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OH2_1G1+ L "f i CÍe-ncía Geoc.iências é tecn® logi-a v)o Bràsí} ". Le 1é9v`e,Mo ` FGV, |cicis Úqc(cib . V.& , p, £3q_2Çi Umberio G. C:ordcinÍ* 1` Introdução Este trabalho visíi apresentar uma avaiiaçãü qualiiaijv@ da árcü dc geociên- ciiis iio Brasil a partir dc nossa cãpcriênciíi. n{is duíi± últímas dét;adas, corii{] a.ç.çcssor dc yáricis órgi-it]s de fomenio à pEsquisa, entr¬ clcs c} CNpq, a Cape.i, :i Fincp e ii I..apesp. 0 c.itudo se ba.icia em dEidos de a.`ÍzLliação sei{]rial ]evantad{]5 pc]os c'(}miiês as.ses.ç{}res do CNpq para a.`. áreas tie gc{]ri`sica e iTicicorologia, gco- logia c oceanografi.d, acjs quiii`` rc>ram acrcsc:entadüs oiitros dados quanti[íiii\Íos obtido.ç junto ac} pi`óprio CNpq, à Divisão dc Acomii.dnhameiito c A\Íal]açã{] da Capes e à Coordenad{)ria de GeociênL`ias da Fiipesp, Fc7ram tambóm utili7.ados a séric A+'íj/i.ciço~Í7 ¬ P¬]rj'pÍ7cfz'iJczú.. elah[)rada nos anÍ}s 80 pelos c{imi[ês aíi`çcssorcs do CNPci` e d{tcumentíts 'dnálogos cxistente.i na Fapósp e m Scc`re[aiia dL` Adniinistração Gcml do MBC. além dc nos.`ii ex!]c:riéncia m cüordenaçã{] dos trabalhos do Scminárjo Gcologiii, ti Proti.ç.iiti- nal c a Ciência, reali7ado pcla Socicdade B['asilcíra dc Gco]ogiái c apresentado no XXXVII Congrcsso Brasileiro de Ge{}logia` em São Pault}, cm de7.cmbrc) de 1993_ Os dado.s cssencjais para a a\Jal iiição qua] iiiiliva da árca se compõcm da rela- çãü das prÍTicipâis instituiç{-)cs existen{cs, seus rccursc]s humanos, a fomação dc profissi{]mis e de mcstres ¬ d[)uiores, a[ém de inftimiações s{)bre a capacidade ins[fllada dc pesquisa c ii produti\Íidnde cienti'rica. Esie esiud{} pretendc, <dinda, t`orncccr üm esboço sobrc a evolução í.utura da área cm termos L.icniít.icos c profissionais. além dc ccinter rccom¬ndações espêci`- tic:as dc méd].o e l{mgo pra7:()h. que eventualmentc possam `t3cr\'ir de subsi`dio para o estab¬]ci`ím¬nto E]c po]]Ítica.5 gt]vernamcr][aís para o setor, 2. Caracter.ísticas da área dc geocíênc]as A iii.ca de geociências cobT.c uni espcc{ro mui[ci amplo dc subáreas com característjcas i]róprias e ¬stado e`iolução e amadurecimcnto difcrcntes` no plano nacionâl. 0 quadTo índica a composição dfls geociências em gera]. e 5ua divísão em c].nco subárcas maiorcs, a]ém dc dezenas dc c£])ecia[idad¬s. "* [iis[iTiiTo de Geociênciais` Uníversidadc dc Sãct Piiuh. 239

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OH2_1G1+

L

"f�iCÍe-ncía

Geoc.iências

é tecn® logi-a v)o Bràsí} ". Le 1é9v`e,Mo ` FGV, |cicis Úqc(cib . V.& , p, £3q_2Çi

Umberio G. C:ordcinÍ*

1` Introdução

Este trabalho visíi apresentar uma avaiiaçãü qualiiaijv@ da árcü dc geociên-

ciiis iio Brasil a partir dc nossa cãpcriênciíi. n{is duíi± últímas dét;adas, corii{]

a.ç.çcssor dc yáricis órgi-it]s de fomenio à pEsquisa, entr¬ clcs c} CNpq, a Cape.i, :iFincp e ii I..apesp. 0 c.itudo se ba.icia em dEidos de a.`ÍzLliação sei{]rial ]evantad{]5

pc]os c'(}miiês as.ses.ç{}res do CNpq para a.`. áreas tie gc{]ri`sica e iTicicorologia, gco-logia c oceanografi.d, acjs quiii`` rc>ram acrcsc:entadüs oiitros dados quanti[íiii\Íos

obtido.ç junto ac} pi`óprio CNpq, à Divisão dc Acomii.dnhameiito c A\Íal]açã{] da

Capes e à Coordenad{)ria de GeociênL`ias da Fiipesp,

Fc7ram tambóm utili7.ados a séric A+'íj/i.ciço~Í7 ¬ P¬]rj'pÍ7cfz'iJczú.. elah[)rada nos

anÍ}s 80 pelos c{imi[ês aíi`çcssorcs do CNPci` e d{tcumentíts 'dnálogos cxistente.i

na Fapósp e m Scc`re[aiia dL` Adniinistração Gcml do MBC. além dc nos.`iiex!]c:riéncia m cüordenaçã{] dos trabalhos do Scminárjo Gcologiii, ti Proti.ç.iiti-nal c a Ciência, reali7ado pcla Socicdade B['asilcíra dc Gco]ogiái c apresentado

no XXXVII Congrcsso Brasileiro de Ge{}logia` em São Pault}, cm de7.cmbrc)de 1993_

Os dado.s cssencjais para a a\Jal iiição qua] iiiiliva da árca se compõcm da rela-

çãü das prÍTicipâis instituiç{-)cs existen{cs, seus rccursc]s humanos, a fomação dcprofissi{]mis e de mcstres ¬ d[)uiores, a[ém de inftimiações s{)bre a capacidadeins[fllada dc pesquisa c ii produti\Íidnde cienti'rica.

Esie esiud{} pretendc, <dinda, t`orncccr üm esboço sobrc a evolução í.utura da

área cm termos L.icniít.icos c profissionais. além dc ccinter rccom¬ndações espêci`-tic:as dc méd].o e l{mgo pra7:()h. que eventualmentc possam `t3cr\'ir de subsi`dio para

o estab¬]ci`ím¬nto E]c po]]Ítica.5 gt]vernamcr][aís para o setor,

2. Caracter.ísticas da área dc geocíênc]as

A iii.ca de geociências cobT.c uni espcc{ro mui[ci amplo dc subáreas comcaracterístjcas i]róprias e ¬stado d¬ e`iolução e amadurecimcnto difcrcntes` no

plano nacionâl. 0 quadTo índica a composição dfls geociências em gera]. e 5uadivísão em c].nco subárcas maiorcs, a]ém dc dezenas dc c£])ecia[idad¬s.

"* [iis[iTiiTo de Geociênciais` Uníversidadc dc Sãct Piiuh.

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Si{17diri.s{->@`s d{i.s ge{i{`iêiu`iti.s

Siihárl.ab Eçr)cci íil it]adc `

Miitcmlogia, pl`irologia. gcoqut'mica, imlc{]nii)lt]giii` `cdt-m¬nt{.Ittgia` gc(ilrigia cstrut\ii.al. `gcÜ]c`gia fi`sica, csir.`iigmria.

Ciêiiçifls 8COIó`gicns gcniciroiogia. gcocronoiogi{i` gi`oti`ctónica. gc`Ü1Ü`giiHC{Jnt-J-

micit, meidi`)L¥Énehe, ge(}i()Lt!)ii rt:giomli ciL`.

Mcte{tmlt)gia gci.al. cliimtologt.i, iti¢icorologia fiístc`a.

c., ênci..s a, ,",b, `.r,." F::e::';:{àfà`io.`é]n.,óà`,:,a.i":,gcra:�;:|:::o::cÊ,;:t-,|r,','::ar:'qnu``,tá:cT: '::

at!iiosfcra ctc.

Sismologia, gr.Lwidiide` 11uxit iérmic(t. gcorrií3gnc[ismo,

ci ênL.ia` ge{itrsi..as £:#'é¥][;8FÍes:'¬LS{`Tt;.cSàné`:::`]acT;::::tuí: ':::{',à'] £ãC,:`:-'.cià:``g:.:,ttç:rc?:

`lplil`(1dflctL`.

Gco`gmfia ri'sica . Get'nl{nlolt>8ia` hi{lgcogrofia. i"dologiti, aiia'1isc ambic`m|,hi(]t.olo`glti,gl`ogra`iarcgi{]Bitlcli..

Siblcm!is `}ct:z^inic(is. químm do mai.. `i.`tcmas CoSIciros,Occ.inogr&fiíi fÍSIcfl g.oiogia m`riiih. ink3mçãt} ur/iiiar¬[C.

Nesta classiÍ`Ícação` 'dL` L.iênciax geológicas abrangem ci es[udo da comp{>si-

ção, cs[rii[ura c cv(}luçãt) da Tei.i.a` atrav.és clo exairiL` dc .`ciis minL.i-ziis. r(}ch2i.` efós5eis. A.` ciêiicias atmo`çt.éricas iratam do c.`tudo dii .dimosl`ci.a tcri.cstrc e dos

i]rt>cc.i.it7.` Í.ísicos quc nc!a occ>rrcni. As i`iénciit.` gc{)ri'çicas dedii`am-sc acicstiido das r]ropriodac]cs I.i`sicflb d:` Tci.i-a c dc hcu.ç pi`()cc.i.`.í" fi'.qiccis natiiTais. A

gc:ugnil`id fiíticit ()cui)íi-Sc da organízaç.ão do.` csTiaç(}s c díi c.çtrutui.ação dos:imbicnics da `iuT)crl`i`cic t]a Tc!.ra. Fim]mcnlc, i` occi}nogri`fiii fi'sica abrange o

estuc]o dii nflturc/.`d, c.çtrutiira e dinâmíca c}os occan{)s c d(].` matcriíii.ç dii c`i`osta

{)c`cânicá\"bjüccx`te.

N(} Bra*i!` a i)rot`issão dc gcólogo é rcgukimcnitidii, scndo cc)ntrolada pelo

C`otifca e pelos Consclht}.i Rcgi{)"is (]c F.ngeiilia{`ia, Arqtiitctum e profi``.it-je`

at.ins. Os ou[ro.i c.urs.os formani bachai.éis ou lieenc:iadoà, L.{)m ii{uaçzio iJrt)l`i.`8i(i-

n{il I-li.xi'\'L`l L` dcrieiidciite da siluaçrio do mcrci`do dc triibíilho.

Existc urritt grandc iii[cração dos inicgran[cs di}b di\..i`rsas subi`ircits c cspc(.]a-

lid`ddcs, hcm c{iiTio destcs ccjm miiiii)s ()uLr{).` .icgmcnto5 (Ja sociedadc. A gcogi.a-

fizi c ít t)ccanograria l.]'s.ic.ds., ptir cxcmplo, são campos (le ati`iidadü quc se inic-

gr2im em `Ái.eas maiorcs. ^ gct]griit`ia t`i'sica c a geografia humam ctimplcmcntimi-sc de moc[o toi`rcnlc cm um conjun[ti Tmiür: gc{]g"ria, quc, cac!a vez mai`s` tcm

sidit t'onsidertida corrio uma (hs c`iências socíiiis. Por oiitro ladc). a c)ceanogmf.ia

t.i'sic!` (que, nessa cl!`.`silicação. i!ic:I iii os aspcL`tos ciui'mit`os. c geológicos dii ocL-a-

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nogrzifia) i`i[L`gra-sc com a chamadu oL`ean{igrat`ia biológica para o cs[udo mztis

i.t)iTiplcto do ambict`te {)c`L`ânii`(t.

As ciênci{is geol{ígicas stio comidcraclzis` ao mcsmo icmpo` como iiêncit`s

d.ti iiarui.cm -cm sm miss'ao dc coniribuir pzu-i` o c`onhecimento dc nossri pla-nctii. do c.`itaço ciue o cii\'oh'c c dc sua dinâmici] -c coiiio c`iências exatzis, namcdid{] cm qiie utilizam ü linguageni d{` matcmátii`a. Além dísso, integmm-se

coni fts ciências física+ {iuímicas` !natcm<í[j" c c`om boa r}arte dzis ciênciüs bifL1ógicas, no estiido e L`!`racteriziição do amhicnte cm quc ``i`'em(}8, naquib qiic.

¥eTieric:`mei`ic. se dcnominou de ec{tl{jgia " ciêi`cia ambicntal. Em. sua i`tuação

protissional, o` gec>cic`ntistas mantêni vínçulos es[rci[os com pr{)fissi(tnaffi diiái-ca iecnttlógica` coiT`{) cngenhciros i]c mina`i, civis., iigrôiiomos e metalúrgieos,

ou dn área iidminis[rati`ía c de rilanejdmcnto, como ci`onomistas, arquitcios.zidmini.`iradoi.cs de empresíü além de políiicos c legi.çhdores cnvol\Jidcis com

T]{Jlílic.as íJúblic`{is.

A cssência iimbiv¬ilenie dc ciêncizis mturiiis e cx.alas c sc`is c.dmpos dc aiua-

ç`ãu caracieri7am as ciêni`ias da Terra c seu objcm dc estudo. Seus objetivo5 sã"

" c{jnhecci` a nature4a dtm terre]m e dt]s proccssos mcteoi.()l('igicos. geol{'}gicos,

oi.ci`nogi.áfieos c tirins a cliis Tel:`cicmados;

" lidai. cmT` os aspccto.i T)ráticos ligadtis à localizaçã{t` avaliação e u[ih7,ziçíio adc-

quada de rccursos pcriTi'dncntes c não-rcnová\..cis.

No primoim ea5o, inclucm-se tt solo, a águ'd c o ar, cujo conheciment{) cmünejo são esscnc[a" para a mc]hor utili7aç.ão e contr{t[c do iTicio ambientc. 0scgund(} íibraiigc os bcns mincrais, com dcs[aquc para t» comhustívcis fóçscis,

pctTólc(t. carv'ao c gá.s natui.íil, qiic ziinda ct]ns(itucm as fontes de encrgia m.aisimpoi.tanlcs e iri`dici{)na]s.

3. Bre`'e histórico do descuvolvímeiito da pesquisa cm geocíências iio Hra§il

No Brasil, as ati`.idades cientíricds na área dc geociências se iriiciaram pra-

ticaiTicnk no século XIX, í`tr'dvé`ç das. numcrosas L`xpedições dc cientistas c

mi[uralist.rti5 eur{)pcus ou nortc-amerieanos (Eschwege, Agassib Hafl ctc`), cujcis

objcli`'os cTam os de t.()nhecer, obscnJar. dcscrevcr e calalogar os materiücnccintmdo.q cm sua.s viagcrB a lugare.i cn(ãtt remom do território br.dsileii.{).Du"m e ap{'w essa fase pi{)neira, o go`Ícrno imperiiil tomou algumas medid{isiniportantes r}ara ot`icifllizar as ati`Jidades geocicntít`icas. {'riando, dc ini'cio, o

Obset.`'aiório NaL`ioml (1827) e, rMtsteri{trmentc, a Cornissão Geológic`a dolmT}ério(1885)e{iEscoladeMinasdcC)uroPrcm(1886t.EmboTt`asa[ividadcs

geológicn.i entâo implantadas ti\Jesscm o c.aTá[¬r dc ciênci<i básica, coTn o t¬mpoelas sc deslocdT!im ciuz" exi.]usivaiiic:nte para a prospct.ção minei.al, especial-mcnte apó` a c].iaçiio do Dcpartamcri{o Nacioníil da Pmdução Mineral. or]giiiá-

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rio da Comissão Gcológíca do lm}iério c tJc si]u .iucçss{)r` Ü Scrv`jço Gc()lágjc() c

Mincralógico do Bri`sil.

Com isso, a r}esquis'h gecicicn{ÍÍicm básic:a só vci(} a prt)gi.cdir niLs univci.sítlii-

dc.i, ccim éi criaçãn de dcriar{amcn[os dc Geol[jgia, Minera}ogi'd, GcotJrafiit c afim

n{t.s recém-ci.iadits thaeuldades dc filo.`.(if`ja, ciências e leti.as, a partir da décúda dc

30, ou nas eticolas dc ¬ngcnharíajá exisiciites. Nos anos 50` {i desenvolvimcnto

da pesqui*fl geológica ganhou um grí\nde impu]sci com fl implantaÇ'ã{), a[mvés cla

C'dmpanha dc I.`omaçüo dc Geólogt}s (Cagc), d¢ divers{).` curs{.)s d¬ gritduaç{i{iem gcologíi`, distiibuídos pc}r [od{) o terTitórío bi.as`L]c:ir{i e quc, eni poucos ¬inüs`

vii`ram a formar os profissio"is ncccssáric>.\ pam 'dL¬ndcr ii foric demaiida já

exis{entc n() s¬tor mínera],

No ciiso espcc]ífico da geofi'sica c da iricteorologiat as .d[j\Íidadcs cieniíf.icas

só vicram ii se íímiar a pürtir da décadii de 6(), Çom a iTiip]cmêntaçz-io da p(}lítica

govcrnamcn[al cle l`oririação dc recur`ios humnnos ]i`d pós-graduaç`ão, implz`n-i.and{)-se nas prjncipais um`'ersidades d{> país cui.sos com ênfflse em \Íária`` c.çpe-

ci{ilidadBs, de acordo com expcriêncías precxisiêntc.ç ou corn as \'()cações reg`ic>-

nzii.s .dctcctada.i. Em ctin5eqüêncía, r{trimmm~se muitc>s mcsíres c doui{)rcs qLic

ütua]mcii[e produzem, dirigcm e oricn[am ü.ç pesquisas gcfjc!enli`l`icas cm cui.5{)

n£t.s subi`iJ`eas c c.çi)ecíiil idadc.` ox is[L`ntes.

De uni mt]dc) gi`ml, as ái[ivídadcs miiih c]á5S`icas das geociências, qu¬ 5L`

implatam]ii mais cedo no Bra.`il, ebião relaLi\.'amcnic @i]iadurecidii.i e consoltcla-

das. É o caso dii maio[ia das c.`r]ecifllidades da gcült]gia c da gcografia ri'*ica,

cujo dosewolvim¬nto já L:(}]T]ple[t)u algum`ds (léc'ddas ^s subárc'ds de geof.ísicii c

de mctcoro]ogia, dc inii)]anLação mais rcccnte, sc resscnLc'ni clo baixo númerü de

pgsc]uisadores [i[ulad()*, aínda insuricientc pai.a .<itcnder adcc]iiadíLmentc às necc.`.-.çidadc.i ins[iLuciomis de pc5qLiisft. No caso da mcieorol(igia, a sítuaçã{.] se agrit`'a,

+'is[{] que c" 1990 roi cxiinta a Coiriissão Niiçional de MCLcoro]ogia (Coname),

órgão inLcrminjs[crial que \'inha c()t}rdenando iàs iitj+'idíidcs no plano naciomil.

Desta f.{}Í.in.d, iis in5tiLuiçõcs regiÜ"is cxi.5tenic.it cctim o CeniT.o de P]`evisãt] de

Temp{) e ESLudos Cliniátic(}s do lnpe, [] Projc[[] Nordc:ste de Mt=teort)logia c Cli-

maio!ogia. c outrt].`, nc}s c.çtaclt].ç de São Paulo, ParíiTiát Ri{> de Janeiro. Santa

Catarjna e Rio Grande do Su]` sc i.esscn[cm da fa]ta dG in{egrüção e t;oorclcn`dção

naLit3nal, c ty próprio lmijtuto Nacioml d¬ Meteort>lt+gia` (Inemci), r¬spomãvel

peki c+oleiii c diss`cniinação dc jnfcirmições metec}r(}]ógic{is para o setor proclu-[Ív{), enc()!iira-sc praiiciini¬nic sem pcssoal para o desempenho áidequado de siia

niissã{). Firialmentc, o caso da oL-canograria ri'síca é muito pariicular, pelo ].cdu-

zídÜ ]iúmcro dc íTis[i[uiçÕ¬s cxistentc, em ru]ição da necc}ssidadc de coritar com

iiieios flu{u{mtes dc granile por[c. Embora [cnha-sc acelcrado no.` últimos ano.`,

scu dêscnvolvímen[o ainda cs[ã bcm aquém c]o da occaiiograíia bio]ógjca, que foiLniiJ]antada mais ccdo.

N() plaii(} proíi.`sioml, a aLmçãc) de gi`t>cien{is[.ds c téciiico.` da árca semTJrc

depeTideu das pt]lític.as gc7vcrnamcniais T]iira o sc[or míneral c en¬rgético c, por-

l'dnto, or]cntadit.ç t)ara o dc.çcnvolvimcnio do Depai-[iinientt> Nacitinal da Produ-

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t`ã`) Minc[-al (DNmíI); {5rgã{) do MinisLéiio das Minas c Ericrgiü, c instituiç(-)csafins. 0 DNPM I.oi criado na década {1e 2(), iiias o sctor só \íeio a se expandir nofiiial dt}s ari{u 60, c{)iTi () Pltino Mcstrc Dcc.ciiiil pzira o setür mincml. Ncs.%

perícido, f.oi criada a Companhifl dc Pcsqui``a dc Rccurs.(}s Mincmis (CPRM),coiTio companhia estatal encarrcgada de cxcci][ar in dircir[zes cmiinada.ç do pi.ó-

prio DNPM, que pasm à condiçí-io dc órgão de f)Iimcjamcni(). Na déciidti de 70.o deserwol\'iiT`c]itt) do sct{)r mincral c()incidiii com uTn cs-lágiü dc cvo]uçã{) cco-

n{^imici` cm iiuc, cmb{m imn[cndo ``ua tradicicinal posição de exportador dc

matéi.ias-pfimas minemis, tt iiiiís buscíwa gradaiivamcntc i`prímorar as L.ondiç{~}c:>

para o scu aproveitaiiiento industrial. Nesse cenário, cre.scBriim os investimentos

g{tvcrmimen[-dis nci sciiiT, c .çe Rprimoi.ou btislí`ntc o conhecimento do solo e sub-5olo brasileiros` atra`Jés dos le`'an{anientos geológic(is bá.`ict]S reali£.ad{]s pcki

CPRMt dos tTabfilhos de prospec`ç.ão da Comissão Nflci{]"l dc Encrgia Nuclcftr cda Nuclebrás, dos trabal}ios do Pi.Üjeto RadamBritsil, dtt DNPM. düs trabí}lhos dcssnsorianiento remoto ef.etuados pE]o Tii.stiiuto Níit;it>m`[ dc Pcsquisas Espaciaís

(Inpe}, dos trabalh(w gcol`]'sic()s qiic ]`'dzi.m partc do c:onvênio Brasil-Cafladá, edc outros emiJfeendimenios de grande porte, Também diua dcssc pcri'odo `d cria-

ção dc várias emprcsas estatais de mineração. c'oHm a C`BPM. ii ML`tago e a Me[a-mig; e tt insiiil<ição dc divcrsas cmpresas de prospecção niineral, muitis dck"

subçidiái.ias dc cmr}rcsas csii.angcir.ds {m mul[in.àcioT\ais, .atuando em áreas femo-

(as do l¬LTitório bms-L}eiro.

A pa]-tir da segunda metadc dos nntts 70 c durante toda fl década de 80, enit.u]iÇ.ãt) da`` succssi`'as cnscs do petróleo e cle dit`!culdadcs cr{^)nicas qiic itfctaram

ti cctinomii` "cional` rc(luzii.am-sc os inveçtimem" gttvcmmcnlais e privado.çcm mincração iio Brasil. Paralelamciite. L`oni (} {.bjctivo tlc prcscrvar seu patri mÔ-

nio em tefiiios de instituiçõe.ç i`ic]`ti'ricin c dc rccursos humanos já qualif.icado.`, o

p{ií* 'Ltlrii`'é.ç dc sutis T)rincípais agências de ar)ctio e dc {-()mcnto ii T)csquisa doMinistério cla Ciênc.i'd c TL`c]i(}Iogia (Fincp e CNpq), exccutou alguns progr!imàt.s

bem-sucedidos de lniplaniaçã{L ctiiist]}idiiçá-io c Tmnuterição de ccntros dç r}cs-

qu]sii` ct)m dcs[aquc para o Program Nacioii.d dc Ctcciciências (Promg) e o PT`o-gr'dmii dc Gc{tciênciiis c Tcc.nologia Mincrti do PADCTt quc probsegue até hojc.c{>m rcciirsos proveTiíet`tes do Banco Mundiiil.

AtualmcnLc -cxc]uindü ris iit`L\íidades ligadas ao cmimt supci-ior e à pes-

quisa, cm instituiçfies csscncii`lmcntc govermnientais -o mcrcado de trabalhoclos pTotissioriai.ç ligiidt" às ciênci.as dft Tefra abrange milh.drcs dc l[ecnciadcis

cm gcogratia no ensino pi.é-u]iivcr``iiário, poucos meteorologistas ligados a

emprcsas {raballiando iia prc\.isão dc icmpo, alguns geofísicos quc aliim cmcmpi.c.çu`q dc prcstução dc sci.viços c algu]is mi[hares dc gcólogos qiJc fltiiam no

sctor mincra], cm gr.arides empi.esas estaiajs` como a Pctrobrtis ou a Vale do Rio

Doce, ou ein empresas priv.ddas, Em dcc`oTrência da crise qL[e afeta o sciormincml, () iiicrc`üd(3 dc Lriibalho está satm.ado. com um íi`dicc dc desempi.ego

que varía dc ] 5 a 20%.

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1,.'! 4. Inv¬ntário institucíonal {la área de geociências

Nas ciênt;ias da Terra, a ticsquisa bá``iL`a e apliüada nürmalmciitc é i.eali£iida

pL.las instiiuiç(-tcs de cnsímt superitn c.om i`ur``{)s c`spec`ífico.` dc gi.admçtb ou de

pós-gi.admção. cuja rclação cons[d das labclas. 1 c! 2. Exjste também uiii Scin-itúr`.iL.r{) de departíimcntos mcnor£s, cm divei.sab uni`'crsidadc5 d() paͧ, quc

t`iudm com pouco.ç dc)centes, resiicmsá\.cis pelo cnsint] básico dc di.`cipljms gc()-

lógicéis para cui.s{is de geogrii]`ia, engcnharía civi!, bÍ{)ciôncias cti:.

0 .`eior dc miiieração [igiido ao Mjni.stério díis Minas e Encrgia é o quc

mais cmr}rega pr()fi.`.5ionais das geocjências` aimvéç de seu l)cpai.{amenit]Nacioni`l da Produç.ão Mineml, 8 das iL-ôs maioi.es esL{ttiiis do sclur - a Pciru-

bra§, i` Víil¬ do Rit> Doc'e e a CPRM -qiio, no toiii]] iibsorvem ccrca de 2 mil

pro[`i.`sioi`ais diis geociêncíiis. primipalmen[e gcól`tgos. Esli`s três grandc.scmpresas aiuam na área díi canogrziria geológicíit riara o i`tjnhccimeniü hííi;iL`o

do terriióri() hi-asileiro, c na árca da prospccção (le dep{'>sitos míncrai`ç e de

iictrÓ]eo. Em anos rccentes, aL.{)mpanhandu Linia {endênc`ia mundial. essascnipi.esas vêm aiuandii " cotiscrwiç`ão ambicnial, c a CPRM, cm espccial, temdcsenvolvido r)rogramíiL c.çpecíl.icti.` de geologiü iimbiental. Ou[ras gi-.dnLlc* jns-

iiiuiÇ`Ões estdiai.ç, como {] JBciE, a C]ien e a Embi.iipíi. também atuam siibsidii`-

riamcnte na árcít. No pl:]no c*[adiia], tj mc.çiTio vcm t}co].rcndo i;{]iti a CBPM, zi

Meii}g{)` a Mineror)ar, a MBtitmig e ouiríi.i compaTihias ]igadas ao .`c[()r iT`ini`riil.

Mercccm menção c.`pecial, pc]ii.` .çuas ali\.'jdi[des conlinüíidas nci sci{)r, ir\stiiui-

ç`Ões lóL.nico-cienLílicas conit] o ldebT), {} Ce[ec, a Ccplac` o lnpa, a Ccbp` aCeiesb e o IPT, dc São Paul(}.

A rmii{)ria dessa.` organizaç{-)e.ç descnvtil\Je import{iiiics ati\'idiidcs cle pcb-

quisa. v(}!t2tdas pim a`` t`inalidiides espcL.i'ficas dc i.iida Li]Tia dclas. É, o ca5o diiPetrohras, que con[ii com um d{is maiorc* L`omplexos, iit7 mundo. T]üra pesqui.`a cdesen\'{)l\'imento dti .çe[or pctr(]lírero, t] Cenpes` ondc .se coni.cntram cei.L`a dc

um ccntem de pc.iquisadore`5 cm geo]Ügia, gcorísica {]ii oceaiiogríifia, cciniandticom m{]dcrnos equipi`mentos c unia esti.uiiira de apoi(] p!c]iamenic> .çii[isf-atória. A

Pe(rob"b cuida da r{]ii"ção e d'd cspecíalizíição de scu pc.`soal témjco de modoi\1tamcnic ct`icienic. firmando c{}n`;ênios cc]m diversa.` universidadcs brasi]eira.ç.

Com isso, ela con.icguiu firmiii.-se com{} iiiTia das TTiais sérias cmpresas do sct.or

T)clrc>1íf.ero, tc]ido clcscnvol\Jjdo, nm últimos 2() anos, tcL`mjl{)gia de ponta nc) dií.i'-cil coJi[cxto d{i exT)loração dc pctró1eo cm águas pro[.unc!as, qLi¬ utiíi7.Et pi.eseiiLc-

meii{c cni joi`;ir L'É'níwrf'r intcmacíori{ii*. t.omc) no mzu. do Nortc, em assc>i.iaç.ão

i`t]m c`ompanhiiis norueguc*íis.

Existcm ccrca de íi.5()Ü a 7 inil geólogos cm atividadc r]{} pa]'s. d{)s quais a

maic)ria (cnirc 2.500 c 3 mil) <ituando em mineraçã(} {iu cm levíintiimcníos bá.`i-

cos para prosp¬i`ç.ã{` iiiínerit] jmito ao .iisiei]ia DNPM-CPRM, à` cmprc.\n`i cst£`-

duai.i dc minL`rziç.ão, ou i\() !{e[cir pri`Jado. Pouc{t mais dL mil geólogÍ].` atuam no

.setor de ptti.t`ileo, quasc todos n{i Depar[iimcnio de Exr]loração {Dcpex) da Pctro-

bras, c cci.ca clc 100 no Ci`npes. Aprüximdamcnte 70() {i 800 geólogüs dedicam-

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sc im scl{)r dt gcci]ogia de cn+genhíiria` em emprcsas e.tLziLfiis (ju pi.ivatj¬ts, ci.rca dc

7Ü() a(} c]is.imi c pest`iuisa nas im(i[uiç{-tcs dc emino supei.ioi` d{) pai`s, no pE`ss{} (iuc

por \Jolta dc 500 a`uam em atividcidcs 1 igi`d'ds à água subi¬rrâm c iit} mcio ambi-ent.e, nzis {]rgiinizações estatais ()u cm eTnprc§as privadzis. P{]r ouiro lado. cni v]r-

tu[lc di` i.cmção do mercado dc ir.dbiilho. aprüxii"d.diTicnLe 109íf dos prot.íssjo-

nais cla árczi csião dcsemprega{]os.

Até o r}rcscnte` os pouc.os gctifi'siL`{ts quc i`oncluíi`am o único curso de gra-

duação que f.oriT`ou bL.haréis -o da US`P -aindii não têm uiTiíi aiiii`ç`iit] prt)-li.i.çj{]nal própria e dcfinidii, c pcrmanecem `'ii`culiidos-t` atívidades ac`z`dômic.ii.i.

P{n .`u'd `.ez, a PelTob{.as c.líissil`ica L.oino gco!.Ísieo.i cci.ca de 400 rii.ot-issio"is

`'inculados ti`nm i]o Depex qunnLo {io Cmpes, com I`t}rmiçãü básica em gcol(t-

gia. Ou[rtis gcólogos, t.ísic`oç, ou ciigcnheiros de di\ícrs(n lipos atuam coiTit}

gcot`i`sicos eiTi empresas ririv.iidíis, íio lado de algum puucos prc)tissiomiscsirÍ}ngciros.

No cii.`o d'd Tmleorologia, () númcri` de fom`ados n{ts divcrsos cursos de

grz`dmçãtt aié o prcsentc, estimadti óm algumas ceiiie]i'[is, i`inda É Ínsuticicntc

para aiciidcr às iicccssidacles (J.d .çubáTed. A maioria dos mcict)rolo¥ista5 trabz`-lha em instiiuiç(-)cs dc Ticsquisa` eonio o lnpc. ü IAG/USP c a UI.-Pb ou em iiis-

LiLiiições e cmpi.esas csl.di:`is.. c`oino a F.mbrttr]a, o IBGE, a C`iic]T, o Cetei., a

C.csT). a Cctesb e oiiLi.as, quc cii`pi.egani um ccrio número dc mcieorologistas

cm i\ti`'idi`dcs de aplicitç`ã{) clireti`. Mwios dos pi.orissionais quc ¬iiu`dm ria á].i"

iôm r{)maÇ.ão básii`a ciii (jiitras áreas como fi'sit`a. maietnática, cngenharja e

iLgT,,nomia.

Qumm 'fi occanogi..dfi'd l`í.sici`. (i b.iixo iiúmero dc profissionais ativ{]s sc vin-cuk` a um petiucno númcro dc in5tiiuíções g{t\rcrmmcntais de r}csciuisii c,`istente.`

ii(> país: t` a mai()iia d{ts pr()jctos em andameiil{i cunsis[e dc cs-liidt)s dc eaT<icteri-"/.i\ç`ão e di` iiripacto <imbimLíil c`in cc`ossisiemíi.` c{}sieiros` ciTi çstrci La colc`boração

com rw=squistidoTcs da oc`Çti]i{tgral`ia biológica. F,nLi`c os miiiores obs[áL.ulc>s para a

execução dc pi`.çqiiisas em oc.eaiit7gmfiu física estào zL cxistência d¬ ariciia.` dois

navios de grandc p{tric (N/Oe. f'i-tt/: W. /}g.Çw4!;`í/` do IO-USP, L` o N/Oc.. AÍ/t?ttJÍ'cíj

.`.(i/, da Furg). e a5 dificuldadcs em obter os rccurscis net`essári(is para operaçocscc}niinuiidi\s.

Finalmcnle` no ci" (la gcc)gríil.ia` hE'` riiui{os iiiilhürL`s dc tTeógrat.os 1`{}rm:`-

dos T`o [}aís (htichai-t`hi(lo e licenL`íiitui.a} T]e]c)s 155 cui.s{}s superiores cxis[cntcs,

m`biühando pr.incipalmcritc na e(luc'dç:~`t`) T)ré-uni+'eÍ'siiáiii`.* Em ra/,ão da imT)o}.-

iânci:` crescenic dzB qiicstõc5 tiiiitiieniais nii sociedade, muiios gi5Ógi.at`o.5 têm-se

`'ollad{} T)ara alividades dc rikiiicjamcnto rural c urbano, c}rgani.z..tiçfio do espaço c

aná[isc ambiental. em orgt`nizaç`Õc5 go\.ermnicntai`s` de nívcis loctil (prefeituras

municipais), i.cgiüm`l, cstadml ou fcdcizil.

¥ Nom do ¢(1íittr: desie.ç, no enianto. só um }}ctiue" Ttiirte se düdicfl à gcogr.iria tísica rimpi.iamcniedi(a.

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Scguc-.5c um+d c`di.flçtgri7:ação.5t]ciTi{a de a]gumas das maior¬s instituiçõc.` de

onsjno `.upeiior e p¬squi5.a do país. Na impossjbi]idadc de efcluar LLm lcvziniit-mento completo, serão aprEsentadas ínfomiaçõcs sobrc as im.Litu.Lç(-]c.i dt] hi*tc]Tia

paulisra, re]alivas a corpo dc}L.cnic c atjs prinL.iT]2iis ciiuipitmcnl{ts, c £t]hrc itlgumoutros centros do pa]'s que a[ender<im pr(int2imcntc ii{i ]i().ist] ricdido de int.Íimia-

ções, r`ara inc]usão nesie trabalho.

1USP

A Unii..crsidiidc de São P`dulo é o maior conjun[o acadêmico do país, comvária.ç unidades dedicadas a ativídadcs ligadas às L`iêncías d{i Tcrra: {) I"ti[uto dc

Geocíêncjas, o [nslituto A.çii-t)nômic() c Gc{tfÍ.`ico, o ]mtituto Oc`eanográfico: o

Depariamcn[o dc Gcogmfía da I.`FLCH. a Escola Politécnica, a Escola de Enge-nharia c!e São C`arlos. a Fr`CL dc Riheirão Pr¬[o e a Esalq, de Piracicaba. 0 lnsti-tuto Oceanogréfico opcra bascs cm Uha[uhíi c L-íinanéia. ti]ém de um navío ocea-nográficÍ}, ¬ o IAG funciona em Valinhos. Tod'as i`.` unid2`dos da USP têni histór]ac tradição pTór)rias e ativjdades continuadas ao longó dc, pclo nieiio.`, algumasdéciidah.. Segue-s¬ uma relação dos rccursos humiintts c das rmincipaís t`acilidades

or)eracionais existenies no IG c m IAG.

l]istituto de Geociências

" NÚmerc) cle doccnics: 69, d{]s quíiis 55 com titulação de doutor.

" Equipamentos prjncípais: microssonda clctr{^)nit;i[, difi`ação de raic}s X, Íluores-

cência de raios X, absorção atômica. cspecirôme[rcjs de massa, n]icroscópio clc-trônico, sensorjamcn[o rcmc}to (Sitim)t [abora[órios diwi.sos para análiscs qu]`m i-cas, micrc]Scopia óptjca, s¬dímentologia, hidrogccilogia cic.

Instituto AstronômiL`o c Gcor]`sico

" Núniero de docen[es gm mcic{)r[]!{]gia c gcofísic`a: 3Ü, dos quais 22 com litula-

ção de doutor.

" EquiT}z`mcntt)s pTinc`ipais: grayímcir{]s, .`í.mii`jgraros, difração de micHç X, rlut)-

rcscêncía dc miüs X, microscópio c]ctrônii`o, magnetôme[].os para palcomtignc-

iismo, cspectrômctro garm, perÍÍladc)r, laboratórío.` divcr`w.s para a!]álises quími-

cas` modc]tjs ].eduzidos, imtrumcimção e{c.

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L

Un¬slJ

A Uni`..ei.àid[tdc Estadml Paulisia se ct]mpõc de um conjunio dc cscc)hs c

institui{]`` sediados cm divcTsas cidades do intcrior paulista, reunidos como m`i-

\'ei.sidadc há cci.cii de 30 ati(i.t;. As iiti`..id{idcs principais cla ái.ca de ciênci" da

T¢m conccnimni-sc no IGCE (Ic Rio C.laro` iTias foram cri{idos iiúcleos menorescm Ri{> Preto, Bauru, JaboLic.abal c Pres]dcnte Prudenie.

Inslítut{} dc Ge()L.iênciiis c Ciências Ehntas -Rio Claro

" NúmL`ro dc docent¬s: 46` tios ciuais 32 com i]iu[açã() cle dt}ii[c)i..

" Equip{inmm p!incipais: cspecir(]rotômctros. dit.ração de raios X, fluorcscên-

ciát dB i-aios X` gi.'dv]'it`etro, sisiTiógraftts. perrilador, sens{triamcnlo reTno{o

(Sitim), I.dborat{'trios divcrsos pi`ra análises químicíts, scdimeniologia, m]crosco-

[)iz` ópliczi eic.

U,m.,la,J,

A Ui`i\'crsidadc de Ci`mpimis, cri{ida em fins dos an(» 60, rcúne divet.siis

unidüdes imi{\1adas cm Campii`íis c arredores. 0 núclco priiieipal de ati`.idade.`na área de ciênc`ias dJd Terra é o ]iisiimo de Gct)ciências, embom cxistam tambóm atividí`des .çubsjdiáfias nos lmiitutos dc Química c de Biociências, c ttaEsc(.la de Engenharia de Limei".

Insiitiiio dc Geociôncias

" Númcrct ile docentcs: 35, dos qmis 24 L.om tiLulação de dttutcir.

" Equipamcnio§ iirincípai,i: flu{trcscênm de Taio§ X, lab{tra[ófi(ts de c{)mpu['dçao

e pi'{tccssamcnto dc dad{}s, ge{tquímicti amlí1ica, micrciscctpia ('}ptica, inclusões

l.luidas c outi`t+x.

Uiiivei-sLdtide Fe{l¬rcil do Parúi

lnstiiiLto dc Geoí;iêricias

" Núrner{i de doc.entes: 82, dtn quais 34 com titu]ação de doutor.

" Equipamcntos principais: difração dc raios X. fluorescência de raios X. espec-

trogral`ia (')pijca, absorção atômica, espcctrogr'afia de massa. laboratórios

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dc geoquínljca isotópjca e gEDcrt3noloLtia, microscopía {']ptÍCa, lnclusões t`]ui-das, si.smología, paleoniagnctismt7, mc[gürologiit. prospecçãci gcot.ísica c

Outros .

Unl\.'enidade de Brasi'lia

Instí iuto dc Geoc;iêricíiis

" Nú]Tiero de dt}L`enics.. 32, dcis quais 21 c.om t.L[u]'dção dB dou[or.

" Equipflmen[os pri ncipaj5: m `Lcross(tnda cle{rc^]riica` dit`ração dc raios X, sensc}ria-

ment(] reinoto (Sitím c SIG), observalói`io s].smol('`gico` ]abomt6rios` de .dnáliscç

geoqui`micas, m icroscopía óptjcfl, inclusõch` f.1uida§ e ciutrc)s.

5. Cursos de graduação em ciênçias da Terra no Brasil

Segurido o censo oducac:ionfll sobre en.çino superit]r de 199] , do Ministé-

rio da Educação, cxisLcm] ri{] Bra.çi], I s cursos dc geo]Ügi<i` scjs dc nietc{iro]c)-

giii, e dois dc occanc)li)gia, iilém de dt]js dc geofísica, u[ii dcles inicíad(t em1992, P{]r oLiLro lado, t] documento rcl'dciom 155 cur.m.s dc g¬ografia que,

emborfi dírecionad{)s pref.Ercncialnienic paríi a gcografia humanii, Ínc]uem

pit)gramas dc emii]o cm gcografiii f`ísiL.a. Por sua vez, ]ião cíibe dj.5culir nestc{rabalho cursos dg gmduação quc abriingcm imp{)rtan[es a[ividades gcQcieriií-

ficas, como é o caso dcis c;ursc)# dê cngeHharia de mi]ias` cngt=nharía cartogi.á-

f-ica, agrttnomm e[c.

Da tahBla 1 corisL`dni o.` curs{}s dc graduação exisicnr¬s "a árga, ]Ücaljzad()s

rias iTiai§ divgrsas regiões dn pa]'#, com dados sohre t)s alunÍ]s miitrículados no

inícit] de 1991 c i}s qi[e s¬ formaram cm 1990. Fica c-lnro qiic o tciT`po médío de

residêncía dos aluno5 rLos curso5 é i"ijor d{j qu¢ t] idc.dl (cincü anüs no caso dos

curs{)s dc geo]ogia c qua[rt7 anos nos d¬mai.+ Além disso, híí Liinii grande c`'asão

m maioria dgsse£ L+urs{)st o que cxplica o rcduzido tiúTTi¬ro de fo]`mandc)s cni

relação aüs mairjculados (ccrca de ] OC/]o). 0 problema residc, em grande parte, m

saturação do mcTcado de iTabalho dc)s geólogos c nas possjbilidadcs re.ç{ritas nos

caiiipos de {ituaçã{) dos gecicieiiii£[iis ¬m geral , 0 problcT" se agrava em íilgumas

regi{-)es, c(.}m nm núniero muii{} baíxo dc f`ommd{).` em gcc>Iogia nos curst}s clc

Miinau.it ForLaiezíi, Natal e Recit.c. 0 número de ftjrmandos cm Bclém, Salvadore Rio de .Tangiro L`dmbétTi é m¬nor do que a média, er]quanto a[ierifls nc]s ciirL`(}s dc

Sã{} Pau]o` Minüs Gcrais, Cuiíihá e Bras]`]ia o númcro de r{]rma]idc]s é supçrior ü

] 0% dos a[uiicis.

248249

Tabela 1Cur.çm dc graduação cm í;rc(}ciêiicias

Alunc6(at)r. 1991 )

Gc,íJlogj.l

UFRN -Noiéi]` RN

UFce . Foiiale}ú, CE

UriiíoÍ -l.`ondc!zíL, CE

Ljnnn -Manaus, AM

UFP{i - Bclém` P.4

UFPé -Recl+`e. PÉ

U]:BA . Snlvad{)r, BA

UFMG -Belo +iorizoiiic, MG, e

Llfop -Oiiro Prt:(Ü, MG

l`.FRJ -Rio {lg Jímcifo, RJ` e

UrRRJ -[[flgual'. Rj .

Ue.rj -RiD dc JmcjfD. RJ

IJTiB - Brasília` DF

USP -SãLi Paulo. SP, e

Unes.p -Rio Claro. SP

UFMT -Cu'iiibá, MT

UFpi -Curiiiha, PR

UFRS -Portii Alcgrc` R5

LlnisiTios . 5ão Lcopoldo, RS

'l'(,'c'I

hJIE:tcorologjn

UFpa - Bi`lém. PA

UFpb -[aÍ]]Í]ina Críiiidg` PB

Ufal . MacQió, AI

UFRJ - Rio d¢ Jmeiro, IU

USP - São PüulD, SP

UI.PEL -Capã{} ti[] [Áão, RS

T()tlll

Occmo!ogia

l+`FRJ -Rio dc: Jmeiro, Rj

UFRGr - Rio C;rmde. RS'Iilltl[

Geori.sic{i

UFBA . Síil\'ador` BA (irii'cio cm 1992)

USP . Sào Pdulo, SP

T:'tul

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Nn mc{e{)i-t7J{]gja, o número dc alun(].u; ciuc cünclucm os cLirscj é cxLri`ni'd-

nicntc bajxo. Na oceanologia. ii ênfase dos dois cursos cxihicniL..` J-ccai sc`br¬ a

ocL`.dn{tgriiria biológica, rícando a t]cciin{]g].afia h'sica em posiçãu sub{]rdiitíidfl. C}

curso de Rio Grandc` nt) RiÜ Grande dc] Sul. ao qiic Tiarccc, ci}nscgLie maniei.

rluxt`] rcgular enTt.e ingressanles c rt]rmaiid{]s.

Nos cuTsos dc graduiiÇ`ão em geograíia, i` gc{>gi`arizi l`Ísica \'em sendo iniin-

lidii T)cki .`u.d \`inculação obrigaiória L.m ít geograt.ia humana no csiud(j dii* .Lnjlu-

ência5 do iimbicntc que at-eíam o h()mcm. Pro.ç*c`gu£, também. a [enúênL.ia Llíis

últimas décadas, dL` c]s gcógraío.ç se voltarem parii fl dimcmão sociológica, ou

seja` geogrtifiii agrárizi, indus[rial, u].b{im, plancjamcii[o e, recen[emcntc, .dmíli.`.c

dmhionta]. Os cLir5os dc gc{7griiíia existentes rio p.a]'s { ] 55) f{]rmtim anualmentc

mai5 de 4 mil gcógriif{)s {)u licenciados cm gcografi{L, a gi.ande niaioria clos quaís

sc dirige para o ensinc} pré-uni\Jcr.çitá].io.

Essa situaçáo, constatada em 199] . não .çc mt)c]ificctu signiÍ`ic.iiívamcmc> c

os campos dc ittui`ção c o mercadc> proríssiomil c{>ni.iniiimi ].etrai'dos. Formar[i-

sc. iinuiilmcntl`, além dos já mcncit>niido.i 4 mil geógraf`o5 \JoliailÜ.` T)im t)

ensino T7riT"íri{) ou secundário, ccri.a dc 25{} geÕ]ogos, pc>r \.'oiia dL` _3Ü mcLc{}ro-

logistas, e i`erca dc 50 {tL.ciinólogos, a im`Loria ii[uaiidti iio setor bio]ógico dii

oceanogrüfía.

6. Formação dc rccursos humanos nas Ecociêr}cias

A i`dbc!a 2 contém dados sobrc {]* cursÍ]s d¬ nós-gra(luaç`ão cm gcociêncÍ'ds

dü iiai's, eiTi um total d¬ 29 i]rügrii]ms implantados nos L`i]lim{)L` 25 an{).\. cm qLiasc

[{idiis íis i)i`incipais instiluições de ciisjm e pesquisa Clo pai's, .`egund(} j]il`orma-

ções da Capes rek\tivas a{t hiênio 1990/91.

A imp]antaçã(] d{].` L`Lirsos de pós-griidu'dç{-iÜ, iin t`im da década dc 60. r{7i

ui" i`ons¬qüância cla Tcr{.imia uni`'efsitária, quc imitiur{tu .ds b'dses. p.m a ins[i-

tuc;ionaliziiç.ão dc mecanisiiios dc f(jT"Áç`zio de recui.sos humano.i c m()niiigcm

de umfl inl`rti-c*iruiura de pós-grad"çãt}. A.ç dztias qLie L`onstam da [abcl.Á 2

comt] t] ini`ci(} dos prograiiias dc mcsLrado e doiitot.ado são a5 dd úliíma rcft)i.-

mu]ação t;fcLuíidzi cni cada ciirso c quc rch`ultai.am m sLia es[ru[um aluíil. P(]r

cxcmr}l(), os progi.amas cm gc{iciênc.ias do IG-USP {rcL.urs<is minerais e hidro-

geologid, gc()química e gec]tcclôniLii, e gêologia sedimc:nl.ar) li`.'criim ini'cjo em1986, a partir dc progriimas ant¬ricircs cst{ibc]ccidos em 1970, prcccdíd(}s` iioi.

sua vcz, pcl{ts doutorados ¬m ciêncía que existií}m há \ráiia.` décadas iia Uni-

versjdadc dc Sãi7 Paulo.

250

Tal}ela 2Cursos dc pós-graduaçr+tj cm gccÜ`iêncías

lES C'urst}'I]ÍL.'(' ÇUrs`) Nún,t:ro dtk.E:,,iL`s Alun{}` i`m l99l T`Ím``i;'0°,"'n

doii{oi.cs cm ] 991\1 D M L) M L)

UFIJa C. gimfi'sicls cgco'ógicü-`

U l..lJb \.1t!icoi`olog ia

U I..Pi. Ci¬`iciêiici as

l) l-`B A GcO]llgi.1

GCociÍ}iiciíu

GcÜ[ísica

LI F..RJ C;t:(ilt)gii

UFF GtÜ¢iênt.i l`

u rMc cjctlil.gla

u r`,p GS'o ,ogu

U ST'-}G Gcoc`ic`nti :it(Mil'./ITt.trol,,gia)

u sp-]() oCC.lno`¥Hri.LI

USP-]AG Gcoíi'sica

U SP-]AG Meteor(ilogiu

U ST'-]G C;cociêfl{`i 'd;s

(Rec iiiin./liidro)

U SP. ]G G¬(7Çiênci a5(Gi.o{i./gtiti[É{`. ) 86

U S1'-]G Gcot.i¬n{.i uJ`(Gectl. se[lim } 86

[JSP-FFLcl-I Ci¢ograri.ui r`'.çica 71

l) nii.mnp G`cociênci L` ti ]

Urit`p-RC G-i:Dciênci.|`(G. i-egional) 8ó

Uiicsp-RC Gt:[}grafifl(Or8 . e§ptlç0 )

Unüsp-RC GCDciânci:u(À. ulllt'ienlal)

l n pc hli:tcoro] og.m

[I1 !}c Scns. rcmotÜ

UFpr C, Cieodét;ica£

U FRGS G¬ociências

UFRC]S Seris. remom

U ri F} Gi`olcig m

7ç) 2f)

r`8

4

6

C)b.ç . TES = insijtuição úc cmino supcr]or, M = meóimdo: D = doutorado

34

251

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VinculaiTi-sc dc mod{] pcrinaricntc a{7s r>rograma.`. dc p{'ts-graduaç`ão 547

LloccntL`s, dos qmis cerca de 80% c'{)m ti[ulação de douior L`m t:jénciits {)u cqui-

valcÍ'lc.

Em dezcmhro de 1991, Ü si`iiema sc cç]ntpunha dc 98Ü alunos de mesmido c

378 de doutorad{]. Fciram tituladcis, naquL>le ant],197 iiicstrcs e 34 clou[ori`s, Lini

reh.u}tadci prccário quünd{] sc leva cm conia que` em c{mjunt{}, os prograiii{is de

riie.`[rado nt.erccçm ccrça dc 300 \..aga.`, e o5 programah` cl¬ doutorad{), ccrca dc ] (}0

v{iga.`. T6ndo L`m vi.m que, na pó.t-grz`duaçãot a ¬+'asão não costuma sei` mui[o

grandc, p¬rL.tbc-se quc o nlunadü e.``tá cre.`i`endo, aciirre[aiido ii s.dturaçãt> da capa-cidadc dc orieniação ci]i nlgum- pr{>gramas. corno é ci cast) dti curso de ge{]grziíiat.í5iL'a dfl FFLCH da USP, em quc a i.elitçã(j alunt7/prof-essc}r u]1rapasi'a 10.

Os Fií.ograrmis de me.iirado tê[ii foiimdo anualmeiiie c¬rca de 15-20C/Í do[otfl] c]c alun{}s, o que coi.rcspondc a itm tempo médio dc rcsidência do :iluno iio

sisteina de L.incó a 5cis ano.i, exi`essjvamcntc ]t]]ig(] (m realidad¬+ o dobro do

teíi.ip{j mí{ximo de duraçãt] dc uina hol.t.a dc nicstT.adt] da Ciipes ou d{] CNpq}. Os

riúmer®s São ainda mais dcsf`avorãvcis quando se exümina a relaç;.ão cntrc tiiuízi-

dos c aluiios niatriculados tiiie` no ca.m do d{)utt]rado` não chcga a I Of/c`. Scgund{7

dadt]s cía C`apes, a duraç{Ão dos cloutor<id{js ¬m gcocíêiiciii5 nt] Brasil exc¬de, cm

prati.canien[e todos os ciiso.ç, 60 mcse!i. As cmi)resüs brasileira5. do *et{7r mincral

r»oui.o contribuem para fl f`ormaçi-io de rccurst]s huniantjs, L`om cxccçãt> dí` jámenc;ictnada Pctr{>brzis, tttra\'éh. de sua c{]laborflção c{jiii di`'cr.ias umversidzide`i

brah`ileiraç. Em espccial` elft míintém c{}nvéni[>s r]ara t-avorccer curs{)s d® ine`+

irado ou douiorado com a UFBA. a UFpa, ¬i Ufop, a UFRGS e a Unicíimp` Esícscur5o.ç têm com.cguido el¬vado píidrão de criciêric`ia, c ü empresa tem usuf.rui'dÜdele5 para a íormação adcquiida de seu pessoa] iécnico, o quc {em t.oniribui'd{]

pa]`a o .ieu bom dcseTnpcnho tecnológico deniro c f(tra do país.

7. Prodüção cient]'fica

A componcntc í.ortemenie rcgi(]nal diis` gcociêni.ia.`. faz c{>m quc a maioi.ii\

dc}£ trabalho.` da ái.ca sLja publicada cm i.evistas t}rasileiríis. Muitos d{}s trabalh{)s

dc pe`squisa realízado.`` por d(}centes, es`iudantcs dc pós~gracluaç;`ão e r)rofissioniiis

da ái`ca são aprcsentados cm reuníõcs cicntíficns rcgiomis, cm cong].css()s naci{}.nais das .socicdade`i cicntíficas brasilciras, .`omo a Scx;iedadc BrasilLira dc Gcol(}-

gia e as ccingêneres de georísiL-a g de metcorologia, ou cm associaç{~]es mais espe-L.iali£adas, L`oTiio as dc gcoquíiTiica, pzileontc)logia, cstudoh` do quatemái-io, águas

£ubterTâiicas c gcologia de engcnharia. Por issü mcsmo, uma grandc parte da pro-duç.ão cicntírica nacíonal é documcniada poi` boletins de Tcsiimos ou anais dL`

congres.`os c rcuniões cicntírica`` aiiálogas. P{]r cssa ra7ão, a produção i.icnti'tlca

c:{]n`'cncional eni revi5ias ürbiiradüs c ¬diladas de foma L`onti'iiua, mcioiiais. ciu

inicrnaciomis, é muit{) redu7.ida.

0 indic;ad(}r prc/c/£/í`cío 4.f.É'Í}/iflc`ÍJ é L.r!'tico para a pÓ.`.-gr¬`duação na árca cle

geocíêncjas, jus`tamentc por não lcvar em ct)nsjde[`açã(7 as publiL.aç(ics de con-

252

grcssoS. c rcuniõc5 ci¬mííica.`, ms apcna.i c} total clc artigos publicados em revis-tas (mcio!`aís c intcrniicjt]nais), rcsultt`r`do cm valorcs gcriilmcntc muito baixos.

C{)Tii poiiciis` cxccç(ics` qiiasc t(xla.`` a.`. ínstititjçõci pcsquj`adHs cm 1990 c 1991

publit;amm mcnos dc um firligo por anu c p{)r c]occntc, chegando algumas delas a0,{} e 0,3 ai`iig{) publiL`ado pcm ano c p{ir doccntc. Eriti.c as poucas exceç`Õcs estão

os L`ur5o.` dc pós-gi.flduação da USP c d{i Une`ip, (] dc gL`ori'sica da UFBA. {] dc

ge{]quíi]iiL`n da UFF, e os L'urso.i dc gcoltigia dR UnB c díi UFRS, com iim, ou

r)oiico mai5 de um ai.tig{], publicado por ano c ptir doccntc, ínc]ice apcnas ¬icei[á-vcl cm uiTiê i`iistitLiiç`ã(> cjcntif'ii.ni"}ntc atívii.

Por t>u[ro lad{]. .ic forci]i coriiputaclos o.` [rabíilhtis publicad{]s cm conexã{>

c[]ni reuníc-}e`` cicmti`f.ictis, congi`cs5os c similarcs -regionaià`, nacioíiáiís ou inler-

nac`ionais -, os indiczidores de pi`{\duti\Jidiide mclhtjram .çigninL`atwam¬ntc, e osviilorcs médíos por ve7.cs duplicam e, em ccrt{]5 cas{js, trip[icam.

A .`.ituaçZio .ie lorTia rmis cri`tica quando 5¬ considera apenas as pnncipa]`çrc`Jisias cicnti'fiL-a.ç intcrnacicinaii submctidas pi`cvtam¢nte às avaliaç.Õcs crítiL`a.ç

dc .i.tentisias de reriome. AtTavós da SuT]erintcndência de Dcsen\'{)Ivimcnto Cien-

ii`rii.o do CNpq` ti+.emciç aL`es``o a um banco de dados` sobrE a produção cicn.t]`rica

publicada na5 princíp{iis ret'istí`s intcrmci(]nais para o pcríodo 1988-91. Sc]ecio-nando as i]ublicaçõcs i`onsideríida.s como ii5 mais rcle\.ante.` para as ciência.` dü

Terra, assiriadas pelits melhc}res bjhli(tiecas de gcociê]icias do país, e onde evcn-iiialmL`nlc são publicados irabalhos dc L.icntistfis bmài}cirt]s, lenlamo.` ídentificar

iirtigc}.ç clc pcsciui.iador¬s vinculüdos a instituições nacionais, quer como au[ores,

qLIcr CO11lo CO-í`lltorcs,

()s números são alarmantes. Gri]nde parie de instituiçt-]es de ensiiiu e p5`qLiisü

do pa]'s .çitnplcsmcme iiãt] publit:a na.ç prini.ipais revistas iT`tcrnacio"is. Algumasjnsti[uiçõe.`., como a UnB, a UFpft, a UFRS, a Uriicamp, n UFRN, a UFRJ e aUne.tp-Rio Clziro, publicam cerL`a de um ou dois trabalhc}s p{7r ano mquc!aLs rcvi.t;-

las. Mcsmc) as in5`lítuições quc apaTicnlc]Tienle mais r]ublic{im inlemacioT`alment¬,

com a UI-`BA, a USP e o lnpe, ainda publjcam pouco qutmdo sB lc`'zi em considc-ríição o nú]Ticr{` dc d[]ccntc5 qualif-icados. A relação cntre t} númcro de publicaç.Õc5

c o de docen{es ti[u]adc" é de Ot5ó para a UFBA, 0,38 para o IG/USP, 0,48 para oIAG/U SP+ £ {),21 para o ínpc, pa[`a iim peri`odo dc quairc} aiios.

Na medída em quc e`çsas publicaçõcs sãc) os priricipiiis vei'cu[c}s da proc!uçãocientífica nzis ciênciüs da Terra, fica c-laro que a paTticipação brasil¬ira na comu-nídadc in[emacional é exiremamente baixa e, eiTi nossii opiniãci, inccmpatível

c{)m a qualíficação cicntífica c a n"[uridade já atingidas em certo.` segmentos daÉrea. CÜmo corolário, os` dados gcoi`ientiTicos a reà.pei[o do Brasi] são mui{o

escasso`` ria L`omun]daclc internacioíial. 0§ geociên{istas brasileiros Prerercm

diviilgar c discu[ir suas pesquísas eTTi casa, nas T.evistas c rios congressos locais. e

com isto as gcociêncías brasileiras têm pouqui`ssim \Íisjbilidade m comunidadcjnternacional. a nãci .iL-r cm c`asoà` i.aros e, quasc sempre, quandc) isso envolve a

ct]laticiração com iri.itjtuit`ões e.çtrangciras.

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8. Às geocíêncías brasileirãs no plano int¬rnacional

Em razão do dcsünvo]vi]nento muitcj rec`entc das gcc}ciências no Bt.açil, ()

r)r£')prio conhecímenio geocicnii`riL.c) do tcrri[ório bra!;ilcir() a]nda é bastanteiiic{)mplclo para os pad]-ões atuais, c bcm mcnc)r do ciue o dc ttuirt]s p{i]'scs de

ex[ensã{] iciTitoTial similar. U]m c{tnipiiração com o númei.o de gct'][og(>s ou dc

i)rtjris5`ionais equival¬n[es cxísienic p{jr \`Ü[iii dc 1990 rios` F.UA` Cdnaüá, Aus[rá-li:`, China c a ex-URSst todos clc.`` -com cxccção da ex-URLSS -i.om (erT.i[ó-rj{ts dc dimensão i`oniparâvel à d{t Bríis.L}, Lcvc[a uma enorme disparidadc qLian{o

à densidiide dc iir{irissionais. No Brasi]` existe artBnas um gcólogo para cada 20

mil habitan[es, quando a média gcral, m i`asc7 dos Estados Unid{)ç, da cx-URSS c

da Chim ó d.h ordm de um para cada doiç c)u irês mi] habitantes. Majs iiindit` n()*

países cíe vocação mi]icira, com muitos e t'ariados dcp{`i.`itos minerais em eÀ'pl{]-ração, coiTio a Austi`ália c {) Canadá (e cc>nio deveria scr (i caso clo Brasjl), a re]a-

ção desce pai.a um cm 800 ou mil habitantes, sig[]ifjcandü quL` cstes país¬s r)o`-siiem c¬rca dc 20 vc£cs mais profissionaih dt} quc o Brasil. A disparidadc é íiindamíiic" m i.asci de alguns c`amr)()`` da.` gcoi.iências menc>.s evolu]`dos Tio Brasi],

comc> o da geof.ísica {)u {> da occanografia ti'sica, em quc t> número de cientistas

ou prcifissionais a[iv{).Ç niis poucas ins[ituições brasil¬irah é muiio baixo.

Em ct)nscqüência do pequeno núTricr{} dc prof.issionais r\as ge{]ciêncii\s. c]

conhecjmento gcológiL`o. geof`ísico, me[eorológieo c occanográ1.!co do tci`ii[t'trit>

brasí leiro ainda eitá muiio {i[ra.iado. Na escala contiiicntal> dc reconhecimçnto. t7

dcscnvo]vimento e u[ili7.açi~m inicnsiva do sensoiiament{> rcT]ioto pelo lnpe nas

irc`s úliimas décadas fazem ct]m iiue c)s dados exi`tentc.:s scjam razoáveis. Non]'\Ícl do conhecimento regi{]"il uu local, entretantc`, o icrriiúrio nacic)nal enccm-

Lrii-sc vir[ua]mente inexplorad{i` cm enorme defasagem L.om rclação a paísesdcscnvolvidos conio a Au.iii`á]ia ou o Canadá. Grandeh. cxLcnsõcs territoriais`i`omo é o caso da regiã{) aJmzôniL:.a inteira` são praticíimcnic dc.iL`onhecidast e c}s

mapas geológicos exis[ente.ç não ví-to a]óm da escala ao mílionéhimt].

Como conseqLiência do re]a[ivc] atraso no dc#cn+.olvimentci geoi`ientífico

brasi]eiro exist¬m pouc'd.i publiL`aç.íic.ç sobre a temátíca naci(]mi]. AJém dissci, elas

são pouco visi'vcís na comunídadg cienti't.ica intcrnaci{)nfll. Acresce que, em fun-

ção da baixa produçz-i() L.].cn[i`fica cm revistas intei"ciomi*, ti comunidade ínter-naL`ional tem pouquíssima jiifo]imçã{] .`t)bi.e os resultados das i]csqui``.as gccicicn-

ti'fic`ah. hríi.iilcjras, o que cstiniu]a a dependôiiciii cicni]'fica que perdura há ví`Lr]asdéczidas em rclíiçiio a geoL`ientis{as d¬ paí.`es dcs.cnvol`Íidos que con`+tantcmcnic\Jêm ao Brasíl cm programas de colaborüçii{) bilaLCTal, atrai.dos por temííticas

di\Íersas de gr'dndc inicrcssc píira o dese}i`'ol\Jimcntü dah. L.iéncií`s da Terra. Com

issci, mujtos artigos i`ient]'riçi\.ç sãci ÜIíihomdos em co-autoi.ia L.om gc(jcicntis[as

¬smngei]`os, Sc, po]. um lado, ira[a-se de um interc:ânibio cicnti'íii`o cm que muiio

icm a ganhaT n paiic brasiltira por c)iiiro, fi.eqüei][emenic ü iTiéríio do [r<ih<i]ho c

os scu`` dívidcndcis são ccintabílizí\dcis para os pesquisadorcs dc imliiuições do

Piimeiro Mundc), independeii[emente do estágio já atingído pc]as pêsquisas

254

locai.i. Sãü frcqüentes, amda, pub]icaçõe.` cicn[il.icas a i.c``rx:iiu da temática regio-

nal t)rasilcira assinadas arx3ms por autorc.` csirangeiros, L`(im cven{ual nienção à

colatic7raçr`o di` parceiros l{>c:iis.

Nos últi.iTi(].` anos, a situaçã{] `'cm cvoluiridü lcntd` mas gríida[ivamente:. para

maiür vísjbilidade e i`cL.onhccimen[o intcrmcionais, L`tm o aume"m dc piiblica-

ções d¬ aui{7Tes brasileiros cm revistas comciimdas, co]" rcsultado da moderni-/ação c amadui.ci`imcnto de algtimas instituiç't-]c`i dc ponta -ticadêmicas ou não-ct]T]iii o lnpe, a USP` a UFBA, a Pcli.obras ¬[c.

Por oii[rtj lado, nos mcjt>s geológic(].`, o Brasjl atingiu um certo dcscnvcilvi-

niciito [écnict] c profi.ç.çi{)i"l, qiie se i.cflcic cni publicí`ções ínterniis pouco ou

nada visi'vcib no plano intcmacíona], c quc carreiflm uina certa rcspcitabilidadc`

alcaiiçada airavés c]c compc[ênc`ia dcmonstrada cm mititas árcas dc pont.a. coiti()Ie\..iiiiiamcntos temáLicos por sens{]riamento i.cm{]to, niapeamcnios g¬ológic{}*

cm ái.cas rlores[adas, prosp¬cção dc pciró13o na plíi[aíomia coniincn{al, em águ{i.ç

profund`ds` pcsquisas dc gcoqiiíiiiica dc Lçuperí.ície e dc a][eraçi-`{) dc rochas, e.çtiJ-dos dc solos trt)T)icais e laici-iias ctc.

9. Tendências futuras. das geociências

De iT`nncir.a scmelhantc ao que \Jem ticorrendo cm oLitras árcíi.`` as geociên-

cias vêm-sc cmpenha!id{) L`m se adaptar aos nov{]s paradigmas cleste final de

sóculo XX. onde amhienic e de.çen\Í{ilvimento sãt] as pala`'ras dc ordeni imposias

pe!a `çticicdacle modcma. 0 dese]w{.]vímento smLcntãvel e ii uiilização de tcL`iio-logias .Sadias para o ambicnie exigem uma ree5.(ru[uração pi.ofunda dos padrõcsdfl sociedade dc üonsumo e Lima oferta cle vida decente para a população de todo.`

c)s r}aí.Çcs do mund{i.

Nc5te cenári{), cRbe iim r]iipe] extÍ.eniamcn[e i.mp{)riantc às ciências da Ter":

em primciro lugiii., porqiie ela`i bcmpre cs[jvcram envt>l+'idas c`om a busca c

gei.enci{`mento dc divcr5os tip{ts de recursüs naiurais` como insumtis mínerais,água subterrâneíi, combustívci`ç róssej.ç etc.; cm seguida, porque ocupam posiçãoccntral c iniegmdora no ct`iihccinieniít gltiba[ do nt]s.``o planetii, romecendo osclcmcntos t.at;1uais a respcito da supBríi'cie da Tcrra, seus flmbientes, i.elcvci,h`{)los, águas tcrriLoríajs, c]imis, e o5 r]r{]ccssos nzi[urais qu¬ ncla se instal:irn em

decoiTência de `im dínâmíc'a (ürosãci. sediTiicn{açãc`, mudanças climáticas, viilca-

nismo, tcT.It!motos ¬tc.).

^ própriii iição an[rópicn sobr¬ o mcio f-ísico é intensa e crcsce no tempo em

propoi.ção gcométrica, acompanhztndo a expansão popiilacioml. 0 homem ioT.-nou-sc. clc própri(`, iitn impomnte faior gcológico m medida crn que uiili'/.aanualmente, cm média` Çerca de 10 ou 12t de matórías-pri]"s min¬rais. 0 fluxo

de maicri{il que com}sponde a csscs val{]rcs é da mesma ordem daquele movi-mentadt] pcla {ec[ônica de p]aca.ç. oii seja, à somatória do5 processos na[uraisassociadcrs à dinâmica ii]tem do T]]aneta e cxpressos por abalos sísmicc7s, ¬mp-

ções `Íulcânicas c cf.citos re]acionados.

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Dados sobrê o meio fiísico são csscnciíiís cm qualq.ucr abordagem dos pro-blemas sócio-¬conômícos .globais []u dc csL`ülü surti.a]iacional e just!ticam a

existêricia de programas cicnii'fic(}s in[crmtci{]nais dc gr'ande rJoi.te, i`omo o

lntemational Gec)spherc-Biosphi`rc Pri>graiTi (IGBP), Iigiido a(] Conselho lrtter-

mtci(}nal de Uníões Cienti'ficas (ICSU)` ii DéL:i[dii I]iLcrnac`io!ial de Reduç`ão de

DÇsaslres Na[urajs, das Nações Unidfth`, t] Wor]d Climatc Research Prograrnm¬,

da C)rgftnização MCLcort}]t')gÍL.a Mundial` e o Jnternatjonal Geologícal Corrcla-

Litin Pr{}griim` da UnosL`o em c`olaboração coin a Uníão ln[cmacii]n{il dc C.Lên-

i.j`ds Geológicas.

Apesar disso, .as ciênc`ias d{i Tcm nfit> têm i]niit visibilidad¬ cctmpat}'vel

com a sua imporiâmin no âmbít{} da .çt]cicc]ade. A educ`ação pré-ur`iversitária

pra[iL`imicn[c não inclui c]cmcnt{)s das geociências, a riãc] sei. em países. comvocaçãc] minc:im ou à.ujcii{)s a a]gum lir)ij dc des`d.çtre "i[ura]. Ccm isto, as ciên-

cias da Tcm não fa£cm pi`rti` da cu]turii pt]r>ula]`, ¬m con[rah.[e ccm as ciênciashiológjcas, t.Ísicas. qufmicas c matcmáiic:\s. c .d ítimçãt) dc gcó]og(is, geof.ísicos.

meteoro.]ogistas eíc. não é rcc.oiihccítJit L.t]iTi{] tirigcm dc benet`Ícios sociais

importan{es.

Na medida cm quc a qucsiã() amhicn[í\] tttrnou-se uma das preoci]pações[}iaiorcs dii humiinidiidc, ii.ç ciêiiciüs da Terra e, em particu]ar` a geologja c a gco-

físiLa iêm sorridc> muiias cri'iica.` pe]c) fato de estargm associadas à proi`ura c

cxploriição ilc hcns mincriii.ç, c sido c!enunciadas como potencía]men[c prcjudi-ciais ao ambii`iiic. É siniomí`iLiL.ti qi]e fl par[ir da década de 80 a míneração tc:nha

sofrido uma forie reccs`siici, com it rcduçi-it] da utili7.açãÍ] de in.sumos minerais nos

países índustrialízados (através dc rccicli`gcm c dii ."bsiiiuiç.ã{i r]or !t{]vos mate-iiais), a queda de seiis preços, a rcdução dc iiiivid.ddcs c d(}s o[.çanientos da5

cmr)rcsas do setor niinera], e o coriscqücntc dcscmT]rcg[j dc inúmeros prof`issio-

nais das geociências.

A crisc do scior minc[al, dc carátei. mundiaT, perdura nos anos 90 e, nci Bra-.íi], é flgrflvada pcla difi`c;il si[uação econômica nacional. qLic lwâ íi umii rcii.aç`ão

dos grandes in\'estímentos govcmamcntuis, Tradicionalment¬] o setor mineral.rio Brasil.1cm sído considcrado de imporiância esmtégíca. e as maiorcs cmpi.c-.ça* da .Áfea sãc} es[zit`dis: caso cla Petrobras, Valc do RÍt] Dt>c;c, CPRM, CBPM,

Metí}go, Metamig etc. Como a prospecçíiü mincral é dc ii]io risL`o e de retornoeventua] e de longo prazo, são poucas as cmprc.`ii.`. pri\Jadíis de i`api[al naciona]

quB atuani no setor. Mesmo nes{as ú]tjmas, {).i i]ivch.timent{)s se reduziram bas-iante. Empre5as estrangêiras ou multinai;i(imijs também i)ouco atuam, por dois

motiyos prjncipais: o conjunio de lei5 em vigor` de cunho mciona!ísta, dificu]la

5eu des¬nvoMmenlc), e a sjtuação dc peiTTianente instabilidade econõmíct`

ôi]mcnLa sensivelmente os riscos para ín\Ícstimen{os de grande porte.

Fica e\Jidente a nccc.`.`idade de os i`ien[istas e profi.S.sicimià` das gcociênL`ias.

se mobili/.arcm, jnicialnieii[e, para mTicrai.cm (ts dif¬rentes problemas dt vísibiii-

dade na sociedade e dc cri.`c n() *etor mineral ¬, cm scguidí\, para adc]uirirem umanova iden{idadc, imis çintoniza(la com as a.`pirzições da sociedad¬ em quc estãc)

256

inse.iid{ts. Eni iiniii `'isão prt>spectivti, cm quati`o ou cir`co déeadas, a i"ipulação

mundial dc\'ei.á atingir 10 ou 11 bilhões dc pessoas, c a eartaçidadc de suporic di`nos.ç{} piancta cstará im`txima dc .`cu limitc. A deniandü de it``atéTias-primíis nitiu-

rai` scrá ci.esL.ciiie` as.`cguraiido zios cientisiíis e r)rttrissiomis das ciê}icias da

Toi.rii do t-utur{i um papcl de gríiiidi` impcm^ineia na busca e no gerenciamcntodeç.çc.ç rccur`os. Mais airid.a, os gcocicntistiis do í.uturo dcverão apcrfeiçoíir sijas

l-unç.{-]cs de curadores, dc guardiãcs. d.a natiirczfl, cabendo a eles` ii]ém do excrci'-

cio dc suas atividades téenicas esiiccíficas, 7elzir para quc as instituições e emT)rc-

sas inclumn em uas eqmç{-m cle cu.`[ti-hcneÍ`i'cio [odas a` açõE:s neccssárias parí\

cvitiir ou rcdu£ir ao mi'nimo os impactos s{tbre a naiurcza, (lcscn\Jolvend{i cxplo-

raçõ¬s não-prcdiitórias c qiic não iiTipliqu¬m dcgradaçãt> ambiental.

F,xisicm pel(t meTios três tendênci'm `'isívcis nas ciências dii TcrTa do prc:-

sente: e quc, seguramenie, scfão descnvo]`'idaç nas próximas décadii.i: quai`tifica-

çiio` buscii do subs{)lo e busca da i ntcrdiseit)limr]dade.

Q,,t"1,iJi((lç[-io

Embora a gcurísicíi c a metc{]r{>logia já utilizas.çcm em gríinde escala a lir`-

giiagem ma[emática em su{is ati`Jidades. nos i'iltimos icnipo.ç, a aplici`ção daiiTl`onnáticii lcvou {tuti.os c.arnpos. ct]mu a geologia. a occanogi.iifia e a r}rópm

gct}grat.iat a uma crcscente quantiticaçiio, atra`'és da utilização dc tiícniçíis de

gec)n"teiiiáiiL.a e geoc.çiai.'siica, bancos dc dadcis dc dívers{`s ieniáticzis, sistemasde inf{imaçã{t gcográfica (GIS}, .çensoriamcn{o remoto. cai-iografia digital, s.im`i-

Iaçõc.ç e modclagens dtis proc`cssos geológicos, gcofísicos, metecir(>[ógicos, nateniativa de dcscre\icr realistic'amentc a nature7.a c cvoluç`ão de iittsso plancia,coiirigiirandt. uma e`'cjlução .ici{>rii`l compiiti'`.el c{jm as iiiiiis modemas e aviiiiça-

d£\`` ici`nol{}gias.

Í3iisca (!o .siibsolo

Devcrão pro`ç`cguir c()in grandc vigor o* cs[udo.` da supcrf]'cie terrcs(re, dii

hidrosfera c d.a amo.`fcfa, c{m o objetivo de t.ttTthecer mclhor {)s proces.it>s natu-rais que govci.mm tis mudança5 de nosso planciz`, iiicluindo aí modelagcns cada`'e7 m{iis complcxas c rcali'sticih da circu]ação aimosférica e oceânica. Por outrolado, com os rcccntes r)rtigresso.i do sens(iriamçnt() rcmott), `.iriualmcnte s¬ csgo-i.aram íi.`. pcissibilidades dc descobcrta de n{)vos recur§os niinerais ou cnergéticosn.a superf]íric ou próximo dcla. Desia ror]m, já se T.econhece a necessidade di)

mapcamento tridimeii.`ional, dc subsupcrf]`cie. cm que gcólogos c geoíísicosde\Jerão cooperar cm associação íntima na obtcnção dc u" linguagem L.omum cde um completo cnl¬ndimcnto múiuo para olimizar o ger¬nciamento dos recursosdo subs()lo, sejam c]es depósitos ni.Lnerais, ja£idas dç combustíveis fósseis ouágua subterrânea.

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Biiscti t]a iii!erdisciÍ}[inaridcicle

Esta é iiimi tcndência d{)iiiinaTi{c cm {od{i.i {ts canipos cieniiTicas c tecml(J)gi-

cos. [c!ido cm v.isi{i i.i traiamento hi]lísiji`(t iii`i`essári{t áios r)roblcmis dc csi`ala

gltib{il, ciii cspeciül dflquclcs ligado.s t`i ques(ão ambiciml. Os tlcsiirjtih cxis{cnti`str{Lmc`cndcm ob. ]Ímitcs das jurisdiç(-)cs nac`icimiis` c zis decisõcs po]i`[ic.ds a rc.`-

pciio de gmnc.iamciito dos reL.iirs{ts na[un`is, do plz`iiej.dimnt{> dti u`o e oi`upa-

ç`t-it] dt\ (ci.m iorriíini-sc exirei[idmcni.e delicadub cm l`unç'ão (k` inLcrdcricndênc-iii(lc jiiúmci.oS f`ato].es cicntífi{'o-lei.m)l{`}gic`()s c sóc`io-ccon(^)mii`os. Nc``sc contcxto`

iorm-``c c`s.`ciiiiíil a pariicipflç'ão `iii\ía dos 5rcocicnlíst:is c r)roli`is.jo"i.i iinál()gos`

cm \'iiiiidc de sm T}rópria fo!.imção -quc. incliii rtmc.ç clcmentos rcgj{tiiais -`

;iti lt`dtt clo ccmhcL.imcnto dos pi-ticc.``os naiuriiis quc atuam sobi.c a dinâi}iii`i`

{oc`.il , iniT)t}rliinte pflm o cnlciidimcnlo gl(tbul d(i ambicnti`.

10. R¬comendações para o desenvol`.imento b`etürial

Pclo cxpo`çto. cm uniii cçtima{i\'ü glob{il, o Brasil nã{> disiit-ic dc mi`is. de mil

pcsquis:tdorcs das t`iências dii .1-crra vineuliidt]s i` instituições £iciidêmieas, dosciuais apeii.as ccrca da mL`tadc lcm 1ítulo dc (lou[or t}u t}quwalcntc. 0 núm¢ro ilc

T)r{)[`is`çionais a£ii:`nLcs ]ia iirea dc íTcücjências, c:ÍTi suii grande maioria gcc'}l(}ÉJos, éda t]rdem de s míl, u qiic, cni prcipt)rção à` populaç.ãi] hríi.çileii.a, cciuiviilc a um

L.oet`iL`iente bcm inrerior ao dc paí.`cs, desen\'ol``id().` ou não, ct)m Lcriiiói.ios dc

dimensõcs .shTiilares. A quíilit`ic..ição dos gc{tcici`{ist.ià "c`i()miis é c`omTJ:`ti'`ícl

i.oni {)` r}adrões in[cmaL.io!iais, i`om cxpcriência rec:orihccida eni vám`s íi[i\Íida-

dcs prá[iciis de cunho rcgionítl, coino miiiiczinieiito5 gc{ilt`]gicoç e ]ev{intíimciiit}*

gi`{]f]ístc`(}s cm regiõcs irtjpic`ais, pebiiuiszi c gcrcni`itimcniti dc água siibicn.i-`]ica,intcri]rctíição integrada dc jiTmgens dc i.adar c do sensori:`rncnt{) ]`enioto.

Na área acadêmica, as. ciênLiab da Tci.ra pi`düccni do.ç !)roblemas c(iiTiuns à

L.iência e te¢nologia bríi.`ileiras, qmi.i sejam. os büixt].i in\'estimc:nltj`` globais,

ii[ua]]Tien[e da cirLlcm dc Ü,7 % do PNB` c a inslabílidiiLlc insti`uiiom`l. P{]r outro

ludo, os l.ato5 dc u c()munida(le gc{]cjcntííiL`,i bn\*i[cira sei. re]a[Íviimcntc pequc"

e de quc a.i ciências da Tcm i`Íêm scndu iidequa([a[}iciiic c()]itempladi\s i]clo

PADCT c'ontribui'mm para que as inslituiçõcs cicntíI`iL`zis setoriaís c*tcjam iniii.i

do quc raj"avclmen[e cquirindzis. Além di.ist`, n grandc i"iittria dos griip{jh. dc

pc5quih.üdores ativüs, c{)m pi.ojetos L]c pc.`c]uisa de b{.jm ní\Je], \Jem comcguindot]b[er, junto às agô]icia5 1itiant;i.dd{`r`ds do pai.s (CNpq, Finep, Fí\Ticsr e oums)`

rccLirsos pdm a execução dc *iias pesquisa.i.

Quamo a{)s aspectos proíis.iionais, é incgávcl que, no Brii`çi], o númcTo dc

geó]ogob c meteoro]ogisia`` em ativídadc* iéi`nico-L.icniííit'as é exircmzimci`iebaixo, L;om iinia quan[idade também ii.risó].ia de gc{>físiL.os e oL.ciin(ígi.a[`os, Íacc

:`±s ncces.sidftdcs hásicas dc) pa]`.`. Contudo, ii .`{tlução do pr{jblcma não passài T]{)r

um ai]mciito imediíii{j do númerci di` L`icntis[as c profissionaj`` da árca, \Íisto qui' o

mcrcado dc [i`aba]ho csL.á .`aturado c ti iüxa de dc.`cmprcgo é clcvadíi,

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É necessárir) uin planej`dmcmo naciomil glübal. com a definição clara dL`

metas t-actíveis e de cron(tgi.ümii.i cxcc]üi'vcis. c a clabomção de leis que viabilii

zeni sua impleniemação. Os c`oiTicniáritts iiuc si` scgiicm são esiritamen[e pcs-

`oai.i, c orcrccidos a ii'tulo de conrrjbu.ição para po5si`veis disc.ussftcs ruiums fl rcs-

r}etto da evoluç`ão (]o set()r miiicral hmsilcim c dc sua rclação com o des¬nvc>1vi-mcnio das geociências.

É prec" c`onsidcriir` dc ini'ci{), a rcgionalidade dos recursos mincri`is. Cada

jazicla é espeÇÍf`ica e dif.crentc das demaih`. Da]` dccorre que, na i!idúst]ia miiiciiil.não se pode operar noriT"Imeii[c ct]m Lramf.ci.ônc:ia c}e tecno]ctgia piira e simrilcs.

coino ¬m outt.as at-L`Jidiide8 }ndusirizii`t;, c a componeme de ciência e tec"il{>g.ia

ieiii um papel eçsencial no íipr{)`.citi\mcnto raciona] dos r¬cut.sos e na r)rodução

dc bcns de maior `'al(}r iigi.cgad{t. P{)mini{}, o dcs`cn\'ol\Jimento das téciiicas e rir{i-

cedimen[os adequados {]eve s.er .djustddti à.ç cciracicrís[icas de cada jazida. No"`as{) d{} Brtis].[, por ser um pai's de baixa latitude c dc clim Lropical, suas jazidassã(.} scmprc muiki inrliicnciadas f)or processos jnterrii)érit`{ts c pclti altcrtição clc

i.oc`1ias. Muit(t.` dc scii.t rccur```{js .mincr<iis, eomo bauxita, t.osÍ`zi[{]s. nit`ibitj, i`natá-

sio, caulim e outi.os` si-io vcrdadcims ja£idas de intemp¬rjsmo` ct]m minérios de

origem siipérge". quc i`ã{> .iã{) ct)muns tios países de r¬giões tcmpcradas. Eslu-(los especi't.icos par`d o mclhor c{]iihec.imcnto tl¢sses materiaís c dc [ccnologias

orientadas riara i"iximi-/.iir t] scu aprovci{amenio têm sido i.ai.o.`, mcrcL.cndo essaái.ea uiT]ii 'dicnçã{) müj{}r no l`uturo,

Em relaç`ão aos rccurst]s cncL`géLicos, esp¬cialmcme o p¬irólct]. .çua r]c.iqu]sa c

ki\'ra consti(uem moiior){`)li{) dii Unii-i{), gamntido pelo art.177 da Ct]ns[j[uiçzio bm-

silcira, e exercido através da Pctrt)bras. Em príncípío, entendenios quc, cm ummundt] aliamentc compe[itivo, c]uai.çquer m]nopÓ]íos trazem em seu hÍ}jo gr'dvcs

de.iwmiigc]is, cnii-L` c]as a tendéncia à acomodação. à pcrda de ef.iciência e ao c()r-

porati`'i.m{). Nã{i parcÇ`c ser cssc o caso da Petrobríis qiic, ao contrário. vem consc-giiin(1o excelente coniTiciith'idndc no p]ano int¬rnaci{tml, ct)mo dctentora de icc-nol{)gía de ponta na prospec`çã{i c cxmção de petróleo dc águiis pfofundas. atu-ando. prcscntemeritet conio r>arccira dc ou[ras companhia`i i7c{r{il]'rcras nas

titi`'idades de exploração dt] niiir dt> Noric. A Petrobras tem-sc mctsimdo ex{reim-mciite séria e determimdzi na busca de (lesen`íol`Jimcnto [Bcnolõgieo, comodcmünstram os resultado.5 düs pc*qui.`£is ri`alizadas tarito p¬lt] Dcpcx quan[c} pelo

¬cniics` qLic co]ocam a empresa em vuntíigcm aié mesmo em relação às insLi[ui-

ções universi{árias brasílcira.` no iocante à produção cienti`rit.'d in[cmacioml.Por oulro {adc), c) Brasil iiiiidit não é nuio-sutici¬iitc om pcirólco e sm coni-

pra i`on[inua oncTando pesadamente a pam dc importações. Ao conrerir priori-dade aos reciirsos dispoi`Ívcis. a Pctr(}bras cs[á conseguindo dcscnvolycr adequa-

damcnic buii prodiiç`ão e suas resei.vas. n`d`` bat;ias scdimen[ares da plat`df(}nm`

c{}niint`nkil c{)nm a dc Campos e oiitras. Entretantot fíicc à imcnsidão do tert.itói`jtt

brii```ilcii.(). n cmTircsu nã(j icm conseguido dar andani¬nt{} às opcrações de pro.ç-

pccção nccc5h'árias para exij]orar de forma adequada c cm prazo relat]vamcntccurio tcK]as zis rcgiões do Brasil com algum po[eiicial pe[rolífero.

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Á cum prazo, é cvide.me quc o pü]'s ]i.ão tcm condições dc arc:ai` com oscn{]mies investimciitos dc alto risco eri`.'{]lvido5 iia prospecção petrolít`¬ra c na

prosp¬cção mincral em geral, A h`aída ptx]¬rá sci. aLraír investimentos ¬smngeí-r{is em L`{]ndiçõcs c.ontroladast o que, no entanto, requcr íi revisã{) de toda a ]cgis-

lação sobro o selÜr minsntl e até ítlgumas modifiüações na Comtiiuição de 1988tiuc, nessii matéria, é profundamcnLe inadcquada. Eni seu ariigo 176, a Cons`titui-

çã{i diz claranienlc que a pc>squis.a c! a lavrit de recur.`os mincrais soniente p(]derãtihcr rea]i/.ada5 por brasílciros ou por empre5a brasileirft dc capítal nacion.ÀI , o qiie

acaba `dtendendo a inlcresses ctti.pcmií`Jos "mtcic+na]is[as", em uiii corilcxto xcnó-

fttbi}< Mais ainda` cni seu ari. ]74, §§ 3 c 4, l`avorccc as aii`'idades garimpciTas,

dando-lhcs inc[usjve pri(irjdade m autori7.ação ou L`onccs.çãc) para determinadas

jflzídas de niiriL:rziis garjmpá+.cis.0 gaiiinp{) represcnta o mziís. imptiitante T)roblêm.d `dnibicnlal gerad{) no

sctor miricml, espccia]mcntB no Brasil e nit região ama7,ÔniL.a, em razâo do cmi)i-

rismo das iécnicas c]Tipregadas e da coii[aminação dc) .dnibícniL` com mcrcúrio. A

legislaç.ãc) dcve ser adari[ada à rea]icladc da açãt] garirnpcira, e üs rH`ópriüs tJarii[i-

peirüs conscíc]iti7,ado.t .çÍ.)bn= o.i danoL\ dcri\rad{)`i {le sLi.[``` ações, diindo-]hc.` opor-íuniúade de Lríinsf.oTTm\r siias .dtividadcs em açt~ies coopcrati\JÊs (}u em miL`roeni-

pi-c``as. ou, aié mesm{`, de migrar parü ativídades al[cr"tivas, ctjiTio a agric:ul{mi.Enirc os pri]it`ipais problema5 do sci{]r míneral alinham-s¬ a falLa de capiial

iiacional púb]ic() ou pri`'iido para grandL`.` in\Íe`stimentos, c a saíclajá riienc]onaila

s¬ria a `dLração de ín\Jc``[imen[os estrangeiros, airavés dc Loncesst~]gs contr{)l{\das,

conti-aL()s de ri.`co ou /`Í7f.r7Í +'gr]fwr4.ó.. E.`5es ínsirumenios rorairi` `>u estão 5cndo,

implcmcntados pcJr pai'sc`ç da prór)ria Améiica Latiiia` comti a Argcr}tina e :i Bo]i'-

via, para ."l)§iiluir situaçt-]es de monopóli{] estata], c por pai'be.ç coin{} a Rússiii c a

Chjna, m tentati+'a de rcc.stri+turar .suas cct>nomias` E[]tendcmos quc iinia esimté-

gja de rcvjtalização do sctor minci`i`l scriü importíinte no scnLido dc recupc;ríir a\'ocação mineíra do pa]'.`, condiciünada pgla exicnsão icrTit{}rial c pela c}i\Ícr`ii-

dade d(}s ierrciios quc Lompõcm o sol{] b].asilcíi.o. Coni() já f-oi assina]adi} aqui.

grandc iJar(c do Brasi[ não é ct]]ihecida. ou mal conhÊL.ida, peiTmnec¬rid(} iniacii}scu pot¬ncial mineml. Ao mesmo tcnipo` diversas ja7,idas j.Á conhcc;Ídas agiiíir.-

daiTi os invcstimcnios nec[ssários .do seu desenvo[\Íiment{), c muitii.ç ocorrências

já dcsc()heiias c.çiieram pcl'ds pe.`quisas necessárias para sc [ornarcm jazjda.`.A es[rulum do Ministério das Miiias e ETiei.gia, biiseada nt} DNPM/CPRM,

nã(] tem tido, nos ú]1imcis 10 tiu 12 iinos, c`{}ndições pa" imT>lementar ziÇÕes dc

rt]m¬nto EfcLivas no sc[or mineral, muito mcn(]5 pam dar coniinuidaclc zic)s leva]`-

[amentos bÁ,`ic'os nccessári{is para u corihccinienio do [Êrri[Ório, e rncnos ainda

]iara c{jn[ro}ar adequadaTriente as a[ivídad¬s dc mincração` cm cspecial as dc

gtirimpo. NÜssa rcconiend-àção é que o sístcma scja revita]i/.ado, com a implanta-

ção de um vcrdadc].ro s.erviço gêológjco nacioiia], confomc e5tudos já realizüdoshú vários anos. c com o aprwciLament{) da esLriiti]ra exis[ente da CPRM.

No caso da mcteorol{igia, alguns ínves[imcntos sígnit`icaiívos já Í`{]i'am crc-

luado.ç, para ni{)demi./.ar as i)peraç{-]es no Tií+'el rcgic)na], f`dl[and{) basícamente

2r}ÍJ

me}hoi. co{)rdenação n`dcioiial. A solução cvidente scria orgaTi]zar um sistema

"cict"l de metccirolt)giat eiijos objetivos princip'ais rtoderim scr 'd otímizaçãt]dous{.ecaptaçãodcdüdosmetcoTolt'tgicos,¬oatendinicnmzidequadodos"*Tios,nziagT]cultura,iiostfansportcsaércos.fluviaiscmaríimoSiiadefcsaL.Wnogercnciiimenlod(jbremm.shídricciscnoi`ombatcài"cbatmosféri"

Assiigest{-ic'st`citas-rc\'isãt]eadaptiiçãodaskriexistcnle.5visandoauTm

novacstrzitégiadeineeniivodosctormineraleàrevi[ali7[`çãt}do.sism"DNPM/CPRM c sua mnsformaçãn em scr`'iço gcológico, no`ç moldcs do quc já cx]stcnos paíscs industriali7:aclcts - icriam suricienlcs iiaTa {i aquccimentt> do setwmincra]¬pa].amelhorarseudesempenho¬TnterTnosded.ivisasparaopaís

"l`L`ndom+istíiapopulaçãodt)paíscsuad.imeniãotcrTiti}riaL{`númerocle

ge{`}Iogcts dçveria ser bem ma]or, e {)s m eursos dc griiduação cm gcologia m].uncionamenw têm capncidade p{ira fazer írenic a umii demandii cr¬scenw dc

T}rot`issionais. Esse não é o cflso, coniudo, da geofi`sica, ondc fMffl "" degr{idu'açã{tapr{]priados.Comrelaçãoàpós-graciuaçã{),oç""existeniesÉ;5tãotongcdasatumçãoSehowHneccssidadcct`ecursos,ehsescur"têmcondiçã(tde scr ampliiidos ti curt.o pra£o, dada a existéncía dc pcsquisadorcs com dou[tt-radt](ouquab¢cdebolsisiasouex-bolsistassemv{nculodetrabalbonffiinsti-tuiç.õeçcmqueestüdmouestudar{imeque,Tiomomento,cstã{tfcmdom¬rcadodcirabiilho.podcnd(}seri`bsor`']dosec}moprofes`ore.çcorientadores.

261