FARMACOLOGIA AULA 3 EPILEPSIA Definição: Transtorno encefálico crônico caracterizado pela...

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FARMACOLOGIA AULA 3 FARMACOLOGIA AULA 3 EPILEPSIA EPILEPSIA Definição: Transtorno encefálico Definição: Transtorno encefálico crônico caracterizado pela repetição crônico caracterizado pela repetição de crises epiléticas ou convulsões. A de crises epiléticas ou convulsões. A crise epilética é definida como crise epilética é definida como conjunto de manifestações clínicas conjunto de manifestações clínicas originadas por descarga excessiva dos originadas por descarga excessiva dos neurônios em nível cerebral. Consiste neurônios em nível cerebral. Consiste em fenômenos anormais, súbitos e em fenômenos anormais, súbitos e transitórios que envolvem alterações transitórios que envolvem alterações da consciência e da função motora, da consciência e da função motora, sensorial, autônoma e/ou psicológica sensorial, autônoma e/ou psicológica que são percebidas pelo paciente ou que são percebidas pelo paciente ou por um observador. por um observador.

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FARMACOLOGIA AULA 3FARMACOLOGIA AULA 3EPILEPSIAEPILEPSIA

Definição: Transtorno encefálico crônico Definição: Transtorno encefálico crônico caracterizado pela repetição de crises caracterizado pela repetição de crises epiléticas ou convulsões. A crise epilética é epiléticas ou convulsões. A crise epilética é definida como conjunto de manifestações definida como conjunto de manifestações clínicas originadas por descarga excessiva dos clínicas originadas por descarga excessiva dos neurônios em nível cerebral. Consiste em neurônios em nível cerebral. Consiste em fenômenos anormais, súbitos e transitórios fenômenos anormais, súbitos e transitórios que envolvem alterações da consciência e da que envolvem alterações da consciência e da função motora, sensorial, autônoma e/ou função motora, sensorial, autônoma e/ou psicológica que são percebidas pelo paciente psicológica que são percebidas pelo paciente ou por um observador.ou por um observador.

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HISTÓRIA DA EPILEPSIAHISTÓRIA DA EPILEPSIA História do homem;História do homem; Crenças populares;Crenças populares; Trepanação;Trepanação; Exorcização;Exorcização; Galeno: “A epilepsia é um ataque mental Galeno: “A epilepsia é um ataque mental

e dos sentidos, somados a uma queda e dos sentidos, somados a uma queda súbita, em alguns casos com convulsões súbita, em alguns casos com convulsões e outros sem convulsões”e outros sem convulsões”

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EPILEPSIA: CRISESEPILEPSIA: CRISES Parciais ou focais: A manifestação depende da Parciais ou focais: A manifestação depende da

ativação neuronal de determinada área do ativação neuronal de determinada área do córtex cerebral;córtex cerebral;

Generalizadas: A sintomatologia corresponde Generalizadas: A sintomatologia corresponde à ativação de ambos os hemisférios cerebrais.à ativação de ambos os hemisférios cerebrais.

Simples: Não há alterações da consciência.Simples: Não há alterações da consciência. Complexas: Verificam-se alterações em nível Complexas: Verificam-se alterações em nível

de consciência.de consciência.

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CAUSASCAUSAS Idade;Idade; Hipóxia cerebralHipóxia cerebral Malformações congênitas;Malformações congênitas; Traumatismos cranianos;Traumatismos cranianos; Tumores Encefálicos primáriosTumores Encefálicos primários Metástases;Metástases; Infecções;Infecções; Transtornos metabólicosTranstornos metabólicos

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CAUSASCAUSAS AlcoolismoAlcoolismo Intoxicação tóxicaIntoxicação tóxica Acidentes Vaso-EncefálicosAcidentes Vaso-Encefálicos Acidente Vascular-CerebralAcidente Vascular-Cerebral Causas IdiopáticasCausas Idiopáticas

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FATORES FATORES DESENCADEADORESDESENCADEADORES

Privação do sono;Privação do sono; Estímulos luminosos acústicos;Estímulos luminosos acústicos; Alcoolismo;Alcoolismo; Menstruação;Menstruação; Stress;Stress; Fármacos Fármacos

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FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS CRISES CONVULSIVASDAS CRISES CONVULSIVAS

Perda brusca do conhecimento;Perda brusca do conhecimento; Contração muscular;Contração muscular; Rigidez;Rigidez; Períodos de alteração com relaxamento Períodos de alteração com relaxamento

muscular rítmico e violento.muscular rítmico e violento. Incontinência urinária;Incontinência urinária; Dificuldade respiratória;Dificuldade respiratória;

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REAÇÕES COMUNS PÓS REAÇÕES COMUNS PÓS CRISES CONVULSIVASCRISES CONVULSIVAS

Amnésia do episódio;Amnésia do episódio; Adormecimento subseqüente;Adormecimento subseqüente; Confusão mental;Confusão mental; Pequeno Mal;Pequeno Mal; Crianças entre 4 a 14 anos – curtos Crianças entre 4 a 14 anos – curtos

episódios.episódios.

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HISTÓRIA DA EPILEPSIAHISTÓRIA DA EPILEPSIA História do homem;História do homem; Crenças populares;Crenças populares; Trepanação;Trepanação; Exorcização;Exorcização; Galeno: “A epilepsia é um ataque mental Galeno: “A epilepsia é um ataque mental

e dos sentidos, somados a uma queda e dos sentidos, somados a uma queda súbita e em alguns casos com súbita e em alguns casos com convulsões e outros sem convulsões”convulsões e outros sem convulsões”

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TRATAMENTOSTRATAMENTOS

1857;1857; Choque eletroconvulsivo;Choque eletroconvulsivo; Choque cardiozólico;Choque cardiozólico; Avanços na descoberta de novos Avanços na descoberta de novos

fármacos;fármacos;

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CRISES EPILÉTICAS X CRISES EPILÉTICAS X CRISES CONVULSIVASCRISES CONVULSIVAS

Epilepsia é o nome dado a doença onde o Epilepsia é o nome dado a doença onde o paciente apresenta mais de um episódio de paciente apresenta mais de um episódio de crises convulsivas parciais ou generalizadas, crises convulsivas parciais ou generalizadas, sem que se identifique uma causa óbvia e sem que se identifique uma causa óbvia e reversível como drogas, febre ou alterações reversível como drogas, febre ou alterações metabólicas. Por exemplo, uma pessoa que metabólicas. Por exemplo, uma pessoa que consumiu bebidas alcoólicas em excesso e consumiu bebidas alcoólicas em excesso e apresenta uma crise convulsiva não é apresenta uma crise convulsiva não é considerado epilética. Portanto, nem toda crise considerado epilética. Portanto, nem toda crise convulsiva é causada por um quadro de convulsiva é causada por um quadro de epilepsia. epilepsia.

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DOENÇAS E ALTERAÇÕES DOENÇAS E ALTERAÇÕES QUE PODEM PROVOCAR QUE PODEM PROVOCAR CRISES CONVULSIVAS.CRISES CONVULSIVAS.

Diabetes;Diabetes; Meningite;Meningite; Febre;Febre; Hipoglicemia;Hipoglicemia; Anóxia;Anóxia; Traumas;Traumas; Desidratação grave;Desidratação grave;

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MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS ANTIEPILÉTICOSANTIEPILÉTICOS

Eficácia depende em parte do tipo de crises;Eficácia depende em parte do tipo de crises; Agravação das crises;Agravação das crises; Mecanismos de ação podem ser Mecanismos de ação podem ser

sistematizados em três categorias principaissistematizados em três categorias principais-parciais;-parciais;-generalizadas tônico-clônicas;-generalizadas tônico-clônicas;-ausências-ausências

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PRINCIPAIS GRUPOS DE PRINCIPAIS GRUPOS DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS ANTIEPILETICOSANTIEPILETICOS

Fenitoínas, barbitúricosFenitoínas, barbitúricos

AminostilbenosAminostilbenos

SuccinamidasSuccinamidas

Benzodiazepinas;Benzodiazepinas;

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LEMBREM-SELEMBREM-SE Nem todos os barbitúricos ou as Nem todos os barbitúricos ou as

benzodiazepinas são antiepiléticos. É abusivo benzodiazepinas são antiepiléticos. É abusivo reclamar ação epilética para uma determinada reclamar ação epilética para uma determinada benzodiazepina que não demonstrou possuir benzodiazepina que não demonstrou possuir especificamente esse efeito. De uma forma especificamente esse efeito. De uma forma geral o efeito ansiolítico das benzodiazepinas geral o efeito ansiolítico das benzodiazepinas é útil no tratamento de doentes epiléticos, mas é útil no tratamento de doentes epiléticos, mas esta circunstancia não é suficiente para esta circunstancia não é suficiente para justificar a classificação das mesmas como justificar a classificação das mesmas como medicamentos antiepiléticos.medicamentos antiepiléticos.

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Princípios gerais do Princípios gerais do tratamento da epilepsiatratamento da epilepsia

Monoterapia;Monoterapia; Escolha do fármaco com melhor risco-benefício Escolha do fármaco com melhor risco-benefício

em favor do paciente;em favor do paciente; Dose escolhida conforme controle das crises ou Dose escolhida conforme controle das crises ou

intolerância;intolerância; A introdução de um novo fármaco deve ser A introdução de um novo fármaco deve ser

realizada junto a descontinuação do fármaco realizada junto a descontinuação do fármaco em uso de forma progressiva;em uso de forma progressiva;

Associações medicamentosas devem ser Associações medicamentosas devem ser consideradas quando a monoterapia não consideradas quando a monoterapia não obteve sucesso;obteve sucesso;

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Efeitos adversos dos Efeitos adversos dos medicamentos epiléticosmedicamentos epiléticos

Efeitos adversos no SNC;Efeitos adversos no SNC; Alterações cognitivas e comportamentais;Alterações cognitivas e comportamentais; Agravamento das crises epiléticasAgravamento das crises epiléticas Alterações motoras;Alterações motoras; Alterações neuroendócrinas;Alterações neuroendócrinas; Redução do campo visual;Redução do campo visual; Tonturas, vertigens;Tonturas, vertigens; Neuropatias periféricas;Neuropatias periféricas; Interrupção brusca da administração Interrupção brusca da administração

medicamentosa;medicamentosa;

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AnticonvulsivantesAnticonvulsivantes Também conhecido como anticonvulsivo, Também conhecido como anticonvulsivo,

é uma classe de fármacos utilizadas para é uma classe de fármacos utilizadas para prevenir e tratar as crises convulsivas. prevenir e tratar as crises convulsivas. Deprimem seletivamente o SNC e atuam Deprimem seletivamente o SNC e atuam na supressão de crises, acessos ou na supressão de crises, acessos ou ataques epiléticos.ataques epiléticos.

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FÁRMACOS X CRISESFÁRMACOS X CRISES

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FÁRMACOS FÁRMACOS BENZODIAZEPÍNICOSBENZODIAZEPÍNICOSLigam-se à subunidade alfa do receptor de GABA, aumentando a atividade endógenaLigam-se à subunidade alfa do receptor de GABA, aumentando a atividade endógenadeste neurotransmissor;deste neurotransmissor;Útil em crises epiléticas relacionadas ao álcool ou à crise de abstinência alcoólica;Útil em crises epiléticas relacionadas ao álcool ou à crise de abstinência alcoólica;

- Diazepam: Grande Mal (crise tônico-clônica); crises relacionadas ao etilismo. Dose: Diazepam: Grande Mal (crise tônico-clônica); crises relacionadas ao etilismo. Dose: 5 mg E.V./I.M. Menos efetivo que lorazepam nas crises epiléticas fora do ambiente 5 mg E.V./I.M. Menos efetivo que lorazepam nas crises epiléticas fora do ambiente hospitalar;hospitalar;

- Lorazepam: Menor meia vida que o diazepam: uso mais recomendado na Lorazepam: Menor meia vida que o diazepam: uso mais recomendado na abstinência alcoólica. Dose: 2 mg E.V. após crise epilética previne nova convulsão abstinência alcoólica. Dose: 2 mg E.V. após crise epilética previne nova convulsão em 90% dos casos;em 90% dos casos;

- Clonazepam: Útil em crises mioclônicas e em ansiedade;Clonazepam: Útil em crises mioclônicas e em ansiedade;

- Midazolam: Efetivo em interromper crises epiléticas, pode ser dado na cavidade Midazolam: Efetivo em interromper crises epiléticas, pode ser dado na cavidade oral como suspensão. Pode ser tão efetivo em interromper convulsões quanto oral como suspensão. Pode ser tão efetivo em interromper convulsões quanto diazepam retal; diazepam retal;

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FÁRMACOSFÁRMACOS FENITOÍNAFENITOÍNA

- Indicada como fármaco antiepilético desde 1937;- Indicada como fármaco antiepilético desde 1937;- Uso em epilepsia parcial e crises tônico- Uso em epilepsia parcial e crises tônicoclônicas generalizadas;clônicas generalizadas;- Efeitos colaterais: Alterações cognitivas,- Efeitos colaterais: Alterações cognitivas,hiperplasia gengival, hirsutismo, nistagmo;hiperplasia gengival, hirsutismo, nistagmo;ataxia;ataxia;- A hipotensão é frequente após injeção- A hipotensão é frequente após injeçãointravenosa;intravenosa;- Overdose: Ataxia; nistagmo vertical, indução de- Overdose: Ataxia; nistagmo vertical, indução decrises epiléticas; letargia;crises epiléticas; letargia;- Para o melhor ajuste de dose, é recomendável a determinação dos- Para o melhor ajuste de dose, é recomendável a determinação dosníveis séricos;níveis séricos;

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FÁRMACOSFÁRMACOS FOSFENITOÍNAFOSFENITOÍNA

- Metabólito da Fenitoína que permite a Metabólito da Fenitoína que permite a administração endovenosa ou intramuscular;administração endovenosa ou intramuscular;

- Não causa hipotensão na infusão E.V. rápida;Não causa hipotensão na infusão E.V. rápida;- Para o melhor ajuste da dose é recomendável Para o melhor ajuste da dose é recomendável

a determinação de níveis séricos.a determinação de níveis séricos.

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FÁRMACOSFÁRMACOS CARBAMAZEPINACARBAMAZEPINA

- Uso em epilepsia parcial complexa, crises convulsivas Uso em epilepsia parcial complexa, crises convulsivas generalizadas, segunda escolha na epilepsia mioclônica;generalizadas, segunda escolha na epilepsia mioclônica;

- Mecanismo: Bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependente;Mecanismo: Bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependente;- Atualmente considerado de segunda linha na epilepsia parcial do Atualmente considerado de segunda linha na epilepsia parcial do

adulto (após a lamitrigina);adulto (após a lamitrigina);- Efeitos colaterais: diplopia, alterações gastrointestinais; Efeitos colaterais: diplopia, alterações gastrointestinais;

diminuição da contagem de leucócitos, rash, alergia;diminuição da contagem de leucócitos, rash, alergia;- Efeitos colaterais graves: Agranulocitose, plaquetopenia, anemia Efeitos colaterais graves: Agranulocitose, plaquetopenia, anemia

aplástica;aplástica;- Monitorização do hemograma :Monitorização do hemograma :Semanalmente;Semanalmente;Mensalmente;Mensalmente;

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FÁRMACOSFÁRMACOS CARBAMAZEPINACARBAMAZEPINA

- Metabolizado pelas enzimas hepáticas do Metabolizado pelas enzimas hepáticas do grupo CYP3A4, pode reduzir a eficácia dos grupo CYP3A4, pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais orais;anticoncepcionais orais;

- Interações: Warfarina; estrogênios; teofilina; Interações: Warfarina; estrogênios; teofilina; álcool; naproxeno;álcool; naproxeno;

- Monitorização do nível sérico;Monitorização do nível sérico;- Steven-Johnson;Steven-Johnson;

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FÁRMACOSFÁRMACOS VALPROATO ( ÁCIDO VALPRÓICO)VALPROATO ( ÁCIDO VALPRÓICO)

- Uso em todos os tipos de epilepsia;Uso em todos os tipos de epilepsia;- Efeitos colaterais: intolerância gastrointestinal, aumento do apetite Efeitos colaterais: intolerância gastrointestinal, aumento do apetite

e ganho de peso, fadiga, tremores, perda de cabelose ganho de peso, fadiga, tremores, perda de cabelos- Efeitos colaterais graves: hepatoxicidade (interação com outras Efeitos colaterais graves: hepatoxicidade (interação com outras

drogas), é necessário monitorar função e enzimas hepáticas;drogas), é necessário monitorar função e enzimas hepáticas;- Hiperandrogenismo; Sindrome Ovário Policístico;Hiperandrogenismo; Sindrome Ovário Policístico;- Usado na fase maníaca do Transtorno Bipolar;Usado na fase maníaca do Transtorno Bipolar;- Profilaxia da Enxaqueca;Profilaxia da Enxaqueca;- Monitorar níveis séricos otimiza o tratamento;Monitorar níveis séricos otimiza o tratamento;

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FÁRMACOSFÁRMACOS ETOSSUXIMIDAETOSSUXIMIDA

- Uso restrito à antiga epilepsia do tipo “Pequeno Mal”; Uso restrito à antiga epilepsia do tipo “Pequeno Mal”; crise generalizada de ausência;crise generalizada de ausência;

- Efeitos colaterais: discrasias sanguíneas, ataxia, Efeitos colaterais: discrasias sanguíneas, ataxia, tontura, hepatite medicamentosa (hemograma e tontura, hepatite medicamentosa (hemograma e enzimas hepáticas);enzimas hepáticas);

- Doses: 500 mg V.O. ao dia inicialmente; aumentar em Doses: 500 mg V.O. ao dia inicialmente; aumentar em 250 mg a cada 4-7 dias até o máximo de 1,5 g ao dia;250 mg a cada 4-7 dias até o máximo de 1,5 g ao dia;

- Aumenta os níveis séricos de valproato, fenobarbital e Aumenta os níveis séricos de valproato, fenobarbital e fenitoína;fenitoína;

- Monitorar níveis séricos.Monitorar níveis séricos.

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FÁRMACOSFÁRMACOS GABAPENTINAGABAPENTINA

- Não pertence a categoria dos anti-epiléticos;Não pertence a categoria dos anti-epiléticos;- Eficaz em epilepsia parcial ou secundariamente generalizada, em Eficaz em epilepsia parcial ou secundariamente generalizada, em

monoterapia ou adjuvância;monoterapia ou adjuvância;- Bem tolerada em comparação aos outros agentes ( primeira linha Bem tolerada em comparação aos outros agentes ( primeira linha

em idosos);em idosos);- Mecanismo de ação: Inibe canais de sódio e transporte de Mecanismo de ação: Inibe canais de sódio e transporte de

aminoácidos no SNC;aminoácidos no SNC;- Interações: Não altera concentração plasmática de outras drogas;Interações: Não altera concentração plasmática de outras drogas;- Muito usado em dor neuropática, como a neuralgia pós herpética;Muito usado em dor neuropática, como a neuralgia pós herpética;- Efeitos colaterais: sonolência, tontura, ataxia, fadiga, nistagmo e Efeitos colaterais: sonolência, tontura, ataxia, fadiga, nistagmo e

náuseas;náuseas;

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FÁRMACOSFÁRMACOS PREGABALINAPREGABALINA

- Análogo estrutural do GABA e da gabapentina;Análogo estrutural do GABA e da gabapentina;- Aprovado para uso em epilepsia, neuralgia pós-herpética, dor Aprovado para uso em epilepsia, neuralgia pós-herpética, dor

neuropática periférica do diabetes mellitus;neuropática periférica do diabetes mellitus;- Dose inicial: 150 mg ao dia, divididos em 2 ou 3 doses (máximo Dose inicial: 150 mg ao dia, divididos em 2 ou 3 doses (máximo

300 mg por dia na dor neuropática ou 600 mg ao dia na epilepsia;300 mg por dia na dor neuropática ou 600 mg ao dia na epilepsia;- Efeitos adversos dose-dependentes: tontura, sonolência, visão Efeitos adversos dose-dependentes: tontura, sonolência, visão

borrada, ganho de peso, edema periférico;borrada, ganho de peso, edema periférico;- Associado à euforia.Associado à euforia.

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FÁRMACOSFÁRMACOS LAMOTRIGINALAMOTRIGINA

- Uso em epilepsia parcial do adulto;Uso em epilepsia parcial do adulto;- Mecanismo de ação: Bloqueio de canais de sódio Mecanismo de ação: Bloqueio de canais de sódio

voltagem dependente;voltagem dependente;- Metabolismo por glucorunização: Não induzenzimas do Metabolismo por glucorunização: Não induzenzimas do

citocromo P450 e tem poucas interações citocromo P450 e tem poucas interações medicamentosas;medicamentosas;

- Valproato inibe o metabolismo da lamotrigina e Valproato inibe o metabolismo da lamotrigina e lamotrigina diminui os níveis séricos de valproato;lamotrigina diminui os níveis séricos de valproato;

- Muito bem tolerado quando usado em mono ou Muito bem tolerado quando usado em mono ou politerapia;politerapia;

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FÁRMACOSFÁRMACOS LAMOTRIGINALAMOTRIGINA

- Primeira escolha em epiliepsia de início geriátrico;- Primeira escolha em epiliepsia de início geriátrico;- Mais eficaz que carbamazepina, topiramato e gabapentina na Mais eficaz que carbamazepina, topiramato e gabapentina na

epilepsia parcial;epilepsia parcial;- Não tão eficaz como a Carbamazepina em convulsões Não tão eficaz como a Carbamazepina em convulsões

generalizadas e complexas;generalizadas e complexas;- Dose inicial: 50 mg V.O. ao dia, mantida por 2 semanas e então, Dose inicial: 50 mg V.O. ao dia, mantida por 2 semanas e então,

aumentada para 300 a 500 mg ao dia;aumentada para 300 a 500 mg ao dia;- Em idosos iniciar com 25 mg por dia por 2 semanas, após, Em idosos iniciar com 25 mg por dia por 2 semanas, após,

administrar duas vezes por dia (lento incremento da dose);administrar duas vezes por dia (lento incremento da dose);- Eficaz e bem tolerada em crianças com a Síndrome Lennox-Eficaz e bem tolerada em crianças com a Síndrome Lennox-

Gastaut.Gastaut.

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FÁRMACOSFÁRMACOS TOPIRAMATOTOPIRAMATO

- Mecanismo de ação: Bloqueia os canais de sódio, atenua Mecanismo de ação: Bloqueia os canais de sódio, atenua resposta ao cainato e aumenta o efeito GABAérgico;resposta ao cainato e aumenta o efeito GABAérgico;

- Aprovado para terapia adjuvante em adultos com epilepsia Aprovado para terapia adjuvante em adultos com epilepsia parcial;parcial;

- Efeitos colaterais: Alentecimento mental, fadiga, sonolência;Efeitos colaterais: Alentecimento mental, fadiga, sonolência;- Nefrolitíase foi documentada em 1,5% dos pacientes;Nefrolitíase foi documentada em 1,5% dos pacientes;- Efeitos teratogênico em animais (como todos os Efeitos teratogênico em animais (como todos os

anticonvulsivantes);anticonvulsivantes);- Aumenta os níveis séricos de fenitoína em até 25%; outros Aumenta os níveis séricos de fenitoína em até 25%; outros

agentes podem diminuir sua função sérica;agentes podem diminuir sua função sérica;- Dose: 200 a 400 mg V.O. por dia, como terapia adjuvante. Dose: 200 a 400 mg V.O. por dia, como terapia adjuvante.

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FÁRMACOSFÁRMACOS FENOBARBITALFENOBARBITAL

- Barbitúrico clássico, boa atividade anticonvulsivante em dose sub-Barbitúrico clássico, boa atividade anticonvulsivante em dose sub-hipnhipnótica;ótica;

- Mecanismo de ação: Liga-se à subunidade beta do receptor GABA, Mecanismo de ação: Liga-se à subunidade beta do receptor GABA, levando ao aumento da potência da atividade GABAérgica endógena;levando ao aumento da potência da atividade GABAérgica endógena;

- GABA é um neurotransmissor que induz a entrada de CL- na célula, GABA é um neurotransmissor que induz a entrada de CL- na célula, causando inibição da atividade neuronal;causando inibição da atividade neuronal;

- Eficaz em epilepsia tônico-clônica e parcial;Eficaz em epilepsia tônico-clônica e parcial;- Efeitos colaterais: sonolência, sedação, depressão, mudança de Efeitos colaterais: sonolência, sedação, depressão, mudança de

personalidade, distúrbios de comportamento;personalidade, distúrbios de comportamento;- Uso crônico: reduz o efeito sedativo;Uso crônico: reduz o efeito sedativo;- Rash escalatiniforme ou morbiliforme em 1-2% dos pacientes;Rash escalatiniforme ou morbiliforme em 1-2% dos pacientes;- -Encefaloparia e hiperamonemia pode ocorrer em adultos.-Encefaloparia e hiperamonemia pode ocorrer em adultos.

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USO OFF LABELUSO OFF LABEL Definição: Prática de prescrição de Definição: Prática de prescrição de

medicamentos para um propósito fora do medicamentos para um propósito fora do escopo da bula do medicamento escopo da bula do medicamento aprovado. Mais freqüentemente diz aprovado. Mais freqüentemente diz respeito à indicação do medicamento. respeito à indicação do medicamento. São fármacos usados primeiramente São fármacos usados primeiramente para uma determinada doença e passam para uma determinada doença e passam a ser empregados posteriormente para a ser empregados posteriormente para combater outra enfermidadecombater outra enfermidade

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USO OFF LABELUSO OFF LABEL CARBAMAZEPINA E VALPROATOCARBAMAZEPINA E VALPROATO

- Estabilizadores do humor;Estabilizadores do humor;- Transtorno Bipolar.Transtorno Bipolar.

GABAPENTINA E CARBAMAZEPINAGABAPENTINA E CARBAMAZEPINA

- Dor neuropática.- Dor neuropática.

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USO OFF LABELUSO OFF LABEL PIRACETAMPIRACETAM

- Acepção em tipos específicos de Acepção em tipos específicos de epilepsia;epilepsia;

- Efeito terapêutico em doses elevadas Efeito terapêutico em doses elevadas 20g/dia no tratamento de mioclonias de 20g/dia no tratamento de mioclonias de causas anóxicas dos ansiolíticos-causas anóxicas dos ansiolíticos-hipnóticos;hipnóticos;

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USO OFF LABELUSO OFF LABEL ACETAZOLAMINAACETAZOLAMINA

- Diurético do grupo dos inibidores da - Diurético do grupo dos inibidores da anidrase carbônica, que trata alguns anidrase carbônica, que trata alguns tipos de epilepsia;tipos de epilepsia;