Farmacopéia Homeopática Brasileira - 2ª Edição - Parte I - Métodos Gerais

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PORTARIA Nº 1.180, DE 19 DE AGOSTO DE 1997 (*)

O Ministro de Estado da Saúde, no uso das atribuições que lhe foram conferidas no parágrafo único, art. 1º do

Decreto nº 96.607, de 30 de agosto de 1988, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a Parte 1 da Segunda Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira, que a partir da

publicação desta Portaria, entra em vigor e passa a ser de uso obrigatório em todo território nacional.

Art. 2º Os insumos farmacêuticos e os medicamentos homeopáticos deverão obedecer às normas e condições

estabelecidas na Farmacopéia Homeopática Brasileira.

Art. 3º O Ministério da Saúde promoverá, em caráter permanente, a atualização das normas aprovadas por esta

Portaria.

Art. 4º Será obrigatória a existência nas farmácias e laboratórios industriais farmacêuticos homeopáticos, exemplar

da Farmacopéia Homeopática Brasileira, em vigor.

Art. 5º Enquanto não for oficialmente aprovada a Parte II da Farmacopéia Homeopática é facultada a adoção das

seguintes publicações científicas estrangeiras nas suas últimas edições:

-Homeopathie - Pharmacotechnie et Monographies des Medicamentes Courants - Volume I e II;

- Homoeopathic Pharmacopoeia of India;

- Pharmacopée Française e Suplementos;

- The Homoeopathic Pharmacopoeia of the United States e Suplementos.

Art. 6º É vedada a impressão, distribuição, reprodução ou venda da Farmacopéia Homeopática Brasileira, sem prévia

e expressa aprovação do Ministério da Saúde.

Art. 7º A Parte 1 da Farmacopéia Homeopática Brasileira, ora aprovada, entrará em vigor a partir da publicação

desta Portaria.

Art. 8º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

CARLOS CÉSAR DE ALBUQUERQUE

(*) N. da DIJOF: Esta Portaria e a parte 1 da segunda edição da Farmacopéia Brasileira a que se refere serão

publicadas em suplemento à presente edição.

SUPLEMENTO AO Nº 170 QUINTA FEIRA, 04 DE SETEMBRO DE 1997

PARTE I

Esta obra, a qual se incluirá a futura publicação da Parte, denomina-se “Farmacopéia Homeopática Brasileira.

Segunda Edição”, podendo sua denominação ser abreviada para “Farm Hom. Bras. II”.

1 - Parte 1 (Generalidades e Farmacotécnica)

2 - Parte 2 (Monografias, Métodos Gerais de Análise)

CONTEÚDO

I - Prefácio

II - Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira

III - Subcomissão de Homeopatia

IV - Finalidades

V - Conceitos e Definições

V.1 - Droga

V.2 - Fármaco

V.3 - Medicamento Homeopático

V.4 - Sucussão

V.5 - Trituração

V.6 - Dinamização

V.7 - Insumo Ativo

V.8 - Insumo Inerte

V.9 - Ponto de Partida

V.10 - Formas Farmacêuticas

V.11 - Forma Farmacêutica Básica

V.11.1 - Tintura-mãe

V.12 - Formas Farmacêuticas Derivadas

V.12.1 - Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Interno

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V.12.2 - Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Externo

V.13 - Formas Farmacêuticas de Uso Externo

V.14 - Escalas

V.15 - Potência

VI - Nomenclatura, Sinonímia, Abreviaturas e Símbolos

VI.1 - Nomenclatura

VI.2 - Nomes abreviados

VI.3 - Abreviaturas e Símbolos

VI.4 - Sinonímia

VII - Origem dos Medicamentos Homeopáticos

VIII - Insumos Inertes

VIII.1 - Veículos e Excipientes

VIII.2 - Material de Acondicionamento e Embalagem

VIII.2.1 - Recipientes

VIII.2.2 - Acessórios

IX - Procedimentos Gerais

IX.1 - Drogas de Origem Vegetal

IX.2 - Drogas de Origem Animal

IX.3 - Drogas de Origem Mineral

IX.4 - Drogas de Origem Químico-Farmacêutica

IX.5 - Drogas de Origem Biológica, Patológicas ou Não

IX.6 - Insumos Inertes

IX.7 - Diluições Alcoólicas

X - Métodos de Preparação da Forma Farmacêutica Básica

X.1 - Tintura-mãe

X.1.1 - Preparação da Tintura-mãe de Origem Vegetal

X.1.2 - Preparação da Tintura-mãe de Origem Animal

XI - Métodos de Preparação das Formas Farmacêuticas Derivadas

XI.1 - Método Hahnemanniano

1.1 - Escalas Centesimal e Decimal

1.2 - Escala Cinqüenta Milesimal

XI.2 - Método Korsakoviano

XI.3 - Método do Fluxo Contínuo

XII - Formas Farmacêuticas

XII.1 - Formas Farmacêuticas de Uso Interno

XII.1.1 - Formas Farmacêuticas Líquidas

1.1.1 - Dose Única Líquida

1.1.2 - Preparação Líquida Administrada sob a forma de Gotas

XII.1.2 - Formas Farmacêuticas Sólidas

1.2.1 - Comprimidos

1.2.2 - Dose Única Sólida

1.2.3 - Glóbulos

1.2.4 - Pós

1.2.5 - Tabletes

XII.1.3 - Formulações Farmacêuticas

1.3.1 - Formulações Líquidas

1.3.2 - Formulações Sólidas

1.3.2.1 - Comprimidos

1.3.2.2 - Glóbulos

1.3.2.3 - Pós

1.3.2.4 - Tabletes

1.3.2.5 - Dose Única Sólida

XII.2 - Formas Farmacêuticas de Uso Externo

XII.2.1 - Formas Farmacêuticas Líquidas

2.1.1 - Linimentos

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2.1.2 - Preparações Nasais

2.1.3 - Preparações Oftálmicas

2.1.4 - Preparações Otológicas

XII.2.2 - Formas Farmacêuticas Sólidas

2.2.1 - Apósitos Medicinais

2.2.2 - Pós Medicinais (Talcos Medicinais)

2.2.3 - Supositórios

2.2.3.1 - Supositório Retal

2.2.3.2 - Supositório Vaginal (Óvulos)

XII.2.3 - Formas Farmacêuticas Semi-sólidas

2.3.1 - Cremes

2.3.2 - Géis

2.3.3 - Géis-cremes

2.3.4 - Pomadas

XIII - Bioterápicos

XIII.1 - Classificação

XIII.2 - Requisitos Mínimos para a Preparação de Bioterápicos

XIV - Rotulagem

XV - Anexos

XV.1 - ANEXO 1. Relação dos Medicamentos mais Utilizados em Homeopatia

XV.2 - ANEXO 2. Tabela de Equivalência da Abertura de Malha e Tamis.

I - PREFÁCIO

Após cerca de vinte anos, vem à luz a 2a Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira - Parte Geral - revista e

atualizada. E essa cristalização da Farm. Hom. Bras. II representa a luta e o empenho de uma categoria profissional

- a farmacêutica - na busca constante para oferecer aos usuários da Homeopatia medicamentos confiáveis e

reprodutíveis porque padronizados na sua elaboração, produzidos, manipulados e dispensados de acordo com o que

há de mais atual, técnica e cientificamente, no que diz respeito ao medicamento homeopático e, em particular, a

farmacotécnica homeopática. Esta 2a Edição, passa a ser, então, o Código Oficial de todos os farmacêuticos

homeopatas do país, assim como obra de consulta para os clínicos que trabalham dentro desta modalidade

terapêutica, que é a homeopatia. Acatá-la e seguí-la, na obediência às técnicas e aos preceitos farmacopeicos nela

contidos - representará, com toda certeza, a padronização, a reprodutibilidade, a qualidade e a confiabilidade que

todo e qualquer medicamento deve ter. E, desde que um dado medicamento seja reprodutível, sob todos os

aspectos e não apenas quanto à sua forma farmacêutica, mas também quanto à sua qualidade, por inteiro, também

o será na resposta e resultados terapêuticos que dele são esperados. O que todos almejam, através deste trabalho,

é que o clínico e o consumidor ou o usuário do medicamento homeopático, tenham à sua disposição algo que lhes

possa dar a certeza plena, a tranqüilidade da resposta terapêutica desejada, uma vez precedida de diagnóstico e

medicação corretas, isto porque, têm à sua disposição medicamento, técnica e cientificamente, perfeito. Sem dúvida

alguma, a segurança e a tranqüilidade almejadas somente poderão ser alcançadas se o medicamento for de boa

qualidade e a mesma só se consegue uma vez obedecidas as técnicas, as normas e as especificações respectivas,

não apenas e tão somente, aquelas relativas à qualidade do próprio insumo - ativo ou inerte - mas também aquelas

relativas à sua própria farmacotécnica específica, caso a caso.

A farmacopéia deve ser a Bíblia do farmacêutico. Seguí-la e respeitá-la é respeitar não só um preceito legal,

respeitá-la é respeitar aquele que, nas horas mais difíceis da sua vida, quando lhe falta a saúde - para si ou para os

seus - procura o medicamento em busca da resposta, a mais adequada possível ao seu anseio maior, qual seja, a

eliminação da doença, a volta à saúde plena.

O código que agora é posto à disposição dos farmacêuticos, das farmácias, dos laboratórios industriais, dos

laboratórios oficiais, das faculdades e cursos de farmácia e de seus acadêmicos, assim como dos órgãos de

fiscalização e dos profissionais clínicos, representa a afirmação, cada dia maior e continuamente constante, da

própria homeopatia - que, de acordo com a evolução da própria ciência e da tecnologia, deverá ser submetida, de

tempo em tempo, a novas avaliações e a novas revisões, caso estas se façam necessárias. A este código deverá

seguir-se a Parte II - referente às monografias - a qual espera-se seja realidade dentro de pouco tempo, graças à

colaboração de farmacêuticos especialistas que serão chamados a darem a sua contribuição na elaboração das

monografias dos medicamentos constantes da relação incluída nessa Farcopéia, na sua parte geral.

A existência de uma Farmacopéia, como texto de padronização ou normatização dos medicamentos, representa a

seriedade e a importância com que um País encara a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a qualidade e a

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dispensação dos mesmos, e neste caso, em particular, dos medicamentos homeopáticos.

Ao ser entregue à comunidade científica esta 2a Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira - Parte Geral - não

se poderia deixar de lembrar que a mesma foi precedida, na sua 1a Edição, do trabalho desinteressado e intenso da

farmacêutica especialista em homeopatia, Dra. Helena Minin. A ela, que, com denodo, desprendimento e dedicação

ímpares, enfrentou as mais adversas e desfavoráveis condições, ainda que tardiamente, a Subcomissão de

Homeopatia rende as suas homenagens.

II - COMISSÃO PERMANENTE DE REVISÃO DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA

Prof. Dr. Carlos Cesar de Albuquerque

Ministro do Estado da Saúde

Dra. Marta Nóbrega Martinez

Secretária de Vigilância Sanitária

Prof. Dr. Celso F. Bittencourt

Presidente da Comissão Permanente de Revisão

da Farmacopéia Brasileira

Dr. Cypriano Cardoso Filho

Farmacêutico,

Associação Brasileira de Farmacêuticos

Rio de Janeiro, RJ

Prof. Dr. Eduardo Augusto Moreira

Farmacêutico,

Universidade Federal do Paraná

Curitiba, PR

Dr. Eduardo Chaves Leal

Farmacêutico,

Fundação Oswaldo Cruz - INCQS

Rio de Janeiro, RJ

Profa. Dra. Elfrides S. Schapoval

Farmacêutica,

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Porto Alegre, RS

Profa. Dra. Elizabeth Igne Ferreira

Farmacêutica,

Universidade de São Paulo, SP

Dra. Elza Saad

Farmacêutica,

União Farmacêutica de São Paulo

São Paulo, SP

Dr. Geraldo Fenerich

Farmacêutico,

Central de Medicamentos

Brasília, DF

Prof. Dr. Gerson Antonio Pianetti

Farmacêutico,

Universidade Federal de Minas Gerais

Belo Horizonte, MG

Prof. Dr. João Carlos P. De Mello

Farmacêutico,

Universidade Estadual de Maringá/Conselho Federal de Farmácia

Maringá, SP

Prof. Dr. José Aleixo Prates e Silva

Farmacêutico,

Repres. Da Secretaria de Vigilância Sanitária

Brasília, DF

Dra. Maria Gisela Piros

Farmacêutica,

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Assoc. De Farmac. Assessores da Indústria

São Paulo, SP

Prof. Dr. Nikolai Sharapin

Farmacêutico,

Universidade Federal Fluminense

Rio de Janeiro, RJ

Prof. Dr. Pedro Ros Petrovick

Farmacêutico,

Univ. Federal do Rio Grande do Sul/Repres. Secretaria de Vigilância Sanitária/MS

Porto Alegre, RS

Prof. Dr. Salvador Alves Pereira

Farmacêutico,

Instituto Vital Brasil

Rio de Janeiro, RJ

III - SUBCOMISSÃO DE HOMEOPATIA

Portaria Ministerial nº 889 de 26 de abril de 1996

Prof. Dr. Gilberto Luiz Posetti

Farmacêutico, Presidente da Subcomissão de Homeopatia

Da Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira

Universidade Estadual Paulista - Julio de Mesquita Filho - UNESP

Araraquara, SP

Prof. Dr. Edanir dos Santos

Farmacêutico,

Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP

Jaboticabal, SP

Profa. Dra. Elza Helena Guimarães Lara

Farmacêutica,

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP

Ribeirão Preto, SP

Dr. Luiz Cesar de Camargo Carvalho

Farmacêutico,

Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas

Recife, PE

Profa. Dra. Zilamar Costa Fernandes

Farmacêutica,

Universisade Federal do Rio Grande do SUL

Porto Alegre, RS

Secretaria

Luciane Guarienti Varini

Farmacêutica,

Bolsista do SINDUSFARM

Universidade Federal de Santa Maria

Santa Maria, RS

IV - FINALIDADES

A Subcomissão atribui à Farmacopéia Homeopática Brasileira II, os seguintes usos:

1 - Nas farmácias e nos laboratórios farmacêuticos industriais homeopáticos;

2 - Pelos clínicos, na elaboração do receituário homeopático;

3 - Pelo órgãos incumbidos da fiscalização das farmácias, laboratórios industriais homeopáticos e da clínica

homeopática, vizando a normatização da produção, manipulação e dispensação no tangente às farmácias e

laboratórios industriais e receituário, no que diz respeito às clínicas;

4 - No ensaio da farmacotécnica homeopática nos cursos de graduação e pós-graduação em farmácia.

V - CONCEITOS E DEFINIÇÕES

V.1 - DROGA

Matéria prima de origem mineral, vegetal, animal ou biológica constituída por um ou mais fármacos.

V.2 - FÁRMACO

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Produto ou substância que, em contato ou introduzida em um sistema biológico, modifica uma ou mais de suas

funções, com finalidade terapêutica ou preventiva.

V.3 - MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

É toda apresentação farmacêutica destinada a ser ministrada segundo o princípio da similitude, obtida pelo método

de diluições seguidas de sucussões e/ou trituração sucessivas, com finalidade preventiva e terapêutica.

V.4 - SUCUSSÃO

Consiste na agitação vigorosa e ritmada de fármacos sólidos e líquidos, solúveis e dissolvidos em insumo inerte

adequado, contra anteparo semi-rígido.

V.5 - TRITURAÇÃO

Consiste na redução de fármaco a partículas menores por ação mecânica, com lactose com excipiente, em geral de

porcelana, visando solubilizar, diluir e dinamizar o mesmo.

V.6 - DINAMIZAÇÃO

É a resultante do processo de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas de fármaco, em insumo

inerte adequado, com a finalidade de desenvolvimento do poder medicamentoso.

V.7 - INSUMO ATIVO

Droga ou fármaco que se constitui no ponto de partida para a preparação de medicamento.

V.8 - INSUMO INERTE

Substância complementar de qualquer natureza, desprovida de propriedades farmacológicas ou terapêuticas e

utilizada como veículo ou excipiente, bem como material de outra origem destinado ao acondicionamento de formas

farmacêuticas.

V.9 - PONTO DE PARTIDA

Tintura-mãe, droga ou fármaco utilizados como ponto inicial para a obtenção das formas farmacêuticas derivadas.

V.10 - FORMAS FARMACÊUTICAS

São preparações resultantes da manipulação de insumos ativos e inertes de acordo com as regras da farmacotécnica

homeopática.

V.11 - FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA

Preparação que constitui o ponto inicial para as formas farmacêuticas derivadas.

V.11.1 - Tintura-mãe

É preparação líquida, resultante da ação dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte hidroalcoólico sobre uma

determinada droga.

V.12 - FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS

São preparações oriundas de forma farmacêutica básica ou a própria droga, representando desconcentrações obtidas

através de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas.

V.12.1 - Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Interno

- Formas Líquidas: dose única líquida e preparações líquidas administradas sob a forma de gotas.

- Formas sólidas: comprimidos, dose única sólida, glóbulos, pós e tabletes.

- Formulações Farmacêuticas: com Um ou Mais Insumo Ativo: formulações líquidas e sólidas (comprimidos, glóbulos,

pós e tabletes).

V.12.2 - Formas Farmacêuticas Derivadas de Uso Externo

- Formas Líquidas: linimentos, preparações nasais, preparações oftálmicas e preparações otológicas.

- Formas sólidas: apósitos medicinais, pós medicinais e supositórios.

- Formas Semi-sólidas: cremes, géis, géis-cremes e pomadas.

V.13 - FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO EXTERNO

Correspondem à incorporação de formas farmacêuticas derivadas em insumos inertes adequados.

V.14 - ESCALAS

São as proporções (Insumo ativo:Insumo inerte) seguidas na preparação das diferentes diluições.

As dinamizações são preparadas segundo as escalas: Centesimal, Decimal e Cinqüenta milesimal.

- Escala Centesimal: a diluição é preparada na proporção de 1:100 (Insumo ativo:Insumo Inerte).

- Escala Decimal: a diluição é preparada na proporção de 1:10 (Insumo ativo:Insumo Inerte).

- Escala Cinqüenta Milesimal: a forma derivada obedecerá a proporção de 1:50.000.

V.15 - POTÊNCIA

É o poder medicamentoso da droga ou fármaco, desenvolvido através da dinamização.

VI - NOMENCLATURA, SINONÍMIA, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

VI.1 - NOMENCLATURA

Para designação dos medicamentos homeopáticos poderão ser utilizados Nomes Científicos, de acordo com as

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regras dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, zoológica, biológica, química e farmacêutica, assim

como, Nomes Homeopáticos consagrados pelo uso e existentes em Farmacopéias, Códigos, Matérias Médicas e

obras científicas reconhecidas pela homeopatia.

Na nomenclatura botânica, zoológica e biológica, o gênero escreve-se com a primeira letra maiúscula e a espécie

com letras minúsculas.

Exemplos:

- Apis mellifica

- Bryonis alba

- Chelidonium majus

- Conium maculatum

- Digitalis purpurea

- Lycopodium clavatum

Em relação aos medicamentos com nomes consagrados homeopaticamente pelo uso, é facultado usar somente o

nome da espécie omitindo-se o do gênero.

Exemplo:

- Belladona, em vez de Atropa belladona

- Colocynthis, em vez de Citrullus colocynthis

- Dulcamara, em vez de Solanum dulcamara

- Millefolium, em vez de Achilles millefolium

- Nux vomica, em vez de Strychnos nux vomica.

Em relação a espécie pouco usada deve-se citar o nome completo.

Exemplos:

- Aconitum ferox, a fim de distinguí-la de Aconitum napellus

- Clematis erecta, a fim de distinguí-la de Clematis vitalba

- Crotalus horrídus, a fim de distinguí-la de Crotalus terrificus

- Dioscorea petrea, a fim de distinguí-la de Dioscorea villosa

- Eupatorium purpureum, a fim de distinguí-la de Eupatorium perfoliatum

- Lobelia inflata, a fim de distinguí-la de Lobelia purpurea.

Em relação à designação de medicamentos de origem química são permitidas, além do nome científico oficial,

também aquelas designações consagradas pelo uso na homeopatia.

Exemplos:

- Barium e seus compostos - Baryta e seus compostos

- Bromum e seus compostos - Bromium e seus compostos

- Calcium e seus compostos - Calcarea e seus compostos

- Kalium e seus compostos - Kali e seus compostos

- Iodum e seus compostos - Iodium e seus compostos

- Magnesium e seus compostos - Magnesia e seus compostos

- Natrium e seus compostos - Natrum e seus compostos

- Sulfur e seus compostos - Sulphur e seus compostos

Em relação aos medicamentos químicos, ácidos e sais, de natureza orgânica ou inorgânica, é permitida, além da

designação química oficial, aquela consagrada pelo uso homeopático, escrevendo-se, de preferência, em primeiro

lugar, o nome do elemento ou do íon de valência positiva e, em segundo lugar, o de valência negativa.

Exemplos:

- Acidum aceticum ou Acetic acidum

- Acidum benzoicum ou Benzoic acidum

- Acidum muriaticum ou Muriatis acidum

- Acidum lacticum ou Lactis acidum

- Acidum nitricum ou Nitri acidum

- Acidum sulfuricum ou Sulphuris acidum

VI.2 - NOMES ABREVIADOS

O emprego de nome abreviado do medicamento pode dar lugar à confusão na inteligibilidade do receituário e na sua

correta interpretação. O uso de abreviaturas arbitrárias é proibido pela legislação farmacêutica brasileira.

Exemplo de notações que podem gerar confusão:

Arsenic. sulf.

- Arsenicum sulfuratum flavum = Arsenic. sulf. flav = Sulfeto de arsênio = As2S3

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- Arsenicum sulfuratum rubrum = Arsenic. sulf. rub. = Bissulfeto de arsênio = As2S2

Aur. chlor.

- Aurum chloratum = Aur. chlorat. = AuHCl4-4H2O

- Aurum chloratum natronatum = Aur. chlorat. natron. = NaAuHCl4-2H2O

Kali chlor.

- Kalium chloratum = Kali chloratil = Clorato de potássio = KclO3

- Kalium chloricum = Kali chloric. = Cloreto de potássio = Kcl

Antim. ars.

- Antimonium arsenicosum = Antim. arsenic. = Sb2O5-As2O3

- Antimonium arsenicum = Antim. arsenicum = Sb3-AsO3

Exemplos de notações corretas:

- Aconitum napellus ou Aconitum - Acon. ou Aconit.

- Atropa belladona ou Belladona - Bell. ou Bellad.

- Mercurius solubilis - Merc. Sol. ou Mercur. sol.

- Mercurius sublimatus corrosivus - Merc. Corr.

- Solanum dulcamara ou Dulcamara - Dulc. ou Dulcam.

VI.3 - ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

Comprimido = compr.

Diluição = dil.

Dinamização = din.

Escala centisimal preparada segundo o método hahnemanniano = CH

Escala cinqüenta milesimal = LM

Escala decimal de Hering preparada segundo o método hahnemanniano = DH

Forma farmacêutica básica, Tintura-mãe = Tint.mãe, TM, φ

Farmacopéia Homeopática Brasileira = Farm. Hom. Bras.

Glóbulo = glob.

Método de fluxo contínuo = FC

Método Korsakoviano = K

Microglóbilo = mcglob.

Partes iguais = ana = ãã

Pastilha = past.

Quantidade suficiente = q.s.

Quantidade suficiente para = q.s.p.

Resíduo seco tintura-mãe = r. s.

Resíduo sólido de vegetal fresco = r. Sol.

Solução = sol.

Tablete = tabl.

Título etanólico de tintura-mãe = tit.et.

Trituração = trit.

VI.4 - SINONÍMIA

O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes de obras consagradas na literatura científica.

Medicamentos apresentados com denominação de sinônimos arbitrários, não constantes de tais obras, são

considerados medicamentos secretos. O uso do código, sigla, número e nome arbitrário é proibido pela legislação

farmacêutica brasileira.

Exemplos:

Apisinum = Apis virus

Arsenicum album = Metallum album

Blatta orintalis = Periplaneta orientalis

Bryonia alba = Vitis alba

Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica

Chamomilla = Matricaria

Glonoinum = Trinitrinum

Graphites = Carbo mineralis

Hydrastis canadensis = Warneria canadensis

Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha

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Lycopodium = Muscus clavatus

Mercurius sulf. ruber = Cinnabaris

Nux vomica = Colubrina

Pulsatilla = Anemone pratensis

Rus toxicocodendron = Vitis canadensis

Secale comutum = Claviceps purpurea

Sterculla acuminata = Kola, Cola

Sulphur = Flavum depuratum

Thuya occidentalis = Arbor vitae

VII - ORIGEM DOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS

Os medicamentos usados em homeopatia têm origem nos três reinos da natureza, nos produtos químico-

farmacêuticos, substâncias e/ou materiais biológicos, patológicos ou não, assim como em outros agentes de

diferente natureza.

O reino vegetal é aquele que contribui com maior número de drogas para a obtenção de medicamentos

homeopáticos. Os vegetais podem ser utilizados frescos ou secos, empregando-se os mesmos em sua totalidade ou

partes, bem como seus produtos de extração e/ou transformação.

O reino animal, por sua ves, fornece drogas em menor quantidade. Assim como no caso dos vegetais, o animal pode

ser utilizado inteiro, vivo ou não, recentemente sacrificado ou dessecado, como também em partes ou ainda sob a

forma de produtos de extração e/ou transformação.

O reino mineral fornece substâncias em seu estado natural ou decorrentes de transformações químico-

farmacêuticas.

Os produtos químico-farmacêuticos englobam os medicamentos alopáticos, cosméticos, domissaneantes,

praguicidas e outros.

Os produtos biológicos, patológicos ou não, englobam materiais provenientes de organismos vivos ou não, de

natureza fisiológica ou patológica (bioterápicos e opoterápicos).

VIII- INSUMOS INERTES

VIII.1 - VEÍCULOS E EXCIPIENTES

- Água (obtida por: destilação, bi-destilação, desionização-filtração esterilizante, mili Q e osmose-reserva)

- Apósitos inertes (algodão, gaze e outros)

- Bases para linimentos

- Bases para pomadas, cremes, géis, géis-creme e supositórios

- Bases para pós medicinais

- Etanol 96% e suas diluições (vide Tabela I)

- Glicerol (glicerina) e suas diluições

- Glóbulos inertes

- Lactose

- Microglóbulos inertes

- Sacarose

VII.2 - MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO

VII.2.1 - Recipientes

É permitido o emprego dos seguintes materiais nas operações abaixo relacionadas:

- Preparação e estocagem de medicamentos: vidro âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (F. Bras. IV - IX.2.1)

- Dispensação de medicamentos:

- Vidro âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (F. Bras. IV - IX.2.1)

- Plástico: branco leitoso de polietileno de alta densidade (F. Bras. IV - IX.1.1) e policarbonato

- Papel: branco, impermeável, tipo “pérola branca”

VIII.2.2 - Acessórios

- Tampas: polietileno ou polipropileno.

- Batoques: polietileno ou polipropileno.

- Cânulas: vidro, polietileno de alta densidade, polipropileno ou policarbonato.

- Bulbos: látex, silicone atóxico ou polietileno, sendo vedado o uso de bulbos de borracha.

- Gotejadores: polietileno ou polipropileno.

- Rótulos.

IX.1 - DROGAS DE ORIGEM VEGETAL

As espécies de origem vegetal a serem utilizadas em homeopatia devem ser coletadas em épocas e em condições

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adequadas, seguidas de identificação prévia, sendo esta identificação complementada em laboratório por

especialistas em sistemática botânica.

Salvo em casos particulares descritos nas respectivas monografias, as matérias-primas de origem vegetal devem ser

coletadas, de preferência, no seu habitat natural, obedecendo as seguintes condições gerais:

1 - Plantas inteiras: coletadas na época da sua floração;

2 - Folas: após o desenvolvimento completo do vegetal, antes da floração;

3 - Flores e sumidades floridas: imediatamente antes do seu desabrochar total;

4 - Caule e ramos: após o desenvolvimento das folhas e antes da floração;

5 - Cascas de plantas resinosas: no período de desenvolvimento das folhas e brotos, ocasião em que há maior

produção de seiva;

6 - Cascas de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva, em exemplares jovens;

7 - Madeira ou lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos;

8 - Raízes de plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo;

9 - Raízes de plantas perenes: antes de completar o seu ciclo vegetativo;

10 - Frutos e sementes: na sua maturidade;

11 - Brotos: no momento da sua eclosão;

12 - Folhas jovens: logo após a eclosão dos brotos;

Estas matérias-primas devem ser utilizadas, preferivelmente, no seu estado fresco, e, na impossibilidade de tal

procedimento, podem ser empregadas no estado seco, uma vez obedecidas as técnicas gerais para secagem de

plantas.

As plantas utilizadas em homeopatia, após procedimentos adequados, devem estar em estado hígido, isentas de

contaminação biológica ou de outra natureza qualquer e sem sinais de deterioração.

IX.2 - DROGAS DE ORIGEM ANIMAL

As drogas de origem animal devem ser obtidas a partir de exemplares devidamente identificados e classificados

zoologicamente, de animais sãos, jovens, mas completamente desenvolvidos, sendo essa identificação

complementada em laboratório, por especialista.

Podem ser constituídas por animais inteiros, vivos ou recentemente sacrificados, dessecados ou não, partes ou

órgãos animais e secreções, fisiológicas ou patológicas, obedecidos os preceitos técnico-científicos e de higiene.

IX.3 - DROGAS DE ORIGEM MINERAL

As drogas de origem mineral devem ser quimicamente determinadas, Ter a sua denominação científica e sua

composição química definidas.

IX.4 - DROGAS DE ORIGEM QUÍMICO-FARMACÊUTICA

Devem obedecer aos preceitos farmacopeicos, códices, indexes, manuais e à legislação pertinente.

IX.5 - DROGAS DE ORIGEM BIOLÓGICA, PATOLÓGICAS OU NÃO

As drogas de origem bacteriana e fúngica devem ser identificadas e classificadas. As secreções devem ser

caracterizadas sob diferentes aspectos. O material patológico deve conter o agente etiológico causal. Agentes

provenientes de patologias de notificação compulsória têm a sua manipulação legalmente proibida.

IX.6 - INSUMOS INERTES

Devem estar de acordo com as exigências relativas à caracterização e identificação consideradas com condições

mínimas de qualidade para seu uso em homeopatia e obedecer aos preceitos farmacopeicos, códices, indexes,

manuais e legislação pertinente.

A extração, obtenção, transporte, manuseio e/ou manipulação e transformação de drogas para uso homeopático

devem obedecer à legislação pertinente em vigor

IX.7 - DILUIÇÕES ALCOÓLICAS

As diliuções alcoólicas serão obtidas a partir de etanol que deve conter: no mínimo, 96,0% (V/V) e, no máximo,

99,9% (V/V) de C2H5OH (PM = 46,07).

A água pode ser obtida por: destilação, bi-destilação, desionização-filtração esterilizante, mili Q e osmose-reserva.

Para se obter 1000 g de etanol de título desejado, usar as proporções de etano (96%) e água indicadas na Tabela I.

TABELA I - Proporção etanol:água para obtenção de diferentes diluições hidroalcoólicas.

1000 g de

Etanol de

Título

Desejado

Etanol a

96% (g)

Água (g)

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90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

937,503

833,336

729,169

625,002

520,835

416,668

312,501

208,334

62,497

166,664

270,831

374,998

479,165

583,332

667,499

791,666

Nas preparações das formas farmacêuticas de uso interno ou de uso externo, líquidas, é lícito adotar o critério

ponderal (p/p), ou volumétrico (V/V), ou, ainda, (V/p) ou, ainda, (p/V), contanto que se conserve o mesmo critério

até o fim da operação. O método ponderal apresenta a vantagem de maior exatidão.

Para se obter 1000 g de etanol diluído empregar a seguinte fórmula:

Quantidade de álcool a diluir com água = A x B

C

A = Quantidade desejada

B = Teor alcoólico desejado

C = Teor alcoólico de partida

Exemplo:

Obtenção de 1000 g de etanol 96% a partir de etanol 96,9%:

Quantidade de álcool a diluir com água = 100 x 90 = 928,793 g

96,9

X - MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DA FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA

X.1 - TINTURA-MÃE

Abreviatura: Tint. Mãe

Símbolos: TM. φ

Droga: vegetal ou animal

X.1.1 - Preparação da Tintura-Mãe de origem vegetal

- Droga: vegetal fresco ou dessecado

- Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção

- Insumo Inerte: etanol em diferentes graduações em função do resíduo sólido da droga utilizada na preparação.

A graduação alcoólica deverá ser especificada na monografia. De modo geral, deve ser obedecida a seguinte

orientação:

- Resíduo sólido até 25%, utilizar etanol a 90% (p/p).

- Resíduo sólido entre 30% a 35%, utilizar etanol a 80% (p/p).

- Resíduo sólido entre 40% a 50%, utilizar etanol a 70% (p/p).

- Determinação do Resíduo Sólido de Vegetal Fresco: tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco,

fracioná-la em fragmentos suficientemente reduzidos deixando-a em estufa à temperatura inferior a 50ºC, até peso

constante. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra e arredondar o número obtido igualando-o ao mais

próximo da orientação contida no sub-item Insumo Inerte (X.1.1) ou aquele constante da monografia específica. Se o

resíduo sólido for inferior a 25% deve-se considerá-lo igual a25%. Calcular o peso total do resíduo sólido contido no

vegetal fresco. Multiplicar este número por dez (10) para obter a quantidade (peso ou volume) da tintura-mãe.

Exemplo:

- Vegetal fresco = 1000 g

- Resíduo sólido = 20%

- Resíduo sólido total vegetal = 200 g

- Título etanólico do líquido extrator = 90% (p/p)

- Volume de Tintura-mãe a ser obtido = 2000 mL (10 x r.sol.)

Resumindo, pode ser aplicada a seguinte fórmula:

V = Vf x r.sol.

10

Onde:

V = volume de tintura-mãe a ser obtido

Vf = quantidade de vegetal fresco

r.sol. = resíduo sólido

- Relação Droga/Insumo Inerte: 1:10 (p/V) (10%)

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- Processos:

- maceração

- percolação

- Maceração: quando o vegetal for fresco, determinar previamente o resíduo sólido para obter o título alcoólico do

líquido extrator. Calcular o volume total de tintura-mãe a ser preparado. Em seguida, iniciar o processo extrativo.

Para vegetal dessecado, seguir a respectiva monografia.

- Processo: consiste em deixar o vegetal, fresco ou dessecado, devidamente dividido, por 20 dias, em contato com

85% do volume total do líquido extrator, em ambiente protegido da ação direta da luz e calor, agitando o recipiente

diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado.

Pesar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante desta operação, àquele anteriormente filtrado. Acrescentar ao

resíduo de prensagem quantidade suficiente de líquido extrator, misturar bem, prensar novamente, filtrar e

completar o volume final a ser obtido. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

Percolação:

- Processo: colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada (tamis 40 ou 60-Anexo). Adicionar, em

recipiente adequado e bem vedado, o líquido extrator em quantidade correspondente a 20% do peso da droga para

umedecer o pó. Deixar em contato por 4 horas. Transferir para precolador de capacidade ideal. Colocar volume

suficiente de líquido extrator para obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em contato por 24 horas.

Percolar, então, à velocidade de VIII gotas por minuto para cada 100 g da droga. Prense o resíduo (torta); misturar

líquido assim obtido com o percolado e adicionar, se for o caso, quantidade suficiente de líquido extrator (menstruo)

para completar o volume. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

X.1.2 - Preparação da Tintura-Mãe de Origem Animal

- Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado

- Parte Empregada: animal inteiro, parte ou secreção

- Insumo Inerte: etanol (65 a 70% (p/p)), mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1), mistura de água e glicerina

(1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia.

- Relação Droga/Insumo Inerte: 1:20 (p/V) (5%)

- Processo: maceração

- Processo: deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com a respectiva monografia,

por 20 dias, em contato com quantidade suficiente de líquido extrator, em ambiente protegido da ação direta de luz

e calor, agitando o recipiente diariamente. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar

e armazenar adequadamente.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

XI - MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS

As formas farmacêuticas derivadas são preparadas nas escalas centesimal, decimal e cinqüenta milesimal.

Como não há correspondência entre as mesmas, fica vedada sua interconversão.

- Ponto de Partida: forma farmacêutica básica ou a própria droga.

- Preparação: quando for tintura-mãe ou droga solúvel nos insumos inertes indicados, a preparação será por

diluições seguida de sucussões. Quando for droga insolúvel, a preparação será por triturações sucessivas.

- Insumo Inerte para Drogas Solúveis: etanol em diferentes graduações. Nas três primeiras dinamizações, para a

escala centesimal e nas seis primeiras para a escala decimal, será empregado etanol com mesmo título etanólico da

tintura-mãe. No caso específico de drogas de origem mineral ou químico-farmacêutica será empregado etanol no

mesmo título etanólico de seus dissolventes iniciais.

- Insumo Inerte para Drogas Insolúveis: lactose nas três primeiras triturações para a escala centesimal e nas seis

primeiras para a escala decimal, salvo especificação contida na monografia específica.

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XII.1 - MÉTODO HAHNEMANNIANO

1.1 - Escalas Centesimal e Decimal

A. Drogas Solúveis

- Ponto de Partida: forma farmacêutica básica (tintura-mãe), dinamização anterior ou droga solúvel em insumo

inerte hidroalcoólico a 20%, no mínimo, sendo obedecidas as escalas centesimal e decimal, respectivamente.

- Insumo Inerte: etanol em diferentes graduações. Nas três primeiras dinamizações, para a escala centesimal e nas

seis primeiras para a escala decimal, será empregado etanol com mesmo título etanólico da tintura-mãe. No caso

específico de drogas de origem mineral ou químico-farmacêutica será empregado etanol no mesmo título etanólico

de seus dissolventes iniciais.

Nas preparações intermediárias, assim como para as de estoque, será empregado etanol (70%) (p/p). Para a

dispensação, quer na escala centesimal, que na escala decimal, era utilizado etanol 30% (p/p).

- Número de frascos: tantas quantas forem as dinamizações a serem preparadas.

- Volume: o líquido a se dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco utilizado na preparação.

- Número de Sucussões: 100

- Processo: diluição e sucussão. Manual ou mecânico.

- Processo Manual: a sucussão será executada através de movimento contínuo e ritmado, no sentido vertical, com o

antebraço, de modo que produza choque do fundo do frasco contra um anteparo semi-rígido.

- Processo Mecânico: a sucussão será feita em máquina que mantenha as características do processo manual.

- Técnica:

01. Dispor sobre bancada tantos frascos quantos forem necessários atingir a dinamização desejada.

02. Colocar em cada frasco volume de insumo inerte na proporção indicada, respectivamente nas escalas centesimal

e decimal.

03. Acrescentar no 1o frasco 1 parte do ponto de partida e sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim 1 CH ou 1 DH.

04. Transferir para o 2o frasco 1 parte da 1 CH ou 1 DH e sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim 2 CH ou 2 DH.

05. Transferir para o 3o frasco 1 parte da 2 CH ou 2 DH e sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim 3 CH ou 3 DH.

06. Proceder de forma idêntica para as preparações subseqüentes até atingir a dinamização desejada.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

B. Drogas Insolúveis

- Ponto de Partida: drogas insolúveis quando sua solubilidade for inferior a 10% no insumo inerte líquido, e qualquer

droga na preparação da LM.

- Insumo Inerte: lactose para a fase sólida, diluição e sucussão para a fase líquida. Manual ou mecânica.

- Técnica:

01. Dividir a quantidade total de lactose a ser utilizada, em 3 partes iguais. Uma Terça parte de lactose será

colocada em gral de porcelana e triturada para tapar os poros do gral.

02. Sobre este terço de lactose, coloca-se uma parte do insumo ativo a ser triturado, obedecendo a escala

centesimal ou decimal.

03. Homogenizar com espátula de porcelana ou de aço inox.

04. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.

05. Raspar, com espátula de porcelana ou de aço inox, o triturado aderido ao gral e ao pistilo, durante 4 minutos,

homogenizando-o.

06. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.

07. Raspar o triturado durante 4 minutos.

08. Acrescentar a segunda terça parte de lactose.

09. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.

10. Raspar o triturado durante 4 minutos.

11. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.

12. Raspar o triturado durante 4 minutos.

13. Acrescentar o último terço de lactose.

14. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.

15. Raspar o triturado durante 4 minutos.

16. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.

17. Raspar o triturado durante 4 minutos.

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18. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz solar direta, recebendo o nome da

substância medicinal e a designação de primeiro triturado: 1/100 ou 1/10. Ex.: Petroleum 1 CH trit. ou Petroleum 1

DH trit.

19. Para obtenção do segundo triturado, 1/10.000 ou 1/100, usar como insumo ativo 1 parte do primeiro triturado,

para 100 ou 10 partes de lactose (respectivamente escala centesimal ou decimal) repetindo-se o procedimento

anterior (itens 3 a 17).

20. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz solar direta, recebendo o nome da

substância medicinal e a designação de segundo triturado: 1/10.000 ou 1/100. Ex.: Petroleum 2 CH trit. ou

Petroleum 2 DH trit.

21. Para obtenção do terceiro triturado, 1/1.000.000 ou 1/1.000, usar como insumo ativo 1 parte do segundoo

triturado, para 100 ou 10 partes de lactose (respectivamente escala centesimal ou decimal) repetindo-se o

procedimento anterior (itens 3 a 17).

22. Este triturado será acondicionado em frasco bem fechado e protegido da luz solar direta, recebendo o nome da

substância medicinal e a designação de terceiro triturado: 1/1.000.000 ou 1/1.000. Ex.: Petroleum 3 CH trit. ou

Petroleum 3 DH trit.

23. No caso de trituração na escala decimal (DH), para obtenção das triturações subseqüentes, repetir o

procedimento anterior até a obtenção da 6a trituração (itens 3 a 17).

24. Para solubilizar a 3a trituração CH ou a 6a trituração DH, dissolver 1 parte da trituração em 80 partes de água

destilada. Completar com 20 partes de álcool 96% (V/V) e sucussionar 100 vezes, obtendo assim, a 4 CH ou 7 DH

em solução hidroalcoólica a 20% (p/p). A preparação com este grau de dinamização não será estocada. As demais

dinamizações são preparadas em solução hidroalcoólica a 70% (p/p) para estocar e solução hidroalcoólica a 30%

(p/p) para dispensar.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

1.2 - Escala Cinqüenta Milesimal

- Ponto de Partida: droga mineral ou biológica, vegetal ou animal, sempre que possível no estado fresco.

Especialmente, poderá ser utilizada a tintura-mãe, tendo sua força medicamentosa corrigida.

Exemplo: uma TM a 10% tem força medicamentosa de 1/10, ou seja, 1 parte da droga está corrigida em 10 partes

de TM. Para a 1 a trituração centesimal, colocar 10 partes da TM para 100 partes de lactose.

- Insumo Inerte: lactose para a fase sólida e etanol em diferentes graduações para a fase líquida.

- Número de Frascos: para a fase líquida, tantos frascos quantas forem as dinamizações a serem preparadas.

- Volume: para a fase líquida, o líquido a ser dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco utilizado na

preparação.

- Número de Sucussões: 100

- Processo: para a fase sólida, trituração; para a fase líquida, diluição e sucussão. Manual ou mecânica.

- Técnica:

- Primeira Etapa: trituração da droga até 3 CH trit., conforme técnica de trituração.

Observação:

- Caso a substância seja a TM, fazer a correção da força medicamentosa e evaporar em temperatura inferior a 50oC.

- Se a substância a ser triturada for líquida, usar uma gota da substância (§ 270 da 6a edição do Organon).

- Segunda Etapa: dissolução do 3o triturado (1/1.000.000).

• 63 mg do 3o triturado, 1/1.000.000, são dissolvidos em quinhentas gotas, medidas com cânula padronizada, de

uma mistura de 1 parte de álcool 96% (V/V) e 4 partes de água destilada.

- Terceira Etapa: preparação do 1o grau de potência LM (1 LM).

• Colocar uma gota da solução anterior em frasco de capacidade adequada.

• Acrescentar cem gotas de álcool 96% (V/V).

• Aplicar 100 sucussões. O frasco para potencialização será preenchido com 2/3 de seu volume. O produto desta

operação corresponde ao medicamento no 1o grau de dinamização.

• Umedecer, com 1 gota do 1o grau de dinamização, 500 microglóbulos (100 microglóbulos devem corresponder a 63

mg).

• Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro e deixar secar à temperatura ambiente. Este é o medicamento da 1

LM.

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- Quarta Etapa: preparação do 2o grau de potência LM (2 LM).

• Dissolver um microglóbulo da 1 LM em 1 gota de água destilada.

• Acrescentar 100 gotas de álcool 96% (V/V).

• Aplicar 100 sucussões. O frasco para potencialização será preenchido com 2/3 de seu volume. Este é o

medicamento no 2o grau de dinamização.

• Umedecer, com 1 gota do 2o grau de dinamização, 500 microglóbulos (100 microglóbulos devem corresponder a 63

mg).

• Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro e deixar secar à temperatura ambiente. Este é o medicamento da 2

LM.

- Quinta Etapa: preparação dos demais graus de potência LM.

• Dissolver um microglóbulo da LM imediatamente anterior, em 1 gota de água destilada.

• Acrescentar 100 gotas de álcool 96% (V/V).

• Aplicar 100 sucussões. O frasco para potencialização será preenchido com 2/3 de seu volume. Este será o

medicamento no grau de dinamização imediatamente superior.

• Umedecer, com 1 gota desta preparação, 500 microglóbulos (100 microglóbulos correspondem a 63 mg).

• Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro e deixar secar à temperatura ambiente. Este é o medicamento da

LM correspondente.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

XI.2 - MÉTODO KORSAKOVIANO

- Ponto de Partida: medicamento na 30 CH em etanol 70% (p/p).

- Insumo Inerte: etanol 70% (p/p) nas preparações intermediárias e etanol 30% (p/p) na dispensação.

- Número de Frascos: frasco único.

- Volume: o líquido a se dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco utilizado na preparação.

- Escala: não definida.

- Número de Sucussões: 100

- Processo: diluição e sucussão. Manual ou mecânico.

- Técnica: colocar num frasco quantidade suficiente de medicamento na 30 CH de modo que ocupe 2/3 de sua

respectiva capacidade. Emborcar o frasco, deixando o líquido escorrer livremente por cinco segundos. Adicionar o

insumo inerte na quantidade previamente estabelecida e sucussionar por 100 vezes. A resultante desta seqüência de

operações corresponde à 31 K. Repetir este procedimento para obter as dinamizações subseqüentes.

A dispensação do medicamento preparado segundo método Korsakoviano deve se dar a partir de 31 K até a 100.000

K como limite máximo.

É vedada a estocagem de medicamentos preparados por este método.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

XI.3 - MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO

- Ponto de Partida: medicamento na 30 CH em etanol 70% (p/p).

- Insumo Inerte: água (obtida por: destilação, bi-destilação, desionização-filtração esterilizante. Mili Q ou osmose-

reversa).

- Número de Frascos: câmara de dinamização única.

- Controle da Vazão: fluxo contínuo e constante que garanta a obtenção da preparação.

- Volume: o líquido a se dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco utilizado na preparação.

- Escala: não definida.

- Número de Sucussões: 100 sucussões correspondem a 100 rotações.

- Processo: diluição e turbilhonamento. Mecânico.

- Características Obrigatórias do Equipamento:

• A câmara de dinamização deverá possuir características que garantam a qualidade da preparação, de acordo com

o manual do equipamento.

• A entrada de água deve ocorrer junto ao centro de vértice do líquido em dinamização, de forma que a água que

entra na câmara seja turbilhonada antes de ser expulsa.

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• O grau de dinamização desejado será função do tempo necessário para sua obtenção. Alcançado o tempo definido,

desligar simultaneamente a entrada de água e o motor de aparelho.

• Todo dinamizado será retirado da câmara para que sejam feitas. A seguir, duas dinamizações hahnemannianas em

álcool a 70% (p/p), para estocagem.

• Interromper o processo sempre duas dinamizações anteriores das abaixo citadas: 200 FC, 500 FC, 1M FC, 5M FC,

10M FC, 50M FC, 100M FC.

- Técnica:

• Adicionar o volume do medicamento de partida equivalente à capacidade total da câmara do aparelho, respeitando

a proporção de 1:100. A entrada de água e a rotação do motor serão acionados simultaneamente.

• A dinamização inicia-se sempre com a câmara cheia.

• O processo será reiniciado com a última dinamização hahnemanniana em que ele foi interrompido, em água,

respeitando a proporção de 1:100, no volume correspondente à capacidade total da câmara.

• Acionar, então, a entrada de água e o motor, simultaneamente.

A dispensação do medicamento preparado segundo o método de Fluxo Contínuo deve se dar a partir de 200 FC até a

100.000 FC, como limite máximo.

- Conservação

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

- Prazo de validade

A ser determinado, caso a caso.

XII - FORMAS FARMACÊUTICAS

XII.1 - FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO INTERNO

XII.1.1 - Formas Farmacêuticas Líquidas

1.1.1 - Dose Única Líquida

Quantidade limitada de medicamento líquido a ser tomada de uma só vez.

- Veículo: solução hidroalcoólica 30% (p/p).

- Volume: de acordo com o desejado. Quando não especificado, serão dispensadas II gotas do medicamento, na

dinamização desejada, em um mL do insumo inerte.

- Preparação: dissolução.

- Técnica: métodos Hanemanniano, Korsakoviano e fluxo contínuo.

1.1.2 - Preparação Líquida Administrada sob forma de Gotas

São preparações hidroalcoólicas a 30% (p/p), contendo medicamento dinamizado a ser administrado sob a forma de

gotas.

- Veículo: hidroalcoólico 30% (p/p).

- Volume: de acordo com o desejado.

- Técnica: métodos Hanemanniano, Korsakoviano e fluxo contínuo.

- Dispensação: será dispensado o volume desejado. Na escala LM, dissolver um microglóbulo do medicamento, na

dinamização desejada, em solução hidroalcoólica 30% (p/p); o volume dispensado deverá ocupar 2/3 da capacidade

do frasco.

XII.1.2 - Formas Farmacêutica Sólidas

1.2.1 - Comprimidos

Os comprimidos se apresentam com peso compreendido entre 100 e 300 mg. Não será permitida a adição de

lubrificantes. Somente será permitida a adição de coadjuvantes, desde que os mesmos sejam inócuos nas

quantidades adicionadas e não prejudiquem a eficácia terapêutica do medicamento.

- Preparação:

Quando o Insumo Ativo for Líquido:

- Compressão:

• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar esta preparação na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose.

• Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

• Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em

estufa à temperatura inferior a 50oC.

- Impregnação:

• Preparar os comprimidos inertes por compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem

granulação prévia.

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• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar os comprimidos inertes com insumo ativo líquido na proporção de 10% (V/p).

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

- Quando o Insumo Ativo for Sólido:

- Compressão:

• Preparar o insumo ativo, por trituração, na dinamização desejada, com lactose ou mistura de lactose e sacarose.

• Misturar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose e

homogenizar.

• Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

• Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em

estufa à temperatura inferior a 50oC.

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

1.2.2 - Dose Única Sólida

Quantidade limitada de medicamento sólido a ser tomada de uma só vez.

- Preparação: a dose única sólida será impregnada com II gotas de insumo ativo.

- Dispensação:

- comprimidos: um (1) comprimido

- glóbulos: cinco (5) glóbulos

- pó: um (1) papel

- tablete: um (1) tablete

1.2.3 - Glóbulos

Os glóbulos se apresentam sob a forma de pequenas esferas com pesos de 30 mg (No 3), 50 mg (No 5) e 70 mg (No

7), constituídos de sacarose ou de mistura de sacarose e lactose.

- Preparação:

- Impregnação:

• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar pelo método da tríplice impregnação, com o insumo ativo, os glóbulos inertes, na proporção de 10%

(V/p).

• Método da tríplice impregnação:

- dividir em três partes iguais a quantidade de insumo ativo.

- impregar os glóbulos inertes com uma parte deste insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

- adicionar a segunda parte do insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

- adicionar a última parte do insumo ativo, homogenizar com agitação e secar.

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

1.2.4 - Pós

Os pós de uso interno serão constituídos de insumo ativo, na dinamização desejada, veiculados em lactose, com

peso unitário de 300 a 500 mg.

- Preparação:

- Quando o Insumo Ativo for Líquido:

• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar a lactose com insumo ativo líquido, na proporção de 10% (V/p).

• Repetir em porções de 300 a 500 mg, quando for o caso.

- Quando o Insumo Ativo for Sólido:

• Preparar o insumo ativo por trituração, com lactose na dinamização desejada.

• Misturar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose e homogenizar.

• Repetir em porções de 300 a 500 mg, quando for o caso.

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

1.2.5 - Tabletes

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Os tabletes se apresentam com peso compreendido entre 100 e 300 mg, sendo preparados por moldagem da lactose

em tableteiro, sem a adição de coadjuvantes.

- Preparação:

- Quando o Insumo Ativo for Líquido:

- Impregnação:

• Preparar tabletes inertes, por moldagem da lactose, em tableteiro, dando o ponto de moldagem com quantidade

suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar estes tabletes com insumo ativo líquido, na proporção de 10% (V/p).

- Moldagem:

• Preparar o insumo ativo líquido, na dinamização desejada, em solução hidroalcoólica com graduação igual ou

superior a 70% (p/p).

• Impregnar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose, homogenizar e dar ponto de moldagem com

quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Levar ao tableteiro e moldar.

Proceder a extrusão e secar em temperatura inferior a 50oC.

- Quando o Insumo Ativo for Sólido:

- Moldagem:

• Preparar o insumo ativo por trituração, com lactose na dinamização desejada.

• Misturar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose e homogenizar.

• Levar ao tableteiro e moldar.

• Proceder a extrusão e secar em temperatura inferior a 50oC.

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

XII.1.3 - Formulações Farmacêuticas

1.3.1 - Formulações Líquidas

- Preparação:

- Com um Insumo Ativo:

Exemplos:

A - Lycopodium clavatum 30 CH XX gotas

Água destilada 30 mL ou

- Lycopodium clavatum 30 CH XX/30 mL

B - Lycopodium clavatum 30 CH X gotas

Álcool 96% (V/V) V gotas

Água destilada 30 mL ou

- Lycopodium clavatum 30 CH XX/30 mL

C - Lycopodium clavatum 30 CH 1%

Solução hidroalcoólica a 30% (p/p)....qsp 30 mL

- Técnica: Diluição do insumo ativo no volume adequado de insumo inerte.

- Com mais de um Insumo Ativo:

- Preparação:

• Preparar, separadamente, nas dinamizações desejadas, os medicamentos constantes da formulação em solução

hidroalcoólica a 30% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais ou nas proporções adequadas para o volume indicado:

Exemplos:

- A - Belladona 6 CH

ãã 30 mL

Phytolacca dec. 6 CH

- Preparação: misturar 30 mL de cada medicamento obtendo-se o volume final de 60 mL.

- B - Belladona 6 CH

ãã.....q.s.p 30 mL

Phytolacca dec. 6 CH

- Preparação: misturar 15 mL de cada medicamento obtendo-se o volume final de 30 mL.

- C - Belladona CH 1%

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Phytolacca dec. 6 CH 2%

Solução hidroalcoólica a 30% (p/p)......q.sp 30 mL

- Preparação: misturar 0,3 mL (1%) de Belladona 6 CH com 0,6 mL (2%) de Phytolacca dec. 6 CH e completar o

volume para 30 mL com solução hidroalcoólica a 30% (p/p).

1.3.2 - Formulações Sólidas:

1.3.2.1 - Comprimidos

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Carduus marianus 1 CH 20 comprimidos

- Preparação: vide item XII.1.2.1

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

Arsenicum album 6 CH

ãã...........q.s.p. 20 comprimidos

China 6 CH

- Preparação:

- Compressão:

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes; homogenizar.

• Impregnar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose.

• Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

• Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em

estufa à temperatura inferior a 50oC.

- Impregnação:

• Preparar os comprimidos inertes por compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose, com ou sem

granulação prévia.

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes; homogenizar.

• Impregnar os comprimidos inertes com esta mistura, na proporção de 10% (V/p).

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

- Com um Insumo Ativo Sólido:

Calcarea carbonica 3 CH trit. 20 comprimidos

- Preparação: vide item XII.1.2.1

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplo:

Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 20 comprimidos

Graphites 3 CH trit.

- Preparação:

- Compressão:

• Preparar por trituração, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas,

com lactose ou mistura de lactose e sacarose.

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes; homogenizar.

• Impregnar esta preparação, na proporção de 10% (V/p), em lactose ou mistura de lactose e sacarose e

homogenizar.

• Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

• Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em

estufa à temperatura inferior a 50oC.

- Com Insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

- Preparação:

• Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

• Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para

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comporem esta fase.

• Os componentes da fase líquida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas, em

solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de lactose e homogenizar.

• Incorporar a esta mistura, 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

• Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

• Para granular, umedecer com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 90% (p/p). Tamisar e secar em

estufa à temperatura inferior a 50oC.

Exemplo:

Calcarea carb. 3 DH trit.

ãã...........q.s.p. 5%

Calcarea phosph. 3 DH trit.

China officinalis 3 CH

ãã...........q.s.p. 5%

Avena sativa 3 CH

Lactose............................q.s.p. 20 comprimidos

- Preparação:

• Misturar 2,5 g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 2,5 g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit. Misturar 2,5%

(p/p) China officinalis 3 CH com 2,5% (p/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com quantidade

suficiente de lactose para 20 comprimidos e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida e

homogenizar. Levar à compressão com ou sem granulação prévia.

- Secagem: a secagem será executada separadamente, medicamento a medicamento, em temperatura inferior a

50oC.

1.3.2.2 - Glóbulos:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Sulphur 30 CH 15 glob.

- Preparação: vide item XII.1.2.3

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

Paeonia officinalis 6 CH

ãã...........q.s.p. 15 glob.

Hamamelis 6 CH

- Preparação:

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Impregnar, por tríplice embebição, os glóbulos inertes com a mistura acima preparada, na proporção de 10%

(V/p).

1.3.2.3 - Pós:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Phosphorus 30 CH 1 papel

- Preparação: vide item XII.1.2.4

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

Hamamelis 6 CH

ãã...........q.s.p. 6 papéis

Aesculus hipocastanum 6 CH

- Preparação:

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica com graduação igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes; homogenizar.

• Impregnar a lactose com esta mistura na proporção de 10% (V/p).

• Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

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- Com um Insumo Ativo Sólido:

Calcarea phosphorica 3 CH trit. 6 papéis

- Preparação: vide item XII.1.2.4

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplo:

Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 6 papéis

Calcarea phosphorica 3 CH trit.

- Preparação:

- Compressão:

• Preparar por trituração, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas.

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes ou na proporção formulada e homogenizar.

• Misturar esta preparação na proporção de 10% (p/p) com lactose.

• Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

- Com Insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

- Preparação:

• Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

• Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para

comporem esta fase.

• Os componentes da fase líquida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas, em

solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p). Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de

lactose e homogenizar.

• Incorporar a esta mistura, 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

• Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

Exemplo:

Calcarea carb. 3 DH trit.

ãã...........q.s.p. 5%

Calcarea phosph. 3 DH trit.

China officinalis 3 CH

ãã...........q.s.p. 5%

Avena sativa 3 CH

Lactose............................q.s.p. 6 papéis

- Preparação:

• Misturar 2,5 g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 2,5 g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit. Misturar 2,5%

(p/p) China officinalis 3 CH com 2,5% (p/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com quantidade

suficiente de lactose para 6 papéis e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida e

homogenizar. Repartir em porções de 300 a 500 mg e acondicionar em papéis.

1.3.2.4 - Tabletes:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplo:

Fucus vesiculosus 1 CH 30 tabl.

- Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplo:

Apis mellifica 6 CH

ãã...........q.s.p. 30 tabl.

Ledum palustre 6 CH

- Preparação:

- Impregnação:

• Preparar tabletes inertes, por moldagem da lactose, em tableteiro, dando o ponto de moldagem com quantidade

suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Proceder segundo a técnica de impregnação de tabletes.

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• Vide item XII.1.2.5

- Moldagem:

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Adicionar esta preparação na proporção de 10% (V/p) em lactose, homogenizar e dar ponto de moldagem com

quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Levar ao tableteiro e moldar.

• Proceder a extrusão e secar em temperatura inferior a 50oC.

- Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplo:

Hekla lava 3 CH trit 30 tabl.

- Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

Exemplo:

A - Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 30 tabl.

Ferrum metallicum 3 CH trit.

- Preparação:

- Moldagem:

• Preparar, por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas, os medicamentos constantes da

formulação.

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Misturar esta preparação na proporção de 10% (V/p) com lactose.

• Proceder segundo a técnica de moldagem.

• Vide item XII.1.2.5

B - Calcarea carb. 3 DH trit 5%

Baryta carb. 3 DH trit 5%

Lactose 100%

Solução hidroalcoólica a 70% (p/p) q.s.

- Preparação:

• Misturar 5,0 g (5%) de Calcarea carb. 3 DH trit., 5,0 (5%) de Baryta carb 3 DH trit. e 90 g de lactose.

• Homogenizar e dar ponto de moldagem com quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

- Com Insumos Ativos Sólidos e Líquidos:

- Preparação:

• Os componentes da fase sólida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas.

• Misturar estas preparações, em partes iguais e suficientes, ou nas proporções da formulação e homogenizar para

comporem esta fase.

• Os componentes da fase líquida serão preparados por trituração, separadamente, nas dinamizações desejadas, em

solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar 5% (p/p) da fase sólida à quantidade suficiente de lactose e homogenizar.

• Incorporar a esta mistura, 5% (V/p) da fase líquida e homogenizar.

• Moldar em tableteiro. Se necessário, usar quantidade suficiente de solução hidroalcoólica a 70% (p/p) para atingir

o ponto de moldagem.

Exemplo:

Calcarea carb. 3 DH trit.

ãã...........q.s.p. 5%

Calcarea phosph. 3 DH trit.

China officinalis 3 CH

ãã...........q.s.p. 5%

Avena sativa 3 CH

Lactose............................q.s.p. 6 papéis

Solução hidroalcoólica a 70% (V/V) q.s.

- Preparação:

• Misturar 2,5 g (2,5%) de Calcarea carb. 3 DH trit. com 2,5 g (2,5%) de Calcarea phosph. 3 DH trit. Misturar 2,5%

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(p/p) de China officinalis 3 CH com 2,5% (p/p) de Avena sativa 3 CH. Misturar 5% (p/p) da fase sólida com

quantidade suficiente de lactose para 100 g e homogenizar. A esta preparação misturar 5% (V/p) da fase líquida.

• homogenizar e moldar em tableteiro. Se necessário, usar solução hidroalcoólica a 70% (p/p) para atingir o ponto

de moldagem.

1.3.2.5 - Dose Única Sólida:

- Com um Insumo Ativo Líquido:

Exemplos:

- A - Gelsemiun 30 CH 1 comprimido ou

- B - Gelsemiun 30 CH 5 glob. ou

- C - Gelsemiun 30 CH 1 papel ou

- D - Gelsemiun 30 CH 1 tabl.

- Preparação:

A dose única sólida será impregnada com duas gotas de insumo ativo.

- Com dois ou mais Insumos Ativos Líquidos:

Exemplos:

A - Gelsemium 30 CH.

ãã...........q.s.p. 1 comprimido ou

Eupatorium perfoliatum 30 CH

B - Gelsemium 30 CH.

ãã...........q.s.p. 5 glob. ou

Eupatorium perfoliatum 30 CH

C - Gelsemium 30 CH.

ãã...........q.s.p. 1 papel ou

Eupatorium perfoliatum 30 CH

D - Gelsemium 30 CH.

ãã...........q.s.p. 1 tabl.

Eupatorium perfoliatum 30 CH

- Preparação:

• Preparar, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações desejadas, em solução

hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Impregnar com duas gotas a mistura assim preparada e deixar secar à temperatura inferior à 50oC.

Com um Insumo Ativo Sólido:

Exemplos:

- A - Dulcamara 30 CH 1 comprimido

- Preparação: vide item XII.1.2.1

- A - Dulcamara 30 CH 1 papel

- Preparação: vide item XII.1.2.4

- A - Dulcamara 30 CH 1 tabl.

- Preparação: vide item XII.1.2.5

- Com dois ou mais Insumos Ativos Sólidos:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, separadamente, os medicamentos constantes da formulação, nas dinamizações

desejadas, em solução hidroalcoólica igual ou superior a 70% (p/p).

• Misturar estas preparações em partes iguais e suficientes e homogenizar.

• Misturar esta preparação na proporção de 10% (p/p) com lactose.

Exemplos:

A - Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 1 comprimido ou

Ferrum metallicum 3 CH trit.

- Preparação: vide item XII.1.2.1

B - Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 1 papel ou

Ferrum metallicum 3 CH trit.

- Preparação: vide item XII.1.2.4

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C - Calcarea carbonica 3 CH trit.

ãã...........q.s.p. 1 tabl.

Ferrum metallicum 3 CH trit.

- Preparação: vide item XII.1.2.5

XII.2 - FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO EXTERNO

XII.2.1 - Formas Farmacêuticas Líquidas

2.1.1 - Linimentos

São preparações farmacêuticas líquidas ou semi-líquidas que contém em sua composição insumos ativos dissolvidos

em óleos, soluções hidroalcoólicas ou emulsões.

- Insumo Inerte: solução hidroalcoólica, óleos e bases emulsionáveis não tóxicas.

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (V/V) em relação ao insumo inerte.

2.1.2 - Preparações Nasais

São preparações destinadas à aplicação na mucosa nasal sendo apresentadas sob forma de soluções, pomadas ou

géis. As soluções poderão ser administradas sob a forma de gotas ou nebulização.

- Insumo Inerte: água, soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, glicólicas e outros.

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Diluir o insumo ativo na proporção de 1% (V/V) em relação ao insumo inerte.

• Esta preparação deverá atender aos requisitos de: pH, tonicidade. Para tanto são indicados os tampões e

isotonizantes preconizados pela literatura pertinente.

• Exclusivamente para efeito de cálculo da tonicidade, considerar o insumo ativo com solução hidroalcoólica a 70%

(p/p).

• Na preparação de soluções nasais fica proibido o uso de substâncias ou concentrações que alterem o

funcionamento normal do movimento ciliar.

2.1.3 - Preparações Oftálmicas

São preparações destinadas à aplicação na mucosa ocular, atragendo soluções, pomadas e dispositivos intra-

oculares.

- Insumo Inerte: água, óleos, hidrocarbonetos parafínicos e outros.

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p). Quando for

mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70%

(p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Diluir o insumo ativo na proporção de 1% (V/V) em relação ao insumo inerte.

• Esta preparação deverá atender aos requisitos de: pH, tonicidade, presença de conservantes, esterilidade,

transparência e insenção de partículas. Para tanto são indicados os tampões, isotonizantes e conservantes

preconizados pela literatura pertinente.

• Exclusivamente para efeito de cálculo da tonicidade, considerar o insumo ativo com solução hidroalcoólica a 70%

(p/p).

• Atentar para as condições de instalação e manutenção do ambiente destinado à preparação de produtos estéreis.

2.1.4 - Preparações Otológicas

São preparações destinadas à aplicação na cavidade auricular. Apresentadas, predominantemente, sob a forma

líquida.

- Insumo Inerte: água, soluções hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, glicólicas, óleos e outros.

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Diluir o insumo ativo na proporção de 1% (V/V) em relação ao insumo inerte.

XII.2. - Formas Farmacêuticas Sólidas

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XII.2.2.1 - Apósitos Medicinais

São substratos adequados impreganados com solução medicamentosa e usados externamente.

- Insumo Inerte: algodão, gaze e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Impregnar, por imersão, o insumo inerte estéril com o insumo ativo, utilizando quantidade suficiente para total

embebição.

• Proceder à secagem do produto em estufa com temperatura inferior a 50oC, até peso constante.

2.2.2 - Pós Medicinais (Talcos Medicinais)

São preparações resultantes da incorporação de insumo ativo ao insumo inerte, adequadamente pulverizado.

- Insumo Inerte: amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Impregnar com insumo ativo, na proporção de 10% (V/p) o insumo inerte, homogenizar e secar à temperatura

inferior 50oC.

• Tamisar em malha 0,420 mm (anexo 2).

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit..

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-los em partes iguais e homogenizar.

• Adicionar o insumo ativo na proporção de 10% (V/p) ao insumo inerte e homogenizar.

• Tamisar em malha 0,420 mm (anexo 2).

2.2.3 - Supositórios

2.2.3.1 - Supositório Retal

São preparações farmacêuticas com formato adequado para administração retal.

- Insumo Inerte: manteiga de cacau, poliois e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 10% (p/p) e moldar adequadamente.

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 10% (p/p) e moldar adequadamente.

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 10% (p/p) e moldar adequadamente.

2.2.3.2 - Óvulo

São preparações farmacêuticas com formato adequado para administração vaginal.

- Insumo Inerte: gelatina glicerinada, poliois e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido ou não, na proporção de 10% (p/p) e moldar adequadamente.

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- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte fundido, na proporção de 10% (p/p) e moldar adequadamente.

XII.2.3 - Formas Farmacêuticas Semi-Sólidas

São preparações com propriedades plásticas que permitem, com um esforço mecânico mínimo, que sua forma se

modifique adaptando-se às superfícies da pele e/ou mucosas ou às paredes das cavidades em que se aplicam.

2.3.1 - Cremes

São preparações emulsionadas constituídas por uma fase aquosa, uma oleosa e um agente emulsivo.

- Insumo Inerte: bases emulsionáveis ou auto-emulsionáveis.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p), ao insumo inerte e homogenizar.

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (p/p), ao insumo inerte e homogenizar.

2.3.2 - Géis

São dispersões coloidais predominantemente hidrofílicas constituídas por uma fase sólida e uma líquida, de aspecto

homogêneo.

- Insumo Inerte: alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p), ao insumo inerte e homogenizar.

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (p/p), ao insumo inerte e homogenizar.

2.3.3 - Géis-Cremes

São preparações de aspecto homogêneo que apresentam características comuns aos géis e cremes.

- Insumo Inerte: bases emulsionáveis ou auto-emulsionáveis, alginatos, derivados de celulose, polímeros

carboxivinílicos e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p), ao insumo inerte e homogenizar.

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

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• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (p/p), ao insumo inerte e homogenizar.

2.3.4 - Pomadas

- Insumo Inerte: substâncias graxas, alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e outros.

- Com um ou mais Insumo Ativo Líquido:

- Preparação:

• Preparar o medicamento desejado a partir da 1 CH ou 3 DH em solução hidroalcoólica a 70% (p/p).

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH ou 3 DH em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (V/p), ao insumo inerte e homogenizar.

- Com um ou mais Insumo Ativo Sólido:

- Preparação:

• Preparar, por trituração, o medicamento desejado a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit.

• Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los, separadamente, a partir da 1 CH trit. ou 3 DH trit. em solução

hidroalcoólica a 70% (p/p), misturá-las em partes iguais e homogenizar.

• Incorporar o insumo ativo, na proporção de 10% (p/p), ao insumo inerte e homogenizar.

XIII - BIOTERÁPICOS

São preparações medicamentosas de uso homeopático obtidas a partir de produtos biológicos, quimicamente

indefinidos: secreções, excreções, tecidos e órgãos, patológicos ou não, produtos de origem microbiana, alérgenos.

XIII.1 - Classificação

Os bioterápicos podem ser classificados em:

- bioterápicos de estoque

- isoterápicos (autoisoterápicos e heteroisoterápicos)

- Bioterápicos de estoque

São produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas por laboratório especializado.

- Isoterápicos

São produtos cujo insumo ativo poderá ser de origem endógena ou exógena (alérgenos, alimentos, cosméticos,

medicamentos, toxinas e outros).

- Autoisoterápicos

São produtos cujo insumo ativo é obtido do próprio paciente (cálculos, fezes, sangue, secreções, urina, etc.) e só a

ele destinados.

- Heteroisoterápicos

São produtos cujos insumos ativos são externos ao paciente e que, de alguma forma, o sensibilizam (alérgenos,

poeira, pólem, solventes e outros).

XIII.2 - Requisitos Mínimos para a Preparação de Bioterápicos

Por se tratar, na sua maioria, de materiais contaminados com microrganismos, podendo alguns apresentar potência

significativa de patogenicidade, o preparo dos bioterápicos deve obedecer, além das técnicas homeopáticas, também

as técnicas corretas de assepsia.

Deve-se atentar para a efetividade da amostra considerando-se a forma da seleção do material patológico, sua

coleta e transporte, bem como sua adequabilidade, de modo a garantir a presença do agente causal.

- Coleta:

A coleta deve ser feita por profissional habilitado, em local apropriado, de modo que se possa Ter maior

probabilidade da presença do agente etiológico e que o mesmo não seja confundido com microrganismos das

microbiotas normais, secundária ou contaminante.

O material utilizado na coleta deve ser, tanto quanto possível, descartável, sendo necessário, após o uso, ser

descontaminado (esterilização por calor úmido: imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 2 horas) antes

de ser desprezado como resíduo contaminante biológico. O material reutilizável também deve merecer o mesmo

tratamento anterior, antes de ser lavado exaustivamente com água corrente e, logo após, com água destilada para

ser submetido a nova esterilização com o fim de reutilização. São procedimentos para boa esterilização:

aquecimento a 180oC por 60 minutos, em estufa de esterilização, ou a 120oC, por 20 minutos, em vapor d’água, sob

pressão, em autoclave.

As coletas, sempre que compatíveis, devem ser realizadas por aspiração (seringa e agulha), uma vez que é possível

delimitar, com exatidão, o local selecionado e o material delas decorrentes (ferimentos de queimaduras, úlceras de

decúbito, abcesso perianal, lesão gangrenosa, lesão penodontal, úlcera viricosa e outras).

Outros instrumentos comumente utilizados nos procedimentos de colets são: alça bactenológica (alça de platina) e,

com maior possibilidade de erro, mesmo observando-se a especificidade dos diferentes tipos de materiais (algodão,

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nailon, alginato de cálcio, dracon e outros). Dados complementares, vide tabela II.

Os aspectos mais importantes nos procedimentos de coleta são:

- Toda amostra deve ser tratada como se fosse patogênica.

- Observar e seguir as normas técnicas de segurança individual e de proteção.

- Descontaminar a parte externa do recipiente da coleta, sempre que houver necessidade, utilizando solução

hidroalcoólica a 70% (p/p).

- Observar sempre as técnicas de assepsia.

- Colher o material, sempre que possível, antes do início de qualquer tratamento antimicrobiano.

- Considerar o estágio em que se encontra a doença.

Quando for necessário o isolamento do microrganismo para a preparação do bioterápico, os cuidados a serem

observados se referem à quantidade da amostra, tempo crítico para a inoculação, condições de transporte e

conservação para a preservação de sua viabilidade.

- Preparação:

- Pontos de partida

• No caso de bioterápicos de estoque, deverá ser observada a monografia específica.

• Obtendo-se os microrganismos em culturas puras, os mesmos devem ser submetidos ao processo de inativação

(ultra-som, calor úmido, choque térmico) que os transformem em insumos ativos.

• Secreções, excreções, tecidos, órgãos, patológicos ou não, alérgenos, materiais insolúveis e outros, utilizar a

técnica mais adequada às características do material.

• Todas as preparações de origem biológica, devem atender aos requisitos de esterilidade, obedecida a legislação

pertinente.

- Escalas:

- decimal ou centesimal

- Método:

- Hanemanniano

TABELA II - Orientação geral para a coleta de material a ser utilizado como insumo ativo na preparação de

bioterápicos.

Natureza

do material

Recipiente

para coleta

Veículo ou

excipiente

Alérgenos Placa de Petri

ou tubo de

cultura com

tampa de rosca

Solução

glicerinada,

Água

destilada,

Solução

hidroalcoólica

Cálculos

(biliar,

renal e

salivar)

Coletor

universal

Lactose

Culturas

microbianas

Tipo de cultura

com tampa de

rosca ou Placa

de Petri

Solução de

cloreto de

sódio a

0,9%,

Solução

lactosada a

1%,

Solução

hidroalcoólica

Escarro Coletor

universal

Lactose,

Solução

glicerinada,

Solução

hidroalcoólica

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Fezes Coletor

universal

Solução

glicerinada,

Água

destilada,

Solução de

cloreto de

sódio a

0,9%,

Solução

hidroalcoólica

Fragmentos

de órgãos

ou de

tecidos

Coletor

universal

Solução

glicerinada,

Lactose,

Solução

lactosada a

1%,

Solução

hidroalcoólica

Pêlos Placa de Petri Lactose

Poeira

ambiente

Placa de Petri Lactose

Pus Ttubo de

cultura com

tampa de rosca

Lactose,

Solução

glicerinada,

Solução

hidroalcoólica

Raspedo de

pele ou de

unhas

Placa de Petri Lactose

Saliva Coletor

universal

Água

destilada,

Solução de

cloreto de

sódio a

0,9%,

Solução

hidroalcoólica

Sangue

total

Frasco com

pérolas de

vidro

Água

destilada,

Solução de

cloreto de

sódio a 0,9%

Secreções,

excreções e

fluidos

Coletor

universal ou

tubo de cultura

com tampa de

rosca

Solução

glicerinada,

Lactose,

Solução

hidroalcoólica

Soro

sangüíneo

Frasco sem

anti-coagulante

Solução de

cloreto de

sódio a 0,9%

Unha Coletor

universal

Água

destilada,

Solução

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glicerinada,

Solução

lactosada a

1%,

Solução

hidroalcoólica

A preparação deverá atender aos requisitos de esterilidade, obedecida a legislação pertinente.

Os materiais biológicos provenientes de patologias de notificação compulsória têm a sua manipulação legalmente

proibida.

XIV - ROTULAGEM

É a identificação conveniente aplicada diretamente sobre recipiente, invólucro, cartucho ou qualquer outro protetor

de embalagem.

Os medicamentos homeopáticos manipulados em farmácias, considerados produtos oficinais, deverão ter nos rótulos

os seguintes elementos: nome da farmácia e seu endereço, número de licença do estabelecimento fornecido pelo

órgão federal de saúde competente ou congêneres da unidade federada, nome do responsável técnico e número de

inscrição do mesmo no Conselho Regional de Farmácia, nome do produto, farmacopéia ou código que obedece, uso,

e outras exigências que se fizerem necessárias.

- Tintura-mãe

A tintura-mãe será identificada através de rótulo contendo os seguintes dados, de acordo com normas internacionais

de nomenclatura e legislação específica que regem a matéria:

- Nome científico da droga

- Data de fabricação e lote

- Prazo de validade

- Conservação

- Estado da droga

- Parte usada

- Grau alcoólico

- Volume

- Classificação toxicológica.

- Formas Farmacêuticas Derivadas

- Nome homeopático do medicamento

- Dinamização, escala e método

- Forma farmacêutica

- Quantidade

- Lote

- Data de fabricação

- Prazo de validade

- Bioterápicos

- Nome do bioterápico

- Dinamização, escala e método

- Forma farmacêutica

- Quantidade

- Lote

- Data de fabricação

- Prazo de validade

- Auto-isoterápicos

- Nome do paciente

- Nome do isoterápico

- Dinamização, escala e método

- Forma farmacêutica

- Quantidade

- Lote

- Data de fabricação

- Prazo de validade

XV - ANEXOS

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XV.1 - ANEXO 1. Relação dos Medicamentos mais Utilizados em Homeopatia

Nome

Abies canadensis

Abies nigra

Absinthium

Acido hydrofluoricum

Acidum aceticum

Acidum benzoicum

Acidum boracicum

Acidum carbolicum

Acidum chromicum

Acidum citricum

Acidum desoxyribonucleicum

Acidum fluoricum

Acidum formicum

Acidum gallicum

Acidum hydrocyanicum

Acidum hydrofluoricum

Acidum lacticum

Acidum muriaticum

Acidum nitricum

Acidum oxalicum

Acidum phosphoricum

Acidum picricum

Acidum ribonucleicum

Acidum salicylicum

Acidum sarcolacticum

Acidum sulfuricum

Acidum uricum

Aconitum napellus

Actaea racemosa

Actaea spicata

Adonis vernalis

Adrenalinum

Aesculus hipocastanum

Aethusa cynapium

Agaricus muscarius

Agnus castus

Ailanthus granulosus

Allium cepa

Allium sativum

Aloe socotriná

Althaea officinalis

Alumen

Alumina

Aluminum matallicum

Ambra grisea

Ambrosia artemisaefolia

Ammonium carbonicum

Ammonium muriaticum

Ammonium nitricum

Ammonium phosphoricum

Amygdalus amara

Amyl nitrosum

Anacardium orientaleAnagallis arvensis

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Anethum graveolens

Angelica archangelica

Angostura vera

Anilinum

Anthracinum

Antidiphtherinum

Antinonium arsenicicum

Antinonium crudum

Antinonium iodatum

Antinonium oxydatum

Antinonium sulfuratum auratum

Antinonium tartaricum

Apis mellifica

Apisinum

Apium graveolens

Apocynum cannabinum

Aralia racemosa

Aranea diadema

Argentum metallicumArgentum muriaticum

Argentum nitricum

Aristolochia milhomens

Arnica montana

Arsenicum albumArsenicum oidatum

Arsenicum sulfuratum flavum

Arsenicum sulfuratum rubrum

Artemisia abrotanum

Artemisia absinthium

Arum maculatum

Arum triphyilum

Asa foetida

Asarum europaeum

Asciepias tuberosa

Aspidosperma quebracho

Asterias rubens

Atropinum

Atropinum sulfuricum

Aurum iodatum

Aurum metallicum

Aurum muriaticum

Aurum sulfuratum

Avena sativa

Aviaria

B.C.G.

B.F. Denys

Bacillinum

Badiaga

Baptisia tinctoria

Baryta acetica

Baryta carbonica

Baryta iodata

Baryta muriatica

Balladona

Bellis perennis

Berberis aquifolium

Berberis vulgaris

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Bismuthum oxydatum

Bismuthum subnitricum

Blatta americana

Blatta orientalis

Borax

Bothrops lanceolatus

Botulinum

Bivista

Bromum

Brucela melitensis

Brucetinum

Bryonia alba

Bufo rana

Cactus grandiflorus

Cadmium metallicum

Cadmium sulfuratum

Cadmium sulfuricum

Caladium seguinum

Calcarea acetica

Calcarea arsenicica

Calcarea bromata

Calcarea carbonica

Calcarea fluorica

Calcarea iodata

Calcarea muriatica

Calcarea oxalica

Calcarea phosphorica

Calcarea sulfurica

Calculi biliares

Calculi renales

Calendula officinalis

Calotropis gigantea

Caltha palustris

Camphora

Cantharis vesicatoria

Capsicum annuum

Carbo animalis

Carbo vegetabilis

Carcinosinum

Carduus marianus

Carum carvi

Castor equi

Castoreum

Caulophylium thalictroides

Causticum

Ceanothus americanus

Cedron

Cerasus virginiana

Cerus bomplandil

Chamomilla

Chelidonium majus

Chenopodium anthelminthicum

Chimaphila umbellata

China

Chininum

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Page 35: Farmacopéia Homeopática Brasileira - 2ª Edição - Parte I - Métodos Gerais

Chininum arsenicosum

Chininum muriaticum

Chininum sulfuricum

Chionanthus virginica

Cholesterinum

Chrysarobinum

Cicuta virosa

Cimicifuga

Cina

Cineraria maritima

Cistus canadensis

Clematis erecta

Clematis vitalba

Cocculus indicus

Coccus cacti

Cochlearia armoracia

Ceffea cruda

Colchicum

Colchicum autumnale

Colibacillinum

Collinsonia canadensis

Colocynthis

Comocladia dentala

Condurango

Conium maculatum

Convallaria majalis

Coqueluchinum

Corallium rubrum

Cordia curassavica

Cortisone

Crataegus oxyacantha

Crocus sativus

Crotalus horridus

Croton tiglium

Cuprum aceticum

Cuprum arsenicosum

Cuprum carbonicum

Cuprum metallicum

Cuprum oxydatum nigrum

Cuprum sulfuricum

Curare

Cyciamen europaeum

Cypripedium pubescens

Cytropodium punctatum

Daphne indica

Datura arbore

Digitalis purpurea

Dioscorea villosa

Dolichos pruriens

Drosera rotundifolia

Dulcamara

Echinacea angustifolia

Eclipta erecta

Elaps corailinus

Equisetum hiernale

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Erigeron canadensis

Eucaliptus globulus

Eugenia jambosa

Eupatorium perfoliatum

Eupatorium purpureum

Euphorbia resinifera

Euphrasia officinalis

Fagopyrum esculentum

Ferrum aceticum

Ferrum bromatum

Ferrum carbonicum

Ferrum iodatum

Ferrum lacticum

Ferrum metallicum

Ferrum muriaticum

Ferrum phosphoricum

Ferrum sulfuricum

Filix mas

Folliculinum

Fraxinus americana

Fucus vesiculosus

Gelsemium sempervirens

Gentiana lutea

Gingko biloba

Glonoinum

Gnaphalium polycephalum

Gossypium herbaceum

Graphites

Gratiola officinalis

Grindelia robusta

Guaiacum officinale

Guatteria guameria

Hamamelis virginiana

Hedera helix

Hekla lava

Helianthus annuus

Helleborus niger

Helonias dioica

Hepar sulfuris

Hipophise lobulo anterior

Hipophise lobulo posterior

Hipophise total

Histaminum

Hydrastinum muriaticum

Hidrastis canadensis

Hydrocotyle asiatica

Hyoscyamus niger

Hypericum perforatum

Iberis amara

Ignatia amara

Indigo

Influenzinum

Iodum

Ipecacuanha

Iris versicolor

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Juglans regia

Kali aceticum

Kali arsenicosum

Kali bichromicum

Kali bromatum

Kali carbonicum

Kali chloratum

Kali chloricum

Kali chromicum

Kali cyanatum

Kali ferrocyanatum

Kali iodatum

Kali muriaticum

Kali nitricum

Kali oxalicum

Kali permanganicum

Kali phosphoricum

Kali sulfuricum

Kalmia latifolia

Kreosotum

Lac caninum

Lachesis muta

Lachnanthes tinctoria

Lactuca virosa

Lamium album

Lapis albus

Lappa major

Lathyrus sativus

Latrodectus mactans

Laurocerasus

Ledum palustre

Leptandra virginica

Lilium tigrinum

Lobelia inflata

Luesinum

Luffa operculata

Lycopersicum esculentum

Lycopodium clavatum

Lycopus virginicus

Magnesia carbonica

Magnesia muriatica

Magnesia oxydata

Magnesia phosphorica

Magnesia sulfurica

Magnolia glauca

Mancinella venenata

Manganum aceticum

Manganum metallicum

Manganum sulfuricum

Marmoreck

Medicago sativa

Medorrhinum

Melilotus officinalis

Menyanthes trifoliata

Mephitis mephitica

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Mephitis putorius

Mercurius corrosivus

Mercurius cyanatus

Mercurius dulcis

Mercurius iodatus flavus

Mercurius iodatus ruber

Mercurius solubilis

Mercurius vivus

Mezereum

Micania guaco

Millefolium

Moschus

Murex purpurea

Mygale lasiodora

Myrica cerifera

Myristica sebifera

Myrtus communis

Naja tripudians

Naphthatinum

Natrium arsenicicum

Natrium bromatum

Natrium carbonicum

Natrium muriaticum

Natrium nitricum

Natrium phosphoricum

Natrium salycilicum

Natrium sulfuricum

Natrium vanadinicum

Niccolum carbonicum

Niccolum metallicum

Niccolum sulfuricum

Nuphar luteum

Nux moschata

Nux vomica

Oenanthe crocata

Oleander

Onosmodium virginianum

Opuntia vulgaris

Omithogallum umbellatum

Oscillococcinum

Paeonia officinailis

Paris quadrifolia

Parreira brava

Passiflora incarnata

Paullinia sorbilis

Penicilinum

Pertussinum

Petroleum

Petroselinum sativum

Phellandrium aquaticum

Phosphorus

Physostigma venenosum

Phytolacca decandra

Piper nigrum

Plantago major

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Platinum metallicum

Platinum muriaticum

Plumbum aceticum

Plumbum carbonicum

Plumbum chromicum

Plumbum iodatum

Plumbum matallicum

Podophylinum

Podophylinum peltatum

Polugonum punctatum

Populus tremula

Pothos foetidos

Progesteronum

Psorinum

Pulmo histaminum

Pulsatilla nigricans

Pyrogenium

Quassia amara

Ranunculus bulbosus

Raphanus sativus niger

Ratanhia

Rauwolfia serpentina

Rhamnus cathartica

Rhamnus purshiana

Rheum palmatum

Rhododendron chrysanthum

Rhus glabra

Rhus toxicodendron

Rhus venenata

Ricinus communis

Robinia pseudacacia

Rumex crispus

Ruta graveolens

Sabadilla officinarum

Sabal serrulata

Sabina

Salix nigricans

Sambucus nigra

Sanguinaria canadensis

Sanguinarinum nitricum

Sarsaparilla

Scilla maritima

Scrofularia nodosa

Scutellaria lateriflora

Secale comutum

Selenium metallicum

Senecio aureus

Senega

Senna

Sepia succus

Serum anguillae

Silicea

Sinapis alba

Sinapis nigra

Solanum nigrum

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Solidago virga aurea

Spigelia anthelmia

Spiritus quercus grandifolium

Spongia tosta

Stannum metallicum

Staphylococcinum

Staphysagria

Sticta pulmonaria

Stramonium

Streptococcinum

Strophanthus hispidus

Sulfur

Sulfur iodatum

Symphytum officinale

Syzygium jambolanum

Tabacum

Tanacetum vulgare

Taraxacum officinale

Tarentula cubensis

Tarentula hispana

Terebinthina

Teucrium marum verum

Theridion curassavicum

Thlaspi bursa pastoris

Thuya occidentalis

Thymus serpyllum

Thyreoidinum

Trillium pendulum

Tuberculinum residuum Koch = TR

Tussilago fragrans

Uranium nitricum

Urtica urens

Ustilago maidis

Uva ursi

Valeriana officinalis

Vandium metallicum

Variolinum

Veratrum album

Veratrum viride

Verbascum thapsus

Vibumum opulus

Vibumum prunifolium

Vinca minor

Viola odorata

Viola tricolor

Vipera torva

Viscum album

Wyethia helenioides

Xanthoxylum fraxineum

Zincum metallicum

Zincum muriaticum

Zingiber officinale

Observação:

De acordo com decisão da Subcomissão de Homeopatia, da Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia

Brasileira, desta relação constam apenas os nomes dos medicamentos mais utilizados em Homeopatia. Entretanto,

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não ficam excluídos os demais medicamentos com patogenesia estabelecida, a não ser aqueles cujo emprego tenha

restrição legal.

XV.2 - ANEXO 2. Tabela de Equivalência da Abertura de Malha e Tamis

ASTM

ABNT

TYLER

MESH

ABERTURA

EM

MILÍMETRO

ABERTURA

EM

POLEGADAS

S

É

R

I

E

GROSSA

4 Pol. - 101.4 4.00

3 ½ Pol. - 88.9 3.50

3 Pol. - 76.2 3.00

2 ½ Pol. - 63.5 2.50

2 Pol. - 50.8 2.00

1 ¾ Pol. - 44.4 1.75

1 ½ Pol. - 38.1 1.50

1 ¼ Pol. - 31.7 1.25

1 Pol. - 25.4 1.00

4/4 Pol. - 19.1 0.75

5/8 Pol. - 15.9 0.625

½ Pol. - 12.7 0.500

3/8 Pol. - 9.52 0.375

3/16 Pol. - 7.93 0.312

1/4 Pol. - 6.35 0.250

S

É

R

I

E

F

I

N

A

3.5 3.5 5.66 0.223

4 4 4.76 0.187

5 5 4.00 0.157

6 6 3.36 0.132

7 7 2.83 0.111

8 8 2.38 0.0937

10 9 2.00 0.0787

12 10 1.65 0.0661

14 12 1.41 0.0555

16 14 1.19 0.0469

18 16 1.00 0.0394

20 20 0.84 0.0331

25 24 0.71 0.0280

30 28 0.59 0.0232

35 32 0.50 0.0197

40 35 0.42 0.0165

45 42 0.35 0.0135

50 48 0.297 0.0117

60 60 0.250 0.0092

70 65 0.210 0.0083

80 80 0.177 0.0070

100 100 0.149 0.0059

120 115 0.125 0.0049

140 150 0.105 0.0041

170 170 0.088 0.0035

200 200 0.074 0.0029

230 250 0.062 0.0024

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270 270 0.053 0.0021

325 325 0.044 0.0017

400 400 0.037 0.0015

500 500 0.025 0.0010

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - SEPN 515, Bl.B, Ed.Ômega - Brasília (DF) CEP 70770-502 - Tel: (61) 3448-1000Disque Saúde: 0 800 61 1997

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