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www.ondeinvestir.lopesfilho.com.br 20.fev.15 - Pág. 1/9 RELATÓRIO MENSAL DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS FEVEREIRO DE 2015 O IFIX (1) registrou alta de 2,64% em janeiro/15, recuperando parte das perdas do ano passado, quando o índice teve desvalorização de 2,76%. O IFIX foi o único índice da BM&F Bovespa a apresentar valorização em janeiro, mês no qual o mercado enfrentou grande volatilidade devido ao aumento das incertezas do cenário econômico. Com relação ao volume negociado, este foi bem reduzido, atingindo R$ 300,94 milhões. Este valor representa quedas de 26,6% e 42,6% ante dezembro e janeiro de 2014, respectivamente, sendo o menor giro financeiro desde outubro de 2012. O número de negócios também apresentou grande redução, ao registrar 48.709 negócios em janeiro último, ante 75.014 em dezembro. A queda no volume financeiro negociado manteve a tendência apresentada desde meados de 2013, quando teve início o processo de aperto monetário com a alta da taxa de juros. O momento conturbado para o mercado mantém um bloqueio às operações de ofertas públicas de cotas de fundos imobiliários, que não registra a entrada de um novo fundo desde outubro de 2014. Desta forma, a Bovespa manteve o número de 127 fundos de investimentos imobiliários disponíveis para negociação. Em janeiro houve recuo nas taxas de juros de longo prazo do mercado, trazendo maior atratividade para os fundos imobiliários. Porém, na primeira metade de fevereiro as taxas de juros voltaram a subir, reflexo da maior incerteza no cenário internacional e da piora da perspectiva da economia doméstica, devido às dúvidas quanto à aprovação das medidas fiscais e a capacidade do governo em cumprir as metas de superávit e inflação. A equipe de macroeconomia da Lopes Filho & Associados projeta mais uma elevação da Selic, para a próxima reunião do colegiado em março, o que levaria a taxa para 12,75% a.a., nível que deve permanecer até o final de 2015. A alta da Selic tem impacto negativo sobre as cotas dos FII no mercado secundário, uma vez que estes papéis perdem competitividade em relação aos títulos de renda fixa. No entanto, ainda observamos opções atrativas de investimentos em FII. Ainda que o ciclo de alta da Selic continue a pesar sobre as cotas dos FII no mercado secundário, a possível revisão do sistema de tributação que garante a isenção do imposto de renda a investidores pessoa física em ativos como LCI (Letras de Créditos Imobiliários) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) pode impulsionar nova onda compradora em FII. No entanto, no curto prazo a expectativa por esta revisão tributária pode estar reduzindo o volume de negócios com cotas de FII no mercado secundário. Isso porque temos observado uma corrida para LCI e LCA, com investidores tentando garantir os últimos títulos isentos de IR. De acordo com a Cetip, no encerramento de janeiro/15 o estoque de LCI e LCA alcançou R$ 203 bilhões, um avanço de 54% frente a igual mês do ano passado, somando R$ 31 bilhões de expansão somente em janeiro/15. Neste último mês, Anbima e CVM fecharam convênio que objetiva otimizar a análise de ofertas públicas de fundos imobiliários, em linha com o que já é feito nos processos de ofertas de debêntures, notas promissórias, follow on de ações, certificados de depósito de ações, bônus de subscrição, CRI e letras financeiras. Segundo comunicado da CVM, os emissores poderão encaminhar as solicitações de registro de ofertas públicas de cotas de FIIs, bem como de autorização de constituição destes fundos,

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RELATÓRIO MENSAL DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS

FEVEREIRO DE 2015

O IFIX(1) registrou alta de 2,64% em janeiro/15, recuperando parte das perdas do ano passado, quando o índice teve desvalorização de 2,76%. O IFIX foi o único índice da BM&F Bovespa a apresentar valorização em janeiro, mês no qual o mercado enfrentou grande volatilidade devido ao aumento das incertezas do cenário econômico. Com relação ao volume negociado, este foi bem reduzido, atingindo R$ 300,94 milhões. Este valor representa quedas de 26,6% e 42,6% ante dezembro e janeiro de 2014, respectivamente, sendo o menor giro financeiro desde outubro de 2012. O número de negócios também apresentou grande redução, ao registrar 48.709 negócios em janeiro último, ante 75.014 em dezembro. A queda no volume financeiro negociado manteve a tendência apresentada desde meados de 2013, quando teve início o processo de aperto monetário com a alta da taxa de juros. O momento conturbado para o mercado mantém um bloqueio às operações de ofertas públicas de cotas de fundos imobiliários, que não registra a entrada de um novo fundo desde outubro de 2014. Desta forma, a Bovespa manteve o número de 127 fundos de investimentos imobiliários disponíveis para negociação. Em janeiro houve recuo nas taxas de juros de longo prazo do mercado, trazendo maior atratividade para os fundos imobiliários. Porém, na primeira metade de fevereiro as taxas de juros voltaram a subir, reflexo da maior incerteza no cenário internacional e da piora da perspectiva da economia doméstica, devido às dúvidas quanto à aprovação das medidas fiscais e a capacidade do governo em cumprir as metas de superávit e inflação. A equipe de macroeconomia da Lopes Filho & Associados projeta mais uma elevação da Selic, para a próxima reunião do colegiado em março, o que levaria a taxa para 12,75% a.a., nível que deve permanecer até o final de 2015. A alta da Selic tem impacto negativo sobre as cotas dos FII no mercado secundário, uma vez que estes papéis perdem competitividade em relação aos títulos de renda fixa. No entanto, ainda observamos opções atrativas de investimentos em FII. Ainda que o ciclo de alta da Selic continue a pesar sobre as cotas dos FII no mercado secundário, a possível revisão do sistema de tributação que garante a isenção do imposto de renda a investidores pessoa física em ativos como LCI (Letras de Créditos Imobiliários) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) pode impulsionar nova onda compradora em FII. No entanto, no curto prazo a expectativa por esta revisão tributária pode estar reduzindo o volume de negócios com cotas de FII no mercado secundário. Isso porque temos observado uma corrida para LCI e LCA, com investidores tentando garantir os últimos títulos isentos de IR. De acordo com a Cetip, no encerramento de janeiro/15 o estoque de LCI e LCA alcançou R$ 203 bilhões, um avanço de 54% frente a igual mês do ano passado, somando R$ 31 bilhões de expansão somente em janeiro/15. Neste último mês, Anbima e CVM fecharam convênio que objetiva otimizar a análise de ofertas públicas de fundos imobiliários, em linha com o que já é feito nos processos de ofertas de debêntures, notas promissórias, follow on de ações, certificados de depósito de ações, bônus de subscrição, CRI e letras financeiras. Segundo comunicado da CVM, os emissores poderão encaminhar as solicitações de registro de ofertas públicas de cotas de FIIs, bem como de autorização de constituição destes fundos,

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RELATÓRIO MENSAL FII – FEVEREIRO 2015

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para análise prévia da Anbima, que auxiliará a CVM com a elaboração de relatório técnico acerca da adequação da oferta e da constituição do FII às normas específicas: as Instruções CVM nº 400/03 e 472/08. Ainda no campo das discussões e solicitações do mercado, foram veiculados na impressa propostas interessantes e que trariam atratividade ao segmento. No campo fiscal foi dito que a Anbima proporia à CVM a possibilidade de igualar o investidor estrangeiro à pessoa física na isenção do Imposto de Renda. Outra notícia benéfica seria a possibilidade de modernização da Instrução 472, na busca por padronização das informações divulgadas, o que traria mais transparência ao segmento e possibilitaria análises mais profundas dos Fundos. No presente Relatório apresentamos alguns destaques recentes dos fundos acompanhados pela Lopes Filho & Associados, assim como breves resumos dos segmentos analisados, onde são apresentadas algumas características e perspectivas dos segmentos. Para maiores detalhes sobre os fundos apresentados nesse Relatório é recomendado a leitura das respectivas análises dos FIIs, que encontram-se no módulo Fundos do Onde Investir.

DESTAQUES RECENTES

O FII BC FUND (BRCR11) informou em 13/02/2015 que assinou com a Petrobras o contrato de formalização da renovação da locação da Torre Almirante, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. O contrato vigente representava 17,9% da receita contratada de locação e 8,3% da área bruta locável do BC Fund e tinha validade até o final de fevereiro/15. O aditivo celebrado estende o prazo de contrato até fevereiro/22, mas define um novo valor de locação aproximadamente 13% inferior à locação atual.

O FII TBOFFICE (TBOF11) informou que recebeu em 04/02/2015 notificação da Zurich Minas

Brasil Seguros S.A (locatário do 21º, 22º, 23º e 24º andares, cobertura vinculada ao 24º andar e mezanino no lobby do Edifício Tower Bridge), informando o encerramento imediato da locação do terraço e do mezanino e devolução do 24º andar em 30/04/2015. O Fundo informou que a entrega destas unidades terá um impacto total de R$ 0,0122 a partir da distribuição de rendimentos referentes a fevereiro e de R$ 0,0354 a partir de maio. Posteriormente, a administração do Fundo informou que a multa pela rescisão antecipada das unidades equivale ao montante de R$ 2.573.462,25, do qual pelo menos 95% será distribuído em forma de rendimentos aos cotistas.

O FII CSHGSHOP (HGBS11) firmou Escritura Pública de Dação em Pagamento e Outras

Avenças referente à fração ideal de 30% do São Bernardo Plaza Shopping. Em julho de 2012, o Fundo adquiriu 144 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), cuja estrutura previa a conversão do principal em fração ideal do São Bernardo Plaza Shopping, desde que superadas condições preestabelecidas. Considerando que tais condições foram integralmente atendidas, o principal dos CRI, no valor de R$ 144 milhões, foi convertido em participação direta no Shopping, quitando a dívida lastro dos CRI. Com a finalização desta operação, o Fundo passa a deter 35% do empreendimento. A transferência de propriedade do imóvel ocorre no momento da amortização destes CRI e atende integralmente a Política de Investimento do Fundo.

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AGÊNCIAS BANCÁRIAS

Estes fundos têm seus recursos destinados a adquirir imóveis utilizados como agências bancárias ou sedes administrativas das instituições financeiras locatárias. Em geral os imóveis estão distribuídos pelo País, apesar de maior concentração na região Sudeste. Estes fundos destinam-se a locar seus imóveis a uma única instituição financeira, que nos casos acompanhados apresentam baixo risco de crédito. Os fundos de agências bancárias possuem contratos de longa duração, blindando-os do aumento da vacância que fundos focados em outros segmentos têm registrado, principalmente a partir de 2013, quando o mercado imobiliário mostrou um aumento expressivo na taxa de vacância para lajes corporativa em grandes centros e uma leve queda nos preço de locação. Desta forma, há maior previsibilidade da receita locatícia, com maior linearidade na distribuição de rendimentos dos fundos. Os contratos locáticios, em geral, possuem claúsulas que protegem os fundos no caso de rescisão antecipada por parte do locatário, garantindo o pagamento do aluguel remanescente. Em compensação os fundos e locatários renunciam aos seus respectivos direitos de pedir revisão judicial do valor do aluguel. Somente o MBRF não possui tais claúsulas. Estas características conferem aos fundos deste segmento um perfil mais defensivo, o que pode ser visto nos betas inferiores a um apresentados na tabela de comparação de múltiplos (exceção para o MBRF11). Este perfil conservador também se traduz em um dividend yield(2) menor, que, com o aumento da taxa de juros, vem reduzindo a atratividade destes fundos.

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS

INDICADOR / FUNDO BBPO11 AGCX11 SAAG11 MBRF11

VPA/COTA R$ 95,64 R$ 1.102,82 R$ 96,99 R$ 1.651,29

P/VPA 1,0927 0,8705 0,8968 0,6729

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 9,17% 9,25% 9,75% 11,53%

INDEXADOR DO ALUGUEL IPCA IGP-M IGP-M IGP-M

ABL ND 42.189,41 M² 68.146,06 M² 21.769 M2

RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) ND R$ 1.751.746,00 R$ 4.232.001,36 1.200.000,00

TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO NÃO

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,28% a.a. 0,551% a.a. 0,25% a.a. 0,30% a.a.

DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA BAIXA

BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,5 0,4 0,6 0,5

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100,00% 100,00% 100% 93,55%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 10,10% 13,00% 12,10% -

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 2.448 (mil) R$ 190 (mil) R$ 539 (mil) R$ 69 (mil)

Dados referentes ao fechamento de jan/15

BBBBBBPPPOOO111111 AAAGGGCCCXXX111111 SSSAAAAAAGGG111111 MMMBBBRRRFFF111111

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COMERCIAL

Os FII dedicados a investimentos em empreendimentos comerciais têm desempenho atrelado à atividade econômica. O PIB brasileiro fraco nos últimos anos, acompanhado pela queda de confiança do empresariado e da entrega de novos empreendimentos fez crescer a vacância do segmento, principalmente nos imóveis de alto padrão. Este cenário pesou sobre os rendimentos distribuídos por esses Fundos e consequentemente sobre as suas cotas no mercado secundário. As expectativas para o segmento de lajes corporativas de alto padrão, especialmente para a cidade de São Paulo, não são positivas. A entrega de novos empreendimentos nos próximos dois anos, aliada ao mau desempenho da economia, trazem um cenário desafiador para o segmento.

No entanto, observamos oportunidades de investimentos em alguns dos FII analisados, que mesmo com o momento ruim do setor continuam entrgando dividend yield atrativos. Dividimos os FII analisados deste segmento em dois grupos para a comparação dos múltiplos: (1) fundos com gestão ativa, que compram e vendem imóveis visando lucro; (2) fundos com ativo-alvo, cujos investimentos se concentram em um único ativo.

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS

COMERCIAL – GESTÃO ATIVA

INDICADOR / FUNDO BRCR11 KNRI11 HGRE11 FFCI11

VPA/COTA R$ 164,09 R$ 156,35 R$ 1.620,90 R$ 1,91

P/VPA 0,6524 0,7051 0,8025 1,0000

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 9,05% 10,11% 12,64% 10,28%

VACÂNCIA FINANCEIRA 9,0% 2,2% 9,1% 0,0%

TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO NÃO

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,25% a.a. 1,25% a.a.* 1,00% a.a. 0,7% a.a.*

GESTÃO ATIVA SIM SIM SIM SIM

DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA ALTA

BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,7 2,0 1,5 0,6

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100,00% 100,00% 100% 100%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 13,30% 17,00% 16,00% 18,20%

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 3.253 mil R$ 1.795 (mil) R$ 942 (mil) R$ 71 (mil)

Dados referentes ao fechamento de Jan/15

* Percentual relativo ao Valor de Mercado

BBBRRRCCCRRR111111 KKKNNNCCCIII111111 HHHGGGRRREEE111111 RRRNNNGGGOOO111111 FFFFFFCCCIII111111 BBBBBBVVVJJJ111111 TTTBBBOOOFFF111111

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COMERCIAL – ATIVO-ALVO

INDICADOR / FUNDO RNGO11 BBVJ11 TBOF11

VPA/COTA R$ 86,26 R$ 114,03 R$ 83,75

P/VPA 0,9302 0,5175 0,6988

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 12,57% 6,78% 9,78%

VACÂNCIA FÍSICA (por ABL) 1,9% 36,3% 34,0%

TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO NÃO

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,20% a.a. 1,00% a.a. 0,20% a.a.

GESTÃO ATIVA NÃO NÃO NÃO

DIVERSIDADE PORTF. BAIXA BAIXA BAIXA

BETA (ÚLTIMOS 12M) 1,6 1,8 2,1

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100% 100% 100%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 15,70% 24,00% 16,90%

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 291 (mil) R$ 104 (mil) R$ 450 (mil) Dados referentes ao fechamento de Jan/15

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GALPÕES INDUSTRIAIS E LOGÍSTICOS

Os fundos deste segmento visam a exploração de empreendimentos imobiliários voltados primordialmente para operações logísticas e industriais. Os imóveis, preferencialmente, estão localizados próximos a grandes centros urbanos ou em vias de acesso compatíveis com a atividade prevista para o imóvel. A maior parte dos contratos de locação são de longa duração, chegando até a 10 anos. Houve um boom de investimentos em galpões logísticos e industriais até metade de 2013, aumentando a oferta de unidades neste segmento. Além disso, os fundos que investem no segmento estão mais expostos à desaceleração econômica e à menor produção industrial, influenciando na questão da vacância e nos atrasos dos pagamentos de aluguéis.

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS

INDICADOR / FUNDO SDIL11 HGLG11

VPA/COTA R$ 102,42 R$ 1.110,15

P/VPA 0,7986 0,9638

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 10,62% 14,59%

VACÂNCIA 4,5% 1,9%

ABL 44.131 M2 150.000,00 M²

RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) 1.149.134,00 2.971.290,00

TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

0,24% a.a. sobre

PL 0,6% a.a. do

valor de mercado

DIVERSIDADE PORTF. BAIXA ALTA

BETA (ÚLTIMOS 12M) 1,9 0,8

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 100% 99,60%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 20,9% 17,2%

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 146 (mil) R$ 493 (mil)

Dados referentes ao fechamento de jan/15

SSSDDDIIILLL111111 HHHGGGLLLGGG111111

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RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

Os FII de recebíveis imobiliários investem em ativos imobiliários financeiros, principalmente de renda fixa. Os Fundos analisados deste segmento possuem carteiras concentradas em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e, em menor magnitude, LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Vale ressaltar que muitos FII são autorizados a manter estes títulos em suas carteiras, mas os fundos deste segmento se dedicam exclusivamente a isto. Em linhas gerais, CRI representa um fluxo de recebíveis relativos a financiamento de imóveis, aluguéis ou arrendamentos. O investidor do CRI assume o risco de crédito da operação que, geralmente, está atrelado ao devedor final. LCI são títulos emitidos por bancos autorizados a fazer o financiamento habitacional. A instituição capta o recurso e o direciona para o crédito imobiliário. Neste caso, o investidor assume apenas o risco da instituição. Assim como o investidor pessoa física, os FII também têm isenção de Imposto de Renda (IR) em investimentos em CRI e LCI. Estes Fundos possuem títulos atrelados a indicadores de inflação (principalmente IGP-M e IPCA) e ao CDI. O atrelamento de parte da carteira ao CDI tende a proteger as cotas destes FII no mercado secundário, principalmente em momento de aperto monetário como o atual. Após o início do ciclo de alta da Selic, em outubro de 2014, as cotas destes Fundos vêm performando acima do IFIX no mercado secundário.

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS

INDICADOR / FUNDO JSRE11 KNCR11 VRTA11

VPA/COTA R$ 105,72 R$ 101,61 R$ 107,35

P/VPA 0,8095 1,0594 1,0374

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 10,08% 10,84% 12,38%

TAXA DE PERFORMANCE SIM NÃO SIM

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 1,00% a.a. 1,00% a.a. 1,00% a.a.

DIVERSIDADE PORTF. ALTA ALTA ALTA

BETA (ÚLTIMOS 12M) 0,5 0,4 0,2

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 97,6% 100,0% 99,6%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 17,00% 18,30% 13,80%

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 465 (mil) R$ 923 (mil) R$ 133 (mil) Dados referentes ao fechamento de Jan/15

JJJSSSRRREEE111111 KKKNNNCCCRRR111111 VVVRRRTTTAAA111111

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SHOPPINGS CENTERS

Os fundos deste segmento são proprietários de parte ou totalidade dos shoppings centers. Há casos de fundos que possuem somente um imóvel (ou participação), havendo casos de obrigatoriedade de investir exclusivamente em empreendimentos desenvolvidos e/ou administrados por determinadas empresas (caso do FIGS com a General Shopping). O desempenho do negócio shopping centers é fortemente atrelado ao ramo varejista que, por sua vez, depende de fatores como renda e gastos do consumidor, taxa de juros e inflação, disponibilidade de crédito, tributação, confiança nas condições econômicas futuras e nível de emprego. Em média, 70% do faturamento das empresas administradoras de shopping centers é proveniente de aluguéis de lojas, completando o faturamento as receitas com estacionamento, serviços, venda de imóveis e outras. O cenário conjuntural brasileiro é importante ser destacado, ao se vislumbrar o investimento em fundos do segmento de shopping center, visto que parte das receitas de aluguel advém de um percentual das vendas das lojas. Atualmente temos um cenário com alguns pontos preocupantes, tais como o maior endividamento das famílias, menor geração de empregos, menor capacidade de endividamento das pessoas, inflação e juros em patamar mais elevado. Consubstanciados todos estes fatores, os indicadores de comércio varejista ainda têm mantido a trajetória crescente, mas com taxa menos acelerada.

COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS

INDICADOR / FUNDO FIGS11 HGBS11

VPA/COTA R$ 96,09 R$ 2.100,37

P/VPA 0,7836 0,7398

YIELD (ÚLTIMOS 12M) 11,12% 11,69%

ABL 24.293,00 M² (1) 69.800 M2

RECEITA IMOBILIÁRIA (R$) R$ 489.230,43(1) R$ 9.825.856,00

TAXA DE PERFORMANCE NÃO NÃO

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,2% ao ano

sobre o PL 1,5% a.a. do

valor de mercado

DIVERSIDADE PORTF. BAIXA ALTA

BETA (ÚLTIMOS 12M) -0,4 2,2

PRESENÇA (ÚLTIMOS 12M) 97,58% 100,00%

VOLATIDADE (ÚLTIMOS 12M) 37,0% 18,7%

VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ÚLTIMOS 12M) R$ 99 (mil) R$ 634 (mil) Dados referentes ao fechamento de jan/15 (1) Dados de dez14

FFFFFFCCCIII111111 HHHGGGBBBSSS111111

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(1) Índice BM&FBOVESPA Fundos de Investimentos Imobiliários, que tem por objetivo medir a

performance de uma carteira composta por cotas de fundos imobiliários que são listados para

negociação nos ambientes administrados pela BM&FBOVESPA.

(2) O dividend yield de um período é calculado pela divisão da cotação de fechamento deste período pelo

rendimento distribuído.

Disclaimer

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