Fatores De Risco Cardiovascular ApresentaçãO
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Prevenção das
Doenças Cardiovasculares
Saúde da Família VII
“Milhares e milhares de pessoas estudaram as doenças,
mas praticamente ninguém estudou a saúde!”
Adele Daves
EQUIPE B:Ingrid Ramalho
Juliana de Deus
Karin Danúbia
Larissa Caldas
Lia Lima
Monnic Lóssio
Nara Martins
Pedro Alberto
Pollyanna Landim
Rebeca Torquato
Doença Cardiovascular
• O que é??
As Doenças Cardiovasculares são as doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório, o qual é formado pelo coração, vasos sangüíneos (veias, artérias e capilares) e vasos linfáticos.
Doença Cardiovascular
• Níveis de prevenção cardiovascular:– Populacional– Individual
• “Os pilares de prevenção cardiovascular são os elementos de um estilo de vida saudável: refeições ricas em alimentos cardioprotetores, atividade física regular, manutenção do peso corporal ideal e afastamento do tabagismo.”
Doença Cardiovascular•Epidemiologia:
Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2007;88(4):88-91
•17 milhões de mortes anualmente no mundo.
•A doença cardiovascular representa hoje no Brasil a maior causa de
mortes!!
1 Doenças do coração 197031
2 Neoplasias 120493
3Doenças cerebrovasculares
84688
4Morte sem assistência médica
78662
5Sintomas, sinais e achados anormais clínicos e laboratoriais
54450
6 Agressões 45343
7 Diabetes mellitus 35280
8Doenças crônicas das vias aéreas inferiores
33707
9 Acidentes de transporte 29640
10 Pneumonia 29345
Dados do ano de 2000, obtidos no site do DATASUS mostram as 10 principais causas da morte extraídas das Declarações de Óbito:
Causas da Morte Agrupadas e Classificadas pela CID-10
No Brasil...
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1930 1996 2002
Óbitos por DCV
Outras Causas
PROCESSO DE ATEROSCLEROSE
Risco Cardiovascular Global
“Mais importante do que simplesmente taxar um indivíduo como portador de diabetes, hipertensão ou dislipidemia, é caracterizá-lo em termos de seu risco cardiovascular global.”
Risco Cardiovascular Global
Recursos
Risco Cardiovascular Global
• “Prevenção baseada no conceito de risco cardiovascular global significa orientar esforços preventivos não pelos riscos atribuíveis à elevação de fatores isolados, como a pressão arterial ou o colesterol sérico, mas pela somação de risco decorrente de múltiplos fatores, estimada pelo risco absoluto global em cada indivíduo.”
Classificação de Risco Cardiovascular
• Avaliação clínica• Avaliação clínico-laboratorial
– Glicemia de jejum– Colesterol total– HDL? HAS E DM:
• Creatinina - Alto Risco: Cr >=1,5mg/dl para homens e 1,3mg/dl para mulheres
• Exame de Urina - Alto Risco: microalbuminúria > 300mg/dia ou 200 mg albumina/gr Cr
• ECG - Alto Risco: Hipertrofia de vestrículo esquerdo
Fatores de Risco: Análise Fisiopatológia
e Epidemiológica1. História familiar de DAC prematura
2. Homem >45 anos e mulher >55 anos• Uma doença silenciosa• Estrógeno
3. Manifestações de Aterosclerose
4. Diabetes “A redução de 1% da taxa de glicose e sua manutenção no diabético evita suas complicações mais comuns.” Puppin S. DCV: Verdades e Mitos
5-Tabagismo
• Vasoconstricção;
• Aumento da pressão arterial;
• Aumento da freqüência cardíaca;
• Redução do HDL;
• Irrigação e inflamação dos olhos, garganta e vias aéreas;
• Aumento dos radicais livres;
• Aceleração da aterosclerose.
Fonte: VIGITEL 2007
6-Hipercolesterolemia
HMG-Coa-Sintetase
Desejáveis Limítrofes Elevados
CT < 200 200 - 239 240LDL-C< 130 130 - 159 160HDL-C > 40TG < 200 200
I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA
Valores de LDL-C Friedewald (TG < 400 mg%): LDL-C = CT – (HDL-C - TG/5)
LDL-C/HDL-C < 3 Colesterol/HDL < 4 HDL-C/TG<2
Ex:
C=240 HDL-C= 60
R C/HDL-C=4
C=180 HDL-C=30
R C/HDL-C=6
• APO A• APO B• APO AB
Arq. Bras. Cardiol. vol.88 no.6 São Paulo June 2007
INTERHEART (2007) avaliou 30 mil indivíduos de 52 países. O índice apo B/apo A-I se mostrou mais fortemente associado com a predição de IAM do que vários fatores de risco, entre esses tabagismo, hipertensão, diabetes, estresse e obesidade, independentemente de sexo, idade e origem étnica.MONICA/KORA32, 1.414 homens e 1.436 mulheres sem história prévia de IAM avaliados durante 13 anos. O resultado foi a observação da forte associação entre níveis aumentados de apo B e risco para IAM, e a elevação de apo A-I não foi significativamente associada ao baixo risco de IAM. O índice apo B/apo A-I se associou fortemente ao risco de IAM, mesmo após ajustes para idade, índice de massa corporal, tabagismo, diabetes e hipertensão.
Medido direto no plasmaVariação no valor de TGSem necessidade de jejum Pouca alt biológicas
Classificação diagnóstica da HAS para adultos.Classificação diagnóstica da HAS para adultos.PAD PAD PASPAS ClassificaçãoClassificação<80<80 <120<120 ÓtimaÓtima<85<85 <130<130 NormalNormal85-8985-89 130-139130-139 LLimítrofeimítrofe90-9990-99 140-159140-159 Hipertensão leveHipertensão leve (estág. (estág.
1)1)100-109100-109 160-179160-179 Hipertensão moderadaHipertensão moderada (2) (2)>= 110>= 110 >= 180>= 180 Hipertensão graveHipertensão grave (est. (est.
3)3)<90<90 >= 140>= 140 SSistólicaistólica isolada isolada
IVIV Diretrizes Brasileiras de Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - Hipertensão Arterial - 20022002
7- Hipertensão arterial Sistêmica • Mais de 50% dos indivíduos entre 60 e 69 anos e cerca ¾
da população acima dos 70 anos são afetados pela HAS.
• Correlação direta entre alta PA e DCV, independentemente do sexo, faixa etária e etnia.
8- Obesidade
• Arq. Bras. Cardiol. vol.88 no.6.2007 -> Acima de 30• Puppin S. DCV: Verdades e Mitos -> Acima de 27 e abaixo de 18,5 também
Peso (kg)
Altura2(m)
E no Brasil...
Fonte: Vigitel 2007
Medida de cintura superior a 102 cm em homens e 88 cm em mulheres
acarreta grande risco de desenvolvimento de problemas de saúde
incluindo dificuldade respiratória, risco cardiovascular e limitação nas
atividades físicas diárias.
Cintura: distância entre as cristas ilíacasLancet 1998; 351(9106):853-6
Segundo a OMS os pontos de corte para cintura são:
>> 80cm em mulheres
>> 94 em homens
Cintura: Ponto médio entre o bordo inferior da costela e a crista ilíaca.
Circunferência AbdominalCircunferência Abdominal
Tipos de obesidade
OBESIDADEANDRÓIDE
OUVISCERAL
OBESIDADEGINÓIDE
OUSUPERFICIAL
9- Síndrome do Ovário Policístico
• Fator etiológico: resistência insulínica -> hiperinsulinemia
• Problemas reprodutivos (irregularidade menstrual, anovulação), • Estéticos (hirsutismo, acne e obesidade), • Risco de câncer de endométrio e mama
• Predisposição à diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial (HA) e coronariopatia isquêmica (DCI).
• Resistência insulínica + disfunção das células beta = aumenta a chance do diabetes.
(Ehrmman, 1995 e Dunaif, 1996)
Outros• Alcoolismo• Dieta pobre em frutas• Stress psico-social• Sedentarismo
A cada 2 horas assistindo TV você aumenta a chance em 23% de ser obeso e 14% de chance
de tornar-se diabético.
Hu et al. JAMA 2003; 289: 1785–91
Fonte: Vigitel 2007
2007
“Uma gota de prevenção é
certamente melhor que um litro de
tratamento”
Recomendação do Comitê Internacional
de Maratonas
Marcadores• Homocisteína
• PCR
Intervenções não farmacológicas
1) ALIMENTAÇÃO SAÚDÁVEL
• Dietas protetoras Dieta mediterrânea (RRR ao IAM = 75%)
Dieta indo-mediterrânea ( RRR ao IAM = 1/3 )
Constituintes: fibras, ác graxos pollinsaturados n-3 (ômega -3), alimentos pobres em carboidratos simples refinados e comidas processadas)
• Dietas hipercolesterolêmicas e anti-hipertensivas
• Álcool (RRR 25%)
2) ATIVIDADE FÍSICA Atividade física regular de
moderada a intensa por no mín 30 min na maior parte dos dias da semana RRR 30% a 50%
3) TABAGISMO
Teste de Fagerström
MOVIMENTE-SE!!!!
VERDADES E MITOS
O álcool só faz mal?MITO!!!
• Resveratrol: antioxidante• Piruvato: melhora circ. e colesterol• Oligoelementos: íons cromo e silício - ação protetora contra
aterosclerose.• teor de endotelina-1 (Instituto William Harvey da Escola de Medicina da Universidade Queen Mary, Londres)
• Os benefícios pelo consumo moderado álcool podem ser menores que os danos causados (Revista médica The Lancet).
VERDADES E MITOSO ovo aumenta as taxas de colesterol
no sangue?MITO!!!
• Gema: lecitina (protege céls. oxidação, triglicerídios e colesterol).
• 9.734 pessoas de 25 a 74 ano por 2 décadas (Universidade Minnesota-EUA).
Tratamento Farmacológico
• INTERVENÇÕES
Baixa
Média
Alta
*
Anti-hipertensivos
• Diuréticos, Beta-bloqueadores, Inibidores da ECA, Bloqueadores do canal de cálcio
• Linha de frente do manejo farmacológico do risco cardiovascular
IECA
• Ramipiril (10mg/dia VO) – administrado em pctes com doença vascular e outro fator de risco reduziu 22% os eventos CV graves
• Usado mesmo em indivíduos sem hipertensão arterial
• Disponível na unidade de saúde
Terapia
Iniciar com diurético tiazídico – 12,5mg a 25mg/dia pela manhã
Introduzir Bloquadores ou IECA
Não melhorou?
*
*
Antiplaquetário
• ASPIRINA em dose baixa
• Efeitos colaterais
• Contra-indicações
• Ticlopidina x Aspirina
• Desvantagens?
Estatinas
• Mecanismo de ação
• Mecanismos pleiotrópicos
• Efeitos colaterais
• Contra-indicações
• Administrada mesmo em pctes que não tem elevação significativa do perfil lipídico
• Mais utilizada é a sinvastatina
Estatinas
• Estatinas X Placebo Redução de 31% da mortalidade por DCV com o uso da estatina - West of Scotland Coronary Prevention Study (WOSCOPS)
• Estatina + mudança dos hábitos de vida/dieta
redução de 37% dos riscos de DCV - Air Force/Texas Coronary Atherosclerosis Prevention Study (AFCAPS/TexCAPS)
• Sinvastatina X Placebo Redução de 22% das DCV. Nesse estudo evidenciou que a sinvastatina associada com outras classes de medicamentos causava benefícios adicionais - Heart Protection Study
• Vrecer et al. fez um estudo com 63 410 participantes durante 3.6a.Observou-se que a terapia com estatina reduziu 22% do colesterol total, 29% LDL,12% triglicerídeos e um aumento de 6% do HDL
* I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo. 2005; 84(1)
Fibratos e Ácido nicotínico
• Fibratos – Reduzem os triglicerídeos e eleva o HDL – Reduz os efeitos CV em até 25%
• Ácido nicotínico – Eleva o HDL – Reduz os efeitos CV em até 27%
* I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo. 2005; 84(1)
Tabagismo
• Critérios
• Se não for suficiente a parada através de vontade própria, conselhos dos profissionais de saúde, deve-se usar a terapia de substituição da nicotina
• Nicotina pode ser administrada como um adesivo ou goma
• Drogas antidepressivas, particularmente bupropiona – Se usada em associação com a terapia de substituição da nicotina, tem um maior efeito
• Nortriptilina também foi mostrado como tratamento do tabagismo quando comparado ao placebo.
Perda de peso
• Terapia medicamentosa
• Desvantagens?
• Cirúrgia bariátrica – Indicações? Vantagens?
Desvantagens?
Vacina contra Influenza
• Relação com a doença aterosclerótica
• Indicação?
ANTIBIOTICOTERAPIA REPOSIÇÃO HORMONAL
ANTICOAGULANTE
VACINAS E AGENTES OXIDANTES
CARBOIDRATOS DE RÁPIDA ABSORÇÃO
UMA VACINA CONTRA PRESSÃO ALTA CYT 006 Ang Qb
• 72 hipertensos: 3 doses (Hospital Universitário Canton de Vaud e do Cytos Biotechnology).
• “A vacina, de efeito prolongado, funcionará como um antígeno para estimular o sist. Imunol. a produzir anticorpos contra angiotensina II”.
• 300 microgramas: 5,6mmHg PS
2,8mmHg PD
Como estratificaro risco coronariano?
Escores de predição clínica
ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAMESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM
Vantagens dos Escores
1. Não requerem a realização de exames complexos
2. Disponibilidade em Centros de Saúde
3. Custo aceitável
Estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver DAC clinicamente manifesta no período de 10 anos, em ambos os sexos.
Qual é o risco avaliado pelo escore de Framingham?
Classificação de risco global,escore de Framingham.
Categoria Evento cardiovascular maior
Baixo <10%/ 10 anos
Moderado 10 a 20%/ 10 anos
Alto >20%/ 10 anos
“A atribuição intuitiva do risco, freqüentemente resulta em subestimação ou superestimação dos casos de maior ou menor risco cardiovascular.” IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias 2007
Referências Bibliográficas1. Puppin S. Doenças Cardiovasculares: Verdades e Mitos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Rio; 2003.2. Saranz A; Zanesco Z; Zanesco A. Oxido Nítrico, Doenças Cardiovasculares e Execício
Físico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2006;87(6):264-270.3. Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal Crônica. Cadernos
de Atenção básica-Ministério da Saúde Brasileira. 2006;14.4. Moura L. Epidemiologia, Controle e Prevenção do Diabetes e Hipertensão no Brasil: Situação
e Desafios Atuais. Vigitel. 2008. 5. Gus I. Perfis de Saúde – Brasil, 2006 – Modificações e suas Causas. Arquivo Brasileiro de
Cardiologia. 2007;88(4):88-91.6. Cesaroni G, Forastiere F, Agabiti N, et al. Effect of the Italian smoking ban on population
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