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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Despertando para a prática de leitura através do gênero crônica

Autor Eli Candido Bonfim

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização Colégio Estadual Coronel Costa Neto. Rua: Célio Augusto Bonardi, nº 1285. Bairro: Jardim Aratinga

Município da escola Arapoti PR

Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz

Professor Orientador Pascoalina Bailon de Oliveira Saleh

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Relação Interdisciplinar

Arte

Resumo

Considerando que grande parte dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental não apresenta bom desempenho de leitura, de compreensão e interpretação de texto, esta unidade didática tem por objetivo despertar o interesse e desenvolver práticas de leitura para auxiliar os alunos no desenvolvimento de suas habilidades leitoras. Para tanto, selecionou-se atividades a partir da prática de leitura de algumas crônicas de diversos autores. Espera-se que com o trabalho desta unidade os alunos se tornem sujeitos mais ativos diante dos processos de leitura, já que a linguagem é interação e, como tal, requer a participação transformadora dos sujeitos sociais que a utilizam.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura; compreensão e interpretação; crônica

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo

8º Ano do Ensino Fundamental

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Sugestão de trabalho

Prezados Professores!

Esta Unidade Didática será trabalhada em 32 horas divididas em 16 encontros de 02

aulas. Segue abaixo uma sugestão de trabalho.

1º encontro (2 aulas)

Apresentação do projeto aos alunos e comentários sobre a sua importância. Ainda

neste encontro o professor já poderá iniciar o trabalho com as atividades 01 e 02 da

Unidade Didática. Com a atividade 01 o professor irá fazer uma pesquisa sobre a

prática de leitura na vida do aluno. O objetivo dessa pesquisa é para que o professor

possa analisar as informações quanto aos hábitos de leitura desses alunos. A partir

disso, tem-se um ponto de partida para o início do trabalho. Este questionário foi

elaborado, segundo a sugestão da autora Roxane Rojo (2009, p. 54-55). E com a

atividade 02 ele irá preparar os alunos para participarem deste projeto de leitura.

2º encontro (2 aulas)

Neste encontro será trabalhada a atividade 03. Nesta atividade o professor deverá

questionar os alunos para levantar o que eles já sabem sobre crônica. E também

iniciará as atividades com crônicas. Será apresentada a primeira crônica com o título

“O homem nu” para os alunos analisarem. Esta atividade será realizada em equipe.

Em seguida o professor deverá fazer a socialização das leituras mediando à

discussão das respostas apresentadas pelas equipes.

3º encontro (2 aulas)

Atividade 04. Encontro com um cronista. Neste encontro sugerimos que o professor

convide um cronista para realizar uma palestra para os alunos. O depoimento de um

cronista contribuirá para despertar o interesse dos alunos por esse gênero. Para

esta atividade será agendada uma palestra com o cronista Paulo Magalhães.

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4º encontro (2 aulas)

Atividade 05. Os alunos irão ao laboratório de informática para uma leitura/pesquisa

sobre a biografia dos grandes cronistas brasileiros. Cada grupo deverá escolher um

cronista e uma crônica de sua preferência para apresentar no próximo encontro aos

colegas da classe.

5º encontro (2 aulas)

Continuação da atividade 05. Neste momento os grupos farão a apresentação da

pesquisa do encontro anterior.

6º encontro (2aulas)

Atividade 06. Neste momento os alunos farão uma visita à biblioteca. Cada aluno

deverá escolher um livro de crônicas. Ao retornarem faremos uma roda de leitura.

Após a leitura, eles escolherão uma crônica para colocar no painel.

7º encontro (2 aulas)

Atividade 07. No laboratório de informática, os alunos farão a digitação das suas

crônicas preferidas. E logo após organizarão um painel denominado “Nossas

crônicas preferidas” para colocar no mural no pátio do colégio.

8º encontro (2 aulas)

Atividade 08. Nesta atividade os alunos farão a leitura de uma fábula e de uma

crônica. Realizarão no caderno os exercícios - Conversando sobre os textos. Com

esta atividade os alunos perceberão que os dois textos dialogam entre si.

9º encontro (2 aulas)

Atividade 09. Esta atividade tem uma sequência de 04 crônicas. Os alunos farão

leitura silenciosa, compreensão e interpretação do texto. Após as atividades com

cada crônica o professor deverá corrigir com os alunos as questões, fazendo com

que falem e discutam suas respostas. O trabalho inicia-se com a crônica 01 com o

título “Na escuridão miserável” do autor Fernando Sabino.

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10º encontro (2 aulas)

Início do trabalho com a Crônica 02 “História de ladrão” do autor Paulo Mendes

Campos. Leitura, compreensão e interpretação do texto.

11º encontro (2 aulas)

Início do trabalho com a crônica 03 com o título “Lixo” do autor Luis Fernando

Veríssimo. Leitura, compreensão e interpretação do texto.

12º encontro (2 aulas)

Início do trabalho com a crônica 04 “O padeiro” do autor Rubem Braga. Leitura,

compreensão e interpretação do texto.

13º encontro (2 aulas)

Atividade 10 - Analisando a imagem e produzindo um texto.

14º encontro (2 aulas)

Atividade 11 - Leitura dialogada. Deverão ser observados nesta atividade a

entonação de voz e o uso dos sinais de pontuação.

15º encontro (2 aulas)

Atividade 12. Produção de texto.

16º encontro (2 aulas)

Atividade 13. No laboratório de informática os alunos digitarão as suas crônicas e as

enviarão através de e-mail para os colegas. E também realizarão a atividade 14

“Organizando um mural” com as crônicas produzidas por eles para apreciação no

pátio do colégio.

“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”. Carlos Drummond de Andrade

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Apresentação

A elaboração desta unidade didática tem por finalidade desenvolver um

trabalho que pretende despertar o gosto pela prática de leitura a partir do gênero

crônica. Para tanto foi organizada para favorecer a construção interativa do sentido

pelo sujeito leitor na sala de aula e oportunizar aos alunos uma aproximação com

este gênero discursivo.

Os alunos das séries finais do Ensino Fundamental do Colégio Estadual

Coronel Costa Neto do município de Arapoti PR têm pouco interesse pelos livros que

a biblioteca do colégio oferece. E grande parte desses alunos não apresenta bom

desempenho de leitura, compreensão e interpretação de textos.

Segundo as DCEs (2008, p.48) “os resultados das avaliações educacionais

revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê”.

De acordo com Villardi

“ler é ser capaz de compreender o que nos chega por meio da leitura, analisando e posicionando-se criticamente frente às informações colhidas, o que se constitui como um dos atributos que permitem exercer, de forma mais abrangente e complexa, a própria cidadania”. (Villardi, 1999, p.4)

Faz-se então necessária a realização de um trabalho que desperte no aluno

o gosto pela prática de leitura, condição indispensável ao desenvolvimento social e à

sua realização individual.

Que práticas de leitura promover na sala de aula? Que eventos de

letramento e que textos selecionar? Como fazer com que os alunos compreendam o

que leem? A partir de tais indagações, propõem-se, nesta unidade didática,

atividades diversificadas através do gênero discursivo crônica.

Segundo a proposta de ROJO (2009, p.11) procurou-se contemplar

atividades que despertem nos educando o gosto pela prática de leitura, textos e

atividades diferentes daquelas de apenas compreensão de informações explícitas,

mas aquelas que colaborem para que o aluno tenha a possibilidade de analisar e

refletir sobre as ideias implícitas. Assim, o educando terá mais condições de se

posicionar criticamente no mundo e de reconhecer as atitudes e intenções do autor

ao escrever o texto.

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Como a leitura é um ato individual e que não deve ser monótona e sim

interativa, em sala de aula, o professor pode apropriar-se de estratégias para cativar

os alunos. E, assim, compartilharem a leitura, fazendo uma reflexão sobre o tema do

texto, isso dentro das experiências significativas, de acordo com as particularidades

de cada um.

Esta proposta se justifica pela oportunidade de os alunos ampliarem o seu

nível de compreensão leitora estabelecendo relações de sentido e significado com o

texto a partir do aumento gradativo de suas habilidades como alunos/ leitores.

Assim, compreende-se que a leitura assume um papel determinante na

aprendizagem dos conteúdos escolares e que o sucesso escolar depende do

domínio dessa habilidade. Com certeza, para as habilidades de estudo, o domínio

proficiente da leitura assume uma importância decisiva.

Dessa forma, espera-se despertar os alunos para a busca de novas leituras

no intuito de contribuir para formação de leitores mais críticos e conscientes.

Refletindo sobre a prática de leitura

(...) a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas

diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e

também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros

direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz. (SILVA, 2005

apud PARANÁ, 2008, p.57).

Segundo as DCEs a leitura é um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas

sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado

momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos

prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o

constituem. (PARANÁ, 2008, p. 56).

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UNIDADE DIDÁTICA

Atividade 01

Professor, esta atividade terá o propósito de analisar as informações quanto aos

hábitos de leitura desses alunos. E também diagnosticar sobre as histórias, níveis e

preferências de leituras que perpassa o ambiente escolar. A partir disso, tem-se um

ponto de partida para o início do trabalho.

Questionário diagnóstico

1) Marque um x nas atividades realizadas por você em sua casa:

( ) Lê bulas de remédios.

( ) Assiste televisão. Quantas horas por dia? _____horas.

( ) Lê correspondência impressa que chega em sua casa.

( ) Lê livros ( contos, poesia, crônicas, romance).

( ) Lê jornais, revistas.

( ) Gosta de escrever histórias, poesias , letra de música.

2) Você gosta de ler? ( ) muito ( ) mais ou menos ( ) pouco

3) Você vai à biblioteca? ( ) Sim ( ) Não

4) Marque um x nos materiais impressos que você tem em sua casa.

( ) Álbum de fotografia

( ) Bíblia

( ) Dicionário

( ) Livros religiosos

( ) Livros de literatura

( ) Livros didáticos

( ) Jornais e revistas.

( ) Revista em quadrinhos

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5) Dos tipos de texto abaixo relacionados, assinale aqueles que você conhece:

( ) fábula

( ) contos de fadas

( ) lenda

( ) aventura

( ) poesia

( ) crônica

( ) teatro

( ) suspense

( ) conto

( ) quadrinhos

( ) cordel

( ) romance

6) Qual livro que você leu e mais gostou?

___________________________________________________________________

7) Marque com um x nos aparelhos que você tem em sua casa.

( ) computador ( ) televisão ( ) rádio ( ) DVD ( ) CD ( ) celular

8) Você acessa o computador em Lan House? ( ) Sim ( ) Não

9) Marque um x nas atividades que você realiza no computador.

( ) Digita trabalhos escolares

( ) Brinca com diversos jogos

( ) Navega por diversos sites

( ) Envia e-mail

( ) Pesquisa na internet trabalhos escolares

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Atividade 02

Professor: sugerimos que após a apresentação dos vídeos e a leitura do poema, o

professor faça uma reflexão com os alunos sobre a importância da leitura na vida

deles.

Preparando para a leitura

Vamos assistir ao vídeo: Jovens leitores: uma paixão se inicia. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23439/

acesso em 05/11/2012.

Agora, vamos à leitura do poema:

“Aula de leitura”

Ricardo Azevedo

A leitura é muito mais

do que decifrar palavras.

Quem quiser parar pra ver

pode até se surpreender:

vai ler nas folhas do chão,

se é outono ou se é verão;

nas ondas soltas do mar,

se é hora de navegar;

[...]

Poema extraído do livro: Azevedo, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. Editora: Ática. São Paulo, 1999.

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Agora, assista a declamação do poema "Aula de leitura" pelo próprio autor.

Disponível em: http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2011/02/poema-aula-de-leitura.html/acesso em 21/09/12.

Atividade 03

Questionando sobre o gênero: crônica

Professor: o objetivo desta atividade é aproximar o aluno do gênero discursivo

crônica. É interessante levantar o que os alunos já sabem sobre crônicas para

provocar a ampliação dos conhecimentos.

Quem já leu uma crônica? Lembra-se da história?

De que tratava a crônica que você leu?

Onde você encontrou essa crônica?

Quem era o autor dessa crônica? Conceituando crônica

A crônica surgiu no jornal. Ela é uma soma de jornalismo e literatura. Inicialmente, era um simples relato de acontecimentos e com o passar do tempo tornou-se um texto com características literárias. Ao escrever sobre um dado assunto, o cronista examina-o a partir do seu ponto de vista, fazendo um trabalho de reinvenção dos fatos. Entretanto, o cronista não copia simplesmente a realidade; ele deixa fluir sua sensibilidade e imaginação para reinventá-la. A linguagem coloquial não é transcrita com exatidão, mas de forma mais elaborada. O cronista explora as potencialidades da língua e busca uma construção frasal que provoque várias significações para o leitor. Ela tem por objetivo divertir o leitor ou levá-lo a refletir criticamente sobre a vida e os comportamentos humanos. (SÁ, 2008).

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Professor, para aprofundar mais os seus conhecimentos sobre o gênero crônica

sugerimos a leitura do artigo da autora Heloísa Amaral, mestre em educação. Fonte:

Revista - Na Ponta do Lápis, nº 10, dezembro/2008. E o livro: A crônica de Jorge de

Sá.

Trabalho em equipe

Observe a ilustração da crônica: “O homem nu”.

Por que motivo estará esse homem nu?

O título da crônica desperta a sua atenção? Por quê?

Pelo título você consegue imaginar o assunto da crônica?

Que fato do cotidiano terá levado o autor a escrever essa crônica?

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Professor, sugerimos que após a leitura de cada crônica desta Unidade Didática,

sejam realizados oralmente os questionamentos abaixo referentes aos elementos

básicos da narrativa. As demais questões de compreensão e interpretação devem

ser realizadas no caderno de exercícios de cada aluno. Durante a leitura de cada

crônica os alunos poderão utilizar o dicionário para compreenderem as palavras que

não conhecem no texto.

Elementos básicos da narrativa

O texto é narrado em 1ª pessoa com narrador-personagem ou em 3ª pessoa

com narrador-observador?

Quais são as personagens dessa história?

Quando essa história aconteceu?

Onde aconteceu a história narrada?

O que foi narrado nessa história?

Faça a leitura individual da crônica

“O homem nu”

Fernando Sabino

Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito

com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade,

estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente

as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não

faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar —

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amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho,

mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café.

[...]

Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando Sabino.

Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1960, p.65.

Disponível em: http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp acesso em 05/11/2012.

Após a leitura, vocês irão se organizar em grupos de até 04 componentes para

realizarem esta atividade. Agora juntos façam uma releitura da crônica e

respondam as seguintes questões em seus cadernos.

a) O título da crônica está apropriado ao texto? Dê a sua opinião.

b) Que título você daria para esta crônica?

c) Essa crônica narra fatos do cotidiano. Qual é o fato contado nessa crônica?

d) Por que a mulher não concordou de imediato com a proposta do marido? Dê a

sua opinião.

e) O homem saiu nu no corredor, por quê?

f) Por que a mulher não abria a porta para o seu marido entrar?

g) Explique o uso das reticências na linha 55.

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

h) Transcreva o trecho que se refere a um dos sustos que o homem nu passou

enquanto esteve no corredor.

i) Qual é o objetivo dessa crônica? Divertir o leitor ou levá-lo a refletir sobre a vida e

o comportamento humano ou ambos?

j) Que fato importante aconteceu no final da crônica?

k) Você conseguiu perceber a intenção do autor ao escrever esta crônica?

l) O que leva a crônica “O homem nu” ser humorística?

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Socialização das leituras

Chegou o momento de expor para a classe as respostas da sua equipe.

Sentados em círculo retomem as anotações e escolham um representante do grupo

para realizar a apresentação à classe. No momento da apresentação as equipes

poderão discordar das respostas apresentadas e o professor será o mediador dessa

discussão.

Atividade 04

Encontro com o cronista

Professor, você poderá convidar um cronista de sua cidade ou da sua região para

realizar uma palestra sobre crônica.

Hoje iremos participar de uma palestra com um cronista da nossa região. Será uma

conversa com o cronista, na qual ele ministrará o seu depoimento sobre o interesse

pelas crônicas e sua produção.

Atividade 05

Professor: o objetivo desta atividade é levar os alunos a conhecerem um pouco

sobre a vida de alguns cronistas brasileiros que se destacaram na nossa literatura,

assim como as suas principais obras.

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Leitura/pesquisa

Vamos ao laboratório de informática para uma pesquisa/leitura.

No Brasil o prestígio da crônica não tem deixado de crescer. Ainda hoje há diversos

escritores que desenvolvem esse gênero, publicando textos em jornais, revistas,

livros e sites. Podemos citar alguns escritores brasileiros que escreveram ou ainda

escrevem crônicas, tais como: Machado de Assis, Olavo Bilac, Humberto Campos,

Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Paulo Mendes

Campos, Arnaldo Jabor, Stanislaw Ponte Preta, Fernando Sabino, Luís Fernando

Veríssimo, e tantos outros.

Agora vocês terão a missão de pesquisar a biografia de um cronista brasileiro e

escolher uma de suas crônicas para apresentarem aos colegas. Esta atividade será

realizada em grupo de quatro alunos.

Sugestão de roteiro para a pesquisa

Nome completo do cronista:

Data de nascimento:

Local de nascimento:

Onde passou a maior parte de sua vida:

Profissão:

Cite as suas principais obras:

Fale sobre um fato marcante de sua vida:

Transcreva uma crônica que despertou a sua atenção:

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Apresentação da pesquisa

Agora, cada grupo apresentará uma breve biografia de um cronista e uma de suas

crônicas aos colegas da classe.

Atividade 06

Visita à biblioteca

Professor: o objetivo desta atividade é fazer com que os alunos circulem pela

biblioteca, conheçam os livros de crônicas e escolham um para sua leitura.

Hoje iremos à biblioteca para que vocês possam conhecer alguns livros de crônicas.

Cada um deverá escolher um livro. Ao retornarem faremos uma roda de leitura.

Após esse momento, cada aluno deverá escolher uma crônica para colocarmos num

mural.

Atividade 07

Professor: o objetivo dessa atividade é despertar nos demais alunos do colégio o

interesse pela leitura desse gênero.

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Mural de crônicas

Hoje iremos novamente ao laboratório de informática para que vocês possam digitar

as suas crônicas preferidas. E em seguida iremos organizar um mural denominado

“Nossas crônicas preferidas” para que todos possam apreciar o texto escolhido por

cada um de vocês. Esse mural será exposto nos corredores ou no pátio da escola.

Não se esqueçam de colar um envelope vazio no mural e convidar os colegas/

leitores a depositarem os seus comentários.

Atividade 08

Os textos dialogam entre si

Professor: o objetivo desta atividade é levar os alunos a perceberem que a crônica

“A solução” dialoga com a fábula “O lobo e o cordeiro”.

Quem conhece a fábula do Lobo e o Cordeiro?

Vamos relembrar essa história?

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Agora um de vocês irá fazer a leitura da fábula

“O lobo e o cordeiro”

Monteiro Lobato

Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado , de

horrendo aspecto.

– Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? — disse o monstro

arreganhando os dentes. Espere, que vou castigar tamanha má-criação!…

[...]

Fonte: Monteiro Lobato. Fábulas. 20ª Ed. São Paulo: Brasiliense.

Disponível em: http://peregrinacultural.wordpress.com/2012/04/05/fabula-o-lobo-e-o-cordeiro-texto-de-monteiro-lobato/acesso em 20/11/2012.

Agora, vamos à leitura da crônica

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“A solução”

Luis Fernando Veríssimo

O sr. Lobo encontrou o sr. Cordeiro numa reunião do Rotary e se queixou de

que a fábrica do sr. Cordeiro estava poluindo o rio que passava pelas terras do sr.

Lobo, matando os peixes, espantando os pássaros e, ainda por cima, cheirando mal.

[...]

Todo o texto está disponível em: Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: Reflexão & Ação. Marilda Prates. São Paulo: Editora Moderna, 1998.

Conversando sobre os textos

a) O que o título “A solução” sugere?

b) Os dois textos apresentam o mesmo tipo de narrador?

c) Você percebeu que o autor utilizou os mesmos nomes dos personagens da fábula

em seus personagens da crônica. Em sua opinião, por que ele fez isso?

d) Você notou também que os diálogos são introduzidos de uma forma peculiar,

aliada a uma pontuação também peculiar no texto “A solução”? Como você

descreveria esses dois aspectos?

e) Que efeitos as três características - repetição dos nomes dos personagens, forma

peculiar de diálogo, forma peculiar de pontuação - promovem no texto?

f) Você percebeu a intenção do autor ao reproduzir os diálogos através do discurso

indireto?

g) O significado do verbo devorar é o mesmo nos dois textos? Justifique sua

resposta.

h) Que característica você daria ao Sr. Lobo?

i) O Sr. Cordeiro estava preocupado com a agressão à natureza quando argumentou

que se fechasse a fábrica aumentaria o desemprego?

j) O que o Sr. Lobo quis dizer ao Sr Cordeiro com a expressão “eu serei obrigado a

devorá-lo, meu caro”?

k) O Sr. Lobo aceitou a solução proposta pelo Sr. Cordeiro. Você acredita que o Sr.

Lobo tomou a atitude correta? Justifique sua resposta.

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l) Qual a intenção do autor ao escrever esse texto? Justifique sua resposta.

m) Existem fábricas que poluem o meio ambiente e não desenvolvem nenhum

programa para recuperá-lo. O que você pensa a esse respeito. Dê a sua opinião.

n) As crônicas não apresentam “moral da história” como as fábulas. Mas podemos

depreender uma moral desta história? Qual seria ela? Dê a sua opinião.

Atividade 09

Lendo, compreendendo e interpretando crônicas

Professor: o objetivo desta atividade é levar o aluno a discutir e refletir sobre as 04

crônicas propostas, dialogando com esses textos e compartilhando suas ideias com

os demais colegas. Não se esqueça! Após as atividades com cada crônica o

professor deverá discutir com os alunos as questões, fazendo com que falem e

reflitam sobre as suas respostas.

Crônica 01

http://educarparaaigualdadeetnicoracial.ning.com/?xg_source=msg_mes_network/acesso

em 05/12/20012

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O que este título sugere?

“Na escuridão miserável”

Fernando Sabino

Eram sete horas da noite quando entrei no carro, ali no Jardim Botânico. Senti que

alguém me observava enquanto punha o motor em movimento. Voltei-me e dei com

uns olhos grandes e parados como os de um bicho, a me espiar através do vidro da

janela junto ao meio-fio.

[...]

Pela sua resposta, pude entender que trabalhava na casa de uma família no Jardim

Botânico: lavava roupa, varria a casa, servia a mesa. Entrava às sete da manhã,

saía às oito da noite.

- Você já jantou?

- Quando eu peço eles dão. Mas descontam no ordenado. Mamãe disse pra eu não

pedir.

[...]

Todo o texto está disponível em: Faraco & Moura. Linguagem Nova. 8ª Série. 8ª edição. Editora: Ática. São Paulo, 1998.

Compreensão e interpretação do texto

a) Por que o autor escolheu o título “Na escuridão miserável”?

b) Por que “escuridão”? E mais, por que “escuridão miserável”? Simplesmente por

que era noite e o local não tinha iluminação?

c) Com quais palavras você poderia expressar as impressões que esse título

desperta?

d) Quais são os adjetivos e substantivos que se referem à protagonista? Como a

escolha deles contribuiu para construir as cenas e a personagem?

e) O que a temática abordada tem a ver com a escolha desses elementos?

f) A narrativa apresenta uma oposição de dois espaços: a que espaço pertence o

narrador e a que espaço pertence à menina Teresa?

g) A crônica sugere ser possível a aproximação entre os dois espaços?

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h) Você percebeu que também há uma oposição entre os filhos do narrador e a

Teresa? Explique.

i) O que o narrador fez depois de ter ficado indignado com a história da Teresa?

j) Na parte final da narrativa, a menina fala sem parar da sua condição, desce do

carro e desaparece na escuridão. O que isso significa?

k) Qual a intenção do autor ao utilizar a expressão “escuridão miserável” no título e

no fecho da crônica?

Esta crônica toca na questão do trabalho infantil. Vamos verificar o que diz a

nossa Constituição da República Federativa do Brasil sobre o trabalho infantil.

O Brasil possui leis avançadas sobre o trabalho infantil; o que falta é uma

fiscalização efetiva, o real compromisso das autoridades - que não dão à infância a

importância que é a ela conferida pela Carta Magna e o ECA - enfim, o respeito à

criança e aos adolescentes.

A Constituição Federativa do Brasil de 1988 (2010, p.22) diz:

No capítulo II – Dos Direitos Sociais - o Art. 7º, inciso XXXIII - proibição de trabalho

noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a

menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze

anos.

Disponível em: em http://jus.com.br/revista/texto/11163/evolucao-da-legislacao-que-

protege-a-crianca-do-trabalho-infantil/2#ixzz2CnNGXHko/acesso em 20/11/2012.

O que uma maior vigilância sobre o trabalho infantil representou para a

parcela da população que vive de forma semelhante à Tereza?

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Crônica 02

Professor, a leitura desta crônica pode ser compartilhada. Solicite três voluntários.

Um aluno para ler as falas do ladrão, uma aluna para ler as falas da mulher e um

aluno para ser o narrador.

Você conhece alguma história de ladrão engraçada?

“História de ladrão”

Paulo Mendes Campos

Uma senhora de Ipanema, indo à cidade em dia de festa, teve a bolsa roubada com

todas as jóias dentro. No dia seguinte, desesperada das providências policiais,

recebeu um telefonema:

- É a madame de quem roubaram a bolsa ontem?

- Sim.

- Aqui é o ladrão, madame.

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- Mas como… Você descobriu meu número?

- Olhei primeiro na carteira de identidade e depois consultei a lista telefônica.

- Ah, é verdade. E quanto tempo quer para devolver minhas… meus objetos?

[...]

- Aconteceu o seguinte: sou um homem casado…

Dentro do prazo marcado, um menino confirmava que, em certas ocasiões, até os

ladrões mandam flores e jóias.

Disponível em: http://www.viaebooks.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Carlos-Drummond-de-Andrade-Para-Gostar-de-Ler.pdfacesso em 25/08/2012.

Compreensão e interpretação do texto

a) Por que a mulher pensou que o ladrão queria mais dinheiro?

b) Na linha 09 o autor usou as reticências. O que essas reticências indicam?

c) A que elemento do texto se refere o pronome demonstrativo que aparece na linha

21?

d) Releia a linha 23. “Quero aquilo que for meu, só”. A que se refere o pronome

demonstrativo aquilo?

e) Por que o ladrão queria devolver as joias para a sua vítima?

f) O que se entende pela expressão “um ladrão de palavra”?

g) A forma verbal teve e recebeu que aparecem no primeiro parágrafo estão em que

tempo verbal?

h) O que você entende pela expressão “o bom ladrão”?

i) Em que momento o ladrão revela que tinha um sentimento de vergonha? Justifique

com um trecho do texto.

j) Quais são as gírias que aparecem no texto? Elas foram escolhidas aleatoriamente

ou têm um papel na construção da narrativa?

k) O ladrão disse que os desonestos não acreditam nos honestos. Você concorda

com esta fala do ladrão?

l) Você acredita que um ladrão pode se regenerar? Dê a sua opinião.

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Crônica 03

Professor, a leitura desta crônica pode ser compartilhada. Escolha um aluno e uma

aluna para realizá-la.

Você sabia que o seu lixo pode revelar muitas coisas?

“Lixo”

Luis Fernando Veríssimo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez

que se falam.

[...]

- A senhora é do 610.

- E o senhor do 612.

[...]

- Você já está analisando o meu lixo!

- Não posso negar que o seu lixo me interessou.

[...]

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- Jantar juntos?

- Não quero dar trabalho.

- Trabalho nenhum.

- Vai sujar a sua cozinha?

- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

- No seu lixo ou no meu?

O analista de Bagé. Porto Alegre. L&PM,1981.

Todo o texto está disponível em: Bassi, Cristina M. Português: leitura e expressão. 7ª Série. Editora: Atual. São Paulo, 1996.

Disponível em: http://www.brasilmetodista.com.br/profiles/blogs/cronica-lixo-luis-fernando/acesso em 05/12/2012.

Compreensão e interpretação do texto

a) Como vimos, a temática das crônicas trata de problemas do cotidiano, assuntos

comuns da vida social. Qual é a temática abordada nesta crônica?

b) Os pronomes de tratamento empregados pelas personagens no início do texto

indicam um diálogo formal ou informal?

c) Qual palavra aponta uma mudança na forma de tratamento entre as

personagens?

d) O que indica o prefixo “in”? Você sabe o que significa a palavra indiscrição?

e) Justifique o uso das reticências na frase: “Ontem, no seu lixo”...

f) “Lixo é um domínio público”. O que você entende pela expressão “domínio

público”?

g) Você conseguiu perceber o drama vivido pelas personagens deste texto? Qual é

ele?

h) A crônica “Lixo” é um diálogo. Qual foi o tipo de discurso empregado em quase

todo o texto?

i) Se as falas das personagens fossem relatadas por um narrador, o efeito seria o

mesmo? Por quê?

j) A moça sabia que tipo de alimento o vizinho consumia? Como ela chegou a esta

conclusão?

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k) Você acredita que esta história foi baseada em um fato real ou é ficcional?

Justifique a sua resposta.

Crônica 04

Professor, sugerimos que após o vídeo, alguns alunos leiam em voz alta esta

crônica.

Vamos ouvir a leitura da crônica “O padeiro” na voz de Juca de Oliveira.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9aySANH2ISo/ acesso em 08/11/2012.

Você sabia que antigamente era comum o padeiro entregar o pão à porta das

casas?

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“O padeiro”

Rubem Braga

Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e

abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro.

[...]

Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas,

para não incomodar os moradores, avisava gritando:

- Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

"Então você não é ninguém?"

[...]

Disponível em: http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htm acesso em 05/11/2012

Compreensão e interpretação do texto

a) Que fato inspirou o narrador a escrever esta crônica?

b) Por que o narrador-personagem não encontrou o pão na porta do seu

apartamento? O que estava acontecendo naquele dia?

c) De que fato o acontecimento desse dia fez o narrador-personagem se lembrar?

d) Que comparação o narrador-personagem estabelece entre o trabalho dele e o do

padeiro?

e) Na crônica “Lixo” predominou o discurso direto. Qual discurso está predominando

nesta crônica?

f) Observe os fragmentos abaixo e identifique qual o discurso utilizado. Trata-se do

discurso direto ou do indireto?

Ele abriu um sorriso largo.

- Não é ninguém, é o padeiro!

g) O que você entende pela expressão “pão dormido”?

h) Justifique o uso das reticências no final do período: “Assim ficara sabendo que

não era ninguém...”.

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i) Em “Ele abriu um sorriso largo”, na linha 14, a quem se refere o pronome ele?

j) Na linha 20 o texto diz “Eu não quis detê-lo para explicar...”. A quem se refere o

pronome pessoal lo?

k) O que o padeiro fazia para não incomodar os fregueses quando deixava o pão à

porta das casas?

l) O que o narrador-personagem aprendeu com o padeiro?

m) O padeiro sentia mágoa por ser desvalorizado? Justifique sua resposta.

n) O que leva uma pessoa a não ser valorizada? Justifique a sua resposta.

o) Você sabia que existem profissões que não são valorizadas socialmente em

nosso país? Por quê?

p) Em sua opinião, a profissão de padeiro é importante? Por quê?

q) Você acredita que existe alguma profissão que não seja importante? Dê a sua

opinião.

r) Por que algumas profissões são mais valorizadas? Dê a sua opinião.

Agora, vamos sintetizar as características da crônica. Você percebeu essas

características em suas leituras?

Narração quase sempre curta;

Descreve fatos da vida cotidiana;

Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;

Possui personagens comuns;

Segue um tempo cronológico determinado;

Narrador em 1ª ou 3ª pessoa;

Linguagem simples.

Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/cronica.htm acesso em

20/11/2012.

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Atividade 10

Professor, sugerimos que explore todos os elementos que aparecem nesta imagem

para em seguida passar para a produção do texto.

Analisando a imagem

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/5portugues/1_134.jpg acesso em 08/11/2012.

a) Quem são as pessoas que aparecem nesta imagem?

b) Esta imagem mostra um acontecimento do cotidiano?

c) Em que local foi registrada esta imagem?

d) O que lhe chama a atenção nesta imagem?

e) O que esta cena sugere?

Produção de texto

Após analisar esta imagem, dê asas a sua imaginação e escreva a sua primeira

crônica. Procure lembrar-se das características deste gênero. E não se esqueça de

escolher um título bem sugestivo para o seu texto.

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Atividade 11 Leitura dialogada

Professor, sugerimos que organize os alunos em duplas para esta atividade. Dê um

tempo para ensaiarem antes da leitura. Aproveite para observar a entonação

sugerida pelos sinais de pontuação.

Vamos fazer a leitura das seguintes crônicas: “Hora de dormir” e “A senhora quer

sambar”. Após a leitura silenciosa dos textos, em duplas vocês farão a leitura

dialogada. Durante a leitura procurem dar às falas o tom que caracteriza as

personagens. Não se esqueçam de respeitar os sinais de pontuação e dê a

entonação ou a pausa adequada a eles.

Vamos à leitura da Crônica:

“Hora de dormir”

Fernando Sabino

- Por que não posso ficar vendo televisão?

- Porque você tem de dormir.

- Por quê?

- Porque está na hora, ora essa.

- Hora essa?

- Além do mais, isso não é programa para menino.

- Por quê?

[...]

Disponível em: http://www.viaebooks.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Carlos-Drummond-de-Andrade-Para-Gostar-de-Ler.pdf acesso em 25/08/2012.

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Vamos à leitura da crônica:

“A senhora quer sambar”

Luis Fernando Veríssimo

— Geneci...

— Senhora?

— Preciso falar com você.

— O que foi? O almoço não estava bom?

— O almoço estava ótimo. Não é isso. Precisamos conversar.

— Aqui na cozinha?

— Aqui mesmo. O seu patrão não pode ouvir.

— Sim, senhora.

— Você...

— Foi o copo que eu quebrei?

[...]

Disponível em: http://www.ponto.altervista.org/Livros/Carnaval/verissimo.html acesso em 08/11/2012.

Dicas para uma boa leitura

Leia sem pressa;

Respire adequadamente;

Não leia simplesmente decodificando a mensagem;

Articule obedecendo às regras de acentuação e de pontuação;

Procure captar o sentido do texto;

Lembre que a entonação contribui para o sentido que o texto produz.

Adaptado de: http://miriamfono.blogspot.com.br/2010/11/o-cavalinho-branco-tarde-o-

cavalinho.html acesso em 08/10/2012.

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Atividade 12

Produção de texto

Professor, antes de iniciar esta atividade retome as principais características das

crônicas.

Agora vamos produzir mais uma crônica. Você escreverá um texto baseado num fato

cotidiano que chamou sua atenção por alguma razão. Assim, você exercitará sua

capacidade literária de recontar um fato. Serão, então, produzidas crônicas que

depois de reescritas e corrigidas deverão ser expostas no mural do colégio e também

enviadas através de e-mail para os colegas da classe.

Antes de começar a escrever procure organizar o seu texto

Você deve levar em conta as seguintes perguntas: Para quem você irá escrever?

Você quer divertir o leitor, sensibilizar ou fazer com que ele reflita?

Se você for participar do fato a ser narrado, escreva o seu texto na primeira

pessoa; se for mostrar o ponto de vista de uma das personagens envolvidas

escreva na terceira pessoa.

Onde aconteceu o fato? Lembre-se de mencioná-lo e de situá-lo no tempo.

O fato a ser narrado é pertinente aos acontecimentos do cotidiano?

Que tipo de linguagem você vai usar para descrever a cena? Procure não

reproduzir a linguagem coloquial com exatidão, mas de forma mais elaborada.

Utilize uma linguagem que indique proximidade com o leitor.

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Atividade 13

Laboratório de informática

Você, agora, vai digitar a sua crônica e depois enviá-la através de e-mail para os

colegas da classe, para que façam comentários sobre o seu texto. E lembre-se que

todas as crônicas serão expostas num mural no pátio do colégio.

Atividade 14

Organização do mural

Vamos organizar um mural com as crônicas produzidas por vocês para apreciação

no pátio do colégio. Como já estamos finalizando a nossa unidade didática esta

atividade será um momento de confraternização.

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Referências

BASSI, Cristina M. Português: leitura e expressão. 7ª Série. Editora: Atual. São Paulo, 1996.

FARACO & MOURA. Linguagem Nova. 8ª Série. 8 ed. Editora: Ática. São Paulo,

1998.

______________. Linguagem Nova. 7ª Série. 8 ed. Editora: Ática. São Paulo, 1998.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

PRATES, Marilda. Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa: reflexão e ação. São Paulo: Moderna, 1998.

REVISTA Na Ponta do Lápis. Olimpíada de Língua Portuguesa. Nossas palavras têm mais vida. Ano IV, nº 10 dezembro de 2008. AGWM Editora e Produções Editoriais.

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.

SÁ, Jorge de. A crônica. São Paulo: Editora Ática, 2008.

VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya, 1999.

Bibliografia consultada

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1996.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. São Paulo: Editora Ática, 2011.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática. 4 ed. Campinas: Pontes; UNICAMP, 1996.

______________.Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.

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OLIVEIRA, Silvana. Teoria literária 1. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2008.87p.il.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: ArtMed,

1998.

Referências online

http://www.brasilescola.com/redacao/cronica.htm acesso em 20/11/2012

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/5portugues/1_134.jpg acesso em 08/11/2012

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23439/ acesso em 05/11/2012 http://www.educacao.rs.gov.br/dados/refer_curric_prof_vol1.pdf acesso em 25/07/2012

http://miriamfono.blogspot.com.br/2010/11/o-cavalinho-branco-tarde-o-cavalinho.html acesso em 08/11/2012

http://www.ponto.altervista.org/Livros/Carnaval/verissimo.html acesso em 08/10/2012

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html acesso em 02/08/2012

http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp acesso em 05/11/2012

http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2011/02/poema-aula-de-leitura.html acesso em 21/09/2012 http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htm acesso em 05/11/2012

http://wp.ufpel.edu.br/cienciassociais/files/2010/05/Li%C3%A7%C3%B5es-do-Rio-Grande-Caderno-do-Aluno-1%C2%BA-ano-do-Ensino-M%C3%A9dio.pdf/acesso em 03/09/2012

http://www.viaebooks.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Carlos-Drummond-de-Andrade-Para-Gostar-de-Ler.pdf acesso em 25/08/2012