Felizmente Há Luar - Paralelismo

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Felizmente Há Luar!, Luis de Sttau Monteiro Época: Invasões Francesas, início do século XIX; Portugal pede ajuda a Inglaterra e é enviado o General Beresford para ajudar a combater os franceses; O rei, D. João VI, fugira para o Brasil; O autor aproveita os factos históricos desta época para retratar os acontecimentos políticos do seu tempo: século XX, década de 60 (Estado Novo, ditadura salazarista). Classificação genológica (género literário): Pertence ao género dramático , uma vez que é uma peça de teatro; Mas foge aos cânones da tragédia grega, onde as emoções serviam de cenário à condição humana e onde o herói era impotente para alterar a vontade arbitrária dos deuses ou do Destino( recordar o Rei Édipo); Neste drama, Felizmente há luar, o homem também desafia (hybris), mas desafia o poder político , ao pôr em causa a sua legitimidade e a tirania de quem o exerce e representa. Também, por isso, a punição

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Paralelismo dentro da peça Felizmente há luar

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Felizmente Há Luar!, Luis de Sttau Monteiro

Época:

Invasões Francesas, início do século XIX; Portugal pede ajuda a Inglaterra e é enviado o General

Beresford para ajudar a combater os franceses; O rei, D. João VI, fugira para o Brasil;

O autor aproveita os factos históricos desta época para retratar os acontecimentos políticos do seu tempo: século XX, década de 60 (Estado Novo, ditadura salazarista).

Classificação genológica (género literário):

Pertence ao género dramático, uma vez que é uma peça de teatro;Mas foge aos cânones da tragédia grega, onde as emoções serviam de cenário à condição humana e onde o herói era impotente para alterar a vontade arbitrária dos deuses ou do Destino( recordar o Rei Édipo);Neste drama, Felizmente há luar, o homem também desafia (hybris), mas desafia o poder político, ao pôr em causa a sua legitimidade e a tirania de quem o exerce e representa. Também, por isso, a punição atingirá quem assim actua. Assim se compreende, nesta perspectiva, a inevitabilidade da condenação à morte de Gomes Freire.A intenção é denunciar e fazer reflectir o público/leitores sobre as injustiças sociais e políticas, pondo em evidência estes problemas, numa perspectiva marxista; Cabe ao(s)autor(es) desempenhar(em) esse papel, através da escrita de intervenção.