Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP
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Sistema Financeiro eFinanciamento do Desenvolvimento
Doutorado em Economia e Doutorado em Desenvolvimento Econômico
Disciplina: Desenvolvimento Capitalista no Brasil1º semestre de 2012
Fernando Nogueira da CostaProfessor do IE-UNICAMP
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
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Estrutura da apresentação
Abordagem Conceitual
Abordagem Institucional
Abordagem da Política Financeira
Abordagem da Política de Crédito
Desenvolvimento Capitalista no Brasil:Conclusão
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Abordagem Institucional
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Capitalismos nacionais
4
Cada nação tende a desenvolver estilo de capitalismo
culturalmente distinto.
Cada Estado incorpora
determinada configuração de
poder e autoridade, refletida na criação e
operação de suas instituições.
Cada capitalismo tem sua própria configuração de
mercado, Estado e outras instituições para a coordenaçãoe a governança dos
setores de atividades.
Os analistas acabaram por particularizar
cada capitalismo, como fosse nacional ou étnico, tal como o capitalismo norte-
americano, o europeu, ou o japonês, etc.
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5
O capitalismo mundial é combinado e desigual,
pois há diferenças nacionais, históricas e institucionais.
A economia de mercado no mundo é composta de distintos
mercados de capitais, cada qual com mercado de ações, bancos privados e
bancos públicos cumprindo a missão de “dar saltos na história”.
Para tirar a defasagem na dinâmica concorrencial,
as nações-estados usam diferentes instituições financeiras.
Em nível mais abstrato, pode-se falar em capitalismo mundial, porém,
quando se diminui a abstração, incorporando na análise as instituições
financeiras, é necessário datar e localizar os capitalismos financeiros.
Variedades de Capitalismos
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6
a sociedade tradicionalas precondições
para o arranco
o arranco propriamente
dito
a marcha para a maturidade
a era do consumo de massa
Walt W. Rostow: visão monoeconômica
• take-off = decolagem, arranco ou impulso brusco, exógeno ao sistema econômico
Essas cinco etapas do desenvolvimento têm conteúdo idêntico para todos os países, independentemente do momento em que cada qual se industrializa. • Ritmo pentamétrico:
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7
Alexander Gerschenkron demonstrou que
a industrialização tardia dos países europeus,
como na Alemanha e na Rússia, diferiu da revolução industrial
inglesa.
O papel dos bancos e do Estado, na centralização do capital
necessário ao grande investimento inicial,
é completamente diferente do representado na
industrialização originária.
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8
Gerschenkron forneceu apoio histórico à
argumentação contra a monoeconomia.
Pode haver mais de um caminho em direção ao
desenvolvimento.
Os países que decidiram industrializar-se tenderam
a forjar suas próprias políticas, instituições,
sequências e ideologias, para alcançar a meta.
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Regimes macro-financeiros
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economia de endividamento ou com cobertura financeira
economia de autofinanciamento ou com fundos próprios
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Duas alternativas de financiamento a termo
na industrialização brasileira:
financiamento direto (ou autofinanciamento)
via reinvestimento de lucro da indústria,
acumulado em função de:
redistribuição de renda entre o setor industrial e
o agrícola implícita em suas relações de troca;
aumento da produtividade industrial
acima dos salários reais, e ampliado por remarcação
de preços em ritmo superior aos custos.
financiamento indireto via intermediários financeiros e/ou:
entrada de capital estrangeiro, mecanismo cambial, tributação e/ou
outro instrumento governamental.
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Fontes dos fundos para
o processo de industrialização
Setor Público: diretamente
pelo setor financeiro estatal ou via incentivos fiscais e
concessão de subsídios cambiais à importação de equipamentos.
Setor Externo: principalmente,
no financiamento de importações.
Setor Privado: recorre ao autofinanciamento
1. pelo aumento da participação societária de matrizes ou
associadas, através do ingresso de capital externo (IDE –
Investimento Direto Estrangeiro), ou 2. pela utilização de lucros
retidos, depreciação e reservas.
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Zysman: tipologia do mercado financeiro
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Modelo dos países anglo-saxões: baseado em mercado de capitais;
Modelo franco-nipônico: baseado em crédito público;
Modelo germânico: baseado em crédito privado.
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Sistemas financeiros nacionais: variações
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Importância dos diferentes mercados na transferência de recursos entre aplicações e investimento:
sistemas baseados em mercado de capitais X sistemas baseados em crédito
Maneira pela qual os preços são fixados nesses mercados: preços competitivos,
preços de oligopólios privados ou preços fixados pelo governo.
controle de agregados monetários
alocação de recursos entre setores competidores
Atuação assumida pelo governo no
sistema financeiro:
administração quantitativa direta ou manipulação das
condições de mercado
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Tipos de sistemas financeiros: correlacionados aos modelos de transição
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sistemas financeiros baseados em mercado
de capitais com preços
determinados competitivamente, tiveram condução
empresarial do crescimento.
Estados Unidos e Inglaterra
sistemas financeiros baseados em crédito
e preços administrados, tiveram condução estatal
do processo de salto de etapas.
França e Japão
com uma instituição estatal dominante, dentro de sistema
financeiro baseado em crédito privado,
houve elementos de negociação política nos processos de mudança.
Alemanha
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Tropicalização Antropofágica Miscigenada
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A economia brasileira possui traços não plenamente desenvolvidos dos três modelos de financiamento a prazo.
crédito privado
incipiente
crédito público
insuficiente
mercado de capitais
raquítico
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Tropicalização Antropofágica Miscigenada
“Independentemente dos homens e de suas intenções, sempre que o Banco Central se entrega à austeridade financeira, os Bancos Públicos escancaram os cofres, com a inevitabilidade quase de uma lei natural”.
“O comportamento dos Bancos Públicos é, por definição, o desejado pelo Governo da ocasião, seja ele monetarista, seja desenvolvimentista, ou, quase sempre, apenas pragmático”.
Prim
eira
Lei
Segunda Lei
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Leis daTropicalização Antropofágica Miscigenada
Não interpretar essas leis no sentido negativo: “os bancos públicos
inviabilizam a política monetária”.
Primeiro, a dosagem de suas operações
é instrumento básico de política monetária.
Segundo, o direcionamento setorial do crédito dá-lhe flexibilidade.
Muito antes pelo contrário!
No final das contas, controlar com uma mão,
liberar com outra, é melhor para o País.
Crédito direcionado a setores prioritários: “amortecedor” de recessão provocada pela ânsia de controle monetário
geral por parte da autoridade monetária.
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Breve história da riqueza brasileira
Desde a Colônia, a manutenção da riqueza em nosso país não ocorre de forma estritamente monetária;
no passado, predominava o estoque de riqueza em escravos, engenhos, terras, imóveis urbanos, etc.
A forma de manutenção de fortuna local era em bens de raiz, havendo grande dificuldade para
transformar a fortuna em dinheiro.
Após a Independência, desde o século XIX, as emissões de títulos de dívida pública forneceram
lastro para aplicações financeiras.
Contrapuseram-se, parcialmente, às fugas de capital, antes, para o ouro ou, depois, para as divisas estrangeiras.
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bolhas de ativos
“Bolhas” surgem quando os preços de mercado dos ativos são inconsistentes com o que os fundamentos macroeconômicos justificariam.
Uma economia de boom (com alto crescimento) gera bolha de ativos quando a escala de influxos nominais de riqueza à caça de oportunidades em ativos (riqueza) ultrapassa a capacidade de criação desses ativos de capital.
As bolhas de ativos, seguidas por colapsos de ativos, são virtualmente onipresentes em economias (ou em mercados) com fronteiras delimitadas.
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riqueza de “novos ricos”
Grande parte da riqueza de “novos ricos”, no Brasil, surgiu de atividades não-produtivas, geralmente
ligadas a ganhos de capital por meio de valorizações
patrimoniais, como a venda de bens – imóveis, fazendas, empresas, participações, etc.
– comprados com preços baixos e
vendidos após forte alta.
Os empreendedores pioneiros investiram,
inicialmente, em “zonas de fronteiras”
(ou espaços urbanos) ainda não atendidos por determinadas atividades.
Com o controle monopolista de
mercados locais, obtiveram “ganhos de fundadores”
extraordinários, devido ao progressivo
crescimento das cidades.
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Economia de boom com bolhas imobiliárias
As bolhas de ativos, no Brasil, pouco ocorreram em mercado de ações,
mais em mercado imobiliário.
A demanda por imóveis era determinada pela elevação do grau de
urbanização da população.
A sobra de renda dos mais ricos permitia
construir a “casa própria” e/ou investir em imóveis,
aplicação que era antes considerada segura e rentável.
Entre 1900 e 1973, a taxa de
crescimento médio anual do PIB
brasileiro (4,9%) foi a maior do
mundo.
Tinha mercado secundário organizado
que dava, então, relativa liquidez.
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Economia de Endividamento versus Economia de Mercado de Capitais
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Aqui, até agora, se constituiu Economia de Endividamento,
mas não Economia de Mercado de Capitais.
Ainda não houve no mundo nenhuma experiência de
conversão da primeira nessa última, típica dos países anglo-saxões.
Pelo contrário, mais uma vez (assim como em 1929),
a bolsa de valores de Nova York absorve ações (ADRs) das grandes
empresas do resto do mundo, esvaziando as congêneres.
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O desafio histórico será a junção dessas
“economias” via securitização,
termo oriundo da palavra inglesa “security”.
Significa o processo de transformação de
dívidas com determinado credor em
dívidas com compradores de títulos ou contratos
originados no montante dessa dívida.
Na realidade, trata-se da conversão de empréstimos bancários (e outros ativos)
em títulos (securities) para a venda a
investidores, em mercados secundários
organizados.
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Abordagem Conceitual
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circuito de financiamentoBancos
ComerciaisEmpresas Não
Financeiras
Empresas Não Financeiras
Efeito Multiplicador
Mercado de Capitais Famílias
Investidores Institucionais(EPC, SS, FIF)
Crédito ao Consumidor e Financiamento Habitacional
Bancos de Investimento
Investimento
Renda
GastosAplicações
Lançamento Primário
Fundos de Longo Prazo
Funding
Finance
Pagamento das Dívidas
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empréstimos criam depósitos
O sistema bancário multiplica a quantidade de moeda à medida que
empresta, porque:
o sistema bancário funciona como rede;
os depositantes retiram pouco papel-
moeda do total de depósitos.
Para os bancos, qualquer disponibilidade em seu
passivo, não utilizada em novos empréstimos ou aplicações financeiras
implica custos de oportunidade, considerando-se alguma melhor oportunidade de
benefícios não aproveitada.
![Page 27: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/27.jpg)
Moeda: criada por endividamento e destruída por pagamento de
dívida.
processo de criação da moeda
O suprimento de moeda cresce com o uso, ou seja, expande-se por meio do
endividamento.
processo de destruição da moeda
Se todos tomadores de empréstimos os amortizassem,
liquidando-os, simultaneamente,
toda a oferta de moeda criada por crédito seria extinta.
![Page 28: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/28.jpg)
alavancagem financeiraA utilização de recursos
provenientes de terceiros na composição da estrutura do
capital de determinada empresa, objetivando otimizar o
retorno dos investimentos realizados.
Suponha que o capitalista compre ativo por US$ 100 mil:
Se ele passar a valer US$ 110 mil, sua rentabilidade será de
10%.
Suponha que ele tome emprestado US$ 900 mil, somando aos US$ 100 mil
para comprar mais do ativo:
Caso a cotação do ativo tenha se elevado para US$ 110 mil (mais o equivalente ao custo dos juros), ele duplicará o
capital!
![Page 29: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/29.jpg)
Em termos de custo fiscal e orçamentos
governamentais, IFPF podem
“fazer mais por menos”.
São 9 vezes mais, se comparar o valor em dinheiro necessário para
executar diretamente políticas públicas
com a mesma quantidade de recursos capitalizados
nas IFPF para fazer empréstimos
(e tomar depósitos).
Essas instituições podem gerar políticas públicas
cujo gasto efetivo sai por cerca de 10% do custo
fiscal potencial.
Instituições Financeiras Públicas Federais: alavancagem financeira
![Page 30: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/30.jpg)
30
Tesouro Nacional Banco Central
Tesouraria
Adm. Rec.3º (FIF)
Empréstimos& Depósitos
Empresas(PJ)
Famílias(PF)
Empresas(PJ)
Crédito
Consumo
Renda
Pagamentodo Crédito
Colocação eResgates de Títulos deDívidaPública
Depósitos
Fundos
Títulos de Dívida DiretaOu Ações
Over Fundos
circuito monetário-financeiro
![Page 31: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/31.jpg)
Efeito deslocamento
Crowding out
Se o governo tomar financiamento no mercado, a elevação da taxa de juros que o governo está disposto a
pagar (e pode fazê-lo) deslocaria tomadores não-governamentais
que não teriam condições de pagá-la.
Aqui e agora: o governo força
a queda da taxa de juros.
Crowding in
Quando os gastos governamentais estimulam os investimentos
privados, em vez de deslocá-los ou substituí-los.
Aqui e agora: os gastos governamentais com a capitalização dos bancos públicos
federais alavancam os gastos privados.
![Page 32: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/32.jpg)
Queda da taxa de juros
Depreciação da moeda nacional
Diminuição dos encargos financeiros
Queda da relação
dívida / PIB
Diminuição do déficit nominal
Elevação do superávit primário
Margem fiscal
Caplitalização dos bancos
públicos
Alavancagem do dinheiro
público
Ganho fiscal por meio de
tributos, tributos e
lucros retidos
Maior capacidade produtiva
Crescimento da demanda sem inflação
Crescimento do PIB
![Page 33: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/33.jpg)
Abordagem da Política Financeira
33
![Page 34: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/34.jpg)
44%
39%
17%
Empréstimos
Bancos PúblicosBancos Privados NacionaisBancos Estrangeiros
![Page 35: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/35.jpg)
Títulos de dívida pública = 58% do funding
Financiamento Total:1. Empréstimos bancários:
R$ 2,1 trilhões – relação crédito / PIB: 49,6 %;
2. Dívida mobiliária federal (fora do Banco Central): R$ 1,8 trilhão – relação dívida / PIB: 42,3%;
• Financiamento total: R$ 3,9 trilhões ou 91,9% do PIB (R$ 4,2 trilhões)
• Déficit do balanço de transações correntes (abril de 2012/12 m): US$ 51,6 bilhões ou 2,0% do PIB
Funding:• Saldos em fim de período (abril de 2012)
dos Haveres Financeiros:
1. M1 (papel-moeda em poder do público e depósitos a vista): R$ 258 bilhões;
2. M2 (M1 + depósitos de poupança [R$ 434 bilhões] + depósitos a prazo[R$ 919 bilhões]): R$ 1,6 trilhão.
3. M3 (M2 + quotas de fundos de renda fixa [R$ 1,5 trilhão] + títulos públicos que lastreiam operações compromissadas): R$ 3,2 trilhões;
4. M4 (M3 + títulos públicos de detentores não financeiros): R$ 3,8 trilhões = 90% do PIB.
35
![Page 36: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/36.jpg)
de Títulos de Dívida Pública
![Page 37: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/37.jpg)
![Page 38: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/38.jpg)
Fundos de Investimento Financeiro
Títulos de Dívida Pública na Carteira dos FIF (março de 2012): 60,6% do PL (R$ 2,07 tri)Outros Títulos de Renda Fixa (CDB [7,5%], NP, Debêntures [3,5%] e Outros): 24,5%Renda Variável (Ações): 14,9%
![Page 39: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/39.jpg)
Fatores determinantes da variação DLSP / PIB
NUMERADOR:Resultado NominalResultado Primário
NUMERADOR:Esqueletos
Privatizações
NUMERADOR:Pagamento Líquido de Juros
Efeito Câmbio
DENOMINADOR:Crescimento do PIBVariações do IGP-DI
Dívida Líquida do Setor Público/ PIB
![Page 40: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/40.jpg)
Fatores determinantes da variação DLSP / PIB
NUMERADOR:Despesas menos Receitas Totais
CorrentesDespesas menos Receitas
(exclusive receita e despesas com juros)
NUMERADOR:Reconhecimento de dívidas passadasReceitas com a venda de ativos reais
NUMERADOR:Despesas com Juros – Receita com Juros
Mudança de valor em R$ da dívida líquida denominada em US$
DENOMINADOR:Crescimento acumulado em 12 meses
a preços correntesValoração do PIB a cada mês pelo IGP-DI
Dívida Líquida do Setor Público/ PIB
![Page 41: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/41.jpg)
Fatores determinantes da variação DLSP / PIB
NUMERADOR:Política Fiscal do Ministério da Fazenda
NUMERADOR:Tesouro Nacional
Programa Nacional de Desestatização
NUMERADOR:Política de Juros do Banco CentralPolítica Cambial do Banco Central
DENOMINADOR:Política de Crédito dos Bancos Públicos
Política de Combate à Inflação por Ministério da Fazenda-Banco Central
Dívida Líquida do Setor Público/ PIB
![Page 42: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/42.jpg)
![Page 43: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/43.jpg)
Resultado fiscal, câmbio, PIB e inflação
![Page 44: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/44.jpg)
A Dívida Líquida do Setor Público atingiu R$1.538,2 bilhões (36,6% do PIB) em março/2012, reduzindo-se 0,9 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 6,6% no mês respondeu por redução de R$35,2 bilhões (0,8% do PIB) na DLSP.
No ano, o superávit primário atingiu 4,51% do PIB, 0,43 p.p. do PIB superior ao registrado no mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses o superávit atingiu 3,22% do PIB.
O déficit nominal acumulou 1,27% do PIB, comparativamente a 2,05% do PIB no mesmo período de 2011.
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53
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Espaço para capitalização dos bancos públicos
Observação: o estoque da dívida pública poderá crescer até R$ 194 bilhões, neste ano, cabendo aportes para os bancos públicos alavancarem em crédito até 9 vezes mais do que o valor em dinheiro necessário para executar diretamente políticas públicas.
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queda do juro e spread elevação do crédito
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Análise comparativa internacional
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62
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Caixa Econômica Federal
63
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Geisel1.117.259
Figueiredo2.180.697
Sarney796.109
Collor/Itamar822.294
Fernando Henrique1.875.042
Lula2.542.165
Quantidade de Financiamentos Habitacionais
Obs.: Compõe-se de financiamentos da Caixa e de outros bancos. Fontes: BNH; SBPE/ABECIP e CAIXA. Inclui CONSTRUCARD e Material de Construção Reforma e Ampliação. Origem de recursos considerados com datas de início: FGTS1974; SBPE1974; FDS1993; LH1996; FAR 1999; FAT2002; PSH2002; CONSÓRCIO2003.
Posição: Setembro de 2008
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
TOTAL
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65
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Fontes de recursos para crédito habitacional
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TAXA DE CHEFIA
135 150188
215254
300
360
432
518
622
20 23 33 45 6196
162
249
354
484
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total da Poupança
Limite de 65% para créd.imobiliário
Créd. Imobiliário
15% 15% 18% 21% 24% 32% 45% 58% 68% 78%
ANOCréd.
ImobiliárioTotal da
Poupança
Limite de 65% para
créd. imobiliário
2005 20 135 882006 23 150 982007 33 188 1222008 45 215 1402009 61 254 1652010 96 300 1952011 162 360 2342012 249 432 2812013 354 518 3372014 484 622 404
SBPE – Captação x
Aplicação
incapacidade do crédito direcionado de 65% dosdepósitos de poupança manter o atual ritmo de expansão
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BANCO CENTRAL
DEVEDORESPOUPADORES BANCOS
SECURITIZADORA
INVESTIDORES
SELIC 9% a.a.
DirecionamentoPoupança
6% a.a. + TR 12% a.a. + TR
Saldo Crédito Imobiliário
R$ 223 bi em abril de 2012
Emissão de CRI
Estoque deR$ 24,5 bi em 2011
Atuar
ial 6
% + IPC
A
IPCA: 4,5% a.a TR: 0,7% a.a.
DP: 6,17% a.a.Custo Adm. + Risco: 3 p.p.+ Margem de lucro: 3 p.p.
= Spread: 6 p.p.Taxa Empréstimo: 12,7% a.a.
Taxa Securitização: 1 p.p.CRI: Tx Empr - Tx Sec = 11,7% a.a.
Securitização no Brasil
65%
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Banco do Brasil
74
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![Page 60: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/60.jpg)
![Page 61: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/61.jpg)
BNDES
85
![Page 62: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/62.jpg)
Investimentos em Construção, Máquinas & Equipamentos
![Page 63: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/63.jpg)
Investimentos em energia e transporte
![Page 64: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/64.jpg)
Investimentos para a Copa e no PAC
![Page 65: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/65.jpg)
93
![Page 66: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/66.jpg)
Fonte: BNDES/APE
49,3%39,0%
60,0%49,0%
57,0% 57,0%
42,0%51,0%
45,3% 43,6%
23,4%
16,0%
22,0%
16,0%
19,0% 21,0%
21,0%
26,0%30,0%
39,6%
14,4%
30,0%
6,0%30,0% 13,0% 10,0%
17,0%
9,0%6,1%
8,9%8,6% 14,0% 10,0%
5,0%9,0% 10,0%
15,0% 7,0%3,1%
4,2%4,3% 1,0% 2,0% 0,0% 2,0% 2,0% 5,0% 7,0%
15,6%3,7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Média 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008e 2009p
Lucros Retidos BNDES Capitações Externas Debêntures Açõese-estimado p-previsto
Padrão de Financiamento dos Investimento na Indústria e Infra-estrutura no Brasil (2001-2009)
Captações
![Page 67: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/67.jpg)
(ações, debêntures, notas promissórias, FIDC, FIP e outras)
40,0
24,5
47,1
61,852,3
110,2
64,9
131,3
92,2
128,8
84,2
30,1
2004 2005 2006 2007 2008 Ago 2009
R$ bilhão
Desembolsos do BNDES Ofertas primárias registradas na CVM
Fonte: BNDES.
BNDES e o Mercado de Capitais
![Page 68: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/68.jpg)
Crescimento do BNDES (% no Total)
![Page 69: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/69.jpg)
97
![Page 70: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/70.jpg)
98
![Page 71: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/71.jpg)
A partir do 3º trimestre de 2009, o Tesouro Nacional
passou a ser a principal fonte de recursos do BNDES,
posição historicamente
ocupada pelo FAT
recursos captados em 2009
(R$ 105 bilhões), em 2010
(R$ 107 bilhões), e em 2011
(R$ 50,2 bilhões), na forma de títulos públicos do Tesouro
Nacional
Os empréstimos e repasses do Tesouro Nacional e do FAT,
representavam, respectivamente,
49,7% e 23,4% das fontes de recursos do BNDES em 31/12/11.
![Page 72: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/72.jpg)
Reajuste real do salário mínimo, aumento dos rendimentos e alta rotatividade
![Page 73: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/73.jpg)
Devido a incentivos fiscais concedidos pelo governo para estimular a formalização do mercado de trabalho,
a desoneração do PIS-Pasep para as empresas que aderiram ao Simples tem impacto direto na diminuição
do ritmo de crescimento da arrecadação do tributo, que é a principal fonte de recursos do FAT.
• a política de reajuste real do salário mínimo,
• a alta rotatividade do trabalhador no mercado de trabalho, e
• o aumento dos rendimentos dos brasileiros.
As despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com abono salarial e seguro-
desemprego devem continuar com expressivos crescimentos nos próximos anos, refletindo: FAT só
se equilibr
ará com
aportes do
Tesouro
Nacional.
![Page 74: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/74.jpg)
De acordo com a Constituição Federal, das contribuições ao Fundo PIS-PASEP, 60% se destinam a custear o seguro-desemprego e o abono salarial e, no mínimo, 40% devem ser destinados ao BNDES para aplicação em programas de desenvolvimento econômico.
![Page 75: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/75.jpg)
Adicionalment
e ao FAT e
ao Tesour
o Nacion
al, o
BNDES possui outras fontes
de recurso
s na
composição
de seu fundin
g, como:
Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo PIS-PASEP;
captações no mercado externo, notadamente, mediante empréstimos de organismos multilaterais e
emissão de bonds;
emissão de debêntures pela BNDESPAR (R$ 5,778 bilhões); e
operações compromissadas.
Em 31/12/11, essas fontes totalizaram o equivalente apenas a 12,4% do total das fontes de recursos do BNDES.
![Page 76: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/76.jpg)
Debêntures
![Page 77: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/77.jpg)
Emissões de debêntures
109
![Page 78: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/78.jpg)
Fundos de Pensão
110
![Page 79: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/79.jpg)
111
![Page 80: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/80.jpg)
112
![Page 81: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/81.jpg)
Desenvolvimento Capitalista no Brasil: Conclusão
113
![Page 82: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/82.jpg)
Estado interventor, indutor e regulador, que propiciou salto de
etapas históricas antes percorridas por países de capitalismo maduro
O Capitalismo de Estado chinês (sob domínio do PCC) e o russo (sob ex-KGB) são derivados de
experiências históricas com “Socialismo de Mercado” e,
claramente, se diferenciam do Capitalismo de Mercado
norte-americano.
Capitalismo de Estado
Neocorporativista brasileiro
ainda busca conquistar maior autonomia tecnológica e
financeira.
![Page 83: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/83.jpg)
Os interesses gerados na sociedade civil
são organizados, seja em sindicatos dos
trabalhadores, seja em associações
empresariais.
Suas estruturas internas centralizadas e
hierárquicas impõem quase como obrigação
a militância político-partidária para obter apoio à ascensão a
postos com poder de decisões estratégicas.
O Neocorporativismo é forma particular de
intermediação de interesses entre sociedade civil e
Estado em regime democrático com
governo trabalhista.
![Page 84: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/84.jpg)
Configuração do novo Capitalismo de
Estado Neocorporativista
com maior autonomia
tecnológica e financeira.
A reestatização de empresas estatais,
que tinham sido privatizadas
na era neoliberal.
A aprovação do FUNPRESP e outros fundos de previdência complementar.
O Estado brasileiro trocou o controle majoritário por
minoritário ao adquirir ações de empresas
estratégicas para elevar a competitividade brasileira via BNDESPAR e fundos de
pensão patrocinados.
![Page 85: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/85.jpg)
Mesmo em economia de mercado a la
Ocidente, isto é, com livre iniciativa de seus
empreendedores, a tendência
predominante das “iniciativas particulares
vencedoras” é:
se financiarem em instituições
financeiras públicas federais (BNDES, BB, CEF,
BNB, BASA)
se associarem com empresas estatais
(Petrobras, Vale, etc.) e instituições
paraestatais como fundos de pensão patrocinados por empresas estatais
(Previ, Petros, Funcef, etc.)
se coligarem com órgãos
governamentais de pesquisa
(Embrapa, Finep, etc.)
![Page 86: Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022070423/56816737550346895ddbea36/html5/thumbnails/86.jpg)
O Estado nacional situa-se no centro das
decisões cruciais de financiamento da
economia.
O Tesouro Nacional possibilita
a realocação dos recursos em prazos
adequados ao financiamento dos setores prioritários
para o desenvolvimento
brasileiro.
O Tesouro Nacional oferece aos investidores
risco soberano, para captar em longo prazo, tanto no
mercado financeiro doméstico, quanto no internacional.