Fernando lopes, provavelmente

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Ana Raquel Pinto Nº51278

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Ana Raquel Pinto Nº51278

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o Fernando Lopes foi um cineasta português.

o A sua infância foi passada em Ourém, aos

cuidados de uma tia, e veio para Lisboa aos

dez anos, ao encontro de sua mãe.

o Depois começou a trabalhar, como paquete,

à medida que continuava os estudos, no

Ensino Técnico. Aparece na realização

através do movimento cine-clubista.

o Em 1957 ingressa no quadro técnico

da Rádio e Televisão de Portugal, então

inaugurada.

o Em 1959 torna-se bolseiro do Fundo do

Cinema Nacional, o que o leva para a

London Film School, em Inglaterra,

obtendo um diploma em Realização de

Cinema.

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Em 1064 assina Belarmino, uma média-metragem sobre a vidado pugilista Belarmino Fragoso, considerada obra-chave nomovimento do Novo Cinema português, ao lado de DomRoberto e Os Verdes Anos.

Em 1965 faz um estágio em Hollywood, onde permanece trêsmeses. Ao regressar filma Uma Abelha na Chuva, em 1971,que se tornaria, com Belarmino e, posteriormente, O Delfim,em 2002, as obras mais significativos da sua filmografia.

Fernando Lopes foi ainda co-fundador e director da RTP2, nadécada de 1980, e leccionou durante vários anos no Curso deCinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.

98 Octanas (2006), Os Sorrisos do Destino (2009) e EmCâmara Lenta (2012) são os seus mais recentes filmes.

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„A certa altura, em “Fernando Lopes, provavelmente”, o Fernando resume o seu desejo de cinema nomeando as matérias essenciais do seu trabalho. Ou seja: imagens e sons. É uma velha máxima de inspiração godardiana, comme il faut, mas que não se esgota em nenhuma beatitude cinéfila nem favorece qualquer nostalgia preguiçosa.

Trabalhar imagens e sons não é “reproduzir” o real. Mas também não é um processo de negação. Será antes uma forma de prolongar o real, pressentindo a vertigem do seu labirinto, o inesperado das suas dobras. É essa, aliás, a maravilha ancestral do cinema: não se sai do real para o fazer, mas entra-se numa outra dimensão da sua ontologia. Daí também o corolário das alianças entre imagens e sons. A saber: o nunca resolvido equilíbrio entre ficção e documentário. Não me considero um espectador “ideal” da obra do Fernando. Aliás, mea culpa, demorei muitos anos a compreender o seu carinho por um filme como “O Fio do Horizonte”, porventura o seu filme mais pessoal (ou mais solitário).

Quis, assim, tentar desenhar uma paisagem onde fosse possível criar um jogo de ecos e reverberações entre quem olha e quem é olhado, ambicionando, confesso, que esse jogo pudesse contar com a disponibilidade do próprio espectador. Daí que, ao fazer este filme, tenha sentido que o Fernando me levava para um mundo de vertiginosa ficção (ou ficções, uma vez que o plural é, aqui, a marca de uma obstinada militância). Em todo o caso, caminhar no sentido dessas ficções não era fugir ao real, mas penetrar cada vez mais nas tensões vivas que o fazem ser mais do que a mera inventariação dos seus elementos.

No limite da ficção poderia estar, afinal, o esplendor do documento. C‟est la vie. Para mim, o Fernando é alguém que se comove com as suas próprias personagens. Disse-mo uma vez a propósito da Laura e do José Maria, no “Lá Fora”. Se mais nada tivesse acontecido, isso bastaria.‟

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João Lopes, crítico de cinema e argumentista, estreou-se no cinema aos 18 anos comoassistente de realização de Eduardo Geada.

Incentivado pelo produtor Pedro Borges, da Midas Filmes, a fazer um filme sobre FernandoLopes, João Lopes acabou por traçar um retrato, quase um diálogo com um dos grandesexperimentadores do cinema português, que sempre se empenhou em desafiar as fronteirasentre a ficção e o documentário.

João Lopes, para este documentário, não quis seguir os automatismos e formalidade destegénero cinematográfico, muitas vezes assente em entrevistas e montagem de imagens.

"Não é um filme que se queira objectivo, parte de duas subjectividades, a do próprio Fernando e a minha", sublinhou João Lopes.

João Lopes filmou Fernando Lopes em locais como o café Vavá, na Avenida de Roma,epicentro da geração do Cinema Novo, o antigo Clube Desportivo da Mouraria, local detreinos de boxe que aparece em "Belarmino", e a aldeia onde nasceu, perto de Alvaiázere.

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Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo

compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmação não se deve

deduzir que ele represente a realidade «tal como ela é». O documentário, assim

como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjectiva da realidade.

O filme documentário foi pela primeira vez teorizado por Dziga Vertov, que

desenvolve o conceito de «cinema-verdade» (kino-pravda), defendendo a ideia

da fiabilidade do olho da câmara, a seu ver mais fiel à realidade que o olho

humano - ideia ilustrada pelo filme que realizou Cine-Olho em 1924 -, visto ser

uma reprodução mecânica do visível.

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Jornalísticos: com temas da atualidade e esteticamente

leve.

Históricos: relembrando e reinventando o passado.

Culturais: homenageando, divulgando artistas, estilos,

movimentos etc.

Filosóficos ou psicológicos: trabalhando com temas

abstratos.

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Com este trabalho conclui que um documentário é

importante para a cultura de uma pessoa, pois aprende-mos

novas coisas sobre o mundo ao nosso redor. Aprende-mos

coisas que nunca pensamos que existissem e em relação aos

documentários da vida de uma pessoa como o exemplo que

dei neste trabalho, acho bastante interessante pois vemos

como uma pessoa evolui na vida ou até as dificuldades que

essa pessoa pode ter.