Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica · personagens da história...
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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica
TÍTULO: O estudo do Cordel como estímulo à leitura
Autor: Cícero Ferreira de Lima
Disciplina: Língua Portuguesa
Escola de implementação:
Colégio Estadual Carlos Drumond de Andrade, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Avenida das Violetas, 520, Jardim Jussara
Município: Assis Chateaubriand, PR
Núcleo regional de educação:
Assis Chateaubriand, PR
Professora orientadora:
Clarice Lottermann
Instituição de ensino superior:
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOSTE
Relação interdisciplinar:
História, Geografia e Arte
Resumo: A literatura de cordel dá importância à leitura em voz alta para que as suas histórias sejam divulgadas. Com a mediação do professor, pretende-se levar os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental à prática da leitura. Espera-se que, através da literatura de cordel, os alunos se interessem mais pela leitura e se tornem capazes de relacionarem com o que leem à sua realidade. Os alunos terão conhecimento de autores de cordel e personagens da história brasileira aventadas na literatura de cordel no final do século XIX e século XX, como Antônio Conselheiro, Antônio Silvino e Zumbi. Terão contato com os cordéis que narram as suas histórias e façanhas. Aborda-se também a ficção na literatura de cordel. O processo tem o objetivo de levar o aluno à prática da leitura com estratégias de leitura e de escrita. Além disso, encenarão repentes e emboladas. No final, os alunos serão levados ao ato de escrever poesia. Cada grupo produzirá três quadras que depois serão reunidas em formato de um folheto de cordel. A capa será feita no estilo antigo, com o uso da arte da xilogravura. Todo esse trabalho será executado pelos alunos em sala de aula, mediado pelo professor e depois apresentado em forma de repente, embolada e teatro. A avaliação será feita de acordo com o desempenho dos alunos em sala de aula.
Palavras chaves: Literatura de Cordel, Repente, Leitura
Formato do material didático:
Unidade Didática
Público alvo: Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental
PRESENTAÇÃO
Através da literatura, pode-se ter acesso a uma reflexão sobre a sociedade
no seu aspecto social, cultural, econômico e histórico. Não só a que se denomina
literatura clássica, mas também através da literatura popular, mormente a literatura
de cordel é capaz de despertar interesses pela arte, desenvolver habilidades de
compreensão e interpretação da realidade cotidiana, e seus textos em livretos de
fácil leitura levam o leitor a interagir com o outro, e com a própria realidade social. A
literatura de cordel é uma expressão literária capaz de despertar o senso crítico do
leitor, muito importante à cultura de um povo. Além disso, o cordel desenvolve
conteúdos históricos e aspectos culturais e religiosos conforme o sentimento do
povo da região Nordeste, e incentiva o desenvolvimento cultural através da
competição, as pelejas: luta de dois poetas que improvisam os seus versos, com as
armas da imaginação na arte de versejar: “os desafios e pelejas entre cantadores –
armados não com espadas, como nos duelos medievais, mas com a voz, com a
viola ou com a rabeca – conquistaram presença nos salões das fazendas e nas
feiras” (MELO, 2010, p. 57).
O cordel dá importância à leitura em voz alta, para que as histórias de heróis
ou de devotos sejam conhecidas. Os seus romances também são declamados com
o objetivo de transmitir conhecimentos diversos e informações divertidas. O cordel
também se destaca pelas condições de trabalhos manuais como a xilogravura para
ilustrar as capas dos livretos. Por meio da literatura de cordel, muitos ouvintes
aprenderam a ler e a escrever mesmo depois de adultos e, para muitos nordestinos,
essa foi a única escola que tiveram na vida, a literatura de cordel.
Por isso, através desta Unidade Didática, pretende-se fazer, pela mediação
do professor, a prática da leitura de textos de cordel na sala de aula porque a
literatura de cordel permite que se trabalhe com os estudantes de forma a levá-los a
gostar da leitura porque apresenta textos de fácil compreensão, com características
similares às práticas cotidianas da vida, como a competição, o código de conduta, a
recompensa, o lazer, a sátira, as paixões presentes nos romances de cordel, e
também transmite informações e conhecimentos indispensáveis à vida cotidiana e
prática dos alunos.
Através da leitura de textos pertencentes à denominada literatura de cordel
espera-se levar os alunos a se interessarem mais pela leitura, contribuindo para a
formação de leitores críticos, capazes de relacionarem o que lêem com a realidade.
UNIDADE DIDÁTICA
O CORDEL NA SALA DE AULA
Figura: Leitura
Autora: Leila Ângela de Lima
A literatura de cordel é muito comentada na região Nordeste e tem servido de
material pedagógico nas escolas públicas daquela região, porque transmite
conhecimentos sobre a linguagem, a arte, a oratória, a poética, a história, a
geografia, a matemática, a ciência e sobre a conduta do ser humano, como ética,
moral e religião. É uma literatura abrangente pela sua natureza (oralidade e escrita)
e está sendo praticada dia a dia não só naquela região, mas em outras regiões do
Brasil, de modo que vem crescendo a sua influência nos meios sociais e
acadêmicos, com estudos históricos que dão conta de suas origens e
desenvolvimento e estudos relacionados aos aspectos sociais, que envolvem os
diversos segmentos, dos primeiros cantadores até os atuais escritores e repentistas.
Os cordéis abordam temas da problemática nordestina em vários momentos
históricos. Problemas que são também problemas brasileiros, tais como: a
exploração do meio ambiente e do ser humano, os problemas políticos, sociais e
econômicos, o amor, o ódio e os sofrimentos são universais e de interesse de todos,
sem exceção.
ABORDAGEM HISTÓRICA
Figura: Capitanias Hereditárias Autora: Leila Ângela de Lima
Uma das questões de vital importância, a “descoberta” do Brasil, é tema
estudado nas escolas de forma simplificada, nem sempre aborda questões críticas
como: a distribuição de terras aos amigos do rei e a exploração do ser humano;
privilegia o ponto de vista dominador e não dialoga com os explorados, como o
índio, primeiro dono das terras, e o negro produtor de riquezas, espoliados da forma
mais desumana que se conhece, com pechas desairosas de preguiçoso ao índio
que não quis se sujeitar ao trabalho escravo e de malandro e ladrão ao negro
revoltado com a situação humilhante que impunham a ele. Até hoje são vistos e
tratados como diferentes, por quem defende a situação dominante com argumentos
diversos. Esses argumentos estão nas ruas: “As cadeias estão cheias de negros e
mulatos”, com o oposto sugerido: “Os brancos são honestos”. O que importa,
sobretudo, é discutir a exploração, com a incorporação do trabalho escravo, como
no linguajar de Gilberto Freyre ao se referir à arte nos trópicos: “Cada pé de cana
era um pé de gente” (FREIRE, p. 79). Frase que serve bem para ilustrar a cadência
do trabalho humano nas plantações de cana no Nordeste no ciclo da cana-de-
açúcar, explorando o trabalho escravo. Ou como Portinari, no ciclo do café, pintou
homens que se destacam pela força física, pela necessidade de trabalharem em
terrenos irregulares e pedregosos, transportando bolsas de café em tamanhos
descomunais depois de um dia estafante de colheita do ouro negro, responsável
pela construção de casarões em várias fazendas no Rio de Janeiro, Minas e São
Paulo. A ordem e o progresso fluíam pelas mãos dos trabalhadores, mas sem nome
e sem identidade que os ligasse a qualquer momento histórico ou a qualquer arte
que valha a pena. A lembrança que fica é de assalariados, em qualquer lugar e em
qualquer época, uma geografia apresentada em versos pelo poeta Gustavo
Dourado: Cordel da fome (à medida do homem), apresentado como trabalho nota 10
no Curso de Pós-Graduação Em Gestão Pública, 2001/2002, ONU/ESCOLA DE
GOVERNO.
Fome histórico-geográfica,
Neste Brasil continente.
Devora o trabalhador,
Com salário deprimente.
Carcome a vitalidade
E a luz de nossa gente
Fone: DOURADO, 2001/2002
Uma rápida leitura do folheto permite entender o apelo do autor do cordel. Ele
diz que está na hora de mudar. Leiam o folheto e indiquem:
- pelo menos três mudanças propostas no poema;
- quais são os problemas causados pelos latifundiários?
- Você acha que a distribuição de terras no Brasil é justa? Ou deve haver uma
mudança e distribuir terras para quem não as possui? Se isso acontecer, os
latifundiários vão gostar? Dá para prever o que pode acontecer?
- Tem pessoas que possuem mais de cinquenta mil alqueires de terra, ou seja,
possuem cento e vinte mil hectares. É justo isso, quando se sabe que há milhares
de pessoas passando fome porque não têm terra para trabalhar?
- Quem você acha que deve lutar para que essa distribuição de terra seja justa?
- Procurem informações na internet sobre Reforma Agrária nos países vizinhos:
Argentina, Paraguai e Uruguai. Como foi feita a distribuição de terra nesses países?
- Em Assis Chateaubriand há algum latifundiário?
Leiam essa estrofe extraída do livro: Escravidão do Brasil e o Brasil na
escravidão, de José M. Lacerda:
A escravidão no Brasil
O poder de um soberano
Rolo compressor de massa
Ao negro submetia
Todo tipo de desgraça
Fez do trabalho forçado
Um sofrimento calado
Pela força da mordaça.
Fonte: LACERDA, p. 2
São vozes que denunciam o que se passa no cotidiano, no âmbito social
brasileiro. Observem que a lei favorecia essa situação repugnante. E hoje, o que
mudou? Não há mais escravo, mas há o trabalho escravo. O contexto histórico
indica várias mudanças por força de lutas constantes de sujeitos que atuaram no
cenário nacional, veiculados na história oficial com narrativas que dão conta de
épocas difíceis, de fugas, lutas e revoltas. Estes mesmos fatos são também
narrados pelos cordelistas, de acordo com a visão popular, que matiza a história de
Zumbi dos Palmares, em Alagoas, Antônio Conselheiro, na Bahia e de Lampião, em
Pernambuco. Todos deram muito trabalho às autoridades constituídas, cada um
com seus motivos particulares, submetidos hoje às opiniões do público leitor.
Leiam LAMPIÃO, de Antônio Américo Medeiros. O texto completo está no
folheto: LAMPIÃO E Sua História Contada Toda em Cordel.
Quem quiser conhecer De Lampião a história: Foi cangaceiro famoso, No cangaço teve glória, O título de capitão Ainda está na memória. (MEDEIROS, p. 3. 2005)
Figura: Capitão Virgulino Autora: Leila Ângela de Lima
Há muitos cordéis sobre Lampião. Uns falam de sua vida e como começou
essa lida de cangaceiro; outros falam de sua morte e a chegada no inferno; outros,
de sua chegada no céu. Aqui na terra fez coisas desagradáveis.
Pesquisem a vida de Lampião.
- Será que foi o último cangaceiro? Verifiquem se existem histórias de
personagens semelhantes a ele no Brasil atual.
- Comparando a história de Lampião com os que cometem barbaridades, será que
ele foi mesmo o maior terror?
- Ele era conhecido por Capitão Virgulino. Quem foi que concedeu a ele esse título
de capitão? Em que circunstância isso aconteceu? E, em que lugar e ano?
- Lampião visitou a cidade de Juazeiro no Ceará. Por que não o prenderam?
- Os policiais que o perseguiam eram mais honestos do que Lampião?
- Procurem saber por que ele recebeu o apelido de Lampião.
ORIGENS DA LITERATURA DE CORDEL
Figura: Brasil Caboclo Autora: Leila Ângela de Lima
O cordel como literatura engajada tem condições de transitar entre o real e o
imaginário e trazer informações preciosas sobre as condições de vida dos
personagens no cenário social. Os autores de cordel são hábeis contadores de
histórias do presente e do passado, pensando no futuro, como filósofos. Não se
calam diante das injustiças sociais, denunciam os crimes, as corrupções, condenam
o autoritarismo e exaltam o amor fraterno e elogiam o amor erótico.
É notória a relevância dessa forma literária, tanto que um programa da rede
Globo que se interessa por temas importantes da atualidade foi a campo fazer uma
pesquisa sobre a origem e o desenvolvimento dessas atividades literárias na região
Nordeste. O programa Globo Rural descobriu coisas muito interessantes sobre a
literatura de cordel, de onde veio e como ela chegou ao Brasil; quem são os seus
primeiros autores e o que fizeram para propagarem essa literatura.
Ao assistirem ao vídeo, observem bem essa trajetória da poesia de cordel e
os vates que tanto fizeram para divulgar a arte de versejar, a arte de declamar, a
arte de cantar ao som da viola ou das cantorias nos salões de festas, ou em casas
previamente preparadas para os debates (as pelejas), e como procedem as
confecções dos folhetos que são expostos em feiras para serem vendidos. Prestem
atenção às ações dos vendedores de folhetos, eles devem ter a habilidade de
declamadores para incentivar o público a comprar seus produtos. É a arte que leva a
outras artes, pois dela se abre um leque para a xilografia, o declamador, o vendedor,
os contadores de histórias e as editoras.
Cabe ao poeta saber compor bons versos, conhecer a métrica poética, saber
organizar as rimas dentro dos padrões estabelecidos; ele deve ser primoroso em
sua arte, e pode conhecer ou não a arte da xilografia. Se não souber fazer, pode
pedir a alguém que saiba dar forma às capas de seus folhetos. Depois do trabalho
pronto, entra em cena o vendedor, porque os folhetos são feitos para serem lidos
pelo público. O vendedor é um declamador de poemas, mas, se não souber
declamar, deve procurar alguém que entenda dessa arte, pagando para isso um
pequeno salário, às vezes simbólico para levar o seu trabalho a bom termo. São
pequenos empreendimentos locais que vão produzir renda para muitos numa região
em que prevalece o provérbio: “O pouco com Deus é muito” e vão sobrevivendo.
Mas prestem atenção nos empreendimentos das editoras nos tempos modernos.
São elas que produzem os trabalhos e distribuem esses folhetos para outras regiões
do Brasil. Antigamente eram feitos à mão, trabalhos artesanais e, ainda hoje, em
alguns casos, ditados pela situação econômica, prevalece o trabalho manual.
Agora assistam a reportagem feita pelo programa O Globo Rural sobre a
Literatura de Cordel com bastante atenção e, por certo, aprenderão muita coisa
sobre esta literatura. O vídeo traz informações importantes sobre a literatura de
cordel, da sua origem até os dias atuais. (Especial Literatura de Cordel-Globo Rural:
Disponível em:http://WWW.youtube.com/watch?v=intyRe9Gyiw. Acesso em 07 de
set. 2012)
Agora, acessando a internet, procurem no site da Academia Brasileira de
Literatura de Cordel (ABLC) e leiam as biografias de homens que se dedicaram à
arte do cordel:
1) Leandro Gomes de Barros
2) Silvino Pirauá
3) José Pacheco da Rocha
4) José Camelo de Melo Resende
5) João Ferreira de Lima
6) Manoel Monteiro
7) Eneias Tavares dos Santos
8) Manoel D’Almeida Filho
9) Rodolfo Coelho Cavalcante
10) Antônio Ribeiro da Conceição
Em grupos de três pessoas, leiam as biografias. Depois, cada grupo vai expor
para os colegas sobre a importância do autor para a literatura de cordel e o
momento histórico de sua contribuição. Para a próxima aula, digitem a biografia com
a fotografia do autor para afixar em lugar próprio para que outras pessoas possam
ler e se inteirar sobre a realidade da literatura de cordel.
A produção literária desses escritores reflete a realidade da situação social do povo
brasileiro?
O que eles denunciam nas suas obras tem alguma importância hoje?
A ARTE DE FAZER POEMAS
Agora vamos fazer outra leitura! É uma leitura divertida que mexe com a
imaginação e desperta a curiosidade, ela usa o que se conhece por recurso
mnemônico. Não é uma palavra esquisita, refere-se à memória e era muito usado
antigamente. Leiam e completem os espaços com as palavras adequadas.
Vou mandar as adivinhas Para o povo desse espaço Quero que vocês respondam Sem cometer embaraço É uma peça inteira Mas tem nome de ........................? Essa resposta eu faço Com a rima que passeia E respondo a adivinha Pro povo da minha aldeia Se é uma peça inteira Vai no pé e é uma .......................?
Fonte: OBEID, 2005, p. 32
Observem que essas estrofes trabalham com a rima. A rima não é obrigatória
na poesia, mas é usada desde a antiguidade como um recurso didático para
memorizar o saber e é muito usada entre os autores de literatura de cordel. Como
esta estrofe de César Obeid extraída do livro: Minhas rimas de cordel.
Para rimar um cordel No verso dou cafuné Hoje o tema é muito rico Falo do que o cordel é De cultura popular Deus me mande muita fé
Fonte: OBEID, 2005, p. 08
- na internet: procurem poemas de cordel e indiquem os versos com rimas;
- escrevam pelo menos duas estrofes no caderno e sublinhem as palavras que
rimam. Observem se são substantivos, verbos ou adjetivos.
Realizando o trabalho
Rascunhe suas idéias, escreva estrofes que podem ter o mesmo número de
versos. Faça uma lista do que gostaria de falar no seu poema e a partir daí observe
as rimas que podem surgir. Depois de pensar nas rimas, produza o seu cordel, não
esqueça de dar um título a ele. Caso desejar, pode fazer uma ilustração no seu texto
referente a sua história.
Então agora façam a leitura de um poema de cordel atualíssimo, que exige
certa reflexão para responder às suas adivinhações. O que dá coesão ao texto é o
tema, e o que dá sentido é a interação do leitor com o texto, pois, para responder às
perguntas, o leitor deve recorrer à lembrança de outras leituras e informações. Isto
indica que precisamos de muitas informações e de muitas leituras se quisermos
entender o que lemos, porque o texto dialoga com outros textos e cobra de cada
leitor uma interação. Vejam:
ADIVINHA Apesar de ser pequeno Ele é muito comedor. Come, porém, não engorda, Pois trabalha com vigor, E o nome da casa dele É o nome do morador.
Fonte: ACACI, 21012.
Depois da leitura, vocês devem observar:
- Quantos versos têm essa estrofe?
- Que substantivo responde à adivinha proposta na estrofe?
- Represente através de desenho ou colagem o substantivo que responde à essa
estrofe.
- Procurem no site http://espacodocordel.blogspot.com.br/2012/05/cordel-brincando-
de-advinhar.html. “As advinhas” de José Acaci e tentem descobrir o que cada
estrofe está pedindo como resposta.
Aproveitando o ensejo do texto “Brincando de adivinha”, observem que, de
acordo com a métrica, esse poema apresenta versos de sete sílabas poéticas. A
palavra métrica vem de metro e é a medida da quantidade de sílabas que há em um
verso. Os versos podem ter variadas quantidades de sílabas que são chamadas de
sílabas poéticas e podem ser feitas com algumas diferenças das sílabas
gramaticais, mas geralmente seguem a mesma separação das sílabas gramaticais.
Observem essa estrofe de José Acaci:
A/pe/sar/ de /ser/ pe/que/no E/le é/ mui/to/ co/me/dor/ Co/me/, po/rém/, não/ en/gor/da, Pois/ tra/ba/lha/ com/ vi/gor/ E o/ no/me/ da/ ca/sa/ de/le É o/ no/me/ do/ mo/ra/dor./
Fonte: ACACI, 21012.
As sílabas poéticas obedecem às seguintes características: são contadas até
a última sílaba tônica do verso, como se observa no segundo, quarto e sexto versos,
de modo que, se a última sílaba for átona não pode ser contada no rol de sílabas do
verso, como ocorre no primeiro, terceiro e quinto versos dessa estrofe. Leiam a
estrofe do autor Antônio Ribeiro da Conceição, Bule-Bule, extraído da obra Literatura
de Cordel:
O mestre Nozinho Bento Também chamado Bentinho Foi mestre do mestre Bimba Mostrou o reto caminho Aprender com um bom mestre É melhor do que sozinho.
Fonte: CONCIEÇÃO, 2010. p.112
Essa estrofe é uma sextilha, pois apresenta seis versos. E cada verso dessa
estrofe tem o mesmo número de sílabas poéticas. Vocês vão fazer a divisão das
sílabas poéticas do primeiro, segundo e terceiro versos.
O mestre Nozinho Bento Também chamado Bentinho Foi mestre do mestre Bimba
Há um recurso que os poetas usam muito para adaptar os versos de acordo
com o número de sílabas escolhidas para cada poesia, é a redução das sílabas.
Para proceder à redução do número de sílabas de uma poesia ocorrem os seguintes
processos: a crase, a elisão, a ditongação, a sinérese, a elipse e a aférese. Alguns
nomes são familiares, mas há outros que são difíceis, porque não são tão
conhecidos, por serem pouco usados. A crase é de fácil uso, e só ocorre em caso de
duas vogais semelhantes. A elisão consiste na supressão da vogal átona de um
vocábulo quando o seguinte começa por vogal.
Leiam as estrofes abaixo da versão da História de D. Genevra, cantada nas
feiras. É uma história antiga, a versão brasileira usada aqui é de Marco Haurélio.
Na cidade de Genova Havia um negociante De dinheiro e muitos prédios Ele contava bastante E na forma de viver Era mais interessante Fonte: HAURÉLIO, 2010. P. 25
Observem que o autor usa a rima e trabalha com versos de sete sílabas,
recurso conhecido por redondilha maior. Mas para que todos os versos pudessem
contar com o mesmo número de sílabas, foi preciso usar o recurso da redução de
sílaba: Ha/vi/a um/ ne/go/ci/an/te.
O mesmo recurso foi usado no verso: De/ di/nhe i/ro e/ mui/tos/ pré/dios.
Se vocês separarem as sílabas poéticas de todos os versos desse poema
certamente vão encontrar esse mesmo recurso em outros versos. Grifem, nos
versos abaixo, as sílabas poéticas onde aparece a redução de sílabas:
Grego, alemão e francês Amava muito ao marido. A ditongação é a formação de um ditongo na leitura, por isso recebe esse
nome. A aférese consiste na supressão de uma sílaba ou fonema inicial da sílaba,
como em: Estamos (stamos).
A redução das sílabas se faz para que os arranjos em relação ao número de
sílabas poéticas estejam de acordo com o número de sílabas propostas pelo autor
da poesia.
Façam agora uma atividade que consiste em escandir a seguinte estrofe do
poema de Benedita Delazari: A escravidão negra. O texto completo pode ser
encontrado no folheto: A escravidão negra e o Quilombo dos Palmares.
Na história da humanidade Muitos feitos são contados Quero citar como exemplo Dos nossos antepassados Heróis de um povo forte Para a luta preparado.
Com a história do Brasil Faço uma comparação, De um fato acontecido No tempo da escravidão, Por um quilombo de negros Formando rebelião. Fonte: DELAZARI, 2009. p 3
Verifiquem:
- Quantas sílabas poéticas têm cada verso da primeira estrofe?
- Prestem atenção na escansão desses dois versos:
Belo exemplo encontrei Gladiadores romanos - O número de sílabas poéticas desses dois versos conferem com número de
sílabas poéticas da primeira estrofe?
- Quantas vezes ocorre a redução de sílaba no verso: Belo exemplo encontrei?
-- Quais são as vogais que aparecem nessa redução de sílaba?
Agora que vocês já leram vários textos de cordel, alguns engraçados, como
as adivinhas, chegou o momento de pôr em prática as habilidades pessoais de cada
um. A princípio parece difícil fazer poesia, principalmente se observarem o que diz
um provérbio antigo: “o poeta nasce e o orador se faz”. Mas se prevalecer outro
provérbio popular: “De poeta e de louco, todo mundo tem um pouco”, é possível
desenvolver a verve poética que há dentro de cada um, basta pôr em prática o que
se aprendeu através das várias leituras e do filme que assistiram no início. Citando
uma cantiga de criança: “Se não sabe assobiar, eu vou te ensinar, é que nem comer,
basta começar”.
Comecem com uma quadra, estrofe com quatro versos, como esta do
professor Cícero feita para esta unidade didática:
A cultura de cordel É o imaginário popular. Ela não é feita a revel Faz o poeta imaginar
Autor: Cícero Ferreira de Lima, 2012.
Devem ler o texto e, em seguida, façam o texto de vocês, de acordo com o
pensar de vocês. Feita a quadra, procedam com a leitura do texto que produziram.
Em seguida, façam as ilustrações adequadas ao pensamento do poema que
criaram. Digitem com a finalidade de levar à exposição no cantinho do cordel. Não
esqueçam o nome do autor do texto.
Seguindo o exemplo anterior, observem esta estrofe feita pelo professor
Cícero e façam uma estrofe com seis versos, sextilha:
Agora eu quero dizer: A cultura de cordel É o imaginário popular. Ela não é feita a revel, Faz o poeta imaginar E o povo sentir prazer.
Autor: Cícero Ferreira de Lima, 2012.
- Do mesmo modo que fizeram com a quadra farão com a sextilha, estrofe de seis
versos.
Expliquem como foi possível fazer essa mudança em relação ao número de versos.
- Tentem fazer uma estrofe com sete versos.
Observem a estrofe dos cordelistas Marco Haurélio e João Gomes de Sá:
No Nordeste Brasileiro Conservados na memória, Romances, contos e xácaras Lembravam a antiga glória De Portugal e Espanha, De que nos fala a história. Fonte: HAURÉLIO, 2011, p. 5
O texto começa com uma locução adverbial, indicando o local onde os fatos
acontecem e o verbo no pretérito imperfeito do indicativo indica um passado
histórico dos países ibéricos narrados na história.
- Leiam a estrofe acima e comentem a forma como era transmitida a história da
antiga glória de Portugal e Espanha.
- A que glória o poema se refere?
- Como é que o nordestino guarda essa história?
- No século XX, mais precisamente em 1969, o homem chegou à Lua. Há uma
frase célebre que marcou essa ocasião: “Um pequeno salto para o homem, mas um
grande salto para a humanidade.” Qual foi a frase célebre que marcou a descoberta
do Brasil, uma das glórias de Portugal?
-Comparando-se esses dois momentos históricos, qual deles é mais importante?
Façam comentários explicando a importância dessas descobertas para a
humanidade.
Atividades:
Agora peguem estes pacotinhos. Cada pacotinho tem uma estrofe com
versos separados. Os versos não estão em ordem, cada equipe vai ficar com uma
estrofe e tentará colocar os versos em ordem. Depois dessa organização, cada
equipe vai escrever a estrofe em folha separada. O passo seguinte consiste em
dispor as estrofes sobre uma mesa para que as equipes discutam a ordem em que
elas foram escritas. Depois, cada equipe vai digitar a sua estrofe para expor no
cantinho do cordel. As estrofes foram extraídas do folheto “Hércules e seus 12
trabalhos”, de Godofredo Solon.
O nascimento e o destino de Hércules. O texto completo encontra-se no livro
de cordel: A incrível história de HÉRCULES e seus doze trabalhos.
Entre as lendas mais antigas, Há um herói destemido Enfrentando deuses, monstros, Em prol de um povo sofrido. Pelos seus Doze Trabalhos Hércules ficou conhecido. Fone: SOLON, 2012, p.3
Pesquisem na internet para saberem quais são esses doze trabalhos de Hércules.
Qual desses trabalhos foi o mais penoso? Em qual deles ele precisou de uma ajuda
para completar o trabalho?
Vamos ler outra história, um romance de um amor quase impossível, que só
deu certo porque o jovem apaixonado foi muito criativo, voou nas asas do Pavão
misterioso. O que acham da história? Então vamos fazer um script para representar
em forma de teatro. Pensem no cenário, nas personagens, suas ações e na história,
como aconteceu. Cada equipe vai fazer o seu script e depois vai representar a sua
interpretação.
Leiam um excerto, na versão brasileira de José Camelo de Melo Resende, O
pavão misterioso. O texto completo encontra-se no livro: O pavão misterioso.
Figura: Pavão misterioso
Aurora: Leila Ângela de Lima
Eu vou contar a história De um pavão misterioso, Que levantou vôo da Grécia Com um rapaz corajoso, Raptando uma condessa, Filha de um conde orgulhoso. Residia na Turquia Um viúvo capitalista. Pai de dois filhos solteiros: O mais velho, João Batista; Então o filho mais moço Se chamava Evangelista.
Fonte: Resende, 2010, p. 3
Trabalhar o texto: Pavão misterioso.
Façam uma adaptação do texto para sua peça teatral; observem o período e
lugar onde ocorrem os fatos; levem em conta o que desejam debater e o que vão
apresentar ao público. Marquem nesta produção as falas das personagens,
definindo quem fará cada personagem desta produção teatral.
Com muito cuidado produzam o cenário, com papelão ou pano. Preparem
para o fundo musical a música Pavão Misterioso.
Ensaio
Leiam o texto e observem os conflitos existentes entre as personagens, as
características físicas e emocionais das personagens, bem como a entonação mais
adequada para cada fala.
Criar o figurino da peça
Encontrem roupas nas cores marrom e branca, façam chapéus no estilo
nordestino em cartolina, produzam adereços com fitas, barbantes, figuras, etc.
Peçam ajuda dos colegas da sala, interajam com eles.
Criem um pavão misterioso com cartolina ou papelão, usem papel laminado de
várias cores.
Divulgação
Divulguem o trabalho que vão apresentar. Confeccionem panfletos estilo
cordel, e coloquem em vários locais: entrada da escola, sala dos professores,
laboratório de informática, corredor da escola. Façam a propaganda da arte que vão
apresentar.
Apresentação.
Apresentem para os seus colegas na sala de aula. Demonstrem seu empenho
no trabalho realizado. Sejam artistas. Que tal apresentar esse teatro para o público?
Depoimentos
Os alunos que participaram do teatro compartilham com os demais sobre
como se sentiram na apresentação, vão falar da ansiedade, da dificuldade e da
superação na hora da apresentação.
Os alunos que participaram construindo o cenário e os adereços vão
compartilhar da experiência vivida na hora de produzir os adereços até vê-los
prontos no cenário.
Todos falarão do que aprenderam construindo um texto para representar.
ALMANAQUE
Há cordelistas que trabalharam com o gênero almanaque. João Ferreira de
Lima, Manuel luz dos Santos, José Bernardo da Silva e Manuel Caboclo usaram
folhetos no estilo almanaque. Vejam um exemplo, na verdade, um acróstico na capa
de um folheto de cordel de Manuel Caboclo e Silva:
Horóscopo para todos
NORDESTE – Na grande amplidão Os presságios da lua neste ano Representam: - o inverno mediano De arroz, de milho e algodão, E desigual em alguma região. Seja ativo, prepare seu roçado Terra boa, legume bem tratado Esperando o autor da criação! Fonte: MELO, 2010, p. 120
Você conhece almanaque?
Essa informação sobre o tempo para o agricultor, escrita no jornal, teria essa
mesma forma? Apresenta uma reação diferente? Explique como ela vem escrita no
jornal.
Procure no jornal a previsão do tempo e compare com essa previsão.
O CICLO DO GADO
Na região Nordeste, antigamente criava-se o gado solto, não havia cerca para
prender os animais, conhecia-se o gado pela marca que se imprimia no couro do
animal, e respeitava-se o código de honra. Os vaqueiros, quando saíam a procura
de algum animal que o dono queria que trouxesse à sede da fazenda, vestiam roupa
de couro, punham um chapéu de couro e saíam em disparada a procura do animal,
geralmente arisco. Esse ciclo deu origem a muitas histórias de amor, como esta:
História sertaneja do valente Zé Garcia, de João Melchíades Ferreira da Silva.
- Senhor Garcia, eu também Posso lhe oferecer Os meus cavalos de campo O senhor pode escolher, Aquele que lhe agradar, Pra campear e correr. Garcia abriu sua mala Na qual estava guardado A vestimenta de couro Bom guarda peito arreado Porque o vaqueiro lorde, Faz de couro de verdade. Fonte: SILVA, 2011, p. 09
Acessem a internet e procurem mais informações sobre o ciclo do gado na região
Nordeste.
Procurem na internet outros romances desse ciclo do gado.
Leiam esse cordel: História sertaneja do valente Zé Garcia e relacionem com o
que leram na internet.
O REPENTE
O repente consiste na arte de fazer versos cantando ao som da viola ou da
rabeca. O desafiante provoca com uma estrofe e dita o ritmo da peleja. Há uma
dessas pelejas muito comentada hoje, a peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho
do Tucum. Em duplas, vamos usar os versos de César Obeid para fazer uma peleja:
- Sou brincalhão de palavras Com essa literatura Dos ditados populares Eu tenho desenvoltura Água mole em pedra dura Tanto bate até que fura. - Vou contar outro ditado No meu verso meio louco Atenção meu pessoal Quero ouvir refrão de troco Que alegria de pobre Sempre dura muito pouco. Fonte: OBEID, 2005, p. 14
Agora que já treinamos, que tal apresentar, para os demais alunos da escola,
um repente?
Superstições
- Rimando superstições Eu pretendo lhe contar Essa é meio tenebrosa Você vai se arrepiar Ao quebrar algum espelho Sete anos de azar. - Para o povo aqui presente Vou contar mais um segredo Sendo na boca do povo É gostoso igual brinquedo Aponte estrelas no céu Nasce verrugas nos dedos.
Fonte: OBEI, 2005.
A embolada segue o mesmo estilo do repente, a diferença entre um e outro estilo
está no instrumento musical, a embolada usa só o pandeiro.
METODOLOGIA
Caro colega:
Este material foi produzido com o intuito de desenvolver o interesse pela
leitura e espera-se alcançar o objetivo proposto com práticas condizentes, visando o
desempenho do aluno em relação à aquisição do saber através da leitura de textos,
previamente preparados para essas atividades específicas, com os recursos
disponíveis na escola. O público que vai eventualmente participar, observando as
atividades feitas pelos alunos e lendo os seus textos, são os alunos da escola,
professores, amigos e pais dos alunos.
Inicialmente é apresentado um histórico do cordel com recursos midiáticos.
Ao longo das aulas, em vários momentos serão utilizados vídeos para facilitar a
compreensão do aluno em relação ao assunto proposto em aula pelo professor. O
material didático como textos de cordel serão digitados e entregues aos alunos para
que haja bom desempenho das aulas.
Sendo a escola um espaço dedicado ao aluno, e o lugar onde se processa a
aprendizagem, o professor de Língua portuguesa tem o dever precípuo de promover
a leitura na sala de aula, porque é através da leitura que se amplia a compreensão e
o conhecimento de mundo e se permite o domínio de uma linguagem prática em
suas manifestações diversas, que vai se efetivar no seu viver diário, com a
competência de criar argumentos que permitam se defender em determinadas
situações, mesmo contingenciais. Em qualquer situação o sujeito escolarizado deve
estar pronto a responder e a lidar com as situações favoráveis ou adversas. É o
diálogo da vida com a vida a serviço da própria vida que vai aprimorar o aluno nesse
ambiente escolar, local propício para interagir com os colegas e com os professores,
abrindo caminho para as realizações pessoais.
Com sua experiência profissional você poderá estimular os alunos a refletirem
sobre a leitura no decorrer das atividades. Incentive-os a se posicionarem perante as
diversas situações de forma alicerçada, para que desenvolvam o espírito crítico com
capacidade de analisar. Você poderá expandir as estratégias que foram sugeridas.
Para atender aos dispositivos legais, pertinentes a Lei de Direitos Autorais, nº
9.610/98, foram indicados, nesta Unidade Didática, endereços de sites, vídeos,
filmes e obras, onde poderão ser encontrados, na íntegra, o material necessário
para que as atividades sejam realizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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