Festas da Barquinha

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09 Junho 2010 | O MIRANTE 34 | FESTAS DA BARQUINHA V ila Nova da Barquinha prome- te não parar entre 10 e 13 de Junho com mais uma edição do festival “Barquinha Non Stop”. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, com o apoio da LusoEvents, aposta na diferenciação das festas que se realizam nos conce- lhos vizinhos, direccionando-se cada vez mais para ser um festival de artes de animação e teatro de rua com o objectivo de mostrar o que de mais criativo e surpreendente existe neste género de expressão artística. Por isso, este ano, o certame surge com uma nova imagem e apresenta uma programação diversificada, trazendo ao “Barquinha Parque” companhias artísticas de França e Argentina. “Pretendemos marcar a diferença e, por isso, apresentamos como elemento essencial o teatro de rua e de animação que queremos, de ano para ano, aprofundar”, disse o presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Miguel Pombeiro, na apresentação do evento que decorreu na tarde de quinta-feira, 20 de Maio, no Centro Cultural. Destacando a realização de dois espectáculos principais - um de teatro voador e outro de teatro de fogo - Mi- guel Pombeiro referiu que o orçamen- to destas festas ronda os 75 mil euros e que o certame levou cerca de três meses a organizar. “Voála”, um grupo que vem da Argentina, proporciona, a 12 ESTRATÉGIA. A autarquia aposta na diferenciação das festas e por isso apresenta um cartaz com vários grupos de teatro de rua Animação e teatro de rua são atracção principal das festas da Barquinha “Barquinha Non Stop” decorre entre 10 e 13 de Junho e apresenta companhias artísticas de renome internacional foto O MIRANTE de Junho, pelas 23h00, um espectáculo de teatro voador onde os protagonistas fazem coreografias a grande altitude, acompanhados por uma banda com composições originais, composta por uma cantora lírica, baixo, guitarra, ba- teria e teclas. Já a companhia francesa de teatro de fogo “La Salamandre” actua a 13 de Junho, pelas 23h00, e vai apresentar um espectáculo que promete impressionar o público com uma forma de expressão artística di- ferente a que está habituado. Outro dos momentos altos do programa acontece na sexta-feira, 11 de Junho, cerca das 23h00, com o espectáculo “Sinfonia de Fogo”, onde o grupo Luso Pirotecnia, que promove actuações de pirotecnia diárias du- rante os quatro dias do certame, vai actuar em conjunto com a Orquestra Ligeira do Exército, composta por cin- co saxofones, quatro trompetes, quatro trombones, dois teclados, duas violas, duas percussões e três vocalistas. Artes circenses, insufláveis, música, dança, folclore, espectáculos de pirotecnia, gastronomia, artesanato e desporto completam o leque do “Barquinha Non Stop” 2010. A autarquia tem boas expectativas em relação à adesão do público em- bora admita que seja difícil precisar o número de visitantes uma vez que o certame decorre ao ar livre. “Pelo que me disseram, no evento do ano passado recebemos a visita de 40 mil pessoas pelo que, este ano, as nossas expectativas também são elevadas”, sublinhou Miguel Pombeiro, frisando que um objectivos desta iniciativa passa também por dar a conhecer o património natural e histórico de Vila Nova da Barquinha bem como os seus equipamentos e infra-estruturas. Loja do Cidadão pronta a funcionar este Verão A Loja do Cidadão que está a ser construída em Vila Nova da Barquinha deve abrir ao público no decorrer do próximo Verão, infor- mou a autarquia em comunicado, citando informações da Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração. As obras de adaptação do edifício sede do Pára-Clube Nacional “Os Boinas Verdes”, na Rua Mare- chal Carmona, tiveram início em Abril. A empreitada, cujo valor base é de 300 mil euros, tem um prazo de execução de 45 dias. A Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha vai ser a primeira a ser instalada na sub-região do Médio Tejo. Permite o acesso a um vasto leque de serviços públicos e privados, funcionando numa lógica de Balcão Multiserviços, onde os munícipes podem tratar e ver resolvidos di- versos assuntos que anteriormente só com deslocações a Santarém ou Lisboa poderiam resolver. A nova valência vai ser instalada em pleno centro histórico da vila, a escassos 50 metros do edifício da câmara municipal. Câmara de Vila Nova da Barquinha no Facebook A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha aderiu à rede social Facebook. “Na era da Internet 2.0, a velocidade de circulação da informa- ção é cada vez maior, e os suportes comunicacionais mais privilegiados passam pelas chamadas ‘redes sociais’, como o Facebook, onde os utilizadores também podem gerar informação”, revela a autarquia no seu site na Internet. A intenção do município é promover os eventos, os projectos e as iniciativas e divulgar os recursos turísticos do concelho.

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09 Junho 2010 | O MIRANTE34 | FESTAS DA BARQUINHA

Vila Nova da Barquinha prome-te não parar entre 10 e 13 de Junho com mais uma edição do festival “Barquinha Non Stop”. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, com o apoio da LusoEvents, aposta na diferenciação das festas que se realizam nos conce-lhos vizinhos, direccionando-se cada vez mais para ser um festival de artes de animação e teatro de rua com o objectivo de mostrar o que de mais criativo e surpreendente existe neste género de expressão artística.

Por isso, este ano, o certame surge com uma nova imagem e apresenta uma programação diversificada, trazendo ao “Barquinha Parque” companhias artísticas de França e Argentina. “Pretendemos marcar a diferença e, por isso, apresentamos como elemento essencial o teatro de rua e de animação que queremos, de ano para ano, aprofundar”, disse o presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Miguel Pombeiro, na apresentação do evento que decorreu na tarde de quinta-feira, 20 de Maio, no Centro Cultural.

Destacando a realização de dois espectáculos principais - um de teatro voador e outro de teatro de fogo - Mi-guel Pombeiro referiu que o orçamen-to destas festas ronda os 75 mil euros e que o certame levou cerca de três meses a organizar. “Voála”, um grupo que vem da Argentina, proporciona, a 12

ESTRATÉGIA. A autarquia aposta na diferenciação das festas e por isso apresenta um cartaz com vários grupos de teatro de rua

Animação e teatro de rua são atracção principal das festas da Barquinha“Barquinha Non Stop” decorre entre 10 e 13 de Junho e apresenta companhias artísticas de renome internacional

foto O MIRANTE

de Junho, pelas 23h00, um espectáculo de teatro voador onde os protagonistas fazem coreografias a grande altitude, acompanhados por uma banda com composições originais, composta por uma cantora lírica, baixo, guitarra, ba-teria e teclas. Já a companhia francesa de teatro de fogo “La Salamandre” actua a 13 de Junho, pelas 23h00, e vai apresentar um espectáculo que promete impressionar o público com uma forma de expressão artística di-ferente a que está habituado.

Outro dos momentos altos do programa acontece na sexta-feira, 11 de Junho, cerca das 23h00, com o espectáculo “Sinfonia de Fogo”, onde o grupo Luso Pirotecnia, que promove actuações de pirotecnia diárias du-rante os quatro dias do certame, vai actuar em conjunto com a Orquestra Ligeira do Exército, composta por cin-co saxofones, quatro trompetes, quatro trombones, dois teclados, duas violas, duas percussões e três vocalistas. Artes circenses, insufláveis, música, dança, folclore, espectáculos de pirotecnia, gastronomia, artesanato e desporto completam o leque do “Barquinha Non Stop” 2010.

A autarquia tem boas expectativas em relação à adesão do público em-bora admita que seja difícil precisar o número de visitantes uma vez que o certame decorre ao ar livre. “Pelo que me disseram, no evento do ano passado recebemos a visita de 40 mil pessoas pelo que, este ano, as nossas

expectativas também são elevadas”, sublinhou Miguel Pombeiro, frisando que um objectivos desta iniciativa passa também por dar a conhecer o património natural e histórico de Vila Nova da Barquinha bem como os seus equipamentos e infra-estruturas.

Loja do Cidadão pronta a funcionar este Verão

A Loja do Cidadão que está a ser construída em Vila Nova da Barquinha deve abrir ao público no decorrer do próximo Verão, infor-mou a autarquia em comunicado, citando informações da Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração. As obras de adaptação do edifício sede do Pára-Clube Nacional “Os Boinas Verdes”, na Rua Mare-chal Carmona, tiveram início em Abril. A empreitada, cujo valor base é de 300 mil euros, tem um prazo de execução de 45 dias.

A Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha vai ser a primeira a ser instalada na sub-região do Médio Tejo. Permite o acesso a um vasto leque de serviços públicos e privados, funcionando numa lógica de Balcão Multiserviços, onde os munícipes podem tratar e ver resolvidos di-versos assuntos que anteriormente só com deslocações a Santarém ou Lisboa poderiam resolver. A nova valência vai ser instalada em pleno centro histórico da vila, a escassos 50 metros do edifício da câmara municipal.

Câmara de Vila Nova da Barquinha no Facebook

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha aderiu à rede social Facebook. “Na era da Internet 2.0, a velocidade de circulação da informa-ção é cada vez maior, e os suportes comunicacionais mais privilegiados passam pelas chamadas ‘redes sociais’, como o Facebook, onde os utilizadores também podem gerar informação”, revela a autarquia no seu site na Internet. A intenção do município é promover os eventos, os projectos e as iniciativas e divulgar os recursos turísticos do concelho.

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O MIRANTE | 09 Junho 2010 FESTAS DA BARQUINHA | 35

“O cartaz das festas deste ano é muito atractivo”Anabela Marques, 40 anos, comerciante pronto-a-vestir, Moita do Norte

Anabela Marques gosta muito das festas de Vila Nova da Barquinha que, apesar dos tempos anunciados de crise, se devem sem-

Festa é festa e nos tempos difíceis a necessidade de uma boa festa é ainda mais que noutras

alturas. Para tristezas já bastam as que nos são impostas pelas medidas de austeridade.

Haja alegria que tristezas não pagam dívidas

“Fecho o café mais cedo para ir às festas”Célio Antunes, 33 anos, empresário de restau-ração, Vila Nova da Barquinha

Célio Antunes considera que por enquanto, e apesar dos tempos serem de crise, as festas da Barquinha devem realizar-se uma vez que se nota uma maior movimentação de pessoas o que contribuiu para a dinamização do co-mércio local. Proprietário do café Alto da Fonte, confessa que não resiste a fechar o café mais cedo para poder ir às festas. O empresário considera que a renovação do parque escolar, actualmente em curso, vai ajudar a expandir o concelho e chamar mais pessoas a Vila Nova da Barquinha. Considera que devia existir mais indústria nesta zona para serem gerados mais em-pregos e refere que o Parque Ribeirinho é uma das atracções principais da vila.

“As festas são positivas para o concelho e de bastante interesse para a região”António Constantino, 65 anos, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha

Para o presidente da junta de fregue-sia de Vila Nova da Barquinha, António Constantino, as festas devem realizar-se mesmo em tempo de crise, indicando que é a câmara municipal que determina o orçamento das mesmas. “As festas são positivas para o concelho e de bastante in-teresse para a região”, atesta o autarca que considera que a Barquinha tem excelentes condições para acolher os espectáculos anunciados. António Constantino conside-ra que o Parque Ribeirinho foi um grande investimento e, por este motivo, tem que ser rentabilizado e aproveitado para a realização de um maior conjunto diversi-ficado de actividades, dinamizando não só o espaço verde como o comércio local. “A junta vai participar com um stand na festa onde, este ano, vão ser promovidos os seis restaurantes da freguesia, no sentido de divulgar a oferta gastronómica”, anuncia. Por norma, vai sempre às festas e assiste a todos os espectáculos que pode. “Este ano o cartaz é bastante atractivo e sai do âmbito do que é normal na região. Vai ser uma animação total e constante nas ruas da vila”, garante.

“Nestes dias não pensamos na crise”Rui Jesus, 34 anos, operador fabril, Vila Nova da Barquinha

Rui Jesus costuma ir às festas de Vila Nova da Barquinha e gosta muito de apreciar o espectáculo de fogo-de-artifí-cio. Considera que o cartaz deste ano é diferente e por isso está curioso com o que vai ver. Na sua opinião, a crise não justifica que não se realizem as festas. “Pelo contrário, ao menos nestes dias não pensamos na crise”, refere. Em relação à vila é com agrado que vê aumentar a oferta habitacional o que pode vir a atrair a fixação de jovens casais no concelho. Gostava, no entanto, que houvesse mais desenvolvimento em termos de oferta comercial na vila “para que não fosse tão parada”, uma vez que só o parque ribeirinho anima o ambiente.

“São festas diferentes das habituais”Tiago Fernandes, 31 anos, Director financeiro Batadec, Torres Novas

Apesar de morar em Torres Novas, Tiago Fernandes conhece as festas de Vila Nova da Barquinha que considera “diferentes” das que habitualmente

“A vila enche-se de gente simpática por estes dias”Flávio Queirós, 45 anos, fotógrafo freelancer, Praia do Ribatejo

A crise não deve ser impedimento à realização das festas, considera Flávio Queirós. “Já é uma tradição de anos e por isso, com menos ou mais dinheiro, devem ser mantidas”, aponta o mo-rador da Praia do Ribatejo. Gosta da animação que a vila ganha por estes dias “enchendo-se de pessoas simpáti-cas”. O Parque Ribeirinho foi um bom investimento da autarquia, atraindo muita gente ao fim-de-semana mas considera que falta no dia-a-dia gente mais jovem nas ruas da Barquinha. “Se houvesse mais oferta de emprego, a rapaziada nova já não fugia para outros lados”, atesta.

pre realizar. “Se não for com mais artistas, com menos artistas”, opina. Acha o cartaz deste ano muito atractivo e está muito curiosa com o espectáculo de teatro voador e da orquestra com fogo-de-artifício. “Fui o ano passado e as festas foram óptimas”, sublinhou. Considera que o jardim do Parque Ribeirinho deve ser mais aprovei-tado nomeadamente com a realização de outras iniciativas ao longo do ano e deixa um conselho ecológico à organização: que sejam fornecidos mais contentores para a separação de lixo que, neste ocasião, é produzido em maior volume.

se organizam em outros concelhos. “É uma forma diferente de abordar as fes-tas tradicionais, nas quais se convida o artista ou banda musical e que também pode atrair outro tipo de público”, refere embora considere que quem se desloca a estas festas fá-lo mais pelo convívio. A crise não deve ser desculpa para que se deixem de realizar festas, muitas vezes evocativas da data da fundação da ci-dade ou do concelho, embora quem as promova tenha que praticar uma gestão mais cuidada das festas. Ocasionalmente, costuma ir ao Parque Ribeirinho que considera que contribuiu para o desen-volvimento da vila, cativando visitantes dos concelhos vizinhos.