FICHA PARA CATÁLOGO · 2014-04-22 · suporte de gêneros textuais”, componentes da segunda...
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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
ENCAMINHAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS E PARA A ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
MATERIAIS DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA.
Autor: Celia Ivone Pascoali Cunha
Escola de Atuação: Colégio Estadual Alberto Santos Dumont-EMF
Município da escola: Cafelândia
Núcleo Regional de Educação:
Cascavel
Orientador: Professora Ms. Any Lamb Fenner
Instituição de Ensino Superior:
UNIOESTE
Disciplina/Área : Língua Estrangeira Moderna
Produção Didático-pedagógica :
Unidade Didática: Encaminhamentos teórico-metodológicos para o ensino de gêneros textuais e para a elaboração e avaliação de materiais de ensino de língua estrangeira.
Relação Interdisciplinar
Público Alvo:
Professores de Língua Estrangeira Moderna
Localização:
Colégio Estadual Alberto Santos Dumont
Rua Plínio Costa, 240
Centro
Cafelândia- Paraná
Apresentação:
A presente produção didático pedagógica nasce da necessidade de se adequar a prática docente, o fazer didático propriamente dito, aos princípios teóricos e metodológicos das diretrizes oficiais para o ensino de Língua Estrangeira Moderna do Estado do Paraná. Assim sendo, pretende-se,
através da presente unidade didática, subsidiar teoricamente os professores de Língua Estrangeira Moderna a respeito do ensino de gêneros textuais, trazer reflexões teóricas acerca dessas teorias, sugerir leituras complementares e aproximar os colegas professores das pesquisas mais atuais acerca do tema, principalmente aquelas desenvolvidas por linguistas aplicados brasileiros, conhecedores da realidade da escola pública e do ensino de LEM no Brasil. Pretende-se ainda apresentar a metodologia da Sequência Didática (SD) desenvolvida por Schneuwly, Dolz e Noverraz (2004) como alternativa metodológica para a produção de materiais didáticos coerentes com as teorias de ensino de gêneros textuais. Portanto, a presente unidade didática foi elaborada como recurso didático a ser desenvolvido durante grupo de estudos com professores de LEM, estando dividida em 5 encontros com duração de 4 horas cada um. Porém, o material também pode ser utilizado para cursos à distância, através de plataformas específicas ou através de blogs, bem como para estudo individual, se o docente assim o desejar.
Palavras-chave: Ensino língua estrangeira; gêneros textuais; material didático.
APRESENTAÇÃO
A presente produção didático-pedagógica foi elaborada como uma das
estratégias de ação do projeto PDE intitulado “Sequência didática: uma
possibilidade para a elaboração e/ou avaliação de materiais de ensino de Língua
Estrangeira Moderna” (LEM), orientado pela Professora Ms. Any Lamb Fenner. A
unidade didática, intitulada “Encaminhamentos teórico-metodológicos para o
ensino de gêneros textuais e para a elaboração e avaliação de materiais de
ensino de língua estrangeira”, tem por objetivo central apresentar aos docentes
a metodologia da Sequência Didática (SD) desenvolvida por Schneuwly, Dolz e
Noverraz (2004) como alternativa metodológica para a produção de materiais de
ensino de Língua Estrangeira, tendo em vista a adequação da prática docente aos
pressupostos do documento oficial Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná (DCE) para a referida disciplina. Além disso, a unidade didática
pretende trazer reflexões teóricas acerca das teorias de ensino de gêneros
textuais em língua estrangeira, sugerir leituras complementares e aproximar os
colegas professores das pesquisas atuais acerca do tema, principalmente aquelas
desenvolvidas por linguistas aplicados brasileiros, conhecedores da realidade da
escola pública e do ensino de LEM no Brasil. Assim sendo, a presente unidade
didática foi elaborada como recurso didático a ser desenvolvido durante grupo de
estudos com professores de LEM, estando dividida em 5 encontros com duração
de 4 horas cada um. Porém, o material também pode ser utilizado para cursos à
distância, através de plataformas específicas ou através de blogs, bem como para
estudo individual, se o docente assim o desejar.
Este material não pretende apresentar-se como uma receita infalível, nem
tampouco, suprir com a necessidade de capacitação e fundamentação teórica
exigida para a prática docente adequada às DCE, mas acreditamos que o mesmo
possa levantar questionamentos, discussões e reflexões pertinentes para a
melhoria da qualidade do ensino de LEM na escola pública paranaense.
ENCAMINHAMENTOS TEÓRICO-
METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DE
GÊNEROS TEXTUAIS E PARA A
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE MATERIAIS
DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA.
Caros colegas, professores de Língua Estrangeira Moderna,
Sejam todos bem vindos a este grupo de estudos, no qual estaremos
refletindo sobre a nossa prática educativa em relação às diretrizes curriculares e
sua fundamentação teórica, e, principalmente sobre o ensino de gêneros, suas
teorias e metodologias pertinentes à elaboração e/ou avaliação de materiais
didáticos para o ensino de gêneros textuais em língua estrangeira. Durante
nossos encontros, teremos como ponto de partida nossa prática inicial, então
conheceremos a teoria (o conhecimento sistematizado) e finalmente chegaremos
à prática final, quando nossos saberes prévios estarão complementados pelo
conhecimento teórico oportunizado pelo nosso estudo, o qual nos levará à
reflexão sobre nossa ação pedagógica, ao replanejamento e finalmente, a um
ensino de gêneros adequado aos documentos oficiais e ao nosso contexto
escolar. Bons estudos!
I ENCONTRO
ELUCIDANDO CONCEITOS
PONTOS PARA REFLEXÃO:
*As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná
(DCE) modificaram de alguma forma a sua ação pedagógica em relação ao
ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM)?
*De que forma você tem abordado os textos em sala de aula?
*Quais as dificuldades para colocar em prática os encaminhamentos
metodológicos previstos nas DCE para o trabalho com os gêneros textuais?
*Como o material didático pode contribuir para os objetivos das DCE?
*Você tem encontrado materiais que estejam construídos sob a luz das
teorias que embasam as DCE?
Pra começo de conversa...
Para o trabalho pedagógico com os gêneros é importante ter sempre claro
os conceitos que muitas vezes são entendidos de forma equivocada, gerando
dificuldades na transposição didática dos gêneros e até a uma aprendizagem
equivocada por parte dos alunos. Vamos então, inicialmente, partindo do seu
conhecimento prévio, discutir alguns desses conceitos:
a) O que você entende por gênero textual?
b) Diferencie tipo de texto de gênero textual.
c) Por que trabalhar com gêneros e não com tipos textuais. Em que esses
trabalhos e esses conceitos são diferentes?
d) O que é suporte de gênero?
UM POUCO DE TEORIA...
GÊNEROS DO DISCURSO, DISCURSIVOS OU
TEXTUAIS.
As DCE adotam a noção de gênero proposta por Bakhtin, que concebe a
língua como discurso e conceitua gêneros de discurso como “enunciados dos
integrantes de uma ou doutra esfera da atividade humana e estas esferas de
utilização da língua elaboram seus tipos relativamente estáveis de
enunciado” (Bakhtin apud DCE, 2008, p.63). Por relativamente estáveis,
entendemos que essas formas são modificadas dependendo dos sujeitos e do
momento sócio - histórico de produção. Estes gêneros são, segundo Bakhtin
(2003), caracterizados pelo seu conteúdo temático, pelo estilo da linguagem e
pela sua organização composicional, sendo que estes elementos são
determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação (as
esferas de circulação ou domínio discursivo). Podemos ainda acrescentar que a
finalidade da comunicação, advinda da prática social em que o falante está
inserido, é que determinará o estilo, o conteúdo e a organização do seu discurso,
materializado num determinado gênero discursivo ou gênero textual, utilizado
para este fim comunicativo.
Uma vez que estes gêneros possibilitam comunicação e ação no mundo,
vamos associar a este conceito de gênero a noção de gênero da escola de
Genebra, mais precisamente de Schneuwly e Dolz (2004) que concebem o
gênero como uma ferramenta concreta que nos auxilia na realização de uma
ação no mundo e como unidade de ensino. Assim sendo, quando ensinamos
gêneros a nossos alunos estamos lhes dando a ferramenta que precisam para
agir no mundo, na sua realidade e transformá-la. Desta forma, estamos sendo
coerentes com os pressupostos teóricos das DCE, que pretendem que a escola
não seja apenas ambiente de apropriação de conhecimentos científicos
historicamente construídos, mas que seja também formadora de cidadãos críticos
e transformadores da realidade, oferecendo ao educando a formação necessária
para o enfrentamento, com vistas à transformação da realidade social, econômica
e política do seu tempo (DCE, 2008).
Quanto à denominação (gêneros do discurso, discursivos ou textuais),
notamos que as próprias DCE fazem uso de diferentes termos para designar a
mesma coisa, como em: “O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna
fundamenta-se na diversidade de gêneros textuais...” (DCE, 2008, p.58) e ainda
em “É importante, ainda, trabalhar com diversos gêneros discursivos...” (DCE,
2008, p.62). Assim sendo, concordamos com a afirmação de Marcuschi (2008,
p.154):
“Não vamos discutir aqui se é mais pertinente a expressão “gênero
textual” ou a expressão “gênero do discurso” ou “gênero discursivo”.
Vamos adotar a posição de que todas essas expressões podem ser
usadas intercambiavelmente, salvo naqueles momentos em que se
pretende de modo explícito e claro, identificar algum fenômeno
específico”(MARCUSCHI, 2008, p.154).
TIPOLOGIA TEXTUAL
Os tipos de textos e os gêneros textuais não são opostos. Ao contrário,
eles se completam, um é parte integrante do outro, pois ao fazer uso de um
determinado gênero, escolhemos as sequências tipológicas que o organizam.
Assim sendo, ambos são formas constitutivas do texto em funcionamento.
Tomemos Marcuschi (2008) mais uma vez como referência. Veja como o autor
define tipo textual:
DOMÍNIO DISCURSIVO OU ESFERA DE
COMUNICAÇÃO
Estas denominações também podem ser consideradas sinônimas, pois
ambas se referem não exatamente a textos, mas sim às esferas onde são
produzidos determinados discursos, materializados em gêneros próprios daquela
determinada esfera ou daquele determinado domínio discursivo. Por exemplo, na
esfera ou no domínio discursivo acadêmico são realizados os gêneros resenha,
teses, monografias, etc.
“Tipo textual designa uma espécie de construção teórica {em geral
uma sequência subjacente aos textos} definida pela natureza
linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos
verbais, relações lógicas, estilo}. O tipo caracteriza-se muito mais
como sequências linguísticas (sequências retóricas) do que como
textos materializados; a rigor, são modos textuais. Em geral, os tipos
textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas
como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. O
conjunto de categorias para designar tipos textuais é limitado e sem
tendência a aumentar. Quando predomina um modo num dado texto
concreto, dizemos que esse é um texto argumentativo ou narrativo ou
expositivo ou descritivo ou injuntivo” (MARCUSCHI, 2008, p.154-155).
GÊNERO OU SUPORTE?
É comum confundirmos o suporte dos textos com gêneros textuais, não é
verdade? Por exemplo, uma embalagem, uma capa de CD são suportes de
gêneros e não gêneros. Essa discussão sobre o suporte continua sob
investigação. São muitas as indagações existentes e poucos os estudos já
realizados sobre o tema. O que não se pode negar é a importância do suporte
para a circulação do gênero e até para a sua caracterização, pois um determinado
texto pode se configurar em gêneros diferentes, dependendo do suporte em que
se dá a sua circulação. Para melhor entendimento, entendamos o suporte como
“um lugar (físico ou virtual) que possui um formato específico para fixar e
mostrar um texto”. (MARCUSCHI, 2008, p.175)
QUER SABER MAIS?
Para fins de aprofundamento teórico, sugerimos a leitura dos textos
“Noção de gênero textual, tipo textual e domínio discursivo” e “A questão do
suporte de gêneros textuais”, componentes da segunda parte da obra
“Produção textual, análise de gêneros e compreensão”, de Luís Antônio
Marcuschi (2008, p.145a161 e 173a186), nos quais o autor dá exemplos e
definições claras a respeito dos assuntos em questão.
DA TEORIA À PRÁTICA
1)Como síntese e complementação das discussões propostas sobre o conceito de
gênero, vejamos o vídeo Gêneros Textuais que pode ser acessado no seguinte
link: (acesso disponível em 23 de maio de 2011).
http://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk&feature=related
1.1)Baseado no vídeo, diferencie Gêneros Primários e Gêneros Secundários e
dê exemplos:
2)Comente a seguinte afirmação de Bakhtin:
3) Escolha dois textos pertencentes a gêneros textuais diferentes, os quais podem
ser textos que você já tenha trabalhado com seus alunos. Identifique as
sequências tipológicas mais comuns nestes determinados gêneros. Lembre-se
que um gênero pode ser constituído de diferentes tipos de textos.
4)Identifique os gêneros que são mostrados pelos seguintes suportes de gênero:
a)livro:
b)jornal:
d)revista:
e)rádio:
c)outdoor: f)embalagem:
5)Volte às questões “Pra começo de conversa...” e reavalie as respostas que você
deu a elas. Você modificaria alguma das suas respostas depois deste estudo?
II ENCONTRO
“Se os gêneros do discurso não existissem e nós não os dominássemos; se tivéssemos de cria-
los pela primeira vez no processo do discurso, de construir livremente e pela primeira vez cada
enunciado, a comunicação verbal seria quase impossível.” (BAKHTIN, 2003, p.283).
O ENSINO DE GÊNEROS TEXTUAIS
PONTOS PARA REFLEXÃO
a)Qual a sua concepção de linguagem ?
b)Na sua concepção, por quê são ensinados gêneros de texto na escola?
UM POUCO DE TEORIA...
Para as DCE, “o sentido da linguagem está no contexto de interação
verbal e não no sistema linguístico” (DCE, 2008, p.53). O documento ressalta
que, ao conceber a língua como discurso, os alunos possam se perceber como
integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo, engajando-se
discursivamente e assim, constituindo-se socialmente.
Encontramos então, no interacionismo sócio - discursivo (ISD), o
referencial teórico para o trabalho com os gêneros textuais, com o intuito de
contemplar as DCE em nossa ação pedagógica.
O INTERACIONISMO SÓCIO - DISCURSIVO
O interacionismo sócio - discursivo (ISD) compreende a linguagem como
um instrumento social, por ser um meio pelo qual o ser humano atua em
sociedade. Constitui-se também num instrumento cultural por ser produzida e por
desenvolver-se nas interações sociais e é também histórica por registrar as
transformações sociais.
Cristovão (2007), fundamentada em Bronckart (1999) explica o
interacionismo sócio - discursivo “como uma corrente da psicologia da
linguagem que se apoia nas teorias da linguagem que dão primazia ao
social”, cujo quadro metodológico se baseia na concepção de que “as condutas
humanas são produto de um processo histórico de socialização, marcado
principalmente pelo uso de instrumentos semióticos como a linguagem e
determinados por dimensões culturais” (CRISTOVÃO, 2007, p.9). Na
perspectiva do ISD, a base do ensino de línguas deve ser o texto, pois é a partir
dele que o sistema linguístico deve ser estudado, para que o aprendiz
compreenda a língua em funcionamento, e não como um sistema formado por um
conjunto de regras.
Para entendermos melhor a implicação do interacionismo sócio - discursivo
no ensino de gêneros, façamos a leitura da primeira parte do texto de Vera Lúcia
Lopes Cristovão (2007:9-13), intitulado “O interacionismo sóciodiscursivo e o
ensino de línguas com uma abordagem com base em gêneros textuais”,
texto este componente da obra “Modelos Didáticos de Gênero: uma
abordagem para o ensino de língua estrangeira” (2007).
DA TEORIA À PRÁTICA
1)Após a leitura do texto, responda;
1.1)Como o ISD concebe a apreensão do conhecimento?
1.2)Explique linguagem na visão do ISD.
1.3)Segundo este quadro teórico, qual o papel do contexto numa situação real de
comunicação?
1.4)O ISD postula que o ensino de línguas deve preocupar-se com o
desenvolvimento das capacidades de linguagem. Estas capacidades seriam os
conhecimentos necessários para a compreensão e a produção de um
determinado texto numa situação de interação (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004). Cite
e explique as capacidades de linguagem, na visão do ISD.
PLANEJANDO O ENSINO DE GÊNEROS
“... ensinar gênero não é apenas ensinar a se comunicar, mas
também e principalmente, formar sujeitos agentes do mundo e no
mundo, agentes que irão transformar o mundo e que serão
transformados por ele” (ABREU-TARDELLI, 2007).
PONTOS PARA REFLEXÃO
a)Você utiliza alguma forma para tornar o gênero a ser estudado o mais
didático possível?
b)Se você utiliza livro didático, você utiliza algum critério para adequá-lo aos
pressupostos das DCE?
UM POUCO DE TEORIA...
Segundo os teóricos aqui estudados, o papel do ensino de gêneros na
escola é desenvolver as capacidades de linguagem que instrumentalizarão os
nossos alunos para a interação social, ou seja, possibilitar-lhes as ferramentas
que os capacitarão a elaboração dos discursos apropriados para as mais
variadas práticas sociais.
Assim sendo, o planejamento de ensino de gêneros deve ser
cuidadosamente elaborado. As teorias que nos sustentam nesse estudo, alertam
para a necessidade de construirmos materiais didáticos adequados, que
propiciem a transposição didática dos conhecimentos científicos sobre os gêneros
para o nível dos conhecimentos a serem efetivamente ensinados, de acordo com
o nível das capacidades dos alunos, isto é, que efetivemos uma transposição
didática adequada. (MACHADO e CRISTÓVÃO, 2006, p.552). Assim,
reconhecemos a importância do material didático como meio de concretização do
currículo, e, por isso, esse material deve necessariamente estar relacionado com
as propostas oficiais para a educação básica, no nosso caso, as DCE. Isso nem
sempre é o que encontramos nos materiais de ensino que utilizamos. A grande
maioria deles ainda está centrada na abordagem tradicional (gramatical) ou na
abordagem comunicativa, e muito poucos são aqueles que se preocupam com o
desenvolvimento das capacidades de linguagem. Como podemos então avaliar,
adequar, ou ainda criar nossos próprios materiais de ensino?
Schneuwly e Dolz (2004) observam que o gênero trabalhado na escola é
sempre uma variação do gênero de referência. Podemos dizer então, que o
gênero ensinado na escola necessita passar por um processo de análise antes de
ser levado para a sala de aula, a que os referidos teóricos chamaram de modelo
didático de gênero, cuja finalidade é apontar os elementos ensináveis, ou seja,
aquilo que pode ser objeto de ensino e aprendizagem, dentro de uma
determinada situação de comunicação. Este modelo didático apresenta, segundo
os autores supracitados (2004,p.70), duas grandes características:
1. Ele constitui uma síntese com objetivo prático, destinada a orientar
as intervenções dos professores;
2. Ele evidencia as dimensões ensináveis com base nas quais diversas
sequências didáticas podem ser concebidas.
Além de orientar na elaboração de materiais de ensino, o modelo didático
de gêneros pode servir como instrumento de avaliação e adequação dos
materiais didáticos disponíveis para uso docente, uma vez que elucida os
elementos ensináveis dentro de um determinado gênero, possibilitando ao
professor a adequação do material que tem como referência para o ensino às
questões teóricas e metodológicas para o ensino de gêneros, ao seu contexto real
de sala de aula e às DCE.
A leitura do artigo de Anna Rachel Machado e Vera Lúcia Lopes Cristovão,
intitulado “A construção de modelos didáticos de gêneros: aportes e
questionamentos para o ensino de gêneros”, especificamente do capítulo 4 “A
necessária construção do modelo didático de gênero”, disponível em
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0603/09.htm (Acesso em
04/06/2011) se faz importante neste momento, pois traz uma síntese de fácil
compreensão da proposta de construção de modelos didáticos de gênero, bem
como de um modelo para análise dos textos pertencentes ao gênero escolhido
para a construção de um modelo didático, baseado na proposta de Bronckart
(1999). Boa leitura!
QUER SABER MAIS?
Para aprofundamento e/ou esclarecimento sobre modelos didáticos de
gênero e modelo de análise de textos, sugerimos a continuidade da leitura
da primeira parte do texto de Vera Lúcia Lopes Cristovão (2007:14_26),
especificamente a partir do subtítulo: Modelo Didático de Gênero, no qual a
autora traz explicações mais detalhadas sobre estes temas.
DA TEORIA À PRÁTICA
1)Com base no que estudamos sobre as capacidades de linguagem a serem
desenvolvidas pelos alunos através do ensino e da aprendizagem de gêneros
textuais, e considerando os modelos didáticos de gêneros disponíveis para o uso
docente na obra “Modelos Didáticos de Gênero: uma abordagem para o
ensino de língua estrangeira.”, de Vera Lúcia Lopes Cristovão (2007),avalie
uma unidade didática de um livro didático de Língua Inglesa. Estaria esta
unidade transpondo adequadamente os elementos ensináveis apontados pelo
modelo didático de gênero e oportunizando o desenvolvimento adequado das
capacidades de linguagem? Que adequações você julgaria necessárias a esta
unidade?
III ENCONTRO
SELECIONANDO TEXTOS E TEMÁTICAS
PARA O PLANEJAMENTO DO ENSINO DE
GÊNEROS
PONTOS PARA REFLEXÃO
a)Que critérios você utiliza para selecionar os gêneros a serem estudados
por seus alunos?
UM POUCO DE TEORIA...
Com relação à seleção do texto, as DCE enfatizam que o professor deve
ter o cuidado de se preocupar com a qualidade dos textos escolhidos no que se
refere às informações, e verificar se estes instigam o aluno à pesquisa e à
discussão, pois os mesmos devem favorecer a reflexão crítica. Alertam também
para que se tome o cuidado de não se escolher textos que reforcem, mesmo que
de forma estereotipada, uma visão monolítica de cultura (DCE, 2008, p.62). Estas
observações são, sem dúvida, importantes para o planejamento docente, porém,
procuramos em outros autores, pesquisadores e estudiosos da linguística
aplicada orientações quanto à escolha de textos, que podem ser associadas a
estes encaminhamentos, de forma a facilitar o planejamento e a elaboração de
materiais adequados para o ensino.
Bonini (2001) acredita que os gêneros a serem ensinados na escola devam
partir de princípios mínimos, ou seja, não devem ser escolhidos sem critérios
definidos. Para este autor, quanto aos alunos, os gêneros devem:
i)possibilitar-lhe a construção de uma ação de linguagem até certo
ponto condizente com a sua realidade e com os seus objetivos pessoais;
ii)propiciar-lhe uma comparação entre os recursos de linguagem que já
usa e os que estão sendo apreendidos, de modo a ampliar-lhe o
conjunto de experiências com a linguagem;
iii) estarem minimamente adequados às suas possibilidades de
apreensão, suas vivências, gostos e ao seu grau de maturidade.
Partindo-se destes princípios, podemos selecionar os textos que:
a)propiciem uma ação social efetiva;
b)abarquem, em um grau de complexidade crescente, o usual
(cotidiano) e o importante em termos de variedades de experiências (da
fala, estéticos, da imprensa, eletrônicos;
c)sejam adequados à experiência vivencial do aluno(BONINI,2001,p.21).
Quanto à temática do gênero a ser escolhido para o trabalho em sala de
aula, Cristovão (2007) observa que esta, além de interessante para os alunos,
deve permitir a emergência de posições controversas e uma progressão no
desenvolvimento das capacidades de linguagem dos mesmos. Para que o
professor faça então a escolha, a autora aponta quatro dimensões a serem
consideradas:
a)a dimensão psicológica, incluindo as motivações, a afetividade e os
interesses dos alunos;
b)a dimensão cognitiva, refletindo a complexidade do tema e o estatuto
do conhecimento dos alunos;
c)a dimensão social, envolvendo a densidade social do tema, suas
potencialidades polêmicas, a relação entre eles e os participantes, os
aspectos éticos, sua presença real no interior ou no exterior da escola e
a possibilidade de , com ele, se desenvolver um projeto de classe;
d)a dimensão didática, que demanda um tema que não seja
excessivamente cotidiano e que comporte o apreensível
(CRISTOVÃO,2007,p.14)
Observando essas dimensões, tornar-se-á possível realizar a reflexão crítica, a
leitura não linear que nos propõe as DCE e que, consequentemente, levarão à
formação dos cidadãos críticos e conscientes que tanto se espera.
Ferreira e Lima, em seu artigo Gêneros textuais: conceitos e tendências
no ensino de línguas, disponível em:
http://dmd2.webfactional.com/media/anais/GENEROS-TEXTUAIS-CONCEITOS-
E-TENDENCIAS-NO-ENSINO-DE-LINGUAS.pdf (acesso em: 15/07/2011),
afirmam não haver exatamente um gênero específico para tratamento em sala de
aula, cabendo ao professor escolher o mais adequado às necessidades dos
alunos. Afirmam ainda ser ele, o professor, quem irá, ao longo do processo
ensino-aprendizagem, detectar qual a situação dos alunos em relação à leitura e
à produção textual e, a partir desse momento, pesquisar o gênero textual que ora
se apresente como o mais conveniente para atrair a turma. Para isso, é
necessário o planejamento, a observação dos vários suportes de texto, desde o
livro didático até o rádio, a TV, jornal, revista, entre outros tantos, que contêm
gêneros, cuja possibilidade de cativar o aluno seja grande: primeiro incentivando-
o à leitura; segundo, à produção. As autoras também atentam para a escolha de
gêneros da esfera midiática, objetivando trabalhar a função desses gêneros, a
situação de comunicação, e o tipo de linguagem que neles aparece, levando os
alunos a compreenderem que essas formas de funcionamento podem mudar, a
depender do gênero, do objetivo comunicativo e daqueles para quem elas são
direcionadas.
Schlatter (2009), a esse respeito, observa que:
o contexto
DA TEORIA À PRÁTICA
1)Que tal começar a pensar em elaborar seu próprio material de ensino? Como
vimos, o primeiro passo é selecionar o gênero e o texto a ser estudado. Para isso,
vimos também que o contexto escolar de sala de aula e as características
particulares de cada turma tem papel relevante. Portanto, escolha uma série, uma
turma específica, e tomando como base os modelos didáticos de gêneros que
“a seleção do texto deve levar em conta: valores ideológicos e culturais
presentes no texto; a relação com o contexto dos alunos; um equilíbrio
entre conhecimento novo e velho para o aluno, ou seja, a adequação ao
nível de conhecimento prévio e à faixa etária do aluno, à extensão e às
características linguísticas do texto.” (SCHLATTER, 2009, p.14-15)
temos prontos e disponíveis em “Modelos Didáticos de Gêneros: uma
abordagem para o ensino de língua estrangeira” (CRISTÓVAO, 2007),
(infelizmente, nosso tempo não permite aqui, a construção de um modelo
didático), selecione um gênero e um texto que julgue adequado para esta turma.
Leve em consideração os encaminhamentos apresentados acima.
A METODOLOGIA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
PARA A ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DE
ENSINO
Como já discutimos anteriormente, é grande nossa dificuldade em
encontrarmos materiais de ensino que sejam coerentes com o documento oficial
e, ainda, adaptado à nossa realidade escolar. Assim sendo, o ideal seria que
fôssemos autores de nosso próprio material didático. Para isso, estamos
continuamente à procura de “receitas” e o que ouvimos é que “não existe uma
receita pronta”, não é verdade? Pois bem, uma receita infalível talvez não exista,
mas encontramos em muitos estudiosos da linguística aplicada algumas
metodologias que podem nos servir de encaminhamentos para a produção de
materiais de ensino, ou pelo menos que respaldem as tentativas que fazemos no
cotidiano de nosso fazer pedagógico, no que diz respeito à produção de materiais
pedagógicos e o ensino de gêneros.
Schneuwly, Noverraz e Dolz (2004) desenvolveram a metodologia da
sequência didática (SD) para o ensino do francês como língua materna. Todavia,
esta metodologia tem sido indicada pelos especialistas como uma das
possibilidades de elaboração de material para o ensino de língua estrangeira,
tendo em vista o desenvolvimento das capacidades de linguagem, aqui
anteriormente estudadas.
A sequência didática é um material de ensino a ser elaborado pelo
professor, o qual provê um conjunto de atividades orientadas por um tema ou um
objetivo comum, e que permite o desenvolvimento das capacidades da linguagem
que contribuem para o desenvolvimento crítico do aluno, sendo elas: capacidade
de ação (contextualização); capacidade discursiva (caracterização), e capacidade
linguístico-discursiva (unidades linguísticas e mecanismos de textualização)
(SCHNEUWLY; DOLZ, 2004). Vamos então conhecer esta metodologia, fazendo
a leitura do capítulo “Sequências didáticas para o oral e a escrita:
apresentação de um procedimento”, componente da obra “Gêneros orais e
escritos na escola” (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004, p.81-108). Durante a leitura,
baseado na sua experiência pedagógica, faça observações sobre suas primeiras
impressões acerca da metodologia, as adaptações que você julgaria necessárias
à primeira vista, as possibilidades e os possíveis limites para a aplicação da
referida metodologia.
IV ENCONTRO
ELABORAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA
DIDÁTICA
Como vimos, as SD foram criadas tendo em vista o ensino da produção
oral e escrita, porém as mesmas orientações estão sendo utilizadas e indicadas
ao ensino da leitura e compreensão textual. Ora, não há como produzir um texto
de um determinado gênero, sem antes conhecê-lo. E não há como conhecê-lo,
sem que seja através da leitura. Portanto, o ensino da produção textual está
intimamente relacionado com a leitura.
Cristovão (2001) ressalta em sua tese de doutorado que os autores da
metodologia da SD trabalham com o conceito de capacidades exclusivamente
para a questão da produção escrita, mas que a mesma abordagem pode ser
estendida à questão da leitura. Para tanto, a autora propõe que as sequências
didáticas para o ensino da leitura sejam organizadas a partir de uma
sensibilização do aluno às situações de comunicação em que a leitura do gênero
acontece, seguida de seções com atividades específicas de trabalho com as
características do gênero a serem ensinadas. Nessas seções, há sistematização
dessas características e atividades voltadas para o desenvolvimento das
capacidades de linguagem mobilizadas para a construção de sentidos, quando da
leitura.
QUER SABER MAIS?
Se você quiser saber mais sobre a elaboração de sequências didáticas
para o ensino de leitura leia “Sequências didáticas para desenvolvimento
da habilidade de leitura em língua inglesa: elaboração e aplicação” de
Paula Tatiane Carrera Szundy, disponível em
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/4445/5072
(Acesso em 15/07/2011) e ainda a tese de doutorado de Vera Lúcia Cristovão,
intitulada “Gêneros e ensino de leitura em LE: os modelos didáticos de
gêneros na construção e avaliação de material didático”, disponível em
http://www4.pucsp.br/pos/lael/lael-inf/def_teses.html (Acesso em 7/2011).
DA TEORIA À PRÁTICA
1)Na atividade anterior , você já selecionou um gênero e o texto a ser estudado.
Os elementos ensináveis no gênero já estão previstos no modelo didático de
gênero no qual você se baseou. Agora, desenvolva uma pequena SD para leitura
ou produção textual, seguindo as orientações de Schneuwly e Dolz. Lembre-se: o
seu objetivo maior é instrumentalizar o aluno para agir nas diversas situações de
comunicação. Portanto, crie atividades que desenvolvam as capacidades de
linguagem. Adaptações ao seu contexto de ensino são possíveis e previstas pelos
autores. Se forem necessárias, utilize as observações que você fez durante a
leitura do texto de Schneuwly e Dolz sobre as SD. Para lhe ajudar nesta tarefa,
sugerimos a leitura do artigo: “Elaboração de sequências didáticas: ensino e
aprendizagem de gêneros em língua inglesa” de Abreu-Tardelli, disponível em
http://desuzano.edunet.sp.gov.br/oficina/Comun_Oficina/Arquivos/ABREU-
TARDELLI_Sequencia_Didatica%5B1%5D.pdf, no qual a autora faz uma
retomada teórica de tudo o que estudamos e ainda exemplifica com um modelo
de sequência didática. Bom trabalho!
V ENCONTRO
AVALIANDO O GRUPO DE ESTUDOS
Caro colega, chegamos ao final de nosso grupo de estudos. Isso não quer
dizer que tenhamos suprido todos os nossos anseios ou sanado todas as nossas
angústias em relação às DCE, o ensino de gêneros e a nossa prática pedagógica,
mas espera-se terem as reflexões, as sugestões de leitura e a prática
proporcionada pelas atividades do grupo de estudos, contribuído de alguma forma
para a sua ação docente, tendo em vista as transformações necessárias à ação
educativa em relação ao trabalho com os gêneros textuais no ensino de LEM. Sua
opinião agora é de fundamental importância. Portanto, produza um texto relatando
a sua experiência durante o desenvolvimento desta proposta. Leve em
consideração os seguintes aspectos:
-a contribuição ou não dos estudos para um melhor entendimento das DCE de
LEM e para a sua prática pedagógica;
- a pertinência das atividades desenvolvidas durante os encontros;
-a relevância da sequência didática como alternativa metodológica para a
elaboração de materiais de ensino, evidenciando sua relação com as DCE, os
limites e possibilidades de elaboração de materiais sob estas orientações;
-se você teve a oportunidade de aplicar a SD desenvolvida durante o grupo de
estudos, relate também como foi esta experiência e quais as suas impressões a
respeito desta proposta.
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR COORDENADOR DO GRUPO DE ESTUDOS
Embora a unidade didática não necessite de muitas orientações para o seu
desenvolvimento, pois a mesma dialoga com clareza e objetividade com os
envolvidos na proposta, seguem abaixo algumas sugestões ao professor
coordenador do grupo de estudos, visando melhor aproveitamento por parte dos
professores participantes:
-subsidiar previamente os professores com os textos previstos para cada
encontro, solicitando a leitura prévia dos mesmos;
-disponibilizar aos professores os textos para as leituras complementares
sugeridas no material;
-promover discussões entre os professores, sobre os questionamentos previstos
no início de cada encontro na seção “PONTOS PARA REFLEXÃO”,
oportunizando assim a troca de experiências entre os envolvidos;
-sugere-se também que as atividades práticas, principalmente aquelas que
encaminham para a produção da sequência didática, bem como esta
propriamente dita, sejam feitas em duplas ou grupos, dependendo do número de
participantes no grupo de estudos.
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA (PDP)
Caros professores, tendo em vista o aperfeiçoamento da presente unidade
didática, no sentido de efetivamente atingir os objetivos a que a mesma se
propõe, peço-lhe a gentileza de avaliá-la, atribuindo uma nota de 0 a 10 para cada
um dos questionamentos abaixo. Você poderá justificar a sua nota e também
acrescentar sugestões para as adequações necessárias. Muito obrigada!
1)A PDP corresponde com clareza ao público a que se destina?( )
Justificativa/Sugestão:
2)A PDP é viável para o seu contexto escolar?( )Justificativa/Sugestão:
3)A PDP tem linguagem , forma e conteúdo compatível com o público a que se destina?( ) Justificativa/Sugestão:
4) O conteúdo proposto para cada encontro é compatível com o tempo previsto (4 horas)? ( )Justificativa/Sugestão:
5)Cinco encontros são suficientes para o desenvolvimento de todos os conteúdos da PDP?( ) Justificativa/Sugestão:
6)Quanto às atividades propostas , elas condizem com o conteúdo estudado? São relevantes? ( )Justificativa/Sugestão:
7)E quanto ao grau de complexidade das atividades propostas?( )
Justificativa/Sugestão:
8)A PDP, na sua opinião, é possível de ser incorporada à escola pública paranaense, especificamente no que diz respeito à capacitação docente?( ) Justificativa/Sugestão:
9)Outras observações, comentários e/ou sugestões:
REFERÊNCIAS
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