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  • Campus Jaguaro

    Bacharelado em Produo e PolticaCultural

    Cincia Poltica 1/2015Professora: Dra Vera Maria Guimares Matrcula:Nome:

    Desenvolvimento Histrico do Feminismo e os frentes de lutas atuais

    Introduo

    Ao abordar a temtica de formas polticas de organizao da sociedade" escolhemos

    um tpico especifico como o o feminismo desde uma perspectiva de estudo do

    conceito. Com a finalidade de trabalhar com dito conceito terico seguiremos a

    Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy em seu livro O que Feminismo" texto

    no qual as autoras desenvolvem a presena da mulher na histria, o feminismo como

    movimento poltico e as frentes atuais de combate do feminismo. Quanto atualidade

    destas temticas, conquanto utilizamos a edio do livro de 1985 elas so vigentes

    hoje, relevante assinalar que existem novas edies do mesmo.

    Os movimentos sociais atuais entre eles o feminismo, que so movimentos coletivos

    que promovem um interesse comum, e atuam em poltica sem o objetivo de ocupar o

    aparelho estatal, seno de provocar mudanas num assunto publico neste caso extenso direitos civis das mulheres, Seu crescimento atual um claro exemplo de

    que os cidados no esto desinteressados em poltica seno que tm perdido a

    confiana nos partidos tradicionais, conceito que Giddens (2005) denomina "O

    paradoxo da democracia"

    Alves e Pitanguy dizem-nos que o termo feminismo manifesta um processo de

    transformao com procedncias no passado e sem um ponto predeterminado de

    chegada. As mesmas esclarecem que o movimento feminista aparece ligado a outros

    movimentos que acusam formas de opresso que no se restringem ao econmico, movimentos autnomos, mas no desvinculados entre si na procura de uma nova

    sociedade.

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    As autoras afirmam que o feminismo rompe com os modelos polticos tradicionais

    quando sustenta que o sexo poltico, o que leva ao discurso feminista a abordar o

    carter subjetivo da opresso como tambm os vnculos das relaes interpessoais

    com a organizao poltica pblica. J que nos laos entre as pessoas existem

    elementos de poder vertical e hierarquizado.

    O feminismo busca repensar e recriar a identidade de sexo sob uma tica em que o

    individuo, seja ele homem ou mulher, no tenha que adaptar-se a modelos

    hierarquizados, e onde as qualidades femininas ou masculinas sejam atributos do

    ser humano em sua globalidade 1. O que procura o feminismo que as diferenas

    entre os sexos no se manifestem em relaes de poder que penetram a vida em todas

    as dimenses.

    Desenvolvimento

    Como j foi dito seguimos a estas autoras no desenvolvimento desta temtica pelo

    qual comeamos por a situao da mulher nas diferentes sociedades durante a

    histria.No capitulo "Herana do Silncio" as autoras abordam a condio da mulher em

    Grcia antiga onde a mulher ocupava um lugar equivalente ao escravo, citam a

    Xenofonte quem no sculo IV a.C. argumentava que por natureza estavam

    demarcadas as diferentes funes por sexos, sendo as nobres funes dos homens. Em

    Grcia o nico centro de formao intelectual de mulheres foi escola da poetisa Safo

    nascida em Lesbos em 625 a.C. No referente civilizao romana o Direito torna-se

    um instrumento de submisso entre os sexos, seu cdigo legal legitima as relaes de

    domnio.

    sumamente ressaltante a abordagem dos regimes comunitrios na Galia e na

    Germania em que as mulheres e homens tinham um espao semelhante de atuao e

    do mesmo modo relevante a surpresa dos europeus chegados a Amrica no sculo

    XVI com a relevncia das mulheres entre os Iroqueses e Hurones, o que gera a

    1 ALVES, Branca Moreira & PITANGUY, Jacqueline. O que Feminismo? So Paulo: Abril Cultural, Brasiliense, 1985 p.9

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    desmistificao da idia de que a sujeio da mulher seja um destino irrevogvel,

    a - histrica e universal 2

    J no sculo XIV encontramos a primeira mulher poeta oficial do corte francesa, de

    nome Christine de Pisan, quem pode ser considera uma das primeiras feministas, com

    um discurso em defesa dos direitos da mulher, ela escreveu o primeiro tratado

    feminista A cidade ds mulheres" onde afirma que homens e mulheres so iguais por

    natureza e refuta acusaes de inferioridade do sexo feminino.No sculo XVI, incio do Renascimento tem a exacerbao de um genocdio de

    mulheres chamado Caa de bruxas, perseguio das feiticeiras, sendo assassinadas e

    torturadas o que fosse um elemento de conservao do poder por parte dos homens,

    pois as mulheres consideradas "bruxas" supostamente tinham conhecimentos que lhe

    concediam espaos de atuao que fugiam do domnio masculino. A partir do Renascimento o trabalho do homem se aprecia como elemento de

    transformao do mundo e se despreza o trabalho da mulher, a desvalorizao do

    trabalho da mulher faz-se notar na menor remunerao da mo de obra feminina o que

    por outro lado gero a resistncia de trabalhadores homens ao trabalho da mulher.

    Quanto ao educacional, enquanto h desenvolvimento da instruo dos homens, a

    instruo das mulheres sofre na preparao profissional e na formao intelectual.Portanto no raro que na histria moderna as primeiras manifestaes femininas

    abordem as desigualdades de sexo no educativo e no trabalhista.O momento seguinte do texto aborda o feminismo como movimento poltico, as primeiras lideres, o movimento sufragista e a luta pelo voto feminino no Brasil.

    Faz-se ao sculo XVIII como no sculo das revolues liberais afirmando a liberdade

    do cidado como princpio da ideologia liberal e tem como base material a

    propriedade privada. Nos Estados Unidos a Declarao da independncia afirma

    igualdade entre os homens, o que levo a Abigail Adams esposa de John Adams lder

    da guerra de independncia a escrever uma carta reivindicando que os direitos sejam

    estendidos a seu sexo, ao que seu esposo respondeu: Esteja certa, ns somos

    suficientemente lcidos para no abrir mo de nosso sistema masculino 3, o que

    2 p. Cit p.153 p. Cit. p.31

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    desvenda as fronteira da ideologia liberal excluindo da ideal de igualdade as mulheres

    como tambm aos negros, aos ndios e aos homens brancos de baixa renda

    No Frana do perodo das revolues o tempo histrico em que o feminismo adquire

    umas caractersticas de pratica de ao coletiva organizada, reivindicando seus

    direitos de cidadania e assumindo um discurso prprio e especifico da luta feminina, momento em que se publicam diversos escritos sobre a situao da mulher sobre

    temas de trabalho, participao poltica, desigualdade legal.

    Na Inglaterra Mary Wollsstonecraft destaca-se como uma das vozes mais importantes

    da histria do feminismo, autora que defende os princpios de Rousseau de respeito a os direitos naturais do individuo mas critica neste pensador que existam diferenas

    "naturais" entre meninos e meninas, afirmando em seu livro Defesa dos direitos da

    mulher que a ignorncia o nico que torna aos indivduos inferiores pelo qual as

    meninas devem ter idnticas oportunidades de se educar que os meninos.No sculo XIX a consolidao do sistema capitalista traz conseqncias para o

    processo produtivo e para a organizao do trabalho, neste momento, lideres

    trabalhadoras como Jeanne Deroin e Flora Tristan afirmavam a necessidade que as

    mulheres se educassem e se organizassem para defender seus interesses.Ao trmino do sculo XIX uma das grandes conquistas foi o sufrgio universal, mas

    no abarcava o sufrgio feminino, luta pelo sufrgio da mulher que abrangeu

    mulheres de todas as classes durante um longo perodo de tempo.

    A luta pelo voto feminino no Brasil inicia em 1910 quando a professora Deolinda

    Dadro funda, no Ro de Janeiro, O Partido Republicano Feminino com objetivo de

    discutir no congresso o voto feminino, em 1919 Berta Lutz funda a Liga pela

    Emancipao Intelectual da Mulher, que depois passar a se chamar Federao

    Brasileira pelo Progresso Feminino organizao que levar adiante a luta pelo

    sufrgio. Comeando por Rio Grande do Norte em 1927 paulatinamente o voto feminino atingido nos Estados de tal forma que em 1932 quando o presidente Vargas

    por decreto-lei estabelece o direito ao sufrgio feminino o mesmo j se exercia em 10

    Estados.

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