FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

5
FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO FARMÁCIA HOSPITALAR : É um órgão de abrangência assistencial, técnicocientífica e administrativa, em que se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, racionalização dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional. LEGISLAÇÃO: A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. De acordo com esta resolução, “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”. PRINCIPAIS OBJETIVOS: Contribuir para a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso racional de medicamentos e correlatos A FH deve estar comprometida com os resultados da assistência prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. FOCO O paciente e suas necessidades. O PROFISSIONAL: PERFIL E ATRIBUIÇÕES O farmacêutico é o profissional que melhores condições reúne para orientar o paciente sobre o uso correto dos medicamentos, esclarecendo dúvidas e favorecendo a adesão e sucesso do tratamento prescrito. Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento denominado “The role of the pharmacist in the health care system” (“O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde”) em que se destacaram 7 qualidades que o farmacêutico deve apresentar. Foi, então, chamado de farmacêutico 7 estrelas. Este profissional 7 estrelas deverá ser: Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde; Capaz de tomar decisões; Comunicador; Líder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador.

Transcript of FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

Page 1: FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

FARMÁCIA HOSPITALAR : É um órgão de abrangência assistencial, técnicocientífica e administrativa, em que se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, racionalização dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.

LEGISLAÇÃO: A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em UnidadeHospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. De acordo com esta resolução, “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”.

PRINCIPAIS OBJETIVOS:

Contribuir para a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo o uso racional de medicamentos e correlatos

A FH deve estar comprometida com os resultados da assistência prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços.

FOCOO paciente e suas necessidades.

O PROFISSIONAL: PERFIL E ATRIBUIÇÕES

O farmacêutico é o profissional que melhores condições reúne para orientar o paciente sobre o uso correto dos medicamentos, esclarecendo dúvidas e favorecendo a adesão e sucesso do tratamento prescrito.

Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento denominado “The role of the pharmacist in the health care system” (“O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde”) em que se destacaram 7 qualidades que o farmacêutico deve apresentar. Foi, então, chamado de farmacêutico 7 estrelas.

Este profissional 7 estrelas deverá ser: Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde; Capaz de tomar decisões; Comunicador; Líder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador.

O farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a ser o responsável por todo fluxo logístico de medicamentos e materiais médico-hospitalares, além do exercício da Assistência Farmacêutica.

SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES SÃO VOLTADAS PARA:

Organização e gestão: administra a seleção de medicamentos, aquisição, estocagem, sistemática de distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares;

Participação nas equipes de suporte nutricional e quimioterapia; Desenvolver farmacotécnica hospitalar; Controle de qualidade; Farmácia clínica; Farmacovigilância/tecnovigilância; ensaios clínicos, radiofármacos e ensino e pesquisa.

Page 2: FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA : Caracteriza-se como um conjunto de ações relacionadas à dispensação de medicamentos, enfatizando a orientação com o objetivo de contribuir para o sucesso da terapêutica.Por meio da Assistência Farmacêutica, o profissional torna-se co-responsável pela qualidade de vida do paciente. Sua ação envolve o abastecimento e o controle de medicamentos em todas as etapas do fluxo do medicamento (da aquisição à dispensação).

ATENÇÃO FARMACÊUTICA: É o conjunto de ações e serviços que visam assegurar a assistência integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados pelo farmacêutico ou sob sua supervisão. (Resolução Nº. 357/2001 do CFF).

ATRIBUIÇÕES ESSENCIAIS

Destacamos as principais atribuições do farmacêutico dentro das instituições hospitalares salientando que, em relação às características e a complexidade delas, pode ser necessária a participação em outras atividades.

PLANEJAMENTO, AQUISIÇÃO, ANÁLISE, ARMAZENAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS;

O farmacêutico é o responsável legal por todo o fluxo do medicamento dentro da unidade hospitalar, tendo papel fundamental na seleção de medicamentos (padronização), elaboração de normas e controles que garantam a sistemática de distribuição e critérios de qualificação de fornecedores. Deve haver controles administrativos específicos para itens sob regime de vigilância legal, tais como a Portaria 344/98, nutrição parenteral, entre outros.

- PLANEJAR - Utilizar método definido; conhecer as necessidades e a realidade da instituição e do mercado;- AQUISIÇÃO - Ágil, compatível com as necessidades da instituição, baseada em especificações corretas, utilizando ferramentas que assegurem a qualidade dos produtos.A legislação específica que regulamenta as normas para aquisição de bens no serviço público é a Lei nº 8.666 de 21/06/1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências. Os farmacêuticos, servidores públicos federais, estaduais ou municipais, atuando em qualquer área que envolva a utilização de dinheiro público, devem conhecer as determinações desta lei, sob pena de incorrer nas penas previstas, que prevêem detenção e multa.- ANÁLISE - Laudo de controle de qualidade, Fluxos e POPs de recepção bem definidos, análise macroscópica dos produtos.- ARMAZENAMENTO - Condições adequadas, controles, Fluxos e POPs, área e equipamentos compatíveis com o volume armazenado.- DISTRIBUIÇÃO/DISPENSAÇÃO - Tipos de sistemas, eficácia, economia, segurança e comodidade.- CONTROLE - manual ou informatizado, registro temporal organizado.

CONTROLE DE ESTOQUES;

DESENVOLVIMENTO E OU MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS MAGISTRAIS E OFICINAIS, NPT E QT;- Adequação às necessidade do hospital; A produção de medicamentos em alguns hospitais visa atender a demanda da instituição, geralmente restringe-se aos órfãos terapêuticos.- Economia;Proporcionar a qualquer momento, medicamentos com qualidade aceitável, adaptados à necessidade da população que atende, contribuir com as demais áreas da Farmácia hospitalar, desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico e/ou econômico, fracionar e/ou “reenvasar” medicamentos elaborados pela indústria farmacêutica a fim de racionalizar sua administração e distribuição e ainda preparar, diluir ou “reenvasar” germicidasnecessários para realização de anti-sepsia, limpeza, desinfecção e esterilização.

Page 3: FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

- Adequação às Boas Práticas de Manipulação em Farmácia RDC 33/2000Farmácia Hospitalar com escala produtiva industrial: segue todos os procedimentos da industrialização de produtos farmacêuticos com a exigência de existência e cumprimentos das Boas Práticas de Fabricação.

DESENVOLVER ATIVIDADES DIDÁTICAS;

Estágios: curricular, extra-curricular, residência, especialização, mestrado, doutorado, cursos de atualização.O ensino se faz presente nos hospitais através da realização de estágios curriculares de cursos de Farmácia ou especialização em Farmácia. Quanto maior a difusão do conhecimento, maior a capacitação e o prestígio do farmacêutico perante a comunidade hospitalar.

DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS;- Campo vasto- Pesquisas: aplicadas, clínicas, etc.Toda farmácia hospitalar deve possuir manual(is) de normas, rotinas e procedimentos documentado(s), atualizado(s), disponível(is) e aplicado(s); estatísticas básicas para o planejamento de melhorias; programa de capacitação e educação permanente; evidências de integração com outros processos e serviços da Organização.

ADEQUAR-SE AOS PROBLEMAS POLÍTICOS, FINANCEIROS E CULTURAIS DO HOSPITAL;Adaptabilidade, versatilidade, iniciativa, visão empreendedora, curiosidade, conhecimento administrativo.

ESTIMULAR A IMPLANTAÇÃO DA FARMÁCIA CLÍNICASegundo o Comitê de Farmácia Clínica da Associação Americana de Farmacêuticos Hospitalares, esta área pode ser definida como: “Ciência da Saúde cuja responsabilidade é assegurar mediante aplicação de conhecimentos e funções que o uso do medicamento seja seguro e apropriado,necessitando, portanto, de educação especializada e interpretação de dados, motivação pelo paciente e interação multiprofissional”.

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOSApresenta como principal objetivo minimizar a produção de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA

OTIMIZAÇÃO DA TERAPIA MEDICAMENTOSA – FARMACOVIGILÂNCIASeus objetivos se resumem em: identificar os efeitos indesejáveis desconhecidos, quantificar e identificar os fatores de risco, informar e educar os profissionais sanitários e a população, além de subsidiar as autoridades sanitárias na regulamentação, aumentando a segurança na utilização dos medicamentos.

TECNOVIGILÂNCIATecnovigilância vem a ser o acompanhamento do uso de materiais e equipamentos médico-hospitalares, em especial quanto a sua eficácia, adequação ao uso e segurança. Entre as competências da tecnovigilância incluem-se:1)Monitorar, agregar e analisar as notificações de queixas técnicas e ocorrência de eventos adversos com suspeita de envolvimento de equipamentos, produtos de diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde em estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária,2)Fomentar estudos epidemiológicos que envolvam equipamentos, produtos de diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde, e3)Identificar e acompanhar a presença no mercado de equipamentos, produtos de diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde tecnologicamente obsoletos que comprometam a segurança e a eficácia.

FARMACOECONOMIA

Page 4: FARMÁCIA HOSPITALAR E O FARMACÊUTICO

Definida como a descrição, a análise e a comparação dos custos e das conseqüências das terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas de saúde e a sociedade, com o objetivo de identificar produtos e serviços farmacêuticos, cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio. Propõe o trabalho integrado nasáreas clínica e administrativa.

PARTICIPAR NAS COMISSÕES HOSPITALARES

PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DE UM FARMACÊUTICO HOSPITALAR

SELEÇÃO/AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS, GERMICIDAS E CORRELATOS; ARMAZENAMENTO, CONTROLE DE ESTOQUE E DISTRIBUIÇÃO DOS MEDICAMENTOS E

CORRELATOS; ADOÇÃO DE SISTEMA EFICIENTE E SEGURO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS AOS

PACIENTES INTERNADOS E AMBULATORIAIS; FARMACOTÉCNICA FRACIONAMENTO DE DOSES. CONTROLE DE QUALIDADE; PRODUÇÃO; ELABORAR MANUAIS TÉCNICOS E FORMULÁRIOS; MANTER MEMBRO PERMANENTE NAS COMISSÕES; ATUAR JUNTO À CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO; ATUAR NOS ESTUDOS DE ENSAIOS CLÍNICOS E FARMACOVIGILÂNCIA; EDUCAÇÃO CONTINUADA; ESTIMULAR A IMPLANTAÇÃO DA FARMÁCIA CLÍNICA; ATIVIDADES DE PESQUISA; DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIA FARMACÊUTICA.