Fé e Obras

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Obras de Ellen G. White , Página 1 FÉ E OBRAS Índice 1 Ellen G. White Esclarece as Questões / 15 2 A Norma da Verdadeira Santificação / 29 3 Cristo, Justiça Nossa / 35 4 Ellen G. White Elucida Vários Aspectos / 41 5 Fé e Obras / 47 6 Uma Advertência Contra a Falsa Santificação / 51 7 Como Saber se Deus Está Guiando / 55 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus / 59 9 A Qualidade de Nossa Fé / 63 10 Reação ao Sermão de Ottawa / 81 11 Obediência e Santificação / 85 12 Apossando-se da Justiça de Cristo / 91 13 Fé e Obras - de Mãos Dadas / 95 14 A Experiência da Justiça Pela Fé / 99 15 Isto é Justificação Pela Fé / 103 16 Aceitos em Cristo / 105 17 Conselho a um Eminente Pastor / 111 18 Tão Puro em sua Esfera Como Deus na DEle / 115 19 Opiniões e Práticas em Harmonia com a Palavra de Deus / 121 FÉ E OBRAS / Livro Livro FÉ E OBRAS / Livro / 1 Ellen G. White Esclarece as Questões

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ESPIRITO DE PROFECIA

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  • Obras de Ellen G. White , Pgina 1

    F E OBRAS

    ndice

    1 Ellen G. White Esclarece as Questes / 15 2 A Norma da Verdadeira Santificao / 29 3 Cristo, Justia Nossa / 35 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / 41 5 F e Obras / 47 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao / 51 7 Como Saber se Deus Est Guiando / 55 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus / 59 9 A Qualidade de Nossa F / 6310 Reao ao Sermo de Ottawa / 8111 Obedincia e Santificao / 8512 Apossando-se da Justia de Cristo / 9113 F e Obras - de Mos Dadas / 9514 A Experincia da Justia Pela F / 9915 Isto Justificao Pela F / 10316 Aceitos em Cristo / 10517 Conselho a um Eminente Pastor / 11118 To Puro em sua Esfera Como Deus na DEle / 11519 Opinies e Prticas em Harmonia com a Palavra de Deus / 121

    F E OBRAS / Livro

    Livro

    F E OBRAS / Livro / 1 Ellen G. White Esclarece as Questes

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 2

    1Ellen G. White

    Esclarece as Questes

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    Disse o apstolo Paulo: "No sabeis que os injustos no ho de herdar o Reino deDeus? E o que alguns tm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sidosantificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Esprito donosso Deus." I Cor. 6:9 e 11. A ausncia de devoo, piedade e santificao dohomem exterior provm de negar a Jesus Cristo, Justia nossa. O amor de Deusprecisa ser cultivado constantemente. ...

    Enquanto uma classe de pessoas deturpa a doutrina da justificao pela f enegligencia atender s condies estabelecidas na Palavra de Deus - "Se me amardes,guardareis os meus mandamentos" (Joo 14:15) - h um erro to grande como este daparte dos que pretendem crer nos mandamentos de Deus e obedecer-lhes mas secolocam em oposio aos preciosos raios de luz - novos para eles - refletidos da cruzdo Calvrio. A primeira classe no v as maravilhosas coisas na lei de Deus para todosos que so praticantes de Sua Palavra. Os outros entretm-se com as insignificncias enegligenciam as questes mais importantes, a misericrdia e o amor de Deus.

    Muitos tm perdido muita coisa por no haverem aberto os olhos de seuentendimento para discernir as maravilhas da lei de Deus. Por um lado, os religiososem geral divorciam a lei do evangelho, ao passo que ns, por outra

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    parte, quase fizemos o mesmo de outro ponto de vista. No expusemos s pessoas ajustia de Cristo e a ampla significao de Seu grande plano de redeno. Deixamosde lado a Cristo e Seu incomparvel amor, introduzimos teorias e raciocnios, epregamos sermes argumentativos.

    Homens no convertidos tm ocupado o plpito pregando. Seu corao nuncaexperimentou, por meio de viva, apegada e confiante f, a agradvel evidncia doperdo de seus pecados. Como, ento, podem eles pregar o amor, a simpatia, o perdode Deus para todos os pecados? Como podem, dizer: "Olhai, e vivei"? Olhando para acruz do Calvrio, sentireis o desejo de levar a cruz. O Redentor do mundo esteve

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 3suspenso na cruz do Calvrio. Contemplai o Salvador do mundo, no qual habitacorporalmente toda a plenitude da Divindade. Pode algum olhar e contemplar osacrifcio do amado Filho de Deus, sem que seu corao seja sensibilizado equebrantado, pronto a entregar-se a Deus de corao e alma?

    Seja este ponto plenamente estabelecido em todas as mentes: Se aceitamos aCristo como Redentor, precisamos aceit-Lo como Soberano. No podemos ter certezae perfeita confiana em Cristo como nosso Salvador enquanto no O reconhecermoscomo nosso Rei e formos obedientes a Seus mandamentos. Assim evidenciamos nossalealdade a Deus. Nossa f tem, ento, o timbre genuno, pois uma f operante. Elaopera pelo amor. Dizei isto de vosso corao: "Senhor, creio que morreste pararesgatar minha alma. Se deste tanto valor alma que chegaste a dar Tua vida pelaminha, mostrar-me-ei sensvel. Entrego minha vida, com todas as suas possibilidades,em toda a minha fraqueza, aos Teus cuidados."

    A vontade deve ser colocada em completa harmonia com a vontade de Deus.Quando isto efetuado, no ser repelido nenhum raio de luz que incide sobre ocorao e sobre os recessos da mente. A alma no ser obstruda pelo preconceito,chamando a luz trevas, e as trevas luz. A luz do Cu bem-recebida, como luz queinunda os recessos da alma. Isto entoar melodias a Deus.

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    Crena e DescrenaQuanto cremos de corao? Chegai-vos a Deus e Ele Se chegar a vs outros. Isto

    significa estar muito com o Senhor em orao. Quando os que se educaram noceticismo e acalentaram a descrena, entretecendo dvidas em sua experincia, estosob a convico do Esprito de Deus, reconhecem ser seu dever pessoal confessar suadescrena. Abrem o corao para aceitar a luz que lhes foi enviada, e, pela f, passamdo pecado para a justia, e da dvida para a f. Consagram-se a Deus sem reservas,para seguir Sua luz em lugar das fascas que eles mesmos acenderam. Ao manteremsua consagrao, vero crescente luz, e ela vai brilhando mais e mais at ser diaperfeito.

    A descrena que acalentada na alma tem um poder sedutor. As sementes dadvida que eles estiveram semeando produziro sua colheita, mas devem continuar aarrancar toda raiz de descrena. Quando so desarraigadas essas plantas nocivas, elascessam de crescer por falta de nutrio em palavra e ao. A alma deve ter aspreciosas plantas da f e do amor introduzidas no solo do corao e entronizadas ali.

    Idias Confusas Acerca da SalvaoNo podemos compreender que a coisa mais dispendiosa no mundo o pecado?

    Ele ocorre custa da pureza de conscincia, ao preo de perder o favor de Deus e dEleseparar a alma, perdendo afinal o Cu. O pecado de entristecer o Santo Esprito de

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 4Deus e de andar em desacordo com Ele tem custado a muitos indivduos a perda desua alma.

    Quem pode avaliar as responsabilidades da influncia de todo instrumentohumano a quem o Salvador adquiriu pelo sacrifcio de Sua prpria vida? Que cena seapresentar quando se assentar o tribunal e se abrirem os livros para atestar

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    a salvao ou a perda de toda alma! Ser necessrio a infalvel deciso dAquele queviveu na humanidade, amou a humanidade, deu a vida pela humanidade, para fazer aatribuio final das recompensas aos justos leais, e da punio aos desobedientes, aosdesleais e injustos. Ao Filho de Deus confiada a completa avaliao de toda ao eresponsabilidade individuais. Para os que foram participantes dos pecados de outroshomens e agiram contra a deciso de Deus, ser uma cena terrivelmente solene.

    Reiteradas vezes me tem sido apresentado o perigo de nutrir, como um povo,falsas idias da justificao pela f. Durante anos tem-me sido mostrado que Satanstrabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. Tem-sealongado sobre a lei de Deus e ela tem sido apresentada s congregaes quase demodo to destitudo do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relao para com a leicomo a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da f devidos idias embaralhadas e confusas acerca da salvao, e porque os pastores tmtrabalhado de maneira errnea para alcanar os coraes. O ponto que durante anostem sido recomendado com insistncia minha mente a justia imputada de Cristo.Tenho estranhado que este assunto no se tenha tornado o tema de sermes em nossasigrejas em todas as partes do pas, sendo que to constantemente realado perantemim e eu o tenho tornado o assunto de quase todo sermo e palestra que hei proferidopara o povo.

    Ao examinar meus escritos de quinze e vinte anos atrs, [verifico] que elesapresentam a questo sob a mesma luz - a saber, que os que ingressam na solene esagrada obra do ministrio devem primeiro receber um preparo nas lies sobre osensinos de Cristo e dos apstolos quanto aos vivos princpios da piedade prtica.Devem ser instrudos a respeito do que constitui fervorosa e viva f.

    Unicamente Pela FMuitos jovens so enviados a trabalhar, embora no

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    compreendam o plano da salvao e o que verdadeira converso; na realidade,precisam converter-se. Precisamos ser esclarecidos sobre este ponto, e os pastores tmde ser ensinados a alongar-se mais pormenorizadamente sobre os assuntos queexplicam a verdadeira converso. Todos os que so batizados devem tornar evidente

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 5que se converteram. No h um ponto que necessite ser realado com mais diligncia,repetido com mais freqncia ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, doque a impossibilidade de o homem cado merecer alguma coisa por suas prprias emelhores boas obras. A salvao unicamente pela f em Jesus Cristo.

    Quando examinada essa questo, ficamos com o corao magoado ao ver quotriviais so as observaes dos que deviam compreender o mistrio da piedade. Elesfalam to irrefletidamente das verdadeiras idias de nossos irmos que professam crerna verdade e ensin-la! Ficam muito aqum dos fatos reais, segundo me tm sidorevelados. O inimigo confundiu sua mente de tal modo na nvoa do mundanismo, e elaparece estar to arraigada em seu entendimento, que se tornou uma parte de sua f e deseu carter. S uma nova converso pode transform-los e lev-los a abandonar essasfalsas idias - pois isso exatamente o que elas so, segundo me foi revelado.Apegam-se a elas como quem est afogando se apega a um salva-vidas, para evitarque desanimem e naufraguem na f.

    Cristo me deu estas palavras a serem proferidas: "Se algum no nascer de novo,no pode ver o Reino de Deus." Joo 3:3. Portanto, todos os que tm corretacompreenso desse assunto devem deixar de lado seu esprito polmico e buscar oSenhor de todo o corao. Ento acharo a Cristo e podero dar um carter distinto asua experincia religiosa. Devem manter este assunto - a simplicidade da verdadeirapiedade - distintamente perante as pessoas em todo sermo. Isso impressionar ocorao de todo ser faminto e sedento que almeja desfrutar a segurana de esperana,f e perfeita confiana em Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Torne-se distinto e claro o assunto de que no

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    possvel efetuar coisa alguma em nossa posio diante de Deus ou no dom de Deuspara ns, por meio do mrito de seres criados. Se a f e as obras adquirissem o dom dasalvao para algum, o Criador estaria em obrigao para com a criatura. Eis aquiuma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se algum pode merecer asalvao por alguma coisa que faa, encontra-se, ento, na mesma posio que oscatlicos para fazer penitncia por seus pecados. A salvao, nesse caso, consiste emparte numa dvida que pode ser quitada com o pagamento. Se o homem no pode, porqualquer de suas boas obras, merecer a salvao, ento ela tem de ser inteiramentepela graa recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita a Jesus e cr nEle. Asalvao inteiramente um dom gratuito. A justificao pela f est fora decontrovrsia. E toda essa discusso estar terminada logo que seja estabelecida aquesto de que os mritos do homem cado, em suas boas obras, jamais podero obtera vida eterna para ele.

    Inteiramente de GraaA luz que me foi dada por Deus coloca este importante assunto acima de qualquer

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 6dvida em minha mente. A justificao inteiramente de graa, no sendo obtida pornenhuma obra que o homem cado possa efetuar. Em linhas claras foi-me apresentadoo assunto de que se o rico possui dinheiro e propriedades e faz uma oferta dos mesmosao Senhor, surgem falsas idias para arruinar a oferta com o pensamento de que elemereceu o favor de Deus, e de que o Senhor est sob a obrigao para com ele deconsider-lo com especial favor por causa dessa ddiva.

    Tem havido mui pouca instruo, em linhas claras, sobre esse ponto. O Senhoremprestou ao homem, em custdia, os Seus prprios bens - meios que Ele requersejam devolvidos a Ele quando Sua providncia o indicar e a edificao de Sua Causao exigir. O Senhor deu o intelecto. Ele deu a sade e a habilidade de obter lucrosterrenos. Criou as coisas da Terra. Manifesta Seu poder divino para desenvolver todasas suas riquezas. Elas so os Seus frutos provenientes de Sua prpria lavoura. Ele deuo Sol, as nuvens, as pancadas de chuva, para fazer com que a vegetao floresa.Como

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    servos empregados por Deus, colhestes Seus frutos a fim de usar de maneiraeconmica o que vossas necessidades requeriam e deixar o restante disposio deDeus. Podeis dizer com Davi: "Porque tudo vem de Ti, e das Tuas mos To damos." ICrn. 29:14. Assim a satisfao do mrito da criatura no pode consistir em restituirao Senhor o que Lhe pertence, pois isso sempre foi Sua prpria propriedade a serusada como Ele determinar em Sua providncia.

    Perdendo o Favor de DeusPela rebelio e apostasia o homem perdeu o favor de Deus; no os seus direitos,

    pois ele s teria valor se fosse revestido do amado Filho de Deus. Este ponto precisaser compreendido. Ele perdeu os privilgios que Deus, em Sua misericrdia, lheconcedera como dom gratuito, como tesouro em custdia, a ser usado para promoverSua Causa e Sua glria, e para favorecer os seres criados por Ele. No momento em quea obra das mos de Deus recusou obedecer s leis do reino de Deus, nesse prprioinstante ele se tornou desleal ao governo de Deus e se fez inteiramente indigno detodas as bnos com as quais Deus o havia favorecido.

    Esta foi a posio da raa humana depois que o homem se divorciou de Deus pelatransgresso. Ento ele no tinha mais direito a uma inspirao de ar, a um raio da luzdo Sol ou a uma partcula de alimento. E a razo de o homem no ter sido destrudoera que Deus o amou de tal maneira que deu o Seu Filho amado para que sofresse apenalidade da transgresso dele. Cristo Se prontificou a tornar-Se o penhor esubstituto do homem, para que este, por meio de graa sem igual, tivesse outra prova -uma segunda oportunidade - tendo a experincia de Ado e Eva como advertncia parano transgredir a lei de Deus como eles o fizeram. E, visto que o homem desfruta asbnos de Deus na ddiva da luz do Sol e na ddiva do alimento, deve haver da parte

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 7do homem um respeito diante de Deus em grato reconhecimento de que todas as coisasprovm dEle. Tudo que Lhe prestado como retribuio somente

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    o que Lhe pertence por ser o Doador.O homem quebrou a lei de Deus, e, por intermdio do Redentor, foram feitas

    novas e recentes promessas numa base diferente. Todas as bnos precisam vir pormeio de um Mediador. Agora todo membro da famlia humana est inteiramenteentregue nas mos de Cristo, e tudo que possumos - quer seja o dom de dinheiro, decasas, de terras, de faculdades de raciocnio, de fora fsica, ou de talentos intelectuais- nesta vida presente, e as bnos da vida futura, colocado em nosso poder comotesouros de Deus a serem aplicados fielmente para benefcio do homem. Todo dom assinalado pela cruz e traz a imagem e a inscrio de Jesus Cristo. Todas as coisasprovm de Deus. Desde os menores benefcios at maior bno, tudo flui atravs donico Conduto - uma mediao sobre-humana salpicada com o sangue cujo valor inestimvel porque era a vida de Deus em Seu Filho.

    Ora, nenhuma pessoa pode dar alguma coisa a Deus que j no seja dEle. Tendeisto em mente: "Tudo vem de Ti, e da Tua mo To damos." I Crn. 29:14. Deve sermantido diante do povo, aonde quer que formos, que no possumos nada, nempodemos oferecer coisa alguma, em valor, em obra, em f, que primeiro no tenhamosrecebido de Deus e sobre que Ele no possa colocar a mo em qualquer tempo e dizer:Eles so Meus - dons, bnos e talentos que Eu vos confiei, no para vosenriquecerdes, mas para sbio desenvolvimento em benefcio do mundo.

    Tudo de DeusA criao pertence a Deus. Se abandonasse o homem, o Senhor poderia deter-lhe

    imediatamente a respirao. Tudo que ele e tudo que ele possui pertence a Deus. Omundo inteiro de Deus. As casas dos homens, suas aquisies pessoais, tudo que valioso ou brilhante a prpria dotao de Deus. Tudo isto Sua ddiva para serdevolvida a Deus para ajudar a cultivar o corao humano. As ofertas maisesplndidas podem ser colocadas sobre o altar de Deus, e os homens enaltecero,exaltaro e louvaro o doador por sua liberalidade. Em

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    qu? "Tudo vem de Ti, e da Tua mo To damos." I Crn. 29:14. Nenhuma obra dohomem pode fazer com que merea o amor perdoador de Deus, mas o amor de Deus,imbuindo a alma, o levar a efetuar as coisas que sempre foram requeridas por Deus eque o homem deve realizar com prazer. Ele s efetuou o que o dever sempre requereudele.

    Os anjos de Deus no Cu que nunca caram fazem continuamente a Sua vontade.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 8Em tudo que eles fazem no seu laborioso encargo de misericrdia para nosso mundo,amparando, guiando e guardando a obra das mos de Deus atravs dos sculos - tantoos justos como os injustos -, eles podem dizer verdadeiramente: "Tudo Teu. DasTuas mos To damos." Oxal o olhar humano pudesse ter vislumbres dos anjos! Oxala imaginao pudesse compreend-los e demorar-se sobre o esplndido e gloriososervio dos anjos de Deus e dos conflitos em que se empenham em favor dos homenspara os proteger, guiar e conquistar, e para desvi-los das ciladas de Satans. Quodiferente seria a conduta e o sentimento religioso!

    Mrito das CriaturasPodero ser travadas discusses por seres humanos que defendem ardorosamente

    o mrito das criaturas e por todo homem que luta pela supremacia, mas elessimplesmente no sabem que durante todo esse tempo, em princpio e carter, estodeturpando a verdade como ela em Jesus. Encontram-se num nevoeiro deperplexidade. Necessitam do divino amor de Deus que representado pelo ouroprovado no fogo; necessitam das vestiduras brancas do puro carter de Cristo; enecessitam tambm do colrio celestial, para que possam discernir com assombro acompleta desvalia do mrito das criaturas para ganhar a recompensa da vida eterna.Pode haver fervorosa labuta e intensa afeio, elevada e nobre realizao intelectual,amplitude de compreenso e a maior humilhao, que sejam depositadas aos ps denosso Redentor; mas no h nisso nem um pouquinho mais do que a graa e o talentooriginalmente dados por Deus. No deve ser dado nada menos do que ordena o dever,mas

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    no se pode dar nada mais do que se recebeu a princpio; e tudo precisa ser colocadosobre o fogo da justia de Cristo, a fim de que seja purificado de seu odor terreno,antes que ascenda numa nuvem de fragrante incenso ao grande Jeov e seja aceitocomo aroma suave.

    Pergunto: Como posso apresentar este assunto assim como ? O Senhor Jesuscomunica todo o poder, toda a graa, toda a penitncia, toda a inclinao, todo operdo dos pecados, ao apresentar Sua justia para que o homem dela se apodere pormeio de f viva - a qual tambm o dom de Deus. Se juntssemos tudo que bom esanto, nobre e belo no homem, e apresentssemos o resultado aos anjos de Deus, comose desempenhasse uma parte na salvao da alma humana ou na obteno de mrito, aproposta seria rejeitada como traio. Encontrando-se na presena de seu Criador econtemplando a glria insupervel que envolve Sua Pessoa, eles consideram oCordeiro de Deus dado desde a fundao do mundo a uma vida de humilhao, a serrejeitado por homens pecaminosos, e a ser desprezado e crucificado. Quem podeavaliar a imensido desse sacrifcio!

    Cristo Se fez pobre por amor de ns, para que pela Sua pobreza nos tornssemos

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 9ricos. E quaisquer obras que o homem pode prestar a Deus sero muito menos do quenada. Meus pedidos s se tornam aceitveis por estarem baseados na justia de Cristo.A idia de fazer algo para merecer a graa do perdo errnea do comeo at o fim."Senhor, no trago na mo valor algum; simplesmente me apego a Tua cruz."

    O que o Homem no Pode FazerO homem no pode realizar proezas dignas de louvor que lhe dem alguma glria.

    Os homens tm o hbito de glorificar os homens e de exalt-los. Estremeo ao ver ououvir algo a esse respeito, pois me foram revelados no poucos casos em que a vidafamiliar e a obra no interior do corao desses prprios homens se acham repletas deegosmo. Eles so corruptos, desprezveis e vis; e nada que procede de todos seusfeitos pode elev-los diante de Deus, pois tudo que

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    fazem constitui uma abominao Sua vista. No pode haver verdadeira conversosem o abandono do pecado, mas no discernida a grave natureza do pecado. Comuma agudeza de percepo jamais atingida pela vista humana, anjos de Deusdiscernem que seres tolhidos por influncias corruptoras, com a mente e mosimpuras, esto decidindo seu destino para a eternidade. No entanto, muitos tm poucacompreenso do que constitui pecado e qual o remdio.

    Ouvimos serem pregadas tantas coisas a respeito da converso da pessoa que noso verdade. Os homens so ensinados a pensar que se algum se arrepende, serperdoado, supondo que o arrependimento o caminho e a porta para o Cu; que h noarrependimento certo valor garantido que compre o perdo para ele. Pode o homemarrepender-se por si mesmo? No mais do que pode perdoar a si prprio. Lgrimas,suspiros, resolues - tudo isso constitui apenas o apropriado exerccio das faculdadesque Deus concede ao homem e o ato de afastar-se do pecado na regenerao de umavida que de Deus. Onde est o mrito do homem para ganhar sua salvao ou paracolocar diante de Deus algo que seja valioso e excelente? Pode uma oferta de dinheiro,casas, terras, colocar-vos na lista do merecimento? Impossvel!

    H o perigo de considerar que a justificao pela f concede algum mrito f.Quando aceitamos a justia de Cristo como um dom gratuito somos justificadosgratuitamente por meio da redeno de Cristo. Que f? "O firme fundamento dascoisas que se esperam e a prova das coisas que se no vem." Heb. 11:1. umaaprovao do entendimento s palavras de Deus que leva o corao a uma voluntriaconsagrao e servio a Deus, o qual deu o entendimento, o qual sensibilizou ocorao, o qual primeiro levou a mente a contemplar a Cristo na cruz do Calvrio. F entregar a Deus as faculdades intelectuais, submeter-Lhe a mente e a vontade e fazerde Cristo a nica porta de entrada no reino dos Cus.

    Quando os homens aprendem que no podem obter a justia pelo mrito de suasprprias obras e olham com firme e inteira confiana para Jesus Cristo como sua nica

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 10esperana, no haver tanto

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    do prprio eu e to pouco de Jesus. Almas e corpos so maculados e poludos pelopecado, o corao alienado de Deus, contudo muitos esto-se debatendo, em suaprpria fora finita, para conquistar a salvao por boas obras. Jesus, pensam eles,efetuar uma parte da salvao, e eles precisam fazer o resto. Necessitam ver pela f ajustia de Cristo como sua nica esperana para o tempo e para a eternidade.

    Deus Trabalha, e o Homem TrabalhaDeus deu aos homens faculdades e aptides. Deus trabalha e coopera com os dons

    que Ele comunicou ao homem, e este, sendo participante da natureza divina e fazendoa obra de Cristo, pode ser um vencedor e obter a vida eterna. O Senhor no tencionarealizar a obra que Ele concedeu ao homem poderes para efetuar. A parte do homemprecisa ser realizada. Ele deve ser cooperador de Deus, unindo-se a Cristo, eaprendendo de Sua mansido e de Sua humildade. Deus o poder que domina sobretudo. Ele concede os dons; o homem os recebe e age com o poder da graa de Cristocomo instrumento vivo.

    "Lavoura de Deus...sois vs." I Cor. 3:9. O corao deve ser trabalhado,subjugado, arado, gradado e semeado, para que produza sua colheita a Deus em boasobras. "Edifcio de Deus sois vs." I Cor. 3:9. No podeis edificar-vos a vs mesmos.H um Poder fora de vs mesmos que deve realizar a edificao da igreja, colocandotijolo sobre tijolo, sempre cooperando com as faculdades e aptides por Deusconcedidas ao homem. O Redentor deve encontrar um lar em Seu edifcio. Deustrabalha, e o homem trabalha. Precisa haver contnua apropriao dos dons de Deus,para que haja a mesma distribuio espontnea desses dons. uma contnua recepoe, depois, restituio. O Senhor determinou que a alma receba nutrio dEle, para queseja, distribuda novamente na execuo de Seus propsitos. A fim de que haja umaefuso, deve haver uma infuso da divindade na humanidade. "Habitarei e entre elesandarei." II Cor. 6:16.

    O templo da alma tem de ser sagrado, santo, puro e impoluto. Deve haver umaco-participao em que todo o poder de Deus

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    e toda a glria pertence a Ele. A responsabilidade recai sobre ns. Precisamos receberem pensamentos e em sentimentos, para dar em expresso. A lei da ao humana edivina torna o recebedor um cooperador de Deus. Ela conduz o homem onde ele,unido com a Divindade, pode efetuar as obras de Deus. A humanidade se pe emcontato com a humanidade. O poder divino e a atuao humana combinados sero umxito total, pois a justia de Cristo cumpre tudo.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 11

    Poder sobrenatural Para Obras SobrenaturaisA razo por que tantos no conseguem ser obreiros bem-sucedidos agirem como

    se Deus dependesse deles e terem de sugerir a Deus o que Ele deve fazer com eles, emvez de confiarem no Senhor. Pem de lado o poder sobrenatural e deixam de realizar aobra sobrenatural. Confiam em todo o tempo em suas prprias faculdades humanas enas de seus irmos. So tacanhos em si mesmos e sempre esto julgando segundo suafinita compreenso humana. Precisam de ajuda, pois no tm poder do alto. Deus nosd o corpo, vigor cerebral, tempo e oportunidade para trabalhar. Requer-se que todossejam utilizados ao mximo. Unindo a humanidade com a Divindade, podeis realizaruma obra to duradoura como a eternidade. Quando os homens pensam que o senhorcometeu um erro em seus casos individuais, e determinam seu prprio trabalho,depararo com o desapontamento.

    "Pela graa sois salvos, por meio da f; e isso no vem de vs; dom de Deus."Efs. 2:8. Aqui h verdade que desdobrar o assunto vossa mente, se no a vedardesaos raios de luz. A vida eterna um dom infinito. Isto a coloca fora da possibilidadede ser ganha por ns mesmos, pois infinita. Precisa ser forosamente uma ddiva. E,como tal, tem de ser recebida pela f, e oferecendo a Deus gratido e louvor. Slida fno conduzir ningum ao fanatismo, nem a desempenhar o papel do servo indolente. o fascinante poder de Satans que leva os homens a olharem para si mesmos, em vezde olharem para Jesus. A

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    justia de Cristo deve ir nossa frente para que a glria do Senhor seja a nossaretaguarda. Se fazemos a vontade de Deus podemos aceitar grandes bnos comogenerosa ddiva de Deus, mas no em virtude de algum mrito em ns; este semvalor. Realizai a obra de Cristo, e honrareis a Deus e sereis mais do que vencedorespor meio dAquele que nos amou e deu a vida por ns, para que tivssemos vida esalvao em Jesus Cristo.

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao

    2A Norma da

    Verdadeira Santificao

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 12

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao / Pg. 29

    "O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso esprito, e alma, ecorpo sejam plenamente conservados irrepreensveis para a vinda de nosso SenhorJesus Cristo." I Tess. 5:23.

    A santificao obtida unicamente em obedincia vontade de Deus. Muitos queesto deliberadamente espezinhando a lei de Jeov dizem ser possuidores de santidadede corao e santificao de vida. Mas no tm um conhecimento salvador de Deus oude Sua lei. Encontram-se nas fileiras do grande rebelde. Ele est em guerra com a leide Deus, a qual o fundamento do governo divino no Cu e na Terra. Esses homensesto fazendo a mesma obra que seu mestre efetuou ao buscar tornar sem efeito a santalei de Deus. Nenhum transgressor dos mandamentos pode ter permisso para entrar noCu; pois aquele que era outrora um puro e exaltado querubim cobridor foi expulso del por rebelar-se contra o governo de Deus.

    Para muitos, a santificao apenas justia prpria. E, no entanto, essas pessoasafirmam ousadamente que Jesus seu Salvador e Santificador. Que iluso! Ser que oFilho de Deus santificar o transgressor da lei do Pai - aquela lei que Cristo veioengrandecer e tornar gloriosa? Ele testifica: "Eu tenho guardado os mandamentos deMeu Pai." Joo 15:10. Deus no abaixar Sua lei para acomodar-se ao imperfeitopadro humano; e o homem no pode satisfazer os reclamos dessa santa lei semmanifestar arrependimento para com Deus e f para com o nosso Senhor Jesus Cristo.

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao / Pg. 30

    "Se algum pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo." IJoo 2:1. Mas Deus no dedicou Seu Filho a uma vida de sofrimento e ignomnia, e auma morte vergonhosa, para livrar o homem da obedincia lei divina. To grande opoder enganador de Satans que muitos tm sido levados a considerar a expiao deCristo como no tendo valor real. Cristo morreu porque no havia outra esperanapara o transgressor. Este poderia procurar guardar a lei de Deus no futuro; mas advida que ele contraiu no passado continuava a existir, e a lei teria de conden-lo morte. Cristo veio pagar para o pecador essa dvida que lhe era impossvel pagar por simesmo. Assim, por meio do sacrifcio expiatrio de Cristo, concedeu-se outraoportunidade ao homem pecaminoso.

    O Engano de SatansO engano de Satans que a morte de Cristo introduziu a graa para tomar o lugar

    da lei. A morte de Jesus de maneira alguma modificou, anulou ou diminuiu a lei dosDez Mandamentos. Essa preciosa graa oferecida aos homens por meio do sangue doSalvador estabelece a lei de Deus. Desde a queda do homem, o governo moral de Deuse Sua graa so inseparveis. Andam de mos dadas atravs de todas as dispensaes.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 13"A misericrdia e a verdade se encontraram; a justia e a paz se beijaram." Sal. 85:10.

    Jesus, nosso Substituto, consentiu em sofrer pelo homem a penalidade da leitransgredida. Ele revestiu Sua divindade com a humanidade, tornando-Se assim oFilho do homem, o Salvador e Redentor. O prprio fato da morte do amado Filho deDeus para remir o homem revela a imutabilidade da lei divina. Quo facilmente, doponto de vista do transgressor, Deus poderia ter abolido Sua lei, provendo assim ummeio pelo qual o homem pudesse ser salvo e Cristo permanecesse no Cu! A doutrinaque ensina a liberdade, pela graa, para transgredir a lei uma iluso fatal. Todotransgressor da lei de Deus um pecador, e ningum pode ser santificado enquantovive em pecado conhecido.

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao / Pg. 31

    A condescendncia e a angstia do amado Filho de Deus no foram suportadas afim de adquirir para o homem a liberdade de transgredir a lei do Pai e sentar-se aindacom Cristo no Seu trono. Isso ocorreu para que por Seus mritos e pela manifestaode arrependimento e f o pecador mais culpado possa receber perdo e obter forapara levar uma vida de obedincia. O pecador no salvo em seus pecados, mas deseus pecados.

    Que Pecado?A pessoa precisa primeiro convencer-se do pecado antes que o pecador sinta o

    desejo de ir a Cristo. "O pecado a transgresso da lei." I Joo 3:4. "Eu no teriaconhecido o pecado, seno por intermdio da lei." Rom. 7:7. Quando o mandamentoimpressionou a conscincia de Saulo, reviveu o pecado, e ele morreu. Considerou-secondenado pela lei de Deus. O pecador s pode convencer-se de sua culpa quandocompreende o que constitui pecado. impossvel que um indivduo experimente asantificao bblica enquanto mantm a idia de que, se cr em Cristo, indiferente seobedece lei de Deus, ou se desobedece a ela.

    Os que professam guardar a lei de Deus, mas condescendem com o pecado nocorao, so condenados pela Testemunha Verdadeira. Afirmam ser ricos noconhecimento da verdade; no esto, porm, em harmonia com os seus sagradosprincpios. A verdade no santifica sua vida. A Palavra de Deus declara que o pretensoobservador dos mandamentos cuja vida contradiz sua f, cego, miservel, pobre e nu.

    A lei de Deus o espelho que apresenta um reflexo completo do homem como ele, e lhe expe a imagem correta. Alguns daro meia volta e esquecero esse quadro, aopasso que outros empregaro nomes injuriosos contra a lei, como se isso curasse seusdefeitos de carter. Outros ainda que so condenados pela lei se arrependero de suastransgresses e, pela f nos mritos de Cristo, aperfeioaro o carter cristo.

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao / Pg. 32

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 14

    Condenados Pela Luz Rejeitada por ElesO mundo interior culpado, vista de Deus, de transgredir Sua lei. O fato de que

    a grande maioria continuar a transgredir, permanecendo assim em inimizade comDeus, no razo suficiente para que ningum se confesse culpado e se torneobediente. Para o observador superficial, as pessoas que so naturalmente amveis,que so educadas e refinadas, talvez paream ser perfeitas na vida. "O homem v oque est diante dos olhos, porm o Senhor olha para o corao." I Sam. 16:7. A menosque as vivificantes verdades da Palavra de Deus, quando apresentadas conscincia,sejam, recebidas inteligentemente e ento cumpridas fielmente na vida, ningum podever o reino dos Cus. Para alguns, essas verdades tm certo fascnio devido a suanovidade, mas no so aceitas como a Palavra de Deus. Os que no aceitam a luzquando esta lhes apresentada, sero condenados por ela.

    Em toda congregao na Terra h pessoas insatisfeitas, que tm fome e sede dasalvao. De dia e de noite, o fardo de seu corao : "Que devo fazer para que sejasalvo?" Ouvem atentamente os sermes populares, esperando aprender como podemser justificadas diante de Deus. Mas, com demasiada freqncia, ouvem apenas umapalestra agradvel, uma declamao eloqente. H coraes tristes e decepcionadosem toda reunio religiosa. O pastor diz a seus ouvintes que eles no podem guardar alei de Deus. "Ela no obrigatria ao homem em nosso tempo", declara ele. "Deveiscrer em Cristo; Ele vos salvar; to-somente crede." Assim ele lhes ensina a fazer dosentimento o seu critrio, e no lhes d uma f inteligente. Esse pastor pode professarser muito sincero, mas est procurando acalmar a conscincia perturbada com umafalsa esperana.

    Veneno Espiritual Coberto por AcarMuitos so levados a pensar que se encontram no caminho para o Cu porque

    professam crer em Cristo, embora rejeitem a lei de Deus. Mas descobriro finalmenteque se achavam no caminho para a perdio, e no para o Cu. Veneno espiritual coberto de uma camada de acar

    F E OBRAS / Livro / 2 A Norma da Verdadeira Santificao / Pg. 33

    com a doutrina da santificao, e administrado s pessoas. Milhares o engolemavidamente, supondo que se to-somente forem sinceros em sua crena, estaroseguros. Mas a sinceridade no transforma o erro em verdade. Uma pessoa podeingerir veneno, pensando que alimento; mas a sua sinceridade no a livrar dosefeitos dessa dose.

    Deus nos deu Sua Palavra para que seja nosso guia. Cristo declarou: "Examinaisas Escrituras, porque vs cuidais ter nelas a vida eterna, e so elas que de Mimtestificam." Joo 5:39. Ele orou por Seus discpulos: "Santifica-os na verdade; a TuaPalavra a verdade." Joo 17:17. Paulo diz: "Na verdade, a mim me parecia que

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 15muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno." Atos 26:9. Essacrena no fez, porm, que a sua atitude fosse correta. Quando Paulo aceitou oevangelho de Jesus Cristo, tornou-se uma nova criatura. Ele foi transformado; averdade incutida em sua alma deu-lhe tal f e coragem como seguidor de Cristo queno podia ser perturbado pela oposio nem intimidado pelo sofrimento.

    Os homens podem apresentar o pretexto que quiserem para sua rejeio da lei deDeus; mas nenhum pretexto ser aceito no dia do juzo. Os que esto contendendocom Deus e tornando sua alma culpada mais audaz na transgresso muito em brevetero de haver-se com o Grande Legislador, a respeito da violao de Sua lei.

    Aproxima-se o dia da vingana de Deus - o dia do furor de Sua ira. Quemsuportar o dia de Sua vinda? Os homens tm endurecido o corao contra o Espritode Deus, mas as setas de Sua ira penetraro onde as setas da convico no puderampenetrar. No demorar muito para que Deus Se levante a fim de entender-Se com opecador. Ir o falso pastor proteger o transgressor naquele dia? Haver algumadesculpa para aquele que acompanhou a multido no caminho da desobedincia? Apopularidade ou o nmero faro com que algum se torne inocente? Os descuidados eindiferentes devem considerar essas questes e resolv-las por si mesmos.

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa

    3Cristo, Justia Nossa

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa / Pg. 35

    "Se confessarmos os nossos pecados, Ele fiel e justo para nos perdoar ospecados e nos purificar de toda injustia." I Joo 1:9.

    Deus requer que confessemos nossos pecados e perante Ele humilhemos ocorao; devemos, porm, ao mesmo tempo ter confiana nEle como um terno Pai,que no abandona aqueles que nEle pem a confiana. Muitos dentre ns andam pelavista, e no pela f. Cremos nas coisas que se vem, mas no avaliamos as preciosaspromessas que nos so dadas na Palavra de Deus; e no entanto no podemos desonrara Deus mais decididamente do que mostrando que desconfiamos do que Ele diz, epomos em dvida se o Senhor sincero para conosco ou nos est enganando.

    Deus no Se desanima conosco por causa de nossos pecados. Podemos cometererros e ofender o Seu Esprito; mas quando nos arrependemos e vamos ter com Elecom o corao contrito, Ele no nos faz voltar. H empecilhos a serem removidos.Tm-se acariciado sentimentos errados, e tem havido orgulho, presuno, impacincia

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 16e murmuraes. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados;tem de haver mais profunda obra de graa no corao. Os que se sentem fracos edesanimados podem tornar-se fortes vares de Deus e fazer nobre trabalho peloMestre. Devem, porm, trabalhar de um ponto de vista elevado; no devem serinfluenciados por quaisquer motivos egostas.

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa / Pg. 36

    Os Mritos de Cristo, Nossa nica EsperanaTemos de aprender na escola de Cristo. Coisa alguma seno a Sua justia pode

    dar-nos direito a uma nica das bnos do concerto da graa. Por muito tempodesejamos e procuramos obter essas bnos, mas no as recebemos porque temosacariciado a idia de que poderamos fazer alguma coisa para nos tornar dignos delas.No temos olhado para fora de ns mesmos, crendo que Jesus um Salvador vivo.No devemos pensar que nossa prpria graa e mritos nos salvem; a graa de Cristo nossa nica esperana de salvao. Por meio de Seu profeta promete o Senhor: "Deixeo mpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta aoSenhor, que Se compadecer dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso emperdoar." Isa. 55:7. Temos de crer na clara promessa, e no aceitar os sentimentos emlugar da f. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando nos apoiarmos nosmritos de Jesus como Salvador que perdoa os pecados, receberemos todo o auxlioque possamos desejar.

    Olhamos para ns mesmos, como se tivssemos poder para nos salvar; mas Jesusmorreu por ns porque somos incapazes de isso fazer. NEle est nossa esperana,nossa justificao, nossa justia. No devemos ficar desanimados, temendo no termosum Salvador, ou que Ele no tenha pensamentos de misericrdia para conosco. Agoramesmo est Ele prosseguindo em Sua obra em nosso favor, convidando-nos para noschegarmos a Ele em nosso desamparo, e sermos salvos. Desonramo-Lo por nossaincredulidade. espantoso como tratamos o melhor de nossos amigos, quo poucaconfiana depositamos nAquele que capaz de nos salvar perfeitamente, e que nosdeu toda prova de Seu grande amor.

    Meus irmos, porventura esperais que vosso mrito vos recomende ao favor deDeus, pensando que tendes de estar isentos de pecado antes de poder confiar em Seupoder para salvar? Se esta a luta que se processa em vosso esprito, receio que nohaveis de obter fora, desanimando-vos afinal.

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa / Pg. 37

    "Olhai e Vivei"No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 17rebeldes israelitas, Moiss foi instrudo a levantar uma serpente ardente e ordenar atodos os feridos que olhassem para ela, a fim de viverem. Muitos, porm, no viramauxlio nesse remdio designado pelo Cu. Os mortos e moribundos rodeavam-nos portoda parte, e bem sabiam que sem o auxlio divino sua sorte estava selada; maslamentavam seus ferimentos, suas dores e morte certa, at que se lhes esvassem asforas e os olhos se tornavam vidrados, quando podiam ter recebido cura instantnea.

    "Como Moiss levantou a serpente no deserto", assim o Filho do homem foi"levantado; para que todo aquele que nEle cr no perea, mas tenha a vida eterna."Joo 3:14 e 15. Se sois conscientes de vossos pecados, no dediqueis todas as vossasfaculdades a lament-los, mas olhai e vivei. Jesus nosso nico Salvador; e emboramilhes de pessoas que carecem de cura rejeitem a misericrdia por Ele oferecida,ningum que confie em Seus mritos ser deixado a perecer. Conquantoreconheamos nosso estado de desamparo sem Cristo, no nos devemos desanimar;devemos confiar num Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma, desanimada eferida do pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvar a todos os quese chegarem a Ele.

    Vinde a Jesus, e tereis descanso e paz. Podeis ter agora mesmo essa bno.Satans sugere que sois desamparados, que no podeis abenoar-vos a vs mesmos. verdade; sois desamparados. Mas exaltai a Jesus diante dele: "Tenho um Salvadorressurgido. NEle confio, e Ele nunca permitir que eu seja confundido. Em Seu nometriunfarei. Ele minha justia e minha coroa de glria." Que ningum aqui julgue queseu caso seja sem esperana; porque no . Podeis ver que sois pecadores e estaisarruinados; mas justamente por esse motivo que precisais de um Salvador. Se tendespecados a confessar, no percais tempo. Estes momentos so ouro. "Se confessarmosos nossos pecados, Ele fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar detoda a injustia." I Joo 1:9. Os que tm

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa / Pg. 38

    fome e sede de justia sero fartos, pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seusbraos esto abertos para receber-nos, e Seu grande corao de amor est espera paranos abenoar.

    Alguns parecem julgar que tm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhorque esto reformados, antes de poder invocar Suas bnos. Mas estes podemreclamar a bno agora mesmo. Precisam de Sua graa, do Esprito de Cristo, paraserem ajudados em suas fraquezas, ou do contrrio no podem formar um cartercristo. Jesus fica feliz quando vamos a Ele tal qual estamos - pecadores,desamparados, dependentes.

    Arrependimento, Dom de DeusO arrependimento, assim como o perdo, dom de Deus por meio de Cristo.

    pela influncia do Esprito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 18necessidade de perdo. Ningum, seno os contritos, perdoado; mas a graa deDeus que torna o corao penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas eenfermidades, e nos ajudar.

    Alguns que, pelo arrependimento e confisso, se achegam a Deus, e mesmo cremque seus pecados esto perdoados, deixam de reclamar, como deviam, as promessas deDeus. No vem que Jesus um Salvador sempre presente; e no esto dispostos aconfiar a Ele a guarda de sua alma, contando com Ele para o aperfeioamento da obrada graa comeada em seu corao. Conquanto pensem que se esto entregando aDeus, tm ainda grande dose de presuno. H pessoas conscienciosas que confiamparcialmente em Deus, e parcialmente em si mesmas. No esperam em Deus para serguardadas por Seu poder, mas confiam na vigilncia contra a tentao e nocumprimento de certos deveres para serem por Ele aceitas. No h vitrias nessaespcie de f. Essas pessoas labutam sem propsito algum; tm a alma em contnuaescravido, e s encontraro descanso quando depuserem seus fardos aos ps de Jesus.

    H necessidade de constante vigilncia e de fervorosa e terna dedicao; isso,porm, vir naturalmente, se a alma

    F E OBRAS / Livro / 3 Cristo, Justia Nossa / Pg. 39

    guardada pelo poder de Deus, mediante a f. Nada podemos fazer, absolutamentenada, para nos recomendar ao favor divino. No devemos absolutamente confiar emns mesmos nem em nossas boas obras; mas quando, como seres erradios e pecadores,nos chegamos a Cristo, encontramos descanso em Seu amor. Deus aceitar a cada umdos que se chegam a Ele, confiando inteiramente nos mritos de um Salvadorcrucificado. Brota o amor no corao. Pode no haver xtase de sentimentos, mashaver uma duradoura e pacfica confiana. Todo peso se tornar leve; pois leve ojugo imposto por Cristo. O dever torna-se um deleite, e um prazer o sacrifcio. Ocaminho que antes parecia envolta em trevas, torna-se iluminada pelos raios do Sol daJustia. Isso andar na luz, como Cristo na luz est. Mensagens Escolhidas, vol. 1,pgs. 350-354.

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos

    4Ellen G. White Elucida

    Vrios Aspectos

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 19

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / Pg. 41

    A pergunta a ser feita agora, : Esto os professos seguidores de Cristo cumprindoas condies sob as quais proferida a bno? Esto eles se separando do mundo emesprito e prtica? Como difcil sair e separar-se de hbitos e costumes mundanos!Tenhamos, porm, bastante cuidado para que Satans no nos seduza e engane pormeio de falsas representaes. Interesses eternos acham-se envolvidos aqui. Asreivindicaes de Deus devem vir em primeiro lugar; Suas exigncias devem recebernossa principal ateno.

    Todo filho do cado Ado deve, mediante a graa transformadora de Cristo,tornar-se obediente a todos os mandamentos de Deus. Muitos fecham os olhos aosmais claros ensinos de Sua Palavra porque a cruz se encontra diretamente no caminho.Se a erguerem, parecero singulares aos olhos do mundo; e eles hesitam e duvidam,procurando algum pretexto para se esquivarem cruz. Satans sempre est pronto, eele apresenta razes plausveis por que no seria melhor obedecer exatamente ao quediz a Palavra de Deus. Assim, pessoas so enganadas fatalmente.

    Um Engano Bem-SucedidoUm dos mais bem-sucedidos enganos de Satans induzir os homens a

    pretenderem estar santificados, ao mesmo tempo que esto vivendo em desobedinciaaos mandamentos de Deus. Esses so descritos por Jesus como os que ho de dizer:"Senhor, Senhor, no profetizamos ns em Teu nome? E, em Teu nome, noexpulsamos demnios? E, em Teu nome, no fizemos muitas maravilhas?" Mat. 7:22.

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / Pg. 42

    Sim, os que pretendem estar santificados tm muito que dizer a respeito de sersalvo pelo sangue de Jesus, mas a sua santificao no se d por meio da verdadecomo ela em Jesus. Conquanto pretendam crer nEle e aparentemente realizem obrasmaravilhosas em Seu nome, desprezam a lei de Seu Pai e atuam como instrumentos dogrande adversrio das pessoas para levar avante a obra que ele iniciou no den, asaber: apresentar desculpas plausveis para no obedecer irrestritamente a Deus. Suaobra de levar os homens a desonrarem a Deus por desprezarem Sua lei ser um diadesdobrada diante deles com seus verdadeiros resultados.

    As condies da vida eterna so to claras na Palavra de Deus que ningumprecisa errar, a no ser que escolha o erro em lugar da verdade porque sua alma nosantificada ama mais as trevas do que a luz.

    O intrprete da lei que se aproximou de Cristo com a pergunta: "Mestre, que fareipara herdar a vida eterna?" tencionava enredar a Cristo, mas Jesus lanou o fardo devolta sobre ele. "Que est escrito na lei? Como ls? E, respondendo ele, disse: Amarsao Senhor, teu Deus, de todo o teu corao, e de toda a tua alma, e de todas as tuas

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 20foras, e de todo o teu entendimento e ao teu prximo como a ti mesmo. E disse-lhe:Respondeste bem; faze isso e vivers." Luc. 10:25-28. Essas palavras se aplicam aoscasos individuais de todos. Estamos dispostos a cumprir as condies? Obedeceremosa Deus e guardaremos Seus mandamentos? Seremos praticantes da Palavra, e noapenas ouvintes? A lei de Deus to imutvel e inaltervel como o Seu carter. Tudoque os homens digam ou faam para anul-la no altera as suas exigncias, nem osisenta de sua obrigao de obedecer.

    Necessitamos diariamente de iluminao divina; devemos orar como Davi:"Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei." Sal. 119:18. Deuster um povo sobre a Terra que vindicar Sua honra dando valor a todos os Seusmandamentos; e Seus mandamentos no so penosos, nem um jugo de servido. Daviorou em seus

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    dias: "J tempo de operares, Senhor, pois eles tm quebrantado a Tua lei." Sal.119:126.

    Nenhum de ns pode dar-se ao luxo de desonrar a Deus por viver na transgressode Sua lei. Negligenciar a Bblia e dedicar-nos procura do tesouro terrestre umaperda incalculvel. S a eternidade revelar o grande sacrifcio feito por muitos paraobter honras terrenas e vantagens mundanas, em detrimento da alma, em detrimentodas riquezas eternas. Poderiam ter tido aquela vida que se compara com a vida deDeus; pois Jesus morreu para colocar as bnos e os tesouros do Cu ao seu alcance,para que no pudessem ser considerados pobres, infelizes e miserveis na altaavaliao da eternidade.

    Ningum Entrar Como TransgressorNingum que tenha tido a luz da verdade entrar na cidade de Deus como

    transgressor dos mandamentos. Sua lei constitui o fundamento de Seu governo no Cue na Terra. Se eles, intencionalmente, espezinharam e desprezaram Sua lei na Terra,no sero levados ao Cu para realizar a mesma obra ali; no haver modificao docarter quando Cristo vier.

    A edificao do carter deve prosseguir durante o tempo da graa. Dia a dia suasaes so registradas nos livros do Cu, e no grande dia de Deus eles serorecompensados segundo as suas obras. Ento ser visto quem receber a bno."Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenhamdireito rvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Apoc. 22:14,Almeida Antiga, margem.

    Os que atacam a lei de Deus esto guerreando contra o prprio Deus; e muitos queesto cheios de grande amargura contra o povo de Deus que guarda os mandamentosfazem o maior alarde de terem uma vida santa e sem pecado. Isto s pode serexplicado deste modo: eles no possuem um espelho a que possam olhar para

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 21descobrir por si mesmos a deformidade de seu carter. Nem Jos, nem Daniel, enenhum dos apstolos afirmou estar sem pecado. Os homens que viveram mais pertode Deus,

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / Pg. 44

    os homens que sacrificariam a prpria vida de preferncia a pecar intencionalmentecontra Ele, os homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, reconheceram queeram pecadores e indignos de Seus grandes favores. Sentiram sua debilidade, e,pesarosos por seus pecados, procuraram imitar o modelo Jesus Cristo.

    Apenas Duas Classes: Obedientes e DesobedientesH somente duas classes sobre a Terra: os obedientes filhos de Deus, e os

    desobedientes. Certa ocasio Cristo apresentou deste modo a obra do julgamento aSeus ouvintes: "Quando o Filho do homem vier em Sua glria, e todos os santos anjos,com Ele, ento, Se assentar no trono da Sua glria; e todas as naes sero reunidasdiante dEle, e apartar uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. Epor as ovelhas Sua direita, mas os bodes esquerda. Ento, dir o Rei aos queestiverem Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possu por herana o reino quevos est preparado desde a fundao do mundo; porque tive fome, e destes-Me decomer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu,e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na priso, e fostes ver-Me.

    "Ento, os justos lhe respondero, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome eTe demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber? E, quando Te vimosestrangeiro e Te hospedamos? Ou nu e Te vestimos? E, quando Te vimos enfermo ouna priso e fomos ver-Te? E, respondendo o Rei, lhes dir: Em verdade vos digo que,quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmos, a Mim o fizestes." Mat.25:31-40.

    Assim Cristo identifica Seu interesse com o da humanidade sofredora. Todaateno prestada a Seus filhos Ele a considera como sendo prestada a Sua prpriaPessoa. Os que se dizem possuidores de

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / Pg. 45

    santificao moderna ter-se-iam adiantado orgulhosamente, dizendo: "Senhor, Senhor!Tu no nos conheces? Porventura, no temos ns profetizado em Teu nome, e em Teunome no expelimos demnios, e em Teu nome no fizemos muitos milagres?" (Mat.7:22.) As pessoas aqui descritas, que fazem essas alegaes pretensiosas,aparentemente entretecendo a Jesus em todos os seus atos, representamapropriadamente os que pretendem possuir santificao moderna, mas se acham emguerra com a lei de Deus. Cristo diz que eles praticam a iniqidade porque soenganadores, trajando as vestes da justia para ocultar a deformidade de seu carter, a

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 22maldade interior de seu corao pecaminoso.

    Satans desceu nestes ltimos dias para operar com todo engano de injustia aosque perecem. Sua majestade satnica opera milagres vista de falsos profetas, vistade homens, afirmando que Ele realmente o prprio Cristo. Satans concede seupoder aos que o ajudam em seus enganos; portanto, os que pretendem ter o grandepoder de Deus s podem ser discernidos pelo grande detector, a lei de Jeov. O Senhornos diz que, se possvel, eles enganariam os prprios eleitos. As vestes de ovelhaparecem ser to reais, to genunas, que o lobo s pode ser discernido quando nosdirigimos ao grande padro moral de Deus e descobrimos ali que eles sotransgressores da lei de Jeov.

    Agora, se j Houve um TempoSe j houve um tempo em que necessitamos de f e iluminao espiritual, esse

    tempo agora. Os que esto vigiando em orao e examinando diariamente asEscrituras com o ardente desejo de conhecer e fazer a vontade de Deus no serodesencaminhados por nenhum dos enganos de Satans. S eles discerniro o pretextoque homens astutos adotam para seduzir e enredar. Tanto tempo e ateno dedicadoao mundo, ao vesturio e a comer e beber, que no sobra tempo para orao e para oestudo das Escrituras.

    Precisamos da verdade em todos os pontos, e temos de busc-la

    F E OBRAS / Livro / 4 Ellen G. White Elucida Vrios Aspectos / Pg. 46

    como a tesouros escondidos. Iguarias de fbulas nos so apresentadas em todos oslados, e os homens preferem crer no erro a crer na verdade, porque a aceitao destaltima envolve uma cruz. O prprio eu precisa ser negado; o prprio eu precisa sercrucificado. Por isso Satans lhes apresenta um caminho mais fcil, invalidando a leide Deus. Quando Deus permite que o homem siga seu prprio caminho, esta a horamais sombria de sua vida. Pois deixar que um filho obstinado e desobediente faa oque bem entender e siga a inclinao de sua prpria mente, acumulando sobre si asnuvens mais escuras do juzo de Deus, algo terrvel.

    Satans tem, porm, os seus agentes que so demasiado orgulhosos paraarrepender-se e que se acham constantemente em atividade para derrubar a causa deJeov e calc-la aos ps. Que dia de tristeza e desespero quando eles depararem comsua obra acrescida de todo o seu fardo de resultados! Pessoas que poderiam ter sidosalvas para Jesus Cristo se perderam por causa de seus ensinos e influncia.

    Cristo morreu por eles para que pudessem ter vida. Abriu diante deles o caminhopor meio do qual pudessem, pelos Seus mritos, guardar a lei de Deus. Cristo diz: "Eusei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ningum a pode fechar."Apoc. 3:8. Quanto os homens se esforam para fechar essa porta; mas no conseguemfaz-lo! Eis o testemunho de Joo: "E abriu-se no Cu o templo de Deus, e a arca doSeu concerto foi vista no Seu templo." Apoc. 11:19. Sob o propiciatrio, dentro da

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 23arca, estavam as duas tbuas de pedra, contendo a lei de Jeov. Os fiis de Deus virama luz procedente da lei que incidiu sobre eles, para que fosse dada ao mundo. E agoraa intensa atividade de Satans fechar essa porta de luz; mas Jesus declara queningum pode fech-la. Homens se desviaro da luz e iro denunci-la e desprez-la,mas ela ainda brilha em raios claros e distintos, para animar e abenoar a todos os quequeiram v-la.

    Os filhos de Deus tero um difcil conflito com Satans, e este se tornarextremamente cruel ao nos aproximarmos de seu fim. Mas o Senhor ajudar os quedefenderem Sua verdade.

    F E OBRAS / Livro / 5 F e Obras

    5F e Obras

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    "Sem f impossvel agradar a Deus, porquanto necessrio que aquele que seaproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam."Heb. 11:6. No mundo cristo h muitos que alegam que tudo quanto necessrio paraa salvao ter f; as obras no so nada; a nica coisa essencial a f. Mas a Palavrade Deus nos diz que a f, se no tiver obras, por si s est morta. Muitos recusamobedecer aos mandamentos de Deus; do, porm, muita importncia f. Mas a fprecisa ter um fundamento.

    Todas as promessas de Deus so feitas sob condies. Se fazemos Sua vontade, seandamos na verdade, ento podemos pedir o que quisermos, e nos ser feito. Enquantoprocurarmos diligentemente ser obedientes, Deus ouvir nossas peties; mas Ele nonos abenoar na desobedincia. Se resolvemos desobedecer a Seus mandamentos,podemos exclamar: "F, f, to-somente tende f!", e a segura Palavra de Deus dar aresposta: "A f sem as obras morta." Tia. 2:20. Semelhante f ser apenas como obronze que soa e como o cmbalo que retine. A fim de receber os benefcios da graade Deus precisamos fazer a nossa parte; precisamos labutar fielmente e produzir frutosdignos do arrependimento.

    Somos cooperadores de Deus. No deveis sentar-vos indolentemente, aguardandouma grande ocasio para realizar importante obra para o Mestre. No deveisnegligenciar o dever que se acha diretamente em vosso caminho, mas deveisaproveitar as pequenas oportunidades que surgem ao vosso redor. ...

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 24

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    Lutar e Esforar-seDevemos fazer tudo que pudermos, de nossa parte, para combater o bom combate

    da f. Devemos lutar, labutar e esforar-nos por entrar pela porta estreita. Sempredevemos pr o Senhor diante de ns. Com mos limpas, com corao puro, temos deprocurar honrar a Deus em todos os nossos caminhos. Foi-nos provido auxlionAquele que poderoso para salvar. O esprito de verdade e luz nos vivificar erenovar por suas misteriosas atuaes; pois todo o nosso progresso espiritual vem deDeus, e no de ns mesmos. O verdadeiro obreiro ter poder divino para ajud-lo, maso ocioso no ser sustentado pelo Esprito de Deus.

    Em certo sentido somos deixados na dependncia de nossas prprias energias;devemos procurar diligentemente ser zelosos e arrepender-nos, limpar as mos epurificar o corao de toda contaminao; devemos alcanar a norma mais elevada,crendo que Deus nos ajudar em nossos esforos. Precisamos buscar, se queremosachar, e buscar com f; temos de bater, para que nos seja aberta a porta. A Bbliaensina que tudo quanto se relaciona com nossa salvao depende de nossa prpriaconduta. Se perecermos, a responsabilidade recair inteiramente sobre ns mesmos.Tendo sido feita a proviso e se aceitarmos as condies de Deus, podemos tomarposse da vida eterna. Temos de ir a Cristo com f, temos de ser diligentes e confirmara nossa vocao e eleio.

    O perdo do pecado prometido quele que se arrepende e cr; a coroa da vidaser a recompensa daquele que for fiel at o fim. Podemos crescer na graaaproveitando a graa que j temos. Devemos manter-nos incontaminados do mundo sequisermos ser achados irrepreensveis no dia de Deus. A f e as obras andam de mosdadas; elas atuam harmoniosamente na obra de vencer. As obras sem f so mortas, ea f sem obras inoperante. As obras nunca nos salvaro; o mrito de Cristo queser eficaz em nosso favor. Mediante a f nEle, Cristo tornar todos os nossosesforos imperfeitos aceitveis a Deus. A f que precisamos ter

    F E OBRAS / Livro / 5 F e Obras / Pg. 49

    no uma f indolente; a f que salva aquela que opera pelo amor e purifica o ser.Quem quer levantar a Deus mos santas, sem ira e sem rancor, andarinteligentemente no caminho dos mandamentos de Deus.

    Para termos perdo de nossos pecados, precisamos ter primeiro uma compreensodo que o pecado, a fim de que possamos arrepender-nos e produzir frutos dignos doarrependimento. Temos de ter um slido fundamento para a nossa f; ela deve estarbaseada na Palavra de Deus, e seus resultados sero vistos na obedincia expressavontade de Deus. Diz o apstolo: "Sem a... [santidade] ningum ver o Senhor." Heb.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 2512:14.

    A f e as obras nos mantero bem-equilibrados e nos tornaro bem-sucedidos naobra de aperfeioar o carter cristo. Jesus declara: "Nem todo o que Me diz: Senhor,Senhor! entrar no reino dos Cus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que estnos Cus." Mat. 7:21. Falando do alimento temporal, disse o apstolo: "Porque,quando ainda estvamos convosco, vos mandamos isto: que, se algum no quisertrabalhar, no coma tambm." II Tess. 3:10. A mesma regra se aplica a nossa nutrioespiritual; se algum quer ter o po da vida eterna, faa esforos para obt-lo.

    Estamos vivendo num importante e interessante perodo da histria terrestre.Necessitamos de mais f do que tivemos at agora; necessitamos de mais firme apegoao alto. Satans est trabalhando com todo o poder para obter a vitria sobre ns, poissabe que tem pouco tempo para trabalhar. Paulo desenvolvia sua salvao com temor etremor; e no devemos temer que, sendo-nos deixada a promessa, suceda parecer quealgum de ns tenha falhado e demonstremos ser indignos da vida eterna? Devemosvigiar em orao, fazendo desmedido esforo para entrar pela porta estreita.

    Jesus Supre Nossa DeficinciaNo h desculpa para o pecado ou para a indolncia. Jesus vai frente e quer que

    sigamos os Seus passos. Ele

    F E OBRAS / Livro / 5 F e Obras / Pg. 50

    sofreu, Ele Se sacrificou como nenhum de ns pode faz-lo, para que pudesse colocara salvao ao nosso alcance. No precisamos ficar desalentados. Jesus veio a nossomundo trazer poder divino ao homem, para que por meio de Sua graa possamos sertransformados Sua semelhana.

    Se est no corao obedecer a Deus, se so feitos esforos nesse sentido, Jesusaceita esta disposio e esforo como o melhor servio do homem, e supre adeficincia com Seu mrito divino. Ele no aceitar os que alegam ter f nEle e noentanto so desleais ao mandamento de Seu Pai. Muito ouvimos acerca de f, masprecisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos esto a enganar a prpria alma,vivendo uma religio fcil, acomodatcia, sem cruz.

    Mas diz Jesus: "Se algum quiser vir aps Mim, renuncie-se a si mesmo, tomesobre si a sua cruz e siga-Me." Mat. 16:24.

    F E OBRAS / Livro / 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao

    6Uma Advertncia

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 26

    Contra a Falsa Santificao

    F E OBRAS / Livro / 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao / Pg. 51

    Durante as reunies em Orebro, fui impelida pelo Esprito do Senhor a apresentarSua lei como a grande norma de justia e a advertir nosso povo contra a falsasantificao moderna, que tem sua origem na adorao da vontade, e no na submisso vontade de Deus. Esse erro est rapidamente inundando o mundo, e, comotestemunhas de Deus, seremos convidados a dar decidido testemunho contra ele. umdos maiores enganos dos ltimos dias e constitura uma tentao para todos os quecrem na verdade presente. Aqueles cuja f no est firmemente estabelecida sobre aPalavra de Deus sero enganados. E a parte mais triste de tudo isso que bem poucosdos que so enganados por esse erro encontram novamente o caminho para a luz.

    A Bblia a norma para provar as alegaes de todos os que professamsantificao. Jesus orou que Seus discpulos fossem santificados pela verdade, e Elediz: "A Tua palavra a verdade" (Joo 17:17); ao passo que o salmista declara: "ATua lei a verdade." Sal. 119:142. Todos aqueles a quem Deus est guiandomanifestaro elevada considerao pelas Escrituras nas quais ouvida Sua voz. ABblia ser-lhes- "proveitosa para ensinar, para redargir, para corrigir, para instruirem justia, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instrudo paratoda boa obra". II Tim. 3:16. "Por seus frutos os conhecereis." Mat. 7:16.

    No precisamos de outra evidncia para formar juzo sobre a santificao dehomens; se tiverem receio de no estar obedecendo a

    F E OBRAS / Livro / 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao / Pg. 52

    toda a vontade de Deus, se diligentemente prestam ateno a Sua voz, confiando emSua sabedoria e fazendo de Sua Palavra o seu conselheiro, ento, embora no faamalarde de bondade superior, podemos estar certos de que esto procurando alcanar aperfeio do carter cristo. No entanto, se os que pretendem possuir santidade do aentender que no precisam mais examinar as Escrituras, no devemos hesitar emdeclarar que sua santificao falsa. Esto-se apoiando no seu prprio entendimento,em vez de submeter-se vontade de Deus.

    O que Deus RequerDeus requer neste tempo exatamente o que Ele requereu do santo par no den -

    perfeita obedincia a Seus preceitos. Sua lei continua sendo a mesma em todos ossculos. A grande norma de justia apresentada no Antigo Testamento no rebaixadano Novo. A obra do evangelho no atenuar as reivindicaes da santa lei de Deus,

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 27mas elevar os homens at poderem guardar os seus preceitos.

    A f em Cristo que salva a alma no o que muitos imaginam que ela . "Crede,crede", o seu brado; "to-somente crede em Cristo, e sereis salvos. tudo que tereisde fazer." Embora a f verdadeira confie inteiramente em Cristo para a salvao, elaconduzir a perfeita conformidade com a lei de Deus. A f manifestada pelas obras.E o apstolo Joo declara: "Aquele que diz: Eu conheo-O e no guarda os Seusmandamentos mentiroso, e nEle no est a verdade." I Joo 2:4.

    perigoso confiar nos sentimentos ou impresses, pois so guias que nomerecem confiana. A lei de Deus a nica norma correta de santidade. por essa leique deve ser julgado o carter. Se quem anda em busca da salvao perguntasse: "Quefarei para herdar a vida eterna?", os mestres modernos da santificao responderiam:"Cr somente que Jesus te salva." Quando, porm, essa pergunta foi feita a Cristo, Eledisse: "Que est escrito na lei? Como ls?" E quando o indagador respondeu: "Amarsao Senhor, teu Deus, de todo o teu corao... e ao teu prximo como a ti mesmo",Jesus declarou: "Respondeste

    F E OBRAS / Livro / 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao / Pg. 53

    bem; faze isso e vivers". Luc. 10:25-28.A verdadeira santificao ser evidenciada por conscienciosa considerao a

    todos os mandamentos de Deus, por esmerado desenvolvimento de todos os talentos,por conversao ponderada, revelando em todos os atos a mansido de Cristo.

    Santificao que Afasta da BbliaEstiveram presentes a essa reunio vrias pessoas que se apegavam teoria

    popular da santificao, e quando foram apresentadas as reivindicaes da lei de Deuse se mostrou o verdadeiro carter desse erro, um homem ficou to ofendido que selevantou abruptamente e saiu da sala de reunies. Mais tarde ouvi dizer que ele vierade Estocolmo para assistir reunio. Em conversa com um de nossos pastores,afirmou ser sem pecado e disse que no tinha necessidade da Bblia, pois o Senhor lhecomunicava diretamente o que devia fazer. Ele se achava muito alm dos ensinos daBblia. Que se pode esperar dos que seguem sua prpria imaginao em lugar daPalavra de Deus, se no que sejam enganados? Que impedir o grande enganador deos levar cativos a sua vontade, se essas pessoas rejeitam o nico detector do erro?

    Esse homem representa uma classe de pessoas. A falsa santificao conduzdiretamente para longe da Bblia. A religio reduzida a uma fbula. Sentimentos eimpresses tornam-se o critrio. Conquanto pretendam ser sem pecado e se gabem desua justia, os que alegam possuir santificao ensinam que os homens tm permissopara transgredir a lei de Deus e que os que obedecem a seus preceitos caram da graa.A lei de Deus provoca a oposio e a ira dessas pessoas. Assim revelado o seucarter, pois "a inclinao da carne inimizade contra Deus, pois no sujeita lei deDeus, nem, em verdade, o pode ser". Rom. 8:7.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 28O verdadeiro seguidor de Cristo no far arrogantes pretenses de santidade.

    pela lei de Deus que o pecador se convence de seu erro. Ele v sua prpriapecaminosidade em contraste com a perfeita justia imposta por ela, e isso o conduz ahumildade e

    F E OBRAS / Livro / 6 Uma Advertncia Contra a Falsa Santificao / Pg. 54

    arrependimento. reconciliado com Deus por meio do sangue de Cristo, e,continuando a andar com Ele, obter mais clara compreenso da santidade do carterde Deus e da natureza abarcante de Seus requisitos. Ver mais claramente os seusprprios defeitos e sentir a necessidade de contnuo arrependimento e f no sangue deCristo.

    Aquele que tem contnuo senso da presena de Cristo no pode condescender coma confiana em si mesmo nem com a justia prpria. Nenhum dos profetas ouapstolos fez arrogantes proclamaes de santidade. Quanto mais se aproximavam daperfeio de carter, tanto menos se consideravam dignos e justos. Aqueles, porm,que possuem o menor senso da perfeio de Jesus, aqueles cujos olhos so menosvoltados para Ele, so os que tm as maiores pretenses de perfeio.

    F E OBRAS / Livro / 7 Como Saber se Deus Est Guiando

    7Como Saber se Deus

    Est Guiando

    F E OBRAS / Livro / 7 Como Saber se Deus Est Guiando / Pg. 55

    Deparareis, como eu, com pessoas que professam ser santificadas e santas. Ora,essa doutrina encerra uma influncia sedutora. Elas vos relataro maravilhososexerccios mentais para mostrar-vos que o Senhor as est guiando e ensinando. Como,ento, podeis saber se o Senhor as est guiando? Bem, h uma prova: " lei e aotestemunho! Se eles no falarem segundo esta Palavra, nunca vero a alva." Isa. 8:20.

    Se suscitada a hostilidade do corao humano quando mencionado o Senhor, ogrande Jeov, podeis saber que a pessoa no tem ligao com Deus. As pessoas podemalegar que tm grande f em Jesus e que no se pode fazer coisa alguma que no sejaefetuada por Cristo. Pois bem, quando Cristo despertar os mortos, dependerinteiramente de vosso procedimento se tereis uma ressurreio para a vida eterna ou

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 29uma ressurreio para a condenao eterna. Assim, eles misturam todas estas verdadescom o erro, e no podem dizer o que verdade; e se forem convidados a sentar-se eexaminar as Escrituras convosco, para ver o que diz o Senhor, eu nunca soube de umcaso em que a resposta no fosse que eles no tinham necessidade de examinar asEscrituras, pois o Senhor lhes dizia o que deviam fazer.

    A voz de Deus nos est falando por meio de Sua Palavra, e h muitas vozes quesero ouvidas por ns; mas Cristo afirmou que devemos acautelar-nos dos que diro:"Eis aqui o Cristo, ou: Ei-Lo ali." Mar. 13:21. Por conseqncia, como saberemos queeles no tm a verdade, a no ser que levemos tudo s Escrituras? Cristo

    F E OBRAS / Livro / 7 Como Saber se Deus Est Guiando / Pg. 56

    recomendou que nos acautelemos dos falsos profetas que se nos apresentam em Seunome, dizendo que eles so o Cristo. Ora, se adotsseis o ponto de vista de que no importante compreenderdes as Escrituras por vs mesmos, estareis em perigo de serdesencaminhados por essas doutrinas. Cristo disse que haver um grupo de pessoasque dir no dia do juzo executivo: "Senhor, Senhor, no profetizamos ns em Teunome? E, em Teu nome, no expulsamos demnios? E, em Teu nome, no fizemosmuitas maravilhas?" Mat. 7:22. Mas Cristo replicar: "Apartai-vos de Mim, vs quepraticais a iniqidade." Mat. 7:23.

    Pois bem, precisamos compreender o que o pecado - a saber, que ele atransgresso da lei de Deus. Essa a nica definio dada nas Escrituras. Vemos,portanto, que os que pretendem ser guiados por Deus, mas se afastam dEle e de Sualei, no examinam as Escrituras. O Senhor, porm, guiar a Seu povo; pois Ele diz queSuas ovelhas O seguiro se ouvirem Sua voz, mas no seguiro o estranho. Portanto,compete-nos compreender profundamente as Escrituras. E no precisaremos indagarse os outros tm a verdade, pois isto ser visto em seu carter.

    Satans Operar MilagresAproxima-se o tempo em que Satans operar milagres bem vossa vista,

    alegando ser o Cristo; e se os vossos ps no estiverem firmemente estabelecidos naverdade de Deus, sereis ento desviados de vosso fundamento. A nica segurana paravs est em buscar a verdade como a tesouros escondidos. Cavai em busca da verdadecomo o fareis por tesouros na Terra, e apresentai a Palavra de Deus, a Bblia, perantevosso Pai celestial, dizendo: "Ilumina-me; ensina-me o que verdade."

    E quando Seu Santo Esprito entrar em vosso corao, para inculcar a verdade emvossa alma, no a deixareis sair com facilidade. Tendes obtido tal experincia emexaminar as Escrituras que todo ponto estabelecido. E importante que examineis asEscrituras continuamente. Deveis abastecer a

    F E OBRAS / Livro / 7 Como Saber se Deus Est Guiando / Pg. 57

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 30mente com a Palavra de Deus; pois podeis ser separados e colocados onde no tereis oprivilgio de reunir-vos com os filhos de Deus. Ento precisareis dos tesouros daPalavra de Deus escondidos em vosso corao, e quando a oposio irromper ao vossoredor, tereis de levar tudo s Escrituras.

    F E OBRAS / Livro / 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus

    8O Povo que Guarda osMandamentos de Deus

    F E OBRAS / Livro / 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus / Pg. 59

    Todo o cu tem olhado com profundo interesse para os que pretendem ser o povoque guarda os mandamentos de Deus. Eis aqui o povo que deveria ser capaz dereivindicar todas as ricas promessas de Deus; que deveria avanar de glria em glriae de fora em fora; que deveria estar em condies de trazer glria a Deus nas obraspraticadas por eles. Jesus disse: "Assim resplandea a vossa luz diante dos homens,para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que est nos Cus."Mat. 5:16.

    Temos recebido a rica bno de Deus, mas no devemos parar aqui. Devemoscaptar cada vez mais os raios divinos da luz do Cu. Devemos colocar-nos exatamenteonde possamos receber a luz e refleti-la, em sua glria, sobre o caminho dos outros.Nunca houve um tempo em que poderamos ter mais coragem e confiana na obra doque no tempo presente. H muitos em nosso mundo que no guardam os mandamentosde Deus, nem pretendem faz-lo, e que, no entanto, reivindicam todas as Suasbnos. Esto dispostos a aceitar Suas promessas e apossar-se delas sem atentar paraas condies em que elas se baseiam. No tm direito s bnos reivindicadas poreles.

    Por que, porm, no deveriam os que guardam os Seus mandamentos apegar-se spromessas que foram dadas aos filhos de Deus? Podemos ver a justia de Cristo na lei.Na cruz do Calvrio "a misericrdia e a verdade se encontraram; a justia e a paz sebeijaram". Sal. 85:10.

    F E OBRAS / Livro / 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus / Pg. 60

    Essa a fuso que deveria haver em nossa obra.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 31A verdade e a justia devem ser apresentadas com o amor de Deus, da maneira

    como foi manifestado em Jesus. Que pureza ser vista ento! Que purificao de todacontaminao moral se mostrar necessria! Ento, quando isto efetuado, aobstinao da vontade que tem mantido tantos afastados da luz, ao contemplarem apreciosidade do Redentor, Sua misericrdia e piedade, desaparecer completamente desua alma.

    Cada um de ns tem de cair sobre a Rocha e despedaar-se. Haver algum quereter sua obstinao? Haver algum que se apegar a sua justia prpria? Haveralgum que perder de vista a preciosidade de Cristo? H algum corao aqui que noser sensibilizado pelo amor de Jesus? Algum reter uma partcula de amor-prprio?

    Precisamos chegar mais perto ainda de Deus. ... Por que nosso corao tem sidoto insensvel ao amor de Deus? Por que temos feito to mau julgamento de nosso Paicelestial? Pela luz que Deus me tem dado, sei que Satans tem representado mal anosso Deus de toda maneira possvel. Ele tem lanado sua sombra infernal sobre onosso caminho, para que no possamos discernir que o nosso Deus um Deus demisericrdia, compaixo e verdade. por isso que o ferro penetrou em nossa alma.

    Ento temos falado das trevas que o maligno lanou sobre ns, e temos lamentadoa nossa condio; e, procedendo assim, s temos estendido a sombra sobre outrasalmas, e o que nos tem prejudicado tambm prejudicial a eles. Ao proferirmos nossaspalavras de descrena, outros tm sido envoltos em trevas e dvida.

    No podemos dar-nos ao luxo de realizar essa obra. Colocamos assim nossobondoso Pai celestial sob uma falsa luz. Tudo isso deve ser mudado. Devemos captaros raios da verdade divina e deixar que nossa luz incida sobre o escuro caminho dosoutros. A luz do Cu brilha para os que querem seguir a Cristo, a luz do mundo. Elediz: "Quem Me segue no andar em trevas, mas ter a luz da vida." Joo 8:12.

    F E OBRAS / Livro / 8 O Povo que Guarda os Mandamentos de Deus / Pg. 61

    Que espcie de recomendao estais dando ao mundo, da religio de Cristo, seandais descontentes, queixosos e cheios de tristeza? Os que guardam os mandamentosde Deus devem tornar manifesto que a verdade est santificando a alma, refinando epurificando os pensamentos, e elevando o carter e a vida. Cristo morreu para que aimagem moral de Deus pudesse ser restaurada em nossa alma e refletida para os que seacham ao nosso redor.

    Precisamos beber cada vez mais da fonte da vida. Espero que nenhuma pessoa sesatisfaa sem esmerada preparao para a eternidade, e deste tempo em diante sejavisto, tanto por preceito como por exemplo, que sois representantes de Cristo. Podeisdar um vivo testemunho: "Ouvi o que o Senhor tem feito por minha alma." O Senhorest disposto a comunicar bnos maiores ainda.

    Ele permitiu que toda a Sua bondade passasse diante de Moiss; proclamou-lhe oSeu carter como sendo um Deus cheio de misericrdia, longnimo e clemente -perdoando a iniqidade, a transgresso e o pecado. Moiss devia representar esse

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 32carter ao povo de Israel, e ns devemos fazer a mesma coisa.

    Temos de sair e proclamar a bondade de Deus, tornando evidente Seu verdadeirocarter perante as pessoas. Devemos refletir Sua glria. Fizemos isto no passado?Temos revelado o carter de nosso Senhor por preceito e exemplo? No temos tomadoparte na obra do inimigo das almas, representando mal a nosso Pai celestial? Notemos julgado a nossos irmos, criticando suas palavras e aes? Nesse caso o amor deDeus no tem sido entronizado em nossa alma. Faamos uma modificao definida.

    F E OBRAS / Livro / 9 A Qualidade de Nossa F

    9A Qualidade de Nossa F

    F E OBRAS / Livro / 9 A Qualidade de Nossa F / Pg. 63

    Texto: Joo 3:1-16 (lido pela pregadora).Se no houvesse nada mais, em todas as Escrituras, que apontasse claramente o

    caminho para o Cu, ns o teramos aqui nestas palavras. Elas nos dizem que converso. Declaram-nos que temos de fazer para ser salvos. E, meus amigos, desejodizer-vos que isso atinge diretamente a raiz da obra superficial no mundo religioso.Ope-se diretamente idia de que podemos tornar-nos filhos de Deus sem algumamodificao especial. efetuada em ns uma ntida mudana se a verdade de Deusencontrou guarida em nosso corao, pois ela exerce uma influncia santificadorasobre a vida e sobre o carter. Quando vemos os frutos da justia naqueles quepretendem possuir uma verdade avanada, como o nosso caso, haver umprocedimento que testifica que temos aprendido de Cristo.

    Quando Cristo, a Esperana de Israel, foi suspenso na cruz e levantado segundoEle dissera a Nicodemos, a esperana dos discpulos morreu com Jesus. Eles nopodiam explicar a questo. No conseguiam compreender tudo que Cristo de antemolhes dissera a esse respeito.

    No entanto, aps a ressurreio, suas esperanas e f reviveram, e saramproclamando a Cristo e Este crucificado. Contaram como o Senhor da vida e glria foiagarrado e crucificado por mos perversas, mas ressuscitou dentre os mortos. E assim,com grande ousadia, eles proferiam as palavras de

    F E OBRAS / Livro / 9 A Qualidade de Nossa F / Pg. 64

    vida que causavam muita admirao ao povo.

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 33Os fariseus e os que ouviram os discpulos proclamar audazmente que Jesus era o

    Messias, deduziram que eles haviam estado com Jesus e dEle aprendido. Eles falavamexatamente como Jesus falava. Isso assentou na mente daqueles que estes haviamaprendido de Jesus. Que tem acontecido com os Seus discpulos em todas as pocas domundo? Ora, eles tm aprendido de Jesus; tm estado em Sua escola; tm sido Seusalunos e tm aprendido as lies de Cristo no tocante viva ligao da alma comDeus. Essa f viva essencial nossa salvao, para que nos apeguemos aos mritosdo sangue do Salvador crucificado e ressurreto, a Cristo, justia nossa.

    Parece haver-se acumulado uma atmosfera sombria em torno da alma do homem,cerceando a mente. Quase impossvel romper essa atmosfera de dvida e descrena.Quase impossvel despertar os interesses vitais do homem para que ele compreendao que deve fazer para ser salvo.

    A Simplicidade de Ser SalvoQuem se apegar justia de Cristo no deve esperar um s momento que ele

    mesmo possa apagar seus prprios pecados. No deve esperar at que tenha produzidoum arrependimento conveniente, antes que possa apegar-se justia de Cristo. Nocompreendemos o assunto da salvao. Ele to simples como o ABC. Mas no ocompreendemos.

    Pois bem, como que um homem se arrepende? algo dele mesmo? No; porqueo corao natural est em inimizade com Deus. Ento, como pode o corao naturalmover-se ao arrependimento, se no tem poder para faz-lo? Que leva o homem aoarrependimento? Jesus Cristo. Como Ele conduz o homem ao arrependimento? Hmilhares de maneiras pelas quais Ele pode efetu-lo.

    O Deus do Cu est atuando sobre mentes humanas em todo o tempo. feito umconvite na Palavra de Deus, e no somente ali, mas tambm por todos os que cremem

    F E OBRAS / Livro / 9 A Qualidade de Nossa F / Pg. 65

    Jesus Cristo e esto revelando a Cristo em seu carter. Talvez no preguem um ssermo; talvez no se aproximem diretamente de uma pessoa nem lhe falem de suacondio de impenitncia; no entanto, ao entrar em contato com algum dos discpulosde Jesus Cristo, essa pessoa v que h neles alguma coisa que ela no possui. Osfariseus viram que havia algo nos discpulos que eles no podiam interpretar. Viramalgo maravilhoso, e reconheceram que os discpulos tinham ouvido a Jesus eaprendido Suas lies.

    H impresses que esto sendo causadas em todo o tempo. H uma atmosfera quecircunda a alma humana, e essa atmosfera celestial ou infernal. S h duas linhasdistintas. Ou estamos do lado da questo que de Cristo, ou do lado do inimigo. E seestamos continuamente extraindo raios da gloriosa luz divina, anjos de Deus seencontram ao nosso redor, e h uma atmosfera que circunda a alma humana. Nossa

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 34prpria atitude, nossas prprias palavras do testemunho de genuna converso a todosos que esto dentro da esfera de nossa influncia. "O Esprito e a esposa dizem: Vem!E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha." Apoc. 22:17.

    Agora que somos ramos da Videira que vive, seremos nutridos com a seiva queflui da Videira. Ela flui em todo o tempo para cada ramo, e todo ramo dar fruto para aglria de Deus. "Nisto glorificado Meu Pai: que deis muito fruto." Joo 15:8. Qual ,portanto, a vossa condio? Deve ser uma condio de f viva.

    No H Como Deduzir Logicamente"Quero" diz algum "resolver logicamente essa questo." Bem, resolvei-a

    logicamente, se puderdes. "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz", mas no podeisexplic-lo. E tambm no podeis explicar as coisas de Deus no corao humano. Nopodeis explicar essa f que se apega inteiramente aos mritos do sangue de umSalvador crucificado e ressurreto para introduzir a

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    justia de Cristo em vossa vida. Vestidos com a justia de Cristo, e no com vossaprpria justia, no confiareis naquilo que podeis ou quereis fazer. No sabeis que semCristo nada podeis fazer? "Sem Mim - diz Ele - nada podereis fazer." Joo 15:5.

    Quando vos assentais vossa mesa, o alimento que comeis uma expresso doamor de Cristo. E o que se ouve da verdade das palavras de Deus do plpito umamensagem que enviada para proclamar-nos as palavras da vida.

    Quem dentre vs tem reunido todas as dvidas e questes que poderia reunir eamontoar contra essa justia de Cristo? Quem tem feito isso? De que lado vosencontrais?

    Tendes aceito um ponto aps o outro das preciosas verdades, medida que tmsido apresentados? Ou tendes pensado que seguis vossas prprias idias e opinies,lendo e julgando a Palavra de Deus por vossas opinies e teorias? Ou levareis vossasidias e teorias Palavra de Deus e deixareis que os orculos vivos vos revelem ondese encontram as deficincias e os defeitos de vossas idias e teorias? No podemosadotar a posio de que julgaremos a Palavra de Deus porque cramos assim e assim." lei e ao testemunho! Se eles no falarem segundo esta palavra, nunca vero a alva."Isa. 8:20.

    Se j houve um povo que necessitasse de luz, so os que esto vivendo nos diasfinais da histria terrestre. Precisamos saber o que diz a Escritura. Precisamosachegar-nos aos vivos orculos de Deus. Precisamos daquela f viva que se apega aobrao do Poder infinito, e precisamos confiar de todo o nosso ser em Jesus Cristo,justia nossa. E podemos faz-lo. Sim, ns o fazemos proveitosamente para o bem denossa prpria alma.

    Podeis estar unidos videira que vive. Cada membro de todo o vosso ser podeestar unido a essa Videira, e a seiva e nutrio provenientes da Videira nutriro o ramo

  • Obras de Ellen G. White , Pgina 35que est na Videira, at que sejais um com Cristo assim como Ele era um

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    com o Pai. Deste modo ser-vos-o transmitidas as Suas bnos. Mas, irmos, notemos tido f. H bastante tempo temos desonrado a Deus com a descrena.

    A F do ParalticoReporto-me ao paraltico, o qual no usara seus membros por muitos anos. Ei-lo

    ali! Os sacerdotes, os maiorais e os escribas examinaram o seu caso e declararam queera desesperador. Disseram-lhe que ele se achava nessa condio devido a seu prpriopecado, e que no havia esperana para ele. Mas recebeu a informao de que haviaum homem chamado Jesus, o qual realizava prodgios. Ele estava curando os doentes,e at ressuscitava os mortos. "Mas como poderei ir ter com Ele?" perguntou o homem.

    "Ns o levaremos a Jesus", responderam os seus amigos; "bem Sua presena;ouvimos dizer que Ele chegou a tal e tal lugar."

    E assim eles pegaram o homem desesperanado e o levaram aonde sabiam queJesus estava. Mas a multido circundava to de perto o edifcio em que Jesus Seachava, que eles nem sequer teriam a oportunidade de chegar at porta. Que iriamfazer? O paraltico sugeriu que abrissem o eirado, tirando os ladrilhos, e o descessempor essa abertura.

    E assim ele manifestou sua fervorosa f. Eles o fizeram, e o homem foi posto bemna frente de Jesus, onde Este pudesse olhar para ele. E Jesus, vendo-o, compadeceu-Sedele e disse: "Filho, os teus pecados esto perdoados." Mar. 2:5. Bem, que alegria foiessa! Jesus sabia exatamente o que necessitava essa alma enferma de pecado. Sabiaque esse homem fora afligido por sua prpria conscincia, e disse portanto: "Os teuspecados esto perdoados." Que alvio lhes adveio mente! Que esperana lhe encheuo corao!

    Ento os sentimentos se exacerbaram no corao dos fariseus: "Quem podeperdoar pecados, seno um, que Deus?" Mar. 2:7.

    A seguir, disse-lhes Jesus: "Para que saibais que o Filho do homem tem sobre aTerra poder de perdoar pecados (disse ao

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    paraltico), Eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa." Luc. 5:24. Oqu? Erguer o leito com os braos paralisados! O qu? Colocar-se em p com aspernas entrevadas! O que ele fez? Ora, ele fez simplesmente o que lhe foi ordenado.