Fernando Caçoilo Manuela criou o seu próprio negócio ... · querer muito criar o seu pró-prio...

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14 | 31 JAN 2014 | SEXTA-FEIRA Ílhavo REGIÃO DAS BEIRAS Manuela criou o seu próprio negócio depois dos 50 anos Evento O workshop sobre criação do próprio emprego, que ontem decorreu em Ílhavo, mostrou que não há idade para pensar em ter o seu próprio negócio Luís Ventura Manuela Bettencourt, de 51 anos, encontrava-se desempre- gada quando teve conheci- mento da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) através da filha que estuda na Universidade de Aveiro (UA). Natural da ilha do Pico, nos Açores, resolveu vir para Aveiro e chegou ainda a trabalhar no ramo da restauração. Entretanto, ficou desempre- gada e foi isso que a levou a querer muito criar o seu pró- prio emprego, abrindo um café. “Como tinha tido vários negócios neste ramo, lá nos Açores, e comecei a pensar que seria boa ideia montar aqui uma coisa do género”, contou Manuela ao Diário de Aveiro. Depois de contactar a ANDC, “demorou cerca de dois meses até conseguir obter o crédito e criar o meu projecto perto da Vila Jovem e do mercado de Santiago, em Aveiro”. Manuela Bettencourt diz que não está nada arrependida e “e ainda bem que os consultei, e acon- selho a toda a gente que esteja desempregada a tentar a sua sorte”. “Avida não está fácil, mas temos que ir à luta”, destaca. Manuela Bettencourt contou a sua experiência no workshop sobre criação do próprio em- prego e Plano de Negócios que ontem decorreu no Museu Marítimo de Ílhavo, promo- vido pela Câmara Municipal local e a UA. Experiências de vida que importam divulgar O presidente do Município de Ílhavo, Fernando Caçoilo, mostrou-se consciente de que “estas acções são muito im- portantes, dada a conjuntura económica difícil que vive- mos”. O edil assevera que a Câ- mara Municipal de Ílhavo se associa sempre a este tipo de iniciativas, pois “são do inte- resse de todos”. Os testemunhos de sucesso, como é o caso de Manuela Bet- tencourt, na óptica de Caçoilo, “são experiências de vida que importa valorizar e divulgar para que funcionem como es- tímulos para os que estão á procura de uma oportunidade”. Lembrando a oferta que o município tem, o presidente ilhavense aludiu “ao pólo que nasceu há menos de um ano, e que decidimos que deveria ser uma incubadora de empre- sas privilegiando a temática da Ria e do mar”. Neste momento, conforme revelou, “está já lá instalada uma empresa de re- ferência nessa área e espera- mos que outras surjam”. No que toca ao evento que ontem se realizou, o edil ilha- vense lembrou que “é muito importante conhecer e apro- veitar as oportunidades que nos surgem. Por isso, precisa- mos de estar atentos”, con- cluindo que “abrir os horizon- tes é essencial”. Promover o empreendedorismo Dos conteúdos que ontem fo- ram explorados, destaque-se a importância do “Plano de Ne- gócios; começar por sonhar para concretizar; da ideia à ac- ção; e a necessidade de acom- panhamento especializado”. Es- te workshop visou promover o empreendedorismo no Muni- cípio de Ílhavo e na Região de Aveiro e estimular a reflexão in- dividual e colectiva sobre a im- portância da criação do próprio emprego e do respetivo Plano de Negócios, num contexto de procura ativa de emprego. Além da apresentação de um caso de sucesso de uma Mi- croempresária, que foi Maria Manuela Bettencourt, foram ainda convidados Edgar Oli- veira, da Associação Nacional de Direito ao Crédito, Maria da Luz Guimarães, do Instituto do Emprego e Formação Profis- sional (IEFP), Eva Andrade, da Universidade de Aveiro (UA- TEC), e Jorge Pinto e Francisco Mendes, da empresa Vista Ale- gre Atlantis. | Fernando Caçoilo abriu o encontro de ontem em Ílhavo Workshop visou promover o empreendedorismo no Município de Ílhavo e na Região de Aveiro PAULO RAMOS

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14 | 31 JAN 2014 | SEXTA-FEIRA

Ílhavo REGIÃO DAS BEIRAS

Manuela criou o seu próprionegócio depois dos 50 anosEvento O workshop sobre criação do próprio emprego, que ontem decorreuem Ílhavo, mostrou que não há idade para pensar em ter o seu próprio negócioLuís Ventura

Manuela Bettencourt, de 51anos, encontrava-se desempre-gada quando teve conheci-mento da Associação Nacionalde Direito ao Crédito (ANDC)através da filha que estuda naUniversidade de Aveiro (UA).Natural da ilha do Pico, nosAçores, resolveu vir para Aveiroe chegou ainda a trabalhar noramo da restauração.

Entretanto, ficou desempre-gada e foi isso que a levou aquerer muito criar o seu pró-prio emprego, abrindo umcafé. “Como tinha tido váriosnegócios neste ramo, lá nosAçores, e comecei a pensar queseria boa ideia montar aquiuma coisa do género”, contouManuela ao Diário de Aveiro.

Depois de contactar a ANDC,“demorou cerca de dois mesesaté conseguir obter o crédito ecriar o meu projecto perto daVi la Jovem e do mercado deSantiago, em Aveiro”. ManuelaBettencourt diz que não estánada arrependida e “e aindabem que os consultei, e acon-

selho a toda a gente que estejadesempregada a tentar a suasorte”. “A vida não está fácil, mastemos que ir à luta”, destaca.

Manuela Bettencourt contoua sua experiência no workshopsobre criação do próprio em-prego e Plano de Negócios queontem decorreu no MuseuMa rítimo de Ílhavo, promo-vido pela Câmara Municipallocal e a UA.

Experiências de vidaque importam divulgar

O presidente do Municípiode Ílhavo, Fernando Caçoilo,mostrou-se consciente de que“estas acções são muito im-portantes, dada a conjunturaeconómica difícil que vive-mos”. O edil assevera que a Câ-mara Municipal de Ílhavo seassocia sempre a este tipo deiniciativas, pois “são do inte-resse de todos”.

Os testemunhos de sucesso,como é o caso de Manuela Bet-tencourt, na óptica de Caçoilo,“são experiências de vida queimporta valorizar e divulgarpara que funcionem como es-

tímulos para os que estão áprocura de uma oportunidade”.

Lembrando a oferta que omunicípio tem, o presidenteilhavense aludiu “ao pólo quenasceu há menos de um ano,e que decidimos que deveriaser uma incubadora de empre-sas privilegiando a temática daRia e do mar”. Neste momento,conforme revelou, “está já láinstalada uma empresa de re-ferência nessa área e espera-mos que outras surjam”.

No que toca ao evento queontem se realizou, o edil ilha-vense lembrou que “é muitoimportante conhecer e apro-veitar as oportunidades quenos surgem. Por isso, precisa-mos de estar atentos”, con-cluindo que “abrir os horizon-tes é essencial”.

Promover o empreendedorismo

Dos conteúdos que ontem fo-ram explorados, destaque-se aimportância do “Plano de Ne-gócios; começar por sonharpara concretizar; da ideia à ac-ção; e a necessidade de acom-

panhamento especializado”. Es -te workshop visou promover oempreendedorismo no Muni-cípio de Ílhavo e na Região deAveiro e estimular a reflexão in-dividual e colectiva sobre a im-portância da criação do próprioemprego e do respetivo Planode Negócios, num contexto deprocura ativa de emprego.

Além da apresentação de umcaso de sucesso de uma Mi-croempresária, que foi MariaManuela Bettencourt, foramainda convidados Edgar Oli-veira, da Associação Nacionalde Direito ao Crédito, Maria daLuz Guimarães, do Instituto doEmprego e Formação Profis-sional (IEFP), Eva Andrade, daUniversidade de Aveiro (UA-TEC), e Jorge Pinto e FranciscoMendes, da empresa Vista Ale-gre Atlantis. |

Fernando Caçoilo abriu o encontro de ontem em Ílhavo

Workshop visou promover o empreendedorismo no Município de Ílhavoe na Região de Aveiro

PAULO RAMOS