Feudalismo trabalho de história

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FEUDALISMO VILHENA –RO 2012

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FEUDALISMO

VILHENA –RO

2012

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FORMAÇÃO DO FEUDALISMO

Observando as sociedades da Europa Ocidental, entre os séculos X e XIII, os historiadores observaram algumas características comuns entre elas. Para identificá-las, elaboraram conceitos como o de “Feudalismo”. Esse termo, entretanto, tem gerado muitos debates e recebido distintas definições.

Com base no conceito elaborado pelo historiador francês Jacques Le Goff, especialista em História Medieval. Segundo ele, feudalismo é um sistema de organização econômica, social e política, no qual uma camada de guerreiros especializados - os senhores -, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que trabalha na terra e lhes fornecem com que viver.

Embora o feudalismo seja um sistema que caracterizou diversas regiões da Europa ocidental entre os séculos X e XIII, podemos dizer que suas instituições resultaram de longa gestação, mesclando elementos romanos e germânicos.

O processo de formação do feudalismo, por abranger uma área muito extensa, não foi idêntico em todos os lugares da Europa Ocidental.

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ELEMENTOS ROMANOS COLONATO: É o sistema de trabalho servil que se

desenvolveu com a crise do Império Romano, quando escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos em terras de um grande senhor. O proprietário oferecia terra e proteção ao colono, recebendo deste um rendimento do seu trabalho. Nesse processo, em geral, as cidades perderam importância, ao passo que, no campo, desenvolveram-se vilas (unidades econômicas) com produção agropastoril destinada ao auto consumo (isto é, ao consumo interno das próprias vilas).

ENFRAQUECIMENTO DO PODER CENTRALIZADO: No final do período imperial, a administração romana não tinha condições de impor sua autoridade a todas as regiões. Esse enfraquecimento do poder central conduziu à ampliação do poder local dos grandes proprietários de terra.

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ELEMENTOS GERMÂNICOS ECONOMIA AGROPASTORIL: A base da economia germânica

era a agricultura e a criação de animais, sem a preocupação de produzir excedentes para a comercialização.

COMITATUS: Instituição que estabelecia laços de fidelidade entre o chefe militar e seus guerreiros.

BENEFÍCIUM: Instituição pela qual os chefes militares carolíngios concediam a seus guerreiros, como recompensa, a posse de terras. Essas terras foram chamadas mais tarde de feudos (bem oferecido). Em troca, o beneficiado oferecia fidelidade, seu trabalho e ajuda militar ao senhor.

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CARACTERÍSTICAS GERAISEssas características correspondem, atualmente, a França,

Alemanha, Inglaterra e parte da Itália:

Enfraquecimento do poder em real (ou central) e fortalecimento dos poderes dos senhores locais ou regionais.

Existência de vínculos pessoais de obediência e proteção entre os mais poderosos e os mais fracos.

Declínio das atividades comerciais urbanas e fortalecimento da vida rural;

Uso generalizado de trabalho servil no campo.

Durante o feudalismo, com o enfraquecimento dos governos centralizado na Europa Ocidental, o poder político era controlado predominante pelos senhores feudais. Os feudos eram detentores de extensões de terras e governavam seus domínios exercendo autoridades administrativa, judicial e militar.

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SUSERANIA E VASSALAGEMOs vários núcleos de poder político – principados, ducados, condados etc.

E estavam ligados por laços estabelecidos entre membros da nobreza a partir da concessão de feudos.

De modo geral, intitulava-se senhor (ou suserano) o nobre que concedia feudos a outro nobre, denominado vassalo. Este, em troca, devia fidelidade e prestação de serviços (principalmente militares) ao senhor.

A transmissão do feudo era realizada em uma cerimônia solene, constituída de dois atos principais: a homenagem (juramento de fidelidade do vassalo) e a investidura (ato de transmissão do feudo ao vassalo).

Suseranos e vassalos tinham direitos e deveres estabelecidos entre si.

SUSERANO: Devia proteger militarmente seus vassalos e dar-lhes assistência jurídica. Tinha direito de reaver o feudo do vassalo que morresse sem deixar herdeiros, de proibir o casamento do vassalo com alguém infiel, etc.

VASSALO: Devia prestar serviço militar ao suserano, libertá-lo (caso fosse aprisionado por inimigos), comparecer ao tribunal e presídio pelo suserano toda vez que fosse convocado, etc. Recebia proteção do suserano.

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ORDENS FEUDAISA sociedade feudal era estratificada em três ordens (grupos)

principais: Nobres, cleros e servos.

NOBREZA (OU BELLATORES, PALAVRA LATINA QUE SIGNIFICA “GUERREIROS”): É a ordem dos detentores de terra, que se dedicavam basicamente às atividades militares. Em tempos de paz, as atividades favoritas da nobreza eram a caça e os torneios esportivos, que serviam de treino para a guerra.

CLERO (OU ORATORES, PALAVRA LATINA QUE SIGNIFICA “REZADORES”): É a ordem dos membros da Igreja Católica, destacando-se os dirigentes superiores, como bispos, abades e cardeais. Os dirigentes da Igreja administravam suas propriedades e tinham grande influência política e ideológica (isto é, na formação das mentalidades e das opiniões) sobre toda a sociedade.Veja a seguir o tema “trabalhadores”.

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ORDENS FEUDAIS TRABALHADORES (OU LABORATORES, PALAVRA LATINA QUE SIGNIFICA

“TRABALHADORES”): É a ordem composta da população camponesa, a maior parte na condição servil, que realizava os trabalhos necessários à subsistência da sociedade. A condição de servo implicava uma série de restrições à liberdade. Os servos recebiam do senhor o chamado “Manso Servil” (lotes de terra para o cultivo), do qual retiravam sua subsistência. No entanto, os servos eram obrigados a pagar taxas ao senhor e trabalhavam ainda em lugares e tarefas indicados [por eles], sem qualquer tipo de remuneração. Em contrapartida, tinham a posse vitalícia e hereditária de seus mansos, e a proteção militar proporcionada pelo senhor.

Essa organização social, praticamente sem mobilidade entre as ordens, era preservada pela elite do clero e da nobreza em função de seus interesses.

Procurando justificar essa divisão social em três ordens, o bispo francês Adalberon de Laon, no século XI, escreveu o seguinte texto:

A casa de Deus que parece uma é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos os três formam um conjunto e não se separam: a obra de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu apoio aos outros.

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SENHORIOO tamanho médio de um senhorio variava, dependendo da região,

entre 200 e 250 hectares. Cada um tinha uma produção variada de cereais, carnes, leite, manteiga, farinha, vinho, roupas, utensílios domésticos. Alguns produtos como os metais utilizados na confecção de armas e instrumentos e o sal, vinham de fora. O senhorio era dividido em três grandes áreas:

CAMPOS ABERTOS (TERRAS COMUNAIS): Bosques e pastos de uso comum, em que os servos podiam recolher madeira, coletar frutos silvestres e soltar animais, mas não podiam caçar determinados animais,como cervo e javali, por exemplo (um direito exclusivo do senhor).

RESERVAS SENHORIAIS: Terras exclusivas do senhor feudal, cultivadas alguns dias por semana pelos servos para cumprir a obrigação devida ao senhor (corveia). Tudo o que era produzido nessas reservas pertencia ao senhor.

MANSOS SERVIS: Terras utilizadas pelos servos, divididas em lotes (as tenências), das quais eles retiravam seu próprio sustento e os recursos para cumprir as obrigações que deviam aos senhores.

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SERVIDÃONa relação de servidão, os servos não eram proprietários das terras

em que trabalhavam. Eles apenas as usavam, tanto para produzir o próprio sustento como para manter as outras duas ordens (nobreza e clero).

A relação servil também envolvia uma série de obrigações do servo para com o senhor feudal, pagas em forma de trabalho e de produtos. Entre elas, destacavam-se:

CORVEIA: Obrigação servil de trabalhar alguns dias da semana nas reservas senhoriais. Esse trabalho podia ser realizado na agricultura, na criação de animais, na construção de casas e outros edifícios ou em benfeitorias.

TALHA: Obrigação servil de entregar parte da produção agrícola ou pecuária ao senhor feudal.

BANALIDADE: Taxa devida ao senhor pela utilização de equipamentos e instalações do senhorio (celeiro, fornos, moinhos e etc.).

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IMAGENS: COLONATO

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IMAGENS: SUSERANIA E VASSALAGEM

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IMAGENS: SUSERANIA E VASSALAGEM

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IMAGENS: A PIRÂMIDE DO FEUDALISMO

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ALUNOS

DaniellyHermanLucas D.Reyther