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Sedimentação Fenómenos de Transporte

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Sedimentação

Fenómenos de Transporte

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Sedimentação: para quê?

Sedimentação – movimento de

uma partícula por acção de um

campo centrífugo

Técnica usada para

separar

purificar

analisar

espécies celulares (proteínas, ácidos nucleicos,

cromossomas, mitocôndrias)

polímeros

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 2

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Sedimentação: num campo gravitacional

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Peso:

m = massa da partícula

sedimentada

Força de impulsão :

= densidade do fluido

= volume efectivo da

partícula

mg

m

gmgmmgFd

1

m

Num fluido a força que

promove a queda da

partícula

Peso

Impulsão

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Sedimentação: num campo gravitacional

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tvfF Força de atrito velocidade terminal

que de atinge quando

dv/dt=0

A força de atrito contrapõe-se ao movimento

No equilíbrio as forças igualam-se:

f

gm

v

gmvf

t

t

1

1

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Sedimentação: numa ultracentrífuga

São aplicados os mesmos princípios e fórmulas só que a aceleração

da gravidade (g) é substituída pela velocidade angular (w2 r)

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f

rwm

vt

21

Vamos ver Porquê

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Sedimentação numa ultracentrífuga

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Estado inicial Alta velocidade

de rotação

Baixa velocidade

de rotação

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Sedimentação: numa ultracentrífuga

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Aplicando uma força

centrífuga e causando um

movimento de rotação à

partícula, com uma

frequência angular , ela é

fortemente acelerada e atinge

rapidamente a velocidade

terminal

A velocidade terminal atinge-se quando as forças envolvidas ficarem balanceadas

Ftotal = Fd + Fb + Fc = 0

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Sedimentação: numa ultracentrífuga

Fc- força centrífuga = 2 r m

(onde m reperesenta a massa da partícula e -2r representa a aceleração centrípeta)

Fd- força de fricção (viscosidade) = -f v

(onde f é o coeficiente de fricção e v a velocidade terminal)

Fb- força de impulsão = -2 r m0

(onde m0 é a massa do solvente deslocado pela partícula)

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Ftotal = Fd + Fb + Fc = 0

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Sedimentação: numa ultracentrífuga

Então

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00

2 fvmmr

m0 = volume específico parcial da partícula densidade

= Volume específico parcial

= densidade da solução

Ftotal = Fd + Fb + Fc = 0 Relembre:

02

0

2 rmmrfv

Rearranjando

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Sedimentação: numa ultracentrífuga

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Substitua na equação anterior o m0 :

Colocar os parâmetros moleculares de um lado e os parâmetros

experimentais do outro

00

2 fvmmr

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Sedimentação: Coeficiente de sedimentação

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IMPORTANTE

O coeficiente de sedimentação depende da massa molecular (M)

e do coeficiente de fricção (f)

ãosedimentaç de eCoeficient S

molecular massa M

1_

2

AV

AV

sol

t

Nm

fN

M

r

vs

Definição de coeficiente de

sedimentação

)( aceleração

)( terminalvelocidade2r

vs t

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Coeficiente de sedimentação: significado

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O coeficiente de sedimentação é a distância (cm) percorrida pela molécula,

durante 1 segundo, sob efeito de uma força de 10-2 N kg-1, no solvente água, a

293 K.

S depende:

a) Propriedades moleculares da molécula.

m - massa molecular

- volume específico parcial

f – forma da molécula

b) Propriedades da solução.

- densidade

- viscosidade (porque f depende de )

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Coeficiente de sedimentação experimental

Unidades

O coeficiente de sedimentação experimental sofre influência da

temperatura e da viscosidade

Como s depende das propriedades da solução, os valores medidos,

devem ser convertidos para as condições padrão, (temperatura é

20°C e o solvente é a água) (para poderem ser comparáveis para

diferentes moléculas)

S20,w (Svedberg)

1s= 10-13 segundos

Nota: S20,w é uma propriedade única da partícula e pode ser utilizado

para avaliar mudanças conformacionais

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sscm

scm

aceleração

vs

2/

/

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Relação entre difusão e sedimentação

Segundo Stokes A equação de Einstein

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Velocidade de sedimentação: permite calcular

Coeficiente de sedimentação

Coeficiente de difusão (se os componentes sedimentados são bem

preparados)

Massa efectiva dos componentes do soluto

Formato das partículas (assimetria)

Homogeneidade e estados de agregação

Constantes de associação e estequiometria

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EM RESUMO…….

Em condições

experimentais diversas!!!!

Sem interferências

externas!!!!

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Relação entre s e M

A velocidade de sedimentação de uma partícula depende da sua M

◦ Quanto maior for M maior o valor de s

O coeficiente de atrito f , reduz o valor de s

◦ Quanto menos globular for uma proteína menor a sua velocidade de

sedimentação

Quanto maior a densidade de uma partícula maior a sua velocidade

de sedimentação

◦ Quanto maior for o valor da componente (1-) maior a velocidade de

sedimentação

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_

1 D

sRTM

Nota: Os itens 2 e 3 são importantes

para o estudo estrutural de proteínas

quando comparadas com proteínas com

a mesma massa

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Determinação do Coeficiente de Sedimentação:

métodos

Método da velocidade de sedimentação

Sedimentação de fronteira

◦ Sedimentação de uma macromolécula numa solução homogénea

Sedimentação em gradiente (zonal, ou em faixas ou em bandas)

◦ Sedimentação de uma macromolécula em gradiente de concentração

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O valor de S deve ser extrapolado a uma diluição infinita por forma a

obter parâmetros molecularmente significativos

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Método da velocidade de sedimentação

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Fornece informação hidrodinâmica sobre as moléculas em solução

Parâmetros experimentalmente determinados:

Coeficiente de sedimentação, s, a constante de difusão, D, e

em alguns casos, a massa molecular, M.

Se a massa molecular é conhecida, o coeficiente de

sedimentação pode ser usado para obter uma estimativa da

forma molecular da molécula em solução

Usado para grandes moléculas que difundem lentamente.

A força de sedimentação deverá ser muito superior à força de

difusão

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Sedimentação de fronteira

Começar com uma solução homogénea de macromolécula

Como a solução é centrifugada na ultracentrífuga, as

macromoléculas movimentam-se por acção desse campo , gerando-

se uma zona limite de solvente

Seguindo essa faixa limite ao longo do tempo, podemos calcular o

coeficiente de sedimentação

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fN

M

r

vs

AV

sol

t

_

2

1

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Sedimentação de fronteira

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Sedimentação de fronteira

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slope303,2

2

s

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Ultracentrifugação analítica: Aparelhagem usada

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Velocidade de sedimentação limite: limitações ao

método

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Dispersão das zonas limite (se a difusão se torna significativa)

-Difusão e sedimentação são duas formas de transporte do

soluto

-A sedimentação gera gradiente, a difusão opõe-se a esse efeito

Dificuldade de separar componentes em misturas complexas

Necessita de equipamento caro

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Difusão radial : um fenómeno que contribui para a

limitação

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• A difusão radial ocorre em

consequência da forma que têm as

células de sedimentação.

• Todas as moléculas (não importa em que

posição estejam) difundirão na mesma

extensão causando uma redução na

densidade óptica observada. Para um

dado tempo, esta difusão é a mesma em

cada ponto da célula

• A Difusão radial pode ser observada

através da redução do “plateau” nos

sucessivos scans da absorvência

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Efeito da difusão na sedimentação

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Espalhamento de zonas : Difusão versus heterogeneidade

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1- Sistema com um componente ( as

bandas espalham-se devido à difusão e dá

um aspecto sigmoidal)

2- Sistema multicomponente ( os

degraus que definem os perfis de cada

componente podem perder definição

quando aumenta a difusão)

3- Sistema multicomponente ou

monocomponente? ( sem análises

posteriores é impossível afirmar se o

limite de espalhamento é devido à

heterogeneidade de S ou se é devido à

difusão)

Dificuldade de separar componentes em

misturas complexas

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Como obviar essas limitações?

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Utilize o mesmo método mas em gradiente de concentração

Centrifugação por Zonas

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Centrifugação em zonas ou pelo método da

velocidade de sedimentação

Preparação de um gradiente contínuo de densidade usando

sacarose centrifugando uma solução de sacarose

Aplicar a amostra sobre o gradiente.

Recolher as fracções dos componentes separados

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Velocidade de sedimentação em gradiente de

concentração: vantagens e desvantagens

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Limitações:

- não é exacta a medida da massa molecular

Vantagens:

- resolução completa dos componentes de uma mistura

- relativamente barata

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Sucrose Density Centrifugation of

Cellular Membranes from G. violaceus

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(A) Schematic of the sucrose density gradients

used for separation; the dark shading at the

bottom represents the area of sample

application in 50% sucrose (w/w).

(B) The gradient after 16 h of centrifugation at

160,000g displays an orange (1.07 g/mL) and a

green (1.16 g/mL) membrane fraction.

(C) A distinct band is formed from the green

fraction in (B) when recentrifuged on the

sucrose density gradient.

(D) A third membrane fraction with an

apparent density of 1.19 g/mL (corresponding

to the outer membrane) is obtained when the

boundary between the 48 and 50% layer is

applied to a second sucrose gradient

centrifugation.

S é determinado pelo deslocamento

da banda, no tubo de centrífuga,

com o tempo

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Sedimentação

Exercício

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Exercício prático

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Calcular o coeficiente de sedimentação (s) e o coeficiente de fricção (f) para a E. Coli DNA ligase em soluções diluidas de tampão aquoso (20 mM de fosfato, 10 mM NH4Cl, pH 6,5 e temperatura de 20,6°C. Considere os seguintes dados:

Peso Molecular = 74,000g/mol

Vmolécula= 0,737 cm3/g

tampão= 1,010 g/cm3 a 20,6°C

= 56,050 rpm

T(min) x1/2 log x1/2

0 5,9110 0,7717

20 6,0217 0,7797

40 6,1141 0,7863

60 6,2068 0,7929

80 6,3040 0,7996

100 6,4047 0,8065

120 6,5133 0,8138

140 6,6141 0,8205

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Exercício Prático

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= 56,050 rpm x (2 radianos/revolução) (1 minuto/60 segundos)

=5,87 x103 rad/segundo

dt

xds 2/1

2

log303,21

213

14

min60/1087,5

min1042,3303,2

sxsrad

xxs

S= 2,31 x 10-11 segundos= 23,1 S

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Exercício Prático

s

m

x

vf t

1

2

gmolmoléculas

molgm 19

231023,1

/10023,6

/000,74

seggf

segrad

gf

/1057,5

/1087,5

010,1737,011023,1

24

3

19

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 34

Calcule agora o coeficiente de fricção

Primeiro calcule o valor de m

e….

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MÉTODO DO EQUILÍBRIO DE

SEDIMENTAÇÃO OU

SEDIMENTAÇÃO ISOPÍCNICA

Fenómenos de Transporte

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Sedimentação: Equilíbrio de sedimentação

Baixas velocidades de rotação

◦ Balanço entre as forças de

sedimentação e as forças de

difusão (A amostra é

simultaneamente sujeita a

sedimentação e a difusão

produzindo-se um gradiente que

não variará até que o equilíbrio seja

atingido)

◦ Não há transporte efectivo

◦ Não há influência da forma das

partículas

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Fenómenos de transporte: Equilíbrio Sedimentação

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 37

Distribuição das moléculas num campo

gravitacional ou centrífugo após atingir o

equilíbrio

O balanço entre a força de sedimentação

numa dada direcção e o efeito aleatório da

difusão origina um gradiente de

concentração; a concentração no fundo do

tubo é maior.

O gradiente de concentração depende do

peso molecular das moléculas

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Sedimentação: equilíbrio de sedimentação

dx

dcDJ

cvJ

dif

tsed

f

xm

v

dx

dcDcv

t

t

21

0

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 38

Informação termodinâmica

Sedimentação gradiente de concentração difusão

Equilíbrio de gradiente de concentração: sedimentação é exactamente

balanceada pela difusão (moléculas exponencialmente distribuídas ao

longo da célula)

Equilíbrio: J = 0

J = Jsed + Jdifusão

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Sedimentação: equilíbrio de sedimentação

xdxMRT

dcc

xdxMRT

dcc

xMRTdx

dc

c

dx

dcDcM

RT

xD

MRT

xD

f

xm

v

x

x

c

c

t

11

11

11

1

1

1

2

1

2

1

2

2

2

2

2

2

2

1

2

2

2

1

2 12

ln xxMRTc

c

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Sedimentação: equilíbrio de sedimentação

12

2

MRT

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 40

Calcular M através do declive

Nota: Este método não necessita da determinação de D

Ln c

x2

Declive =

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Equilíbrio de sedimentação: permite calcular

Massa / peso molecular

Homogeneidade em relação ao peso molecular

Estados de agregação

Estequiometria e constantes de equilíbrio para

processos de associação

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Equilíbrio de sedimentação: equilíbrio de gradiente

de concentração

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 42

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Equilíbrio de sedimentação: equilíbrio de gradiente

de concentração

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 43

Solução das macromoléculas preparada

em solução de CsCl

Centrifugação até ao equilíbrio produz

um forte gradiente de CsCl e

consequentemente um gradiente de

densidade através do tubo

Se a concentração de CsCl é

correctamente escolhida as

macromoléculas migram em banda

através do gradiente do solvente até que

(1-molécula )=0

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Centrifugação: equilíbrio de sedimentação com gradiente de

concentração

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 44

Solução das macromoléculas

preparada em solução de CsCl

Centrifugação até ao equilíbrio

produz um forte gradiente de

CsCl e consequentemente um

gradiente de densidade através

do tubo

Se a concentração de CsCl é

correctamente escolhida as

macromoléculas migram em

banda através do gradiente do

solvente até que (1-molécula )=0

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Em RESUMO…….

22

ln

1

2

dr

cd

v

RTM

D

s

RT

vM

1

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Relação entre o coeficiente de sedimentação e o

peso molecular de proteínas

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 46

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Forma, massa e densidade de proteínas

/coeficiente de sedimentação

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CONCLUSÃO

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ELECTROFORESE

Fenómenos de Transporte

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Eletroforese: generalidades

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 50

Transporte de partículas num campo eléctrico

Técnica usada para separar e às vezes purificar

macromoléculas que diferem na carga, conformação ou

tamanho

Aplicações:

Separação de compostos com carga (aminoácidos,

péptidos, proteínas, ácidos nucleícos). Carga dependente

do pH do meio. Moléculas negativas e positivas movem-

se em direcções opostas ao campo eléctrico.

Determinação da composição das proteínas por

comparação com padrões electroforéticos

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Separando fragmentos de DNA:

Eletroforese em Gel

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 51

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Eletroforese de Proteinas Séricas

Física Aplicada 2013/14 |MICF | FFUP 52

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Eletroforese: princípios gerais

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Movimento molecular sob acção de um campo eléctrico

Num solvente não condutor:

Força de eléctrica (Coulomb):

F = qE

q= Z e

Força de fricção: Ff = - f v

No equilíbrio:

V = Fe + Ft = 0

Z = nº de cargas (sem dimensões)

e = carga eléctrica (1,6022 x10-19 C)

E= campo eléctrico (volt m-1)

f = coeficiente de fricção (Kg s-1)

v= velocidae de migração

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Como proceder?

Aplica-se uma diferença de potencial e a partícula move-se na

direcção do polo de carga oposta

No início há resistência devido à viscosidade do meio mas a certa

altura atinge-se um equilíbrio quando as forças electrostáticas

atractivas se igualam à resistência ao fluxo. Então a mobilidade

electroforética passa a ser constante

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Recorde…

Mobilidade Electroforética (u) é a velocidade linear (v) por

unidade de gradiente de potencial eléctrico (X)

Traduz-se pela razão entre a velocidade da macromolécula (v) e o

potencial eléctrico (E) que promove o movimento , ou

Traduz-se pela razão entre a carga líquida da partícula (Z) e o seu

coeficiente de fricção (f)

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11

ou

smVf

Z

E

v

X

v

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Mobilidade electroforética e carga da partícula

Para uma molécula esférica

Então:

A mobilidade electroforética serve para medir a carga da partícula

num meio não condutor

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rf 6

r

Zu

6

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Eletroforese: mobilidade eletroforética

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Contudo....

* molécula carregada rodeada por atmosférica iónica (dificulta

a interpretação dos resultados de mobilidade)

* molécula carregada altera o coeficiente de fricção

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Mobilidade electroforética e peso molecular

Pode-se usar a mobilidade electroforética para

determinar o peso molecular ?

Os ácidos nucleicos podem ser separados de acordo com o

peso molecular porque possuem uma carga de fosfato por cada

base (nucleótido)

Para as proteínas o número de cargas depende da composição

dos aminoácidos e do pH do tampão

As cadeias polipetídicas de determinado comprimento podem

adquirir diferentes formas com diferentes coeficientes de fricção (f ) (é proporcional ao seu comprimento)

Para usar a electroforese para determinar o peso

molecular é necessário:

Desnaturar as proteínas

Introduzir uma carga em cada peptídeo

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Electroforese em gel: determinação do peso

molecular das proteinas

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A carga e as propriedades hidrodinâmicas da proteína são função do seu peso

molecular

bxaM log

M = peso molecular da

proteína;

X = distância de migração

no gel (proporcional à

mobilidade)

a e b = constantes para

um dado gel e um dado

campo eléctrico Calibrar com proteínas de peso molecular conhecido

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Em Resumo……

Nota: desvios a esta relação ocorrem quando as proteínas se ligam a uma

quantidade anormal de SDS (glicoproteínas) ou transportam um número elevado de

cargas (histonas)