Fibra ótica cabeamento estruturado
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CABEAMENTO ESTRUTURADO
ADEMAR FELIPE FEY
ANDERSON ZARDO
ANGELO ROMANI
JADER CARON DOS SANTOS
ROBERTO BRAGAGNOLO
PAR TRANÇADO E FIBRA ÓTICA NO CABEAMENTO ESTRUTURADO
CAXIAS DO SUL
MAIO 2010
ANDERSON ZARDO
ANGELO ROMANI
JADER CARON DOS SANTOS
ROBERTO BRAGAGNOLO
VISÃO GERAL SOBRE PAR TRANÇADO E FIBRA ÓTICA NO CABEAMENTO
ESTRUTURADO
FTEC – FACULDADE DE TECNOLOGIA
CABEAMENTO ESTRUTURADO
ADEMAR FELIPE FEY
CAXIAS DO SUL
MAIO 2010
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Sumário
1. Introdução.................................................................................................................2
2. O que é Cabeamento Estruturado........................................................................2
3. Par Trançado............................................................................................................3
4. Contexto e Função..................................................................................................4
5. Fibra óptica...............................................................................................................6
6. Contexto e Função..................................................................................................7
7. Conclusão...............................................................................................................10
8. Bibliografia..............................................................................................................11
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1. Introdução
Cada ano que passa novas tecnologias vão surgindo, aplicações que
rodam nas empresas, seja um simples ERP ou um próprio file server que é
acessado de qualquer parte do mundo requer uma grande atenção para o
funcionamento adequado de todas as instâncias necessárias para mantê-lo
rodando.
De forma alguma podemos nos esquecer do que faz com que estas
informações circulem dentro da empresa de setor em setor, de andar em
andar, de prédio até prédio. O cabeamento físico responsável por esta
transmissão deve estar de acordo com as exigências que cada dia vão
surgindo e também deve seguir as normas especificadas como “boas práticas
na instalação” para que seu desempenho seja garantido.
Veremos uma breve descrição de onde devemos aplicar os meios de
transmissão mais importantes atualmente em uma LAN, o cabo par trançado e
o de fibra óptica. Mostraremos suas principais funções e características
técnicas, onde aplica-los para usufruir de seu máximo desempenho.
2. O que é Cabeamento Estruturado
O Cabeamento Estruturado é uma infraestrutura de telecomunicações
de um prédio ou campus que consiste de um número de pequenos elementos
padronizados chamados de subsistemas.
O sistema de cabeamento estruturado se divide em seis subsistemas:
Facilidades de Entrada (Entrance Facilities) são onde o prédio
interfaceia com o mundo externo.
Salas de Equipamentos (Equipment Rooms) hospeda os equipamentos
que servem os usuários dentro do prédio.
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Salas de Telecomunicações (Telecommunications Rooms) hospeda os
equipamentos de telecomunicações que conectam os sub-sistemas de
backbone com o de cabeamento horizontal.
Cabeamento do Backbone (Backbone Cabling) conecta os
subsistemas de Facilidades de Entrada, Salas de Equipamentos e Salas
de Telecomunicações entre si.
Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling) conecta as salas de
Telecomunicações a uma tomada individual num andar (do prédio).
Área de Trabalho (Work-Area Components) conecta os equipamentos
do usuário final até as tomadas do sistema de cabeamento horizontal.
O cabeamento é muito importante se você deseja uma rede trabalhando
adequadamente com o mínimo de problemas e perda de largura de banda.
Existem certas regras que nunca devem ser quebradas quando você está
tentando projetar uma rede de computadores – de outra maneira você deverá
ter problemas quando tentar se comunicar. Nós temos visto redes que sofrem
enormes problemas porque o projeto inicial da rede não foi feito
adequadamente.
3. Par Trançado
Também conhecido como UTP (Unshield Twisted Pair ou Par Trançado
Não-blindado), é um cabo maleável, permeável a ruídos e interferências, mas
fácil de instalar. É composto por pares de fios isolados uns dos outros e
trançados juntos dentro de um revestimento. A trança proporciona uma
blindagem ineficaz em ambientes de intensa radiação elétrica, mas que
funciona perfeitamente na maioria dos casos.
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4. Contexto e Função
Dentro do cabeamento estruturado, mais especificamente no
cabeamento horizontal o Cabo UTP: cabo constituído por fios metálicos
trançado aos pares com 4 pares de fios bitola 24 AWG e impedância de 100
ohms, em conformidade com o padrão EIA 568A categoria 5e (enhanced),
categoria 6 e 6A é o tipo de cabo mais utilizado nas instalações no cenário
atual.
Como a maior parcela dos custos de instalação de uma rede local
corresponde ao sistema de cabeamento horizontal,onde se encaixa o par
trançado, e o mesmo deverá suportar uma larga faixa de aplicações,
recomenda-se o emprego de materiais de excelente qualidade e de
desempenho superior (Cat 5e, 6 ou 7).
Os cabos de par trançado vêm substituindo os cabos coaxiais desde o
início da década de 90. Hoje em dia é muito raro alguém ainda utilizar cabos
coaxiais em novas instalações de rede, o mais comum é apenas reparar ou
expandir redes que já existem. Mais adiante teremos um comparativo entre os
dois tipos de cabos.
O nome “par trançado” é muito conveniente, pois estes cabos são
constituídos justamente por 4 pares de cabos entrelaçados. Veja que os cabos
coaxiais usam uma malha de metal que protege o cabo de dados contra
interferências externas; os cabos de par trançado por sua vez, usam um tipo de
proteção mais sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um campo
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eletromagnético que oferece uma razoável proteção contra interferências
externas.
Além dos cabos sem blindagem (como o da foto) conhecidos como UTP
(Unshielded Twisted Pair), existem os cabos blindados conhecidos como STP
(Shielded Twisted Pair). A única diferença entre eles é que os cabos blindados
além de contarem com a proteção do entrelaçamento dos fios, possuem uma
blindagem externa (assim como os cabos coaxiais), sendo mais adequados a
ambientes com fortes fontes de interferências, como grandes motores elétricos
e estações de rádio que estejam muito próximas. Outras fontes menores de
interferências são as lâmpadas fluorescentes (principalmente lâmpadas
cansadas que ficam piscando), cabos elétricos quando colocados lado a lado
com os cabos de rede e mesmo telefones celulares muito próximos dos cabos.
Par trançado x Coaxial: Disse anteriormente que cada uma destas
categorias de cabos possui algumas vantagens e desvantagens. Na verdade, o
coaxial possui bem mais desvantagens do que vantagens em relação aos
cabos de par trançado, o que explica o fato dos cabos coaxiais serem cada vez
mais raros. Numa comparação direta entre os dois tipos de cabos teremos:
Distância máxima: o cabo coaxial permite uma distância máxima
entre os pontos de até 185 metros, enquanto os cabos de par trançado
permitem apenas 100 metros.
Resistência a interferências: Os cabos de par trançado sem
blindagem são muito mais sensíveis à interferências do que os cabos
coaxiais, mas os cabos blindados por sua vez apresentam uma
resistência equivalente ou até superior.
Mau contato: Usando cabo coaxial, a tendência a ter problemas
na rede é muito maior, pois este tipo de cabo costuma ser mais
suscetível a mau contato do que os cabos de par trançado. Outra
desvantagem é que usando o coaxial, quando temos problemas de mau
contato no conector de uma das estações, a rede toda cai, pois as duas
“metades” não contam com terminadores nas duas extremidades. Para
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complicar, você terá que checar PC por PC até encontrar o conector
com problemas, imagine fazer isso numa rede com 20 micros...
Usando par trançado, por outro lado, apenas o micro problemático
ficaria isolado da rede, pois todos os PCs estão ligados ao hub e não
uns aos outros. Bastaria então verificar qual é o PC conectado à entrada
do Hub onde a luz está apagada e substituir o cabo. Este já é uma
argumento forte o suficiente para explicar a predominância das redes
com cabo de par trançado.
Custo: Os cabos coaxiais são mais caros que os cabos de par
trançado sem blindagem, mas normalmente são mais baratos que os
cabos blindado. Por outro lado, usando cabos coaxiais você não
precisará de um hub. Atualmente já existem hubs de 8 portas por menos
de 100 reais, não é mais um artigo caro como no passado.
Velocidade máxima: Se você pretende montar uma rede que
permita o tráfego de dados a 100 mbps, então a única opção é usar
cabos de par trançado categoria 5, pois os cabos coaxiais são limitados
apenas 10 mbps. Atualmente é complicado até mesmo encontrar placas
de rede com conectores para cabo coaxial, pois apenas as placas
antigas, ISA de 10 megabits possuem os dois tipos de conector. As
placas PCI 10/100 possuem apenas o conector para cabo de par
trançado.
5. Fibra óptica
A fibra óptica é um filamento de vidro, que também pode ser de material
produzido com polímero, que tem alta capacidade de transmitir os raios de luz.
Ela foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany.
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6. Contexto e Função
A utilização da fibra no cabeamento aplica-se principalmente na parte
vertical, ou no cabeamento tronco, que preferencialmente é constituído por um
dos seguintes meios de transmissão:
• Cabo de fibra óptica com no mínimo 4 fibras multimodo 62.5/125
micrômetros em conformidade com o padrão EIA 492-AAAA.
• Cabo de fibra óptica com no mínimo 4 fibras monomodo em
conformidade com o padrão EIA 492-BAAA.
Os cabos de fibra óptica utilizam o fenômeno da refração interna total
para transmitir feixes de luz a longas distâncias. Um núcleo de vidro muito fino,
feito de sílica com alto grau de pureza é envolvido por uma camada (também
de sílica) com índice de refração mais baixo, chamada de cladding, o que faz
com que a luz transmitida pelo núcleo de fibra seja refletida pelas paredes
internas do cabo. Com isso, apesar de ser transparente, a fibra é capaz de
conduzir a luz por longas distâncias, com um índice de perda muito pequeno.
Embora a sílica seja um material abundante, os cabos de fibra óptica
são caros devido ao complicado processo de fabricação, assim como no caso
dos processadores, que são produzidos a partir do silício. A diferença entre
sílica e silício é que o silício é o elemento Si puro, enquanto a sílica é composta
por dióxido de silício, composto por um átomo de silício e dois de oxigênio. O
silício é cinza escuro e obstrui a passagem da luz, enquanto a sílica é
transparente.
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O núcleo e o cladding são os dois componentes funcionais da fibra
óptica. Eles formam um conjunto muito fino (com cerca de 125 microns, ou
seja, pouco mais de um décimo de um milímetro) e frágil, que é recoberto por
uma camada mais espessa de um material protetor, que tem a finalidade de
fortalecer o cabo e atenuar impactos chamado de coating, ou buffer. O cabo
resultante é então protegido por uma malha de fibras protetoras, composta de
fibras de kevlar (que têm a função de evitar que o cabo seja danificado ou
partido quando puxado) e por uma nova cobertura plástica, chamada de jacket,
ou jaqueta, que sela o cabo.
Cabos destinados a redes locais tipicamente contêm um único fio de
fibra, mas cabos destinados a links de longa distância e ao uso na área de
telecomunicações contêm vários fios, que compartilham as fibras de kevlar e a
cobertura externa.
Como os fios de fibra são muito finos, é possível incluir um grande
volume deles em um cabo de tamanho modesto, o que é uma grande
vantagem sobre os fios de cobre. Como a capacidade de transmissão de cada
fio de fibra é bem maior que a de cada fio de cobre e eles precisam de um
volume muito menor de circuitos de apoio, como repetidores, usar fibra em
links de longa distância acaba saindo mais barato. Outra vantagem é que os
cabos de fibra são imunes a interferência eletromagnética, já que transmitem
luz e não sinais elétricos, o que permite que sejam usados mesmo em
ambientes onde o uso de fios de cobre é problemático.
Como criar links de longa distância cavando valas ou usando cabos
submarinos é muito caro, é normal que seja usado um volume de cabos muito
maior que o necessário. Os cabos adicionais são chamados de fibra escura
(dark fiber), não por causa da cor, mas pelo fato de não serem usados. Eles
ficam disponíveis para expansões futuras e para substituição de cabos
rompidos ou danificados. Quando ouvir falar em padrões "para fibras escuras",
tenha em mente que são justamente padrões de transmissão adaptados para
uso de fibras antigas ou de mais baixa qualidade, que estão disponíveis como
sobras de instalações anteriores.
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A transmissão de dados usando sinais luminosos oferece desafios, já
que os circuitos eletrônicos utilizam eletricidade e não luz. Para solucionar o
problema, é utilizado um transmissor óptico, que converte o sinal elétrico no
sinal luminoso enviado através da fibra e um receptor, que faz o processo
inverso. O transmissor utiliza uma fonte de luz, combinada com uma lente, que
concentra o sinal luminoso, aumentando a percentagem que é efetivamente
transmitida pelo cabo. Do outro lado, é usado um receptor ótico, que amplifica
o sinal recebido e o transforma novamente nos sinais elétricos que são
processados.
Para reduzir a atenuação, não é utilizada luz visível, mas sim luz
infravermelha, com comprimentos de onda de 850 a 1550 nanômetros, de
acordo com o padrão de rede usado. Antigamente, eram utilizados LEDs nos
transmissores, já que eles são uma tecnologia mais barata, mas com a
introdução dos padrões Gigabit e 10 Gigabit eles foram quase que inteiramente
substituídos por laseres, que oferecem um chaveamento mais rápido,
suportando, assim, a velocidade de transmissão exigida pelos novos padrões
de rede.
Existem padrões de fibra óptica para uso em redes Ethernet desde as
redes de 10 megabits. Antigamente, o uso de fibra óptica em redes Ethernet
era bastante raro, mas com o lançamento dos padrões de 10 gigabits a
utilização vem crescendo, com os links de fibra sendo usados sobretudo para
criar backbones e links de longa distância.
Existem dois tipos de cabos de fibra óptica, os multimodo ou MMF
(multimode fibre) e os monomodo ou SMF (singlemode fibre). As fibras
monomodo possuem um núcleo muito mais fino, de 8 a 10 mícrons de
diâmetro, enquanto as multimodo utilizam núcleos mais espessos, tipicamente
com 62.5 microns.
As fibras multimodo são mais baratas e o núcleo mais espesso demanda
uma precisão menor nas conexões, o que torna a instalação mais simples,
mas, em compensação, a atenuação do sinal luminoso é muito maior.
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Isso acontece porque o pequeno diâmetro do núcleo das fibras
monomodo faz com que a luz se concentre em um único feixe, que percorre
todo o cabo com um número relativamente pequeno de reflexões. O núcleo
mais espesso das fibras multimodo, por sua vez, favorece a divisão do sinal em
vários feixes separados, que ricocheteiam dentro do cabo em pontos
diferentes, aumentando brutalmente a perda durante a transmissão.
Para efeito de comparação, as fibras multimodo permitem um alcance de
até 550 metros no Gigabit Ethernet e 300 metros no 10 Gigabit, enquanto as
fibras monomodo podem atingir até 80 km no padrão 10 Gigabit. Esta brutal
diferença faz com que as fibras multimodo sejam utilizadas apenas em
conexões de curta distância, já que sairia muito mais caro usar cabos
multimodo e repetidores do que usar um único cabo monomodo de um ponto
ao outro.
7. Conclusão
Acreditava-se que a Fibra Ótica fosse substituir completamente os cabos
de cobre, notadamente os de par trançado. Porém, com o constante aumento
da taxa de transmissão do cabo UTP proporcionada por novos métodos de
fabricação, essas duas tecnologias tornaram-se complementares. Usamos a
fibra quando queremos fazer backbones (cabeamento vertical) interligando
unidades ou departamentos, e também para transmissão à longa distância,
enquanto o par trançado é usado no cabeamento horizontal, ou seja, usado
para ligar estações de trabalho e diversos outros equipamentos.
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8. Bibliografia
PADUA, Fabiano de. Apostila de Cabeamento Estruturado. Disponível em:
<http://www.pdfqueen.com/html/
aHR0cDovL3d3dy5nZXRlYy5jZWZldG10LmJyL35mYWJpYW5vL1RlbGVjb21fS
DI5LzY4MDI5X0Fwb3N0aWxhX0NhYmVhbWVudG9fRXN0cnV0dXJhZG8ucG
Rm> Acesso em 02 mai. 2010.
Definição de Cabo par trançado. Disponível em:
<http://dicionario.babylon.com/cabo_par_tran%C3%A7ado/> Acesso em 21
abr. 2010.
Cabo par Trançado. Disponível em:
<http://www.gdhpress.com.br/hmc/leia/index.php?p=cap13-9> Acesso em: 22
abr. 2010.
SILVA, Marco Aurélio da. Fibra Óptica. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/fisica/fibra-optica.htm> Acesso em: 01 mai. 2010.
Fibra Óptica. Disponível em:
<http://www.gdhpress.com.br/hmc/leia/index.php?p=cap13-10> Acesso em: 01
mai. 2010.
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