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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Usos da preservação: as áreas de preservação permanente no campo da tensão social (Cascavel – Paraná)

Autor Flora Gemelli Bof

Escola de Atuação Escola Estadual de Jardim Santa Felicidade

Município da escola Cascavel

Núcleo Regional de Educação Cascavel

Orientador Sheille Soares de Freitas

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE

Disciplina/Área (entrada no PDE) História (Paraná: história e historiografia)

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Principal: Geografia

Eventuais: Ciências, e outras disciplinas que trabalhem a sociedade em que vivemos.

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Este material didático será implementado com alunos de 5ª série.

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Escola Estadual de Jardim Santa Felicidade

Rua Cabo José Hermito de Sá, nº 961. Bairro santa Felicidade.

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte

Este trabalho tem o interesse de discutir as áreas de preservação permanente (APPs) na cidade de Cascavel-PR, nos últimos anos. Nas cidades brasileiras, a relação entre sociedade e meio ambiente foi, muitas vezes, reduzida apenas a noções de preservação e conscientização ambiental. As APPs e regiões de florestas e rios foram historicamente ocupadas conforme os interesses de exploração

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Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

comercial e pressões das relações sociais, uma realidade da qual Cascavel não é exceção. Nesse sentido, o trabalho a ser realizado propõe problematizar com os alunos o uso do rio que corta o bairro e como modos desiguais de se viver na cidade estão associados a certas práticas nas APPs. Os estudantes irão indicar, a partir da sua experiência social e do estudo dessa problemática, como vêem essas relações na cidade em que vivem. Para tanto, produziremos entrevistas, analisaremos fotografias e documentos, como também realizaremos debates e leituras de apoio para a reflexão crítica dessa temática, levando à problematização de conceitos, naturalizados em nossa sociedade. Nosso objetivo, portanto, é analisar esse processo histórico em Cascavel, problematizando as tensões sociais e os interesses envolvidos nos sentidos de preservar e transformar práticas, permitindo aos estudantes recompor processos históricos, percebendo-se como parte deles.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Áreas de Preservação Permanente; Conflitos Sociais; Cascavel.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAISPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NRE – NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO CASCAVEL

FLORA GEMELLI BOF

USOS DA PRESERVAÇÃO:AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO CAMPO DA TENSÃO SOCIAL

(CASCAVEL – PR)

CASCAVEL - PR2011

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FLORA GEMELLI BOF

USOS DA PRESERVAÇÃO:AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO CAMPO DA TENSÃO SOCIAL

(CASCAVEL – PR)

Produção Didático-Pedagógica para intervenção na Escola Estadual de Jardim Santa Felicidade, apresentado como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), Turma 2010, à Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob orientação da Profª. Drª. Sheille Soares de Freitas, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Marechal Cândido Rondon, Colegiado do Curso de História.

CASCAVEL – PR2011

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USOS DA PRESERVAÇÃO:AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO CAMPO DA TENSÃO SOCIAL

(CASCAVEL – PR)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professor PDE: Flora Gemelli Bof

Área PDE: História

NRE: Cascavel

Professor Orientador da IES: Profª. Drª. Sheille Soares de Freitas

IES vinculada: UNIOESTE

Escola de Implementação: Escola Estadual de Jardim Santa Felicidade

Público Objeto da Intervenção: Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO/PLANO DE AÇÃO

Esta Unidade Didática representa a Produção Didático-pedagógica exigida pelo

Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), desenvolvido para a disciplina de História,

atendendo à área de ingresso no programa: “Paraná: História e Historiografia”, e à Lei nº

13.381/01 que determina o ensino de História do Paraná nas escolas.

Neste material procuramos desenvolver como tema a historicidade das relações

homem/meio ambiente nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e os conflitos gerados

nessas relações sociais, envolvendo os moradores dessas áreas, o meio e a sociedade de modo

geral (moradores de outros locais e poder público). Além dos interesses de uso que não

condizem com a preservação ou com a permanência de tais moradores.

Preocupa-nos a análise e problematização das relações sociais no tempo presente,

levando nossos alunos a perceber o quão próxima a História pode estar de sua realidade, como

participam da vivência na cidade e no bairro e como tais relações sociais influenciam o seu

modo de viver.

A questão ambiental é um dos grandes debates da atualidade e está bastante presente

nas escolas. Cada disciplina relaciona-se de determinada maneira com essa discussão. Como a

História se dedica às ações humanas ao longo do tempo e nas diferentes sociedades, deve nesse

caso, segundo nosso entendimento, problematizar essas ações do homem junto às questões

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ambientais. Mas não apenas como mote informativo da prática preservacionista, mas também

indicando que essa questão faz parte de nossas ações ao nos relacionarmos em determinado

meio ambiente (em nosso caso, as APPs), que têm determinados interesses e modos desiguais

de serem utilizadas na sociedade capitalista contemporânea. E como tal, apresenta contradições

no modo de tratar cidadãos de diferentes condições sociais, prevalecendo o individualismo, a

busca do lucro a qualquer custo e o consumismo, que geram lixo, poluição e exclusão social. O

que muitas vezes força pessoas a morarem em locais considerados de risco, como fundos de

vale e morros, ficando expostas a problemas como enchentes, deslizamentos, doenças e o risco

constante de expulsão, sendo uma área de preservação ambiental, mas utilizada para resolver

questões de sobrevivência e desigualdade.

Em Cascavel, temos, segundo o Plano Municipal de Habitação (2010), 149 famílias

vivendo em APPs, incluindo as que vivem próximas ao rio Coati Chico, que passa pelo bairro

Santa Felicidade, no qual será realizada a implementação do projeto norteador desta Produção

Didático-Pedagógica. Temos, portanto, como público alvo, os alunos da Escola Estadual de

Jardim Santa Felicidade.

Após a realização de um levantamento junto à secretaria da escola, através do

endereço dos alunos, constatamos que dentre as turmas do Ensino Fundamental, havia maior

número de estudantes moradores das proximidades do rio Coati Chico dentre os alunos de 5ª

série. A presença de pelo menos alguns alunos moradores do fundo de vale em questão é

fundamental, pois poderão contribuir muito com os trabalhos através de sua experiência,

colocando seu ponto de vista nas discussões a serem realizadas e na pesquisa que farão com

suas famílias, por meio de questionários. Isso pode possibilitar uma troca de experiências com

os outros alunos, o que poderá repercutir de forma positiva, minimizando algum tipo de

discriminação existente, pois muitas vezes alguns alunos se referem de maneira pejorativa em

relação ao rio e, consequentemente, ao seu entorno.

Este é um de nossos objetivos. Mas pretendemos, também, durante a implementação,

problematizar, junto aos alunos, conceitos muitas vezes naturalizados em nossa sociedade

(enquanto educação ambiental). O intuito é que os estudantes se posicionem de maneira mais

crítica ao lidar com tais construções interpretativas, compreendendo as relações nas quais estão

inseridos, vendo não apenas a preservação (que também é importante), como os outros

aspectos sociais e políticos que compõem o uso das áreas em questão.

Consideramos importante este estudante compreender como as transformações sociais

atuam nessa relação meio ambiente-sociedade, visto que o pensamento que se tinha no período

de colonização do Oeste Paranaense e formação de cidades como Cascavel, não privilegiava a

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preservação, e sim o desmatamento levando à proposição de uma noção de “progresso”

necessária à melhoria de “toda” sociedade. Com a evolução da legislação ambiental, preservar

passou a ser a regra e vista paralela às questões sociais pendentes, como falta de moradia,

desemprego e alto custo de vida. Com esse trabalho propomos ampliar os modelos de

preservação e educação ambiental, considerando as relações sociais e o direito de um

tratamento menos desigual aos moradores de áreas de preservação.

Se considerarmos o aluno como um agente inserido no processo histórico, é natural

que procuremos trabalhar com ele nesta temática, não apenas buscando exemplos no país ou

no estado do Paraná, mas também em sua cidade e seu bairro, evidenciando que a História não

acontece só nos livros, como muitos pensam, mas muito próximo dele também. Por isso

esperamos que eles ocupem seu lugar nas relações sociais posicionando-se de forma a

contribuir na busca de soluções para as questões que permeiam essas relações, pensando uma

preservação mais sustentável, que envolva o ser humano, não apenas como protetor, mas

também como parte do meio ambiente, como já foi dito anteriormente.

PROCEDIMENTOS

Nessa Unidade Didática procuramos utilizar atividades e fontes de reflexão que

possibilitassem a discussão da temática pelos alunos, pois entendemos que assim

compreendem melhor e inserem-nos como interlocutores. Pois, quando os mesmos contribuem

com o debate, colocando o que já sabem ou falando de experiências pessoais, ou ainda ouvindo

as dos colegas a produção do conhecimento é sempre mais qualitativa e interessante.

Textos e imagens devem ser analisados e discutidos em sala de aula e, ao final de

cada discussão, o estudante fará anotações de suas principais conclusões, pois poderá partir

dessa base para as próximas discussões. Ao término da Unidade Didática terá sistematizado,

em seu caderno, além dos textos que serão trabalhados, suas opiniões e outras informações e

interpretações que possam surgir durante o debate. Com o encerramento da implementação do

projeto, quando tiver que produzir o texto de avaliação da proposta, tais anotações poderão ser

úteis à sua formulação.

Esse material compõe-se de quatro módulos. Calculamos que cada módulo deverá

exigir em média de duas a três aulas, durando o trabalho todo, portanto, cerca de um mês. Mas

isso é apenas uma estimativa, pois como cada turma tem um ritmo diferente, poderão ocorrer

variações nesta previsão de tempo.

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CONTEÚDOS DE ESTUDO

Como a escolha desta temática não se baseou nos conteúdos tradicionais para a 5ª

série do ensino fundamental, e sim ao atendimento à área de ingresso no PDE (Paraná: História

e Historiografia), não há uma ligação direta com os conteúdos trabalhados nesta série, que,

como já dissemos, foi escolhida por ter maior número de alunos vivendo próximos ao fundo de

vale do rio Coati Chico, viabilizando assim um resultado mais esclarecedor e indagador da

realidade dos estudantes com a atividade de pesquisa que os alunos irão desenvolver sobre o

modo de viver e os problemas enfrentados pelas famílias próximas ou que vivem em APPs.

O diálogo que propomos indiretamente dialoga com as tematizações tradicionais da 5ª

série, pois ao trabalharmos as primeiras civilizações colocando a importância da água (mares,

rios e córregos) para o surgimento das primeiras comunidades, bem como a relação que

mantinham com a natureza para sobreviverem, permitindo que investiguemos como essa

relação se transformou ao longo do tempo. Desse modo, problematizaremos essas questões,

pensando nossas relações no tempo presente, discutindo como o uso da água, a sobrevivência e

essas relações com o meio ambiente se dão hoje na sociedade e se fazem por outros interesses

e com outras práticas.

Apesar de não seguir os conteúdos tradicionais, acreditamos que as Diretrizes

Curriculares para o ensino de História contemplem o estudo desta temática. Em primeiro lugar,

as relações sociais que permeiam o viver nas Áreas de Preservação Permanente, inseridas em

uma determinada sociedade, não deixam de ser também relações de poder, contempladas nos

conteúdos estruturantes. Em segundo lugar, consta entre os conteúdos básicos para a 5ª série

(ou 6º ano) a seguinte indicação de tematização: “Os sujeitos e suas relações com o outro no

tempo”, quando se faz a proposição do estudo das relações com o outro, determina também o

estudo dos conflitos e movimentos sociais, o que está presente nas tensões sobre os usos das

APPs.

Por tratar de conflitos nas Áreas de Preservação Permanente, este trabalho pode ser

considerado também interdisciplinar, relacionando-se principalmente com a Geografia,

Estudos Urbanos e Ecologia, explorando os conflitos sociais presentes na cidade, juntamente

com a relação homem/ambiente, perpassando os conceitos de preservação, moradia e

problemas inerentes ao viver nas APPs e na sociedade capitalista contemporânea.

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ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR

Nesta Unidade Didática sugerimos textos, reportagens e imagens enquanto fontes

motivadoras de reflexão e produção do conhecimento histórico, mas o professor que se

interessar em realizar este trabalho poderá usar e adaptar também outros recursos que conheça

ou possua, além dos que fazem parte deste material. Poderá utilizar outros mapas, fotos de

satélite mais aproximadas (com o uso do Google Earth), imagens da internet e outras fontes.

Por questões de direitos autorais, o uso de imagens a serem publicadas nesta Unidade Didática

é limitado, mas no intuito de aprofundar a compreensão dos alunos e as discussões relativas à

temática proposta poderá também utilizar charges, prontas ou produzidas pelos estudantes,

outros textos relativos à problemática em análise que o professor tenha conhecimento, e assim

por diante. As adaptações ficam a critério da criatividade do professor e disponibilidade de

recursos e realidade dos estudantes envolvidos no projeto.

Havendo a necessidade de adaptar este trabalho a outra cidade, ou a outro bairro, o

professor poderá utilizar fotos e reportagens do local em questão para adequar o material à sua

realidade. Pois este não é um estudo restrito a Cascavel, a realidade social em destaque é

representativa da sociedade capitalista do tempo presente, portanto permite ampliar a discussão

e indicar o campo de possibilidades e de recorrência dessa experiência social muito mais vasto.

Poderá, porventura, ser necessário adaptar também as questões da pesquisa junto às famílias,

pois sabemos que é uma atividade importante no sentido de dar visibilidade aos interesses dos

moradores do entorno do rio ou de outros locais do bairro, não privilegiando apenas a visão do

Poder Público. Essa prática de pesquisa é relevante por ser mais um passo no sentido de

incentivar os alunos à prática de pesquisador e vivenciar a investigação histórica na produção

de material para ser analisado e refletir sobre a sociedade.

Acreditamos que, embora este trabalho tenha sido elaborado para alunos de 5ª série,

possa ser realizado com alunos de outras faixas etárias que, mais experientes, poderão talvez

contribuir mais com as discussões.

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DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE DIDÁTICA

MÓDULO I

Procedimento da introdução dos trabalhos com os alunos: preparação para o tema

explicando oralmente os seguintes conceitos:

1º A História não trata apenas do passado, mas também do presente, do qual os alunos em

questão fazem parte, repensando assim os sentidos de história.

2º O tema que vamos estudar é interdisciplinar, ou seja, se utiliza da ajuda de outras

disciplinas, como a Geografia, por exemplo, mas trata das ações do homem dentro de um

determinado meio ambiente. Mas não só isso é um meio social transformado ao longo do

tempo a partir das relações dos sujeitos sociais. Quando falamos de ações humanas e

conflitos sociais estamos falando de História e de processo histórico.

3º Temática a ser estudada: Usos da preservação: as áreas de preservação permanente no

campo da tensão social – Cascavel PR. Trata-se das relações e conflitos sociais nas áreas

de preservação permanente no Paraná e em Cascavel. Observar localização abaixo:

Adaptação pela autora do mapa encontrado no site:http://blog.blogdobalako.com/conteudo/dos-399-municipios-do-parana-apenas-44-apresentam-crescimento-do-pib-%E2%80%93-produto-interno-bruto Acesso em 30 maio 2011.

Trabalho a ser realizado com alunos do Bairro Santa Felicidade, o qual possui a seguinte localização:

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Adaptação de mapa da cidade de Cascavel disponível no Portal da Prefeitura no endereço:http://www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/seplan/sub_pagina.php?id=43 Acesso em 30 maio 2011.

Bairro Santa Felicidade. Fonte: Google Earth. Acesso em: 30 maio 2011.

4º Problematizar o conceito produzido para definir a APP (Área de Preservação Permanente):

São áreas de proteção ambiental garantida por lei, com presença de vegetação nativa ou

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Bairro Santa Felicidade

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não, onde o principal objetivo é proteger os corpos hídricos, fauna e flora locais, o solo,

prevenindo assoreamento de rios, lagos e nascentes, entre outros recursos naturais. Muitas

vezes a existência de moradores nestas áreas gera conflitos com o poder público. São

encontradas:

• “Em faixas de terra que margeiam os rios (vegetação ciliar);• Às margens de lagoas, lagos ou reservatórios de água naturais ou artificiais;• Ao redor de nascentes ou olhos d’água;• Em topos de morros, montes, montanhas e serras;• Em encostas ou parte delas com declividade superior a 45°.”

Fonte: MIRANDA, Marcio. Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal: o que dizem as leis para a agricultura familiar. Londrina: IAPAR, 2009. p. 8. Disponível em: <cediap.ourinhos.unesp.br/.../apps_e_rls_-_o_que_dizem_as_leis_para_a_agricultura_familiar_-_marcio_miranda_iapar.pdf> Acesso em 30 maio 2011.

ATIVIDADE 1

1º passo: Fazer junto aos alunos o levantamento de quais deles moram próximos ao rio Coati

Chico no bairro Santa Felicidade em Cascavel-PR;

2º passo: Montar grupos de três alunos tendo, preferencialmente, um dos três estudantes como

morador das proximidades do rio;

3º passo: Os grupos deverão produzir um texto de, no mínimo, 15 linhas abordando o que

entendem por preservação, como devem ser as áreas de preservação, o que já conhecem sobre

o tema, se já ouviram falar de conflitos nestas áreas, porque acham que as pessoas moram

nesses locais, o que pensam sobre seu bairro e sua cidade, e assim por diante;

4º passo: Recolher as produções para que sejam confrontadas posteriormente com o resultado

final do trabalho;

5º passo: Entregar aos grupos o roteiro abaixo (uma folha para cada aluno) para que pesquisem

junto às suas famílias sobre os modos de viver e os problemas enfrentados pelos moradores da

Área de Preservação Permanente do entorno do rio Coati Chico e outros locais do bairro Santa

Felicidade. Trabalhar com os alunos cada uma das questões, no sentido de esclarecê-las bem

para que eles saibam colocá-las junto a seus familiares.

Obs.: Marcar com os alunos a data de entrega desta pesquisa.

Roteiro de pesquisa para os grupos de alunos e suas famílias:

a) Nomes:

b) Há quanto tempo cada um mora no bairro?

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c) Onde cada um mora em relação ao rio Coati Chico? (Quantas quadras, por exemplo)

d) O que suas famílias pensam sobre como está sendo usado o rio? É um lugar bonito, para

passeio? Para que está sendo usada essa área?

e) Existe algum cuidado com a preservação do rio por parte dos moradores em geral? E da

Prefeitura? Por que acha que isso acontece?

f) Vocês sabem que essa região de fundo de vale onde está o rio é considerada por lei uma

Área de Preservação Permanente?

g) Aqueles que moram próximos ao rio enfrentam algum problema por causa disso? Quais?

h) Se você mora próximo ao rio, sua família já teve algum tipo de problema com a Prefeitura

por morar nesse local? E com os outros moradores? Já sofreu algum tipo de discriminação

por causa disso? (Isso influencia sua relação com moradores de outros locais do bairro e da

cidade? Como?)

i) Você e sua família acham que a prefeitura trata todo o bairro igual? Ou percebem algum

tipo de desigualdade?

j) Sabem se alguém que morava perto do rio teve que sair ou foi retirado pela Prefeitura

(como isso aconteceu? Tem conhecimento, por exemplo, do caso das pessoas que foram

retiradas do local próximo à Rua do Vale no Nova Cidade e como foi essa retirada das

pessoas)?

k) Já ouviram falar de algum outro local em Cascavel onde isso aconteceu?

l) Na opinião de vocês, é possível preservar o rio com pessoas morando muito perto dele?

m) Por que vocês acham que as pessoas vão morar nessas áreas?

n) O que deveria ser feito para que as pessoas não morassem em Áreas de Preservação? Acha

que isso é possível?

o) O que vocês acham sobre: a política de preservação ambiental ser mais importante do que a

preocupação com as condições de vida dos moradores de Áreas de Preservação?

p) Na opinião de vocês, o que poderia ser feito próximo ao rio, ou próximo à sua casa para

melhorar as condições de vida de sua família?

MÓDULO II

TEXTO 1

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Por que houve a necessidade da criação de Áreas de Preservação Permanente?

Flora Gemelli Bof

Hoje, de um modo geral, podemos verificar nas cidades a existência de áreas

perigosas do ponto de vista ambiental para se morar, caracterizadas por encostas de morros,

margens e nascentes de rios. Estão, muitas vezes, ocupadas por construções públicas ou

particulares, onde os moradores, na maioria das vezes, são famílias carentes, cujo poder

aquisitivo não permite morar em outros lugares. Tais áreas, por lei, são consideradas de

preservação permanente, incompatíveis com a intensa urbanização que ocorreu ao longo dos

anos. A preservação dessas áreas se fez necessária na tentativa de frear o desmatamento

indiscriminado e o crescimento das cidades para locais impróprios para construções.

No Paraná, hoje, aproximadamente 10% da cobertura vegetal original ainda persiste.

No Oeste do Paraná, onde Cascavel se localiza, a destruição das florestas aconteceu devido ao

avanço do capitalismo na região ao longo do século XX, quando os produtos da região (erva-

mate, madeira em grande quantidade e produtos agrícolas) passaram a participar no mercado

nacional e internacional. Empresas de colonização tomam conta da região, expulsando e

exterminando índios, caboclos e posseiros, que ou trabalhavam para as empresas e compravam

terras delas, ou seriam expulsos ou mortos. Essas empresas tinham representação ativa no

governo do Paraná e, portanto, faziam com que se valorizasse e incentivasse a colonização e o

desmatamento que realizavam.

Entre as décadas de 30 e 70 do século XX foi o período de maior desmatamento no

Oeste do Paraná. Toda essa exploração econômica provocou também o surgimento de vilas,

que mais tarde se tornaram as cidades da região, dentre elas, Cascavel. Com o crescimento

dessas cidades tornou-se inevitável a ocupação do entorno dos rios e outras áreas de risco.

Esses locais hoje são de preservação ambiental, mas abrigam moradores, os quais geralmente

enfrentam diversos tipos de problemas, como enchentes, deslizamentos de terra, doenças,

acúmulo de lixo, exclusão social, dentre outros. Como vivem em áreas onde a lei não permite,

muitas vezes são expulsos do local, ou são mal vistos pelo restante da população.

ATIVIDADE 2

Após a leitura do texto pelos alunos, refletir e responder:

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a) O crescimento da cidade de Cascavel aconteceu como o de muitas outras cidades. Você

sabe citar exemplos de locais nesta cidade que são de preservação ambiental? Comente pelo

menos 2.

b) A agricultura e a extração de madeira diminuíram muito as florestas do Paraná. Você acha

que o chamado “progresso econômico” que essas atividades trouxeram à região justifica um

desmatamento tão grande a ponto de ter que se criar áreas de preservação para conservar o

pouco que ainda resta?

c) O que você entende por “progresso”? O que você acha que é necessário para conseguí-lo?

Ele atende a todos?

d) O que você entende por “preservação”? Todos se beneficiam com isso?

e) Em sua opinião, “progresso” e “preservação ambiental” podem estar juntos?

f) As pessoas que vivem nas áreas de preservação sofrem, em algumas cidades, além de outros

problemas, com a exclusão social. O que você acha que isso quer dizer?

Obs.: As respostas dos alunos poderão ser socializadas oralmente com a turma.

ANÁLISE DE FONTES COMPLEMENTARES A ATIVIDADE 2

Com o objetivo de indicar que o processo histórico está próximo do aluno, de

contrapor a diferença de tratamento que se dá a classes sociais distintas em uma mesma cidade,

e observar como são tratadas certas ocupações em Áreas de Preservação Permanente em

Cascavel, analisaremos três fragmentos de reportagens retiradas de um Jornal da cidade.

1ª Reportagem:

“Imóveis invadem áreas de preservação

As construções estão cada vez mais próximas dos rios que passam por dentro do perímetro urbano de Cascavel. São muros, casas e prédios erguidos às encostas de córregos, onde deveria existir vegetação. Décadas de crescimento populacional levaram imóveis às áreas de preservação. Nascentes foram aterradas para dar espaço a edificações. Sem planejamento, a cidade foi expandindo próximo de onde a água passa e, em muitos casos, de onde nasce. “Quando começaram os loteamentos não havia uma legislação específica. Muitos construíram em cima de nascentes”, ressalta o fiscal de Meio Ambiente Vanderlei Inácio Marques.Boa parte das 1.265 nascentes que cortam a cidade está em propriedades particulares. Ou seja, podem ser isoladas, impedindo que os demais cidadãos tenham acesso à água. [...]”

JORNAL HOJE. Imóveis invadem áreas de preservação, 08 de fevereiro de 2009. Disponível em: <http://www.jhoje.com.br/08022009/local.php>. Acesso em 11 nov. 2010.

2ª Reportagem:

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“Shopping será construído, mesmo contra apelo popular

Nem mesmo o intenso apelo popular em preservar a sustentabilidade do Rio Cascavel será suficiente para evitar a construção de um shopping no Parque Paulo Gorski, no Bairro Região do Lago, na zona leste de Cascavel. Ontem o Grupo Catuaí anunciou a obra ao lado do cartão-postal, o Lago Municipal. Está descartada a possibilidade de substituição da área para a construção do shopping.Será erguida uma estrutura de 50.639,83 m² de área construída em 29.120,28 m² de terreno bruto, ao lado de 30 nascentes do Rio Cascavel, que abastecem 70% das moradias. Os riscos de danos ambientais provocados pela obra são considerados pequenos e a empresa alega que está cumprindo as exigências do IAP (Instituto Ambiental do Paraná). A previsão é de que 165 lojas sejam instaladas.[...]O shopping terá que apontar soluções para os resíduos sólidos gerados no empreendimento a partir da abertura. A previsão é de que os recicláveis sejam repassados a cooperativas, os orgânicos sejam encaminhados para que o Município utilize para a produção de adubo e os demais materiais sejam despejados ao aterro. O considerável aumento na produção de lixo prejudica a população. “Imagine, o lago será usado para o despejo dos dejetos da burguesia cascavelense. O lago será transformado em um lixeiro. Hoje já temos dificuldades para conservar a natureza. A civilização é predadora e o homem piora a cada ano”, afirma o advogado Yves Consentino Cordeiro, morador de Cascavel.[...]O prefeito Edgar Bueno decidiu “lavar as mãos” e se esquivar das responsabilidades ambientais da construção do shopping às margens do Rio Cascavel. [...]

BAGATOLI, Josimar. Shopping será construído, mesmo contra apelo popular. Jornal Hoje, 12 de novembro de 2010. p. 7. Disponível em: < http://www.jhoje.com.br/Paginas/20101112/cartucho.pdf >. Acesso em 03 jun. 2011.

3ª Reportagem:

“Terra invade asfalto e gera transtornos

[...]O asfalto construído há aproximadamente cinco anos era a esperança de uma qualidade de vida melhor para os moradores, mas até hoje eles são obrigados a conviver com os problemas antigos, de uma rua sem pavimento. A terra toma conta da Rua Tenente-Coronel Misael Mendonça. “A gente paga o asfalto para a frente da nossa casa ficar assim, cheia de terra, como se não tivesse asfalto”, lamenta Jandira Conceição Franco, que ainda não terminou de pagar as parcelas da benfeitoria.[...]‘Quando chove a Rua Tenente-Coronel Misael Mendonça fica completamente alagada. O RioCoati Chico transborda e a lama vai parar na calçada de casa. O asfalto parece estrada de chão, de tanta lama que é carregada pela água. Ninguém suporta mais essa situação. É jogado lixo no fundo de vale e complica a nossa vida. Tem o risco da dengue, todos estão preocupados.’ Iracema Rodrigues da Fonseca, dona de casa”. [...]

JORNAL HOJE. Lixo em lote baldio vira criadouro do Aedes aegipty, 02 de fevereiro de 2010. Sua Rua, p 6. Disponível em: < http://www.jhoje.com.br/Paginas/20100202/local.pdf > Acesso em 03 jun. 2011.

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ATIVIDADE 3

a) Você se identifica ou conhece alguém que se identifique com alguma das situações

apresentadas nas reportagens? Ou com alguma situação semelhante?

b) Após ler as reportagens, você acredita que a prefeitura dá tratamento igual a todos os

moradores da cidade? Por que isso acontece?

c) Quais interesses você conseguiu distinguir nas reportagens? Quais prevalecem ou são

considerados mais importantes pelo poder público? Justifique.

d) Qual você acha que seria a solução para cada um dos problemas mostrados:

- Reportagem 1:

- Reportagem 2:

- Reportagem 3:

e) Indique um novo título para cada uma das reportagens analisadas.

ANÁLISE DE FONTE COMPLEMENTAR A ATIVIDADE 3

O fragmento abaixo faz parte da entrevista realizada com fiscal da Secretaria do Meio

Ambiente de Cascavel, que chamaremos pelo pseudônimo José. Vejamos como ele interpreta

essa problemática e coloca-se como mediador dos interesses da Administração Municipal:

[...]José: E temos exemplo aí de terrenos que estão dentro do rio, no caso. A pessoa hoje é dona

dum rio! (risos), de uma parte do rio, né? Então, é... são... principalmente na área central são, residências de alto valor e o que torna muito oneroso a desapropriação e... um dia será desapropriado, mas não temos aí, por... até por uma questão financeira um prazo pra se... se determinar.

[...]- É... você considera que há irregularidades em algumas liberações de uso, loteamento ou construções que não seguem o controle de desapropriação e preservação?José: É... hoje, hoje pra você aprovar um loteamento, é... você precisa, antes de mais nada determinar a área de preservação ambiental, essa área é delimitada e isolada, isso é... vai ser uma área do município. Aí, cabe ao município também, é... controlar a não utilização dessa área pra outros fins, a não ser de preservação ambiental. Quanto às áreas antigas, é aquilo que eu te falei, é... é uma questão de tempo aí pra ir desapropriando essas áreas e ir usando para o fim da preservação.[...]- E... tem alguma coisa que... algum destino pra onde essas famílias possam ir ou não?José: É isso aí, seria a questão de programas habitacionais até pela Caixa Econômica. Existe hoje um plano municipal de habitação, tá, que prevê a retirada dessas, o incentivo à retirada dessas famílias de áreas de risco que, apesar de.. além de ser uma área de preservação é uma área de risco, de questão de enchente, de desmoronamento, né?

Obs.: O texto foi adaptado para melhor dinamismo da leitura.Fonte: Entrevista da professora Flora Bof com José (pseudônimo) na Secretaria do Meio Ambiente em dezembro de 2010.

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ATIVIDADE 4

Após esta leitura, os alunos deverão escrever um pequeno texto de no mínimo 20

linhas colocando suas observações ao relacionar a entrevista com as reportagens 1, 2 e 3. Essa

produção será motivada pelas seguintes questões: O que o poder público produz como

explicação para suas ações vale para todos? A fala do entrevistado poderia ter alguma

influência na vida de alguns moradores desse bairro? Essas situações só ocorrem em Cascavel

ou existem semelhanças com situações ocorridas em outros lugares? Quais? O que acham da

solução apontada pela prefeitura como destino a ser dado aos moradores de APPs? O que mais

os alunos tem a dizer associando a entrevista com as reportagens? Alguns alunos poderão

realizar a leitura de suas produções em voz alta.

Sugestão ao professor:Se o professor achar mais conveniente, poderá tratar as Atividades 3 e 4 como uma

só, adaptando-as, evitando eventuais repetições de perguntas e respostas. As questões da Atividade 3, por exemplo, poderiam ser respondidas pelo aluno na produção de texto que corresponde à Atividade 4. Note-se que a produção de texto deverá, assim, ser mais trabalhada pelos alunos.

Outra sugestão seria a realização de ilustrações pelos alunos, demonstrando as situações presentes nas reportagens e na entrevista e o que eles pensam sobre a temática abordada.

MÓDULO III

TEXTO 2

Conflitos em Áreas de Preservação Permanente

Flora Gemelli Bof

Ao longo da História, muitas cidades surgiram próximas dos rios, desde o surgimento

das primeiras, a humanidade procurou se fixar onde havia água por perto. Precisava-se dos rios

para irrigar plantações, para locomoção fluvial, para abastecimento da população, para pesca,

para proteção, quando viviam em palafitas, dentre outros motivos. Portanto, os rios (e os

problemas trazidos por sua proximidade) quase sempre estiveram presentes na vida urbana e

rural. Hoje, eles são locais onde, por lei, a vegetação deve ser preservada. Isso pode gerar

conflitos envolvendo os moradores locais de diversas maneiras.

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No Paraná, temos vários exemplos destes conflitos em áreas de preservação. Apenas

para citar alguns dos mais próximos, podemos falar do conflito envolvendo o Parque Nacional

do Iguaçu e a questão do fechamento da Estrada do Colono (antigo caminho transformado em

estrada por volta de 1950), que tornou mais longo o acesso a algumas cidades paranaenses,

como Capanema, freando seu desenvolvimento, segundo os moradores e autoridades locais,

que alegam a necessidade de reabertura da estrada. Já os ambientalistas e a UNESCO

(Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) temem a degradação

do parque com a reabertura da estrada, cuja existência tem gerado conflitos desde sua criação.1

Outro conflito conhecido no Paraná é o que envolve a criação do Parque Nacional de

Ilha Grande onde moradores estão em disputa com as autoridades ambientais, pois a área foi

desapropriada e os moradores lutam por indenização.

Legenda:

Fonte: Acervo da autora.

No Brasil temos áreas de preservação e em muitas delas existem conflitos,

principalmente pela existência de moradores nestes locais. Historicamente, desde a chegada

dos primeiros seres humanos em nosso território já existiam formas de desmatamento. Mas

com a chegada dos “invasores” europeus (principalmente portugueses), esse processo se

tornou cada vez mais intenso. Só para citar alguns exemplos, florestas como a Mata Atlântica

tem sofrido com a depredação ambiental desde então. Em toda sua extensão, onde existem

remanescentes de mata, onde há moradores, há conflitos, reais ou em potencial (ou seja, que

podem vir a acontecer algum dia). Na região Norte (Amazônia), não são poucos os conflitos

que terminam com o assassinato de ambientalistas, moradores da região, por fazendeiros e

madeireiros, muitas vezes exercendo atividades ilegais.

1 Conferir discussão em: < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/estrada_do_colono.html>. Acesso em 06 jun. 2011.

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Parque nacional do Iguaçu

Parque nacional de Ilha Grande

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Na cidade de Cascavel, no Paraná, as principais áreas de preservação permanente são:

os parques, o Lago Municipal e os fundos de vales onde estão os rios. No entorno do Lago

Municipal se constroem condomínios residenciais e estabelecimentos comerciais em locais não

permitidos por lei. Problemas tais como assoreamento, acúmulo de lixo e entulho, ameaça às

nascentes próximas por construções polêmicas, são comuns nas proximidades do lago. À volta

dos rios que cortam a cidade, existe o problema de moradias construídas muito próximas a

eles, como já vimos. Em Cascavel, os conflitos em áreas de preservação não tem se

manifestado de forma ostensiva (não aparecem muito), mas existem. No futuro,

desapropriações em fundos de vale poderão ocorrer, conforme entrevista estudada

anteriormente.

ATIVIDADE 5

Nos links e na imagem abaixo, podemos observar situações de moradias em beira de

rios. Estabeleça uma breve discussão com os alunos envolvendo as imagens e o Texto 2.

Questionar também se conhecem lugares assim, que tipos de problemas estão presentes para o

ser humano e para o meio ambiente em tais situações, como solucionar estas tensões e outros

questionamentos que porventura possam surgir. Como fechamento, os alunos poderão fazer

anotações em seus cadernos sobre as ponderações a que chegaram.

Em São Paulo:

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/12/desabamento-causa-interdicao-de-11-casas-na-zona-leste-de-sp.html#

Em Curitiba:

http://www.paranaonline.com.br/editoria/cidades/news/498359/?noticia=ENCHENTES+EM+CURITIBA+PODERIAM+SER+EVITADAS

Em Cascavel, no bairro Santa Felicidade:

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Fonte: Acervo da autora.

Sugestão ao professor:Sugerimos ao professor que desejar aprofundar as discussões, trabalhando a

superação de paradigmas naturalizados na educação ambiental, a problematização de algumas cartilhas disponíveis na internet, enfocando a discussão de como tais cartilhas e a educação ambiental, de maneira geral, coloca a relação entre homem e meio ambiente. Nesse sentido, indagar se o homem está apenas no papel de quem deve preservar ou se há a preocupação com a situação de pessoas que moram nos locais de preservação. Sugerimos o uso do poema de Lúcia Maria e o comentário que o segue, na página 8 da seguinte cartilha:

LEÃO, Ana Lúcia Carneiro et SILVA, Lúcia Mª Alves. Fazendo educação ambiental. 4ª Ed. Recife: CPRH, 1999, 32 p. Disponível em: < http://www.projetoreciclar.ufv.br/docs/cartilha/educacao_ambiental.pdf >. Acesso em 06 jun. 2011.

No referido poema, onde a autora afirma: “o HOMEM é parte dele”, pode-se questionar como os alunos entendem a inserção do homem como parte do meio ambiente. No comentário após o poema, quando afirma que “Todos somos responsáveis pela construção de um mundo socialmente justo e ecologicamente equilibrado”, podemos questionar se essas relações têm sido sempre justas envolvendo sociedade, moradores e áreas de preservação permanente. Além desses questionamentos, o professor pode elaborar outros com o poema, ou com a cartilha.

Outras opções que podem ser consultadas e problematizadas pelo professor, questionando-se o porquê de não se falar dos moradores das áreas de preservação permanente e por que eles estão lá, quais interesses interferem no fato de os mesmos serem ignorados, muitas vezes, pela educação ambiental e se haveria uma solução sustentável que não excluísse nem ser humano, nem meio ambiente:

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rio casa

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BRAGA, Elisabete et al. Joca descobre o meio ambiente. 5. ed. Recife: CPRH, 1999. 27p..Disponível em: <http://www.projetoreciclar.ufv.br/docs/cartilha/joca_meioambiente.pdf>. Acesso em 06 jun. 2011.CAMPOS, João Batista; SILVEIRA Filho, Loverci (coords.). Floresta estacional semidecidual. Curitiba: [s. n.], 2010. n. p. Ou outras a escolha do professor.

ATIVIDADE 6

1º passo: Realizar com os alunos a leitura da “Carta do Zé Agricultor”:

Prezado Luis, quanto tempo.

[...]Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que

seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente. Veja só. O sítio do pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança. [...]

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. [...]Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.[...]

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos. [...]

Até mais Luis. PIZATTO, Luciano. Adaptada por: Barbosa Melo. Esta carta encontra-se na íntegra em diversos sites. Um deles: <http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2008/11/18/41996-carta-do-ze-agricultor-para-luis-da-cidade.html>. Acesso em: 07 jun. 2011.

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2º passo: Promover com os alunos a discussão oral sobre o texto, enfatizando: o que os alunos

entenderam, se a cidade é mesmo o que o “Zé” fala, o porquê de ele ser considerado um

criminoso (se ele era mesmo ou não), se o tratamento dado a ele pelos técnicos e fiscais era

correto, como os alunos acham que eles deveriam agir, e assim por diante. Após as discussões,

os alunos poderão anotar suas conclusões no caderno.

ATIVIDADE 7

Cada grupo (pode ser o mesmo grupo formado no início) deverá produzir um cartaz

sintetizando o que entenderam de todas as discussões realizadas, ou suas opiniões a respeito,

ou ainda ilustrar a “Carta do Zé Agricultor”, ou as reportagens estudadas, ou a relação do

assunto com o bairro ou com a cidade; Ou ainda cada grupo poderá privilegiar uma dessas

modalidades. Os grupos poderão se expressar de acordo com suas maiores habilidades:

colagens, desenhos, palavras e frases, poesias, fotografias, charges, dentre outros. É preciso

deixar bem claro que não fujam do assunto discutido e que suas escolhas sejam viáveis na

forma de cartazes.

Escolher um lugar na escola onde os cartazes possam ficar em exposição por algum

tempo para que outras turmas possam visualizá-los e serem discutidos.

MÓDULO IV

FINALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PROPOSTA

1º passo: Com os grupos montados, os alunos trabalharão com o roteiro de pesquisa de campo

que levaram para casa. Para cada questão, produzirão uma síntese das respostas de cada aluno,

diferenciando a de cada um, se for o caso. As idéias divergentes deverão estar contempladas.

Este trabalho deverá ser recolhido pelo professor;

2º passo: Realização de um debate, iniciando com as impressões de cada grupo. Se o professor

desejar, pode-se fazer isso com cada questão. Mas por questões práticas e para que o trabalho

não se estenda por várias aulas e não se torne uma atividade cansativa, sugerimos que cada

grupo discuta uma ou duas questões com a turma;

3º passo: Concluir o debate com uma discussão geral sobre o tema, opiniões, se o que pensam

mudou ou não após as discussões, a ligação do tema com o bairro, importância de preservar ou

não, como fazer isso, ou se há soluções para os conflitos e a exclusão social presentes nas áreas

de preservação permanente e na cidade de um modo geral, onde em muitos lugares as

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condições de moradia e sua localização em áreas de risco é fator de sofrimento da população

com vários problemas inerentes a essas áreas.

4º passo: Retomar os textos produzidos pelos grupos no início dos trabalhos. Produção de um

novo texto de, no mínimo 15 linhas, sintetizando o resultado das discussões, contrapondo com

o primeiro texto produzido e colocando suas conclusões finais sobre a temática envolvendo as

relações sociais que permeiam as APPs na cidade de Cascavel e no bairro Santa Felicidade,

bem como os modos de viver e morar presentes nesses locais, influenciando, muitas vezes, a

vida dos próprios alunos.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

Como consideramos importante a participação oral dos alunos, este será um dos

critérios de avaliação, juntamente com a observação de sua compreensão de ser participante do

processo histórico; do entendimento da proposta da preservação não dissociada do ser humano

atuante no meio ambiente, da evolução no sentido de perceber a realidade criticamente, não

apenas para reproduzi-la como está, mas para participar das mudanças necessárias para

melhorá-la em benefício de um futuro menos desigual e discriminatório na sociedade.

Para tanto, será necessário observar o que dizem e o que escrevem ao longo do

processo. Estará em questão sua capacidade de trabalhar em equipe e a maneira como

conduzirão as atividades e a pesquisa de campo a ser realizada com suas famílias. Será no dia a

dia, em todas as atividades realizadas, que observaremos sua compreensão da temática

trabalhada para uma avaliação formativa, onde os objetivos propostos estarão sendo indicados

durante todo o processo pedagógico, para, ao final verificarmos como foi esse processo de

ensinoaprendizagem, ocorrido desde o início até a conclusão dos trabalhos.

FONTES

BAGATOLI, Josimar. Shopping será construído, mesmo contra apelo popular. Jornal Hoje, 12 de novembro de 2010. p. 7. Disponível em: < http://www.jhoje.com.br/Paginas/20101112/cartucho.pdf >. Acesso em 03 jun. 2011.

BRAGA, Elisabete et al. Joca descobre o meio ambiente. 5. ed. Recife: CPRH, 1999. 27 p.Disponível em: http://www.projetoreciclar.ufv.br/docs/cartilha/joca_meioambiente.pdf.Acesso em 08 mar. 2011

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CAMPOS, João Batista; SILVEIRA Filho, Loverci (coords.). Floresta estacional semidecidual. Curitiba: [s. n.], 2010. n. p.

CARDILLI, Juliana. Imagem disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/12/desabamento-causa-interdicao-de-11-casas-na-zona-leste-de-sp.html#>. Acesso em: 12 jun. 2011.

Entrevista realizada pela autora com José (pseudônimo), funcionário da Secretaria do MeioAmbiente de Cascavel, em 10 de dezembro de 2010.

<http://www.paranaonline.com.br/editoria/cidades/news/498359/?noticia=ENCHENTES+EM+CURITIBA+PODERIAM+SER+EVITADAS> . Acesso em: 12 jun. 2011.

JORNAL HOJE. Imóveis invadem áreas de preservação, 08 de fevereiro de 2009. Disponível em: <http://www.jhoje.com.br/08022009/local.php>. Acesso em 11 nov. 2010.

JORNAL HOJE. Lixo em lote baldio vira criadouro do Aedes aegipty, 02 de fevereiro de 2010. Sua Rua, p 6. Disponível em: < http://www.jhoje.com.br/Paginas/20100202/local.pdf > Acesso em 03 jun. 2011.

LEÃO, Ana Lúcia Carneiro et SILVA, Lúcia Mª Alves. Fazendo educação ambiental. 4ª Ed. Recife: CPRH, 1999, 32 p. Disponível em: < http://www.projetoreciclar.ufv.br/docs/cartilha/educacao_ambiental.pdf >. Acesso em 06 jun. 2011

Mapas gerados a partir da base de dados do Google Earth <http://earth.google.com/ intl/pt/ >

MIRANDA, Marcio. Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal: o que dizem as leis para a agricultura familiar. Londrina: IAPAR, 2009. p. 8. Disponível em: <cediap.ourinhos.unesp.br/.../apps_e_rls__o_que_dizem_as_leis_para_a_agricultura_familiar_-_marcio_miranda_iapar.pdf> Acesso em 30 maio 2011.

PIZATTO, Luciano. Adaptada por: Barbosa Melo. Carta do Zé Agricultor para o Luís da cidade. Disponível em: <http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2008/11/18/41996-carta-do-ze-agricultor-para-luis-da-cidade.html>. Acesso em: 07 jun. 2011.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL. Plano Municipal de Habitação. 2010.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Ely Bergo et NODARI, Eunice Sueli. A civilização e a barbárie nos jornais: oimaginário do “verde” em cidades de fronteira agrícola no Paraná (1954/2000). In: Revista deHistória e Estudos Culturais, v. 5, nº 2, ano V, p. 5, abr./mai./jun. 2008.

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DIAS, Edson dos Santos. Estudo da situação das unidades de conservação do Oeste Paranaense. In: Anais XVI Encontro Nacional dos Geógrafos, Porto Alegre, julho 2010.

<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/artigos/estrada_do_colono.html>. Acesso em 06 jun. 2011.

<http://blog.blogdobalako.com/conteudo/dos-399-municipios-do-parana-apenas-44-apresentam-crescimento-do-pib-%E2%80%93-produto-interno-bruto/ >. Acesso em 30 maio 2011.

<http://www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/seplan/sub_pagina.php?id=43 Acesso em 30 maio 2011.>

LAZZAROTTO, Elizabeth Maria (coord.). Problemas de saneamento e baixo nível deconfiança das famílias ribeirinhas do rio Quati. Cascavel: Unioeste, [2006?]. Disponívelem: <http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/VISeminario/Artigos%20expostos%20em%20Pain%E9is/ART%2019%20%20Problemas%20de%20saneamento%20e%20b%E1sico%20e%20baixos%20n%EDveis%20de.pdf > Acesso em: 04 maio 2011.

PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes curriculares de História para aEducação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

SILVA, Valdecido Pereira da. Madeira no Paraná. In: ALEGRO, Regina Célia (org.). Temase questões para o ensino de História do Paraná. Londrina: EDUEL, 2008, p. 156.

WACHOWICZ, Rui Christovam. História do Paraná. Curitiba: Vicentina, 1995.

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