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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título:”O Sentido da Leitura nos Trajetos que Levam à Aprendizagem”

Autor Iliane de Fátima Volpatto Ortiz

Escola de Atuação Colégio Estadual “Monsenhor Guilherme”

Município da escola Foz do Iguaçu

Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu

Orientador Profª Drª Maria Elena Pires dos Santos

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica Oficinas Literárias:Leitura e Produção

Público Alvo

Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental

Pais dos Alunos

Localização Colégio Estadual “Monsenhor Guilherme”

Rua Naipi, n.261 - Centro

Apresentação:

Este projeto apresenta uma proposta de oficinas de leitura para ser desenvolvida em nível prático visando auxiliar o desenvolvimento de hábitos de leitura e de interpretação de enunciados com a finalidade de promover o sentido da aprendizagem nos educandos da 5ª série do ensino fundamental. O objetivo da pesquisa é evidenciar em nível teórico e prático a viabilidade de uma práxis voltada para um trabalho de estudos que tornem evidentes evoluções e conquistas dos alunos no que diz respeito à leitura, à compreensão e à escrita. O desenvolvimento deste projeto justifica-se pela necessidade de melhorar os índices de aprendizagem a partir da construção lúdica e prática do conhecimento. O estudo fundamenta-se nas abordagens de leitura de Koch (2010), Kleimam (2008), Freire (1993),e Antunes (2010), entre outros teóricos que constituem um direcionamento sociointeracionista para a aprendizagem. Os procedimentos metodológicos para o desenvolvimento desta pesquisa adotam uma característica qualitativa do tipo experimental que permite acompanhar a comparação de variáveis na construção de conhecimentos científicos a partir da observação do real. Espera-se com este estudo contribuir para o desenvolvimento de novos conhecimentos experimentados de forma prática e que permitam aos educandos ampliar as possibilidades de leitura e de formação de uma cidadania crítica e reflexiva.

Palavras-chave Leitura. Prática pedagógica. Interpretação

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1 APRESENTAÇÃO/PLANO NORTEADOR

1.1 TEMA

Este estudo aborda a prática de oficinas literárias, visando à formação de

leitores eficientes que sejam capazes de ler e não apenas decodificar a leitura, mas

compreendendo seu contexto. O título do estudo é “O Sentido da Leitura nos trajetos

que levam à aprendizagem”.

1.2 JUSTIFICATIVA

Diante do insucesso de muitos alunos no desenvolvimento de atividades que

exijam a leitura e interpretação de enunciados, busca-se, a priori, estudar fatores

que dificultem essa compreensão, para posteriormente proporcionar práticas que

possam amenizar esse problema.

De fato, são muitas as ocasiões em que os alunos dizem não ter feito uma

atividade porque não sabiam o que fazer. E inúmeras são às vezes em que

perguntam o que é para fazer. Com base nessas constatações, pretendem-se

trabalhar as interrogações contidas na temática a ser explorada, ou seja, a leitura e

interpretação de enunciados, com a finalidade de promover o sentido da

aprendizagem através da leitura.

Desta forma, ao invés de responder logo o que fazer, como geralmente o

fazemos, julga-se necessário investigar os motivos que levam ao impasse em

relação à identificação do sentido contido no enunciado e auxiliar os alunos a

questionar para compreender o que lêem. De acordo com Koch (2010):

Leitura de um texto exige muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias tanto de ordem linguística como cognitivo-discursiva, com o fim de levantar hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas, preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim, participar, de forma ativa, da construção de sentidos (KOCH e ELIAS, 2010:8).

O projeto de intervenção pedagógica na escola será efetivado através de

diversas técnicas de ensino, objetivando o enfrentamento das dificuldades do ensino

e aprendizagem de leitura e compreensão através de oficinas de leitura. Pretende-

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se, com este trabalho, auxiliar o aluno na sua preparação para o mundo da

competitividade e valorização pessoal, bem como, colaborar para que na prática

ocorram melhorias de aproveitamento nos índices da escola em testes do Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e outros exames e concursos que se

apresentam no dia a dia dos jovens. Além disso, pretende-se elencar propostas em

nível teórico e prático que auxiliem no desenvolvimento dos educandos da 5ª série

do Ensino Fundamental, a partir de um trabalho de estudos e leituras que tornem

evidentes evoluções e conquistas, procurando estabelecer relações com o que se

tem e com o que se quer.

Ao analisar os dados mais recentes do (IDEB) relativos a 2009, do Colégio

Estadual Monsenhor Guilherme, verifica-se que é urgente repensar a prática

pedagógica. O Colégio está muito distante dos padrões definidos como aceitáveis

para os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE), isto é, o clube das 30 nações mais desenvolvidas do planeta. O projeto do

Ministério da Educação (MEC) sabe que mudanças profundas são lentas, mas a

mudança neste índice é urgente.

Uma das formas de elevar essa média é através da aquisição da leitura como

processo de apropriação do conhecimento da língua oral e escrita, em que o

indivíduo gradativamente amplia e revê suas formas de ler o mundo.

A implantação do projeto aqui proposto, que será desenvolvido através de

oficinas de leitura, com certeza contribuirá para um melhor aproveitamento escolar,

via identificação dos sentidos representados nos espaços da leitura, cujas intenções

precisam ser entendidas, pois é através deles que se conseguem avanços

consistentes e duradouros na aprendizagem.

A fantasia cultuada nessa faixa etária será tida como suporte para

demonstrar a importância e o direcionamento no estudo dos livros de literatura e

gibis. As técnicas e as atividades terão a ambição de promover animação como

ferramenta pedagógica facilitadora no processo ensino-aprendizagem, auxiliando o

professor a implementar a sua prática pedagógica e levando o aluno a auto afirmar-

se de forma positiva e prazerosa, pois, de acordo com Lois (2010), a diversão, a

brincadeira e o lúdico tornam a leitura fonte de prazer acima de tudo.

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1.3 PÚBLICO-ALVO

O estudo volta-se para o desenvolvimento de leitura e interpretação com

alunos de 5ª série do Ensino Fundamental no Colégio Estadual Monsenhor

Guilherme de Foz do Iguaçu e com os pais desses alunos.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Evidenciar em nível teórico e prático a viabilidade de uma práxis voltada para

um trabalho de estudos que tornem evidentes evoluções e conquistas dos

alunos no que diz respeito à leitura, compreensão e escrita.

1.4.2 Objetivos Específicos

Caracterizar a leitura como base norteadora do conhecimento que permita

aos alunos a ampliação de oportunidades;

Identificar a leitura, através dos gêneros do discurso, como instrumento

investigativo, reflexivo e conclusivo, visando à projeção de aprendizagens

úteis à vida;

Desafiar o aluno para descoberta de caminhos que o auxiliem no

entendimento dos sentidos que permeiam o mundo da escrita;

Propiciar oportunidades investigativas que permitam abrir mão de rotinas e

que desafiem o aluno a uma efetiva participação.

Fomentar o comprometimento da família, fazendo-a sentir-se co-partícipe na

construção da aprendizagem dos filhos.

2 PROCEDIMENTOS

Muitos são os pesquisadores que apontam a literatura como exercício da

mente e que a literatura é prazer. Então precisamos encontrar estratégias que nos

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ajudem a transmitir este prazer, encontrar uma forma de envolver nosso aluno nas

atividades prazerosas da leitura.

Percebemos ao longo de nosso estudo que muitos são os caminhos possíveis

para formar um aluno leitor, e que é necessário propiciar oportunidades para que

este prazer possa ser desfrutado. Experiências têm mostrado que nossos alunos

demonstram “vontade” ou “querem” aprender quando há “sentido” ou “razão” para

aprender. A criança e o adolescente são imediatistas, se não vêem um motivo,

realizam a atividade sem envolvimento, ou não a realizam.

Isto acontece porque tudo o que é lúdico parece tocar o aluno,

sensibilizando-o. A sensibilidade é inerente a qualquer ser vivo. Por exemplo, se

coloco água quente em uma planta, ela reage de uma forma; se jogo água fria, de

outro. Da mesma forma ocorre em sala de aula: é a maneira como trabalho um

conteúdo que pode ativar ou não a curiosidade. É a forma como apresentamos as

atividades que vai determinar o envolvimento, ou não. Aprendemos com a ciência

que seres vivos reagem a estímulos porque são sensíveis e temos que nos

empenhar nisso. Precisamos permear os campos da sensibilidade com a fantasia

para ajudar nossos alunos a adquirir o hábito da leitura.

A literatura é uma forma lúdica de linguagem, nela o leitor usufrui o prazer do

jogo artístico que um escritor desenvolve com a linguagem, daí a importância de

aproximar a literatura e o lúdico. A arte literária e o lúdico podem surgir como

estímulo imprescindível para o desenvolvimento do imaginário e o desenvolvimento

cognitivo do aluno.

Acreditamos que através de atividades lúdicas atreladas à literatura o aluno

poderá apropriar-se do conhecimento extraindo dele muitas significações que o

encaminharão à conquista de sua própria identidade.

Através de oficina s de leitura envolvendo pais e alunos, apresentamos uma

metodologia que pretende aproximar literatura e o lúdico. A fantasia será tida como

suporte para demonstrar a importância e o direcionamento no estudo de livros de

literatura e de gibis. As técnicas e as atividades terão a ambição de promover

animação, como ferramenta pedagógica facilitadora no processo de ensino-

aprendizagem, auxiliando o professor a programar a sua prática pedagógica e

levando o aluno a autoafirmar-se de forma positiva e prazerosa, pois, de acordo com

Lois (2010), como já mencionado, a diversão, a brincadeira e o lúdico tornam a

leitura fonte de prazer acima de tudo. Assim, essas modalidades estratégicas

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pretendem, a princípio, acolher o aluno em um ambiente alegre e divertido,

encaminhando-o a atingir os objetivos em pauta.

2.1 OFICINAS DE LEITURA PARA OS ALUNOS As oficinas de leitura trabalhadas nesse segmento didático estão pautadas na

concepção sociointeracionista da linguagem (Vygotsky), sustentadas na teoria dos

Gêneros (Bakhtin) e organizadas metodologicamente baseadas nos modelos de

Dolz, Noverraz, Scheneuwly (2004) e referenciados nos cadernos pedagógicos

divulgados e organizados pela Associação dos Municípios do Oeste do Paraná

(AMOP, 2007 a , AMOP, 2007 b, COSTA-HUBES e BAUM GARTNER, 2009)

Adaptações foram realizadas para atender as necessidades reais dos alunos.

A modalidade em questão será trabalhada com os alunos da 5ª série do

Ensino Fundamental do Colégio Estadual Monsenhor Guilherme - Foz do Iguaçu/PR.

Foram organizadas com o objetivo de contribuir para o encaminhamento processual

do projeto “O Sentido da Leitura nos Trajetos que levam a aprendizagem”.

A base metodológica seguirá o mesmo roteiro em todas as oficinas. Começar

com atividades de fácil compreensão e desenvolvimento se constitui em atrativo

para a aprendizagem, amplia a autoestima e a capacidade de autodeterminação.

2.1.1 Oficina de Leitura – 01 Eu e a Turma da Mônica-

Animando Para o Conhecimento O professor distribui uma tira do Chico Bento (Almanaque n°16 Chico

Bento, pg 82) com os balões em branco. Pede para que todos observem os

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quadrinhos. Entre outros, questiona: Quem são os personagens das tiras? É

possível imaginar o que eles estão fazendo? O que será que está escrito em cada

um dos balões em branco? Quem se arrisca a opinar? Em seguida registra as

hipóteses no quadro.

Em seguida entrega outra tira com as respectivas falas. Realiza um

comparativo para confirmar ou não as hipóteses. Logo após pede para que três

voluntários realizem uma leitura cênica dos quadrinhos.

Revelando os porquês

O Professor pergunta: O que nós fizemos até agora? O que conseguimos

apreender com a atividade?

Explica, então, que há várias formas de ler: desenhos, gestos, códigos...

Dramatiza repetindo uma frase rindo, chorando, gritando, para que os alunos se

habituem à expressividade das imagens representadas nas histórias em quadrinhos.

Explica que todas as pessoas são movidas por emoções, sentimentos e que

estas são práticas individuais e são usadas para demonstrar a diversidade de

perspectivas que uma pessoa tem ao se relacionar consigo ou com o outro.

Fala e indaga sobre a importância da leitura na vida humana e do projeto que

irão juntos desenvolver. Justifica o trabalho com os Gibis da Turma da Mônica por

facilitarem a transposição do real ao mundo da imaginação. A humanização dos

personagens permite ao aluno um diálogo – identificando-se ou não, concordando

ou discordando, um posicionamento objetivo ou subjetivo.

O elemento crucial que permeia a atividade se dá com a transposição do real

para o mundo imaginário, com foco na auto-análise e na observação do outro.

Agora, vamos:

Falar sobre os comentários que os pais fizeram sobre os gibis entregues no

encontro de pais.

Verificar o formato de uma história real e de uma história em quadrinhos

para descobrir as diferenças.

Ler um texto sobre o Cebolinha para descobrir quem ele representa e

quando nasceu.

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Produzir um texto individualmente relatando dados importantes da nossa

história.

Socializar nossas produções.

Produzindo Conhecimento

a) Contactando com o gênero textual História em Quadrinhos:

O professor colocará os alunos em círculo, e em um bate-papo irá conversar

com seus alunos sobre os gibis entregues às suas famílias. Registra opiniões no

quadro. Faz um comparativo sobre as falas.

Pede para que os alunos façam o reconhecimento da palavra ”história”. Lê o

que diz o dicionário. Mostra como são registradas as Histórias reais e história em

quadrinhos. Registra as semelhanças e diferenças. Lembrando que o foco do

trabalho estará centralizado em Histórias em Quadrinhos distribui para leitura

individual o texto: Personagem – Cebolinha

UM GALOTO DIFELENTE

Cebola, um garoto de cabelos espetados

que, quando falava, trocava o “R” pelo “L”,

existiu mesmo, fazia parte de uma turma de

garotos, lá de Mogi das Cruzes, e acabou

emprestando suas características para o

Cebolinha, personagem criado em 1960 por

Mauricio de Sousa.

1. Ele já foi mais gordinho, mais crescidinho

e até mais cabeludo, mas sempre com o mesmo jeito “englaçado” de falar.

Parceiro de aventuras - ou seria melhor dizer “vítima”? - da Mônica, a quem

vive tentando derrotar com seus “planos infalíveis”, Cebolinha teve a sua

revista lançada em 1973 e nas horas vagas também é astro de tevê, cinema

e teatro (Fonte: www.monica.com.br/personag/turma/cebolinh.htm).

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Comentar o texto recordando que Cebolinha é um personagem da Turma

da Mônica, e que nós somos personagens da família Souza, Oliveira... Salientar

que todos nós temos uma história bonita e que merece ser contada e apreciada.

b) Praticando conhecimento, seguindo as regras:

A professora explica que a partir de hoje quando vamos praticar

conhecimento devemos ler os encaminhamentos, praticando o que se pede. Lê com

eles as regras em voz alta.

a - Não façam perguntas;

b - Leiam silenciosamente o texto;

c - Agora vocês têm _____ minutos (conforme a habilidade da turma) para realizar a

tarefa;

d - Façam sozinhos ou sozinhas sem tentar olhar na folha do colega;

e - Ao terminar tentem fazer um desenho seu no quadro em branco ao lado do

Cebolinha;

f - Após desenharem não entreguem a folha, apenas permaneçam em silêncio na

carteira.

Alunos e alunas!

Meninos e meninas!

As pessoas que escrevem, escrevem porque gostam. As pessoas que

lêem, lêem porque precisam ou, também, porque gostam. Então, para ser um

escritor ou um leitor basta “querer ser”, não é mesmo?

Vamos tentar primeiro escrevendo, depois lendo.

Vamos lá, invistam em vocês, escrevam a sua história.

Como?

Ora, apenas completem.

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Uma História Real

Meu primeiro nome tem........letras. Começa com a letra.........e termina com..........

Sou do sexo..........................tenho.........anos.

Moro com...................................................................................................................

Eles são responsáveis por mim porque.....................................................................

Na minha casa.........pessoas trabalham fora de casa. Quer saber quem? Vou

escrever:.....................................................................................................................

Gosto de ler........................................................... porque.........................................

Também quer saber se gosto de escrever? Claro que .............................................

Porque........................................................................................................................

A minha professora de português acha que eu sei bem............................................

Mas eu acho que .......................................................................................................

Dias desses eu disse para minha professora: Professora eu gostaria que você

ensinasse português assim:.......................................................................................

....................................................................................................................................

....................................................................................................................................

Ela me respondeu que...............................................................................................

....................................................................................................................................

Eu comecei na escola no ano de..............na(no).......................................................

Já faz ..........anos que estudo porque........................................................................

Dia desses eu sonhei que o Cebolinha saiu da História. Veio pé, por pé, até minha

cama. Chegou bem pertinho do meu ouvido e perguntou?

- Hei, menin.......! Você sabe quem eu sou? Quer me conhecer? Já leu uma

historinha minha?Fez tantas perguntas juntos, parecia ansioso.

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Claro que respondi que ..........................................................................................

Ele me disse que nasceu em 1960 e é um personagem da Turma da Mônica- das

histórias em quadrinho, você deve saber. Foi criado por Maurício de Souza- um

escritor.Falou que o criador dele lê muito. Então novamente me perguntou:

- E as pessoas de sua família também lêem? Quem lê mais e o que lêem?

Pensei:”Seria melhor que o Cebolinha me fizesse uma pergunta de cada vez, mas

tudo bem, vou matar a curiosidade dele.

As pessoas da minha família.....................................................................................

...................................................................................................................................

Acordei entusiasmado com o sonho.

Pensei: “Bem bacana o Cebolinha, mas quem escolheu como ele é e como ele

tem que ser, foi esse tal de Maurício de Souza, escritor dos gibis.

Mas e eu como sou? Deixa eu pensar e responder:

- O que eu faço porque os outros querem?

...................................................................................................................................

Mas, tudo isso eu faço porque...................................................................................

Se eu pudesse entrar na historia em quadrinho eu seria..................................

Só para dizer com carinho

Que eu adoro fantasia.

Gostou do meu versinho?Pura fantasia.

Eu sou de verdade, sou gente. Minha forma de viver tem que ser uma escolha

minha. Sei pensar e escolher. É como se todos os dias eu pegasse uma caneta e

escrevesse como e o que vou fazer naquele dia -vou escolhendo e fazendo. Se

eu escolher com responsabilidade e aceitar ajuda para fazer coisas boas, daqui a

vinte anos eu terei........anos e serei........................................................

Para eu ter essa profissão eu preciso:

1-_______________________________________________

2-_______________________________________________

3-_______________________________________________

4-_______________________________________________

5-_______________________________________________

Há ! Esqueci de te dizer que para mim, “fazer coisas boas” é isso...........................

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Já cansei, afinal não sou de ferro. Só falta agora você descobrir o meu nome.

Ficou em dúvida, não é? Só falei quantas letras, mas não quais.

Vou escrevê-las aqui todas embaralhadas. Tente adivinhar.

...................................................................................................................................

Claro, meu nome é................................... e meu sobrenome é.......................

Junto fica:.........................................................................................................

c) Escrevendo de outro jeito:

Distribuir uma tira com balões em branco para que seja reescrito em forma de

quadrinhos o que pretendem ser daqui a vinte anos - imaginando responder uma

pergunta do Cebolinha.

d) Divulgando produções: Expor as produções na sala para que todos vejam os trabalhos de todos. 2.1.2 Oficina de leitura 02 – O Nascimento da História em Quadrinhos

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Animando para o Conhecimento

O que há de diferente?

O professor apresenta:

* Uma seqüência de palavras →em seguida retira uma e pergunta: O que está

faltando?

* Uma gravura colorida de uma pessoa → reapresenta a mesma com

vestimenta de outra cor. O que há de diferente?

* A figura de uma casa → reapresenta sem uma porta ou janela. O que está

faltando?

* Mostra algumas gravuras de animais → Acrescenta mais um. O que há de

diferente?

* Apresenta alguns personagem da turma da Mônica. →acrescenta um

personagem diferente. Quem não faz parte da turma da Mônica?

* Apresenta uma palavra → retira uma letra. O que há de diferente?

Revelando os porquês

É importante percebermos que os detalhes compõem diferentes formas de

comunicação. Ao retirarmos ou acrescentarmos algo se apresenta um novo sentido.

Quando não lemos todo o conteúdo de um texto ou imaginamos mais do que está

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escrito nele acontece a mesma coisa. Ou seja, precisamos perceber o sentido de

cada palavra de um texto para compreendê-lo.

Outro fator importante que vimos na atividade anterior é que fizemos uma

leitura de nossa vida, e de certa forma pudemos entender nossa forma de agir, e de

pessoas próximas a nós. Na verdade o que antecedeu a nossa escrita foi a leitura

que fizemos anteriormente da nossa forma de ser e atitudes de nossos familiares. A

partir disso escrevemos parte de nossa história. As histórias em quadrinhos também

têm sua história, que tentaremos desvendar a partir da leitura.

a) O que nós vamos fazer hoje, e por quê:

• Realizar uma brincadeira para a formação de grupos, como forma de

socialização;

• Em grupo ler para recordar e descobrir: O que são histórias em quadrinhos e

como elas surgiram no Brasil;

• Observar detalhes;

• Descobrir significados;

• Compreender as diferentes formas de apresentação dos quadrinhos e o

formato dos balões;

• Dramatizar, observando que esta é mais uma forma de ler;

• Recriar atividades com assuntos e/ou personagens diferentes.

Produzindo Conhecimento a) Redescobrindo o Gênero Textual História em Quadrinhos 1º. Formação de grupos: Colocar todos os alunos em círculo para que se

movimentem de acordo com a música. Ao sinal formar grupos menores de acordo

com as determinações:

• em cinco

• em quatro

• sozinhos

• em dez

E assim por diante até que se formem seis grupos.

Para que não haja constrangimentos não dar a ordem “em dois”.

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2º. Distribuir aos grupos o Gibi: Você Sabia? Histórias em Quadrinhos. (Turma da

Mônica n. 8, Editora Globo) → leiam primeiro a História em Quadrinhos Primeira

Parte e em seguida a segunda parte: Histórias em Quadrinhos Brasil.

Praticando conhecimentos Entregar aos grupos uma tira com as seguintes determinações:

Grupo 1→ Responsabilidades do grupo:

Responder o que são histórias em quadrinhos

O que sugere a lamparina sobre a mesa do quadrinho da parte superior

direita da pagina 05

Comente o 2 ° quadrinho da página 32

Com base nas paginas 12 a 16 criem um passatempo lembrando que não

pode ser cópia.

Grupo 2→ Responsabilidades do grupo

Descobrir a época em que surgiram as Tirinhas e em que país;

Identificar significados de três formatos de balões;

O que quis dizer Mauricio de Souza na fala representada no primeiro

quadrinho da página 28?

Organizem uma atividade no estilo de “Você Sabia” página 26, tendo por

referência Histórias em Quadrinhos - Brasil

Grupo 3→ Responsabilidades do grupo

Descobrir o fato curioso das histórias de Yellow Kid;

Comentar o 3º quadrinho da página 09;

Responder: Por que Ângelo Agostini tem uma pena na mão? (não dizer a

página para que eles lembrem ou procurem)

Dramatizem um quadrinho da primeira parte do Gibi

Grupo 4→Responsabilidades do Grupo

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Identificar a caracterização das histórias da época de 30;

Responder por que, segundo o texto, as HQS são um dos meios de

comunicação mais importantes de nosso século;

Comente o segundo quadrinho da pagina 27 não esquecendo o significado

da seta;

Dramatizem um quadrinho da 2° parte do Gibi.

Grupo 5→ Responsabilidades do Grupo

Colocar em sequência os herois que surgiram na época de 40;

Comentar a fala do redator, escrita no primeiro quadrinho da página 04;

Observem e respondam: O que sugere o aperto de mãos de Zé Carioca e as

malas nas mãos do Pato Donald no 4º quadrinho da pág. 29;

Com base nas páginas 17 a 25 criem um passatempo lembrando que não

pode ser cópia.

Grupo 6 → Responsabilidades do Grupo

Coloquem em sequência os personagens que aparecem na página 07;

Descobrir e registrar quem foi o precursor das Histórias em quadrinhos no

Brasil e em que época;

Dramatizar uma cena em que aparece um personagem da década de 60 no

Brasil.

Divulgando produções

Apresentação das atividades por grupo.

Avaliando produções O professor pergunta:

- O que vocês conseguiram aprender?

- Em que essa atividade vai ajudar a cada um?

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2.1.3 Oficina de Leitura 03 - Gênero textual: história em quadrinhos - Aprendendo

com a historinha do gibi: “Como vejo você”

Animando para o conhecimento

Alunos e alunas...

Um dos pontos fortes da leitura de gibis é, sem dúvida, a maneira prazerosa

que permite dialogar com o imaginário e o real. Esse diálogo, por vezes, funciona

como um elemento terapêutico – remédio que a escola também pode fazer uso.

Falar dos problemas sem perceber. Elogiar sem medo de parecer cafona,

opinar sem constrangimento, três ações indispensáveis que podemos fazer uso

através de uma brincadeira.

Brincando com balões:

Reunir alunos em círculo. Cada um recebe um balão com uma frase

incompleta dentro. Ninguém pode estourar o balão a não ser que seja chamado ao

centro do circulo.

Ao chamar o aluno, rapidamente ele se dirige ao centro estoura o balão e

completa a frase:

- Aprecio meu cabelo porque........

- Minha mãe e legal porque....

- Gosto muito de............. porque.......

- Minha rua poderia ser........... porque....

- Uma pessoa é bonita quando.....porque

- A leitura ajuda a gente.....porque.....

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- Se eu fosse um livro eu seria de...... porque

- Se eu fosse um animal seria...... porque

- Uma pessoa é feliz quando.....

Revelando os porquês

Tempos de escola nos permitem afirmar que não há criança de jardim e de

pré escola que não gostem de livrinhos de historinhas, tampouco alunos do Ensino

Fundamental que dispensem a leitura de um gibi.

É certo que a escola precisa se ligar nestas preferências até porque, ao

eliminar a visão de que só se aprende ler em livros didáticos, trazemos à tona a

informação de que leitura de texto escrito se faz em qualquer espaço. Contudo, com

essa modalidade de comunicação estaremos fomentando não apenas a curiosidade,

mas, sobretudo, ajudando a construir uma possibilidade para que o sonho de ler se

torne realidade.

A releitura de determinadas histórias permite um efeito positivo na

sustentabilidade do ato de transpor os obstáculos que impedem a construção da

auto estima e do auto direcionamento.

a) Ler um texto de autoria de Mauricio de Sousa

A historinha foi retirada do Almanaque da Mônica n. 25

Foi editado em janeiro de 2011

O gênero textual: história em quadrinhos

O Título: Como Vejo Você.

_ “Como será que vai ser esta historinha?”

– Como você vê a pessoa que mais gosta? - quem se atreve a dizer?

b) Por que vamos trabalhar com esse texto?

Para auxiliar o aluno a compreender a leitura lúdica como uma indispensável

fonte de informações reflexivas, capazes de permitir uma viagem ao mundo

introspectivo e ao mundo real.

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c) Espera-se com esta atividade:

- Fornecer subsídios para que o aluno consiga:

- Compreender os significados das palavras formadoras do texto escrito;

- Compreender mensagens transmitidas pelo autor;

- Utilizar-se da releitura do texto para elogiar pessoas do seu convívio, com

naturalidade;

- Recordar o gênero textual história em quadrinhos preconizado por Mauricio

de Souza;

- Compor quadrinhas de elogios, favorecendo a fomentação da auto estima de

seus pares e de seus familiares;

- Relacionar as quadrinhas que se assemelham ao negativismo da prática do

“bullyng”.

- Fazer analogias da primeira parte do texto com o hábito de ler, frequentar a

escola e valorizar a familia.

Produzindo conhecimento a) Atividade 01 Distribuir cópia da historinha “Como Vejo Você” com a transcrição no verso:

Almanaque da Mônica n° 25 , Editora Mauricio de Souza. Janeiro de 2011;

Ler individual e silenciosamente a história;

Questionar oralmente: Em que ela foi igual e em que foi diferente do que

imaginamos quando antes de lê-la?

Comentar:

- Quais os motivos que nos levam a afirmar que esta história pertence ao

gênero textual História em quadrinhos? - Por que alguns quadrinhos têm formato

diferente dos outros, se todos fazem parte da mesma história?- Em que período foi

editado o almanaque da Mônica n° 25?- O que significa editar e o que é um

almanaque? - Pesquisar no dicionário para construir ou desconstruir conceitos.

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b) Atividade 02: Interpretação textual

Responder no caderno: - O que a Mônica quis dizer para a Magali quando a

comparou com um Beija-Flor? - Quem é, segundo a quadrinha, esperta como uma

raposa?- Você já se sentiu encabulada? Em que ocasiões? - Pessoas espertas têm

mais sorte do que as outras? Por quê? - O que o Cebolinha quis dizer quando falou

“foi pouco cliativo da palte dela”, referindo-se a fala da Magali?

c) Atividade 03

Assinalar os quadrinhos que contêm apenas elogios.

Imagine que o texto do quadrinho em que há um mamífero aquático está

sendo dito para você. Qual seria sua reação mais provável?

Comentar: - As pessoas agem da mesma forma diante de uma provocação?-

Considerando o texto solicitar para que os alunos reflitam sobre as questões da

legalidade e da moral nas falas utilizadas pelos personagens da história.

Distribuir uma folha em branco com os dois retângulos:

“Escolha um dos quadrinhos em que conste os termos “magricela”, “dentuça”

ou “asno” e substitua o termo por outro de forma a transformar a crítica em elogio.

Quadrinha escolhida:

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Quadrinha reformulada:

Divulgando produções

Esta atividade também será realizada em folha separada do caderno para ser

exposta no mural da escola de forma que sirva de referencia para outras turmas.

Tendo por base as quadrinhas consideradas positivas para o convívio entre

as pessoas escreva sobre:

A Escola

A leitura

A família

Formação de painel expositivo das atividades realizadas nesta oficina.

Avaliando Produções Você conseguiu com essa atividade se conhecer melhor?

É importante o autoconhecimento para o relacionamento sadio com o outro?

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2.1.4 Oficina de leitura 04- Contando com o conto

Animando para o Conhecimento

a) Dinâmica

A professora coloca no quadro a figura da Magali e questiona:

_ Como vocês a vêem: no jeito físico, no jeito emocional e na forma de se

vestir?

_ Pede para que os participantes se unam em duplas, onde um será o

executor da tarefa e o outro orientador;

_ O executor terá a função de desenhar um pirulito no quadro onde está a

figura da Magali com uma mão estendida.

_ Numeradas as duplas ficam em círculo para que todos possam visualizar a

atividade.

_ Cada dupla recebe um pirulito com a identificação de seu grupo.

_ Chamado o grupo posiciona-se a uma distância do desenho, previamente

estabelecida ↔ nesse momento a professora venda os olhos do executor.

Ao sinal da professora o orientador irá indicar o caminho a ser seguido pelo

executor que terá a função de colar o pirulito na mão da Magali;

O orientador poderá dar até 03 pistas (Ex.: mais a direita, esquerda...)

(Obs: Vence a dupla que conseguir colar o pirulito mais próximo da mão da

Magali)

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Revelando os porquês

Realizaremos esta oficina para que o aluno familiarize com o conto

contemporâneo, percebendo-o como mais um elemento do mundo lingüístico capaz

de desencadear conhecimentos, criatividade e expressividade de modo lúdico e

prazeroso.Desejamos despertar nos alunos e aluna o hábito da leitura crítica e da

escrita, da criação e da produção através de narrativas em prosa, buscando uma

postura pedagógica que propicie a redescoberta das possibilidades de

representação mental lúdica e prazerosa que vai além dos detalhes de expressão e

movimento propiciados pela imagem – contribui para que o leitor capte detalhes e

intenções mentalizadas pelo autor ampliando seu campo de idéias para criar suas

novas produções. Essa forma de apresentação da linguagem fornece subsídios para

que o interlocutor ultrapasse a decodificação passiva.

Após a dinâmica professora pede para que um dos alunos relate o que foi

feito. Explica aos demais que ao contar o colega estava relatando um fato ocorrido –

quando contamos estamos ativando a memória para a visualização de detalhes –

quanto maior for a emoção e a habilidade do narrador maior será o envolvimento do

ouvinte.

Destaca que nesta oficina será trabalhado o conto contemporâneo. O conto

contemporâneo é considerado uma narrativa curta. Possui poucas personagens e

geralmente o tempo da história é reduzido. É um relato de uma situação que pode

acontecer no dia a dia ou pode ser fantasia do autor. Os contos podem ser escritos

de várias maneiras e abordar diferentes temas. Assemelha-se ao romance, possui

os mesmos componentes, porém não são tão extensos.

Produzindo conhecimento

a) Contactando com o gênero textual Conto

O professor inicia a atividade lendo o conto:Dona Cotinha, Tom e Gato

Joça(Contos :Edição Especial Nova Escola. Vol. 05.pg32

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A leitura será revestida de expressividade.Com bastante entusiasmo,

gesticulando e fazendo a entonação necessária dando ênfase a pontuação.O leitor

fornecerá subsídios para que os alunos e alunas consigam captar as intenções e

sejam capazes de representações mentais. Nesta perspectiva cria-se a interação de

sentido entre o sujeito que lê e o sujeito que ouve o texto.

Na sequência indicar que o texto lido pertence ao gênero Conto

Contemporâneo. Mostrar as principais características de um conto , destacando a

unidade de ação e a brevidade do enredo.Apontar alguns aspectos da obra,

considerando as características do gênero. Analisar a temática. Comentar alguns

recursos expressivos empregados pelo autor. Perguntar aos alunos se eles

conhecem ou já leram algum conto.Os alunos podem enumerar os contos já lidos

fazendo uma comparação das características entre os contos contemporâneos e os

contos de Fadas. Falar sobre o autor, procurando contextualizar o autor e obra no

panorama da literatura brasileira.

Praticando Conhecimentos

a) Atividade 01

Reunir os alunos em grupos. Cada aluno do grupo deverá contar ou ler o

conto que estava na pasta entregue para os pais. Os alunos deverão escolher um

destes contos para preparar uma resenha crítica e apresentar ao grande grupo:

Grupo 01 Conto Nome dos alunos

Grupo 02

Grupo 03

Grupo 04

Grupo 05

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b) Atividade 02 Após a leitura e escolha do conto os alunos deverão preparar a resenha dos

contos lidos para apresentação à classe. A resenha deve ser elaborada

considerando que se trata de um texto crítico sobre o assunto lido, por isso

necessita constar pelo menos os seguintes itens:

a- O tema do conto.

b- Informações sobre o autor.

c- Resumo do enredo.

d- Os aspectos do conto que mais chamaram a atenção, tipo de linguagem,

época e os prováveis motivos do escrito.

e- Se o título colaborou para a escolha do conto.

Na apresentação os alunos poderão apresentar a caricatura do personagem

principal (fruto da imaginação do grupo). Outros itens poderão ser incluídos nessa

resenha, a critério do grupo e de acordo com o conto lido.

c) Atividade 03

Pedir aos alunos que criem outros títulos aos contos lidos, explicando que o

título de um texto muitas vezes pode despertar o interesse das pessoas, fazendo

com que tenham vontade de ler.

Os alunos apresentarão os novos títulos aos colegas e estes farão a

apreciação onde julgarão se eles são mais interessantes do que os títulos originais.

Essa atividade estimula os alunos à reflexão e estes passam a fazer uma análise

das principais características dos contos lidos.

Divulgando Produções

- Leitura de algumas produções;

- Exposição dos trabalhos no mural da sala ou da escola.

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Avaliando Produções

Escrever uma avaliação comparativa, até cinco linhas, comentando o trabalho

de sua equipe com os demais grupos.

2.1.5 Oficina de leitura 05 - BRINCANDO COM AS OBRAS DE MAURÌCIO DE

SOUZA: Aula SHOW – “Se Vira no Minuto e Conta”.

Animando para o Conhecimento

a) Dinâmica

O professor organiza a turma em círculo e distribui, aleatoriamente, para

os participantes: retângulos amarelos, quadrados azuis, losangos rosa, circulo

verde, triângulos vermelhos, trapézio laranja.

Nessas figuras geométricas estarão desenhados animais. O professor

explica que apenas no momento em que ele apitar pela primeira vez é que os alunos

podem olhar o animal que está desenhado na folha e imitar sua voz. Prestando

atenção na imitação. Os grupos de cada animal devem ser formados, e depois

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explicar que o grupo deverá prestar atenção na quantidade de silvos para que

acompanhem imitando as vozes seguindo o ritmo:

01 silvo = 01 vez (Ex,: Miau )

02 silvos = 02 vezes (Miau, miau)

E assim por diante

Revelando os porquês

A professora explica que:

- Situações reais mostram uma correlação de interesses quando se explora a

capacidade criativa do ser humano e, muito se propaga no espaço das expectativas

em relação ao que o outro é capaz de fazer e o quanto somos capazes de satisfazê-

los. É na dialética entre criatividade e expectativa que se quer fomentar o imaginário,

como forma de favorecer e apreciar a leitura e releitura de obras literárias.

- Todos os seres humanos são criativos e capazes – ao imitarmos os animais

estamos apresentando primeiro uma “leitura mental” e depois a divulgação da voz

de cada animal – estabelecemos relações em que a linguagem cênica é muito

apreciada porque é muito rica em detalhes, ou seja, é como se escrevêssemos uma

história de outro jeito para chamar atenção à mensagem do texto.

- Escolher um coordenador de cada grupo para organizar a equipe.

- Ler e escolher uma historinha para apresentá-la de forma criativa, em um

minuto, observando a mensagem que o texto indica.

- Decidir o que fazer e como fazer a apresentação cronometrando o tempo.

- Organizar uma propaganda para ser apreciada pelos outros alunos da

escola.

- Essa oficina será realizada em duas etapas.

Produzindo Conhecimento

1) Primeira Parte

A professora:

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Solicita a turma para que se organizem em grupo – considerando para a

composição as figuras geométricas que receberam na dinâmica.

Questiona o valor que tem o tempo para cada um – registra no quadro

opiniões diversas.

Distribui para cada equipe um exemplar do Gibi Turma da Mônica – Uma

aventura sobre o Medo , edição n: 46. E o regulamento do Concurso: Se vira

no Minuto e Conta.

Registra no quadro as atribuições do grupo estipulando, com o auxilio dos

alunos, o tempo necessário para o planejamento e organização da

apresentação e da propaganda.

Disponibiliza materiais variados para utilização dos grupos.

2) Segunda Parte

Organizar a sala viabilizando espaço para as apresentações e para a

acomodação de todos os jurados;

Designar um aluno para entregar e recolher ficha aos jurados onde será

anotado a escolha de um grupo;

Escolher um aluno para agradecer aos jurados e as equipes participantes;

Disponibilizar um relógio cronômetro em frente aos jurados – O cronômetro

funcionará a partir de sinal dado pelo coordenador do grupo;

Apresentações;

Divulgação de resultados;

Agradecimentos;

Avaliação do evento.

Avaliando Conhecimentos

a) Critérios para avaliações:

Questionar se foi ou não atingidos os objetivos e as expectativas da série

nesta oficina;

Observação de datas e horários;

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Aspectos relacionados ao desenvolvimento das apresentações;

Possibilidades de entendimento do que cada grupo “quis dizer” –

revelação das mensagens.

Discutir sobre o valor do tempo em qualquer empreendimento.

Observação: Anexo o Regulamento

2.2 OFICINA DE LEITURA PARA PAIS

Experiências têm demonstrado que ao compartilhar responsabilidades, os

objetivos se concretizam com mais facilidade. Pensando nisso, organizamos

encontros com os pais dos alunos da 5ª série, envolvidos neste projeto para, além

de informá-los e colher sugestões e encaminhamentos possíveis para o alcance das

propostas com eficácia a que nos propomos e chamar a atenção para a necessidade

de combatermos as dificuldades do dia a dia, com atitudes que favoreçam a saúde

da mente e o fortalecimento da auto-estima e do auto direcionamento.

Enfim, permitir direta e indiretamente reflexões acerca da importância de

buscarmos alternativas que nos permitam a comunicabilidade, o lazer e a

convivência harmoniosa conosco e com os outros.

2.2.1 PRIMEIRA OFICINA COM OS PAIS

É importante ressaltar que, para que os encontros se realizem de maneira positiva

e descontraída, as carteiras serão dispostas em círculo para que todos tenham

possibilidade de olharem-se e sentirem-se iguais ao professor planejador.

a) Objetivos

Propiciar informações acerca da necessidade de implementar ações que

auxiliem todos os alunos a apropriarem-se de habilidades de leitura e da

habilidade interpretativa.

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Fomentar o comprometimento da família, fazendo-a sentir-se co-participe na

construção da aprendizagem dos filhos.

Recepção: Breve exposição da pauta do encontro.

(A pauta será exposta em local visível em cartaz com letras grandes para facilitar a

visualização.)

Solicitar que os presentes degustem o bombom colocado sobre seus

assentos e que leiam a mensagem nela anexada.

b) Atividade: Retratando meu pequeno grande amor.

Espalhar no centro da sala cartolinas de várias cores com tamanho de folha

A-4. Solicitar para que cada um e cada uma escolham uma cor e volte a sentar-se.

Orientação passo a passo

1) Observem o retângulo destacado na parte superior esquerdo da cartolina. Vocês

têm 03 minutos para desenharem o filho ou a filha que estão representando hoje.

2) Entre as várias cores de cartolinas espalhadas você escolheu uma. Complete a

frase utilizando no espaço a cor de sua cartolina.

___________filho(a) é _______________ porque

___________________.

3) Dentro do retângulo traçado na parte inferior de sua cartolina escreva o que mais

lhe chamou atenção no seu (sua) filho(a) hoje, pensando em uma característica

física dele ou dela.

4) Escreva no centro da figura circular o primeiro nome de seu filho ou filha e a data

de nascimento.

5) Vire a folha. Vamos cantar juntos:

Colocar músicas de cantigas populares que relembrem a infância.

Quando chegar à música “Se essa rua fosse minha” pedir para que todos

cantem juntos:

Se essa rua

Se essa rua fosse minha

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Eu mandava

Eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas

Com pedrinhas de brilhantes

Só pra ver

Só pra ver o meu amor passar.

Agora escreva de forma bem sucinta e do jeito que você sabe:

Se essa turma

Se essa turma fosse minha

Eu ___________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

6) Culminância: Expor no varal previamente montado na sala do encontro.

7) Elogiar a capacidade e a disposição de cada um para a realização das atividades.

Explicar que a escola precisa do apoio deles para melhorar os índices de

aproveitamento dos alunos nas atividades avaliativas. Apresentação sucinta do

projeto.

8) Distribuição de uma cesta ou pasta às famílias contendo gibis, livros, contos

contemporâneos e vários tipos de leitura. Os pais levarão a pasta (ou cesta) para

seus filhos (as).

9) Pedir para que os pais sugiram atividades que poderiam ser desenvolvidas no

próximo encontro, após leitura dos gibis, livros, contos que estão nas cestas ou

pastas.

Sugestão

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2.2.2 SEGUNDA OFICINA COM OS PAIS:

Objetivos

Observar a capacidade do grupo em cumprir acordos, contabilizando as

presenças do primeiro e do segundo encontro.

Propiciar o entendimento de que a habilidade de pensamento lógico e de

raciocínio é inerente a cada indivíduo e que esta se constrói nas relações

diárias das pessoas com outras pessoas e com as coisas que as cercam.

Apreciar a habilidade comunicativa e a capacidade de traduzir informações

advindas dos diferentes códigos que fazem parte da cultura de um povo.

Recepção: Mensagem “A importância da Educação” (vídeo)

Fala sucinta da coordenadora pedagógica comentando o vídeo.

Colocar no vídeo as seguintes informações:

Ao sinal dado pelo apito levantem-se e se dirijam aos fundos da sala de aula.

Coloquem-se ao redor da mesa.

Observem os pacotes sem abri-los. (cada pacote possui um produto

comestível e fixado recortes de papeis coloridos contendo informações acerca do

produto).

Vocês terão cinco (05) minutos para efetuar uma escolha, ou seja, cada um

de vocês poderá pegar apenas uma embalagem.

Ao segundo sinal cada um retorna a seu lugar, abre o pacote e pode degustar

sua escolha.

Pergunta-se:

Todos observaram as regras?

As informações foram suficientes?

Quem percebeu que as cores iguais significavam produtos iguais?

O que levou a cada um ou a cada uma a escolherem a embalagem?

Contabilizar e comparar gostos e preferências.

Trabalhar a atividade acordada no encontro anterior, organizado com base na

cesta ou pasta de leitura.

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Agradecer a presença convidando-os para ajudarem na organização e a

participarem do varal literário que será realizado na escola.

2.3 TÉCNICAS

As técnicas utilizadas compreendem inicialmente a leitura e estudo de textos,

a realização de oficinas de leitura, interpretação e escrita.

A escrita representa a resposta que o educando apresenta à aprendizagem

realizada e se torna importante elemento de avaliação contínua quando organizada

em forma de portifólio, que é orientado pelos princípios da avaliação formativa. Sua

concepção parte do princípio de que todo material produzido pelo aluno em seu

processo de aprendizagem é armazenado numa pasta para ser apresentado para a

avaliação.

O portifólio oferece possibilidades de construções aos alunos, colecionando

as suas produções e evidenciando a construção de sua aprendizagem, passando a

representar o seu progresso e dificuldades e, principalmente, suas conquistas.

Assim, permite ao aluno acompanhar o desenvolvimento de seu trabalho, de modo a

conhecer suas potencialidades e os aspectos que precisam ser melhorados,

tornando o aluno participante ativo do processo avaliativo, selecionando amostras de

seu trabalho e incluindo-as no seu portifólio (VILLAS BOAS, 2004).

No entanto, para o professor que avalia, o portifólio é muito mais do que uma

coleção de trabalhos. Ele permite a seleção dos trabalhos a partir de uma análise

crítica e cuidadosa que envolve o julgamento da qualidade da produção e das

estratégias de aprendizagem utilizadas, pois a partir do momento em que o aluno

participa da tomada de decisões e formula suas próprias idéias, ele promove

escolhas e foge da prescrição rígida e desconexa de outro ser, representado pelo

professor ou pela instituição escolar. Assim, a avaliação passa a se comprometer

com a aprendizagem de cada aluno e deixa de ser classificatória e unilateral.

Atualmente, desenvolve-se no ambiente escolar a possibilidade de

empreender a construção de portifólio digital, que permite maior praticidade ao aluno

que passa a agregar aos trabalhos uma plasticidade com vários tipos de linguagem,

ou seja: textos, fotografias, imagens, sons, etc... além de permitir maior interação

entre os produtores na medida em que as criações de cada um se transformam em

blogs digitais que permitem acesso de outros interlocutores, porém, ainda não é

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possível executar o portifólio digital devido à estrutura de tecnologia na escola não

comportar um trabalho digital efetivo com os alunos (MASETTO, 2000).

Por tudo isso, a elaboração do portifólio pelos alunos pode contribuir para

tornar as atividades realizadas nas oficinas mais importantes e estimuladoras do

processo de aprendizagem.

3 CONTEÚDOS DE ESTUDO

Os conteúdos de estudo desta produção didática pedagógica toma como

princípio o desenvolvimento da linguagem enquanto elemento fundamental no

processo de comunicação e de formação de leitores. A linguagem destaca-se como

elemento essencial que permite ao indivíduo a socialização, pois é o elemento

insubstituível na interação entre os sujeitos de diferentes segmentos sociais.

Desta forma, a abordagem dessa produção toma como base de conteúdo a

ser desenvolvido junto aos pais, professores e alunos as condições postas pela

sociedade que contribuem para dividir a literatura em gêneros de diferentes

sentidos.

O conhecimento da divisão dos gêneros é pertinente e serve como meio para

estimular os alunos a ler. A leitura necessita ser compreendida como um elo que une

as pessoas entre si e estabelece a comunicação superando as determinações do

tempo, do espaço, etc.

Bakhtin (1988) apud Kramer (1994) comenta que a língua proporciona o

despertar da consciência e a expressão é que organiza a atividade mental

completando sua natureza social. O papel social da enunciação é proporcionar a

interação no curso da comunicação verbal, pois é dotada de tema e significação e a

compreensão só se completa quando é permitida a contrapalavra. A ideologia do

cotidiano e os sistemas ideológicos se interrelacionam pela linguagem.

Assim, torna-se necessário formar cidadãos capazes de interpretar e

compreender as diferentes formas de linguagem.

Neste contexto, os conteúdos desta produção podem ser caracterizados pela

leitura, escrita, classificação dos gêneros literários e de suas características e estilos

que compreendem os objetos estudados nas oficinas desta produção.

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4 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES

Sabemos que um dos objetivos do ensino da língua é ajudar o aluno a se

apropriar da norma culta, fazendo uso dela em situações de maior formalidade.

Porém, não podemos esquecer que além de desenvolver o domínio das estruturas

da língua padrão, é preciso criar condições para que o aluno construa discurso

próprio, particularize seu estilo, expresse com objetividade e fluência suas idéias. E

principalmente entenda o que um enunciado quer dizer.

É importante acreditar que qualquer leitor pode desenvolver a sua capacidade

de interpretação, através da literatura e de outras formas de reflexões, pois ,

interpretação nada mais é do que o exercício do próprio pensamento em torno de

um pensamento de outro.

Nesta produção didático-pedagógica temos em vista as Diretrizes

Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná que apresenta a concepção

sociointeracionista da linguagem, a qual é reconhecida pela natureza social da

linguagem e também pelo caráter dialógico e interacional da língua (VYGOTSKY,

1993). Está referenciada também nos estudos dos gêneros. Segundo Baktin (1992)

a fala é um instrumento de interação social, por isso é importante ler considerando

os enunciados concretos situados no contexto histórico-social, possibilitando a

interpretação de diferentes interlocutores. Nesse contexto, os gêneros são

considerados ferramentas que permitem ao aluno compreender textos orais e

escritos, pois estudar a língua e analisá-la em situações reais de uso pode favorecer

a ampliação do domínio linguístico, possibilitando ao aluno fazer uma reflexão sobre

sua própria linguagem e sobre situações com as quais interage no seu dia a dia.

Entrelaçar os conteúdos com a vida pode dar subsídios para transformar

informações em conhecimentos.

Para ter um trabalho sistemático estudamos as sequências didáticas

propostas por Dolz, Noverraz e Schnewly (2004) e as orientações metodológicas

propostas por Costa-Hübes (AMOP, 2007), as quais apresentam o seguinte

encaminhamento:

1. APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO (necessidade / motivo de

produção).

2. SELEÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL (tendo em vista o que dizer, para

quem, em que local de circulação etc.).

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3. RECONHECIMENTO DO GÊNERO SELECIONADO (por meio de)

a) Pesquisa sobre o gênero.

b) Leitura de textos do gênero, explorando e estabelecendo relações entre:

- sua função social,

- seu conteúdo temático,

- sua estrutura composicional (características, tipologia predominante etc.),

- seu estilo (análise lingüística),

c) Seleção de um texto do gênero para um estudo mais específico:

- de sua função social,

- de seu conteúdo temático,

- de sua estrutura composicional,

- de seu estilo (análise lingüística).

4. PRODUÇÃO DE TEXTO do gênero, tendo em vista a necessidade

apresentada na situação inicial.

5. REESCRITA DO TEXTO produzido, com o objetivo de aproximá-lo, o

máximo possível, de seus “modelos” que circulam socialmente.

6. CIRCULAÇÃO DO GÊNERO, tendo em vista o(s) interlocutor(es)

definido(s) socialmente.

Algumas adaptações foram necessárias. A base metodológica seguirá o

mesmo roteiro em todas as oficinas.

1. Animando para o conhecimento;

2. Revelando os porquês;

3. Produzindo conhecimento;

4. Contactando com o conhecimento;

5. Praticando conhecimento;

6. Divulgando as produções.

Acrescentamos uma forma lúdica na apresentação da situação, por acreditar

que a obra literária ganha vida própria na medida em que o leitor interage com ela.

Por isso, deve ser apresentada aos alunos como algo que pode ser recriado e

explorado com dinamicidade, criatividade, objetivando sempre o crescimento e o

conhecimento do leitor.

Os textos veiculam saberes. Por isso torna-se importante que o professor os

contextualize, fale da época em que eles foram escritos, o porquê de eles serem

escritos. Assim permitirá ao aluno um diálogo entre o hoje e a época em que o texto

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literário foi escrito. Enfim, o professor não pode apenas apresentar o texto literário.

Precisa exercer o papel de mediador, provocá-lo para que ele tenha curiosidade em

descobrir as emoções da leitura, fazer reflexões.

O grande desafio da escola contemporânea é formar leitores eficientes,

capazes de ler e compreender o que leram, contextualizando o conhecimento.

Assumir esse desafio significa abandonar as atividades mecânicas e desprovidas de

sentido, que levam a criança a distanciar-se da leitura por considerá-la uma mera

obrigação escolar (LERNER, 2002).

Já foi dito por muitos pesquisadores, e nós enquanto observadores podemos

reafirmar, que a lógica do interesse flui com mais intensidade no contato com o

lúdico. Ao analisar os alunos em sala de aula, a impressão que se tem é que a

mente funciona como um dispositivo que condiciona a história de cada um ao campo

e espaço, com detalhes significativos aos seus valores. É nesse sentido que os gibis

e os contos contemporâneos vão subsidiar este trabalho.

Lois (2010), afirma que a literatura traz da realidade os conteúdos que dizem

respeito ao homem e que, quando o texto caminha em direção à fantasia, ao

imaginário, ao faz de conta e às chaves alegóricas que desembocam na decifração

do enigma, esse jogo de palavras chama a atenção do leitor, favorecendo a leitura.

Ela diz ainda que o código e sua decifração entram em acréscimo, numa relação de

prazer pela história e pelo lúdico.

Há a necessidade de que os alunos identifiquem os gêneros que serão

trabalhados. Eles precisam começar a entender os diferentes estilos e recursos

linguísticos que os autores utilizam. Também é importante que passem a analisar os

recursos linguísticos, os detalhes da história e as diferentes características dos

gêneros textuais sem esquecer a importância de identificar o que está sendo dito no

texto. Enfim, que possam compreender melhor aquilo que está sendo lido.

5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO (DA PDP)

O ato de avaliar é contínuo e contínuas deverão ser as dinâmicas de

acompanhamento de todos os envolvidos na vivência deste projeto. A avaliação

deverá ser inerente e imprescindível durante todo o processo do projeto, devendo

primar pelo caráter qualitativo, ou seja, participação dos alunos e pais nas oficinas.

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A avaliação poderá ser processada através de conversação diária, da

observação de mudanças de atitudes e nos registros de atividades vivenciadas.

Nessa interação, poderemos descobrir que tipo de leitura agrada mais; se

conseguem construir o significado do texto; se conseguem trocar informações com

os colegas; se mantém interesse pelo projeto; se há necessidade de mudança de

estratégias.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Raquel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. FEIJÓ, Mário. O Mundo das Histórias em Quadrinhos. São Paulo: Editora Moderna. FEIJÓ, Mário. Quadrinhos em Ação. São Paulo: Editora Moderna, 2003. GUEDES, Roberto. A saga dos Super-Heróis Brasileiros, São Paulo, 2005, Opera Graphica, 2005. KRAMER, Sônia. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. São Paulo: Ed. Ática. 1994. Secretaria de Estado da Educação Do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná, 2008. KLEIMAN, Angela B. Oficina de Leitura,: teoria e prática. 12 ed. Campinas-SP: Pontes, 2008. KOCH, Ingedore Villaça. Ler e Compreender:os sentidos do texto/Ingedore Vollaça Koch e Vanda Maria Elias.-3.ed.,3ª reimpressão.-São Paulo:Contexto,2010. LOIS,Lena.Teoria e Prática na Formação do Leitor:Leitura e Literatura na Sala de Aula. Porto Alegre:Artemed,2010.151p. VILLAS BOAS, Benigna M.F. Portifólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas-SP: Papirus, 2004. VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. Tradução Jefferson Luís

Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1993, Crédito Das Imagens: ALINE LAUFER. Aluna colaboradora desenhos feitos especialmente para este projeto

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ANEXOS Regulamento 1- Evento: SE VIRA NO MINUTO E CONTA.

2- Dos Objetivos

2.1- Objetivo geral:

Aprender a valorizar o tempo, características físicas e emocionais e os fatores

que motivaram a criação de alguns personagens que integram a literatura de

autoria de Maurício de Souza.

2.2- Objetivos Específicos:

Observar detalhes;

Seguir as normas pré-estabelecidas em regulamento.

3. Dos Participantes

Somente alunos da 5ª série ____ do Ensino Fundamental poderão integrar a

equipe da competição.

4. Dos Requisitos Básicos:

A equipe julgadora deverá observar:

* Organização do grupo;

* Tempo destinado a cada apresentação (01min);

* Criatividade e fidelidade ao tema;

* Cada jurado escolherá apenas um grupo;

* Após chamada para apresentação a equipe não poderá ultrapassar a 02

minutos para organização do cenário;

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* Perderá 1% na somatória geral, o grupo do qual um aluno vaiar, gritar ou

perturbar a apresentação dos colegas, sendo identificado e registrado em

quadro próprio pela professora orientadora da turma.

4. Das etapas

O evento estará dividido em duas etapas:

1 ° - Preparação do cenário ( até 02 min.)

2 º - Apresentação do grupo (01 min)

5. Do Tempo de Apresentação

a. As equipes não poderão ultrapassar o tempo estipulado, que é de 01

minuto.

6. Da Pontuação-

b. No início das apresentações o jurado receberá uma ficha contendo o número da equipe que será recolhido apenas no final de todas as apresentações;

c. Será formada uma equipe responsável pela soma das notas de cada

equipe;

7. Da Premiação

Cada integrante do grupo vencedor receberá uma caderneta de poupança no

valor de 50,00.

8. Da Comissão Julgadora

d. A Comissão Julgadora será composta pelo diretor da escola e .....

alunos da 8ª série.

e. Serão responsáveis pela escolha de somente um grupo;

9. Das Disposições Gerais: 9.1 Na primeira etapa do evento será escolhido:

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Responsável pela distribuição de cartelas para registro do grupo escolhido

pelo jurado;

Responsável pelo cronômetro das apresentações;

Aluno responsável pela recepção da mesa julgadora;

Aluno responsável pelo agradecimento aos que irão assistir ou julgar;

9.2 Compromissos das turmas participantes

• Responsabilidades quanto a permanência nos lugares determinados;

• Necessidade de aplausos como elemento motivador à todas as apresentações ;

• Não vaiar os grupos em suas apresentações.

9.3 Imprevistos serão resolvidos pela comissão Julgadora 10 Ficha de Avaliação:

Evento: Se Vira no Minuto e Conta

Data:

Série: Turma:

Grupo Escolhido: