Festival Arte como Respiro Lançamento Shows de música ...

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O novo disco da “cantau- tora” Badi Assad traz dez canções, divididas em re- leituras bastante personali- zadas e músicas autorais. O lançamento acontece pela gravadora americana Ro- peadope Records, e por isso o álbum ganhou o nome de “Around The World”. A “Volta ao Mundo em 80 Artistas” foi lançada ini- cialmente no Brasil em livro pela editora Plen – o pri- meiro escrito pela cantora, violonista e compositora. Na sequência, Badi estreou o show homônimo e circulou com ele por diversas partes do país. A “trilogia” agora se completa com o lançamento do disco para o mundo. O repertrio de “Around The World” vem baseado no livro e no show, e foi gravado em formato solo, apenas com sua voz e violão, no His- toric Studio, em Berkeley na Califrnia, pelo engenheiro (e baterista de Bonnie Raitt) Ricky Fataar. Badi faz sua aventura pelos compositores: Alt-J (Inglaterra), Camila Mo- reno (Chile), Björk (Is- lândia), Lorde (Nova Ze- lândia), Hozier (Irlanda), pelos brasileiros Chico César e Lenine, além de passear pelo mundo árabe, representado pela bela Lamma Bada. “‘Volta ao Mundo em 80 Artistas’ encerra seu ciclo com o lançamento do álbum ‘Around the World’, e com ele se lançando ao mundo. Um projeto que me trouxe muitas alegrias, ao possi- bilitar o compartilhamento de minhas influências di- versas, minha forma de ver o mundo, minhas viagens internacionais, bastidores e particularidades, algo que, de certa forma, era des- conhecido do meu público. Este repertrio sintetiza uma viagem ao mundo com este olhar aberto, mistu- rando sons que se divertem com sua prpria liberdade de existir, sons que der- rubam quaisquer fronteiras e preconceitos possíveis. São canções de eras dis- tintas que me inspiraram a debruçar-me sobre elas de- vocionalmente”, conta Badi. Badi inicialmente não havia planejado lançar este projeto em música, porém recebeu o convite de Ricky Fataar, do Historic Studio, intrigado com as peripécias rítmicas, habilidade e inter- pretação da cantora. (MR) C3 Campo Grande-MS |Quarta-feira, 14 de outubro de 2020 ARTES&LAZER Até domingo, site do Itaú Cultural apresenta 15 artistas representando 10 estados Shows de música brasileira e hip- hop ditam o ritmo nesta semana Festival Arte como Respiro Lançamento Felipe Giubilei/Divulgação Marcelo Rezende Até o dia 18 de outubro, sempre às 20h, o Itaú Cultural apresenta na terceira semana do Festival Arte como Respiro – Edição de Música, no site da instituição www.itaucul- tural.org.br), mais um recorte dos trabalhos contemplados neste segmento entre os edi- tais de emergência realizados pela instituição para apoiar artistas impactados pela sus- pensão social no contexto da pandemia de COVID-19. Desta vez, 15 artistas fazem três pocket shows por dia, com projetos autorais, previamente gravados, de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Per- nambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Disponível para ser assis- tida virtualmente por 24 horas, a programação conta com ar- tistas e apresentações de mú- sicos da nova cena do hip-hop nacional e outros mais conhe- cidos da música brasileira. In- tercalada com os espetáculos de artes cênicas do festival, a agenda da quarta semana de música volta no dia 28 e segue até 1º de novembro. Hoje, a partir das 20h, o show de Craca e Dani Nega, que unem a música eletrônica, rap e sonoridades eletrônicas para apresentarem suas princi- pais músicas de trabalho. Des- taque para o primeiro single da dupla, “Sou Preto Mesmo”, música que faz uma reflexão sobre apropriação cultural, e “Papo Reto”, uma conclamação à luta contra o machismo com ritmos de trip-hop. A dupla encerra a apresentação com a música “Na Faca, na Fúria, no Grito e no Dente”. Em seguida, a cantora e compositora Yane Lopes apresenta, com voz e guitarra elétrica, três músicas de seu repertrio. Em versão acús- tica, mas sem fugir do estilo bossa nova, MPB e jazz, ela inicia com a música “Papel”, inspirada no sentimento de liberdade e de poder fazer o que se ama. Depois, toca “Um S”, que fala sobre emoções e querer muito ter uma compa- nhia ao lado. O show encerra com um “Tão Longo Amor”, canção inspirada nas hist- rias de pessoas que perderam seus companheiros repenti- namente. Para fechar a noite, o cantor e compositor João Amorim apresenta os ritmos latino- -amazônicos. Acompanhado do violonista Fabinho Costa e do percussionista Hian Moreira Amorim, inicia com “India Waiãpi”, canção que traz um ritmo zouk e descreve uma mulher indígena, empo- derada, residente no Amapá. Em seguida, toca “Mercado Central”, canção com os ritmos do batuque do Urial, sobre os pontos turísticos da região. Para completar o show, não poderia faltar “Passa, Tchonga!”, principal canção do cantor amapaense. Ao som de guitarradas, baião, batuque e salsa, a música foi responsável por projetá-lo no cenário nacional. No dia seguinte, quinta- -feira, 15, também às 20h, a in- térprete pernambucana Luiza Fittipaldi apresenta três can- ções que refletem a música popular brasileira, com so- taque nordestino, em voz e violão. A cantora e composi- tora inicia com a música “Por Hora”, uma reflexão sobre a saudade que sentimos de quem amamos. Depois, toca “Involução”, um questiona- mento sobre a racionalidade humana. A apresentação en- cerra com sua música “Ge- ração”, uma mensagem para as pessoas que carregam um sentimento reprimido. Depois dela, é a vez do cantor e percussionista mi- neiro Cristiano Cunha e da cantora paulista Fabiana Cozza. A dupla interpreta os ritmos do samba e da música eletrônica em três canções que fizeram em parceria. Com destaque para os ritmos ex- traídos de sons corporais, a dupla apresenta suas canções “Verbo”, “Para Omara” e “Orí”. Para encerrar a progra- mação da noite, Jards Ma- calé, um dos mais importantes nomes da música brasileira, apresenta três canções au- torais que marcam seu estilo moderno, irreverente, inquieto e transgressor. A primeira delas é “Trevas”, do seu álbum “Besta Fera”, indicado na ca- tegoria Melhor Álbum Latino de Música Popular Brasileira, na edição de 2019 do Grammy Latino. Com performance em voz e violão, o músico toca também suas músicas de su- cesso “Farinha do Desprezo” e “Trevas”, ambas gravadas na década de 1970. Na sexta-feira, 16, no mesmo horário, RAPadura, um dos primeiros artistas ce- arenses a unir os ritmos do rap com o baião, apresenta sua linguagem musical, com letras de protesto misturadas com a tradicional cultura nordes- tina. Para essa performance, ao som da guitarrada e da versatilidade do teclado, o ar- tista canta a música “Quebra- -Queixo”, com rimas que cri- ticam a violência e o abuso contra as mulheres, e suas composições “É Doce Mas Num é Mole” e “Norte-Nordeste me Veste”, esta integra seu pri- meiro EP “Fita Embolada do Engenho”, gravado em 2009. Campo-grandense no festival Seguindo com o hip-hop clássico, o campo-grandense GF Gahiji apresenta três composições autorais que mostram como o incentivo à cultura pode salvar vidas. Na primeira delas, “Black Mamba/Dear Kobe”, ele faz uma homenagem ao ex-jo- gador de basquete da NBA Kobe Bryant, morto em um acidente de helicptero no co- meço deste ano. Em seguida, canta “Perspectivas”, uma reflexão sobre como o medo impacta na vida das pessoas. Para encerrar, “Vai Virar” carrega uma mensagem de protesto sobre a realidade dos jovens da periferia. No terceiro e último show da noite, Evandro Fiti toca suas referências musicais em apresentação intimista com voz e violão. Com a música “Gente Bonita”, faixa título do seu primeiro EP, gravado em parceria com seu irmão Emicida, o artista homena- geia a cultura brasileira com ritmos da música brasileira. Depois, apresenta a canção “Nego Lutou”, um protesto sobre a discriminação enfren- tada pelos negros e a falta da representatividade. Para encerrar, “Será que Eu me Permito”, sua canção mais recente, fala sobre liberar os sentimentos mais profundos, arrependimento e o medo de repetir erros do passado. A programação do fim de semana é totalmente dedi- cada à música regional e ao hip-hop. No sábado, 17, às 20h, o irreverente rabequista alagoano Nelson da Rabeca apresenta os ritmos da cul- tura local com três canções autorais. Ao lado de sua par- ceira e vocalista Benedita da Estilo irreverente e marcante de Jards Macalé encerra a noite de quinta-feira (15). Badi Assad apresenta novo álbum “Around The World” Silva ele toca a instrumental “Saudade de Viajar”, e, em seguida, as obras “Rabequiê, Pense meu Filho” e “Quem tiver Dormindo Acorde”. Logo depois, representando a música popular paraibana, Odete de Pilar canta obras que carregam raízes de manifesta- ções culturais de sua região. Na música “Rosa”, ela é acom- panhada pelo tecladista Felipe do Monte. Em “Foi no Porão”, canta à capela. Na última mú- sica, “Olê Olá”, ela se apresenta com a participação especial do sanfoneiro, Erivaldo Pontes. Navegando pela cultura nor- tista e nordestina do bumba- -meu-boi, a orquestra Boi do Una apresenta um repertrio carregado com o sotaque do Maranhão, em ritmos que se assemelham ao do xote. Apre- sentando manifestações folcl- ricas há 20 anos, o grupo esco- lheu para este pocket-show as canções “A Tardinha”, “Nosso Amor” e “Verão em Morros”. No domingo, dia 18, no mesmo horário, o Nordest- -Side, uma das grandes reve- lações do hip-hop cearense atual, selecionou três músicas que promovem a música alter- nativa na cidade de Itapipoca. Para essa apresentação, o grupo, formado por NZ, Dcm Negro e DuVerso, mostra para o público suas canções “Amores e Rancores”, “Máfia dos Cabeça-Chata” e “Leve e Letal”. Seguindo pelo hip-hop, desta vez na cena baiana, as MC’s Mirapotira e Cíntia Savioli, integrantes do grupo Rima Mina, mostram que o estilo também conta com o pro- tagonismo das mulheres. Para essa performance, em formato freestyle e com mensagens de empoderamento feminino, elas cantam as músicas “Todo Mundo Finge”, “Rap ou Nada” e “Sobrevivente da Rua!”. Para encerrar a noite, a apresentação é do projeto Santa Mala, grupo de rap for- mado por Jenny, Pamela e Abi- gail Llanque, três irmãs costu- reiras de La Paz, na Bolívia, que vivem em São Paulo e têm um estilo afetivo e de resistência. Com as músicas “Es for Life”, “19 de Deciembre” e “Raza”, as artistas cantam no ritmo do hip-hop latino. (Com assesoria) SERVIÇO: Festival Arte como Respiro – Edição Música – Autoral vai até o dia 18 de outubro, sempre às 20h, no site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br.

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O novo disco da “cantau-tora” Badi Assad traz dez canções, divididas em re-leituras bastante personali-zadas e músicas autorais. O lançamento acontece pela gravadora americana Ro-peadope Records, e por isso o álbum ganhou o nome de “Around The World”.

A “Volta ao Mundo em 80 Artistas” foi lançada ini-cialmente no Brasil em livro pela editora Polen – o pri-meiro escrito pela cantora, violonista e compositora. Na sequência, Badi estreou o show homônimo e circulou com ele por diversas partes do país. A “trilogia” agora se completa com o lançamento do disco para o mundo.

O repertorio de “Around The World” vem baseado no livro e no show, e foi gravado em formato solo, apenas com sua voz e violão, no His-toric Studio, em Berkeley na California, pelo engenheiro (e baterista de Bonnie Raitt) Ricky Fataar.

Badi faz sua aventura pelos compositores: Alt-J (Inglaterra), Camila Mo-reno (Chile), Björk (Is-lândia), Lorde (Nova Ze-lândia), Hozier (Irlanda), pelos brasileiros Chico César e Lenine, além de passear pelo mundo árabe, representado pela bela Lamma Bada.

“‘Volta ao Mundo em 80 Artistas’ encerra seu ciclo com o lançamento do álbum ‘Around the World’, e com ele se lançando ao mundo. Um projeto que me trouxe muitas alegrias, ao possi-bilitar o compartilhamento de minhas influências di-versas, minha forma de ver o mundo, minhas viagens internacionais, bastidores e particularidades, algo que, de certa forma, era des-conhecido do meu público. Este repertorio sintetiza uma viagem ao mundo com este olhar aberto, mistu-rando sons que se divertem com sua propria liberdade de existir, sons que der-rubam quaisquer fronteiras e preconceitos possíveis. São canções de eras dis-tintas que me inspiraram a debruçar-me sobre elas de-vocionalmente”, conta Badi.

Badi inicialmente não havia planejado lançar este projeto em música, porém recebeu o convite de Ricky Fataar, do Historic Studio, intrigado com as peripécias rítmicas, habilidade e inter-pretação da cantora. (MR)

C3Campo Grande-MS |Quarta-feira, 14 de outubro de 2020Artes&LAzer

Até domingo, site do Itaú Cultural apresenta 15 artistas representando 10 estados

Shows de música brasileira e hip- hop ditam o ritmo nesta semana

Festival Arte como Respiro Lançamento

Felipe Giubilei/Divulgação

Marcelo Rezende

Até o dia 18 de outubro, sempre às 20h, o Itaú Cultural apresenta na terceira semana do Festival Arte como Respiro – Edição de Música, no site da instituição www.itaucul-tural.org.br), mais um recorte dos trabalhos contemplados neste segmento entre os edi-tais de emergência realizados pela instituição para apoiar artistas impactados pela sus-pensão social no contexto da pandemia de COVID-19. Desta vez, 15 artistas fazem três pocket shows por dia, com projetos autorais, previamente gravados, de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Per-nambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

Disponível para ser assis-tida virtualmente por 24 horas, a programação conta com ar-tistas e apresentações de mú-sicos da nova cena do hip-hop nacional e outros mais conhe-cidos da música brasileira. In-tercalada com os espetáculos de artes cênicas do festival, a agenda da quarta semana de música volta no dia 28 e segue até 1º de novembro.

Hoje, a partir das 20h, o show de Craca e Dani Nega, que unem a música eletrônica, rap e sonoridades eletrônicas para apresentarem suas princi-pais músicas de trabalho. Des-taque para o primeiro single da dupla, “Sou Preto Mesmo”, música que faz uma reflexão sobre apropriação cultural, e “Papo Reto”, uma conclamação à luta contra o machismo com ritmos de trip-hop. A dupla encerra a apresentação com a música “Na Faca, na Fúria, no Grito e no Dente”.

Em seguida, a cantora e compositora Yane Lopes apresenta, com voz e guitarra elétrica, três músicas de seu repertorio. Em versão acús-tica, mas sem fugir do estilo bossa nova, MPB e jazz, ela inicia com a música “Papel”, inspirada no sentimento de liberdade e de poder fazer o que se ama. Depois, toca “Um So”, que fala sobre emoções e querer muito ter uma compa-nhia ao lado. O show encerra com um “Tão Longo Amor”, canção inspirada nas histo-rias de pessoas que perderam seus companheiros repenti-namente.

Para fechar a noite, o cantor e compositor João Amorim apresenta os ritmos latino-

-amazônicos. Acompanhado do violonista Fabinho Costa e do percussionista Hian Moreira Amorim, inicia com “India Waiãpi”, canção que traz um ritmo zouk e descreve uma mulher indígena, empo-derada, residente no Amapá. Em seguida, toca “Mercado Central”, canção com os ritmos do batuque do Urial, sobre os pontos turísticos da região. Para completar o show, não poderia faltar “Passa, Tchonga!”, principal canção do cantor amapaense. Ao som de guitarradas, baião, batuque e salsa, a música foi responsável por projetá-lo no cenário nacional.

No dia seguinte, quinta--feira, 15, também às 20h, a in-térprete pernambucana Luiza Fittipaldi apresenta três can-ções que refletem a música popular brasileira, com so-taque nordestino, em voz e violão. A cantora e composi-tora inicia com a música “Por Hora”, uma reflexão sobre a saudade que sentimos de quem amamos. Depois, toca “Involução”, um questiona-mento sobre a racionalidade humana. A apresentação en-cerra com sua música “Ge-ração”, uma mensagem para as pessoas que carregam um sentimento reprimido.

Depois dela, é a vez do cantor e percussionista mi-neiro Cristiano Cunha e da cantora paulista Fabiana Cozza. A dupla interpreta os ritmos do samba e da música eletrônica em três canções que fizeram em parceria. Com destaque para os ritmos ex-

traídos de sons corporais, a dupla apresenta suas canções “Verbo”, “Para Omara” e “Orí”.

Para encerrar a progra-mação da noite, Jards Ma-calé, um dos mais importantes nomes da música brasileira, apresenta três canções au-torais que marcam seu estilo moderno, irreverente, inquieto e transgressor. A primeira delas é “Trevas”, do seu álbum “Besta Fera”, indicado na ca-tegoria Melhor Álbum Latino de Música Popular Brasileira, na edição de 2019 do Grammy Latino. Com performance em voz e violão, o músico toca também suas músicas de su-cesso “Farinha do Desprezo” e “Trevas”, ambas gravadas na década de 1970.

Na sexta-feira, 16, no mesmo horário, RAPadura, um dos primeiros artistas ce-arenses a unir os ritmos do rap com o baião, apresenta sua linguagem musical, com letras de protesto misturadas com a tradicional cultura nordes-tina. Para essa performance, ao som da guitarrada e da versatilidade do teclado, o ar-tista canta a música “Quebra--Queixo”, com rimas que cri-ticam a violência e o abuso contra as mulheres, e suas composições “É Doce Mas Num é Mole” e “Norte-Nordeste me Veste”, esta integra seu pri-meiro EP “Fita Embolada do Engenho”, gravado em 2009.

Campo-grandense no festival Seguindo com o hip-hop

clássico, o campo-grandense GF Gahiji apresenta três composições autorais que

mostram como o incentivo à cultura pode salvar vidas. Na primeira delas, “Black Mamba/Dear Kobe”, ele faz uma homenagem ao ex-jo-gador de basquete da NBA Kobe Bryant, morto em um acidente de helicoptero no co-meço deste ano. Em seguida, canta “Perspectivas”, uma reflexão sobre como o medo impacta na vida das pessoas. Para encerrar, “Vai Virar” carrega uma mensagem de protesto sobre a realidade dos jovens da periferia.

No terceiro e último show da noite, Evandro Fioti toca suas referências musicais em apresentação intimista com voz e violão. Com a música “Gente Bonita”, faixa título do seu primeiro EP, gravado em parceria com seu irmão Emicida, o artista homena-geia a cultura brasileira com ritmos da música brasileira. Depois, apresenta a canção “Nego Lutou”, um protesto sobre a discriminação enfren-tada pelos negros e a falta da representatividade. Para encerrar, “Será que Eu me Permito”, sua canção mais recente, fala sobre liberar os sentimentos mais profundos, arrependimento e o medo de repetir erros do passado.

A programação do fim de semana é totalmente dedi-cada à música regional e ao hip-hop. No sábado, 17, às 20h, o irreverente rabequista alagoano Nelson da Rabeca apresenta os ritmos da cul-tura local com três canções autorais. Ao lado de sua par-ceira e vocalista Benedita da

Estilo irreverente e marcante de Jards Macalé encerra a noite de quinta-feira (15).

Badi Assad apresenta novo álbum “Around The World”

Silva ele toca a instrumental “Saudade de Viajar”, e, em seguida, as obras “Rabequiê, Pense meu Filho” e “Quem tiver Dormindo Acorde”.

Logo depois, representando a música popular paraibana, Odete de Pilar canta obras que carregam raízes de manifesta-ções culturais de sua região. Na música “Rosa”, ela é acom-panhada pelo tecladista Felipe do Monte. Em “Foi no Porão”, canta à capela. Na última mú-sica, “Olê Olá”, ela se apresenta com a participação especial do sanfoneiro, Erivaldo Pontes.

Navegando pela cultura nor-tista e nordestina do bumba--meu-boi, a orquestra Boi do Una apresenta um repertorio carregado com o sotaque do Maranhão, em ritmos que se assemelham ao do xote. Apre-sentando manifestações folclo-ricas há 20 anos, o grupo esco-lheu para este pocket-show as canções “A Tardinha”, “Nosso Amor” e “Verão em Morros”.

No domingo, dia 18, no mesmo horário, o Nordest--Side, uma das grandes reve-lações do hip-hop cearense atual, selecionou três músicas que promovem a música alter-nativa na cidade de Itapipoca. Para essa apresentação, o grupo, formado por NZ, Dcm Negro e DuVerso, mostra para o público suas canções “Amores e Rancores”, “Máfia dos Cabeça-Chata” e “Leve e Letal”.

Seguindo pelo hip-hop, desta vez na cena baiana, as MC’s Mirapotira e Cíntia Savioli, integrantes do grupo Rima Mina, mostram que o estilo também conta com o pro-tagonismo das mulheres. Para essa performance, em formato freestyle e com mensagens de empoderamento feminino, elas cantam as músicas “Todo Mundo Finge”, “Rap ou Nada” e “Sobrevivente da Rua!”.

Para encerrar a noite, a apresentação é do projeto Santa Mala, grupo de rap for-mado por Jenny, Pamela e Abi-gail Llanque, três irmãs costu-reiras de La Paz, na Bolívia, que vivem em São Paulo e têm um estilo afetivo e de resistência. Com as músicas “Es for Life”, “19 de Deciembre” e “Raza”, as artistas cantam no ritmo do hip-hop latino. (Com assesoria)

Serviço: Festival Arte como Respiro – Edição Música – Autoral vai até o dia 18 de outubro, sempre às 20h, no site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br.