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FICHA PARA CATÁLOGO 

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM RELAÇÃO AO 

USO DO LABORATÓRIO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO

Autor Roseli Aparecida Linzmeier

Escola de Atuação Colégio Estadual D. Pedro I – E.F.M.P.N.

Município da escola Pitanga

Núcleo Regional de Educação Pitanga

Orientadora Ana Lúcia Crisostimo

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Disciplina/Área  Ciências

Produção Didático­pedagógica  Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar 

Público Alvo  Professores do Colégio Estadual D. Pedro I – e Demais Professores de Ciências da Cidade de Pitanga.

Localização Colégio Estadual D. Pedro I – E.F.M.P.e.N. ­ Rua  João Gonçalves Padilha, 151, Centro, Pitanga­ Pr.            

Apresentação:  Caderno Pedagógico composto por textos, 

experimentos e atividades práticas simples, que 

podem ser usadas visando proporcionar 

motivação na aprendizagem dos conceitos 

científicos potencialmente significativos, e que 

possam contemplar o uso do laboratório de 

Ciências no Ensino Fundamental. Promovendo 

uma atualização do professor em relação ao uso 

do laboratório, onde os mesmos estarão 

colaborando com a implementação do projeto e 

viabilizando a sua aplicabilidade na realidade 

escolar.

Palavras ­ chave  Experimento ­ Laboratório ­ Pesquisa

PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS ­ DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

                                                       PDE 2010

ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM RELAÇÃO AO USO DO 

                      LABORATÓRIO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO  

PITANGA2011

ROSELI APARECIDA LINZMEIER

ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS EM RELAÇÃO AO USO DO 

LABORATÓRIO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO

Caderno Pedagógico apresentado à Secretaria Estadual de Educação como requisito parcial a obtenção   do   título   de   professor   PDE   sob   a responsabilidade da Universidade Estadual do Centro Oeste.

Orientadora: Profª  Drª. Ana Lúcia Crisóstimo.

                                                  

                                               PITANGA

2011

                                           Sumário

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................7

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................10

3. O PREPARO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS.......................................16

4. SEGURANÇA DURANTE AS AULAS EXPERIMENTAIS.............................17

5. NORMAS DE SEGURANÇA EM UM LABORATÓRIO..................................18

6. MATERIAIS DE LABORATÓRIO...................................................................20

7. PRINCIPAIS REAGENTES E SUA APLICABILIDADE..................................21

8. ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS.................................................................25

9. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS....................................................................27

10. UNIDADE I ­ EXPERIMENTOS PARA A 5ª SÉRIE OU 6º ANO.................27

10.2. Experimento: PRESENÇA DE VAPOR DE ÁGUA NA ATMOSFERA......29

10.3. Experimento: PRESENÇA DE AR NO SOLO...........................................29

10.4. Experimento: FUSÃO DO GELO MAIS RÁPIDA E MAIS LENTA............30

10.5. Experimento: O AR OCUPA LUGAR NO ESPAÇO..................................31

11.   UNIDADE II ­ EXPERIMENTOS PARA 6ª SÉRIE OU 7º ANO..................32

11.2. Experimento: OSMOSE CELULAR: TURGESCÊNCIA E PLASMÓLISE.34

11.4. Experimento: ATUAÇÃO DOS FUNGOS..................................................36

11.5. Experimento: DECOMPOSIÇÃO DA BANANA.........................................37

12.2. Experimento: PRESENÇA DE AMIDO NOS ALIMENTOS.......................39

 12.3. Experimento: IDENTIFICANDO O AMIDO ..............................................41

12.4. Experimento: FUNCIONAMENTO DO SISTEMA AUDITIVO HUMANO..41

12.5. Experimento: CÉLULAS DA PELE............................................................42

12.6. Experimento: IMPORTÂNCIA DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS...............43

12.7. Experimento: MODELO DE SISTEMA RESPIRATÓRIO.........................44

13.  UNIDADE IV ­ EXPERIMENTOS PARA 8ª SÉRIE OU 9º ANO.................45

13.1. Experimento: CONDUÇÃO DE CALOR....................................................46

13.2. Experimento: DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS.............................................47

13.3. Experimento: ENERGIA POTENCIAL E ENERGIA CINÉTICA................49

13.4. Experimento: LENTE CONVERGENTE....................................................50

13.5. Experimento: A TEMPERATURA DAS REÇÕES QUÍMICAS..................52

13.6. Experimento: COMBINAÇÃO QUÍMICA – LEI DE PROUST ou LEI DAS 

PROPORÇÕES DEFINIDAS..............................................................................53

13.7. Experimento: DENSIDADE DA ÁGUA......................................................54

13.8. Experimento: TENSÃO SUPERFICIAL DA ÁGUA....................................55

13.9. Experimento: REAÇÃO QUÍMICA DE DECOMPOSIÇÃO........................56

13.10.  Experimento: SIMULANDO UM SUBMARINO......................................57

REFERÊNCIAS..................................................................................................58

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1. INTRODUÇÃO

        O terceiro período do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), contempla 

a implementação do projeto de Intervenção Pedagógica na escola, onde se optou por 

elaboração de um Caderno Pedagógico, material composto por textos, experimentos e 

atividades práticas simples que podem ser usadas visando proporcionar motivação na 

aprendizagem contextual  dos  conceitos  científicos  potencialmente  significativos  e  que 

possam contemplar o uso do laboratório de Ciências no ensino fundamental.

         É importante deixar claro que os experimentos apresentados podem ser facilmente 

realizados em laboratório, e na falta deste, em sala de aula ou qualquer ambiente escolar 

apropriado, e com materiais de laboratório ou caseiros, fáceis de serem encontrados.

        As atividades apresentadas neste caderno pedagógico contemplarão os quatro anos 

do ensino fundamental, desta forma todos os professores de Ciências do Núcleo Regional 

de Pitanga poderão utilizar­se deste trabalho, pois serão colocadas várias sugestões de 

experimentos para que o professor possa escolher as que estiverem mais adequadas aos 

materiais disponíveis e ao seu ambiente de trabalho.

      As atividades práticas foram elaboradas de acordo com os conteúdos abordados nas 

Diretrizes   Curriculares   de   Ciências   para   que   o   professor   tenha   mais   material   para 

preparar seu Plano de Trabalho Docente, e dessa forma enfatizar a teoria e prática uma 

complementando a outra. Deixando bem claro que não se tratam de aulas prontas, mas 

sugestões que podem ser utilizadas para inserir um determinado conteúdo em sala de 

aula, para contribuir com o ensino­ aprendizagem.

      Também serão indicadas algumas normas de segurança que devem ser apresentadas 

aos   alunos   antes   da   primeira   aula   prática,   bem   como   conhecer   os   equipamentos 

específicos, como nome e função, caso a escola possua um laboratório ou os materiais.

       Para a elaboração dos itens: Normas de segurança em um laboratório, Materiais de 

laboratório e Principais reagentes e sua aplicabilidade, foi buscado informações no livro 

Laboratórios, da autora Joelma Bonfim da Cruz.

            No momento em que vivemos, precisamos de uma reflexão sobre o ensino de 

ciências em sala de aula. O saber científico se faz necessário para o entendimento da 

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Evolução Científica pelo educando, pois o ensino de Ciências deve despertar o raciocínio 

e   não   somente   um   conteúdo   informativo,   levando   a   um   melhor   entendimento   das 

transformações que ocorrem com o homem e a natureza.

         Uma escola a altura do seu tempo traz para si a responsabilidade de investigar as 

questões postas na realidade na qual  se  insere.  Para  isso, organiza­se como espaço 

social   do   diálogo,   com   base   na   equidade   dos   saberes,   nas   diferentes   contribuições 

científicas, nas percepções do cotidiano humano e nas manifestações da cultura. Enfim, 

numa permanente busca de alternativas para as demandas de seu público.

            Por isso a prática pedagógica com as mudanças que ocorrem nos currículos no 

próprio processo torna­se cada vez mais aceita e necessária, e particularmente no ensino 

de  Ciências  deve  ser  uma combinação  para  o   incentivo  à  pesquisa,  de  procura  por 

respostas a questões da vida prática, possibilitando a aquisição de uma cultura científica 

necessária a sua inserção social.

É  importante registrar a complexidade das ações humanas diante da conjuntura 

social contemporânea para que se encontrem alternativas para enfrentar os problemas de 

nosso tempo. A escola, neste contexto, ocupa um lugar de destaque diante de outras 

instituições, mostra caminhos, constrói um elo possível entre o conhecimento escolar, a 

necessidade social, e a qualidade de vida dos cidadãos.

Estudar não se configura como sendo uma tarefa fácil. São muitas as disciplinas 

vinculadas às diversas áreas do conhecimento, contudo, não se pode deixar de negar a 

importância e a necessidade da disciplina de Ciências na vida de qualquer cidadão.

Logo, quando é feito um trabalho pedagógico onde o desenvolvimento do aluno é 

apreciado, as atividades didáticas passam a ter um perfil totalmente diferenciado. Neste 

sentido, no que tange ao ensino de Ciências, é relevante que as aulas aconteçam de 

maneira integrada com as atividades em conjunto com o laboratório.

Para a construção do conhecimento sabe­se que o experimento é  a ferramenta 

mais adequada. Deste modo, unir a teoria à prática configura­se como sendo um meio 

eficaz de aprendizagem tornando­a mais significativa.       Neste sentido o trabalho prático 

e a utilidade do laboratório desde o ensino fundamental devem estimular o aluno nesta 

construção do conhecimento, deixando de ser um mero ouvinte. É incontestável que hoje 

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a experimentação deixou de ocupar meramente o meio dos cientistas passando  fazer 

parte da população em geral. 

               Contudo, para uma aprendizagem efetiva são necessários docentes, preparados, 

aptos  e  principalmente  motivados a ensinar.  Assim,   fica  evidente  que a  utilização de 

laboratórios  nas  aulas,  além de  deixá­las  mais  dinâmicas   também contribuirá   para  a 

assimilação do conteúdo unindo desta forma, teoria à prática.

Por fim, cabe ao docente fazer uso dos mecanismos que dispõe de modo que os 

mesmos possam contribuir para a boa formação dos alunos, unindo o abstrato das idéias 

ao concreto intercalando aulas teóricas e práticas juntamente com estratégias que devem 

ser bem escolhidas para que as atividades laboratoriais não sejam mera demonstração. 

 Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, as 

atividades experimentais estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem e são 

estratégias   de   ensino   fundamentais.   E   entende­se   por   atividade   experimental   toda 

demonstração   ou   manipulação   de   equipamentos,   materiais   alternativos,   vidrarias, 

reagentes, dependendo do tipo de espaço pedagógico e atividade planejada.

Buscando contribuir na discussão de que o laboratório de Ciências tem um papel 

insubstituível na educação básica, é que se baseia a proposta do estudo, no sentido de 

subsidiar   professores   de   Ciências   a   desenvolverem   um   ensino   ativo,   significativo   e 

integrado.

               Pensando nisso, o presente projeto visa o desenvolvimento de um processo de 

atualização junto a professores que atuam na disciplina de Ciências do Colégio Estadual 

D. Pedro I,  localizado em Pitanga ­ PR e outros participantes residentes nesta mesma 

cidade, subsidiar o professor em relação ao uso adequado do laboratório nas suas aulas 

de Ciências. Enfim, o objetivo final  é  enriquecer o currículo, buscando incrementar as 

aulas   teóricas   com   a   prática,   aumentando   dessa   forma   o   interesse   dos   alunos, 

estimulando­os a novas investigações.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Analisando as Diretrizes Curriculares da Educação Básica ­ DCE’s, encontraremos 

a atividade experimental como uma importante ferramenta de recurso didático 

indispensável para o ensino de Ciências.

De acordo com Pena (2000), os livros didáticos de Ciências dos anos iniciais do 

ensino fundamental trazem como um arremedo de atividades experimentais

adequadas do ponto de vista pedagógico dos estudiosos da área, pois muitas vezes,

servem apenas para comprovar o conteúdo do texto, de forma ilustrativa, não instigando a 

curiosidade   e   o   espírito   científico   dos   educandos.   Segundo   esta   mesma   autora   as 

atividades experimentais demonstradas não merecem essa denominação. 

Porém para um melhor entendimento do assunto, será apresentado um breve histórico do 

ensino de Ciências visando conhecer brevemente essa trajetória e assim compreender 

melhor   as   atividades   experimentais   utilizadas   nos   dias   de   hoje   nesta   área   do 

conhecimento.    

               Quando refletimos sobre a história de Ciências no Brasil, nota­se que seguiu um 

rumo desfavorável à aprendizagem significativa do aluno, porque a teoria e a prática eram 

distantes, como as Ciências eram ensinadas em sala de aula não favoreciam para o 

conhecimento significativo.

  De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 1997, p.19), isso 

acontecia,  porque  “O ensino de Ciências  Naturais,  ao   longo de sua curta  história  na 

escola   fundamental,   tem   se   orientado   por   diferentes   tendências,   que   ainda   hoje   se 

expressaram nas salas de aula”.

Numa rápida retrospectiva do ensino de Ciências, é possível observar mudanças 

de paradigmas. Sobre essas mudanças, Amaral (1998, p. 12) explica que: 

O   desfile   histórico   dos   modelos   curriculares   de   Ciências   conforme podemos inferir  (...),  é   reflexo de mudanças na própria concepção de ciências. Estas, por sua vez, são derivadas de modificações internas em uma ou mais das três   dimensões   consideradas,   ou,   então,   da   maneira   como   passaram   a   ser visualizadas pela sociedade. Por outro  lado,  as controvérsias que marcaram o desenvolvimento do ensino de Ciências nas últimas décadas trazem embutidas em   seu   cerne   as   referidas   dimensões.   Assim   sendo,   os   chamados   modelos clássicos do ensino de Ciências, as suas variações, bem como os novos modelos atualmente,   emergentes,   equacionam   as   controvérsias   em   foco   de   maneira peculiar, e, dessa forma, diferenciam­se uns dos outros (...).   

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Dessa maneira, Ciência ensinada em cada época na escola se norteou no que se 

considerava ciência no momento. Nem sempre a disciplina de Ciências foi contemplada 

em todas as séries do currículo.

Até a promulgação da Lei de Diretrizes e bases n. 4.024/61, ministrava­se aulas de CIÊNCIAS Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial. Essa  lei  estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a   todas as séries ginasiais. Apenas a partir de 1971, com a Lei n. 5.692, Ciências Naturais passou a ter caráter obrigatório nas oito séries do primeiro grau. (BRASIL.1997, p.19).

                                     

           

                 Quando foi promulgada a lei 4.024/61, o ensino tradicional, onde o professor 

apenas transmitia seus conhecimentos acumulados e não se cogitava de forma alguma, 

atividades   de  experimentação.  Esse   modelo   tradicional   era  um  modelo  mecânico  de 

recepção passiva com informações pré­formuladas, técnicas expositivo­demonstrativo, e 

processo de repetição e memorização.

Nos anos 50, a situação mudou, pois nessa época surgiu a necessidade de novos 

cientistas devido a corrida espacial, guerra fria, etc., promovendo assim a necessidade de 

uma educação científica.

 A lei 4.024/61 trouxe inovações, como a “necessidade de o currículo responder 

ao avanço do conhecimento científico e às demandas geradas pela  influência da Escola 

Nova”. (BRASIL, 1997, p. 19). Então os educandos passaram a ter uma participação ativa 

no processo ensino­aprendizagem. Aumentaram a partir daí as atividades praticas para 

que os alunos compreendessem os conceitos estudados.

A preocupação em desenvolver atividade experimental começou a ter presença marcante nos projetos de ensino e nos cursos de formação de professores. As atividades práticas chegaram a ser proclamadas como a grande solução para o ensino de ciências, as grandes facilitadoras do processo de transmissão do saber científico. (BRASIL, 1997, p. 20)

                                  

O “aprender a aprender” da Escola Nova deveria ser o aluno identificar problemas 

e assimilar melhor o conteúdo, obtendo suas próprias conclusões, ou seja, proporcionar 

ao  aluno  atividades de experimentação para  a  construção  do conhecimento,  mas na 

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prática  não   foi   o   que   aconteceu,   pois   o   aluno   deveria   reconhecer   a   importância  da 

vivência científica não para ser um futuro cientista, mas sim para ser um cidadão comum.

Em 1970, ocorre uma nova mudança no ensino de Ciências, agora voltados para 

os problemas relativos ao meio ambiente e a saúde.

                                     

Ainda em meados da década de 70, instalou­se uma crise energética, sintoma da grave crise mundial, decorrente de uma ruptura com o modelo desenvolvimentista deflagrado após a Segunda Guerra Mundial. (...) Problemas ambientais que antes pareciam ser apenas do Primeiro Mundo passaram a ser realidade reconhecida de todos os países, inclusive do Brasil. Os problemas relativos ao meio ambiente e a saúde começaram a  ter presença quase obrigatória em todos os currículos de Ciências Naturais, mesmo que abordados em diferentes níveis de profundidade e pertinência. (Brasil, 1997, p. 21)

Nos anos 80, o ensino de Ciências se volta para o processo de construção do 

conhecimento científico pelo aluno.

A escola, assim como o ensino de Ciências deve ir à busca de novas descobertas que 

façam o aluno ser ativo e participativo e a experimentação ser um grande processo de 

investigação que motive o aluno a ter capacidade de novas descobertas.

                   Ensino e aprendizagem são dois conceitos que apresentam ligações bastante 

profundas.  Logo,   fazer   com que  estes  dois  conceitos   representem as  duas   faces  da 

mesma moeda ou as duas vertentes de uma mesma aula é, e sempre foi, o principal 

objetivo da Didática.

Segundo Carvalho (2006, p. 1): “A possibilidade de organizar o ensino de modo 

que   permita   a   melhoria   da   aprendizagem   é   uma   premissa   da   Didática”.   Assim,   ela 

buscará  dar   respostas  aos porquês  existentes  dentro  do  ensino.  Ela  é  explicada  por 

Martins (1988, p. 23) quando o mesmo menciona que:

A didática expressa uma prática pedagógica que decorre da relação básica do sistema capitalista num momento histórico determinado. Portanto, as formas como as  classes  sociais   se   relacionam vão  se  materializar  em  técnicas,  processos, tecnologias,   inclusive  processos  pedagógicos que se  realizam através de uma certa relação pedagógica. 

Baseados nesses conceitos de ensino aprendizagem, Carvalho (2006) ensina que 

estes passaram e sofreram muitas modificações a partir de meados do século XX, sendo 

necessário   procurar   uma   consistência   entre   ambos   para   que   realmente   espelhem   o 

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trabalho em sala de aula.

No  que   se   refere  às  propostas  de  ensino  de  Ciências,   em que   se  pretende 

alcançar um ensino que leve os alunos a construírem o seu conhecimento mediante uma 

integração harmônica entre os conteúdos específicos e os processos de produção desse 

mesmo conteúdo, a  introdução de atividades que discutam os problemas de Ciências, 

Tecnologia e Sociedade.

O uso do  laboratório,  bem como da tecnologia em geral,  como a  televisão,  o 

computador, entre outros, configuram­se como sendo elementos muito importantes para 

que se fato haja a aprendizagem significativa.

Sendo assim, o uso do laboratório de Ciências se torna muito importante, pois 

devido às mudanças ocasionadas no mundo, bem como na estrutura de adolescentes é 

crescente,   sendo   necessário   que   aconteça   uma   reavaliação   dos   papéis   do   trabalho 

prático e da utilidade do laboratório, pois as mudanças que ocorrem nos currículos e a 

revolução no processo educacional tornam­se cada vez mais aceita e necessária.

Com relação ao uso deste laboratório pode­se dizer que é necessário uma série 

de   cuidados,   pois   é   uma   das   áreas   de   trabalho   que   mais   pode   oferecer   perigo 

principalmente quando estiver em contato com uma turma toda de alunos.

             Neste sentido, geralmente são adotadas algumas técnicas e procedimentos que 

auxiliam no cuidado desta relação importante: docente e laboratório de ciências.

  Faz­se necessário,  portanto atentar  para os cuidados no uso de substâncias 

químicas, como por exemplo, ao aquecer substâncias em tubo de ensaio, nunca colocar o 

rosto muito próximo de um recipiente onde está ocorrendo uma reação química, manter o 

rosto a uma distância que permita  observar  bem o  fenômeno sem correr   risco,  entre 

outros.

Neste sentido, é necessário que o professor esteja sempre atento, pois as aulas 

ministradas em laboratórios exigem muito mais atenção, não somente na aula, mas nas 

atividades realizadas, neste ambiente, pelos alunos.

Quanto aos materiais, estes são diversos e devem ser utilizados com cautela, 

nunca se esquecendo de ler todo e qualquer rótulo, para que se possam ter noções de 

que tipo de equipamento está sendo utilizado.

A preocupação de docentes da disciplina de Ciências não é recente, uma vez que 

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estas aulas são taxadas como maçantes por grande parte dos alunos, pois na maioria dos 

casos faz uso única e exclusivamente de materiais teóricos e nem um pouco da prática 

como método de ensino. Segundo Penteado e Kovaliczn (1999, p. 4):

As aulas de Ciências no Ensino Fundamental  são excessivamente  teóricas.  O aluno de hoje vive na era da informática com os videogames, celulares e outros eletrônicos da era digital, e não aceita mais uma aula apenas teórica, monótona, numa pedagogia da transmissão, em que o professor fala e ele escuta, tornando as aulas de Ciências “chatas” e pouco contribuindo para a formação dos alunos. Esse fato afirma que a transição desse tipo de aula para uma outra modalidade em que há diálogo é um sensível progresso.

Diante do exposto, pode­se notar que são muitos os empecilhos quando se trata 

em ensinar Ciências, a falta de laboratórios, onde os alunos possam entrar em contato 

direto  com a matéria,  a  falta de formação específica para os docentes que ministram 

essas aulas, entre muitos outros que dificulta a aprendizagem.

  Krasilchik   (2005)   menciona   em   relação   à   comunicação   que   professores   e 

estudantes transmitem mensagens por via oral, ou por meio de textos ou figuras, e os 

educadores estão cada vez mais conscientes das dificuldades próprias desses vários 

tipos de comunicação. Logo, são vários os problemas no que se refere ao ensino de 

Ciências nas escolas:  incompreensão do vocabulário,  excesso de vocabulário  técnico, 

falta de interação professor­aluno, entre outros.

Isto leva a crer, segundo a autora, que se não houver uma experiência prática, o 

aluno saíra da escola dominando pouco ou nada a respeito da disciplina de Ciências, o 

que poderá dificultar o andar de seus objetivos, como é o caso do vestibular, por exemplo.

 O ensino de Ciências deverá ser através de uma prática investigativa que nesta 

perspectiva   deverá   ser   organizada   heuristicamente   através   de   alguns   passos: 

planejamento, ação, observação, reflexão e replanejamento, formando uma espiral cíclica 

que produz um movimento no contexto ação­reflexão­ação.

Por sua vez, esses passos se organizam através de duas dimensões: a primeira 

faz  menção  ao  caráter   reconstrutivo­construtivo,  e   a   segunda  ao  peso  discursivo  ou 

prático do processo. 

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Cada   um   dos   momentos   implica   uma   olhada   retrospectiva   e   uma   intenção 

prospectiva que formam conjuntamente uma “espiral  auto­reflexiva de conhecimento e 

ação".

Faz­se necessário, portanto, além de bons e competentes professores, aulas que 

possam ser mais dinâmicas e acima de tudo proporcionem e desperte a vontade no aluno 

em relação ao aprender. Entende­se que motivados os alunos conseguem alcançar uma 

porcentagem   muito   maior   e   mais   significativa   de   aprendizagem,   logo,   o   laboratório 

aparece   como   uma   fonte   inesgotável   de   saber   e   motivação.   Segundo   Penteado   e 

Kovaliczn (1999, p. 6).

O gosto  pela  Ciência  pode  ter   início  no  laboratório  escolar.  Apesar de muitas práticas não exigirem um local específico para serem executadas, podendo ser realizadas na sala de aula, o laboratório é um local interessante para o aluno, pois muda sua  rotina de aulas no dia  a  dia.  Sair  de sua sala  de aula  e  entrar  no laboratório induz ao aluno imaginar que verá fenômenos incomuns e a motivação está instalada para o professor iniciar sua aula. Portanto, o laboratório é um local importante no ensino de Ciências.

  Porém,   não   são   todas   as   instituições   aptas   a   desenvolverem,   criarem   ou 

montarem um laboratório, como explica  Penteado e Kovaliczn (1999, p. 6), no que se 

refere às escolas de rede pública de ensino.

Nas escolas públicas do Estado do Paraná,  a maioria dos  laboratórios ainda é pobre   em   materiais   de   experimentação   que   possam   ser   utilizados   nas   aulas práticas do ensino fundamental. A aquisição desses materiais de ensino é onerosa para   a   direção   da   escola,   pois   já   tem   uma   planilha   de   gastos   mensais comprometida com a verba recebida da Secretaria Estadual de Educação ­ SEED e a aquisição desses materiais,  que  ilustram aulas  teóricas,  pelo  professor  de Ciências também irão onerar seu orçamento mensal. Vale ressaltar que a falta de materiais de laboratório para o ensino de Ciências, é apenas um dos fatores que prejudicam as atividades práticas que poderiam ser realizadas pelo professor ou pelos alunos reforçando a aprendizagem após explanação teórica do professor.

Por fim, pode­se dizer segundo Cruz (2007) que a escola dos dias atuais tem 

espaço para proporcionar aos alunos uma educação de qualidade, basta motivá­los a unir 

o conhecimento à vontade de mudar. 

Deve­se considerar também, que nem somente de experiências vive a ciência. O 

desenvolvimento   teórico   tem um papel   importante  nas  descobertas  e  nas  pesquisas. 

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Logo, o laboratório deve unir a teoria à prática, deve ser o elo entre o abstrato das idéias 

e o concreto da realidade física.

3. O PREPARO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

      

                 As pesquisas realizadas na área da educação indicam para o fato de que as 

atividades   experimentais   devem   contemplar   o   ensino­   aprendizagem,   porque   elas 

estimulam o interesse dos alunos em sala de aula e relacionam as habilidades com a área 

do saber.

         As atividades experimentais oferecem aos alunos a possibilidade de conceituar os 

fenômenos físicos, químicos e biológicos, permeando o senso comum e a observação 

não  sistemática  das   teorias  propostas,   cuja   visão  do  conhecimento   científico,  muitas 

vezes, discorda das explicações propostas pela maioria.

         A experimentação em sala de aula ocorre de acordo com a idade, o conhecimento 

dos alunos, os conteúdos estudados e planejados, conforme o plano de trabalho docente, 

a metodologia na qual o trabalho será  baseado, os recursos materiais disponíveis e o 

tempo disponível para sua realização.

               Geralmente  os   livros didáticos demonstram experimentos que se   tratados de 

maneira correta pelo educador, deixa de ser apenas reprodutor de conhecimentos, mas 

permitem   que   o   aluno   faça   uma   análise,   com   coleta   e   registro   de   dados,   reflexão, 

discussão e construção de conceitos a respeito dos fenômenos observados.

         Quando as informações ocorrem antes de se trabalhar os conceitos, formando um 

novo conhecimento que é subsidiado pela discussão, reflexão, anotações e explicações, 

de modo que o aluno relacione não só  os conceitos,  mas as diferentes maneiras de 

entender a Ciência são dadas o nome experimentação investigativa.

         Para que uma aula experimental seja adequada para desenvolver o conhecimento 

do aluno, o professor deve elaborar cuidadosamente a atividade, seja 

ela no laboratório ou sala de aula. Sendo extremamente importante o professor realizar o 

experimento antes da aula, pois assim ele pode analisar se tem material suficiente para o 

aluno trabalhar individualmente ou em grupo, e também tirar qualquer dúvida quanto ao 

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desenvolvimento   da   atividade,   estando   apto   a   orientar   e   responder   questões   que 

porventura venham a surgir durante a aula.

       Para que o aluno possa participar efetivamente da atividade, é interessante trabalhar 

sozinho   ou   em   grupos   de   no   máximo   5   indivíduos,   para   isso   acontecer   de   forma 

adequada deve­se observar o número de alunos na sala, o espaço,  onde precisa ter a 

quantidade de mesas e cadeiras, e se for no  laboratório, se as bancadas acomodam 

todos. 

                 É   necessário   também planejar  o   tempo de  preparação  antes  da  atividade 

experimental, onde o professor deverá  propor aos alunos questões para investigar os 

conhecimentos prévios a respeito do assunto que será trabalhado ou, ainda, observar se 

os conteúdos estudados são necessários para o desenvolvimento do experimento.

          O professor deverá sempre, no início da aula, orientar os alunos a ler as instruções 

e ouvir com atenção as recomendações relacionadas à  segurança e ao manuseio do 

material que será utilizado no experimento.

4. SEGURANÇA DURANTE AS AULAS EXPERIMENTAIS

            Recomenda   ­   se   que   na   primeira   aula   prática   de   todos   os   anos   do   Ensino 

Fundamental,   sejam  trabalhadas  com os  alunos  as   regras  básicas  de  segurança  na 

realização de atividades experimentais, seja no laboratório ou na sala de aula. Apesar de 

que na maioria dos experimentos realizados não envolva procedimentos nem materiais 

que ofereçam riscos, deve­se ter muita atenção, pois quaisquer descuidos no manuseio 

dos materiais poderão acontecer acidentes graves.

      Os riscos de ocorrer acidentes não podem ser eliminados, mas pode ser minimizado 

se tomar alguns cuidados básicos. As noções básicas de proteção individual ou coletiva 

devem ser de conhecimento de todos e aplicadas corretamente.

      As principais causas de possíveis acidentes envolvem o manuseio de vidros, fogo e 

substâncias químicas nas atividades experimentais. 

      Todos os laboratórios, por mais simples que sejam, necessitam seguir rigorosamente 

algumas normas para ter a segurança necessária. Essas normas são regras fixas, que 

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não mudam de laboratório para laboratório, e se não forem seguidas podem acontecer 

acidentes graves. A seguir temos uma relação das principais normas de segurança.

     

5. NORMAS DE SEGURANÇA EM UM LABORATÓRIO

• O laboratório é  um local de trabalho e concentração e se for usado de maneira 

errada pode ser muito perigoso.

• Os cabelos devem ser mantidos presos durante a realização da aula prática.

• Não comer ou beber, durante a realização das atividades.

• Não   colocar   sobre   a   bancada   do   laboratório   ou   sobre   as   carteiras,   bolsas, 

agasalhos ou qualquer material que não esteja sendo utilizado.

• Encarar todos os produtos químicos como veneno.

• Todas  as  experiências  que  envolvem a   liberação  de  gases   tóxicos  devem ser 

realizadas na câmara de exaustão ou capela.

• Nunca cheirar qualquer substância, não passar os dedos na boca, nos olhos ou no 

nariz. Manter o recipiente que a contém afastado do rosto e, com movimentos da 

mão, dirigir os vapores desprendidos

• Não colocar qualquer substância em contato com a pele, a boca ou os olhos. Se 

isso  acontecer,   lavar  a   região  com água  em abundância.  A seguir,   procurar  o 

auxílio de um médico ou enfermeiro.

• Nunca provar qualquer substância utilizada ou produzida durante a aula prática. 

Mesmo   que   se   julgue  absolutamente   seguro,   pode   estar   enganado   sobre   sua 

composição ou seus efeitos.

• Nunca colocar o rosto muito próximo de um recipiente em que está ocorrendo uma 

reação   química   para   não   correr   o   risco   de   ser   atingido   por   respingos   ou 

borbulhamento.

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• Nunca pipetar líquidos cáusticos ou tóxicos, usar pipeta com regulador.

• Jamais   adicionar   água   em   um   ácido   concentrado,   pois   a   reação   poderá   ser 

violenta, com grande produção de calor e borbulhamento intenso. Se precisar diluir 

um ácido concentrado, despejar lentamente o ácido sobre bastante água. 

• Ler com atenção os rótulos dos frascos para evitar utilizar o reagente errado.

• Durante a utilização de um reagente, segurar o frasco com o rótulo voltado para a 

palma da mão.

• Não   usar   substâncias   a   mais.   Usar   sempre   as   quantidades   indicadas   nas 

instruções do experimento.

• Conservar os frascos tampados. E cuidar para não trocar as tampas.

• Não devolver nos frascos substâncias deles retiradas e que não foram totalmente 

utilizadas.

• Não misturar substâncias ao acaso, mas somente de acordo com as instruções do 

procedimento.

• Para introduzir tubos de vidro ou termômetros em orifícios de rolhas, lubrificar com 

glicerina o orifício e a peça a ser introduzido.

• Não usar vidraria quebrada ou trincada.

• Não jogar vidro quebrado no lixo comum. 

• Nunca aquecer um recipiente fechado. Pode ocorrer explosão.

• No aquecimento dos tubos de ensaio, fazer movimentos leves e circulares sobre a 

chama, evitando assim o superaquecimento de uma única região. Nunca apontar a 

abertura do tubo para si mesmo ou outra pessoa, pode ocorrer reação violenta e 

consequentemente acidentes.

• Nunca colocar perto do fogo substâncias voláteis e inflamáveis (acetona, álcool, 

gasolina, benzina, querosene), assim como qualquer aerossol.

• Não  colocar   vidro  quente  sobre  superfícies   frias,  pois  o   choque   térmico  pode 

trincá­lo ou quebrá­lo.

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• Não pegar com a mão recipientes que foi submetido ao aquecimento, pois podem 

ainda estarem quentes, vidro quente tem a mesma aparência que vidro frio.

• Não usar anéis ou pulseiras.

• Não usar organismos patogênicos e nem extrair sangue humano durante as aulas.

• O laboratório deve ser um local bem arejado e iluminado.

• O piso não pode ser escorregadio.

• Os móveis devem ser de fácil limpeza e baixa combustão.

• O local deve estar sempre limpo e organizado.

• É importante ter extintor de incêndio no local.

• Materiais   com   substâncias   perigosas   devem   ser   armazenados   em   armários 

fechados.

• As instalações elétricas, hidráulicas e gás devem estar em boas condições.

• Ao final da aula, o lixo deve ser recolhido e depositado em local apropriado.

• Antes de sair das dependências do laboratório verificar se não há   torneiras de 

água e gás abertas. E lavar bem as mãos.

6. MATERIAIS DE LABORATÓRIO

             O laboratório torna­se um local vibrante para o aluno, principalmente quando ele 

conhece seus equipamentos.

        Em um laboratório trabalha­ se com materiais de vários tipos como: cerâmica, metal, 

plástico e vidro. Onde cada material   tem sua função e  limitação. Quando não se usa 

adequadamente   certo  material,   seu  experimento  pode   ser   taxado  ao   fracasso,   como 

riscos de acidentes e perca do material.

         Os materiais metálicos podem ser danificados, se tiver contato com ácidos, podendo 

ser oxidado ou corroído.

         A cerâmica suporta altas temperaturas, mas é extremamente frágil para o manuseio.

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        O plástico pode ser usado por ser mais barato, mas é opaco, ou seja, não apresenta 

transparência, não pode ser aquecido,  e é  ainda um material  combustível,  portanto é 

desaconselhável seu uso.

                 O vidro é o mais utilizado, apesar de ter algumas limitações como deformação 

quando aquecido em temperatura superior a 4000  C, sensível a choques térmicos, e ter 

certa   fragilidade.     Mas   também   é   o   mais   indicado   por   ser   transparente,   ter   fácil 

visualização,   suportar   aquecimento  de   até   3000  C,   e   ter  maior   higienização.   Para   a 

limpeza é  necessário usar sabão ou detergente, enxaguar com bastante água e secar 

sobre papel  absorvente. A  limpeza é  extremamente  importante, pois se  tiver qualquer 

resíduo, pode contaminar todo um experimento.

       Os materiais de vidro recebem o nome de vidrarias, como é o caso do Béquer, bastão 

de vidro, Erlenmeyer, placas de Petri entre outros. 

7. PRINCIPAIS REAGENTES E SUA APLICABILIDADE

         Para a realização de um experimento muitas vezes é necessário o uso de alguns 

reagentes que são produtos químicos com alto grau de periculosidade. Sendo necessário 

um cuidado especial no seu manuseio. A seguir temos os principais reagentes com seu 

grau de toxicidade e onde pode ser utilizado.

Reagente Cuidados

Acetona

Inflamável: queima no ar a partir de ­10o C. 

Tóxico: é letal a partir de 5,3g por kg de massa corpórea.

Solvente: utilizado na remoção de esmaltes.

Ácido acético

Inflamável: queima no ar a partir de 43o C.

Corrosivo:   provoca   irritação   dos   olhos   e   se   ingerido   provoca 

vômitos.

Tóxico: é letal a partir de 5g por kg de massa corpórea.

É um dos componentes do vinagre.

Ácido clorídrico

Corrosivo: provoca queimaduras na pele.

Comercializado   com   o   nome   de   ácido   muriático:   é   usado   na 

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limpeza de pisos.

Ácido nítrico

Corrosivo:  provoca  queimaduras  na  pele,  produzindo  manchas 

amarelas.

Produto   de   venda   controlada:   pode   ser   usado   para   produzir 

explosivo.

Ácido sulfúrico

Corrosivo: destrói tecidos vivos, provocando queimaduras graves 

de cor preta.

Encontra­se em baterias de automóvel.

Água destilada

É   purificada   por   aquecimento,   vaporização   e   posterior 

condensação   (destilação   simples)   de   modo   que   elimina   os 

carbonatos e os sulfatos de cálcio e magnésio dissolvidos. Água 

destilada é uma água mais pura.

Álcool etílico

Inflamável: queima no ar a partir de 13o C.

Tóxico:   provoca   excitação,   depressão,   convulsões   e   coma 

alcoólico, podendo ser letal.

Tem   diversas   aplicações,   como:   combustível   de   automóveis, 

componentes de bebidas alcoólicas, aplicação doméstica como 

desinfetante.

Amoníaco

Inflamável: queima no ar, quando no estado gasoso.

Cáustico: ataca as vias respiratórias e os olhos.

Tóxico: é letal a partir de 3g por m3 de ar. Usado em produtos de 

limpeza rápida.

Azul   de 

metileno

Antisséptico local. Pó cristalino azul escuro. Praticamente inodoro 

e solúvel em água. Tem aplicações em infecções fúngicas, úlcera 

de pele, erupções cutâneas e pruridas.

Benzeno

Inflamável: queima no ar a partir de 11o C.

Corrosivo: provoca irritação das mucosas. 

Tóxico:  provoca convulsões,  é   letal  a  partir  de 5,7g por  kg de 

massa corpórea.

Componente diluente e solvente de tintas e vernizes.Pó   branco   que   por   aquecimento   perde   gás   carbônico.   Muito 

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Bicarbonato   de 

sódio

usado em bebidas e sais efervescentes, como fermento químico, 

reagente de laboratório, em curtumes; no tratamento da lã e da 

seda; em extintores de incêndio; como antiácido na medicina por 

ingestão,   na   cerâmica   e   na   preservação   da   manteiga   e   de 

madeiras.

Carbonato   de 

cálcio

Um sólido branco,  de  fórmula CaCO3,  que é  pouco solúvel  na 

água.   As   rochas   contendo   carbonato   de   cálcio   dissolvem­se 

lentamente   sob   a   ação   de   chuvas   ácidas   (contendo   CO2 

dissolvido) provocando dureza temporária. O carbonato de cálcio 

é usado na produção de cal.

Cloreto   de 

cálcio

Composto químico  formado por cálcio e cloro. É  extremamente 

solúvel. É um sal que se apresenta no estado sólido à temperatura 

ambiente. Tem muitas aplicações comuns como, controle de pó e 

gelo nas estradas e no cimento. Pode ser produzido diretamente a 

partir de pedra calcária.

Cloreto   de 

sódio

Sal comum (NaCl), um sólido cristalino incolor, solúvel em água e 

muito   ligeiramente   solúvel   em   etanol.   Tem   a   interessante 

propriedade da solubilidade, na água, varia muito pouco com a 

temperatura.    É   usado   industrialmente  para  uma  variedade  de 

produtos que têm por base o sódio e é conhecido universalmente 

como preservante e tempero alimentar.

Clorofórmio

Líquido volátil, incolor, de forte cheiro etéreo e gosto adocicado, 

ardente, produzido comumente pela cloração e pela oxidação da 

acetona, sendo usado como anestésico.

Detergente

Qualquer substância que tem a propriedade de limpar, de separar 

as impurezas.Líquido aromático, incolor, extremamente volátil e inflamável, que 

24

Éter se   produz   pela   destilação   de   álcool   com   ácido   sulfúrico;   éter 

sulfúrico.

Fenolftaleína

Um corante usado como um indicador ácido ­ base. É usado em

  titulações envolvendo ácidos  fracos e bases  fortes.  É   também 

usado como laxativo.

Formol

Solução de aldeído fórmico usado como antisséptico.

Hidróxido   de 

sódio

É um sólido translúcido branco, solúvel em água e etanol, mas 

insolúvel   em   éter.   É   fortemente   alcalino   e   encontra   muitas 

aplicações na indústria química, particularmente na produção de 

sabões e de papel. É também usado no tratamento de despejos 

para remoção de metais pesados e de acidez. As soluções de 

hidróxido de sódio são extremamente corrosivas para os tecidos 

do corpo e são particularmente perigosas para os olhos.

Permanganato 

de Potássio

Composto de cor púrpura, solúvel em água, acetona e metanol. É 

usado como um agente oxidante poderoso e como desinfetante 

numa variedade de aplicações.

Soda cáustica

Cáustico: ataca a pele e os olhos. Sua ingestão pode ser fatal.

Tóxico: é letal a partir de 0,5 g por kg de massa corpórea.

Desentupidor  de  pias  e   ralos,   limpa   ­   fornos,   sendo usada  na 

fabricação de sabão.

Sulfato   de 

cálcio

Um composto sólido branco. Ocorre na natureza como mineral. É 

parcialmente solúvel  na água.  É  usado na produção de certos 

tipos de   tintas,  cerâmicas e papel.  As   formas que ocorrem na 

natureza são usadas na produção de ácido sulfúrico.

Sulfato   de 

cobre

Um sólido  cristalino  azul.  Ao  ser  desidratado   forma um sólido 

branco. Usado como: fungicida, tinturas têxteis e preservante da 

madeira.

Sulfato   de 

potássio

Composto químico muito utilizado como fertilizante. Possuidor de 

um cheiro desagradável, principalmente em contato com a água.

25

             

8. ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS

          Quando o professor prepara uma atividade prática, surge uma interrogação, como 

poderei avaliar meu aluno, para que não seja apenas mais uma aula de laboratório?

             A  avaliação pode ser   feita  através  de   relatórios,  ou  preenchimento  de   roteiro 

previamente preparado pelo professor, a participação do aluno durante a realização da 

atividade experimental e discussões relacionadas à atividade prática. No caso do relatório 

deverá conter o nome do experimento, objetivos, questões iniciais, materiais utilizados, 

procedimento, questões relacionadas ao experimento, conclusão.   Quando o professor 

não puder fornecer cópias do roteiro a cada um dos alunos, este deverá passar o roteiro 

no quadro para os alunos copiarem no caderno.

        Segundo Guimarães (2009), o importante é o aluno escrever, pois assim ele constrói 

e   amplia   idéias,   reelabora   seus   conhecimentos,   organiza   e   sistematiza   o   que   foi 

aprendido, o que acontece quando o aluno elabora textos sobre a aula. Outra 

sugestão é  o diário de bordo, onde o aluno vai acompanhar o experimento, anotando 

todas as informações, como: data, horário, local, ou seja, todo o andamento da aula de 

forma mais detalhada possível.

     Já o relatório de autoavaliação, é quando o aluno fará uma avaliação de como foi sua 

participação na aula, bem como o aproveitamento, se ele aprendeu ou não o conteúdo, 

fazendo uma reflexão se teve alguma influência no seu crescimento como educando.

    Também o professor pode pedir ao seu aluno que tenha um caderno específico para as 

atividades   experimentais,   onde   o   mesmo   fará   suas   anotações,   que   formará   uma 

coletânea de experimentos práticos.

    A seguir dois modelos de relatórios, apesar de que cada professor pode preparar a sua 

atividade própria para avaliar seu aluno.

Modelo 1:

26

• Nome do Aluno: 

• Série:

• Data:

• Título: Nome do experimento.

• Objetivo: Qual a finalidade de se realizar o experimento.

• Materiais e reagentes:  A relação dos materiais utilizados no experimento, bem 

como o nome do reagente caso tenha sido usado algum.

• Introdução:  A   execução   de   qualquer   tarefa   num   laboratório   envolve   uma 

variedade de equipamentos que devem ser empregados de modo adequado para 

evitar   danos  materiais   e   pessoais.  Sendo  necessário   relembrar   as  normas  de 

segurança para se trabalhar num laboratório.

• Procedimento: Descrever todos os passos para a realização do experimento.

• Conclusão: Quais foram os resultados obtidos no experimento e a importância do 

mesmo.

Modelo 2:

AlunoSérie/Turma Data Prática no

Experimento

       Introdução teórica

Nesta  parte,   o   professor   fará   um  breve   comentário   sobre   o   experimento   a   ser 

realizado, fazendo uma relação da teoria com a prática a ser desenvolvida.

        Material                                                           Objetivo

Fazer   uma   lista   de   todos   os 

materiais usados na aula.

Descrever os objetivos a serem obtidos, 

com a realização do experimento.

        Procedimentos

27

Como realizar o experimento Espaço onde serão descritos todos os passos para 

a realização do experimentoQuestões,   curiosidades, 

dúvidas.

Deverão ser descritas todas as dúvidas e questões 

levantadas pelos  alunos  durante  a   realização  do 

experimento,   pois   dessa   maneira   poderão   ser 

sanados em outro momento.Conclusão A   conclusão   pode   ser   relacionada   à   aula   e   ao 

conteúdo,   bem   como   uma   forma   de   auto   ­ 

avaliação.

9. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

               Na   sequência  algumas  atividades  práticas   para   serem  desenvolvidas  pelos 

professores,   são   experimentos   simples   que   podem   ser   realizados   em   sala   de   aula, 

laboratório ou outro espaço dentro da escola, com materiais acessíveis a todos.

                 Muitas vezes o professor  não  tem um  laboratório  equipado com vidrarias  e 

reagentes, para  preparar os  experimentos  sugeridos  pelos  livros didáticos, então      

pensando nisso, sugere­se 5 atividades, por série ou ano, sendo que nos conteúdos de 

químicas e física foi sugerido 5 de cada, pois tem professores que iniciam seus conteúdos 

com física, outros com química.  Podem ser realizados em qualquer ambiente da escola e 

também materiais que possam ser adaptados por outros do dia­a­dia, como copos que 

podem substituir o béquer, caixa de sapato com perfurações na tampa podem ser usados 

para   acondicionar   tubos   de   ensaio,   que   também   podem   ser   substituídos   por   vidros 

pequenos   de   remédio,   e   assim   sucessivamente   de   acordo   com   a   criatividade   do 

professor, portanto nada impede a realização de experimentos que só vão enriquecer as 

aulas e auxiliar o aprendizado de nossos educandos.

     Também foram contemplados conteúdos que serão trabalhados no segundo semestre 

para possibilitar a análise dos professores durante o período de implementação.

10. UNIDADE I ­ EXPERIMENTOS PARA A 5ª SÉRIE OU 6º ANO

10.1. Experimento: O AR EXISTE E OCUPA LUGAR NO ESPAÇO

28

Objetivo: Demonstrar que o ar está em todos os ambientes.

Materiais: 

­ Uma bacia grande e transparente;

­ Dois copos secos;

­ Etiquetas;

­ Água; 

­ Papel.

Procedimentos:

­ Etiquete os copos com as letras A e B;

­ Coloque água na bacia, sem encher completamente;

­ Mergulhe o copo A na água, com a boca para baixo, segurando na posição vertical. 

Observe o que acontece;

­ Incline o copo A ainda na água. Observe o que acontece e anote. Retire o copo A da 

água;

­ Amasse a folha de papel e aperte­a no fundo do copo B, que deve estar bem seco;

­ Mergulhe o copo na água, com a boca para baixo e o papel no fundo. Mantenha o copo 

na posição vertical. Observe o que acontece;

­ Retire o copo B da água, mantendo sempre a posição vertical. Verifique se o papel 

continua seco.

Exercícios:

1) O que aconteceu com o copo A na posição vertical? E quando foi inclinado?

_________________________________________________________________.

2) O que aconteceu com o papel do fundo do copo B quando retirado da água? Por 

quê?

__________________________________________________________________

_________________________________________________________________.

29

3) Porque a água não sobe totalmente, com o copo na posição vertical?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

10.2. Experimento: PRESENÇA DE VAPOR DE ÁGUA NA ATMOSFERA

Objetivo: Provar que a atmosfera apresenta umidade, e que é imprescindível para a 

sobrevivência dos seres vivos.

Materiais:

­ Um copo de vidro transparente;

­ Água; 

­ Cubos de gelo.

Procedimentos:

­ Seque bem o copo por dentro e por fora;

­ Coloque cubos de gelo no copo;

­ Coloque água no copo sem encher totalmente;

­ Coloque o copo sobre uma superfície seca e observe por alguns instantes.

Exercícios:

1) O que acontece com o copo? 

_________________________________________________________________.

2) O que esse experimento comprova?

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________.

10.3. Experimento: PRESENÇA DE AR NO SOLO

Objetivo: Comprovar que o ar está presente em todos os lugares.

Materiais:

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­ Terra comum de jardim;

­ Um vidro de boca larga transparente (maionese ou geléia);

­ Água.

Procedimentos:

­ Coloque terra até o meio do vidro;

­  Derrame água  bem  lentamente  sobre  o  vidro  com  terra,  até  encobrir   toda  a   terra. 

Observe.

Exercícios:

1) Porque aparecem bolhas?

_________________________________________________________________

________________________________________________________________.

2) Onde o ar está armazenado?

_________________________________________________________________

10.4. Experimento: FUSÃO DO GELO MAIS RÁPIDA E MAIS LENTA

Objetivo: Mostrar que as temperaturas variam dependendo do ambiente.

Materiais:

­ Dois termômetros ambientais;

­ Dois copos plásticos;

­ Quatro cubos de gelo; 

­ Um relógio.

Procedimentos:

­ Coloque dois cubos de gelo em cada copo;

­ Coloque um termômetro em cada copo;

31

­ Deixe um copo na sala de aula ou laboratório e o outro onde tenha sol;

­ Marque o tempo de cinco minutos e observe o que aconteceu em cada copo, com o 

gelo e o termômetro, anote as temperaturas.

Exercícios:

1) O que aconteceu com o gelo?

__________________________________________________________________.

2) Em que copo o gelo derreteu mais rápido?

__________________________________________________________________.

3) Será que o gelo derrete mais rápido em locais frios?

__________________________________________________________________.

10.5. Experimento: O AR OCUPA LUGAR NO ESPAÇO

Objetivo: Provar que dois corpos não ocupam o mesmo lugar.

Materiais:

­ Um copo de vidro bem limpo;

­ Um funil;

­ Lápis;

­ Massa de modelar;

­ Água.

Procedimentos:

­ Encaixe o funil no copo;

­ Vede os espaços entre o funil e o copo com massa de modelar. Se ficar uma fresta por 

menor que seja, o experimento pode não funcionar;

­ Despeje água no funil, observe e anote o resultado;

­ Faça um furo com o lápis na massa de modelar e observe o que acontece. Anote.

32

Exercícios:

1) O que aconteceu? Explique.

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

2) Pode existir ar nas coisas que parecem vazias?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3) O ar ocupa espaço?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

4) O ar  e a água podem ocupar o mesmo lugar no espaço?

__________________________________________________________________

_________________________________________________________________.

  

11.   UNIDADE II ­ EXPERIMENTOS PARA 6ª SÉRIE OU 7º ANO

11.1. Experimento: OBSERVAÇÃO DE PROTOZOÁRIOS

Objetivo: Observar os microorganismos presentes na água doce.

Materiais:

­ Água de rio ou lago;

­ Um frasco de vidro com boca larga;

­ Uma folha de alface;

­ Conta ­ gotas; 

33

­ Lâmina;

­ Lamínula;

­ Microscópio;

­ Algodão.

Procedimentos:

­ Recolha água de rio ou lago;

­ Coloque em frasco de vidro e deixe em repouso por 24 horas;

­ Pique a alface (não lavada) em pedaços pequenos e acrescente ao frasco, deixe 

em local arejado e sem luz direta; 

­ Após alguns dias, colete a água com um conta ­ gotas, coloque em uma lâmina, 

cubra com a lamínula e observe no microscópio;

­ Focalize os microorganismos com a objetiva de menor aumento e, em seguida, 

com as de aumentos maiores.

Exercícios:

1) Os organismos observados são seres vivos? Explique.

_______________________________________________________________.

2) Os organismos observados são todos unicelulares?

______________________________________________________________.

3) A que reino pertence os protozoários? Qual sua principal característica?

______________________________________________________________.

4) Quais são as estruturas que promovem a locomoção dos protozoários?

_______________________________________________________________.

5) Desenhe todos os organismos unicelulares observados e registre o aumento em que 

foram observados.

34

11.2. Experimento: OSMOSE CELULAR: TURGESCÊNCIA E PLASMÓLISE

Objetivo:  Comprovar   que   a  osmose   é   a   passagem  de   substâncias  através  de   uma 

membrana.

Materiais:

­ Microscópio;

­ Lâmina;

­ Lamínula;

­ Água;

­ Pétala da flor de Beijinho (bem colorida).

­ Conta ­ gotas.

Procedimentos:

­ Pegue um pedaço da pétala de beijinho e coloque sobre a lâmina;

­ Acrescente uma gota de água e coloque a lamínula;

­ Observe que as células apresentam vacúolos grandes que chegam até a parede celular.

Exercícios:

1) Que fenômeno está ocorrendo?

 __________________________________________________________________.

2) Esquematize o que você observou.

PLASMÓLISE:

Objetivo: Demonstrar que quando a célula é submetida a uma concentração diferente, 

ela perde líquido e se solta da membrana, murchando.

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Materiais:

­ Lâmina;

­ Lamínula;

­ Solução de água e sal;

­ Pétala de beijinho;

­ Conta ­ gotas.

Procedimentos:

­ Pegue a lâmina coloque um pedaço de pétala e com um conta ­ gotas acrescente a 

solução de água e sal;

­ Coloque a lamínula e observe o que ocorre.

Exercícios:

1) Descreva o que está acontecendo com as células.

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

2) Esquematize o que você visualizou.

11.3. Experimento: OBSERVAÇÃO DE ESTÔMATOS

Objetivo:  Mostrar   que   os   estômatos   estão   presentes   na   folha,   para   que   ocorra   a 

transpiração e a respiração.

Materiais:

­ Microscópio;

­ Lâminas;

­ Lamínulas;

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­ Folhas de diversas plantas;

Procedimentos:

­ Pegue uma folha, retire uma película extremamente fina da parte de baixo (abaxial);

­ Coloque essa película em uma lâmina, coloque a lamínula e observe;

­ Repita o processo com outras folhas.

Exercícios:

1) Qual a importância dos estômatos para as plantas?

___________________________________________________________________.

2) Esquematize as suas observações.      

11.4. Experimento: ATUAÇÃO DOS FUNGOS

Objetivo: Provar que os fungos atuam na fermentação.

Materiais:

­ Um tablete de fermento biológico (pode ser comprado em supermercados e padarias);

­ Açúcar;

­ Garrafa plástica pequena;

­ Colher de sopa; 

­ Copo (como aqueles de requeijão);

­ Água:

­ Pedaço de barbante;

­ Funil;

­ Balão de borracha.

Procedimentos:

­ Misture bem uma colher de açúcar em um copo de água morna;

37

­ Adicione o tablete de fermento e mexa com uma colher a fim de desfazer os pedaços 

dentro do líquido;

­ Com o auxílio do funil, despeje esse líquido dentro da garrafa. Adicione mais um copo de 

água morna;

­ Prenda o balão de borracha vazio na boca da garrafa e amarre­o com barbante;

­  Mantenha  a  garrafa  em um  local  que  não  seja   frio  por  uns  dois  dias,  observando 

diariamente o balão. Procure explicar o que aconteceu.

Exercícios:

1) Qual a importância do açúcar neste experimento?

__________________________________________________________________.

2) Que gás é produzido neste experimento?

__________________________________________________________________.

11.5. Experimento: DECOMPOSIÇÃO DA BANANA

Objetivo: Demonstrar que o fermento que é um fungo e acelera a decomposição.

Materiais:

­ 2 sacos plásticos transparentes (sem furos);

­ Duas rodelas de banana cortadas na hora de fazer o experimento;

­ Faca;

­ Fita adesiva;

­ Etiquetas;

­ 4 gramas de fermento biológico para pão;

Procedimentos:

­ Coloque uma rodela de banana em cada saco plástico;

­ Esfarelem o fermento e despejem­no sobre uma das rodelas; 

­  Fechem os sacos com fita adesiva. Aplique em cada um deles uma etiqueta com a 

identificação do conteúdo, a fim de saber qual tem, ou não, fermento;

38

­ Observem os sacos por 5 (cinco) dias. Anotem diariamente as alterações no aspecto 

das rodelas.

Exercícios:

1) Qual a função do fermento biológico no experimento?

________________________________________________________________.

2) Em qual dos casos o alimento se decompõe mais rapidamente?

________________________________________________________________.

12.  UNIDADE III ­ ATIVIDADES PARA 7ª SÉRIE OU 8º ANO 

12.1. Experimento: MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS

  Objetivo:  Comprovar que Sistema Digestório é  formado por vários órgãos que tem a 

função de quebrar os alimentos em partículas pequenas para que possam ser absorvidas 

pelo organismo. Esses alimentos são formados por compostos como o amido, glicose, 

proteínas e lipídios.  

Materiais:

­ Banana;

­ Doce;

­ Bolacha.

Procedimento:

­   Obtenha  uma  banana,   um doce   ou  outro   alimento.  Encontre  um  aluno  que   saiba 

“plantar  bananeira”,  para  tentar  essa experiência.  Coloque­o de cabeça para baixo e 

introduza o  alimento  escolhido  em sua boca,  peça que ele  mastigue normalmente  e 

deglute.

 Exercícios:

1) Para onde foi o alimento? ___________________________________________.

39

2)   Isso   aconteceu   porque   o   ________________   possui   músculos   que   se   contraem 

progressivamente,   empurrando   o   alimento   na   direção   do 

___________________________________________.

3)   Esse   tipo   de   movimento   realizado   pelo   esôfago   recebe   o   nome______ 

__________________________________________.    

  4) Qual o caminho que o alimento percorre até chegar ao estômago? 

___________________________________________________________________.

5) Porque é importante mastigar bem os alimentos?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

12.2. Experimento: PRESENÇA DE AMIDO NOS ALIMENTOS

Objetivo: Demonstrar que uma das propriedades do sistema digestório é a produção de 

enzimas,   que   realizam   a   digestão   dos   alimentos.   Assim,   moléculas   grandes   são 

fragmentadas   em   moléculas   pequenas.   O   amido,   por   exemplo,   já   começa   a   sofrer 

fragmentação em moléculas menores ainda na boca.

Materiais:

­ Becker pequeno ou copo;

­ Tubos de ensaio; 

­ Farinha de trigo;

­ Bico de Bunsen ou lamparina;

­ Tripé;

­ Álcool;

­ Fósforos;

­ Tintura de Iodo ou Lugol.

Podemos identificar o 

amido pela adição de 

uma solução bem diluída 

de iodo ou lugol. O 

amido torna ­ se azul 

40

 

Procedimentos:

­ Prepare uma solução de amido bem rala adicionando farinha de trigo e água quente;

­ Pegue dois tubos de ensaio e em cada um coloque 2 cm3 dessa solução. Espere esfriar;

­ Acrescente um pouco de saliva em um dos tubos; 

­ Espere 10 minutos, mexendo bem o tubo de ensaio; 

­ Então, adicionem nos dois tubos algumas gotas de tintura de iodo diluída em água ou 

lugol.

Exercícios: 

1) O que aconteceu no tubo sem saliva? 

__________________________________________________________________.

2) O que aconteceu no tubo com saliva?

__________________________________________________________________.

3) Por que no segundo tubo de ensaio a solução não ficou da cor azul?

 __________________________________________________________________.

            

4) Qual a enzima existente na saliva que quebrou as moléculas de amido em moléculas 

menores?

___________________________________________________________________.

 12.3. Experimento: IDENTIFICANDO O AMIDO

  Objetivo: Provar que o amido é um carboidrato que existe em muitos alimentos. 

  Materiais:

­ Alguns pires ou placas de Petri;

­ Solução alcoólica de iodo;

41

­ Conta­gota;

­  Alimentos como: batata,  clara de ovo,  arroz cozido,  macarrão cozido,  banana,  pão, 

cenoura, laranja, etc.

Procedimentos:

­   Coloque   em   cada   pires   ou   placa   de   Petri   um   alimento; 

­  Pingue sobre cada um deles 3 (três) gotas de solução de iodo.

Observação: verifique quais dos alimentos reagiram com a solução de iodo. Quando tem 

presença   de   amido   adquire   uma   coloração   azul,   arroxeada,   ou   quase   preta,   pois, 

depende da concentração da solução de iodo, porque mostra que ocorreu uma reação 

química entre o amido e a solução de iodo.

12.4. Experimento: FUNCIONAMENTO DO SISTEMA AUDITIVO HUMANO

Ajudar a entender o funcionamento do ouvido humano e como ocorre a captação das 

ondas sonoras.

Materiais:

­ Tigela redonda;

­ Elástico forte;

­ Panela metálica;

­ Filme ou saco plástico;

­ Colher de pau; 

­ Grãos de arroz cru.

Procedimentos:

­ Cubra a ”boca” da tigela com o plástico e prenda­o com o elástico. Certificando­se de 

que o elástico esteja bem esticado;

­ Espalhe alguns grãos de arroz sobre o plástico;

­ Aproxime a panela do plástico, sem encostar nele ou na tigela. Bata com a colher de pau 

na panela. Observe:

Exercícios:

42

1) Onde as ondas sonoras se propagam?

___________________________________________________________________.

2) Que parte da orelha o plástico representa?

___________________________________________________________________.

3) Porque sons altos podem prejudicar sua audição?

___________________________________________________________________.

12.5. Experimento: CÉLULAS DA PELE

Objetivo:  Comprovar que todos os dias nossas células se renovam, quando tomamos 

banho e passamos uma esponja sobre a pele, e são removidas milhares de célula, que 

são chamadas células mortas.

• Atenção: Não utilize tinta tóxica.

Materiais:

­ Microscópio;

­ Lâmina;

­ Tesoura;

­ Cotonete;

­ Tinta azul não­tóxica;

­ Fita adesiva transparente.

Procedimento:

­  Espalhe gotas de tinta nas costas da mão com o cotonete. Deixe secar por alguns 

minutos;

­ Pressione a fita na área pintada. Tire­a e coloque­a na lâmina com o lado adesivo para 

baixo;

­ Tome cuidado para não deixar impressões digitais na fita. Pelo microscópio observe a 

lâmina com as células colhidas. Você pode ver flocos azuis de célula.

Desenhe o que você visualizou:

43

12.6. Experimento: IMPORTÂNCIA DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS

Objetivo:  Demonstrar   como   as   glândulas   sebáceas   impermeabilizam   nossa   pele, 

impedindo a entrada de agentes patogênicos e o ressecamento.

Materiais:

­ Duas folhas de papel;

­ Óleo de cozinha;

­ Conta ­ gotas;

­ Água.

Procedimentos:

­ Espalhe óleo de cozinha no centro de uma folha de papel com o dedo indicador, 

Para que fique da forma de uma rodela, lave bem a mão com água e sabão e enxugue­

as antes de prosseguir;

­ Use o conta ­ gotas para pingar duas gotas de água na folha de papel em que não tem 

o óleo. Observe:

­  Então coloque duas gotas de água na folha que tem o óleo espalhado. Observe e 

compara com a folha que não tem o óleo.

Exercícios:

1) Qual a importância da camada oleosa na nossa pele?

___________________________________________________________________.

2) Onde estão localizadas as glândulas sebáceas?

44

___________________________________________________________________.

3) Qual a função das glândulas sebáceas no nosso organismo?

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________.

12.7. Experimento: MODELO DE SISTEMA RESPIRATÓRIO

Objetivo: Comprovar que o pulmão é o principal órgão do sistema respiratório, e que ele 

realiza movimentos que permitem a entrada e a saída do ar, ou seja, realiza os processos 

de inspiração (entrada de oxigênio) e expiração (saída de gás carbônico) e com esse 

modelo pode­se ter uma noção de como ocorrem os movimentos respiratórios.

Materiais: 

­ 1 garrafa descartável (PET);

­ 1 tesoura;

­ 1 rolha que caiba no gargalo da garrafa;        

­ 1 prego;

­ 1 tubo com 3 (três) saídas (PVC);

­ 3 (três) balões de borracha;

­ 50 cm de elástico fino.

Procedimento:

­ Com cuidado, corte a garrafa plástica pela metade;

­ Com o auxílio do prego, faça um furo que atravesse a rolha;

­ Amarre com firmeza 2 (dois) balões nas pontas inferiores do tubo com três saídas;        

­ Encaixe a rolha no gargalo da garrafa e introduza o tubo com 3 (três) saídas no furo da 

rolha, bem apertado para não entrar o ar;

­ Pegue um pedaço da borracha do outro balão e amarre com elástico no fundo da garrafa 

cortada;                                                                                                             ­ ­ Uma vez  

construído o modelo, puxe a borracha inferior para baixo com os dedos depois solte ­ a;

45

­ Comprima com os dedos delicadamente a garrafa plástica e observe o que acontece.

Exercícios:

01. Comparando as partes do modelo construído com os órgãos do sistema respiratório, 

observa­se que:

a) A garrafa plástica funciona como uma _______________________________.

b) O tubo funciona como uma __________________________ que se bifurca em dois 

_____________________________ permitindo a penetração do ar exterior.

c) Os dois balões nas extremidades dos tubos representam os ______________.

d) A borracha do fundo da garrafa funciona como o _______________________.

02. O que aconteceu quando a borracha inferior da garrafa foi puxada para baixo? Por 

que isso aconteceu?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________.

03.  O   que   aconteceu   quando   você   comprimiu   lateralmente   a  garrafa?   Por   que   isso 

ocorreu?

___________________________________________________________________.

13.  UNIDADE IV ­ EXPERIMENTOS PARA 8ª SÉRIE OU 9º ANO

13.1. Experimento: CONDUÇÃO DE CALOR

Objetivo: Observar a condutividade térmica nos metais.

Materiais:

 ­ Uma chapa de cobre e uma chapa de aço de aproximadamente 10 cm x       2 cm;

­ Uma vela;

­ Fósforo;

­ 10 tachinhas;

46

­ Um alicate com cabo de borracha;

­ Uma forma de bolo;

­ Um cronômetro ou relógio que possua ponteiro dos segundos;

­ Material para anotação.

Procedimento:

­ Acenda a vela. Prenda 5 das tachinhas em cada uma das chapas, pingando uma 

gota de cera da vela na chapa e logo em seguida comprimindo a cabeça da tachinha 

contra a chapa. Procure manter a mesma distância entre as tachinhas. Deixe as 

duas pontas da chapa livres;

­ Fixe a vela no fundo da forma procedendo da mesma maneira que ao fixar as 

tachinhas:   pingando   uma   gota   de   cera   da   vela   na   forma   e   logo   em   seguida 

comprimindo a base da vela;

­  Segure  uma  das   chapas  pela  extremidade  usando  o  alicate.  Coloque  a  outra 

extremidade em contato com a chama da vela. Nesse momento, comece a contar o 

tempo;

­ Complete a tabela com o tempo que cada uma das tachinhas presas na chapa 

levou para cair; 

­ Anote como aconteceu o experimento;

­ Repita o mesmo procedimento para a outra chapa.

Exercícios:

Registros:

  Tabela do cobre                             Comentários 

  

    Tabela do aço                                     Comentários 

47

1) Explique por que as tachinhas caíram.

_______________________________________________________________

______________________________________________________________.

2) Em qual das chapas as tachinhas caíram antes? Justifique sua resposta.

_______________________________________________________________

______________________________________________________________.

13.2. Experimento: DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS

Objetivo: Observar como ocorre facilmente à dilatação e a contração de um líquido 

qualquer.

Materiais:

­ Erlenmeyer ou vidro de remédio de 50 cm3 de volume;     

­ Água com um pouco de tinta ou mercúrio cromo;

­ Um tubo de vidro ou plástico como um tubo de caneta;

­ Uma rolha com um furo central para inserir o tubo;

­ Água quente;

­ Água com gelo;

­ Recipiente para água quente; 

­ Recipiente para água com gelo.

48

Procedimento:

­ Pegue um frasco de vidro e encha­o completamente com água previamente colorida 

para facilitar a observação;

­ Arrume uma rolha que se adapte bem ao vidro para que fique bem vedado e faça 

um furo bem no centro para encaixar o tubo de vidro ou plástico, a água subirá até 

certa altura do tubo;

­ Coloque este dispositivo que você preparou em um banho de água bem quente, de 

modo que ela envolva o frasco que contém água colorida. Observe o que ocorrerá 

com o nível de água no tubo;

­  Depois de certo   tempo,  transfira  o dispositivo para um banho de água bem  fria 

(mistura de água e gelo). Veja, então, o que ocorre com o nível da água no tubo.

Exercício:

   1) Faça um esquema representando o experimento feito e descreva os resultados 

comparando­os ao funcionamento de um termômetro.    

________________________________________________________________

________________________________________________________________.

13.3. Experimento: ENERGIA POTENCIAL E ENERGIA CINÉTICA

Objetivo: Demonstrar a diferença entre energia potencial e energia cinética.

Materiais:

­ 2 bolinhas de gude de tamanhos diferentes;

­ 2 canaletas ou trilhos de cortina;

­ 2 suportes de madeira;

49

­ Massa de modelar;

­ Lápis;

­ Cronômetro ou relógio que marquem segundos.

Procedimentos:

­ Coloque as duas bolinhas de gude nos trilhos (uma mais alta que a outra, como

uma rampa);

­ Solte as bolinhas simultaneamente e peça a um colega que marque o tempo que 

levam para atingir o final da rampa;

­ Coloque um bloco de madeira no final de cada rampa e repita a experiência;

­  Coloque um pedaço de massa de modelar no  final  de cada rampa e realize 

novamente a experiência.

Exercícios:

1)   As   bolinhas   atingiram   o   final   da   rampa   ao   mesmo   tempo?   Qual   chegou 

primeiro?

________________________________________________________________.

2) Qual a energia cinética das bolinhas e sua massa?

________________________________________________________________.

3) Qual bolinha deslocou mais os blocos de madeira?

________________________________________________________________.

4) A massa de modelar sofreu deformação?

________________________________________________________________.

50

5) Qual a relação entre a massa das bolinhas e a deformação?

________________________________________________________________.

6) Em que situação as bolinhas apresentaram energia potencial e energia cinética.

_________________________________________________________

13.4. Experimento: LENTE CONVERGENTE

Objetivo: Mostrar que uma lente convergente pode concentrar os raios solares e 

também aumentar a imagem do objeto facilitando a sua observação.

Materiais:

­ Lâmpada queimada, redonda e transparente;

­ Água;

­ Alicate;

­ Chave de fenda ou ponta metálica;

­ Faca;

­ Rolha;

­ Folha de papel;

­ Uma folha de jornal.

Procedimentos:

­ Com uma faca retire a parte metálica da extremidade da lâmpada ( não a parte 

com rosca);

­ Dando umas batidas com o alicate, quebre e retire o isolante que está ao lado da 

rosca das lâmpadas;

51

­ Com ajuda de uma chave de fenda ou ponta metálica, quebre a parte interna de 

vidro (pegue a lâmpada com um pano, por precaução e evitar acidentes);

­ Retire os cacos de vidro e filamentos da lâmpada, encha­a de água e tampe com 

uma rolha ou outro material vedante;

­ Leve a lâmpada ao Sol e encoste­a em uma folha branca (do lado oposto, onde 

incidem os raios solares);

­  Distancie   lentamente  a   folha,   fazendo  os  alunos  observarem  o   tamanho  do 

circulo luminoso;

­  Busque  o   lugar  onde  o  ponto   luminoso  é  menor  e   indique  que  esse  ponto, 

chamado foco, tem mais importância;

­ Troque a folha branca pela preta e observe o que acontece quando colocada 

nesse ponto;

­  Pegue  a   lâmpada  e   coloque­a   sobre  uma   folha  de   jornal   e   faça  os  alunos 

observarem como se enxergam as letras.

Exercício:

1) Peça   para os alunos explicarem que utilidade pode ter este aparelho quando 

aperfeiçoado para não deformar as imagens dos objetos.

________________________________________________________________

________________________________________________________________.

13.5. Experimento: A TEMPERATURA DAS REÇÕES QUÍMICAS

Objetivo: Demonstrar que a temperatura se altera nas reações químicas.

Materiais:

52

­ Copos;

­ Água; 

­ Colher; 

­ Cal.

Procedimento:

­ Coloque água em um copo e sinta a temperatura;

­ Acrescente uma colher de cal no copo com água e mexa bem;

­ Pegue o copo na mão e sinta a temperatura.

Exercícios:

1) Você sentiu alguma diferença na temperatura? Qual?

________________________________________________________________.

2) Ocorreu reação química? Qual?

 ________________________________________________________________.

13.6. Experimento: COMBINAÇÃO QUÍMICA – LEI DE PROUST ou LEI DAS 

PROPORÇÕES DEFINIDAS

Objetivo: Provar que a lei das proporções faz parte da combinação química.

Materiais:

­ Palha de Aço;

­ 2 pratos;

53

­ Enxofre em pó;

­ Fósforos.

Procedimento:

­ Coloque em cada prato um pedaço de palha de aço;

­ Sobre um deles coloque bastante pó de enxofre;

­ Sobre o outro um pouquinho só de pó de enxofre;

­ Aproxime um palito de fósforo aceso em cada um dos pedaços de palha de aço. 

*Obs.:  Num dos pratos o enxofre sobrará e se queimará, dando origem ao gás 

sulfuroso, de cheiro irritante. No outro prato sobrará palha de aço.

     O pó  de enxofre é  amarelo. Num dos pratos sobrou palha de aço, no outro 

sobrou enxofre, que se queimou, dando gás sulfuroso. Isto prova a Lei de Proust, 

pois só reagiu com a palha de aço a quantidade certa de enxofre.

Exercício:

1) O que diz a Lei de Proust?  Explique as proporções definidas.

__________________________________________________________________

______________________________________________________________.

13.7. Experimento: DENSIDADE DA ÁGUA

Objetivo:  Mostrar   que   a   densidade   da   água   pode   variar   de   acordo   com   as 

características e quantidade de sais dissolvidos nela.

Materiais:

54

­ 2 ovos crus;

­ 2 copos; 

­ Sal;

­ Açúcar.

Procedimentos:

­ Coloque água em um copo até chegar a um dedo da borda;

­ Coloque o ovo no copo com água e peça para os alunos observarem até onde 

ele mergulha;

­ Marque a linha de flutuação com um lápis;

­ Retire o ovo, acrescente sal na água e  introduza o ovo novamente no copo, 

observem a parte flutuante;

­ Acrescente mais sal e observe a densidade da água;

­ No outro copo coloque água e açúcar e acrescente o outro ovo; 

­ Compare a densidade entre a água doce e a salgada e escreva sua conclusão.

______________________________________________________________

______________________________________________________________.

13.8. Experimento: TENSÃO SUPERFICIAL DA ÁGUA

Objetivo: Observar a película que é formada pela união de moléculas de água.

Materiais: 

­ Uma bacia pequena ou um copo grande;

55

 ­ Água;

­ Clipes ou agulha;

­ Detergente.

Procedimentos:

­ Coloque água no recipiente até enchê­lo bem;

­ Tente colocar clipes ou agulha sobre a superfície da água sem afundar, para 

observar a tensão superficial da água;

­   Depois   de   colocar   os   materiais   para   flutuarem   acrescente   uma   gota   de 

detergente.

Exercícios:

1) O que é a tensão superficial?

________________________________________________________________.

2) O que acontece quando colocamos o detergente?

________________________________________________________________.

3) O que significa biodegradável? Qual sua importância para o ambiente?

__________________________________________________________________

______________________________________________________________.

13.9. Experimento: REAÇÃO QUÍMICA DE DECOMPOSIÇÃO

Objetivo: Explicar por que a água oxigenada promove a decomposição rápida.

      Materiais:

56

­ Copo; 

­ Prato;

­ Batata crua;

­ Faca de ponta arredondada;

­ Água oxigenada 10 volumes.

Procedimento:

­  Coloque  1  cm de  água  oxigenada  em um copo.  Observe  o  aspecto  dela  e 

descreva em seu caderno;

­ Corte duas ou três fatias de batata crua, que devem ser cortadas no instante de 

fazer o experimento, e coloque­as sobre o prato.

 ­ Despeje um pouco de água oxigenada sobre as rodelas de batata e observe. 

Exercício:

1) Explique o que ocorreu com a água oxigenada e com as batatas.

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13.10.  Experimento: SIMULANDO UM SUBMARINO

Objetivo: Investigar o princípio do funcionamento dos submarinos.

Materiais:

­ Tampa plástica de caneta esferográfica que não tenha furo;

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­ Garrafa plástica descartável de 2 litros com tampa de rosca;

­ Massa de modelar;

­ Copo;

­ Água.

Procedimento:

­ Grude uma bolinha de massa de modelar na ponta do cabo da tampa da caneta. 

Coloque num copo com água e ajuste a quantidade de massa de modelar a fim de 

que apenas 0,5 cm da tampa fiquem acima do nível do líquido;

­ Encha completamente a garrafa com água;

­ Coloque a tampa de caneta na água que está na garrafa e tampe bem;

­ Pressione as laterais da garrafa e observe a tampa de caneta mergulhar. Solte as 

laterais e observe ­ na subir.

Exercícios:

1) Porque a tampa sobe e desce?

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2) Quais mecanismos permitem aos submarinos submergir e emergir? Explique.

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REFERÊNCIAS

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