Ficha para Catálogo de Produção Didático-Pedagógica...Os noticiários locais, nacionais, e...

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Ficha para Catálogo de Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE 2010

Título A Mídia Impressa Local no Processo de Formação Geográfica: Perspectiva Socioambiental

Autor Elza de Farias

Escola de Atuação Colégio Estadual Ana Vanda Bassara EF e EM

Município da escola Guarapuava

Núcleo Regional de Educação Guarapuava

Orientador Profª. Drª. Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)

Disciplina/Área - no PDE. Geografia

Produção Didático-pedagógica Unidade Temática

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa e Sociologia

Público Alvo Alunos da 2ª Série do Ensino Médio e a comunidade

escolar

Localização

Colégio Estadual Ana Vanda Bassara Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Rua das Acácias, nº 60 - Trianon CEP: 85012-130

Telefone: (42) 3623-3394 / (42) 3623-5459

Apresentação

A proposta de utilizar o jornal local como instrumento pedagógico em sala de aula, vem no sentido de contextualizar a informação veiculada por esse meio de comunicação, assim como, discutir seus limites e possibilidades pomo material pedagógico, no processo de formação geográfica local. Para isso, organizou-se o material pedagógico sobre a temática ambiental, com atividades e textos para professores e alunos. A implementação se dará no colégio Ana Vanda Bassara, com alunos da 2ª série do ensino médio, sistema de blocos, com a explanação do projeto, para a comunidade escolar, aulas expositivo-dialógicas textos complementares, visita técnica e elaboração de um jornal escolar.

Palavras chave Mídia impressa, Educação socioambiental local

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DDIIÁÁRRIIOO DDOO PPDDEE

RREEDDEE DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO DDOO PPAARRAANNÁÁ

AA iilluussttrraaççããoo rreepprreesseennttaa::

““NNuuvveemm ddee lleettrraass,,

cchhuuvvaa ddee ppaallaavvrraass,,

uumm ffuurraaccããoo ddee iiddeeiiaass””..

EDUCAÇÃO Colégio Estadual Ana Vanda

Bassara desenvolve projeto do

PDE na disciplina de geografia com

a participação de alunos da 2ª série

do ensino médio.

GERAL

Mídia impressa local é

utilizada como instrumento

de pesquisa.

MMííddiiaa iimmpprreessssaa nnaa EEssccoollaa QQuuaannddoo ssee uunneemm aass lleettrraass ee ffoorrmmaamm aass

ppaallaavvrraass,, ssiinntteettiizzaammooss iiddeeiiaass..

Equipe de Redação

Elza de Farias Professora PDE 2010

Profª. Drª. Marquiana de Freitas

Vilas Boas Gomes Orientadora IES

Rita de Cássia Luiz da Rocha

Pedagoga (Supervisão de Projeto)

GUARAPUAVA, SEXTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2011 ANO IV Nº 01 EDIÇÃO ESPECIAL R$ SEED

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APRESENTAÇÃO

O presente material didático busca refletir sobre as questões socioambientais,

particularmente como esse tema tem sido debatido na mídia impressa, o jornal, meio

de comunicação que também contribui para a formação de opinião da sociedade.

Considerando que as mídias, de uma forma geral, são responsáveis pela

formação de opinião social e, muitos alunos pautam-se no discurso delas para

construir a sua visão de mundo, torna-se importante que o professor coloque esse

veículo de informação em discussão na sala de aula. Seu objetivo é dar ao aluno

condições para superar a visão fragmentada dos fenômenos, tal como, muitas vezes

eles se apresentam na mídia.

A proposta de trabalho em utilizar os jornais locais como instrumento

pedagógico vem no sentido de problematizar a informação por esse meio de

comunicação na sala de aula. Os jornais, porém, apresentam um perfil próprio

(ideologia) mesmo quando reproduzem notícias, ou seja, não são neutros.

Conforme ALMEIDA (2009, p.151) “O trabalho com o jornal utilizado como

ferramenta de apoio em sala de aula pode possibilitar aos educadores acesso às

informações, aos acontecimentos da contemporaneidade”, contudo, eles são meios

pedagógicos e não fins. É importante que o trabalho com jornal, tenda a mostrar as

diferentes formas e concepções sobre um tema, e não como um dado “verdadeiro”,

ou absoluto.

Cabe ao professor em sala de aula mediar às diversas linguagens que o

educando tem acesso. Para tanto, optamos neste trabalho em utilizar o jornal

“DIÁRIO DE GUARAPUAVA”, veículo de maior circulação na cidade de Guarapuava-

PR, na qual atuamos como professora na educação básica, visando discutir se o

trabalho pedagógico com jornais impressos auxilia à sua compreensão relacionada à

problemática socioambiental local.

Os jornais analisados que compõe este material, possui um recorte temporal,

a saber: janeiro de 2011, cujas referências encontram-se no anexo A.

A aplicação deste material será realizada no Colégio Estadual Ana Vanda

Bassara com alunos do ensino médio, 2ª. Série - sistema de bloco, no segundo

semestre de 2011.

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O material está organizado da seguinte maneira: Orientações Pedagógicas

para professores quanto às questões socioambientais e ao uso do jornal; Propostas

pedagógicas para aplicação de atividades com os alunos; e Sinopse das

reportagens selecionadas.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Instabilidade segue no Estado. .................................................................. 16

Figura 2: Representações Climáticas ........................................................................ 17

Figura 3: Tipos de nuvens. ........................................................................................ 19

Figura 4: Massas de ar no Brasil ............................................................................... 20

Figura 5: Instabilidade climática segue em Guarapuava neste fim de semana ......... 23

Figura 6: Representação esquemática dos fenômenos “Anticiclone” e “Ciclone” ..... 25

Figura 7: Comparativos entre o fenômeno “El Niño” e as condições climáticas

normais...................................................................................................................... 27

Figura 8: Chuva intensa provoca alagamentos em diversos pontos de Guarapuava 29

Figura 9: Chuva conectiva ......................................................................................... 31

Figura 10: Chuva frontal ............................................................................................ 31

Figura 11: Chuva de montanha ou orográfica ........................................................... 31

Figura 12: Moradores jogam até móveis em córrego no Bairro dos Estados ............ 33

Figura 13: Moradores reclamam de falta de manutenção nas margens de córrego. 34

Figura 14: Moradores cobram solução para buraco no Bairro dos Estados .............. 34

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Condições do Tempo em Guarapuava – PR .............................................. 16

QUADRO 2: Síntese sócio-ambiental .............................................................................. 36

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LISTA DE ABREVIATURAS DCE Diretrizes Curriculares Estaduais EF Ensino Fundamental EM Ensino Médio EP Ensino Profissionalizante Sanepar Companhia de Saneamento Público da Paraná Simepar Sistema de Meteorologia do Paraná SURG Sistema de Urbanização de Guarapuava

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SUMÁRIO

1. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES QUANTO AS QUESTÕES

SOCIOAMBIENTAIS E AO USO DO JORNAL NA SALA DE AULA ........................... 9

1.1. O meio ambiente e os problemas socioambientais ........................................ 9

1.2. A questão socioambiental na cidade ............................................................ 10

1.3. A questão socioambiental nos jornais locais ................................................ 12

2. PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS DE IMPLEMENTAÇÃO ...... 15

2.1. Aula 1 – Clima e Tempo, alguns conceitos ..................................................... 15

2.2. Aula 2 – Tipos de nuvens ............................................................................... 18

2.3. Aula 3 – Massas de ar .................................................................................... 19

2.4. Aula 4 – Eventos climáticos (furacão e tornados) ........................................... 22

2.5. Aula 5 – Fenômenos Climáticos ..................................................................... 22

2.6. Aula 6 – El Niño e La Niña .............................................................................. 24

2.7. Aula 7 – Problemas ambientais locais a partir das instabilidades climáticas .. 28

2.8. Aula 8 – Chuvas em Guarapuava e as conseqüências ao meio ambiente ..... 32

2.9. Atividade extra classe ..................................................................................... 38

2.10. Atividade Final .............................................................................................. 39

ANEXOS ................................................................................................................... 43

ANEXO A – Reportagens do Jornal Diário de Guarapuava utilizadas no trabalho 44

ANEXO B – Sinopse do Filme Twister ................................................................... 47

ANEXO C – Momento da capa .............................................................................. 48

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1. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFESSORES QUANTO AS

QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS E AO USO DO JORNAL NA SALA DE AULA

1.1. O meio ambiente e os problemas socioambientais

Historicamente a relação homem – natureza teve seus conflitos, porém a

forma era menos agressiva que a atual, em razão de vários fatores, sobretudo a

capacidade técnica limitada na antiguidade. O uso de técnicas rudimentares na

exploração de recursos naturais era o que predominava. Mas, com o passar do

tempo em nome do desenvolvimento econômico de alguns grupos de poder mundial,

de leste a oeste e de norte ao sul do planeta, a exploração de recursos naturais

passou do processo artesanal, para uma exploração sem precedentes, com uso de

equipamentos cada vez mais modernos, afetando significativamente o equilíbrio do

planeta.

Para Kurt (2002) só temos uma terra, definida como gaia e adotada como a

mãe que cuida e responde pelo equilíbrio do planeta e, de forma transitória, por seu

ecossistema, que constantemente é ameaçado por desequilíbrios, estes por sua vez

ocorridos em ciclos, de curto e médio prazo, que se refazem pela própria ação da

mãe terra.

Atualmente são tão grandes os problemas ambientais, advindos da revolução

industrial, que ocasionaram uma ruptura entre a capacidade da natureza se refazer

por si própria e a manutenção do equilíbrio necessário para a preservação da vida

no planeta.

Os noticiários locais, nacionais, e internacionais, com maior freqüência

veiculam isso.

Em 2010 tivemos queimadas de grandes acervos da biodiversidade, que

provavelmente, levou ao aumento da extinção de espécies vegetais e animais;

enchentes, que culminaram com deslizamentos de terra de norte a sul do país e com

vítimas fatais; secas prolongadas com sérios problemas para setores ligados a

agropecuária sendo abordados constantemente: Chuva Ácida; Efeito Estufa; O

buraco na camada de ozônio; destino das florestas tropicais; Biodiversidades foram

herdadas durante a era industrial. Precisamos acrescentar a tudo isso, a

preocupação não menos importante, que se trata do ato de igualar as sociedades

em um mundo neoliberal e globalizado.

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Para Kurt (1998, p. 53) esses temas são desoladores, conviver com aumento

de câncer de pele, inundações, secas, calores intensos, invernos rigorosos,

fragilidade do solo; insuficiência alimentar, devastação de florestas, aumento de

resíduos sólidos, etc. “Como se vê, é preciso encontrar um meio termo, soluções

capazes de manter um equilíbrio entre posições extremas: de um lado a integral

preservação dos recursos naturais; do outro o desenvolvimento a qualquer preço”

(KURT, 1998, p.57).

Esse desequilíbrio ambiental, muitas vezes, observados, retratados e

noticiados como questões sem “solução”, precisam ser analisados criticamente.

Por isso, o papel da educação é fundamental. Contextualizar esses

acontecimentos com o que os alunos assistem/lêem todos os dias nos meios de

comunicação, problematizando a incompatibilidade entre a ação da sociedade e o

equilíbrio do ambiente.

1.2. A questão socioambiental na cidade

Para entender a problemática socioambiental alguns conceitos básicos

referentes ao meio ambiente são necessários, dentre eles: meio ambiente-

sociedade.

Kurt (1994) define meio ambiente - como a “ciência da morada”. Em sua

concepção, meio ambiente é e deve ser pensado no plural, se retiramos a floresta,

todo o conjunto será afetado, animais, água, relevo, etc., pois, são íntimas das

relações existentes no conjunto. Já o vocábulo sociedade não se trata de um mero

conjunto de indivíduos vivendo juntos, mas de grupos de seres humanos

organizados que comungam das mesmas leis em suas inter-relações.

Com a atuação do homem a relação com o meio ambiente transformou-se, e

provocou alterações na sua topografia, no ar, na água, no solo, nas florestas.

Mendonça (2001, apud DCE, 2008) justifica que para abordar as questões

ambientais trazendo para o debate a sociedade, como sujeito, é necessário

acrescentar o termo sócio, por isso, o conceito de socioambiental, no sentido de

reforçar a dimensão social do ambiente. Esse conceito busca reafirmar que o meio

ambiente não diz respeito só à dimensão física, mas também social, histórica e

cultural da sociedade.

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Os homens organizados em sociedade transformam os ambientes, sejam eles

rurais ou urbanos.

A discussão relacionada às questões socioambientais urbanas, estampadas

na mídia impressa, ganhou força no inicio do século XX, com base na divulgação de

estudos científicos sobre as mudanças climáticas. Parte daí a assinatura de acordos

e tratados relacionados às questões ambientais globais.

Para Mendonça (2002, p.134) a “concepção da geografia socioambiental

emana das situações conflituosas, decorrentes da interação entre a sociedade e a

natureza, que explicitem a degradação de uma ou de ambas.”

Neste contexto coube aos recursos midiáticos intermediar as diferentes

escalas de responsabilidades. Dos gestores globais ao cotidiano da sociedade local.

Os problemas socioambientais que temos hoje são decorrentes do modelo de

desenvolvimento industrial e do mito do progresso. A população urbana traz dentro

de si desejos, sonhos e projetos de vida individuais, alguns afetam de forma

significativa o ambiente coletivo. Esse progresso, também entendido como melhoria

de vida, envolve questões técnicas de como oferecer a sociedade melhoria e

conforto, uma forma única de viver, mas que não ocorre, sem modificar, ou degradar

substancialmente o meio ambiente.

Universalizou-se o sonho do consumo, sem medir as conseqüências deste

modo de vida para o ambiente em seu conjunto. Ocasionando uma situação

desconfortável e complexa nos dias atuais, pois de um lado temos os grandes

avanços tecnológicos e, de outro, a ausência total de condições de vida digna, a

uma boa parte dos habitantes.

Nas cidades, os problemas relacionados à quantidade de lixo produzido,

advindo das embalagens, esgoto doméstico e também todas as formas de poluição

industrial, afetou seriamente o meio ambiente, acrescido das transformações

naturais que ocorrem no meio ambiente.

Para Mendonça (2004, p.185) “é preciso buscar formas de melhorar o

ambiente urbano”.

As mudanças do tempo na atmosfera podem estar contribuindo para as

transformações que dão origem a tais problemas socioambientais. Pois, quando a

temperatura se eleva, faz aumentar a quantidade de vapor de água na atmosfera e

altera a quantidade de chuvas. Entretanto, numa visão um pouco mais abrangente

estes problemas estão também relacionados com as formas de ocupação do bairro.

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Dessa maneira, em Guarapuava, como em qualquer outro lugar os bairros

com ocupações regulares podem originar problemas socioambientais diferentes das

áreas de ocupações irregulares, as áreas comerciais das residenciais, e as centrais

das periféricas.

É certo também que no verão, a estação do ano com maior concentração de

chuvas, a cidade sofre com enchentes e alagamentos, porém, os bairros centrais,

onde há melhor infraestrutura padecem devido à impermeabilização do solo e falta

de manutenção de bueiros e galerias. Em outras áreas, os córregos não suportam o

grande volume pluviométrico, devido à topografia do terreno por onde passam. O

lixo é outro problema social que agrava a situação no período de chuvas, pois é

lançado diretamente nos córregos pela população que habita seus arredores.

Katuta (2009, p.16), afirma que: “quem não conhece e compreende o local em

que vive, nas suas múltiplas determinações, dificilmente conseguirá intervir em sua

produção.”

É preciso compreender que muitos dos problemas socioambientais existentes

na cidade de Guarapuava, abordado pela mídia local, podem ser minimizados ou

solucionados com alternativas e soluções locais, mesmo o que tem sido originado

em escala global, ou seja, o modelo de vida, baseado na sociedade de consumo.

1.3. A questão socioambiental nos jornais locais

No que se refere a jornais, teoricamente, os alunos poderão conferir

objetividade e a neutralidade das informações. Em se tratando de reportagens de

sua localidade subentende-se que formarão opinião, pois, na medida em que a

cidade cresce e se desenvolve os jornais passam a incorporar em seus editoriais,

temas pertinentes a sociedade. Sejam eles relacionados a questões socioambientais

ou não.

Os jornais podem então, servir como instrumentos pedagógicos. No

desenvolvimento do trabalho docente, se a informação apresentada pela mídia

impressa for bem conduzida e contextualizada permitirá o aumento da cultura, o

desenvolvimento do hábito da leitura e formação de cidadãos mais críticos. Para

FARIA (2006, p. 12):

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O uso do jornal em sala de aula como instrumento pedagógico pode

ser resumido nos seguintes benefícios:

Para os alunos:

Elemento mediador entre a escola e o mundo;

Ajuda a relacionar seus conhecimentos prévios e sua

experiência pessoal de vida com as notícias;

Leva-os a formar novos conceitos e a adquirir novos

conhecimentos a partir de sua leitura;

Ensina-os a aprender a pensar de modo crítico o que lê;

Estabelece novos objetivos de leitura.

Para os professores, a autora afirma que, é um excelente material que pode

ser utilizado em todas as disciplinas, pois está sempre atualizado, tendo em vista a

sua veiculação diária, trazendo informações que fazem parte do cotidiano desta

sociedade.

“O jornal é uma fonte de informação primária, espelha muitos valores e se

torna assim um instrumento importante para o leitor se situar e se inserir na vida

social e profissional” (FARIA, 2006, p.11).

A utilização do jornal em sala de aula permite que o educando deixe de ser

apenas mero consumidor da informação, mas que a partir da reflexão da

informação, esta possa contribuir em favor do seu aprendizado e de seu

compromisso com o meio ambiente. De acordo com Faria (2006, p. 12),

Na prática pedagógica a análise não deve restringir-se ao

levantamento dos aspectos positivos e negativos das abordagens. A crítica

e a análise devem acontecer simultaneamente para que haja a construção

de saberes. Não a crítica pela critica, sem a sinalização da reflexão e da

neutralidade. Oliva enfatiza que precisamos ter cuidado para que o trabalho

com jornais não venham substituir a linguagem científica do saber

geográfico.

Vivenciamos a era dos avanços técnico-científicos informacionais, mas o

educando tem dificuldades em compreender os processos globais que, para ele,

aparecem de forma fragmentada. Ou seja, nem sempre são contextualizados com o

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seu espaço vivido. No que diz respeito às questões ambientais também, geralmente,

as visualiza como algo distante do meio no qual está inserido.

As informações chegam para o aluno de diferentes formas, na escola, entre

os amigos, com seus familiares, internet, pela TV etc. A televisão e a internet tem

sido os meios mais usuais de obter informação pelo individuo. A mídia, de uma

forma geral, informa em quantidade, mas, quase sempre, superficialmente. Muitas

vezes, na escola, essas informações provenientes desses meios (mídia) não são

contextualizadas na sala de aula, o que não colabora para que o aluno faça um link

entre o conteúdo discutido em sala, do livro ou texto didático, com o mundo vivido,

ou com aquilo que é apresentado pelos meios de comunicação.

Contudo, seria importante que o professor, na sua prática pedagógica,

coloque em discussão não só os temas apresentados pela mídia, mas problematize

a forma, a visão de mundo, o contexto no qual a informação é repassada.

Um dos meios que o professor poderia utilizar é o jornal impresso. Também

um recurso disponível na escola, mas pouco explorado pelos professores e,

podemos afirmar que socialmente, tem uma circulação reduzida se comparado ao

acesso à TV.

Hipoteticamente se o jornal traz informações locais, estas podem vir a ser

usadas como ferramenta de apoio em sala de aula visando contextualizar, debater e

socializar informações relacionadas às diferentes questões.

No que compete à questão ambiental, em particular, na mídia geral apresenta-se

sempre de forma intensa e como se acontecesse em todos os lugares, ou se

apresenta de forma tão genérica que é impossível compreender a raiz dos

problemas. Daí, a necessidade em mostrar que, embora haja problemas ambientais

em vários lugares no mundo e, provavelmente, no local no qual o aluno vive, a

natureza e a intensidade dos problemas têm características próprias.

O jornal local é o material que divulga os problemas locais, portanto, poderia

ser um importante instrumento pedagógico.

Assim, considerando a importância de discutir temas locais, na sua relação

com o mundo, neste projeto buscaremos problematizar as questões ambientais em

Guarapuava. Buscamos abordar o uso do jornal impresso de maior abrangência

local, “Diário de Guarapuava”, como ferramenta na prática em sala de aula,

auxiliando em sua forma de compreender noções e conceitos na dimensão

socioambiental.

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2. PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS DE IMPLEMENTAÇÃO

2.1. Aula 1 – Clima e Tempo, alguns conceitos

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica com atividades em grupo, utilizando-se de jornais.

Leitura da reportagem e preenchimento de quadro modelo.

Material didático

Jornal Diário de Guarapuava, folha A2, dia 05 de janeiro de 2011.

NOTÍCIA 1: INSTABILIDADE SEGUE NO ESTADO Chamada: Na segunda-feira, início de tornado atingiu 42 edificações em

Guarapuava e derrubou a estrutura de um posto de gasolina.

Conceitos a ser trabalhados

Clima e tempo; tipos de nuvens; instabilidade climática; massas de ar; tornado

e furacão.

Introdução

A instabilidade climática não é exclusiva do Paraná, nem da nossa cidade.

Segundo os cientistas, as mudanças climáticas são um processo natural. Porém, as

atividades humanas, bem como o modelo de vida que temos hoje, podem contribuir

para acelerar tais mudanças. A seguir, vamos fazer um conjunto de atividades para

discutir o clima e o tempo, a começar pela reportagem abaixo, que procura abordar

tal questão e oportuniza a discussão desta instabilidade.

Atividade a) Em grupo de 04 pessoas, leia com atenção a matéria de jornal a

seguir, e anote a fonte (jornal, data e autor da matéria):

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Figura 1: Instabilidade segue no Estado. Fonte: Diário de Guarapuava.

Atividade b) Após a leitura, risque na reportagem as palavras que você não

conhece; faça com seu grupo, um texto de no máximo 10 linhas sobre o que chamou

a sua atenção na reportagem e, na seqüência, listem as palavras desconhecidas e

busque o seu significado no dicionário, na internet ou no livro texto.

Tempo e clima é a mesma coisa?

Para entender os fenômenos atmosféricos é fundamental a compreensão dos

conceitos básicos de tempo e clima, que com freqüência são confundidos. O tempo

atmosférico é determinado pela temperatura, pressão atmosférica, direção dos

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ventos, nebulosidade, umidade, etc., registrados em um determinado momento. O

tempo muda rapidamente, conforme as variações das condições atmosféricas.

Desse modo, tempo traduz algo momentâneo, mutável e que é quase impossível de

se repetir exatamente com as mesmas características. O clima refere-se aos

mesmos fenômenos traduzindo-os com uma dimensão mais duradoura e estável.

Assim, cidades com climas diferentes podem apresentar tempo semelhante

num dado momento.

Atividade c) Observe o tempo que está fazendo em Guarapuava em três dias

consecutivos, e preenche o quadro 1 utilizando a legenda abaixo, e posteriormente

discuta em sala de aula, o que você percebeu.

Figura 2: Representações Climáticas

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QUADRO 1: Condições do Tempo em Guarapuava - PR

Data Período Tipos de tempo

(chuvoso ou seco)

Tipos de Tempo

(frio ou calor)

1º dia

Manhã

Tarde

Noite

2º dia

Manhã

Tarde

Noite

3º dia

Manhã

Tarde

Noite

2.2. Aula 2 – Tipos de nuvens

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica com atividades individuais e em grupo.

Produção de texto.

Interpretação de figuras e identificação de figuras.

Conceitos a ser trabalhados

Tipos de nuvens.

Introdução

As nuvens são formadas por gotículas de água em estado líquido ou sólido,

que se encontram suspensas no ar em constante movimento. Estas se apresentam

de quatro tipos básicos: cirros, cúmulos, estratos e nimbos. O aspecto exterior de

uma nuvem é determinado em grande medida por sua composição. A importância

de se conhecer os tipos de nuvens está em possibilitar ao aluno a compreensão que

cada forma de nuvem vai originar um fenômeno atmosférico que poderá ser

percebido através de precipitações (a exemplo das chuvas).

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Figura 3: Tipos de nuvens. Fonte: Terra, Lygia; Coelho, Marcos (p. 135).

Atividade a) Em grupo de 5 pessoas, elabore um texto que sintetize a observação

dos três dias que você realizou na tarefa de casa, destacando as semelhanças e as

diferenças do tempo chuvoso ou seco, frio ou calor, discuta o resultado com seus

colegas..

Atividade b) A partir do quadro síntese elaborado pode-se discutir tipos de nuvens?

No seu cotidiano você recebe informações sobre o tempo diário onde mora, ou no

seu Estado? Onde? Você compreende os símbolos apresentados?

2.3. Aula 3 – Massas de ar

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica com atividades individuais e em grupo.

Análise de figura e elaboração de quadro síntese

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Conceitos a ser trabalhados

Massas de ar.

Introdução

As alterações nas condições do tempo atmosférico de um determinado lugar

decorrem da influência de vários fatores atmosféricos combinados. O

comportamento das massas de ar é apenas um desses fatores, que influenciam

diretamente nas mudanças momentâneas do tempo atmosférico. Sendo assim,

como o fator massas de ar pode influenciar na instabilidade climática na sua cidade?

Baseado em suas anotações do tempo durante os três dias foi possível identificar a

atuação das massas de ar na cidade? Você seria capaz de identificar uma

característica da massa de ar que está atuando sobre a cidade de Guarapuava?

Vamos conhecer um pouco mais sobre as massas de ar?

Atividade a) Observe o desenho abaixo e construa um quadro indicando o nome de

cada massa ar e a partir da direção de cada uma delas identifique os estados sobre

os quais elas atuam:

Atividade b) No mesmo quadro, faça uma coluna e indique se a massa é quente e

seca, quente e úmida, fria e seca ou fria e úmida.

Figura 4: Massas de ar no Brasil Fonte: www.not1.com.br/clima-e-massas-de-ar-do-brasil-mapas-e-climogramas-regioe s-brasileiras.

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Massas de ar

A conceituação de uma massa de ar é geralmente imprecisa devido,

principalmente, à dificuldade de se conceber a atmosfera dividida em espaços

independentes. Todavia, tendo em vista a necessidade de compreendê-la melhor e

trabalhá-la didaticamente, várias definições foram propostas para as massas de ar.

Uma, mais simples, diz que uma massa de ar é uma unidade aerológica, ou seja,

uma porção da atmosfera, de extensão considerável, que possui características

térmicas e higrométricas homogêneas. A extensão das massas de ar, seja na

dimensão horizontal ou vertical, pode variar de algumas centenas a alguns milhares

de quilômetros. Para a sua formação, a massa de ar requer três condições básicas:

superfícies com considerável planura e extensão, baixa altitude e homogeneidade

quanto às características superficiais. Assim, ela somente se forma sobre os

oceanos, mares e planícies continentais.

Na maioria das vezes, as massas de ar originam-se nos lugares onde as

circulações são mais lentas e as situações atmosféricas, mais estáveis, como nas

regiões das altas pressões subtropicais e polares. Ao se deslocarem das suas

regiões de origem, das quais adquirem características termoigrométricas principais,

as massas de ar influenciam as regiões por onde passam, trazendo para essas

áreas novas condições de temperatura e umidade e sendo, ao mesmo tempo, por

elas influenciadas.

As massas equatoriais – se formam na região do equador, por isso são

quentes e, em geral, úmidas.

As massas tropicais – que também são bolsões quentes, originam-se nas

áreas próximas aos trópicos (Capricórnio e Câncer). Quando se formam sobre

oceanos, geralmente apresentam bastante umidade; quando provêm de

áreas continentais são, sobretudo, secas.

As massas polares – têm origem nos pólos Norte e Sul do planeta, por isso

são muito frias. Também podem ser secas ou úmidas, conforme a área

(continental ou oceânica) por onde se deslocam.

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2.4. Aula 4 – Eventos climáticos (furacão e tornados)

Procedimentos Metodológicos

Recurso didático: Twister (cuja sinopse encontra-se no Anexo B)

Discussão de filme.

Conceitos a ser trabalhados

Tipos de ventos, tornado, furacão.

Atividade a) É possível formar tornado ou furacão onde você mora? Como explicá-

los?

Introdução

O tornado é um fenômeno de escala local que se produz durante tormentas

de grande intensidade. Caracteriza-se por um movimento circular em forma de funil

que desce da base de uma nuvem cumulunimbus, alcançando um diâmetro de

algumas centenas de metros na superfície. Dura entre alguns segundos e algumas

horas e os ventos podem superar os 650 km/h.

O furacão é um fenômeno conhecido como ciclone que se forma sobre as

águas quentes tropicais no oceano e morre ao chegar e adentrar áreas continentais.

É uma tempestade muito violenta que se desloca sobre a superfície terrestre,

girando em forma de espiral e transportando enormes quantidades de umidade.

Agora que você compreendeu vários conceitos sobre o clima e os tipos de

tempo, vamos retomar a reportagem da aula 1. Você consegue compreender

melhor esta reportagem? Por quê?

2.5. Aula 5 – Fenômenos Climáticos

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica, com atividades em grupo e individual.

Leitura de reportagem.

Análise de figuras e pesquisas bibliográficas.

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Material didático

Jornal Diário de Guarapuava, folha A14, dia 22 de janeiro de 2011

NOTÍCIA 2: INSTABILIDADE CLIMÁTICA SEGUE EM GUARAPUAVA NESTE FIM DE SEMANA.

Conceitos a ser trabalhados

Fenômeno climático; pressão atmosférica; estiagem; El Niño, níveis de

precipitação.

Atividade a) Em grupo de 04 pessoas, leia com atenção a matéria de jornal a seguir

e anote a fonte (jornal, data e autor da matéria). A partir da leitura, indique as

questões climáticas presentes no texto, grifando fenômenos que até o momento não

foram explicados em aula. Você sabe como explicá-los?

Figura 5: Instabilidade climática segue em Guarapuava neste fim de semana Fonte: Diário de Guarapuava, 22 e 23/01/2011.

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Atividade b) A partir da leitura, discutam sobre o clima da cidade e as

conseqüências para algumas localidades. Baseando-se no texto e no conhecimento

que vocês possuem sobre a realidade local, quais os meses mais chuvosos em

Guarapuava? A paisagem de Guarapuava muda na época das chuvas? Como?

Busquem imagens, textos (ou desenhem e escrevam) que represente o clima da

cidade de Guarapuava, e construa em grupo um painel que demonstra as

características climáticas locais.

2.6. Aula 6 – El Niño e La Niña

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica, com atividades individuais e em grupo.

Discussão sobre os fenômenos a serem trabalhados por meio de figuras.

Conceitos a ser trabalhados

Pressão atmosférica.

Introdução

A Física nos ensina que os gases têm peso. Ora, sendo o ar atmosférico uma

mistura de gases, nada mais natural que também seja pesado. Ao peso do ar ou,

melhor, à pressão que a atmosfera exerce sobre um ponto qualquer, dá-se o nome

de pressão atmosférica.

Denomina-se pressão atmosférica o peso que a atmosfera exerce sobre a

superfície terrestre. O fenômeno da pressão atmosférica ocorre devido à força

gravitacional da Terra, que mantém os gases ao redor do planeta e os pressiona em

direção à superfície. A pressão atmosférica, além de variar de acordo com a altitude,

assume características diferentes conforme a temperatura do ar. O fato de haver no

planeta regiões mais quentes e mais frias explica a existência de zonas de alta e de

baixa pressão atmosférica. Nas regiões mais frias, as moléculas dos gases se

agrupam, deixando o ar mais denso, pesado e, dessa maneira, com alta pressão.

Assim, temos áreas de alta pressão atmosférica, principalmente, nas zonas

polares e temperadas onde as temperaturas são mais baixas durante o ano. Já nas

regiões mais quentes, as moléculas dos gases se afastam, deixando o ar mais

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rarefeito, leve e, portanto, com baixa pressão. Desse modo, temos grandes áreas de

baixa pressão atmosférica, sobretudo, nas regiões próximas à Linha do Equador, em

razão do predomínio das altas temperaturas anuais.

Figura 6: Representação esquemática dos fenômenos “Anticiclone” e “Ciclone” Fonte: Marina e Tércio (p. 97).

O fenômeno atmosférico El Niño e La Niña,

O fenômeno atmosférico El Niño e La Niña, é constantemente estampado nas

manchetes dos veículos midiáticos, destacando suas conseqüências muitas vezes

desastrosas por todo o planeta. Por tratar-se de um fenômeno cíclico ele vai ocorrer

numa determinada época do ano, porém ocasionando maior volume de chuvas em

algumas regiões ou fortes secas em outras. Esses fenômenos podem ter contribuído

para o aumento do volume de chuvas em Guarapuava em janeiro de 2011, que

provocou enchentes transbordando córregos e riachos?

Atividade a) Em dupla leiam atentamente os textos sobre os fenômenos El Niño e

La Niña a seguir, e realizem as seguintes atividades no caderno:

a) Descrevam suas diferenças;

b) Explique por que o fenômeno El Niño acaba interferindo na circulação

atmosférica local.

c) De que modo os efeitos El Niño e La Niña podem modificar ou transformar a

paisagem de Guarapuava? Aponte as conseqüências desses fenômenos.

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El Niño

O El Niño caracteriza-se pelo aquecimento anormal das águas do oceano

Pacífico, no litoral do Peru; o La Niña, pelo resfriamento desse oceano.

O aquecimento das águas do Pacífico ocidental acontece pela mudança no

comportamento dos ventos alísios. Em situação normal, esses ventos sopram sobre

esse trecho do oceano, empurrando as águas mais quentes da superfície em

direção à Austrália. Desse modo, na costa do Peru as águas frias da corrente de

Humboldt vêm à superfície (fenômeno conhecido como ressurgência), tornando a

região uma das mais ricas áreas de pesca do mundo. Isso porque as baixas

temperaturas permitem o desenvolvimento de algas, que servem de alimento para

várias espécies de peixes.

Em certos anos, não se sabe exatamente por que, os ventos alísios diminuem

sua velocidade sobre o Pacífico ocidental e podem mudar de sentido. As águas

quentes, que seriam arrastadas para o sul da Austrália, acumulam-se na costa do

Peru. Desse modo, as águas frias vão para as camadas mais profundas e provocam

a diminuição da quantidade de peixes.

O aumento da temperatura das águas oceânicas faz aumentar a evaporação,

provocando a formação de nuvens e alterando o sistema global de circulação de ar.

Ao alterar o sistema global de circulação do ar, responsável pelo comportamento

das temperaturas e das chuvas nos oceanos e nos continentes, o El Niño provoca

mudanças no clima em todo o mundo. Desse modo, chove mais que o normal em

alguns lugares e há secas prolongadas em outros. A influência do El Niño atinge

Brasil, Peru, Chile, Estados Unidos, Austrália, Índia, Filipinas e Indonésia.

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Figura 7: Comparativos entre o fenômeno “El Niño” e as condições climáticas normais.

Fonte: BOLIGIAN; ALVES (p. 98).

La Niña

O texto a seguir ajudará o aluno a compreender melhor o efeito La Niña, bem

como suas características e influência no clima.

O fenômeno, que é o resfriamento do Pacífico ocidental, vem sendo estudado

há mais de dez anos, mas sabe-se menos dele do que do El Niño.

No Brasil, no ano de ocorrência do La Niña, faz muito frio, principalmente no

Acre, em Rondônia, no Centro-Oeste e no Sudeste. No Sul, ocorrem secas de modo

geral, ao passo que, no litoral do Nordeste, as chuvas são mais freqüentes.

Sob a influência do La Niña, têm ocorrido mais chuvas, tempestades,

furacões e invernos recordes na América do Norte, chuvas intensas na Índia e na

Indonésia e frio e inundações no Chile e no Peru.

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2.7. Aula 7 – Problemas ambientais locais a partir das instabilidades climáticas

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica, com atividades em grupo e individual.

Atividades em mapas e plantas da cidade.

Entrevistas com moradores.

Material didático

Jornal Diário de Guarapuava, folha A5, dia 13 de janeiro de 2011.

NOTÍCIA 3: CHUVA INTENSA PROVOCA ALAGAMENTOS EM DIVERSOS PONTOS DE GUARAPUAVA

Conceitos a ser trabalhados

Tipos de chuva, volume pluviométrico, riacho, alagamento.

Introdução

A chuva é um fenômeno essencial para a sobrevivência da humanidade. A

maior parte da água das chuvas é absorvida pelas plantas, outra parte corre pela

superfície e o restante infiltra na terra formando os lençóis de água. O período das

chuvas, bem como a quantidade do volume pluviométrico, depende de outros fatores

atmosféricos, dentre eles: umidade, ventos, temperaturas, massas de ar. Através da

observação das nuvens pode-se perceber, ou identificar, as condições atmosféricas

de determinado local? E de que forma elas podem desencadear alagamentos e

enchentes?

Atividade a) Em grupo de 04 pessoas, leia com atenção a matéria de jornal a seguir

e anote a fonte (jornal, data e autor da matéria):

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Figura 8: Chuva intensa provoca alagamentos em diversos pontos de Guarapuava Fonte: Diário de Guarapuava, 13/01/2011.

Atividade b) Após a leitura da reportagem localize na planta da cidade de

Guarapuava os bairros citados. Registre quais são os principais elementos

polêmicos desta reportagem.

Atividade c) No seu bairro, entreviste um morador ou um vizinho, se o local onde

ele mora sofre com alagamento e em qual período do ano.

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TIPOS DE CHUVA

Introdução

A chuva é a mais notável das precipitações atmosféricas. A quantidade de

chuvas varia bastante de uma região para outra, dependendo de uma série de

fatores: a temperatura, a proximidade do mar, os ventos, o relevo, etc. Da

combinação desses fatores resulta o regime de chuvas das diversas regiões do

planeta. A importância é porque as chuvas são fenômenos imprescindíveis à vida

sobre o globo. Sua quantidade influi sobre o aspecto da paisagem terrestre. Sua

falta ou seu excesso podem causar grandes transtornos no ritmo da atividade

humana. Se a chuva é imprescindível, por que ocorrem as enchentes e os

alagamentos?

1 - Chuvas Convectivas: são chuvas causadas pelo movimento de massas de ar

mais quentes que sobem e condensam. As chuvas convectivas ocorrem

principalmente, devido à diferença de temperatura nas camadas próximas da

atmosfera terrestre.

2 - Chuvas Ciclônicas ou Frontais: ocorrem no encontro de massas de ar de

características distintas (ar quente + ar frio).

3 - Chuvas Orográficas: é originada quando uma massa de ar úmido que se

desloca, encontra uma barreira topográfica (serra, montanha, etc), e é forçada a

elevar-se, ocorrendo queda de temperatura seguida da condensação do vapor

d’água e formação de nuvens.

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Figura 9: Chuva conectiva

Fonte: MARINA & TÉRCIO (p. 111)

Figura 10: Chuva frontal

Fonte: MARINA & TÉRCIO (p. 112)

Figura 11: Chuva de montanha ou orográfica

Fonte: MARINA & TÉRCIO (p. 111)

Atividade a) Em seu caderno responda: Na sua opinião, quais os períodos de maior

incidência de chuva em Guarapuava? Por quê?

Atividade b) Baseado no que você aprendeu, quais são os tipos de chuva que você

já observou em Guarapuava?

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2.8. Aula 8 – Chuvas em Guarapuava e as conseqüências ao meio ambiente

Procedimentos Metodológicos

Aula expositiva-dialógica com atividades em grupo, utilizando-se de jornais,

dicionários de língua portuguesa e geografia.

Preenchimento de quadro modelo.

Elaboração de cartaz.

Material didático

Jornal Diário de Guarapuava.

NOTÍCIA 1: MORADORES JOGAM ATÉ MÓVEIS EM CÓRREGO NO BAIRRO DOS

ESTADOS.

Chamada: Entorno do riozinho que corta a região e passa pela Capela do

Degolado, quase no centro de Guarapuava, sofre com acúmulo de lixo. Força da

água abriu cratera na rua esta semana.

NOTÍCIA 2: BAIRRO BONSUCESSO – MORADORES RECLAMAM DE FALTA DE

MANUTENÇÃO NAS MARGENS DE CÓRREGO.

NOTÍCIA 3: MORADORES COBRAM SOLUÇÃO PARA BURACO NO BAIRRO DOS

ESTADOS

Conceitos a ser trabalhados

Meio ambiente e formas de poluição;

Córregos;

Inundação.

Introdução

O atual modelo de sociedade que vivemos, coloca em “xeque” os limites da

natureza devido a grande exploração dos recursos naturais.

As manchetes dos jornais estampam todos os dias os desequilíbrios

ambientais e as catástrofes naturais. Somos então surpreendidos por furacões,

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tornados, tsunamis, secas, enchentes, inundações, desmoronamentos, além de

todas as formas de poluição, nunca antes observados.

Parte desse desequilíbrio sentido pela humanidade foi imposto pela própria

atividade humana e põe em risco a própria espécie humana.

Para melhor compreendermos esse processo, é fundamental a discussão dos

conceitos básicos de meio ambiente e o termo socioambiental.

Como você percebe o meio ambiente a partir das ações humanas na sua

comunidade? Você consegue identificar as formas de poluição existentes na cidade

de Guarapuava?

Atividade a) Agora dividiremos a turma em três grupos.cada grupo receberá uma

matéria de jornal, leiam com atenção a seguir e anote a fonte (jornal, data e autor da

matéria): Localize na planta da cidade os bairros identificados.

Figura 12: Moradores jogam até móveis em córrego no Bairro dos Estados Fonte: Diário de Guarapuava, 15/01/2011.

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Figura 13: Moradores reclamam de falta de manutenção nas margens de córrego. Fonte: Diário de Guarapuava, 12 e 13/02/2011.

Figura 14: Moradores cobram solução para buraco no Bairro dos Estados Fonte: Diário de Guarapuava, 20/01/2011.

A problemática ambiental, relacionada aos recursos hídricos em todas as

esferas vem sendo agravada no período das chuvas nas áreas de concentração

urbana. A degradação é resultante de vários tipos de efluentes que são lançados no

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leito do rio in natura, acrescidos de resíduos sólidos. Na cidade de Guarapuava esse

problema socioambiental é observado e noticiado freqüentemente quando há um

aumento no índice pluviométrico. É importante lembrar que o rio ocupa um canal,

uma calha natural que coleta a água das chuvas que cai sobre a terra. Todo o

canal, córrego, riacho, ou riozinho, tem certa capacidade de absorção do volume de

água. Mas além da sua calha natural, o rio ainda dispõe de um espaço extra para

abrigar um maior volume pluviométrico que ocorrem em determinados períodos do

ano. Esse espaço extra chama-se leito maior e é conhecido como várzea do rio.

O próprio vale do rio absorveria a quantidade de chuvas, deste que esta tenha

um volume compatível com a capacidade de escoamento desta água, porém a

forma como a sociedade tem se apropriado da natureza nas cidades, tem

inviabilizado esta dinâmica natural.

O que acontece, então,quando a chuva é muito forte, como ocorreu nos

meses de janeiro de 2011, em Guarapuava? As águas querendo ocupar sua várzea,

muitas vezes são impedidas devido a impermeabilização do solo, o lixo e resíduos

deixados nas ruas que entopem bueiros, quando estes não são jogados diretamente

no leito dos córregos. Além disso, a ausência da mata ciliar aumenta a erosão de

suas margens, acumulando sedimentos no fundo de vale, o que também altera a

forma do vale e sua dinâmica.

Essa situação em particular de nossa cidade, apresentada no jornal local,

também serve para chamar atenção sobre nossas ações, e nosso compromisso em

relação ao meio ambiente, e os problemas socioambientais agravados no período de

chuvas. ”Entorno do riozinho que corta a região e passa pela Capela do Degolado,

quase no centro de Guarapuava, sofre com acúmulo de lixo. Força da água abriu

cratera”. “Chuva intensa provoca alagamentos em diversos pontos de Guarapuava”.

Bairro Bonsucesso – moradores reclamam de falta de manutenção nas margens de

córrego.

Contudo é alarmante em todas as escalas a poluição dos rios, córregos e

riachos, que circundam as cidades. Esse tipo de poluição ameaça não só a vida do

rio mais de toda a população, acarretando problemas de saúde e segurança.

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Atividade a) É possível identificar os problemas socioambientais nos bairros

de Guarapuava?

Para casa

No trajeto de sua casa até a escola observe e relate os problemas

socioambientais percebidos e represente na forma de um desenho.

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Atividade b) Preencha o quadro a seguir, em dupla, sintetizando as idéias retiradas das três reportagens que acabaram de ser

lidas. Utilizando para a atividade o auxílio de: dicionário de língua portuguesa, dicionário de geografia e o livro didático.

QUADRO 2 – Síntese sócio-ambiental

Bairros

citados nas

reportagens

Problemas

socioambientais

identificados

Explicação da

reportagem

Explicação científica

das causas

Conseqüências para o

bairro e comunidade

Soluções técnicas

possíveis

Como a

comunidade

poderia se

organizar

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Atividade c) Com base nos cartazes em dupla , faça uma leitura do painel dos seus

colegas e transforme em um pequeno texto.

Atividade d) Em grupo de 4 alunos apontar ações que os moradores podem

executar para evitar transtornos no período das chuvas

Atividade e) quais são as conseqüências a curto, médio e longo prazo da ação dos

moradores?

2.9. Atividade extra classe

VISITA TÉCNICA NO JORNAL DIÁRIO DE GUARAPUAVA.

A visita técnica tem por objetivo enriquecer o conhecimento dos alunos, bem

como verificar como são elaboradas as pautas, como são apresentadas as matérias

e a logística de distribuição do jornal. Para melhor aproveitamento dessa visita há

necessidade de seguir alguns procedimentos operacionais e atitudinais, listados

abaixo:

1- Enviar um ofício para o Redator Chefe do Jornal Diário de Guarapuava

solicitando a visita técnica;

2- Organizar o grupo que irá participar da visita;

3- Solicitar a autorização dos pais dos alunos que irão participar da visita;

4- Providenciar o transporte e recurso para a visita;

5- Elaborar um roteiro que inclua perguntas para a visita técnica baseado nos

seguintes passos: histórico do jornal, tiragem, dias de circulação, abrangência

geográfica, como se constrói uma pauta, como as matérias são escolhidas,

etc.;

6- Orientar os alunos que é da responsabilidade de cada um os equipamentos

eletrônicos (celular, máquina digital, mp3, etc.) levados;

7- Convidar um responsável de um dos alunos para representar a comunidade

escolar na visita técnica. Se houver disponibilidade, pedir o acompanhamento

de um responsável pela equipe pedagógica.

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Para concluir a visita técnica, em dupla os alunos deverão elaborar um

relatório conclusivo, baseado nos seguintes passos: qual a importância de uma

pauta? Como as matérias são selecionadas? Qual a importância da circulação do

jornal Diário de Guarapuava para a cidade e região? Acrescente ainda, um

parágrafo sobre o seu aprendizado com a visita.

2.10. Atividade Final

Para concluir as atividades relacionadas ao Projeto de implementação

didático-pedagógica, sobre o tema: A MÍDIA IMPRESSA LOCAL NO PROCESSO

DE FORMAÇAO GEOGRÁFICA: PRESPECTIVA SOCIOAMBIENTAL, propõe-se

que os próprios alunos, produzam um jornal dos problemas ambientais presentes do

entorno da escola, divulgar as informações e ou conclusões do projeto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MENDONÇA, ________ [et al.] Impactos socioambientais urbanos. Curitiba. Ed.

UFPR, 2004.

MENDONÇA, _________ [et al.] Cidade: Ambiente & Desenvolvimento –

Abordagem interdisciplinar de problemáticas socioambientais de Curitiba.

Curitiba. Ed. UFPR, 2004.

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MARINA, Lúcia; ______, Tércio. Geografia geral do Brasil.

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TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral e Geografia do

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Guarapuava. Diário de Guarapuava, Guarapuava-PR, 13 jan. 2011. Caderno

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HORST, Scheyla. Instabilidade segue no Estado. Diário de Guarapuava,

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HORST, Scheyla. Bairro Bonsucesso: Moradores reclamam da falta de manutenção

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Disponível em: http://www.filmesonlinegratis.net/2011/05/assistir-twister-dublado-

online.html. Acessado em: 04/02/2011.

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ANEXOS

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ANEXO A – Reportagens do Jornal Diário de Guarapuava utilizadas no trabalho

DATA NOME DA MATÉRIA Folha

05 /01/2011

Instabilidade segue no Estado Chamada: Na segunda-feira, início de tornado atingiu 42 edificações em Guarapuava e derrubou

a estrutura de um posto de gasolina. Sinopse: Segundo o Sistema de Meteorologia do Paraná (Simepar), as condições climáticas

podem favorecer a presença de fortes pancadas de chuvas, acompanhadas de ventos fortes, trazendo prejuízo para a população. Os guarapuavanos foram surpreendidos por uma nuvem cumulunimbus. No bairro Boqueirão choveu granizo, ao mesmo tempo em que a área central estava quente. Na cidade chegou a se formar uma nuvem funil (início de tornado), que causou impactos por onde passou. A velocidade que o vento atingiu não foi registrada, pois o fenômeno teve localização em pontos específicos, não sendo medido pela estação meteorológica. Os bombeiros registram 42 casas destelhadas nos bairros Batel, dos Estados e em áreas do Centro.

A2

22/01/2011

Instabilidade climática segue em Guarapuava neste fim de semana Sinopse: As chuvas de verão deverão continuar em todo o estado, segundo previsões do Simepar. Há um

sistema de baixa pressão atuando sobre o litoral que faz com que se forme um quadro de muita nebulosidade que geralmente traz chuvas no final da tarde. Com muitas nuvens a tendência é que se formem as tradicionais pancadas de verão, à medida que a temperatura aumente no decorrer do dia, contrariando as expectativas de um ano sob a influência do La Niña. “O fenômeno climático, caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico, tradicionalmente traz estiagem para a região sul do Brasil. Neste ano, no entanto, ele se assemelha aos efeitos do El Niño, que estava em ação nos últimos anos, trazendo grandes níveis de precipitação, podendo ocorrer alagamentos e enxurradas. Mesmo assim, verificou-se menor quantidade de chuvas se comparado a janeiro de 2010. Neste ano, a precipitação acumulada foi de 252 mm até a manhã desta sexta-feira do dia 21 de janeiro. Em 2010 o volume acumulado chegou a 293 mm durante todo o mês.

A14

DATA NOME DA MATÉRIA Folha

13/01/2011

Chuva intensa provoca alagamentos em diversos pontos em Guarapuava Sinopse: Apesar da redução do volume de chuvas na região, houve uma concentração de chuva

na tarde do dia 13 de janeiro, que provocou alagamentos em diversos pontos da cidade atrapalhando

pedestres e o trânsito. Casas foram alagadas, danificando móveis e comprometendo as estruturas dos

A5

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imóveis. Os bombeiros atenderam 28 chamadas por inundação. Choveu 48,4 mm em 15 minutos segundo o

Simepar. Os bairros atingidos forma: Primavera, Xarquinho, Jardim das Américas, Conradinho, Vila Bela,

Bonsucesso, Vila Carli e São Cristóvão. A situação mais crítica ocorreu no Bairro São Cristovão, onde as

casas foram construídas em terrenos irregulares na beira de um riacho ficando alagadas e os moradores

perderam seus bens. Alguns moradores já tentaram se enquadrar em algum programa de habitação social,

mais até agora não foram contemplados. A chuva também provocou alagamentos em vários pontos

centrais, onde comumente os bueiros transbordam, como na rua Saldanha Marinho, no cruzamento com a

Professor Becker, e também nas proximidades do Colégio Manoel Ribas. O que provoca o alagamento na

rua Saldanha Marinho é um córrego, que passa sob várias edificações, algumas erguidas há mais de 30

anos. Esse riacho começa no Jardim Pérola do Oeste e atravessa o Trianon antes de chagar ao Santa Cruz,

onde há os alagamentos.

13/01/2011

Bairro Bonsucesso: Moradores reclamam de falta de manutenção nas margens do córrego Sinopse: Os moradores das ruas Londrina e Pitanga no bairro Bonsucesso, começam a se

preocupar com a inundação do córrego localizado no bairro Bonsucesso, no período de chuvas. O córrego que por ali passa enche e inunda algumas residências. A reclamação é a falta de cuidado das margens pela prefeitura. Segundo o responsável, diretor da SURG (Sistema de Urbanização de Guarapuava). A limpeza do córrego está como prioridade no setor, mas o êxito depende também da colaboração da população, não jogando lixo e objetos nos córregos.

A11

DATA NOME DA MATÉRIA Folha

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15/01/2011

Moradores jogam até móveis em córrego no bairro dos Estados Chamada: Entorno do riozinho que corta a região e passa pela da Capela do Degolado, quase no

centro de Guarapuava, sofre com acúmulo de lixo. Força da Água abriu cratera na rua esta semana.

Sinopse: O córrego da pracinha da Capela do Degolado que corta o centro da cidade sofre com o acúmulo de lixo depositado por moradores, a situação está incontrolável, ameaçando os moradores e o meio ambiente. O lixo orgânico se mistura a roupas e objetos deteriorados, como: pia, restos de sofá, colchões. Além da poluição visual, do cheiro ruim e da criação de animais no local, o lixo se acumula e o córrego transborda. Com as chuvas desta semana, houve novo transbordamento e a formação de um buraco que interditou a rua. Segundo relato de moradores, a situação é provocada exclusivamente pelo descaso de alguns moradores, pois o caminhão de lixo passa todos os dias no local.

A9

20/01/2011

Moradores cobram solução para o buraco no bairro dos ESTADOS Sinopse: Com o excesso das chuvas nas últimas semanas o córrego que passa pelo Bairro dos

Estados transbordou e o ponto canalizado não agüentou, abrindo uma cratera, acrescido do acúmulo de vários tipos de lixo. Dentre os resíduos depositados por moradores no leito do córrego encontram-se: restos de móveis, resíduos orgânicos, roupas e vários tipos de embalagens, que dificultam a passagem da água durante as chuvas. Ameaçando os moradores com o risco de acidentes por falta de sinalização. A Sanepar foi ao local e procedeu a devida sinalização, mas verificou que não há problema na rede e reiterou que cabe a SURG a responsabilidade de reparo no local.

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ANEXO B – Sinopse do Filme Twister

No Oklahoma, uma tempestade que não acontece há décadas está se prenunciando

e dois grupos de cientistas rivais planejam entrar para a história colocando censores no

tornado, para que estas informações possam ir até um computador e, assim, seja possível

prever sua chegada com maior antecedência. Mas para colocar os censores é necessário

ficar o mais próximo possível do tornado e torcer para que os censores sejam sugados pela

tempestade. Em uma das equipes está uma jovem (Helen Hunt) obcecada por tal idéia, pois

em 1969 ela viu o pai ser sugado por uma tempestade, e atualmente ela planeja conseguir

seu intento ou morrer tentando.

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ANEXO C – Momento da capa

A ilustração permite em um só momento permite em um só momento,

apresentar três itens importantes do trabalho: a mídia Impressa, os fenômenos

atmosféricos no espaço geográfico e as conseqüências sócio-ambientais locais,

todos de uma forma ou outra abordados no projeto e no material didático de

implementação.

A ilustração da capa faz uma analogia entre os fenômenos da dinâmica da

natureza e suas conseqüências, que são freqüentemente abordados na mídia

impressa local. E para tanto utiliza-se de letras, palavras e idéias.

“Uma nuvem de letras precipitando

(chovendo) palavras, originando um

furacão de idéias”

Elza de Farias.