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FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: A INTERTEXTUALIDADE COMO AUXILIAR NA FORMAÇÃO DA COMPETÊNCIA LEITORA

Autor ROZIANI SERPELONI PIRANI

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL SOUZA NAVES

Município da escola ROLÂNDIA

Núcleo Regional de Educação

LONDRINA

Orientador SONIA PASCOLATI

Instituição de Ensino Superior

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Disciplina/Área LÍNGUA PORTUGUESA

Produção Didático-pedagógica

CADERNO PEDAGÓGICO

Público Alvo ALUNOS DA 5ª SÉRIE/ 6° ANO

Localização COLÉGIO ESTADUAL SOUZA NAVES, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

RUA MONTEIRO LOBATO, 421 CENTRO

Apresentação: Sabemos que a leitura não é uma ação exclusiva da educação, no entanto, o ato de ler quase sempre é focado como sua especificidade. Nessa perspectiva, à escola são atribuídas funções como criar e desenvolver mecanismos e estratégias de leitura e, logo, de formar leitores. Estando o público alvo em processo de construção da competência leitora, justifica-se um trabalho sistematizado com a intertextualidade, objetivando fazer com que o aluno perceba a ocorrência do intertexto nas diversas áreas do conhecimento, estabeleça relações intertextuais no ato da leitura, melhorando sua capacidade de compreensão e

interpretação dos discursos com os quais lida cotidianamente.

Por isso, o trabalho se baseará na leitura (individual, em grupo ou compartilhada) de textos de gêneros diversos, mas que apresentam conexões intertextuais. Serão contempladas atividades orais e proposta uma série de atividades de produção oral ou escrita a fim de que os alunos tenham condições de empregar outras vozes em seus textos.

Portanto, as práticas aqui apontadas serão compreendidas como um processo de produção de sentido, enfatizando as relações intertextuais na busca não só do letramento, mas do multiletramento, e consequentemente, da formação do leitor competente.

Palavras-chave Leitura; multiletramento; intertextualidade;competência leitor.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINAPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO

ESTADO DO PARANÁ

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – CADERNO PEDAGÓGICO

ENSINO E APRENDIZAGEM DA LEITURA - A INTERTEXTUALIDADE COMO AUXILIAR NA FORMAÇÃO

DA COMPETÊNCIA LEITORA

ROZIANI SERPELONI PIRANI

LONDRINA

2011

ROZIANI SERPELONI PIRANI

ENSINO E APRENDIZAGEM DA LEITURA - A INTERTEXTUALIDADE COMO AUXILIAR NA FORMAÇÃO

DA COMPETÊNCIA LEITORA

Produção didático-pedagógica apresentada à

Secretaria de Estado de Educação do Estado do

Paraná – SEED - como requisito para o

cumprimento das atividades previstas no Programa

de Desenvolvimento Educacional -PDE, sob a

orientação da Profª Drª Sonia Pascolati.

LONDRINA

2011

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3

2 UNIDADE 1 Intertextualidade a partir de um clássico da literatura adaptado para

o cinema .................................................................................................................... 7

2.1 Conceito de paráfrase ….................................................................................... 10

2.2 Conceito de paródia …....................................................................................... 15

2.3 Conceito de intertextualidade............................................................................. 17

3 UNIDADE 2 Intertextualidade a partir de provérbios e ditados populares............ 19

4 UNIDADE 3 Intertextualidade a partir de cantigas de roda................................. 24

5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO............................................................................... 32

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 33

INTRODUÇÃO

Assim como a semente que segue latente de possibilidades em uma terra estéril, um texto resta inútil se o leitor não romper a mera combinação de letras em busca de significados possíveis. (NECCHI, 2009, p.267.)

O acesso ao aprendizado da leitura figura como um dos diversos desafios da

escola e, talvez, como o mais valorizado e exigido pela sociedade. Nessa

perspectiva, a ela são atribuídas funções tais como criar e desenvolver mecanismos

e estratégias de leitura, e, portanto, de formação de leitores competentes.

Nesse sentido, é preciso que a escola, por meio de uma diversidade de textos

com diferentes funções sociais, promova o letramento do aluno para seu

crescimento pessoal, social, profissional e político. Sobre o letramento é necessário

o esclarecimento de que este se refere ao desenvolvimento de competências de uso

efetivo da tecnologia da escrita em práticas sociais que envolvam a língua escrita.

Sobre isso, Soares (2004, p.89) diz:

É à escola e à escolarização que cabem tanto a aprendizagem das habilidades básicas de leitura e escrita, ou seja, a alfabetização, quanto o desenvolvimento para além dessa aprendizagem básica, das habilidades, conhecimentos e atitudes necessários ao uso efetivo e competente de leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita,ou seja, o letramento.

Sendo assim, defende-se que as práticas discursivas proporcionem a

integração da linguagem verbal com outras linguagens, promovendo, então, não só

o letramento, mas também o multiletramento, como se encontra recomendado nas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCEs, (2010, p51.)

A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas,

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alterando “seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES,1998,p18).

Para alcançar a competência leitora não basta conhecer o código linguístico.

Para ler, e também escrever com proficiência, é imprescindível estar imerso nas

relações intertextuais, visto que um texto é produto de outro, nasce de/em outro

texto.

Um texto não é um objeto fixo em um dado momento no tempo, ele lança

seus sentidos no diálogo intertextual, isto é, ele é sempre uma atitude de resposta a

outros textos, estabelecendo assim, relações dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992,

p.354), “mesmo enunciados separados um do outro no tempo e no espaço e que

nada sabem um do outro, se confrontados no plano do sentido, revelarão relações

dialógicas”.

Também nas DCEs, a leitura é compreendida como um ato dialógico,

interlocutivo, social, político, ideológico.

Já sobre o conceito de texto, na visão sociointeracinista de Bakhtin , adotada

pelas DCEs, um texto está sempre em diálogo com outros, portanto não existe e

nem pode ser compreendido isoladamente. Ao ler o indivíduo age como co-autor,

passa a ter papel ativo no processo de leitura, procurando pistas, formulando

hipóteses, usando estratégias baseadas em seu conhecimento linguístico e nas

suas experiências, estabelecendo relações intertextuais.

A essa relação que se estabelece entre os textos, seja ela explícita ou

implícita, dá-se o nome de intertextualidade, conceito baseado no postulado

dialógico de Bakhtin de que um texto não existe por si só, ele está sempre em

diálogo com outros textos.

O texto só ganha vida em contato com outro texto (com contexto). Somente neste ponto de contato entre textos é que brilha uma luz, iluminando tanto o posterior como o anterior, juntando dado texto a um diálogo. Enfatizamos que esse contato é um contato dialógico entre textos (…) por trás desse contato está um contato de personalidades e não de coisas. (BAKHTIN,1986, p.162)

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O conceito de intertextualidade surgiu na década de 1960, introduzido pela

crítica literária francesa Julia Kristeva, para quem “qualquer texto se constrói como

um mosaico de citações e é a absorção e transformação de um outro texto.” (apud

KOCH, 2008, p.140). Da mesma forma, Maingueneau afirma que um intertexto

constitui um dos componentes decisivos das condições de produção: “um discurso

não vem ao mundo numa inocente solitude, mas constrói-se através de um já-dito

em relação ao qual toma posição.” (apud KOCH 2008,p.140 ).

Diversos tipos de intertextualidade têm sido relacionados, dependendo de

suas características. Dentre elas, de acordo com Koch (1997,2008), vale destacar:

Intertextualidade Temática; Intertextualidade Estilística; Intertextualidade Explícita;

Intertextualidade Implícita. Há ainda que se citar a intertextualidade com intertexto

atribuído a um enunciador genérico, caso em que “enunciações que têm por origem

um enunciador indeterminado, as quais fazem parte de um repertório de uma

comunidade, como acontece com os provérbios e ditos populares.”( KOCH, 1997,

p.50).

A intertextualidade influencia decisivamente o processo de compreensão e de

produção dos textos. Por isso, para que uma leitura seja competente e completa,

não basta identificar apenas o que é dito pelas palavras, mas também o que não

está na superfície do texto: os elementos implícitos.

É necessário investir na ideia de que todo texto é resultado de outros textos.

E, tendo como tarefa o desenvolvimento da competência leitora, é imprescindível

que o professor leve o aluno a perceber isso. Assim, o trabalho com a

intertextualidade deve servir não só para conscientizar os alunos quanto à existência

desse recurso, mas principalmente, percebendo seu uso, melhorar os níveis de

interpretação de textos, bem como utilizar tal recurso em suas produções.

Portanto, estando o público alvo deste projeto em processo de construção da

competência leitora, justifica-se um trabalho sistematizado com a intertextualidade,

procurando fazer com que o aluno estabeleça tais relações no ato da leitura, ative

seu conhecimento de mundo, de outras leituras e do que se registrou na memória

discursiva, para assim melhorar sua capacidade de compreensão e interpretação

dos discursos com os quais lida cotidianamente.

O presente trabalho será desenvolvido com alunos do 6º ano/5ª séries do

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Colégio estadual Souza Naves, situado à rua Monteiro Lobato, 421, centro,

Rolândia, Paraná entre os meses de setembro a novembro do ano de 2011

prevendo-se de 20 a 28 aulas para sua realização.

Os procedimentos adotados se pautam na interação professor-aluno.

Entende-se que, assim, o ensino-aprendizagem se torna eficaz para a realização

das atividades; e a atuação do professor como mediador possibilita à criança um

maior aproveitamento e compreensão do texto.

Por isso, todo o trabalho será baseado na leitura, seja ela individual, em grupo

ou compartilhada, de textos de gêneros diversos (verbais, visuais ou mistos), mas

que apresentam conexões intertextuais. Serão contempladas atividades orais e

proposta uma série de atividades de produção oral ou escrita a partir das quais os

alunos tenham condições de empregar outras vozes em seus textos.

Portanto, as práticas de leitura, interpretação e produção de textos apontadas

serão compreendidas como um processo de produção de sentido, enfatizando as

relações intertextuais na busca não só do letramento, mas do multiletramento, e

consequentemente, da formação de um público leitor competente.

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Você já ouviu falar de Alice no País das Maravilhas? Pois bem, na aula de

hoje iremos assistir a um filme com esse título.

FIQUE POR DENTRO!

Adaptado de: http://www.adorocinema.com/filmes/alice-no-pais-das-maravilhas-1/

EXPLORAÇÃO ORAL:

1- Qual é sua opinião sobre o filme? Gostou?

2- Você conseguiu compreender a história totalmente?

3- Qual passagem você não compreendeu?

4- Quais sensações o filme provocou em você? Comente.

5- Durante o filme, houve alguma cena que fez com que você se lembrasse de outra

história ou outro personagem já visto anteriormente?

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uniDADE 1

Intertextualidade a partir de um clássico da Literatura adaptado para o cinema

Com o título original “Alice in Wonderland”, o filme, do gênero aventura, foi lançado em 2010 e dirigido por Tim Burton. Os atores principais são: Mia Wasikowska (Alice), Johnny Deep (Chapeleiro), Helena Bonhan Carter (Rainha de Copas) e Anne Hathaway (Rainha Branca).

Sinopse:

Alice, uma jovem de 17 anos, passa a seguir um coelho branco apressado, que está sempre olhando no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das maravilhas, um lugar onde esteve há dez anos, apesar de nada se lembrar dele. Lá, é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco e passa a lidar com seres fantásticos e imaginários. Além disso, tem que enfrentar a ira da poderosa Rainha de Copas.

FIQUE POR DENTRO!

Uma das muitas aventuras de Alice foi conhecer o jardim do palácio da

Rainha de Copas . Você vai agora ler o Capítulo 8 do livro Alice no País das

Maravilhas, traduzido por Sebastião Uchoa Leite, no qual é narrado este episódio.

Disponível em :http://books.google.com.br/books?

Observação ao professor: A primeira leitura do texto será feita de forma partilhada, ou seja, fragmentada por comentários

em que o professor interrompe a leitura sempre que necessário para: esclarecer dúvidas;

questionar os alunos de modo que eles possam inferir o significado de determinadas palavras

pelo contexto, levantar hipóteses, perceber as elipses, estabelecer relações contextuais, etc.

ATIVIDADES:

1- Procure no texto, de acordo com a indicação dos parágrafos, as palavras que

correspondem aos significados. Depois circule-as no caça-palavras:

1-Personagem principal de Lewis Carrol, do capítulo lido (§ 1)_________________

2- Delicadeza, cortesia (§ 15) ___________________________________________

3- Enfeitado, cheio de ornatos (§ 11)______________________________________

4- Comitiva, acompanhamento (§ 12) _____________________________________

5- Luxuoso, suntuoso (§ 11) ____________________________________________

6- Cada um dos quatro símbolos do baralho (§ 11) __________________________

7- Degolar (§ 4) ______________________________________________________

8- Enraivecida, colérica (§ 21)___________________________________________

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O filme a que assistimos foi baseado na obra da literatura inglesa com o mesmo título. Quem a criou foi um dos principais autores da literatura fantástica, o inglês Lewis Carrol (1832 – 1898). Alice no País das Maravilhas foi publicado em 1865 e, desde então, foi traduzido no mundo inteiro, despertando a fantasia de crianças, jovens e adultos. O autor publicou também Alice através do espelho e o que ela encontrou lá, entre outros títulos.

a r j b m m y k o l r i l j f

d e o f g i e r t t a l i c e

a x j u i r w q n h t m z a a

s e e c v a j l p u i a g h i

o t t h u d c p o m p o s o w

x c r e n a i p e r a g a e h

s u o j d q t u i b c m n v a

l o c e g j a i n v e d w l e

o a x g h r t c z e d i l o p

p i s o r n a m e n t a d o s

2- Os acontecimentos narrados em Alice no País das Maravilhas são quase sempre

fantásticos, isto é, não são fatos normais, não poderiam acontecer na realidade.

Escreva alguns elementos que você considera fantásticos neste capítulo da história:

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3- Alice é uma menina que sempre procura uma explicação racional para as suas

atitudes. Durante a passagem do cortejo, ela permaneceu de pé, enquanto as outras

personagens, se deitaram.

a- Segundo o raciocínio de Alice, para que serve um cortejo?

___________________________________________________________________

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b- Complete as frases, reconstituindo o raciocínio da menina:

Um cortejo serve para________________________________________. Ora, se

todos______________________________________, ninguém_________________.

Portanto, eu_________________________________________________________.

4- Nesta atividade você vai produzir uma paráfrase resumida do texto que foi lido.

FIQUE POR DENTRO!

Observação ao professor: Nesse momento é importante que o professor dê outros

exemplos de paráfrases para que fique mais claro para os alunos esse tipo de produção. Isso

pode ser feito oralmente, como por exemplo: ler uma fábula e recontá-la resumidamente,

apresentar uma imagem e ler um texto que a explique, etc.

Como sua paráfrase vai ser resumida, lembre-se de que, ao fazermos o resumo de

um texto, devemos:

• selecionar os fatos principais

Por exemplo: a curiosidade de Alice, a estranha atividade dos Jardineiros e a

discussão entre eles;

• generalizar as informações

Por exemplo: três jardineiros (não é preciso nomeá-los) discutindo (este verbo

resume todo o diálogo entre eles).

• usar o discurso indireto

Ou seja, as falas dos personagens não podem ser reproduzidas, mas recontadas;______________________________________________________________________________________

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PARÁFRASE é a reescrita de um texto original com novas palavras sem que o sentido do mesmo seja alterado. Assim, a paráfrase é a reprodução da ideia do autor com as palavras daquele que a escreve.

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Leia atentamente o texto que será exibido na TV Pendrive. Ele é formado

pelas linguagens visual (imagem) e verbal (palavras).

Disponível em: http://quadrinho.com/images/stories/2010_09/semana_02/alice-2.jpg

1- Pela imagem e pelo título "Alice no País das Maravilhas Eleitorais", o que é

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sugerido no 1° quadrinho?

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2- O 2° e 3° quadrinhos marcam a mudança na situação. Explique o que acontece:

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3- De que forma este texto remete à obra de Lewis Carrol?

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4- Já no último quadrinho, é possível perceber o texto remetendo a um famoso conto

de fadas. Você consegue identificar qual é? Comente:

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Este texto é uma charge:

FIQUE POR DENTRO!

4- Sabendo o que é uma charge, explique: qual a crítica presente no texto ?

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CHARGE é um desenho ou uma pequena história em quadrinhos com caráter humorístico e crítico. Destaca-se pela criatividade e por tratar de temas da atualidade. Os personagens geralmente são desenhados seguindo o estilo de caricaturas e podem retratar diversos temas: assuntos cotidianos, política, futebol, economia, ciência, relacionamentos, artes, consumo, etc. As charges costumam ser publicadas em jornais, revistas, livros ou na internet .

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Agora você vai assistir a um vídeo (que é um texto que usa as múltiplas

linguagens). Ele está disponível no site:

http://www.youtube.com/watch?v=_-16Fo050S4

1- Temos aqui mais um texto que remete à obra Alice no País das Maravilhas. Que

elementos presentes no vídeo fazem referência ao filme de Tim Burton?

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2- Sendo o vídeo um anúncio ou propaganda, ele pretende convencer o interlocutor

a adquirir algum produto, utilizar um serviço , ou partilhar uma ideia. Qual é a

empresa anunciante e o que ela pretende com esta propaganda?

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Observação ao professor: Com a finalidade de ampliar o conhecimento dos alunos sobre como a intertextualidade está

presente em textos publicitários, a seguir é apresentada uma lista de endereços de sites que

apresentam propagandas; todas elas fazem uso de intertextos. Nelas, é possível perceber que a

intertextualidade na publicidade assume não só a função de persuadir, mas também de difundir

a cultura, uma vez que, na maioria dos casos, trata-se de uma relação com a arte (música,

cinema, literatura, pintura,etc.). Vale a pena apresentar aos alunos, a título de ilustração, outros

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textos que empregam tal recurso. Necessário se faz também esclarecer o contexto de

produção de cada uma delas, pois devido ao fato de algumas se referirem a aspectos passados

da história, a mediação do professor proporcionará um melhor entendimento por parte dos

alunos (já que eles não vivenciaram tal momento) . Assim, os objetivos serão plenamente

alcançados.

Comercial Close Up - alusão ao filme Twister . Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=MtLidLIQI1I

Comercial Leite Moça. Disponível em:

http://2.bp.blogspot.com/_E2XZyAcgWow/S4QO79tEIsI/AAAAAAAAACQ/Nb_8J3OTVxw/s320/leitem

oça.jpg

Comercial Noalan's Cheddar. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3OXONZyAgXA&feature=fvwrel

Garoto Bom Bril - Carlos Moreno – Comerciais memoráveis. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=SpZOQ0aZsXk&feature=related

Propaganda do Audi A3 tiptronic – intertextualidade com Cinderela. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ape8_jWIH64

Agora iremos ler uma história em quadrinhos de Maurício de Souza. Nela, a

personagem principal, Magali, vive uma aventura fantástica e divertidíssima. Há

ainda outras duas histórias que envolvem os personagens da Turma da Mônica.

Faça uma leitura silenciosa para depois trocar ideias com a professora e os colegas.

Observação ao professor: Nesta revista, Maurício de Souza faz uma paródia, uma releitura

da obra de Lewis Carrol. A revista é formada por três histórias: Magalice no País das Melancias, Minha Festa de Desaniversário e Cebolinha no Parque das Maravilhas. Nelas, o

autor parte do pressuposto de que o leitor conhece a clássica história de Alice, e brinca com

isso. Ela se encontra à venda no site:

http://www.paninicomics.com.br/web/guest/monica/checklist

EXPLORAÇÃO ORAL:

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1- A revista apresenta três histórias. Quais são?

2- Nas histórias da revista, há aspectos relacionados diretamente com a obra de

Lewis Carrol ou com o Filme de Tim Burton? Vamos falar de cada uma delas em

separado: Magalice no País das Melancias, Minha Festa de Desaniversário e Cebolinha no Parque das Maravilhas.3-Quais mudanças são feitas nas histórias a partir da obra original?

4- Na primeira história (p. 9), Magali faz referência a outros textos conhecidos por

você? Qual ou quais?

5- Você acha comum colocarmos trechos de outros textos falados ou escritos por

outros em nossas produções orais ou escritas? Dê exemplos:

6- Qual foi, na sua opinião, a intenção do autor em fazer esta revista baseada na

obra Alice no País das Maravilhas?

Você percebeu que as narrativas da revista em quadrinhos são baseadas na

história de Alice, mas não são paráfrases. O autor da revista “brinca” com o clássico

alterando nomes, lugares, situações, dando uma dose de humor... O que ocorre

nestas HQs de Maurício de Souza são paródias de Alice no País das Maravilhas.

FIQUE POR DENTro:

Gostou das paródias lidas? Então, que tal, em pequenos grupos, vocês

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Paródia. –Segundo o dicionário Houaiss : “Obra literária, teatral, musical etc. que imita outra obra, ou os procedimentos de uma corrente artística, escola etc. com objetivo jocoso (engraçado) ou satírico; arremedo.” Arremedo é o ato ou o efeito de arremedar, isto é, de imitar, de modo grosseiro e provocador, os gestos, as falas, etc., de outra ou outras pessoas.

dramatizarem as histórias de Maurício de Souza? Escolham aquela que mais

apreciaram e preparem a apresentação.

Agora que já ficou bem claro o que é uma paródia, chegou o momento de

produzir uma. Em duplas, escolham um dos títulos sugeridos (ou criem outro) para

fazer uma paródia de Alice no País das Maravilhas.

• Alice no País do Chocolate

• Alice no País da Informática

• Alice no País da Tristeza

• Alice no País das Miniaturas

• Alice no País do Futebol

• Alice no País dos Livros

• Alice no País _________________________________________________

Procurem fazer um texto que narre uma aventura fantástica, em que aconteçam

coisas impossíveis de acontecer na realidade, mas que sejam coerentes, tenham

algum sentido. Caracterizem os personagens parodiando aqueles da história

original. Enfim, o texto deverá estar relacionado ao clássico, mas com intenção de

transformá-lo, satirizando-o, arremedando-o. Primeiro façam um planejamento,

depois escrevam uma versão, leiam-na, corrijam, mudem o que for necessário, e

então passem a limpo a versão final. ______________________________________________________________________________________

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FIQUE POR DENTro:

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Você deve ter percebido que todos os textos trabalhados até agora foram criados a partir de uma obra muito famosa na literatura mundial, o Clássico de Lewis Carrol, Alice no País das Maravilhas. Pode-se, então, afirmar que há um “diálogo”entre todos esses textos ( a charge, a propaganda, a revista em quadrinhos, o filme) .

Quando um texto dialoga com outro produzido anteriormente, dizemos que eles mantêm entre si uma relação de INTERTEXTUALIDADE. Por isso, é possível afirmar que todo texto é resultado de outros textos já produzidos ( oralmente ou por escrito).

SUGESTÃO de leitura:

Quer conhecer outras histórias que apresentam relação intertextual com o

filme Alice no País das Maravilhas? Você pode retirar na biblioteca do Colégio

qualquer um desses livros. Todos apresentam histórias muito interessantes,

divertidas e emocionantes,mas sempre relacionadas de alguma forma com a história

de Lewis Carrol.

• Alice no país da mentira, Pedro Bandeira (ed.Ática)

• Alice no país dos números, Carlo Fabretti (ed.Ática)

• Alice no metrô, Lino Albergaria (ed. Lê)

• Ana Z, aonde vai você?, Marina Colassanti, (ed. Ática)

Observação ao professor: O trabalho intertextual deve levar ao conhecimento do texto-fonte sempre que possível e

apropriado. No caso em questão, no decorrer das aulas, além do capítulo 8 (já mencionado e

com um trabalho específico baseado nele), toda a obra original será lida para os alunos, sempre

no início ou término das aulas.

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1- EXPLORAÇÃO ORAL:

Veja quem consegue completar as frases que serão colocadas no quadro:

“De grão em grão...”

“Santo de casa não...”

“Deus ajuda quem...”

“Quem muito quer...”

“Água mole em pedra dura...”

“Quem ama o feio...”

De onde vocês conhecem estas frases?

Que outras frases desse tipo vocês conhecem?

Essas frases, na verdade, são conhecidas como PROVÉRBIOS.

Você sabe o que é um Provérbio?

FIQUE POR DENTro:

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uniDADE 2

Intertextualidade a partir de provérbios/ditados

populares

Os provérbios são ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do dia a dia. A maioria é de criação anônima.

O provérbio é fácil de decorar e transmitir devido ao seu formato simples, curto e direto. Falam sobre diversos assuntos e fazem parte da cultura popular da humanidade. Encontramos provérbios para praticamente todas as situações de vida.

Quem de vocês poderia explicar o sentido de um dos provérbios apresentados e

também, qual ensinamento ele pretende transmitir ?

2- Esta atividade será realizada na Sala de Informática do Colégio. Lá você fará uma

pesquisa para conhecer muitos, muitos outros provérbios. Depois de ler dezenas

deles, escolha alguns para copiar.

Atenção: só copie um provérbio se você entender seu sentido, sua mensagem!

Sites sugeridos para pesquisa:

http://mulhervirtual.com.br/ditados.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_provérbios

http://culturanordestina.blogspot.com/2010/03/lista-completa-de-proverbios-e-ditos.html

( Os sites apresentam uma lista de A a Z com centenas de provérbios)

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3- ATIVIDADE ORAL:

Em duplas, vocês irão escolher um dos provérbios pesquisados e, usando a

mímica, apresentá-lo para os colegas descobrirem qual é . Depois que eles

descobrirem vocês irão explicar o sentido e a mensagem do provérbio.

4- Observe o texto que será apresentado na TV Pendrive, depois responda:

Propaganda Close-up. Disponível em:

http://4.bp.blogspot.com/_g0pOh0dSVos/S83U-

t2eADI/AAAAAAAAAAs/BVhYZEyaEVM/s1600/close+up+cartaz.png

O texto é uma propaganda do creme dental Close-up. A empresa anunciante

pretende, por meio do texto, convencer, persuadir o interlocutor a adquirir o produto.

Para isso, utiliza de muita criatividade para atingir seu objetivo, em particular na

criação do slogan:

“Olho por olho, Close-up, por Close-up.”

Atividades:

a- Este texto faz lembrar um outro. Você sabe qual?

___________________________________________________________________

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b- Observando o texto como um todo (imagem e palavras), explique como você o

entendeu:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5- Veja este provérbio :

Quem ri por último, ou é surdo ou retardado!

EXPLORAÇÃO ORAL:

1- Você já o conhecia?

2- Esta é a forma original do provérbio?

3- Qual é a forma do provérbio original? O que ele significa?

4- O que você achou da mudança?

Na verdade o provérbio foi parodiado, mudado, com intenção de provocar

humor, torná-lo engraçado, propondo um novo significado.

Vamos conhecer outros ditos populares/provérbios que foram modificados

assistindo ao vídeo: ditados populares, disponível em:http://www.youtube.com/watch?

vUUPn8=3DhJnZ

Observação ao professor: O vídeo traz uma lista de provérbios parodiados. Durante a

apresentação ele será pausado para a identificação do provérbio original, para só então

apresentar sua modificação.

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Agora é sua vez:

Transforme dois destes ditados populares/provérbios em outros, atribuindo-lhes

uma dose de humor. Mas fique atento para que, mesmo modificado, ele tenha algum

sentido.

• Mais vale um pássaro na mão, do que dois voando.

• A justiça tarda, mas não falha.

• A corda sempre arrebenta do lado mais fraco.

• Cabeça vazia, oficina do diabo.

• Quem não tem cão, caça com gato.

• Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.

• Há males que vêm para o bem.

• Longe dos olhos, perto do coração.

• Quem diz o que quer, ouve o que não quer.

• Quanto mais se vive, mais se aprende.

1-__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2- _________________________________________________________________

___________________________________________________________________

SUGESTÃO de leitura:

O escritor Millôr Fernandes, em seu livro Lições de um Ignorante, traz um

texto cujo título é “Provérbios Modernizados”. Lá, você vai ler velhos provérbios de

“roupa nova”, ou seja, transformados de forma bem humorada e irônica. Vale a

pena!!!

Este texto também está disponível no site:

http://coisaparadesocupado.blogspot.com/2008/08/provrbios-modernizados-no-sentidode.html

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Leia o texto:

Se esta rua fosse minha

Se esta rua, se esta rua fosse minha,

eu mandava, eu mandava ladrilhar,

com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante,

para o meu, para o meu amor passar.

Nessa rua, nessa rua tem um bosque,

que se chama, que se chama Solidão.

Dentro dele, dentro dele mora um anjo

que roubou, que roubou meu coração.

Se eu roubei, se eu roubei teu coração,

tu roubaste, tu roubaste o meu também.

Se eu roubei, se eu roubei teu coração,

é porque, é porque te quero bem.

(Domínio Público)

Atividades:

1- O texto, especialmente a primeira estrofe, fala do desejo de mudanças. Qual é a

mudança desejada pelo personagem e para que ele quer realizá-la?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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UNIDADE 3

INTERTEXTUALIDADE NAS CANTIGAS DE RODA

___________________________________________________________________

2- Ladrilhar significa colocar ladrilhos, colocar piso. Na sua opinião, que sentimento

o personagem demonstra ao explicar por que ele mandaria ladrilhar a rua com

pedrinhas de brilhante?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3- Na rua tem um bosque cujo nome é Solidão. O que é solidão? Quem está

sentindo solidão?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4- Na segunda estrofe um anjo é apresentado. Porém, usa-se a palavra anjo para

fazer uma comparação, uma representação, e não referir-se a um anjo celestial,

mensageiro de Deus. Quem é representado pelo anjo?

5- O que o anjo que mora no bosque fez com o personagem?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6- O que significa dizer que alguém “roubou seu coração”?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7- O anjo é o personagem que fala na última estrofe . O que a resposta dele

significa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8- Você deve conhecer essa cantiga. Vamos cantá-la para perceber o ritmo.

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9- Que tipo de sentimento o ritmo da cantiga desperta em você? Justifique:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Você reconheceu o texto “Se esta rua fosse minha” como letra de uma cantiga de

roda, não é?

FIQUE POR DENTRO:

Adaptado de : http://www.infoescola.com/folclore/cantigas-de-roda/

Certamente você conhece outras cantigas de roda. Procure relembrar, junto

com seus familiares algumas cantigas. Escolha um bem interessante para copiar.

Depois montaremos um grande painel com todas as letras pesquisadas e juntos

faremos uma grande roda para cantar e brincar com elas.

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Cantigas de roda são um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local. Apresentam letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.

Elas também podem ser chamadas de cirandas e têm caráter folclórico. Esta prática, hoje em dia, não é tão presente na realidade das crianças como antigamente devido às tecnologias existentes. Geralmente é usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.

Há algumas características que elas têm em comum, como a letra que, além de ser de fácil memorização, é recheada de rimas, muitas repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira.

Agora iremos ler um outro texto, cujo título é Paraíso e o autor, José Paulo Paes.

Ele se encontra disponível em livro ou na internet.

PAES, José Paulo. Poemas para Brincar. 4.ed. São Paulo: Ática, 1991.

Disponível em: http://www.apoema.com.br/InformaLista12.htm

FIQUE POR DENTRO:

Atividades:

Este poema é uma recriação da cantiga “Se esta rua fosse minha”.

1- Qual preocupação apresentada no poema Paraíso?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2- O objetivo do poema “Paraíso” é o mesmo do texto com o qual ele dialoga?

Justifique:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3- Quais mudanças você gostaria de fazer no seu mundo? Complete os trechos do

poema com suas ideias:

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O poeta José Paulo Paes, autor do poema “Paraíso”, inspirou-se na cantiga Se esta rua fosse minha para escrevê-lo. Portanto é possível afirmar que há um “diálogo”entre os dois textos.

Mais uma vez os textos estabelecem entre si uma relação de INTERTEXTUALIDADE.

• Se esta mata fosse minha, eu______________________________________

• Se este rio fosse meu, eu_________________________________________

• Se este mundo fosse meu, eu______________________________________

4- Observe estes versos do poema:

“Se esta rua fosse minha”

“Se esta mata fosse minha”

“Se este rio fosse meu”

“Se este mundo fosse meu”

Neles, o poeta se coloca como não sendo dono do rio, da mata, da rua, enfim, do

mundo. Você concorda com ele? A quem pertence o mundo? Justifique seu

posicionamento.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Agora leia mais um texto de autoria de Elias José que foi retirado de um livro muito

interessante: Poesia Fora da Estante.

História Embrulhada

JOSÉ, Elias. História embrulhada. In: AGUIAR, Vera (Coord.) Poesia fora da estante. Porto

Alegre: Ed.Projeto CPL/PUC-RS, 1995, p.115.

Atividades:

1- Este texto é um poema. Assinale, entre as características apresentadas, aquelas

que levam a considerar o texto como sendo um poema:

( ) Linguagem que busca escolher e arranjar as palavras de modo especial;

( ) Uso de palavras que dão ordem, impõem ideias;

( ) Disposição das palavras em versos e estrofes;

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( ) Presença de palavras que rimam;

( ) Disposição dos versos e estrofes de maneira especial para dar ritmo à leitura

( ) Tem a função de trazer informações recentes, do dia a dia.

( ) Apresenta palavras com significado especial, com sentido figurado.

( ) Pretende persuadir o leitor a aceitar uma ideia, a adquirir um produto.

2-Quais são os personagens?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3- Cite um trecho do texto que comprove que o narrador é também personagem:

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

FIQUE POR DENTRO:

4- Na última estrofe, a palavra pato tem significado distinto, diferente do apresentado

nas anteriores. Explique essa diferença:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5- O poema narrativo que acabamos de estudar faz lembrar uma cantiga popular

muito conhecida. Qual é ela?

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Este poema tem algumas características especiais, diferentes, pois ele é um POEMA NARRATIVO: uma história contada por meio de versos, estrofes e rimas.

Todo poema que conta uma história ou um fato é assim chamado.

___________________________________________________________________

Elias José fez uma nova versão, isto é, recriou os versos da cantiga “Atirei o

pau no gato” no poema “História embrulhada”. Ele, na verdade, fez uma paródia da

cantiga..

6- Lembrado que verso é cada uma das linhas do poema, quais versos do poema

são iguais aos da cantiga?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7-Estabeleça três diferenças entre os dois textos: “Atirei o pau no gato” e “História

embrulhada”:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8- Crie outros títulos para o poema , mas mantenha o substantivo:

• História_______________________________________

• História_______________________________________

9- Escreva uma pequena narrativa a partir do poema de Elias José. Para isso

transforme as estrofes em parágrafos e faça as adaptações necessárias,

principalmente quanto à pontuação do texto e à ortografia. Capriche!

ATENÇÃO: Na verdade, você estará produzindo uma paráfrase do poema.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

vamos criar!

Em grupos, e partindo de uma das cantigas de roda pesquisadas por vocês,

componham uma paródia da cantiga escolhida. Lembrem-se de que a paródia é a imitação cômica, crítica ou irônica de outro texto.

Depois de prontas e ensaiadas, as cantigas serão apresentadas no nosso “Festival

da Paródia”.

Vamos lá? Mãos à obra!!!

ÚLTIMA DICA!

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Como você percebeu, os textos (sejam eles: poemas, notícias, letras de canção, fábulas, piadas, propagandas, fotografias, cartazes, receitas, cartas...) estão sempre se relacionando com outros já produzidos anteriormente, ou seja, todo texto estabelece intertextualidade com outros textos.

Por isso, é muito importante que você leia muitos textos, e dos mais variados gêneros. Quanto mais amplo for seu conhecimento, mais facilmente você reconhecerá os intertextos presentes no texto que está lendo. Isso tornará sua compreensão mais completa e você, um leitor mais competente.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

A avaliação, de acordo com o que é proposto pelas DCEs do Estado do

Paraná, (2010,p.31) “assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja

uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica”.

Sendo assim, é necessário enfatizar que ela seja realizada de forma contínua

e que priorize a qualidade do ensino-aprendizagem.

Nessa perspectiva, a avaliação ocorrerá pela observação e pelo registro dos

discursos produzidos pelos alunos envolvidos ao longo do desenvolvimento do

projeto.

Oralidade: Verificação da clareza, da fluência e da capacidade de argumentar

durante a participação do aluno nos diálogos, discussões e nas apresentações

propostas neste trabalho, assim como pela observação de seu posicionamento

diante dos textos que lhe serão apresentados.

Leitura: Será avaliada nas diferentes atividades de compreensão, inferência e

interpretação, especialmente nos aspectos relacionados à identificação dos

intertextos, às relações dialógicas estabelecida entre os mesmos.

Escrita: Este aspecto será avaliado priorizando os aspectos qualitativos e não os

quantitativos. Sendo assim, a avaliação da escrita ocorrerá por meio da análise das

das respostas produzidas nas questões de interpretação dos textos, bem como, e

especialmente, nas produções das paráfrases e paródias em que se verificará a

capacidade de empregar o recurso da intertextualidade proposto pelo projeto.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO:Lista de provérbios. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_prov%C3%A9rbio . Acess o em 11 abr. 2011.

ARAÚJO, Ana Paula de. Cantigas de Roda. Disponível em:http://www.infoescola.com/folclore/cantigas-de-roda/ . Acesso em 11 abr. 2011.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

______. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

COMERCIAL CLOSE-UP - alusão ao filme Twister . Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=MtLidLIQI1I . Acesso em 10 jun.2011.

COMERCIAL Leite Moça. Disponível em:http://2.bp.blogspot.com/_E2XZyAcgWow/S4QO79tEIsI/AAAAAAAAACQ/Nb_8J3OTVxw/s320/leitemo%C3%A7a.jpg . Acesso em 09 jun.2011.

COMERCIAL Noalan's Cheddar. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=3OXONZyAgXA&feature=fvwrel . Acesso em 10 jun. 2011.

DITADOS populares. Disponível em: http://mulhervirtual.com.br/ditados.htm . Acesso em 11 abr. 2011.

33

DITADOS Populares, vídeo disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=3DhJnZUUPn8 . Acesso em 12 abr. 2011.

GAROTO Bom Bril - Carlos Moreno – Comerciais memoráveis. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=SpZOQ0aZsXk&feature=related . Acesso em 10 jun. 2011.

HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO; Manuel de Mello. Houaiss, Minidicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

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KLEIMAN, Angela. Texto & leitor: aspectos cognitivos da leitura. 9. ed. Campinas: Pontes, 2004.

KOCH, Ingedore G. Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2008.

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LISTA de provérbios e ditados populares. Disponível em: http://culturanordestina.blogspot.com/2010/03/lista-completa-de-proverbios-e-ditos.html . Acesso em 16 jun 2011.

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PROPAGANDA Audi A3 tiptronic - intertextualidade com Cinderela. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ape8_jWIH64 . Acesso em 10 jun. 2011.

Propaganda Close-up. Disponível em:http://4.bp.blogspot.com/_g0pOh0dSVos/S83U-t2eADI/AAAAAAAAAAs/BVhYZEyaEVM/s1600/close+up+cartaz.png . Acesso em 10 jun. 2011.

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