidas,

a firma poderá ser alterada para “ABCDE – Restauração e Bebidas”.

2º- Escolher um dos modelos de pactos sociais (estatutos) pré-aprovados;

3º- Os futuros sócios da sociedade deverão dirigir-se a um balcão

Empresa na Hora para iniciar o processo de constituição.

Elementos necessários

Se os sócios da sociedade a constituir forem pessoas singulares, deverão

levar consigo:

• Cartão de contribuinte;

• Documento de identificação (bilhete de identidade, passaporte,

carta de condução ou autorização de residência).

• Cartão de beneficiário da Segurança Social (facultativo)

No caso de se tratar de pessoas coletivas:

• Cartão de contribuinte de pessoa coletiva ou cartão de

identificação de pessoa coletiva;

• Código de acesso à Certidão Permanente ou Certidão de Registo

Comercial em papel, atualizada;

• Ata da Assembleia-Geral que confere poderes para a constituição

de sociedade.

4º- O custo deste serviço é de €360. Este valor será pago no momento da

constituição, em numerário ou cheque. Nas sociedades cujo objeto social

seja o desenvolvimento tecnológico ou a investigação o custo do serviço é

de €300.

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5º- No balcão será elaborado o pacto da sociedade e será efetuado o

registo comercial.

6º- De imediato, receberá:

• Certidão do Pacto Social;

• O código de acesso à Certidão Permanente de Registo Comercial,

pelo prazo de um ano ou, em alternativa, pelo prazo de três meses

acompanhado de Certidão em papel;

• Cartão de Pessoa Coletiva;

• Número de segurança social da empresa.

7º- No momento da constituição da sociedade pode indicar, desde logo, o

Técnico Oficial de Contas ou escolher um da Bolsa de TOC disponibilizada,

para efeitos da entrega desmaterializada da Declaração de Início de

Atividade. Também pode entregar no serviço de atendimento da Empresa

na Hora a Declaração de Início de Atividades devidamente preenchida e

assinada pelo Técnico Oficial de Contas. Se não o fizer de imediato, deverá

fazê-lo nos 15 dias seguintes à data de constituição.

8º- No prazo máximo de 5 dias úteis após a constituição, os sócios estão

obrigados a depositar, em qualquer instituição bancária, o valor do capital

social em nome da sociedade.

3.3. Empresa Online

O regime jurídico da Empresa Online

permite a constituição, por via eletrónica, no

endereço www.portaldaempresa.pt, de

sociedades comerciais e civis sob forma

comercial, do tipo por quotas, unipessoal por

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quotas e anónimas. Excetuam-se as sociedades cujo capital seja realizado

com recurso a entradas em espécie em que, para a transmissão dos bens

com que os sócios entram para a sociedade, seja exigida forma mais

solene do que a forma escrita. Excetuam-se, também, as sociedades

anónimas europeias. A empresa Online pode ser criada por qualquer

interessado, desde que possua uma assinatura eletrónica qualificada ou,

através de advogados, solicitadores ou notários que possuam certificado

digital.

O certificado digital é um documento eletrónico que liga os dados de

verificação de assinatura ao seu titular e confirma a identidade do mesmo.

Para ser qualificado, o certificado digital tem de ser emitido por uma

entidade certificadora credenciada. Este tipo de certificado, quando

utilizado para assinar um documento eletrónico equivale, para efeitos

legais, a uma assinatura manuscrita. Aos possuidores do Cartão do

Cidadão são facultados certificados digitais.

A Empresa Online permite:

• A constituição de empresas por via eletrónica, sem necessidade de

deslocações físicas;

• A criação de empresas de forma rápida. Prevê-se que o registo da

sociedade seja imediato ou se realize no prazo máximo de dois dias

úteis após o pagamento dos encargos, consoante o pacto social

adotado tenha resultado de uma escolha de entre os pactos pré-

aprovados ou do envio de um pacto elaborado pelos interessados;

• A criação de empresas de forma menos onerosa, pois o custo será

inferior ao da constituição de sociedades comerciais pela via

tradicional.

• A obtenção automática de um registo de domínio.pt na Internet, a

partir da firma escolhida, atribuído pela Fundação para a

Computação Científica Nacional (FCCN);

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• A adesão online a centros de arbitragem;

• A entrega desmaterializada da declaração de início de atividade nas

finanças.

Seis passos para criar uma empresa Online:

1º Aceder ao site www.portaldaempresa.pt;

2º Escolher a firma da sociedade comercial. Estão disponíveis três

possibilidades:

• A opção por uma firma pré-aprovada como na modalidade Empresa

na Hora;

• A obtenção de uma firma admissível escolhida pelos interessados

por via exclusivamente eletrónica;

• O envio de um Certificado de Admissibilidade de firma previamente

obtido através de um meio não eletrónico.

3º Indicar os dados de identificação dos sócios;

4º Escolher o pacto social. Aqui existem duas opções:

• A escolha de um pacto social ou ato constitutivo de modelo

aprovado por despacho do Diretor-geral dos Registos e Notariado

ou

• A apresentação do pedido com envio de pacto ou ato constitutivo

elaborado e submetido pelos interessados.

5º Enviar, através do site, os documentos que se mostrem necessários;

6º Pagar por via eletrónica:

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• €180 se o pacto escolhido for de modelo pré-aprovado, ou €120

caso haja redução(1);

• €380 se o pacto tiver sido elaborado pelos sócios, ou 320€ caso

haja redução(1);

(1) Há uma redução de €60 se a atividade da sociedade for informática ou

de investigação e desenvolvimento. Mais tarde, os serviços acusam a

receção do pedido e enviam um comprovativo por e-mail, registam o

pedido e avisam que a sociedade foi constituída, enviando um e-mail e uma

mensagem SMSe enviam por correio uma certidão do registo da sociedade

e o cartão de pessoa coletiva.

4.Formas Jurídicas de uma Empresa

Por que razão devo ter em atenção a forma

jurídica na constituição de uma empresa?

Na criação de uma empresa a escolha da forma

jurídica da sociedade tem implicações tanto para

o empresário como para o futuro empreendimento.

A opção por um determinado estatuto jurídico, deve ser tomada de modo

a valorizar os pontos fortes da futura empresa tendo, no entanto, em

atenção as características que melhor se adaptem às expectativas de

desenvolvimento.

A opção por qualquer uma das formas jurídicas de sociedade deve ter em

conta três aspetos:

• Património que pretende afetar à sociedade;

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• A responsabilidade por dívidas sociais, nomeadamente pelo

património pessoal ou património da sociedade;

• E, ainda, se pretende exercer a atividade sozinho ou com outros

sócios.

Quais as principais formas jurídicas existentes?

Se optar por desenvolver a empresa sozinho poderá fazê-lo tendo em

atenção duas hipóteses:

• Ser um Empresário em Nome Individual;

• Constituir uma Sociedade Unipessoal por Quotas.

Se por outro lado, optar por criar uma sociedade, formada por mais de

um sócio, poderá fazê-lo assumindo uma das duas formas jurídicas abaixo

indicadas:

• Sociedade por quotas;

• Sociedade Anónima.

4.1.Empresário em Nome Individual

A empresa que tem o estatuto jurídico de

Empresário em Nome Individual é titulada

por uma única pessoa que pode desenvolver

a sua atividade em setores como o

comercial, industrial, de serviços ou agrícola.

A responsabilidade do empresário confunde-se

com a responsabilidade da sua empresa.

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O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no

exercício da sua atividade perante os seus credores, com todos os bens

pessoais que integram o seu património (casas, automóveis, terrenos, etc.)

e os do seu cônjuge (se for casado num regime de comunhão de bens). O

inverso também acontece, ou seja, o património afeto à exploração

também responde pelas dívidas pessoais do empresário e do cônjuge. A

responsabilidade é, portanto, ilimitada nos dois sentidos.

Para iniciar a sua atividade, o empresário necessita de se inscrever na

Repartição de Finanças da sua área de residência. A firma que matricular

será constituída pelo nome civil completo ou abreviado do empresário

individual e poderá, ou não, incluir uma expressão alusiva ao seu negócio ou

à forma como pretende divulgar a sua empresa no meio empresarial.

Cada indivíduo apenas pode deter uma firma. Se tiver adquirido a empresa

por sucessão, poderá acrescentar a expressão “Sucessor de” ou “Herdeiro

de”. O Empresário em Nome Individual não é obrigado a ter um capital

mínimo para iniciar a sua atividade. As empresas juridicamente definidas

como “Empresário em Nome Individual” também não necessitam de

contrato social.

Vantagens:

• Controlo absoluto do proprietário único sobre todos os aspetos do

seu negócio;

• A possibilidade de redução dos custos fiscais. Nas empresas

individuais, a declaração fiscal do empresário é única e inclui os

resultados da empresa. Assim, caso registe prejuízos, o

empresário pode englobá-los na matéria coletável de IRS no próprio

exercício económico a que dizem respeito;

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• A simplicidade, quer na constituição, quer no encerramento, não

estando obrigado a passar pelos trâmites legais de uma sociedade

comercial.

• O empresário individual não está obrigado a realizar o capital social.

Desvantagens:

• Risco associado à afetação de todo o património do empresário,

cônjuge incluído, às dívidas da empresa.

• Dificuldade em obter fundos, seja capital ou dívida, dado que o risco

de crédito está concentrado num só indivíduo.

• O empresário está inteiramente por sua conta, não tendo com

quem partilhar riscos e experiências.

Recomendação:

A criação de uma empresa em nome individual é, sobretudo, indicada para

negócios que exijam investimentos reduzidos (logo não exigem grandes

necessidades de financiamento).

4.2.Sociedades Unipessoais por Quotas

Nas Sociedades Unipessoais por Quotas a

direção e a responsabilidade são assumidas

por uma só pessoa, o titular da totalidade do

capital social, cujo montante é livremente

fixado pelos sócios não podendo ser inferior

a1€. Em caso de dívida, os credores recebem

apenas os bens que constituírem o património social. O nome

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da firma destas sociedades deve ser formado pela expressão “Sociedade

Unipessoal” ou pela palavra “Unipessoal” antes da palavra “Limitada” ou da

abreviatura “Lda.”. As vantagens e desvantagens das empresas

unipessoais, quando comparadas com as sociedades comerciais coletivas,

são semelhantes às da empresa individual. Logo, a comparação mais útil

será entre os dois tipos de empresas em que o titular é único.

Vantagens:

• A responsabilidade do proprietário resume-se ao capital social, ou

seja, o seu património não responde pelas dívidas contraídas no

exercício da atividade da empresa (que possui um património

autónomo);

• O controlo sobre a atividade da empresa é igual ao da empresa

individual, uma vez que existe apenas um proprietário.

Desvantagens:

• Maior complexidade na constituição da sociedade, uma vez que esta

deve obedecer aos mesmos requisitos que qualquer sociedade

comercial;

• Impossibilidade de obter determinadas vantagens fiscais,

resultantes do englobamento dos resultados da empresa na

matéria coletável de IRS;

• A constituição de sociedades unipessoais exige a realização, em

dinheiro ou em bens avaliáveis em dinheiro, do capital social, ainda

que essa realização possa ser diferida no tempo.

Recomendação:

Esta figura jurídica é mais aconselhável para negócios em que o

investimento necessário é reduzido, à semelhança do que acontece com as

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empresas individuais. Assim, a escolha entre uma e outra figura

dependerá do risco de negócio (a sociedade unipessoal é aconselhável para

negócios de maior risco, pois o património do empresário não responde

pelas dívidas da empresa) e da existência ou não de economias fiscais

resultantes do não pagamento de IRC em detrimento do pagamento de

IRS.

4.3.Sociedade por Quotas

A principal caraterística das sociedades por

quotas advém do facto de o seu capital estar

dividido em quotas e os sócios serem

solidariamente responsáveis apenas pelas

entradas convencionadas no contrato social.

• O número

mínimo de sócios de uma sociedade por

quotas é de dois.

• O montante de capital social é livremente fixado no contrato da

sociedade, correspondendo à soma das quotas subscritas pelos

sócios. Cada quota tem um valor nominal mínimo de 1 €.

• A gestão das sociedades por quotas é exercida por uma ou mais

pessoas singulares, designadas de Gerentes, não sendo obrigatório

que os mesmos sejam sócios da sociedade;

• Caso tal se encontre previsto nos estatutos da sociedade, a

Assembleia-geral pode proceder à eleição do Órgão de Fiscalização;

• O Código Comercial dispõe que, no mínimo, 5% do resultado líquido

do exercício, caso o mesmo seja positivo, deve ser afeto à

constituição ou reforço da Reserva Legal. Esta obrigação cessa

quando o fundo em questão represente, pelo menos, 20% do

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capital social. A Reserva Legal apenas pode ser utilizada para

aumentar o capital ou absorver prejuízos;

A lei não admite sócios de indústria (que entrem com o seu trabalho).

Todos têm que entrar com dinheiro, ou com bens avaliáveis em dinheiro. O

montante do capital social é livremente fixado no contrato da sociedade,

correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios. Os sócios

devem declarar no ato constitutivo, sob sua responsabilidade, que já

procederam à entrega do valor das suas entradas ou que se

comprometem a entregar até ao final do 1º exercício económico.

A responsabilidade dos sócios tem uma dupla caraterística: é limitada e

solidária; é limitada porque está circunscrita ao valor do capital social.

Quer isto dizer que, por eventuais dívidas da sociedade, apenas responde o

património da empresa e não o dos sócios; é solidária na medida em que,

no caso do capital social não ser integralmente realizado aquando da

celebração do pacto social, os sócios são responsáveis entre si pela

realização integral de todas as entradas convencionadas no contrato social

(mesmo que um dos sócios não cumpra com a sua parte).

A empresa pode ser composta pelo nome ou firma de algum ou de todos

os sócios, por uma denominação particular ou uma reunião dos dois. Em

qualquer dos casos, tem que ser seguida do aditamento obrigatório

“Limitada” por extenso ou abreviado “Lda.”

Vantagens:

• A responsabilidade dos sócios é limitada aos bens afetos à

empresa, havendo uma separação clara do património da empresa.

Logo, o risco pessoal é menor;

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• A existência de mais do que um sócio pode garantir uma maior

diversidade de experiências e conhecimentos nos órgãos de decisão

da empresa;

• Há maior probabilidade de se garantir os fundos necessários, pois

podem ser mais pessoas a entrarem no capital da empresa e o

crédito bancário tende a ser mais fácil.

Desvantagens:

• Um sócio pode ser chamado a responder perante os credores pela

totalidade do capital.

• O empresário não tem o controlo absoluto pelo governo da

sociedade, já que existe mais do que um proprietário.

• As sociedades por quotas são mais difíceis de constituir e dissolver

por imperativos formais de caráter legal e, sobretudo, pela

necessidade de acordo entre os sócios.

• Os sócios não podem imputar eventuais prejuízos do seu negócio

na declaração de IRS (os resultados das sociedades são,

obviamente, tributados em sede de IRC).

• É obrigatória a entrada dos sócios com dinheiro ou, pelo menos,

com bens avaliáveis em dinheiro.

Recomendação:

Este tipo de sociedades é indicado para os empresários que queiram

partilhar o controlo e a gestão da empresa com um ou mais sócios,

nomeadamente quando não possuem todos os conhecimentos e

competências necessários à condução do negócio.

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4.4.Sociedades Anónimas

Nas sociedades anónimas o capital é dividido em

ações e cada sócio limita a sua

responsabilidade ao valor das ações que

subscreveu.

• O número mínimo de acionistas

aquando da constituição é de cinco, os quais

podem ser pessoas coletivas ou singulares.

Contudo é possível constituir uma sociedade

anónima com um único titular desde que o mesmo

seja uma sociedade;

• O valor nominal mínimo do capital é de €50.000, representado por

ações com igual valor nominal;

• Podem ser adotados dois modelos distintos relativamente à gestão

das sociedades anónimas, podendo a gestão ser exercida pelo

Conselho de Administração ou pelo Conselho Geral e Direção;

• A fiscalização da sociedade é da responsabilidade do respetivo

Órgão de Fiscalização, o qual pode assumir a figura de um Fiscal

Único ou de Conselho Fiscal; São sociedades de responsabilidade

limitada no rigoroso sentido do conceito, como tal os sócios limitam

a sua responsabilidade ao valor das ações por si subscritas. Assim,

os credores sociais só se podem fazer pagar pelos bens sociais. A

firma pode ser composta pelo nome (ou firma) de algum (ou de

todos) os sócios, por uma denominação particular ou uma reunião

dos dois. Em qualquer dos casos, tem que ser seguida do

aditamento obrigatório “Sociedade Anónima”, ou abreviado “S.A.”

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Vantagens:

• Existe uma maior facilidade na transmissão dos títulos

representativos da sociedade, seja por subscrição privada ou

pública.

• A responsabilidade dos sócios está confinada ao valor da sua

participação, não respondendo de forma solidária com os sócios

pelas dívidas da sociedade.

• A obtenção de montantes de capitais mais elevados é mais fácil,

seja pela via da emissão e venda de novas ações da empresa ou

através de financiamento bancário.

Desvantagens:

• Existe, em regra, uma maior diluição do controlo sobre a empresa.

Existem regras para a proteção dos acionistas minoritários, que

podem bloquear decisões importantes, como fusões e aquisições de

empresas.

• É uma forma de organização mais dispendiosa, pois requer

procedimentos burocráticos mais complexos ao nível da sua

constituição e dissolução.

• Se for cotada num mercado de capitais, a empresa está sujeita a

uma fiscalização rigorosa por parte das entidades reguladoras (em

Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários – CMVM) e

do próprio mercado em geral.

Recomendação:

A sociedade anónima é, sobretudo, indicada para empresas com volumes

de negócios de alguma dimensão que necessitam garantir financiamentos

(seja através do crédito bancário, seja da entrada de novos acionistas) de

alguma envergadura para crescer.

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Que outras formas de organização empresarial existem?

Para além das formas jurídicas indicadas acima existem ainda outras,

menos usuais, a saber:

Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada, trata-se de

uma empresa constituída por uma pessoa singular que pretenda exercer

uma atividade comercial.

Neste tipo de negócio há uma separação entre os bens afetos ao indivíduo

e os que estão afetos à empresa. Para garantir que o património do

Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada está apenas afeto

ao fim respetivo, existem determinados mecanismos de controlo,

designadamente:

• O capital inicial não pode ser inferior a cinco mil euros, podendo ser

realizado no mínimo em 2/3 (€3.333,33) com dinheiro e o restante

em objetos suscetíveis de penhora. A parte do capital em

numerário deverá, deduzido o montante dos impostos e taxas pela

constituição do estabelecimento, encontrar-se depositada em conta

especial que só poderá ser movimentada após o registo definitivo

do estabelecimento.

• A constituição de um Estabelecimento Individual de

Responsabilidade Limitada não carece de celebração de Escritura

Pública, sendo apenas obrigatório o Registo Comercial e a respetiva

publicação em Diário da República.

Sociedades em nome coletivo, neste caso, os sócios respondem de uma

forma ilimitada e subsidiária perante a empresa e solidariamente, entre si,

perante os credores. O número mínimo de sócios é de dois e podem ser

admitidos sócios de indústria. A firma-nome deve ser composta pelo nome

(completo ou abreviado), o apelido, ou a firma (de todos, alguns ou, pelo

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menos, de um dos sócios), seguido do aditamento obrigatório “e Companhia”

(ou abreviado e “Cia.”), ou qualquer outro nome que indicie a existência de

mais sócios (como, por exemplo, “e Irmãos”, por extenso ou abreviado).

As sociedades em comanditasão de responsabilidade mista pois reúnem

sócios cuja responsabilidade é limitada (comanditários) que contribuem

com o capital, e sócios de responsabilidade ilimitada e solidária entre si

(comanditados) que contribuem com bens ou serviços e assumem a gestão

e a direção efetiva da sociedade. Na sociedade em comandita simples o

número mínimo de sócios é dois. A sociedade em comandita por ações

deve constituir-se com o número mínimo de cinco sócios comanditários e

um comanditado. Deve adotar uma firma composta pelo nome (completo

ou abreviado), ou a firma, de pelo menos um dos sócios de responsabilidade

ilimitada. É obrigatório o aditamento “em Comandita” ou “& Comandita”,

para as sociedades em comandita simples e o aditamento obrigatório “em

Comandita por Ações” ou “& Comandita por Ações”, para as sociedades em

comandita por ações.

Nas Sociedades em Comandita cada um dos sócios comanditários

responde apenas pela sua entrada. Os sócios comanditados respondem

pelas dívidas da sociedade nos mesmos termos que a Sociedade em Nome

Coletivo.

4.5.Cooperativas

O que são?

As cooperativas são pessoas coletivas

autónomas, de livre constituição, de capital e

composição variáveis, que, através da

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cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência aos princípios

cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e

aspirações económicas, sociais ou culturais daqueles. As cooperativas, na

prossecução dos seus objetivos, podem realizar operações com terceiros,

sem prejuízo de eventuais limites fixados pelas leis próprias de cada ramo.

O Código Cooperativo prevê como ramos do sector cooperativo: o

consumo, a comercialização, a agricultura, o crédito, a habitação e

construção, a produção operária, o artesanato, as pescas, a cultura, os

serviços, o ensino e a solidariedade social.

A função desempenhada pelas cooperativas assume um especial relevo que

é reforçado pela dignidade constitucional que lhe é conferida.

Como pode ser constituída uma cooperativa?

• Instrumento particular (forma geral)

• Escritura pública

Constituição de Cooperativas por Instrumento Particular

Esta é a forma de constituição geral.

Como proceder?

Requerer Certificado de Admissibilidade de denominação/NIPC –

número de identificação coletiva, no Registo Nacional de Pessoas

Coletivas (RNPC). O objeto social a figurar no modelo 11-RNPC deve ser

o mesmo dos estatutos.

Assembleia de Fundadores

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Os interessados na constituição da cooperativa reunir-se-ão em

Assembleia de Fundadores onde elegerão o Presidente que

estabelecerá as regras de funcionamento e fará as convocatórias

subsequentes. A Assembleia de Fundadores terá de ser composta, no

mínimo, por 5 pessoas. As resoluções tomadas na Assembleia de

Fundadores deverão ser inscritas na Ata da Assembleia de

Fundadores.

Onde é feito o Registo?

O registo é feito na Conservatória do Registo Comercial.

Deve preencher o impresso próprio para o registo, obtido na

Conservatória do Registo Comercial e juntar a seguinte documentação:

• Originais da Ata da Assembleia de Fundadores e dos Estatutos;

• Certificado de admissibilidade de denominação / NIPC – número

de identificação coletiva.

Constituição de Cooperativas por Escritura Pública

Esta forma de constituição é obrigatória nos casos em que exista

transmissão dos bens que representem o capital social inicial da

cooperativa.

Como proceder?

Requerer Certificado de Admissibilidade de denominação / NIPC –

número de identificação coletiva, no Registo Nacional de Pessoas

Coletivas (RNPC). O objeto social a figurar no modelo 11-RNPC deve

ser o mesmo dos estatutos. Deverá ainda requerer, em simultâneo e

no mesmo local, RNPC, o Número de Identificação da Pessoa Coletiva

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(NIPC). A Escritura Pública é feita nos Cartórios Notariais e são

necessários os seguintes documentos:

• Certificado de Admissibilidade de denominação;

• Ata da reunião de Assembleia de Fundadores em que estes são

identificados, pelo menos 5, e são eleitos titulares dos Cargos

Sociais para o primeiro mandato;

• Os estatutos.

Onde é feito o Registo?

O registo é feito na Conservatória do Registo Comercial. Deve

preencher o impresso próprio para o registo, obtido na Conservatória

do Registo Comercial e juntar a documentação seguinte:

• Originais da Ata da Assembleia de Fundadores e dos Estatutos;

• Certificado de admissibilidade de denominação;

• Cartão provisório de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC).

Quais os atos obrigatórios na constituição de Cooperativas?

A constituição de uma cooperativa obriga a que este ato seja publicado na

página das publicações do sítio do Ministério da Justiça

(http://publicacoes.mj.pt).

A Declaração do início de atividade deve ser efetuada na DGCI (Direção

Geral dos Impostos) por via oral, eletrónica, ou em impresso próprio, no

prazo de 15 dias após a apresentação do registo.

A inscrição na Segurança Social da cooperativa e dos membros dos órgãos

sociais deve ser efetuada no prazo de 10 dias após o início da atividade.

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A fim de se proceder à emissão da credencial as cooperativas devem

enviar à Direção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade, de

acordo com um protocolo estabelecido entre a Secretaria Regional da

Economia e o INSCOOP(Instituto António Sérgio do Setor Cooperativo),

duplicado dos seguintes documentos:

• Escritura pública da constituição, integrando os Estatutos ou Ata

da Assembleia de Fundadores, bem como os Estatutos;

• Declaração de Inicio de Atividade;

• Cartão de Identificação de Pessoa Coletiva válido;

• Nota do Registo Definitivo, emitida pela Conservatória do Registo

Comercial.

5.Financiamento

Segundo o GEM (2010), em matéria de apoio

financeiro, os especialistas nacionais tendem a

considerar que este não é suficiente nem

insuficiente. Neste contexto, o indicador

mais favorável prende-se com a

disponibilidade de subsídios governamentais,

considerado, pelos especialistas, um dos

principais fatores para o fomento da

atividade empreendedora em Portugal.”

Segundo Sarkar (2010), as razões apontadas pelos

especialistas nacionais para explicar o fraco apoio financeiro ao

empreendedorismo em Portugal são a fraca disseminação de informação a

potenciais investidores e o elevado nível burocrático, que retarda o

processo para a utilização dos fundos disponíveis.

O capital que se necessita para financiar o projeto é, por norma, sempre

escasso em relação aos fins a que se pretende que sejam afetos. Desta

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forma, tendo em consideração a fase em que se encontre determinada

empresa existem modos e fontes distintas de financiamento. Não

obstante, para Ferreira, Santos e Serra (Ferreira et al., 2008) as fontes

de financiamento mais utilizadas para iniciar uma empresa, são: as

poupanças do próprio empreendedor; empréstimos da família e amigos;

capital de outros investidores; bancos e sociedades locadoras; e sociedades

de capital de risco.

5.1. Recursos financeiros próprios do empreendedor

Os recursos financeiros próprios, na sua

grande maioria, têm origem em poupanças

pessoais, atividades profissionais paralelas ao

projeto empresarial e de bens próprios –

Esta fonte de financiamento deverá ser

utilizada com particular cuidado pelo

empreendedor de forma a não pôr em causa o

património pessoal e o seu bem-estar; pode não ter custos associados; e é

essencial para obter financiamento externo, uma vez que traduz o

compromisso do empreendedor com o seu projeto (Ferreira et al., 2008).

Todos os empreendedores usam alguma quantidade de recursos

financeiros próprios para iniciar a nova empresa. Estes recursos são

necessários para iniciar a atividade e são também um garante, perante

investidores externos, de que o empreendedor está empenhado no

sucesso, trabalhando e resolvendo eventuais problemas que surjam,

comprometendo o seu tempo e esforço.

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5.2. Família e Amigos

A família e os amigos do empreendedor, sendo

aqueles que à partida o conhecem melhor,

são um recurso frequente para reunir o

capital necessário, quer sejam capitais a

longo ou a mais curto prazo.

Estas pessoas poderão investir pela sua

relação com o empreendedor, na medida que

esta relação pessoal ajuda a transmitir confiança e a ultrapassar a

incerteza nas capacidades e qualidades do empreendedor.

No entanto, tipicamente, estas fontes de financiamento apenas conseguem

fornecer pequenos montantes de capital, sendo por isso adequadas para

pequenos novos negócios (Ferreira et al., 2008).

5.3.Outros Investidores Privados – Business Angels

Os empreendedores podem, também, recorrer a

outros investidores privados. Estes investidores,

geralmente, ficam com a posse de parte da

propriedade da empresa e podem envolver-se na

gestão quotidiana e/ou na definição da estratégia

da nova empresa. O nível de envolvimento destes

investidores privados depende do montante de capital com que participam,

da sua vontade e da sua competência. A maioria dos investidores estará

provavelmente mais interessado em recuperar o seu capital e obter um

bom retorno para o seu investimento (Ferreira et al., 2008).

Este tipo de investidor pode ser qualquer pessoa desde que tenha dinheiro

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disponível e esteja disposto a investir. Um exemplo deste investidor são os

business angels.

De acordo com a Associação Portuguesa de Business Angels (APBA), um

Business Angel é um investidor que realiza investimentos em

oportunidades emergentes (tipo start-up ou early stage). Participa em

projetos com smart money, isto é, para além de aportar capacidade

financeira, também contribui com a sua experiência e network de

negócios. Os Business Angels possuem uma série de caraterísticas em

comum, como sejam, a realização de investimentos que normalmente

variam entre os 25 000 e 500 000 euros; gostam de exercer a sua

capacidade de mentoring dos projetos; procuram, não só um elevado

retorno nos projetos em que investem, mas também novos desafios, de

preferência no seu país ou região (Ferreira et al., 2008).

5.4. A Banca Comercial

Numa fase inicial, quando o empreendedor

pretende começar a nova empresa é difícil

conseguir capital junto da banca. Os bancos,

com toda a sua prudência (ou

conservadorismo), preferem emprestar

dinheiro a empresas já estabelecidas e com

uma reputação firmada, dado que estas

aparentam ter menor risco. Os

empreendedores podem, porém, recorrer à banca

comercial para obter diferentes tipos de empréstimos, com diferentes

durações, designadamente de curto, médio e longo prazo(Ferreira et al.,

2008).

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5.5. Microcrédito

O microcrédito tem como objetivo financiar

projetos de micro-empreendedores (...) e

combater a pobreza e o desemprego,

permitindo a criação de autoemprego e/ou

negócio próprio e impulsionar a inclusão

social.

Para que o seja tem que, adicionalmente,

respeitar os seguintes pressupostos:

a) Quanto aos destinatários: pessoas que não têm acesso ao

crédito bancário normal e desejam realizar umpequeno

investimento, através do qual pretendem criar o seu próprio

emprego;

b) A iniciativa de investimento tem virtualidades para se poder vir

a transformar numa atividade sustentável, capaz de gerar um

excedente de rendimento e garantir, o reembolso do capital

emprestado.

Assim, o microcrédito pode ser definido como um financiamento de

montante reduzido, dirigido a pessoas que pretendem criar um negócio de

dimensão reduzida e que, dada a sua situação de exclusão económica e

social, não têm acesso ao crédito bancário(Ferreira et al., 2008).

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5.6.Os Subsídios

O empreendedor às vezes pode obter recursos fornecidos pelo governo

para desenvolver e lançar uma ideia inovadora, ou

uma nova empresa que crie postos de

trabalho e contribua para o

desenvolvimento económico local. Cada

instituição tem os seus próprios critérios

sobre quais as áreas de atividade que

apoiará. Cada instituição tem,

cumulativamente, as suas exigências específicas

quanto ao modelo de apresentação do plano de negócios. O empreendedor

deve apresentar a sua proposta diretamente à instituição a que recorre,

mas antes deve informar-se sobre todos os pormenores necessários a

essa candidatura (Ferreira et. al 2008).

A nível europeu, a União Europeia (UE) apoia as pequenas e médias

empresas (PME) através de diversas medidas financeiras, tais como

subvenções, empréstimos e garantias. Esses apoios são disponibilizados

diretamente ou através dos fundos estruturais da UE e geridos a nível

nacional. Normalmente, para aceder a este tipo de financiamento da UE, as

PME têm que concorrer aos respetivos programas, apresentando projetos

sustentáveis e com valor acrescentado.

A UE também disponibiliza às PME diversas medidas de assistência não

financeira, designadamente, programas e serviços de apoio. Importa

referir, que a gestão dos programas e a seleção dos projetos são

realizados a nível nacional ou regional.

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Exemplos de programas de apoio da UE:

• JEREMIE (Recursos Europeus Comuns para as Micro e as Médias

Empresas)

• Fundo Social Europeu (FSE)

• Instrumento Europeu de Microfinanciamento «Progress»

Programas de apoio do governo:

• Portugal 2020

O que é o Portugal 2020?

Trata-se do ACORDO DE PARCERIA adotado entre Portugal e a Comissão

Europeia, que reúne a atuação dos 5 Fundos Europeus Estruturais e de

Investimento - FEDER, Fundo de Coesão, FSE, FEADER e FEAMP - no qual se

definem os princípios de programação que consagram a política de

desenvolvimento económico, social e territorial para promover, em

Portugal, entre 2014 e 2020.

Estes princípios de programação estão alinhados com o Crescimento

Inteligente, Sustentável e Inclusivo, prosseguindo a ESTRATÉGIA EUROPA

2020.

Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020, para tal definiu os

Objetivos Temáticos para estimular o crescimento e a criação de

Emprego, as intervenções necessárias para os concretizar e as

realizações e os resultados esperados com estes financiamentos.

Estímulo à produção de bens e serviços transacionáveis; Incremento das

exportações; Transferência de resultados do sistema científico para o

tecido produtivo; Cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18

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anos; Redução dos níveis de abandono escolar precoce; Integração das

pessoas em risco de pobreza e combate à exclusão social; Promoção do

desenvolvimento sustentável, numa óptica de eficiência no uso dos

recursos; Reforço da coesão territorial, particularmente nas cidades e em

zonas de baixa densidade; Racionalização, modernização e capacitação da

Administração Pública, são os principais objetivos das poliíticas a

prosseguir no Portugal2020.

Merece ainda destaque a Estratégia de Investigação e Inovação de

Portugal para uma Especialização Inteligente nas suas

componentes NACIONAL e REGIONAIS: NORTE | CENTRO | LISBOA | ALENTEJ

O | ALGARVE | AÇORES | MADEIRA - aprovada a 23 de dezembro de

2014, que identifica as grandes apostas estratégicas inteligentes, que são

temas com especialização científica, tecnológica e económica, nos quais

Portugal e as suas regiões detêm vantagens comparativas e competitivas

ou que revelaram potencial de emergir como tais. O alinhamento com

essas estratégias constitui obrigatoriedade na concretização dos

investimentos do Portugal 2020 em Investigação, Desenvolvimento

tecnológico e Inovação (OT 1) e prioridade noutros casos, como por

exemplo, no âmbito dos apoios à competitividade das PME (OT 3).

5.7. O Capital de Risco

Apesar de ser muito incipiente a oferta de

capital de risco (CR) em Portugal, há já

algumas experiências de empreendedorismo

que foram viabilizadas por capitais de risco,

pelo que é importante entender em que

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consiste o CR.

Em Portugal, a cultura empresarial tende a privilegiar o endividamento

(financiamento através do crédito) e não o recurso ao CR. Esta tendência é

ainda mais saliente nas pequenas empresas familiares onde o controlo

integral do capital é preferido a qualquer forma de parceria.

Segundo o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação

(IAPMEI), o capital de risco é uma forma de financiamento da atividade

empresarial, através de capitais próprios, com um horizonte de médio e

longo prazo, mediante a entrada de um sócio, normalmente minoritário,

mas empenhado no sucesso da empresa que, por isso, acompanhará de

forma ativa, vocacionada para o apoio da empresa, sem acesso ao mercado

de capitais, com relevo para as PME.

Assim, a atividade de capital de risco permite reunir capitais próprios

para o financiamento de pequenas e médias empresas (PME), ou novas

ideias/oportunidades de negócio, quando estas não têm acesso ao mercado

de capitais. Ao disponibilizar fundos, uma Sociedade de Capital de Risco

(SCR) torna-se sócia ou acionista da empresa financiada, participando

diretamente no risco dos negócios da empresa.

Em suma, o empreendedor deve tomar conhecimento de todas as fontes

de financiamento que tem à sua disposição, pesquisar dentro de todas as

hipóteses aquela que se adapta melhor ao contexto do investimento, por

forma a decidir como vai financiar o seu projeto empresarial, sendo, que,

cada projeto empresarial tem a sua especificidade em termos do

montante de investimento e das necessidades de financiamento.

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A Sociedade Portuguesa de Empreendedorismo (SPE) refere que, de acordo

com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a larga maioria dos

empresários financia o arranque da empresa recorrendo a poupanças

pessoais (em quase 90% das empresas isso acontece). Apenas uma

minoria de empresas utiliza empréstimos bancários com garantia (16%),

sendo o auxílio financeiro de familiares e amigos o terceiro recurso mais

usado (13%). Menos de 1% das empresas usa capital de risco.

6.Inovação

A inovação, em sentido amplo, está no

coração da mudança económica.

Tipicamente, a inovação é associada à busca

de vantagens de custos, ao estabelecimento

de uma posição de monopólio, à defesa de

uma posição competitiva, ou à obtenção de

vantagens comparativas.

Mais recentemente, generalizou-se a ideia de que a

diferenciação através da inovação contínua é uma questão de

sobrevivência, para melhorar produtos, processos, serviços, redes e

reputação, e desenvolver competências nucleares e melhorias de

performance críticas para o sucesso. A inovação é entendida, hoje em dia,

como um conceito multidimensional, de natureza estratégica, que vai para

além da inovação tecnológica.

Uma empresa pode desenvolver vários tipos de iniciativas de inovação, e

existem diversas formas de trazer a novidade para o interior da empresa.

O domínio e boa gestão do processo de desenvolvimento de novos produtos

assumem um papel determinante para as empresas empenhadas na

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inovação do produto, e conhecer os fatores críticos de êxito/insucesso

deste processo é determinante para potenciar as competências internas

e antecipar os problemas mais comuns.

A inovação na empresa

O que é a inovação? Porque inovam as empresas? Como?

A inovação, no seu sentido mais lato, está no centro da mudança

económica. De acordo com Schumpeter (1944), o criador do conceito da

"destruição criativa", as inovações “radicais” definem as grandes mudanças

no mundo, enquanto as inovações “incrementais” asseguram o processo de

mudança continuamente. Este autor propõe uma lista de diversos tipos de

inovação:

• Introdução de um produto novo ou uma alteração qualitativa num

produto existente;

• Introdução de novos processos;

• A abertura de um novo mercado;

• Desenvolvimento de novas fontes de fornecimento de matérias-

primas ou de outros inputs;

• Alterações na organização industrial.

As empresas inovam para defender a sua posição competitiva e também

para obter vantagens comparativas. Uma organização pode assumir uma

postura reativa face à concorrência e inovar com o objetivo de não perder

quota de mercado face a um concorrente inovador. Ou então, pode

assumir uma postura proactiva para ganhar uma melhor posição

estratégica face aos seus concorrentes, por exemplo tentando

desenvolver e depois impor standards técnicos mais exigentes para os

produtos.

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Mais recentemente, outro tipo de argumentos são apresentados para

explicar a necessidade de inovar. A economia transformou-se

muitorapidamente num mercado global, caraterizado pela competição

feroz, exigências crescentes dos consumidores e pela necessidade de

produtos e serviços com valor acrescentado. A única forma de sobreviver

nesta economia baseada no conhecimento é por diferenciação através da

inovação contínua, para melhorar produtos, processos, serviços, redes e

reputação. A inovação é o mecanismo através do qual as organizações

podem estabelecer competências nucleares e traduzi-las em melhorias de

performance críticas para o seu sucesso.

As mudanças na natureza da inovação colocam novos desafios às

empresas e tornam cada vez mais difícil o processo de desenvolvimento de

novos produtos de êxito:

• O aumento da concorrência originou uma fragmentação

progressiva dos mercados, que obriga as empresas a concentrar-

se em segmentos de mercado cada vez mais específicos;

• Os mercados são cada vez mais orientados para os consumidores,

que exigem personalização, qualidade e preços baixos, o que força

as companhias a gerir o dilema “ personalização vs. Massificação”;

• Os novos produtos têm de cumprir constrangimentos sociais e

regulamentares cada vez mais exigentes, como sejam standards

de qualidade, segurança, ou ambientais.

7.Criatividade

O processo de identificação de

oportunidades para inovação depende da

criatividade e do conhecimento do

empreendedor.

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A criatividade é, assim, a condição necessária para a inovação. Representa

a capacidade humana de construir soluções inteligentes e agradáveis para

problemas em qualquer área do conhecimento.

O ato de criar está associado à ideia de algo novo, algo que nunca existiu

antes. Criar, portanto, poderia ser visto como um facto inédito,

surpreendente e original, que possibilita a construção de novos conceitos

ou a destruição e substituição de conceitos já estabelecidos. Criar é ver

antes dos outros e fazer ver aos outros o segredo da descoberta.

A capacidade de criar tem origem na aparente contradição entre a

racionalidade e a emoção, o concreto e oimaginário, o consciente e o

inconsciente. O comportamento criativo representa o uso intensivo das

fontes interiores de criação num processo contínuo de aprendizagem,

colaboração e integração, para desenvolvimento e validação de ideias ou

soluções.

A criatividade está no âmago dos empreendimentos pessoais e

organizacionais, esta relacionada como processo de descoberta de

oportunidades e com a elaboração de alternativas para decisão. O

processo empreendedor exige criatividade não apenas para gerar ideias,

mas, também, para implementar as que são geradas, transformando-as

em oportunidades efetivas.

Baron (2007) reconhece três processos-chave do empreendedorismo,

nomeadamente: a geração da ideia – produção de ideias para algo novo;

acriatividade –geração de ideias potencialmente úteis; e o reconhecimento

de oportunidades – processo pelo qual empreendedores concluem que

identificaram o potencial para criar algo novo com capacidade de gerar

valor económico”. Para o autor, a criatividade pode ser entendida como um

processo, criterioso e seletivo, que exclui a fantasia através de uma

avaliaçãocrítica do potencial de utilidade das ideias. A criatividade

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empreendedora apresenta-se como um processo mental complexo, a

princípio ilimitado, que promove a geração de ideias em dois níveis:

• Espontâneo – quando tudo que pode ser pensado de forma livre e

aceite;

• E crítico – quando as ideias são filtradas, selecionadas e

aproveitadas em combinações diferentes para resolução de

problemas. Este último nível representa a validação das ideias em

forma de produtos e/ou serviços.

Atualmente, devido à importância do tema para todos os setores de

negócios, um novo perfil profissional mais criativo e inovador e unânime nas

avaliações de desempenho profissional. Para a sociedade, de um modo

geral, a criatividade emerge como um valor positivo e já faz parte da

expetativa do cliente em relação ao desempenho de produtos ou à

prestação de serviços.

8. Áreas de Acolhimento a Empresas/Incubadoras e/ou outras estruturas de apoio na Região

Incubadora de Empresas de Alcobaça

A Câmara Municipal de Alcobaça inaugurou a 8 de junho de 2012, um novo

espaço de gestão municipal: o Parque de Negócios | Incubadora de

Parque de Negócios

Rua de Leiria, 2460-059 Alcobaça

(junto à Cooperativa Agrícola)

Tel: 262 598 020

E-mail: [email protected]

Facebook: facebook.com/Parquedenegociosdealcobaca

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Empresas de Alcobaça, localizado na Rua de Leiria (junto à Cooperativa), em

Alcobaça.

Trata-se de um equipamento de apoio ao tecido empresarial da maior

importância para o Município e Região Oeste, apoiando e promovendo o

desenvolvimento de ideias, projetos de negócio e empreendedorismo,

visando fomentar a criação de empresas inovadoras, relevantes para a

economia e dinamização do Concelho, geradoras de emprego e postos de

trabalho. Procura igualmente promover a qualidade, excelência e

competitividade das empresas do Concelho, apostando no diálogo

intergeracional e na educação para o empreendedorismo, bem como,

fazendo a necessária promoção do tecido empresarial local junto das

entidades públicas nacionais e europeias.

Incubadora de Empresas de Arruda dos Vinhos

O Invest Arruda propõe-se a desenvolver dinâmicas que promovam e

captem empresas e empreendedores para o concelho de Arruda dos

Vinhos, com forte componente criativa, inovadora e geradora de sinergias

entre os agentes económicos locais.O projeto tem objetivos de

desenvolvimento económico concelhio, apoio aos jovens, às empresas e

promoção do empreendedorismo e da iniciativa.

A incubadora de empresas e o espaço de cowork constituem, assim, um equipamento de apoio às empresas e empreendedores, proporcionando-lhes condições técnicas facilitadoras da sua instalação no Concelho, com o objetivo de modernizar, diversificar e ampliar o tecido empresarial e proporcionar a criação de postos de trabalho estáveis e qualificados.

Rua Heróis do Ultramar, n.º7 – 1.º

(Edifício BPI)

2630-112 Arruda dos Vinhos

Tel. 263 977 000 – 314

[email protected]

www.investarruda.pt

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Centro Incubador de Caldas da Rainha

A AIRO (Associação Empresarial da Região do Oeste), a CMCR (Câmara

Municipal de Caldas da Rainha) e a ANJE (Associação Nacional de Jovens

Empresários) com o intuito de promover o espírito empreendedor dos

jovens da região criam o Centro Incubador de Caldas da Rainha. São desta

forma criadas condições para o surgimento de novos projetos

empresariais, criativos e dinâmicos que promovam e revitalizem o

desenvolvimento sócio-económico da região.

O Centro tem como missão apoiar jovens com potencial empresarial para

o desenvolvimento de projetos, como visão, ser a médio prazo, um local de

sucessos para formação de empreendedores e de projetos/ideias

inovadoras e como destinatários os jovens finalistas e ou licenciados e os

residentes no distrito de Leiria.

Caldas Empreende

Apoio social na vertente de Empreendedorismo | Políticas Sociais de

(re)inserção profissional | Iniciativa de auto-emprego que privilegia o know-

how | Incentivos – instalações e custos fixos

AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste Avenida Infante D. Henrique nº2 Edifício do Centro Empresarial do Oeste 2500-218 Caldas da Rainha Tel: 262 841 505 | Fax: 262 834 705 | Tlm: 966 909 483 E-mail: [email protected] Website: www.airo.pt www.cm-caldas-rainha.pt

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DESTINATÁRIOS

Toda a população em geral, sendo o público prioritário:

- Pessoas em situação de desemprego;

- Dificuldade de acesso ao mercado de trabalho;

- Em risco ou situação de exclusão.

Óbidos Criativa

Óbidos escolheu a criatividade como eixo da sua estratégia de

desenvolvimento. A criatividade permite o nosso posicionamento global, sem

que para isso tenhamos que deixar de ser quem somos. Permite-nos

apostar nas pessoas, no seu talento e capacidades empreendedoras.

Procuramos pessoas que desafiam as contingências, imaginam o rumo e o

percorrem. As indústrias criativas são um meio privilegiado para a

concretização desta aposta. Áreas como a cultura, a comunicação, a

informática, a arquitectura, o design e a gastronomia integram uma

componente criativa preponderante, geradora de valor. A incubadora do

Parque Tecnológico de Óbidos oferece condições privilegiadas para a

instalação e acompanhamento de pequenas empresas, nestas áreas,

promovendo a sua inovação, crescimento e competitividade.

ABC – apoio de base à criatividade Parque Tecnológico de Óbidos Edifícios Centrais, Rua da Criatividade

2510-216 Óbidos

Tel.: 262955700

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Edifícios Centrais, Rua da Criatividade 2510-216 Óbidos

Tel.: 262955700 [email protected] (Marketing e Comunicação) [email protected] (Geral)

Parque Tecnológico de Óbidos

A instalação no Parque Tecnológico de Óbidos, para além do espaço, conta

com todos os seguintes serviços: internet, sala de reuniões, energia, front

office administrativo, sede social, comunicação (com imprensa, presença no

site do Parque, newsletter, redes sociais), segurança, estacionamento

(regime livre), copas, áreas comuns de utilização livre e horta comunitária

(parcela disponível da mesma dimensão da sala).

Startup Lourinhã

A Startup Lourinhã é um projeto da Câmara Municipal que visa apoiar o

lançamento e consolidação de ideias de negócios, dinamizar a economia do

concelho e ser umelo de ligação entre o tecido empresarial do município e

as ecolas.

O objetivo é apoiar os empreendedores nos seus negócios, através da

combinação de infraestruturas e serviços de apoio especializados em

diversas áreas. A Startup Lourinhã terá capacidade para receber 24

empresas de diferentes setores de atividade.

Startup Lourinhã

Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira

Rua João Luís de Moura nº 60

2530-157 Lourinhã

Tel: 261 410 138

Email: [email protected]

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Torres INOV-E

TORRES INOV-E é um programa orientado para o acolhimento de

propostas de negócios assentes em ideias novas e diferenciadoras ou

capazes de reinventar negócios já existentes, criada pela Associação

Estufa – Plataforma Cultural e pela Câmara Municipal de Torres Vedras.

O TORRES INOV-E faz uma clara aposta na Economia Baseada no

Conhecimento, isto é, numa economia pós-industrial em que o capital tem

base intelectual (capital humano), que a prazo se tornará numa nova

indústria estratégica da Região e contaminará positivamente o restante

tecido empresarial e a sua dinâmica, acrescentando competitividade ao

Concelho de Torres Vedras. Sustentado na Qualidade de Vida do concelho

(mar e campo), na sua proximidade geográfica à capital (apenas 30

minutos) e no facto de sermos o primeiro concelho a norte de Lisboa

contemplado no Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, o TORRES

INOV-E quer atrair e reter talentos na Região e potenciar e diversificar

os seus motores de desenvolvimento socioeconómico.

Tel: 261 310 418

E-mail: [email protected]

Website: www.torresinov-e.estufa.pt

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EPAT – Entidade Prestadora de Apoio Técnico - Região Oeste

A AIRO está credênciada pelo IEFP como Entidade Prestadora de Apoio

Técnico (EPAT), a actuar na Região do Oeste.

Destinatários do Apoio

Promotores que tenham dado início de actividade após Projeto aprovado no

âmbito do PAECPE, poderão usufruir do apoio gratuito prestado pela AIRO

(EPAT).O Apoio é prestado até ao 2º ano de atividade da empresa.

Objectivos da Intervenção

Apoiar a empresa na fase inicial. Procurar garantir a consolidação e o

sucesso do negócio reduzindo fragilidades que possam existir.

Tipo de Apoio Prestado pela AIRO (EPAT)

Consultoria e Formação à medida, realizadas em áreas de maior

necessidade do empresário; Implementação de processos simplificados e

atuais de gestão. Divulgação do negócio promovendo a procura de novos

mercados e clientes; Elaboração do plano de Marketing e sua

operacionalização.

AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste Avenida Infante D. Henrique nº2 Edifício do Centro Empresarial do Oeste 2500-218 Caldas da Rainha Tel: 262 841 505 | Fax: 262 834 705 | Tlm: 966 909 483 E-mail: [email protected]

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Programa SOU MAIS

O SOU MAIS é o Programa Nacional de Microcrédito, que facilita o acesso

ao crédito, através de um financiamento de pequeno montante, destinado

a apoiar a concretização de projetos cujo limite máximo de investimento é

de 20.000 €. Estes empréstimos têm carência de capital de dois anos e

um ano de carência de juros.

No âmbito do Protocolo entre a AIRO e a CASES – Cooperativa António

Sérgio para a Economia Social, a AIRO assume um papel de agente

facilitador, apoiando no desenvolvimento do Dossier de Negócio, e

encaminhamento para as devidas entidades.

Os destinatários são:Desempregados, inscritos no Centro de Emprego e

que não tenham recorrido a outros apoios do IEFP para criação do próprio

emprego. Empresas e Cooperativas que não tenham mais de 10

trabalhadores e cujo volume de negócios não seja superior a 500.000€.

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9. Os Parceiros do ROE – Rede Oeste Empreendedor

Coordenação e Gestão

Comunidade Intermunicipal do Oeste Avenida General Pedro Cardoso, n.º9

Apartado 811

2500-922 Caldas da Rainha

Tel.: (+351) 262 839 030

Fax: (+351) 262 839 031

Email: [email protected]

Apoio Técnico: Associação

Empresarial da Região Oeste

– AIRO

Avenida Infante D. Henrique nº2,

Edifício da Expoeste,

2500-218 Caldas da Rainha

Telefone: 262 841 505

Fax: 262 834 705

E-mail: [email protected]

www.airo.pt

Gabinetes Municipais de Apoio ao Empreendedor - GAE

Município de Alcobaça

Praça João de Deus

Ramos,

2461-501 Alcobaça

Telefone: 262 580

800

Fax: 262 580 850

E-mail: cmalcobaca@cm-

alcobaca.pt

www.cm-alcobaca.pt

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Município de Alenquer

Praça Luís de Camões,

2580-318 Alenquer

Telefone: 263 730

900

Fax: 263 711 504

E-mail: geral@cm-

alenquer.pt

www.cm-alenquer.pt

Município de Arruda

dos Vinhos

Largo Miguel Bombarda,

2630-112 Arruda dos

Vinhos

Telefone: 263 977

000

Fax: 263 976 586

E-mail: cm-arruda@cm-

arruda.pt

www.cm-arruda.pt

Município do Bombarral

Praça do Município,

2540 – 046 Bombarral

Telefone: 262 609 020 / 010

Fax: 262 609 041

E-mail: geral@cm-

bombarral.pt

www.cm-bombarral.pt

Município do Cadaval

Avenida Dr. Francisco Sá

Carneiro,

2550-103 – Cadaval

Telefone: 262 690

100 Fax: 262 695 270

E-mail: geral@cm-

cadaval.pt

www.cm-cadaval.pt

Município de Caldas da

Rainha

Praça 25 de Abril,

2500-110 Caldas da

Rainha

Telefone: 262 240 000

E-mail: geral@cm-caldas-

rainha.pt

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77

www.cm-caldas-rainha.pt

Município da Lourinhã

Praça José Máximo da

Costa,

2534-500 Lourinhã

Telefone: 261 410

100

Fax: 261 410 108

E-mail: geral@cm-

lourinha.pt

www.cm-lourinha.pt

Município da Nazaré

Avenida Vieira Guimarães

54,

2450-951 Nazaré

Telefone: 262 550

010

Fax: 262 550 019

E-mail: geral@cm-

nazare.pt

www.cm-nazare.pt

Município de Óbidos

Edifício dos Paços do

Concelho,

Largo de S. Pedro,

2510-086 Óbidos

Telefone: 262 955

500

Fax: 262 955 501

E-mail: geral@cm-

obidos.pt

www.cm-obidos.pt

Município de Peniche

Largo do Município,

2520-239 Peniche

Telefone: 262 780

100

Fax: 262 780 111

E-mail: cmpeniche@cm-

peniche.pt

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78

www.cm-peniche.pt

Município de Sobral de

Monte Agraço

Praça Dr. Eugénio Dias nº

4,

2590-016 Sobral de

Monte Agraço

Telefone: 261 940

300

Fax: 261 940 310

E-mail: geral@cm-

sobral.pt

www.cm-sobral.pt

Município de Torres

Vedras

Avenida 5 de Outubro,

2560-270 Torres

Vedras

Telefone: 261 310 400

E-mail: geral@cm-

tvedras.pt

www.cm-tvedras.pt

Entidades de Apoio Especializado - EAE

Associação Comercial e Industrial do

Concelho de Alenquer – ACICA

Rua Sacadura Cabral, 40 ,1º – E,

2580-371 Alenquer

Telefone: 263 711 685

Fax: 263 711 685

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Associação Comercial Industrial e de

Serviços do Concelho de Peniche –

ACISCP

Avenida 25 de Abril, N.º 88,

2520-203 Peniche

Telefone: 262 782 220

E-mail: [email protected]

www.aciscpeniche.pt

Associação Comercial Industrial e

Serviços da Região Oeste – ACIRO

Praceta Dr. Vilela, 2,

2560-293 Torres Vedras

Telefone: 261 330 830

Fax: 261 330 839

E-mail: [email protected]

www.aciro.pt

Associação de Desenvolvimento da

Lourinhã – ADL

Espaço EMAJ,

Largo Marquês de Pombal,

2530 Lourinhã

Telefone: 919 421 697

E-mail: [email protected]

sites.google.com/site/adlourinha

Associação de Desenvolvimento

Empresarial da Benedita – ADEB

Rua Heróis do Ultramar, nº 34,

2475-150 Benedita

Telefone: 262 188 101

Fax: 262 188 102

E-mail: [email protected]

www.adebenedita.com

Associação Empresarial da Região de

Lisboa – AERLIS

Rua São Salvador da Baía,

Edifício AERLIS,

2780-017 Oeiras

Telefone: 210 105 000

Fax: 210 105 001

E-mail: [email protected]

www.aerlis.pt

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Associação Empresarial da Região

Oeste – AIRO

Avenida Infante D. Henrique nº2,

Edifício da Expoeste,

2500-218 Caldas da Rainha

Telefone: 262 841 505

Fax: 262 834 705

E-mail: [email protected]

www.airo.pt

Associação Empresarial do Concelho

de Óbidos – Óbidos.com

Edifício Obidos.com

Estrada Nacional Nº8,

2510-082 Óbidos

Telefone: 262 950 194

E-mail: [email protected]

www.obidos.com.pt

Associação Óbidos Ciência e

Tecnologia – Obitec

Convento de S. Miguel das Gaeiras,

2510-718 Gaeiras,Óbidos

2780-017 Oeiras

Telefone: 262 955 700

E-mail: [email protected]

Associação para o Desenvolvimento

de Peniche – ADEPE

Avenida do Porto de Pesca, Lote C-11,

2520-208 Peniche

Telefone: 262 787 959

Fax: 262 787 855

E-mail: [email protected]

www.adepe.pt

Associação para o Desenvolvimento e

Promoção Rural do Oeste –

Leaderoeste

Travessa do Hospital n.º 14,

2550 – 168 CADAVAL

Telefone: 262 691 545

Fax: 262 691 546

E-mail: [email protected]

www.leaderoeste.pt

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Centro de Apoio ao Empresário da

Região Oeste – CAERO

Rua António Leal d’Ascenção,

2560-309 Torres Vedras

Telefone: 261 321 497

Fax: 261 315 529

E-mail: [email protected]

www.caero.net

Centro de Gestão Agrícola de Óbidos

– CGÓbidos

Rua da Raposeira nº 6,

2510-115 Óbidos

Telefone: 262 959 451

Fax: 917 106 794

E-mail: [email protected]

Cooperativa Agrícola de Alenquer –

COOPQUER

Rua Sacadura Cabral, 40 ,1º – E,

2580-371 Alenquer

Telefone: 263 732 329

Fax: 263 732 350

E-mail: [email protected]

Direcção Regional de Economia de

Lisboa e Vale do Tejo

Estrada da Portela – Zambujal,

Apartado 7546 – Alfragide,

2721-858 AMADORA

Telefone: 214 729 500

Fax: 214 714 080

E-mail: [email protected]

economia.pt

www.dre.min-economia.pt

Fábrica do Empresário

Rua Heróis do Ultramar, nº 34,

2475-150 Benedita

Telefone: 262 186 000

Fax: 262 186 000

E-mail: [email protected]

www.fabricadoempresario.pt

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Nazaré Qualifica, E.M.

Avenida Vieira Guimarães 54,

2450 Nazaré

Telefone: 262 550 010

Fax: 262 550 019

E-mail: - www.nazarequalifica.pt

Centros de Formação Profissional

Centro de Formação Profissional da

Indústria Metalúrgica e

Metalomecânica – Núcleo de Caldas

da Rainha – CENFIM

Rua da Matel 6,

2500-278 Caldas da Rainha

Telefone: 262 870 210

Fax: 262 870 219

E-mail: [email protected]

www.cenfim.pt

Centro de Formação Profissional da

Indústria Metalúrgica e

Metalomecânica – Núcleo de Peniche

– CENFIM

Zona Industrial da Prageira

Edifício Forpescas,

2520-621 Peniche

Telefone: 262 784 847

Fax: 262 784 846

E-mail: [email protected]

www.cenfim.pt

Centro de Formação Profissional das

Pescas e do Mar – FOR-MAR

Rua Escola de Pesca 7,

2520-621 Peniche

Telefone: 262 782 689

Fax: 262 784 716

E-mail: [email protected]

www.for-mar.pt

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Centro de Formação Profissional para

a Indústria Cerâmica – CENCAL

Rua Luís Caldas

Apartado 39,

2509-909 Caldas da Rainha

Telefone: 262 840 110

Fax: 262 842 224

E-mail: [email protected]

www.cencal.pt

Cooperativa de Educação e

Reabilitação de Cidadãos

Inadaptados de Peniche – CERCI

Rua Adelino Amaro da Costa,

2520-268 Peniche

Telefone: 262 780 080 Fax: 262 789

963

E-mail: [email protected]

www.cercipeniche.pt

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84

Instituições de Ensino

Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste – Pólo de Óbidos

Rua Direita, 3,

Edifício São Tiago,

2510-106 Óbidos

Telefone: 262 001 500

E-mail: -

Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha – Campus 3 – ESAD

Rua Isidoro Inácio Alves de Carvalho,

2500-321 Caldas da Rainha

Telefone: 262 830 900

Fax: 262 830 904

E-mail: [email protected]

www.esad.ipleiria.pt

Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar – Campus 4 – ESTM

Santuário de Nossa Senhora dos Remédios,

2520–641 Peniche

Telefone: 262 783 607

Fax: 262 783 088

E-mail: [email protected]

www.estm.ipleiria.pt

Escola Técnica Empresarial do Oeste – ETEO

Rua Cidade de Abrantes nº 8,

2500-146 Caldas da Rainha

Telefone: 262 842 247 / 262 877 928

Fax: 262 842 275

E-mail: [email protected]

www.eteo-apepo.com

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10. Glossário Básico de Empreendedorismo

Análise Ambiental – Estudo feito visando

conhecer mais detalhadamente os agentes e

fatores que, por ventura, podem influenciar

o planeamento da empresa.

Ativo Circulante –Compreende o dinheiro

em caixa, os saldos bancários e todos os

valores que podem ser convertidos em

dinheiro imediatamente.

Ativo Fixo – São os imóveis, os equipamentos, os utensílios, as

ferramentas, as patentes, tudo aquilo que é essencial para a empresa

continuar a operar e que não pode ser convertido em dinheiro

imediatamente.

Balanço Patrimonial – Levantamento contável que demonstra a situação

económico-financeira de uma empresa. Agrupando, racionalmente, os

saldos credores e saldos devedores da empresa em dado período, o

balanço representa a exata situação económico-financeira da empresa e

constitui o documento oficial com que se dão por encerradas as operações

contáveis do período contemplado.

Capacidade de Pagamento – É realizada através de dados indiretos que

nos permitem inferir acercada capacidade de pagamento. Utilizam-se

alguns indicadores: a) avaliação da experiência dos proprietários do setor;

b) análise da capacidade de produção; c) análise da capacidade de

comercialização; d) análise de recursos humanos; e) análise do fluxo de

caixa.

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Capital de Giro – Significa capital de trabalho. São os recursos utilizados

para financiar as operações da empresa, em decorrência das atividades de

comprar, produzir, e vender. De um modo geral, estes recursos estão nas

seguintes contas: Disponibilidades; Duplicatas a Receber; Stocks de

Matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e/ou

mercadorias.

Ciclo Económico – Inicia-se com a compra da matéria-prima e vai até o

dia da venda do produto acabado. Perceba que este ciclo não se preocupa

com as condições de pagamento.

Ciclo Financeiro – Inicia-se com o pagamento da matéria-prima e vai até

o recebimento da venda do produto acabado.

Concordata –Recurso jurídico que permite a continuação do comércio da

empresa insolvente (incapaz de saldar os seus débitos nos prazos

contratuais). Distingue-se, portanto, da falência, quando a empresa

insolvente cessa todas as suas atividades.

Concorrência Direta –Também chamada livre-concorrência. Situação do

regime de iniciativa privada em que empresas competem entre si, sem

que nenhuma delas goze da supremacia em virtude de privilégios jurídicos,

força económica ou posse exclusiva de certos recursos.

Concorrência Indireta –É aquela em que ocorre a competição entre

empresas de ramos diferentes. Ex.: Uma pessoa pode viajar para Nova

York ou comprar um sofá para sua sala de estar. Assim, a agência de

viagens e a loja de móveis são concorrentes indiretos.

Contas a Pagar – Relação das contas e obrigações de uma empresa.

Contas a Receber – Relação das receitas que uma empresa tem a

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receber.

Curva de Oferta – Relação entre o preço de mercado de um produto e a

quantidade desse mesmo bem, que os produtores se dispõem a destinar

aos consumidores. É representada numa escala gráfica, cujo eixo vertical

regista os preços do mercado e o eixo horizontal a quantidade de produto

destinado aos consumidores.

Custo Direto – Custos que podem ser identificados diretamente com

uma unidade do produto.

Custo Fixo – Custos cujo montante não varia proporcionalmente ao

volume produzido ou vendido, como: aluguer, renda, etc.

Custo Indireto –Custos atribuídos à fabricação que não podem ser

economicamente relacionados com as unidades que estão a ser

produzidas.

Custo Variável –Custos cujo montante varia de acordo com o volume

produzido ou vendido e serviço prestados, como: matérias-primas, material

secundário, etc.

Custos –Gastos efetuados pela empresa na elaboração de produtos ou na

prestação de serviços.

Custos de Contexto –Licenciamentos, energia, acessibilidades, matérias

fiscais, atrasos de pagamentos de serviços públicos, vistos, tratamento de

resíduos industriais, …

Demanda –Ou procura, é a quantidade de um bem ou serviço que um

consumidor deseja e está disposto a adquirir por determinado preço num

determinado momento.

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Depreciação – Redução do valor do ativo em consequência do desgaste

pelo uso, obsolescência tecnológica ou queda no preço de mercado –

geralmente de máquinas, equipamentos e edificações.

Despesas –Gastos que servem como apoio para que as empresas atinjam

os seus objetivos, como: salários administrativos, telefones, etc.

E-business – Significa fazer negócios eletrónicos aproveitando os

recursos da internet em todas as áreas de uma empresa.

E-commerce –Comércio eletrónico. É o comércio feito pela internet

procurando usar todas as vantagens do mundo online.

Economia de Escala –Produção de bens em larga escala, com vista a uma

considerável redução nos custos. Também chamada de economias

internas, as economias de escala resultam da racionalização intensiva da

atividade produtiva, graças ao emprego sistemático de novos engenhos

tecnológicos e de processos avançados de automação, organização e

especialização do trabalho.

Empreendedor – Em português, é utilizado com o mesmo sentido, tanto

a palavra empreendedor como empresário. Segundo ANSOFF (1990), o

empreendedor é aquele indivíduo cujo desejo de independência foi capaz de

motivá-lo no sentido de estabelecer a sua própria empresa.

Empreendedorismo –Designa uma área de grande abrangência e trata

de vários temas, para além da criação de novas empresas. Estes são: a

geração de autoemprego (trabalhador autónomo); o empreendedorismo

comunitário (como as comunidades empreendem); o intra-

empreendedorismo (o empregado empreendedor); as políticas públicas

(políticas governamentais para o setor).

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Encargos Sociais –Conjunto de obrigações trabalhistas que devem ser

pagas pelas empresas mensalmente ou anualmente, a acrescer ao salário

do empregado.

Estratégia –É o foco a ser tomado para atingir determinado objetivo.

Exigível a Longo Prazo –São os empréstimos a longo prazo. Normalmente

provocam juros que têm reflexos financeiros de forma imediata ou a curto

prazo, mas também provocam variações monetárias.

Faturação –Conjunto dos recebimentos, expresso em unidades

monetárias, obtidos por uma empresa em determinado período com a

venda de bens ou serviços. Por outras palavras, é o número de unidades

vendidas multiplicado pelo preço de venda unitário. Diferencia-se da

receita, que inclui os valores obtidos de outras fontes (aplicações

financeiras ou vendas a prazo).

Fluxo de Caixa –É o instrumento de projeção que possibilita determinar

as necessidades financeiras, a curto, médio e longo prazos da empresa,

permitindo de forma transparente e eficaz visualizar os momentos em

que ocorrerão as diversas entradas e saídas de caixa. Permite que o

administrador planeie, organize, coordene, dirija e controle os recursos

financeiros da sua empresa.

Índices de Liquidez – Disponibilidade em moeda corrente ou posse de

títulos ou valores conversíveis rapidamente em dinheiro. A liquidez varia

conforme o tipo de investimento e o momento económico, mas liquidez

absoluta só apresenta o próprio papel-moeda. Todos os outros títulos ou

valores possuem graus (índices) maiores ou menores de liquidez, em

função da maior ou menor facilidade de serem convertidos em moeda.

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Intranet –São redes corporativas que utilizam a tecnologia e

infraestrutura de comunicação de dados da Internet. São utilizadas na

comunicação interna da própria empresa e/ou comunicação com outras

empresas.

Inventário –Relação pormenorizada dos bens e valores de uma pessoa ou

firma. Em contabilidade, é a base sobre a qual se faz o balanço de uma

firma.

Investimento em Capital de Giro –Aplicação de recursos para financiar

as operações da empresa, em função das atividades de comprar, produzir

e vender.

Investimento Fixo – Investimentos não destinados à negociação, mas

dirigidos para produzirem benefícios à investidora mediante a sua

participação nos resultados das investidas, ou para obtenção de bom

relacionamento com os clientes ou fornecedores (inclusive instituições

financeiras), ou, ainda, para especulação pura e simples sem nenhum prazo

definido.

Layout – É a disposição física dos materiais, móveis, máquinas,

equipamentos em uma sala, ou qualquer outro local.

Lucro – É o grau de rendimento proporcionado pelas receitas

operacionais. Pode ser expresso em percentual de lucro em relação às

vendas.

Lucro líquido – É calculado subtraindo-se do lucro bruto a quantia

correspondente à depreciação do capital fixo (máquinas e equipamentos) e

as despesas financeiras (pagamento de juros de empréstimos).

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Macroeconomia – Parte da Ciência Económica que focaliza o

comportamento do sistema económico como um todo. Tem como objeto de

estudo as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda

nacional, o nível de emprego e dos preços; o consumo, a poupança e o

investimento totais.

Margem de Contribuição – É a diferença entre a receita de vendas de

uma unidade e a soma dos custos e despesas variáveis dessa mesma

unidade.

Mark-Up – É um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço

para formação do preço de venda. Mark-up, pode ser entendido também

como a margem bruta de comercialização. Ex.: O padeiro, aplica o índice

2,5 sobre o custo de produção de um kg de "pão" para formação do preço

de venda.

Microeconomia – Ramo da Ciência Económica que estuda o

comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos

e pelas famílias; as empresas e as suas produções e custos; a produção e

o preço de diversos bens, serviços e fatores produtivos.

Missão – Missão é a razão de ser de uma organização. Deve exprimir sua

vocação, a natureza de suas atividades, explicitando o seu campo de ação e

considerando os horizontes sob os quais esta atua ou deverá atuar.

Oferta – Quantidade de um bem ou serviço que se produz e se oferece

no mercado, por determinado preço e em determinado período de tempo.

Passivo Circulante – São as obrigações da empresa que possuem uma

maior rotação. Corresponde às contas: empréstimos bancários,

fornecedores, provisões, contas a pagar e provisão para imposto de renda.

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Património Líquido – É o valor líquido do total de bens de uma pessoa ou

de uma empresa. Vulgarmente designa somente o conjunto dos bens

avaliáveis em dinheiro.

Pesquisa de Mercado – Procedimentos utilizado em empresas para

investigar as preferências dos consumidores em relação a produtos,

marcas, publicidade e serviços. Geralmente é escolhida uma amostra

representativa da opinião da totalidade do público consumidor de

determinado produto.

PIB (Produto Interno Bruto) – Refere-se ao valor agregado de todos os

bens e serviços finais produzidos dentro do território económico do país,

independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades

produtoras desses bens e serviços.

Planeamento Estratégico – Planeamento é um processo de tomada de

decisão presente, que se destina a produzir um ou mais estados futuros

desejados, que deverão ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita.

Assim, no Planeamento Estratégico procuramos avaliar, antecipadamente,

os possíveis impactos que seriam transportadosparao futuro pelas

decisões tomadas no presente.

Plano de Negócio – Informações sobre as características, condições e

necessidades do futuro empreendimento, com objetivo de analisar a

potencialidade e a viabilidade da implantação do mesmo.

PNB (Produto Nacional Bruto) – É o valor agregado de todos os bens e

serviços resultante da mobilização de recursos nacionais (pertencentes a

residentes no país), independentemente do território económico em que

esses recursos foram produzidos. Incluem-se, neste, o valor da

depreciação e o resultado, positivo ou negativo, da conta de rendimentos

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do capital do balanço de pagamentos.

Ponto de Equilíbrio – É o volume exato de vendas em que uma empresa

não apresenta nem lucro nem prejuízo (lucro/prejuízo = 0).

Propaganda – Divulgação paga e planeada de mensagens veiculadas em

revistas, jornais, televisão e outros meios de comunicação, com o objetivo

de persuadir as pessoas a comprar determinado produto ou utilizar

determinado serviço.

Protocolo – Um sistema de regras ou padrões de comunicação em uma

rede, em particular na Internet. Os computadores e as redes interagem

de acordo com protocolos que determinam o comportamento que cada

parte espera da outra na transferência de informações.

Qualidade Total – É a adequação ao uso. É a conformidade às exigências.

Um dos principais fatores no desempenho de uma organização é a

qualidade dos seus produtos e serviços. Visa assegurar aos seus clientes

que existe conformidade com todas as exigências especificadas.

Receita Bruta de Vendas – Em termos contáveis, é a soma de todos os

valores recebidos em dado espaço de tempo. Não se deduz nenhuma conta

para obter o valor da Receita Bruta.

Receita Líquida de Vendas – É o mesmo valor da Receita Bruta

deduzindo os impostos sobre vendas, as devoluções, os descontos

comerciais e os abatimentos.

Rentabilidade – É o grau de rendimento proporcionado por determinado

investimento. Pode ser expresso em percentual de lucro em relação ao

investimento. Normalmente, é inversamente proporcional ao risco.

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Risco – Condição própria de um investidor/investimento, que traduz as

possibilidades de perder ou ganhar dinheiro. Os juros ou o lucro são

explicados como recompensas recebidas pelo investidor por assumir

determinado risco de incerteza económica, relativa a eventualidades como

queda da taxa de juros, recusa do produto pelo consumidor, ou

investimento numa atividade cujos resultados se revelam “anti-

económicos”.

Stocks – Quantidade de um bem armazenado ou em conservação

(matérias-primas, combustíveis, produtos semiacabados ou acabados). Os

bens podem ser armazenados para venda, abastecimento, ou

simplesmente para especulação.

Taxa de Juros – Índice (taxa) pré-determinado que corresponde à

remuneração que o subscritor de um empréstimo deve pagar ao dono do

capital.

Tempo de Retorno – É o prazo que é previsto que o capital investido seja

recuperado.

TIR (Taxa Interna de Retorno) – É a taxa que iguala, em determinado

momento, a entrada de caixa (VP – Valor Presente, montante emprestado)

com as saídas periódicas de caixa (pagamento da dívida) atualizadas ao

mesmo momento.

VPL (Valor Presente Líquido) – É o valor presente dos fluxos de caixa

gerados pelo negócio implantado, líquidos do valor inicialmente investido.

Este método procura expressar os fluxos de caixa do projeto em termos

de valores monetários de uma mesma data, ou mais especificamente, da

data de início do projeto, o “momento atual”.

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