Falando de Axé - Edição de Outubro (5ª Edição)

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    TUDO SOBRE UMBANDA, CANDOMBL E CULTOS AFRICANOS -CULTURA E RELIGIOSIDADE NEGRA.

    Falando de AxANO 1Edio 05 Outubro de 2011

    rs do Ms -sun, a Divina

    Rainha das guasdoces e protetora detodas as crianas

    Santo do Ms -Nossa Senhora de

    Aparecida, A MePadroeira do Brasil

    Folha do Ms -bmod, Aquela

    que faz voc realizaro que deseja

    Quem so osBantus?Parte I

    Casa onde foi

    fundada a Umbanda demolida, Intole-rncia Religiosa?

    Falando deAx com oBblrsAlexandre

    TLgn Ede

    http://xn--bb%20alexandre%20cheuen-44b0a/
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    EDITORIALChegamos com mais uma edio de

    nossa Revista Online, a edio de

    outubro, que est um pouquinhoatrasada, rsrsrsrsrs, mas prontinha paraser apreciada por nossos amigos leitorese esperamos de todo corao, quegostem, j que, o nosso intento sempre trazer o que h de melhordentro da Cultura Afro e Afro-brasileira.

    Esta nossa edio ficou quase umEspecial em homenagem sun,hehehe. Pois, nela falaremos quem sun, seu sincretismo religioso Afro-catlico com Nossa Senhora deAparecida, o toque de tambor que lhe peculiar - O js, etc. Mas, inmerosoutros assuntos tambm seroabordados, como o culto aos AncestraisCiganos dentro da Umbanda e muitomais... Uma tima leitura!!!

    No mundo, sem-pre existiropessoas que vote amar peloque voc e ou-tras, que vo te

    odiar pelo mes-mo motivo, porisso, seja sempre

    voc mesmo!!!

    http://xn--hrick%20lechinski-btb/
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    NDICEQuem so os Bantus? Parte I Pg. 04rs do Ms: sun, a Divina Rainha das guasdoces e protetora de todas as crianas

    Pg. 08

    Od do Ms: knrn Mj, o Od da Fala

    Pg. 13

    js de Lgn Ede no o mesmo js desun? Pg. 16

    Entrevista do Ms: Bb Alexandre TLgn EdePg. 20

    Folha do Ms: bmod, Aquela que faz vocrealizar o que deseja Pg. 24

    Os Ciganos na Umbanda Pg. 26

    Casa onde foi fundada a Umbanda demolida,Intolerncia Religiosa? Pg. 30

    Santo do Ms: Nossa Senhora de Aparecida, aMe Padroeira do Brasil Pg. 34

    Personalidades Negras: Lima Barreto Pg. 38

    Livro do Ms: If Divination Poetry Pg. 41

    b Oldmar Eld mi - Saudaes a Oldmar, O meuCriador.Ilgrb - Terra, cujo poder se espalha por todo o Uni-verso,Saudaes.Mo jb s Algbra Irnmal - Eu respeitosamente sados, o Poderoso Venervel.b gbogbo - Saudaes a Todos!!!

    http://xn--re%20s%20-%20estatueta%20do%20orix%20ex-3gd6wf64eoc/
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    UEM SO OSBANTUS?Parte I

    O termo bantu foi utilizado pelaprimeira vez por Willelm Bleek, umfillogo alemo, para caracterizar edefinir as lnguas africanas que utili-zam a palavra um-ntu (pl. ba-ntu) pa-ra designar a pessoa humana. Nes-sas lnguas, agrupadas sob o termogenrico ba-ntu o radical ntu e oprefixo plural ba.

    So cerca de 500 lnguas apa-rentadas, como demonstrou Mei-nhof, um dos estudiosos que confir-maram a hiptese levantada por Ble-ek, lnguas essas faladas por povosnegros que vivem na frica sub-

    saariana, e que teriam um tronco lin-gstico comum, o proto-bantu. Por-tanto, quando falamos em bantu es-tamos nos referindo a povos e etni-as cujas lnguas tm um tronco co-mum e no a povos com traos raci-ais prximos. O que liga os bantuentre si uma lngua oriunda domesmo tronco e que so gramatica-

    mente aparentadas, pois, em todaselas as palavras so agrupadas porclasses em funo de seu uso e na-tureza.

    O universo lingstico bantu,ou seja, os povos de lngua comumdo tronco bantu ocupam grande por-o do continente africano, do cen-tro em direo ao sul, sendo milha-res de falantes, compondo numero-sos pases.

    Entre os bantu foram os Ba-kongos e os Ambundos os dois po-vos que vieram em nmero mais ex-pressivo para o Brasil na condiode escravizados e, conseqente-mente aqui deixaram sua marca, as-

    sim como em toda a Amrica, conti-nente que ajudaram a construir. Co-mo eram numericamente superioresimprimiram tambm suas lnguas esuas caractersticas culturais a ou-tros povos bantu que chegavam emmenor nmero.

    Quando os portugueses chega-

    ram frica, (COSTA E SILVA: 2002)na condio de comerciantes, em1483, foi com os Bantu do Reino do

    Congo, os bakongo, que eles tive-ram os primeiros contatos, quelaaltura comerciais e amigveis. Osbantu de ento, ao verem chegar asnaus portuguesas e delas descerem

    homens brancos, acreditaram numprimeiro momento que seus ante-passados estavam retornando. Deacordo com suas crenas, as pesso-as depois de mortas so levadas pa-ra um local com um rio muito gran-de, e aps se lavarem na gua desserio, ganham morada eterna no seu

    leito, em meio lama branca, tor-nando-se dessa forma brancos e pu-rificados. Os portugueses foram re-cebidos pelo Rei do Congo, em sua

    http://bandeira%20de%20angola/
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    Mbanza Congo e com ele fize-ram aliana de amizade, como em-baixadores do Rei Portugus, D. Jo-o II. Na partida das terras congole-sas, levaram com eles alguns repre-sentantes do Rei, que iriam a Portu-gal conhecer outra civilizao e tam-bm a religio crist. De igual ma-neira, deixaram alguns homens emterras de frica para ensinar aoscongoleses e aprender com eles sualngua e alguns de seus costumes.

    O princpio das relaes entreportugueses e congoleses foi inicial-

    mente de respeito mtuo e amizade,o que, infelizmente, no durou muitotempo. Logo, os portugueses passa-ram a participar de maneira ativa nocomrcio do trfico de escravos deforma bilateral com o soberano doCongo, e aquelas relaes iniciaisque eram apenas de comrcio demercadorias e outros bens, deterio-

    ram-se em razo disso.

    Os povos bantu fazem uso daslnguas bantu que so aproximada-mente em nmero de duzentos ecinqenta afora variantes e dialetos.Entre essas tantas lnguas h duasque nos interessam mais de perto,que o Kikongo e o Kimbundo, fala-das respectivamente, pelos bakon-gos e pelos ambundos.

    No Brasil, principalmente nocandombl congo-angola se faz ain-da uso dessas lnguas que vieramcom os africanos que foram obriga-dos a emigrar. O kikongo e o Kim-

    bundo so as duas lnguas mais u-sadas nos rituais e no cotidiano dascasas de santo de raiz congo ango-la, ainda que alguns tenham o mau

    hbito de chamar essas lnguas dedialetos. Na verdade, essas lnguasno so dialetos, e, sim, lnguas ple-nas e autnomas tais como o portu-gus, o ingls e outras lnguas euro-

    pias.

    Atualmente, essas lnguas, quepara ns funcionam apenas comolnguas rituais, so utilizadas comoveculo de comunicao em Angola,nos dois Congos, e em pases lim-trofes, faladas por milhares de pes-soas.

    Como j observamos, entre osvrios povos bantu chegados aoBrasil na condio de escravizadosa maior afluncia se d de dois po-vos, os Ambundos, de fala kimbun-

    do e os Bacongos de fala kikongo,sem deixar de mencionar outros po-vos que tambm contriburam emescala menor.

    http://artigo%20bantu/
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    Esses dois grupos lingsticos,ambundos e bakongos esto pre-sentes na vida brasileira de maneirauterina atravs de danas, cantos,linguagens, modos de ser, religies. preciso destacar tambm que es-tes povos quando aqui chegaram jvinham cristianizados, pois o conta-to deles com os portugueses acon-teceu ainda no sculo XV. Por essarazo estes homens e mulheres ban-tu escravizados eram chamados denegros ladinos pelos escravocratasporque geralmente j se comunica-vam em portugus, conheciam a cul-

    tura europia e eram catlicos. Al-guns eram realmente convertidos,diferentemente de outros que eramcatlicos apenas por batismo obri-gatrio prtica usada pelos naviosnegreiros com anuncia da igreja -mas muitos por devoo por teremse convertido ou pelo menos tido al-gum contato com o cristianismo em

    suas terras de origem. A devoo aN.Sra. do Rosrio j vinha enraizadanos seus espritos, principalmentedaqueles oriundos da rea culturalbakongo.

    Os estudiosos concordam queo nmero de homens e mulheresbantu que vieram como escravos

    para o Brasil e para as Amricas muito superior ao nmero de escra-vizados de outras etnias e procedn-cias. Como resultado, temos o fatode que a cultura brasileira recebeumaior aporte dos elementos cultu-rais bantu que dos demais povos daemigrao forada. De origem bantu nosso samba, nossa capoeira,nossos Reisados e Congadas, almde uma lngua portuguesa adocica-da no dizer de Gilberto Freire nocontato com as lnguas bantu.

    Os bantu escravizados, quechegaram ao Brasil, mesmo perten-cendo a etnias diferentes, acabaramao longo do tempo sendo denomina-dos de angola ou congo. As demaisetnias foram pouco registradas ecom o passar do tempo outras deno-minaes acabaram sendo incorpo-radas a essa nomenclatura redutora- escravo congo ou escravo angola -independente do local de origemdessas pessoas. Os grandes portosde embarque sempre foram Luanda,capital de Angola, ou Benguela, tam-bm em Angola e os portos de Ca-

    binda, e Loango, no Congo. Os euro-peus encarregados do trfico dosescravizados conheciam toda a li-nha costeira litornea desde a foz doZaire at o Cabo Lopes como Ango-la, e denominavam todos os escravi-zados embarcados nessa regio co-mo Angolas. Os embarcados na fozdo rio Zaire, ou no porto Mpinda em

    Loango eram conhecidos comoCongos ou Cabindas.

    http://povo%20bantu/
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    O candombl de congo-angola resultado da vinda de homens e mu-lheres bantu pertencentes a duas etnias bem marcadas; os bakongos e osambundos. Os primeiros habitam no nordeste do pas de Angola e partedos dois Congos e adjacncias e os Ambundos ocupam parte do territriodo oeste litorneo do mesmo pas.

    Porque afirmamos que o candombl de congo-angola foi formado apartir da contribuio desses dois povos? Porque a lngua ritual utilizadanas cerimnias, rezas e louvaes so o Kikongo e o Kimbundo, idioma

    praticado por esses dois povos, alm de que, as divindades cultuadas nascasas de congo-angola tm procedncia congolesa, em sua maioria, ouprocedncia ambundo. Evidentemente estamos cientes de estar sendo umpouco reducionistas, pois temos cincia de que outros povos bantu de-ram sua parcela de contribuio e por essa razo vamos encontrar uma ououtra divindade com caracterstica de outro povo bantu. No entanto, gros-so modo, a predominncia dos congos seguida dos ambundos, at por-que outros povos aqui chegados, dada a predominncia numrica dessesdois grupos, acabavam se adaptando a maneira de ser, lngua e religio-sidade dominante.

    Por Dr. Srgio Paulo Adolfo(Tata Kiundudulu)

    http://bantus/
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    RS DO MSsun, a Divina Rainha das guas doces

    e protetora de todas as crianas

    Oxum, senhora das guas que fluem suavemente.

    Oxum, graciosa me, plena de sabedoria!Que enfeita seus filhos com bronze.Que fica muito tempo no fundo das guas gerando riquezas.Que se recolhe ao rio para cuidar das crianas.Que cava e cava a areia e nela enterra dinheiro.Mulher poderosa que no pode ser atacada.

    na Nigria, mais precisamente em sogbo, no Estado de sun, que corre o Rio sun,lugar de origem, culto e homenagem a Grande Divindade (Irnmol) regente das guas docese dos nascimentos (Crianas). Filha de Ymoja (Nasce no Od srogb) snibomi

    (sun), Aquele que nasce da profundeza das guas, Aquela que flui com as guas.

    sun foi rainha (yba) em sogbo e em algumas outras cidades Iorub, onde em cadauma recebeu um ttulo e passou a ser cultuada de uma forma. Foi esposa de diversas divinda-des, dentre elas Sng, gn, ss, rnml e segundo algumas fontes, at do prprio O-btl (sl). considerada Me de Olgn Ede, o Poderoso Feiticeiro de Ede, filho que tevecom Odess segundo alguns e com OdeErnl, segundo outros.

    Seu culto veio para o Brasil atravs de escravos js, e no Brasil, sun passou a sercultuada como a Senhora de todas as guas doces, rios e cachoeiras. Deusa do amor e do ou-

    ro.Uma das divindades mais cultuadas na Umbanda, no Candombl e at mesmo na San-

    teria (em Cuba).

    http://xn--orix%20oxum%2C%20pintura%20de%20caryb-p9c95a/
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    No Brasil, a mesma tem seu sincretismoafro-catlico com diversas santas como: NossaSenhora Aparecida, Nossa Senhora da Glria,Nossa Senhora da Conceio entre outras.

    Muito cultuada por Mes que desejam terfilhos e por pessoas que buscam um amor, afaceira sun cultuada com muitas oferendase presentes.

    tambm grande musa inspiradora deinmeros cantores e compositores brasileiros, aVnus Africana.

    Teve seu culto miscigenado ao das Min-kisi Ndandalunda e Kisimbi e tambm com asVodn Azili e Tobosi.

    Contando no Brasil com respeitosas sa-cerdotisas, como a saudosa y Menininha seGantois, a saudosa Me Senhora sep fnj e a Saudosa y Nitinha se CasaBranca. sun a deusa coquete amada por to-

    dos, assim como foram suas filhas. Seu maisclebre Sacerdote foi o Africano suntad(Jos Firmino dos Santos), Bblawo fundadorda Casa Matriz de Candombl Nao fn noBrasil.

    no Od srogb que encontramos otn que fala do nascimento de sun: Ymojadesejosa de ter filhos, consulta rnml parasaber como proceder, j que no conseguia en-gravidar, rnml consulta If (o orculo sa-grado) e determina que a cada cinco dias eladeviria dirigir-se ao rio prximo a sua casa, car-

    regando sobre a cabea um pote pintado debranco. Deveria preparar gbo (milho brancocozido), ynrin (refogado de uma determinadafolha), kuru (de inhame com dend) e ko(pudim de milho branco). Juntar a essas comi-das ob e orgb e, antes da alvorada, levar tu-do ao rio, acompanhado por um grupo de crian-as cantando em coro. Ao chegarem, deveriaencher o pote branco com gua do rio e retor-nar cantando. A gua seria ento despejada

    num pote chama w e, nos cinco dias subse-qentes, deveria ser usada para banhos diriose tambm para beber. Isso tornou-se um hbitoe, ao chegar o dia marcado, bem cedo pela ma-nh, as crianas esperavam por ela porta.Ymoja repetiu incansavelmente essa caminha-da, por longo tempo. Finalmente engravidou emesmo assim prosseguiu com os rituais prescri-tos por rnml, sendo que tornaram-se mui-tos cansativos medida que a gestao progre-diu. Em uma dessas manhs, logo aps entre-gar as oferendas no rio, sentiu uma forte dor.Chamou as crianas e disse-lhes que esperas-sem um pouco e ento recolheu-se a um lugarescondido e ali dar a luz. Assim que ficou deccoras, ouviu o choro de uma criana. Noprecisou usar medicamento nenhum, alm dagua vinda do rio. E ento nasce snibomi(Aquela que nasce da profundeza das guas),que passa a ser conhecida como sun (sntesedo termo snibomi).

    http://xn--orix%20oxum-n7a/
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    Diversos so os ttulos (chamados de qualidade no Brasil) de sun, ou seja, os nomespelo qual ela conhecida e saudade, chamados pelos Iorub de Ork. ynl (Grande Me), RoraYy (Me Graciosa), ymi kk (Minha Me Ancestral Suprema, ttulo que a mesma recebe naEgbsrng), Oltj won omo(Aquela que vela pelas crianas), Alwy omo (Aquela quecura crianas), jm, pnd, pr, Lgn e inmeros outros.

    sun saudada por seus devotos com as expresses Yy mi (Minha Mezinha) ou Kre (Voc que nos proporciona felicidade).

    Diversos so os tn que explicam como sun transformou-se no rio sun (Odo sun), naNigria, mas o mais conhecido o que fala que ela ao descobrir que seu marido (Sng) morreu,desesperada transforma-se em um rio.

    Sua ligao com Olgn Ede mostrada em diversos tn (relatos antigos sagrados), sejacomo seu filho, seja apenas como seu mensageiro. So duas divindades que so cultuadasjuntas.

    Foi sun a criadora do orculo Mrndnlogn If (Jogo de bzios), na poca em que era Apeteb (Esposa) rnml e foi a mesma quem ensinou as suas sacerdotisas e depois asacerdotisa de outras divindades.

    Foi sun tambm, aquela que preparou o primeiro Iniciado (Awrs) em rs.

    E da responsabilidade desta Deidade a vida das crianas enquanto ainda encontram-seno ventre de suas mes.

    Por todas essas situaes fica clara a importncia de sun na Terra (iy) e no Culto ars.

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    Seu dia de culto na Nigria o Oj Awo(Dia do Segredo, primeiro dia da semana ioru-

    ba de quatro dias), no Brasil a mesma passoua ser cultuada no Ojbmta (Sbado), diaem que cultuada junto a sua me, Ymoja.

    A sun oferecido Ot skt (cervejade milho), que no Brasil passou a ser substitu-do pelo vinho branco suave, Ob (ns de co-la), ko (pudim de milho branco), Ynrin(refogado de uma determinada folha), Iyn(inhame pilado), Carne de cabra e frangas.

    Senhora do cobre (ide), ouro (wr) ebronze (dl bb ti tnganran), uma ex-mia apreciadora de jias de cobre, ouro ebronze, foi a divindade que descobriu o cobree o ouro na Terra, encavando rios.

    Seus smbolos ritualsticos de culto so:Eta (pedras de rio), ow eyo (bzios), w(pote de cermica para gua), aso funfun

    (pano branco), ide ww (pulseiras de cobre),y (pentes de madeira, cobre, etc), Abb(leques), rkr (elemento smbolo de reale-za), etc.

    Na Umbanda festejada nos meses deoutubro (12/10) ou dezembro (08/12). Algu-mas casas de Candombl a festejam em Maio(o ms das mes). O principal festejo desun, nas casas de Candombl Ktu do Brasil o pt, que deu origem a uma conhecidaoferenda realizada a ela a base de inhame.

    sun cultuada e festejada para quepropicie sade, paz e muita prosperidade a

    seus devotos, tambm cultuada para propor-cionar filhos a todos aqueles que desejam es-sa segunda maior riqueza do mundo.

    Sua ligao com ymi srng, faz desun uma divindade qual devemos ter cautelaao manipular energeticamente, aquela qued e assegura a vida, mas tambm aquelacapaz de matar, at mesmo com um copo degua (engasgado).

    sun como rs funfun, veste-se debranco, mas no Brasil, criou-se o hbito devestir seus iniciados de amarelo, dourado erosa.

    sun aquela que pode proporcionar

    um apaixonado devoto uma vida repleta deriquezas!

    r Yy o (Me da Bondade)!

    Por Hrick Lechinski(Ejtol Tsmr)

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    OD DO MS

    krn mj - OOd da Falakrn mj o oitavo (8)Od na ordem do If, fala nomrndnlgn Ifcom um (1) b-

    zio aberto e quinze (15) fechados. um od de natureza feminina,ligado ao elemento fogo.

    krn mj o principal Od(signo) de bej(gmeos), chegan-do a simboliz-los, sendo um dosods responsveis pela vinda dosmesmos a Terra (iy). A fala hu-mana, assim como todas as ln-guas (idiomas) do Mundo, foi in-troduzida neste atravs do signode krn mj.

    O brfeito s pessoas des-te signo (od), ser sempre bemrecompensado...

    Ele ensinou as pessoas queningum poderia unir a gua comuma corda...

    Est ligado a todos os sons e

    barulhos, acidentes explosivos,exploses, guerras, brigas e inten-sas discusses. Protetor da orat-ria, tambm regente dos exces-sos de fala.

    - won r que falam nesteOd = , bej, ya, rnmyn eSng.- Suas cores = So o vermelho,preto, branco e azul.

    - Suas folhas = As principais soo gog (Datura stramonium = es-tramnio, figueira do inferno,trombeteira, erva do diabo, pomoespinhoso), ign, ogb.- Corpo Humano = Rege a boca,a lngua e a garganta.

    - Os filhos deste Od = As pes-soas nascida sob este od (signo)so pessoas bastante negativas,ruins, geniosas, maquiavlicas,

    chegando a serem muitas vezesdiablicas. Falantes, gostam de semeter em confuso, prepotentes,muitas vezes fofoqueiras. Se vie-rem a ser iniciadas no culto ar, deve ser verificado se noso filhas de , ya ou Sng,caso no sejam, devem mesmoassim cultuar estas divindades de

    maneira positiva, para que sejamapalaadas estas energias em suavida.

    http://xn--od%20krn%20mj-udbb3m2b0f3f/
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    Dificilmente devem ser iniciadas em r, pois, so pessoas que domuito trabalho. Deve procurar se manterem afastadas de sujeiras.Quando gmeas, devem cultuar bej...- ws deste Od= Os gmeos no podem comer carne de maca-

    co, cachorro (aj) e juntar feixes de madeira. Os nativos deste od nopodem comer ks (koenrolado em folha), quiabo, no podem quei-mar galhos da rvore rk, no podem amarrar feixe de lenha, nodevem chegar perto e nem tocar em cips, pedir dinheiro emprestado,devem evitar ir a hospitais, no devem ser infiis e no devem servingativos.No devem pegar em inhame gangn, comer carne de galo (akko),leopardo, abutre, bfalo e feijo pkl.- Od em Ire Positivo

    Pessoa com grande vocao religiosa, bom orador. Pessoa capaz desolucionar os problemas atravs de muito pouco. Algum que sermuito valorizado por suas idias e planos. Receber a ajuda de umapessoa prspera (rica). Se h problemas, sero resolvidos atravs desimples entendimento entre os envolvidos...

    *Sade= Mostra virilidade para os homens e forte sexualidade paraas mulheres...

    *Financeiro = Mostra caminhos de enriquecimento repentino, dinhei-ro e prosperidade, ser uma pessoa bastante procurada, ganhar bas-tante dinheiro. Ser reconhecido por suas idias e planos...Profisso ideal relacionada oralidade, comerciante, poltico, etc...

    *Amoroso= Mostra um relacionamento onde impera a paixo e o se-

    xo, pessoas que se completam na cama...

    *Famlia= Mostra caminhos de prosperidade para a famlia, tendn-cia a nascimento de gmeos.

    *Religiosidade= Pessoa com grande tendncia a religiosidade. Devecultuar s, Oya e Sng...Se for bej (gmeos), a bno da casa e da famlia, deve cultuarbej...

    *Inimigos= Vitrias sobre os inimigos com a ajuda de Sng e Oya.Ser ajudado por pessoas poderosas.

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    - Od em Ibi Negativo

    Fala de fanatismo religioso. Pessoa medrosa, tmida, que est sofren-do de complexo de inferioridade e isto tem atrapalhado suas coisas.Confuses, brigas, acidentes com fogo, exploses.

    *Sade = Mostra problemas na boca, lngua e garganta (faringe).Cuidado com acidentes com fogo e exploses...

    *Financeiro= Mostra dificuldade financeira, roubo, percas, prises,traio em ambiente de trabalho por pessoas falantes, desespero pordinheiro, runa por orgulho e prepotncia...

    *Amoroso= Mostra abandono, confuses, separao, paixo passa-

    geira, incertezas, traio...

    *Famlia = Mostra problemas em casa, problemas com filhos, filhoque faz coisa errada, filha leviana, brigas, filhos ingratos...

    *Religiosidade= Pessoa fantica, que mesmo tendo uma forte reli-giosidade, est padecendo por fanatismo. Aplacar s, Oya ou Sn-g...

    *Inimigos = Falsos amigos, inimigos oculto, inimigos poderosos,traies, falsidade, injustias. Vitria de inimigos (falso amigos)...

    Por Hrick Lechinski(Ejtol Tsmr)

    http://xn--orix%20ex%2C%20pintura%20de%20caryb-53c14akv/http://xn--orix%20ex%2C%20pintura%20de%20caryb-53c14akv/
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    js de Lgn Edeno o mesmojs de sun?

    Hoje vou comentar um pouco sobre esse que , sem dvidas, o toque

    mais popular do Candombl, o js. Digo mais, esse toque extrapolou os limi-tes da religio africana, tomando espao tambm no cenrio musical brasileiro.Prova disso, so os chamados Grupos Carnavalescos de Afox, que possuem emsua estrutura rtmica o js(Filhos de Gandhi, Korin Efan, etc.).

    Ademais, h ainda, diversas msicas de conhecimento pblico cuja base o js, como exemplo, menciono o quase hino DOxum de Gernimo(imortalizado por Gal Costa, Jauperi e, tantos outros) e Muito Obrigado Ax,interpretada por Ivete Sangalo e Maria Bethnia. Sobre a ltima, importantefrisar que, a marcao rtmica do jsrealizada por Mrcio Brasil, percussio-nista de Ivete primorosa, invejando a muitos Ogans(vejam vdeo abaixo ecomprovem um verdadeiro js Ng).

    http://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embedded

    No entanto, a ampla divulgao do toque, associada s suas diversas in-

    terpretaes, a depender do segmento religioso ou na msica profana, no foisomente benfico ao mesmo. Hoje, deparamo-nos com alguns Ditos Ijexs,que em nada nos faz lembrar o toque como originalmente era executado. Emsuma, esse ritmo mais utilizado para sun, a grande Deusa das guas Doces,mas h, tambm, uma infinidade de cnticos em js para s, gn, LgnEde,Ynsn,sanyn, sl, dentre outros.

    Muito embora, seja comum nos tradicionais Candombls Ktu, ouvir umrepresentativo nmero de cnticos em js, eu estaria sendo leviano se olvida-

    se a origem deste toque, o identificando como Ktu.A origem desse ritmo no Brasil remete-nos Nao de nome anlogo, que

    teve seu prestgio alavancado pelo patriarca Eduardo js, dito detentor supre-mos do Culto a sun e Lgn Ede no Brasil. Na casa de Pai Eduardo, contam osantigos que o nico toque executado era o js, exceo de uma cantiga,que por motivos bvios no cabe mencionar aqui. Essa cantiga, no louvavanem sun, nem Lgn Ede, mas sim, o povo de Ede, uma antiga provncia afri-cana. H tambm o Il se KalBkun, da clebre Me Estelita do js.

    Alm do Candombl de Seu Eduardo e o KalBkun, havia o Candombldo Olrk. Meu Pai Tarrafa, venervel gn baiano, um dos meus Mestres,que fora suspenso no Olrk,

    http://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=S-bEwxtBFBw&feature=player_embedded
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    certa vez me disse que na Casa de Dona Matilde (assim que ele chamava acasa), tocava-se somente js. Narrou-me que, a prpria Divindade de Dona

    Matilde quando chegava a terra, entoava certos cnticos no ritmo js, tal comoOlrk Olrk. Comentava que era algo muito bonito, pois ao som do js(tocava-se somente js) as pessoas danavam em homenagem Divindade daCasa.

    Outra importante casa, cujo toque era o js, era a de Jlia Bugan, na Ln-gua de Vaca. Na casa de Me Jlia Bugan, o ritmo do js era tocado por mu-lheres, nos tambores chamados Il Bata Demi. Essas mulheres poca das fes-tividades de sun iam at o Gantois, tocando nestes tambores, onde eram rece-

    bidas por Me Menininha.

    Achei oportuno esse intrito, ante a importncia deste toque para o Can-dombl e, sobretudo, por js no ser somente um ritmo, mas tambm umaNao. Mas, como enuncia o ttulo: js de Lgn Ede no o mes-mo js de sun?

    No! No o mesmo!

    H uma confuso generalizada no que diz respeito ao Toquede js de Lgn Ede. Nesse sentido, no preciso discorrer muito, basta obser-var a dana. Vejamos, se os toques do Candombl esto com consonncia com adana dos Orixs, como fica a dana de Lgn Ede, com o js de sun?

    http://xn--orix%20oxum-n7a/
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    Bom, vou procurar mostrar essa diferena, fundamentando-me em 4 dis-

    cos, todos realizados por renomados membros do Candombl. So eles:

    js de sun: Cinqentenrio de Me Menininha;js de sun: Odn Orin;js de Lgn Ede: Candombl da Casa de smr;js de Lgn Ede: Luiz da Murioca.

    O js de sun:

    Antes do que vou dizer, importante frisar que, h diferenas entre casas,mas vou falar sobre o modo o qual aprendi e da forma que est registrada nosDiscos de Me Menininha e no Disco Odn Orin.

    Assim sendo, importante saber que em nenhum dos trs atabaques, o to-que de js executado da mesma forma. Ou seja, a marcao no Hunl (omenor dos atabaques) distinta do Hunpi (mdio) e, obviamente do Hun (o mai-or dos trs e que faz as variaes). Alm disso, h a importante marcaodo Agogo. Como sei que muitos vo indagar: O Hunpi diferente do Hunl?Peo que escutem atentamente a faixa de sun, do disco Odn Orin (pode ser ode Me Menininha tambm, mas pelo fato da gravao ser antiga, o ouvido temque estar bem apurado, razo pela qual peo que escutem o Odn Orin. Estbem mais fcil de identificar a diferena).

    http://xn--onl%20-%20tamboreiros%20africanos-79c53b/
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    Bom, peo que vejam (com ateno) a marcao bsica do Hunl, iniciadaaos 23 segundos (slep, "slep, open, slep" 1, 2, 3). Aos 25 segundos, entra oHunpi, com uma marcao de 4 batidas invertidas (totalmente distintas do Hun-l, identificaram?). Esse o chamado js de sun.

    E o jsde Lgn Ede?

    Bom, valho-me do antolgico disco de Seu Luiz da Murioca e do Disco deMeu Tio Erenilton:

    CLIQUE AQUI (SEU LUIZ DA MURIOCA)CLIQUE AQUI (OGAN ERENILTON)

    Aqui no h muito que dizer, basta ouvir a diferena des-

    te js(de Lgn Ede) nestes dois Discos, para o jsde sun, cons-tantes nas outras gravaes. Basta falar que, no jsde Lgn, diferentedo jsde sun, o Hunpie Hunl comeam com batidas e tempos di-ferentes. Vejamos:

    Vamos tentar ilustrar da seguinte forma: Open (batida aberta) e Slap (a ba-tida seca fechada).

    Hunldo jsde sun:

    Slap Open Slap

    Hunldo jsde Lgn Ede:Open Open Slap Open Slap Slap Slap Open Open

    Bom, nesse sentido, acho que a diferena notria. Vale destacar, tambmque, no jsde sun, h casas (das trs principais escolas) que a marcaono Hunpie no Hunl a mesma. Mas em todas, o jsde Lgn Ede dis-tinto do jsde sun. Parece algo simples, mas h uma diferena significativa.

    Muitos almejam as 17 passagens da Hamunya ou Toque Daju-a, mas h ain-da, uma profuso de toques que devemos nos atentar e que esto sendo esque-cidos.

    Espero, uma vez mais, ter esclarecido um pouco sobre mais um dos impor-tantes toques do chamado Candombl Ng-Ktu, o qual perteno.

    Por gn Carlos Vincius(potn do Il seIbalmo SP)http://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.html

    http://www.ileibualamo.com.br/logun.mp3http://www.ileibualamo.com.br/logun.mp3http://www.ileibualamo.com.br/logun2.wmahttp://www.ileibualamo.com.br/logun2.wmahttp://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.htmlhttp://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.htmlhttp://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.htmlhttp://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.htmlhttp://www.opotunvinicius.com/2011/08/ijesa-de-logun-ede-nao-e-o-mesmo-ijesa.htmlhttp://www.ileibualamo.com.br/logun2.wmahttp://www.ileibualamo.com.br/logun.mp3
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    Falando de Axcom BbAlexandre

    TLgn EdeA Falando de Ax tem o prazer de entrevistar e homenagear nesta edi-

    o, o Bblrs Alexandre Cheuen TLgn Ede

    Falando de AxBb Alexandre, com que idade voc comeou a se envolver com o Can-

    dombl? Na sua poca, candombl j era coisa pra criana ou ainda existiaum preconceito em cima disso?

    Bb AlexandreCandombl naquela poca era tabu. Na rua onde nasci tinha um can-

    dombl, do falecido Sr. Marinho de Ogun Ayres. Cresci indo escondido da mi-nha me no candombl do seu Marinho. Aquilo tudo j me fascinava!

    Falando de AxSua famlia j era do candombl? Se sim, desde quando? Se no, como

    foi a aceitao deles?

    Bb AlexandreMinha av carnal era iniciada Nn. Mas minha me mantinha certa

    distncia do candombl. Fui uma criana muito doente. Minha me levava aomdico que no me achava nenhuma doena. Um dia ela me levou no Seu Ma-rinho que disse a ela que eu tinha que me iniciar, porm, ela se negou permitira minha iniciao. Vim a me iniciar j com 21 anos, fui com minhas prpriaspernas. Minha famlia foi na minha sada. A aceitao foi difcil.

    Falando de AxVoc um sacerdote que possui uma casa com um nmero consider-

    vel de filhos e amigos, como a convivncia com o ser humano no meio reli-gioso, voc acha fcil?

    ENTREVISTA DO MS

    http://xn--bb%20alexandre%20t%27lgn%20ede-cpc7a59cwh/
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    Bb AlexandreConvivncia humana difcil em qualquer grupo, principalmente no re-

    ligioso. O sacerdote precisa ser imparcial, olhar todos os filhos com os mes-mos olhos. O que serve pra um servir para o outro. Assim tenho feito.

    Falando de AxSua comunidade no Orkut Candombl Aqui Eu Sou Feliz, muito con-

    ceituada pelos temas brilhantes que so abordados e tambm pela posturada mesma, desde sempre foi assim?

    Bb AlexandreSim, o objetivo da comunidade sempre foi exaltar a religio. Quando

    criei o espao foi numa poca onde existia uma comunidade que falava malde todo mundo, principalmente de mim. Creio que ferramentas como o Orkutno pode servir de denncia, pois um prato cheio para os catlicos e pro-testantes. Existem outras formas de protesto ou denncia. At porque nas

    comunidades o negcio toma outra proporo, vira mais para o lado pessoal,ridicularizao.Conto com um grupo de moderadores que so atentos. No adicionamosqualquer um e nem aceitamos temas que exponham o sagrado.

    Falando de AxA Internet tem o seu lado bom e ruim, em sua opinio no que a internet

    fez bem voc? E mal, fez algum? Qual?

    Bb AlexandreA internet uma ferramenta positiva para quem faz dela bom uso. Pra

    mim faz bem porque nela procuro entretenimento. Acho que religio deve serbuscada em templos da religio. Por isso evito certos temas l na comunida-de.

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    Atravs da Net conheci pessoas maravilhosas como y Valria, que se tornouminha amiga pessoal.

    Falando de AxVoc tem um conhecimento bem interessante, nos diga: Voc j bebeu

    de outras fontes, ou se mantm fiel aos ensinamentos de seus mais velhos?

    Bb AlexandreBeber de fontes variadas uma faca de dois gumes. Me considero muito

    novo ainda, tenho apenas 23 anos de iniciado e 13 de sacerdcio. Sou um e-terno aprendiz! Ainda falta muita coisa para eu aprender dentro da minha fa-mlia de orix. Talvez no futuro eu me interesse por outras culturas, de outrasnaes.

    Falando de AxComo o irmo explica essa grande diferena de conhecimento entre os

    sacerdotes do candombl de uma mesma nao, ou seja, porque h uns quefazem coisas to coerentes e outros que fazem tantas loucuras?

    Bb AlexandreAntigamente a transmisso de cargo era coisa respeitada. S abria casa

    quem realmente tinha caminhos pra isso. Hoje em dia todo mundo quer sersacerdote. Brigam com seus antecessores e abrem suas casas sem vnculocom ningum. Catam aqui, ali, inventam um bocado e o resultado est no

    Youtube da vida.

    Falando de AxVoc j sentiu vontade de sair do Rio de Janeiro para outro estado da

    federao?

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    Se sim, qual? Se no, o que lhe prende ao RJ?

    Bb AlexandreSou feliz no Rio de Janeiro. Sinto falta de viver o candombl da Bahia

    apenas.

    Falando de AxOlgn-ede seu rs, o que voc pode nos falar dele? E o que o

    mesmo representa em sua vida, tanto material, quanto espiritual?

    Bb AlexandreFiz santo numa poca que o ban ia pra roa apenas com o enxoval e

    um monte de incertezas. Quase fui iniciado a Oxal.Loguned minha existncia.O que sei de Logun o bsico, trivial nas casas antigas: Pequeno caador/pescador, filho de Ipond e Erinl/Ibualamo mas que tambm um grandefeiticeiro. No consigo me ver sem meu orix.

    Falando de AxPara finalizar essa nossa espetacular entrevista, a qual tivemos grande

    prazer de realizar, deixe uma mensagem para todos os nossos leitores:

    Bb AlexandreTratem o candombl como RELIGIO e seremos mais felizes!

    Obrigado pela oportunidade e at a prxima!

    AX!!!

    http://xn--o%20orix%20logum%20ed%2C%20o%20prncipe%20aclamado-27d53bkh/
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    bmod, Aquela que fazvoc realizar o que deseja

    FOLHA DO MS

    Nome Yorb = bmod, Erdndn, Kant-kant e Kropn.

    Nomes Populares = Folha da fortu-na, fortuna, folha grossa, milagrede So Joaquim.Nome Cientfico = Bryophyllum pin-natum.

    bmoda uma folha bastanteconhecida e utilizada no culto a

    rs, Nkisi e Vodn.De origem asitica, foi introdu-

    zida h muito nas Amricas, hoje en-contrada em todo o territrio nacio-nal. Uma planta de fcil cultivo, jque, brota com grande facilidade,principalmente em lugares e terrasmidas.

    Muito confundida com a Folhada costa (dndun) e com uma florornamental conhecida como Kalan-

    choe. Mesmo a folha da fortuna(bmod) sendo uma substituta dafolha da costa, so duas folhas dis-tintas.

    bmoda uma folha feminina,de r (calma). Regida pelas divin-dades s, rnml e Obtl.Com diversas utilizaes, tanto me-dicinal, quanto litrgica.

    Seu nome (bmod) signifi-ca: O que voc deseja, voc faz.Pelo seu uso em substituio ao

    dndun, tambm chamada de E-r dndun Escravo de dndun.

    Na Nigria, mais precisamenteem Il If, bmod faz parte de u-ma ritualstica mistura de ervas queserve para banhar as estatuetas deObtl e sua esposa Ymow, a-

    ps os sacrifcios rituais.Como folha de s, representa

    a multiplicao e a prosperidade, ca-paz de multiplicar qualquer se, tra-zer prosperidade, afastar coisas ne-fastas e trazer muitas realizaes.Uma folha que no pode faltar nogbo que sacraliza o Yang de s.

    considerada por muitos B-blawo (Sacerdote de rnml) co-mo uma folha de If e bastante

    http://folha%20da%20fortuna/
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    utilizada dentro do culto aomesmo.

    Os Olsanyn (Sacerdote desanyn) utilizam-se da mesma em

    ogn (magias) para prosperidade,afastar a inveja e a obteno de rea-lizaes.

    J os Onsegn (Mdicos her-balistas) a usam para a cura de do-enas de pele, como feridas, furn-culos, lceras e dermatoses em ge-ral.

    No Candombl (Religio afro-brasileira), ela utilizada em rituaisde iniciao, atravs do gbo(preparado utilizado para banhar oubeber), na sacralizao de objetos

    ritualsticos das divindades, para as-sentar s do Mercado, para lavaros bzios (ow eyo) do orculo e emmuitas outras magias para prosperi-dade.

    Medicinalmente a folha da for-tuna (bmod) funciona como diu-rtico, combate encefalias, nevralgi-as, dores de dente, coqueluche e a-feces das vias respiratrias. Etambm bastante utilizada no com-bate a diabetes.

    Por Hrick Lechinski(Ejtol Tsmr)f bmd-

    Encantamento daFolha da Fortuna

    Em Ejogb:

    bmd b mi k e b ti algm b d, l'rk ngbMo d b ow

    bmd, que a minha aspi-rao ser realizada.r k aceita o aspirao

    do camaleo.Que eu aspire o dinheiro.Para receber dinheiro.

    http://folha%20da%20fortuna/http://xn--bmod%20-%20folha%20da%20fortuna-1rc8ad/
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    Os Ciganos na Umbanda

    Falar sobre o denso universo cigano tratar de um assunto bastante com-

    plexo. Talvez muitos ainda no conheam a fundo esse povo que prima pela in-teligncia, pela luz, inspirao, magia, energia, o amor e a fora que cada umtem dentro de si. O grande universo cigano riqussimo em magias de todas asfinalidades, principalmente na Grande Magia de viver. Irmos do Sol e da Lua,utilizam a natureza para fazer seus feitios e magias, filhos dos ventos e das es-trelas so um povo sofrido, sem nenhum apoio governamental, esto espalha-dos pelo mundo inteiro, levam uma vida sofrida e dura sem nenhum conforto oumoleza. Trabalham intensamente a cada dia, enfrentam preconceitos, dificulda-des de todo o tipo, mas ainda assim so um povo que onde passam deixam ale-

    gria, religiosidade, tica, conhecimentos esotricos e deixam sobre tudo o gran-de valor do amor e da vida como ela simplesmente .

    Existe uma legio de espritos ciganos que viveram entre ns, que aindaem sua vida terrena, j eram mestres, de grande entendimento sobre o mundoespiritual. J buscavam luz como forma de atenuar os problemas de ordem fsi-ca, moral e astral. Fazendo desta forma um trabalho que emana amor. Os Espri-tos Ciganos so como todos os outros espritos e tambm dispe da liberdadedo livre arbtrio. Hoje existe uma discusso muito grande sobre o trabalho des-

    tes amigos astrais em linhas no apropriadas para Ciganos, como a Umbanda,por exemplo, torno a dizer que o livre arbtrio ddiva de Deus, e assim sendo,podem estes espritos entrar em qualquer linha espiritual que lhe convenha.

    http://altar%20cigano/
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    Os ditos Ex Wladimir, Ex Cigano, Pombagira Cigana, Ciganinha da Estra-da, e muitos outros, so espritos que por vezes assim se apresentam para amelhor identificao de seus mdiuns e clientes, trabalhando com o mesmo pa-dro apresentado e conhecido. A denominao destes espritos para os prpriospouco importa, se para fazer o trabalho para o qual se tem permisso deDeus, no ir fazer diferena.

    Os Espritos Ciganos de outras linhas, so espritos to ciganos quanto osde linha mais pura, somente ainda no tiveram oportunidade de integrar seuprotegido para que os trabalhos sejam feitos numa linha Roma (Cigana). A influ-ncia destes espritos em distintos setores de nossa vida terrena e espiritual permitida por Duvli (Deus), e conforme o problema que passamos, podemosevocar os Ciganos e pedir por sua ajuda. Estes grandes amigos so bastante co-nhecidos e vibram geralmente pelo domnio do Mestre do Cl que pertencem, no

    entanto cada um deles tem as suas prprias especialidades mgicas, e caracte-rsticas prprias advindas de sua vida terrena. So inmeros os espritos ciganos,sendo impossvel citar todos.

    Saudao: Salve os Ciganos!

    A corrente astral de Umbanda aberta a todos os espritos que queirampraticar a caridade, independentemente de suas origens terrenas e encarnaes,e que os acolhe em suas linhas de ao.

    Houve poca em que dirigentes umbandistas no aceitavam ciganos emseus trabalhos. Eles incorporavam, ento, disfarados, nas linhas dos Baianos,dos Exus e Pombogiras.

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    O Oriente luminoso que organizou a Umbanda, antes das dcadas de 1950e 1960, integrou os espritos ciganos Linha do Oriente. A Umbanda acolhe to-dos os filhos de Deus em suas linhas, e tamanha foi a simpatia do povo umban-dista por essas entidades e a seriedade de seu trabalho, orientando com sabedo-ria, ensinando a beleza da criao e a alegria de viver, que foi criada uma linhaou corrente independente, especfica para eles, com sua prpria hierarquia, ma-gia e ensinamentos.

    Seus trabalhos esto voltados para as necessidades mais terrenas dos con-

    sulentes, e hoje, a influncia do povo cigano na Umbanda cresce cada vez mais.

    Na linha dos Ciganos, encontramos espritos que tiveram encarnaes co-mo ciganos e tambm os que foram atrados para essa linha por afinidade a ma-gia cigana. Por isso, os ciganos na umbanda no tm a obrigatoriedade de falarespanhol ou romans (Dialeto Cigano), ler cartas ou fazer adivinhaes. H osespritos ciganos que fazem isso porque j o faziam quando encarnados e outrosno.

    A linha dos Ciganos tem seus rituais e fundamentos adaptados Umbanda. uma linha espiritual especial, hoje em expanso, cujas entidades trabalham nairradiao dos Orixs, mas louvam sua Padroeira Santa Sara Kali.

    A influencia das entidades ciganas se fez presente desde a metade do s-culo XX, no culto Jurema ou Catimb, com o determinado chefe Kalon, MestreJoo Cigano. Ponto do Mestre Joo Cigano:

    Sou eu rei dos ciganos,

    Sou eu rei dos ciganos,Trabalho em poo fundo,Vim procurar meus mestres,Que curam no outro mundo!

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    Os ciganos so desprendidos das coisas materiais e exemplo de liberdade,de amor natureza e a Deus. So monotestas, conhecem o livre-arbtrio, a leide causa e efeito, acreditam na reencarnao e so austeros e severos do pontode vista religioso.

    So profundos conhecedores das magias e das essncias e dos elementosgua, terra, fogo e ar, das ervas e das pedras, reconhecendo todas as ddivas danatureza como bens divinos.

    Na Umbanda, atuam como guias espirituais de maneira extremamente res-peitosa e sempre procuram mostrar o carter fraterno do povo cigano, seu res-peito com o alimento e a capacidade de repartir o po. Aceitam o ritual umban-dista, como meio evolucionista, e retribuem com suas ricas orientaes e com aalegria de seus cantos e danas.

    So bastante conhecidos na Umbanda os ciganos Wladimir, Juan, Igor, Ia-go, Ramiro, Pablo, Juanito, entre outros e as ciganas Sara, Najara, Carmem, Su-lamita, Sunakana, Sarita, Ilarim, Madalena, Rosita, Esmeralda e muitas outras. Asentidades ciganas atuam nas irradiaes dos diversos Orixs.

    Quando estamos em processo de desenvolvimento da incorporao parareceber em nossa aura os Mestres Ciganos Astrais, teremos pontos comuns a se-rem observados no trabalho astral destes espritos, levando em considerao o

    Grupo ao qual pertencem, e tambm pontos comuns a todos os espritos ciga-nos. Quanto maior for o abandono e a concentrao nesta hora, os sentidos fica-ro mais aguados e o trabalho astral fluir com mais facilidade. Pontos comunsa todos os espritos ciganos so: Sensao de frio e calor ao mesmo tempo naaltura do umbigo, sensao de peso na nuca, alegria, sensao de ser outra pes-soa, incomodo na garganta/laringe, desequilibro, sensao de flutuao, formica-o em todo o corpo, pontas dos dedos sensveis, olhos pesados, sensao deenergia sobre posta, regio lombar sensvel em toda extenso (coluna).

    Por Jssycka Rayanna (LhaerKalinata ki Ritj Shuvanji emKumpania Kal de RamonaTorres)Fonte: O aprendizado a mim pas-sado por minha Bibi, Shuvani Ra-

    mona Torres e o Livro A linha do

    Oriente na Umbanda de Alberto

    Marsicano e Lurdes de Campos

    http://xn--mistrios%20ciganos-ewb/http://xn--mistrios%20ciganos-ewb/
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    Casa onde foifundada a Umbanda demolida,Intolerncia Religiosa?

    Falando de Ax este ms publica dois artigos, artigosesses j publicados em outros meios de comunicao, paraque nossos leitores possam tirar suas prprias conclusesa respeito da demolio da Casa, onde foi fundado o pri-meiro TEMPLO de UMBANDA do BRASIL - A Tenda Esp-rita Nossa Senhora da Piedade (1908).

    Com o acontecido, podemos concluir com certeza, anecessidade da Unio por parte dos adeptos da Umbandae a necessidade de darmos o nosso melhor em prol dessareligio to magnfica, que a cada dia cresce mais, masque ainda est em busca do respeito que deve ser dado mesma por direito.

    http://casa%20onde%20foi%20fundada%20a%20umbanda%20sendo%20demolida/
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    Umbandistas pedem tombamento de imvel parabarrar demolio de bero da religio

    Fabola Ortiz

    Especial para o UOL NotciasNo Rio de Janeiro

    Com o bero da umbanda prestes a ser demolido, lideranas religiosas en-traram com pedido de tombamento para salvar a primeira casa da religio noEstado do Rio de Janeiro.

    A casa onde viveu o fundador da umbanda, Zlio de Moraes, onde foi fun-dada a Tenda Esprita Nossa Senhora da Piedade, fica na rua Floriano Peixoto de

    nmero 30, localizada no bairro de Neves, no municpio de So Gonalo (RJ). Jmuito desgastada pelo tempo e sem preservao, o imvel dar lugar a um gal-po.

    Estamos fazendo agora um movimento para ver se conseguimos tombara casa, impedir que seja destruda e recuper-la. A obra particular de umapessoa que comprou o imvel e l existe a casa muito antiga que ele pretendedemolir. Queremos primeiro tentar conversar com o comprador do terreno ondeest o imvel para chegarmos a uma soluo amigvel e conciliar os interesses,

    disse ao UOL Notcias Pedro Miranda, presidente da Unio Espiritista de Um-banda do Brasil.

    A casa pertencia aos familiares do fundador da religio de matriz afro-brasileira e a sua venda recente, estima a liderana religiosa, pois s agora anotcia da provvel demolio veio a pblico.

    Segundo Pedro Miranda, a comunidade umbandista foi pega de surpresaquando soube da venda do imvel. A demolio est prevista para esta semana,

    mas ainda no est definida a data. Mas as lideranas umbandistas j se articu-laram numa reunio marcada para esta quinta-feira (dia 06/10/11) em frente casa em Neves para liderar um movimento de proteo e preservao ao beroda umbanda.

    Naquela casa, em 15 de novembro de 1908, um jovem de 17 anos cha-mado Zlio de Moraes teve uma manifestao espiritual que lhe teria revelado oincio de um movimento espiritualista chamado umbanda. Ali nasceu a primeiratenda Nossa Senhora da Piedade. A casa era de propriedade da famlia do Zlio,mas parte dos descendentes no seguiu a linha da umbanda e resolveu vendero imvel, conta Miranda.

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    A liderana ainda desconhece quem foi o comprador do terreno e disse serum comerciante de origem portuguesa.

    O que se pretende a preservao histrica desse patrimnio espiritual etambm do imvel onde esse fenmeno ocorreu. Ali nasceu a tenda de umbandasob a orientao de Caboclo das Sete Encruzilhadas, explicou.

    A Unio Espiritista de Umbanda do Brasil j enviou, nesta segunda-feira(03/10/11), ao Iphan (Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional) umpedido de tombamento da casa e tambm est em contato com a prefeitura deSo Gonalo em busca de apoio para impedir que ocorra a demolio.

    Para ganhar tempo, as lideranas religiosas estudam ainda entrar com umaao na Justia para pedir a suspenso das obras no terreno at que o tomba-

    mento seja avaliado pelo Iphan. Mas primeiro queremos ter uma conversa diretacom o proprietrio, diz Miranda.

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtm

    Casa onde nasceu a umbanda, em So Gonalo,comea a ser demolida

    A histria do surgimento da umbanda, que comeou a ser escrita numa ca-sa centenria na Rua Floriano Peixoto, em Neves, So Gonalo, est reduzida aescombros. O antigo terreiro de Zlio de Moraes, que abrigou as primeiras ses-ses da nica manifestao religiosa 100% brasileira, em 1908, comeou a serdestrudo nesta segunda-feira. O bero da religio poderia ter sido salvo por umdecreto da prefeita Aparecida Panisset que evanglica. Mas a prefeitura dei-

    xou que o imvel fosse degradado pelo tempo, vendido e, finalmente, posto a-baixo.

    A fachada e a parte lateral do imvel j foram derrubadas. A casa deve sertotalmente demolida at sexta-feira, segundo o mestre de obras Gilson Derbui,de 54 anos. Ele coordena a equipe de oito trabalhadores, entre pedreiros e aju-dantes, que trabalha h quatro meses na obra.

    Essa casa est em runas. A madeira est cheia de cupim, e poderia o-correr um desabamento a qualquer momento afirma.

    O terreno, que pertencia famlia do fundador da umbanda, foi vendido nofim de 2010 ao militar Wanderley da Silva, de 65 anos, que ir transformar o lo-cal numa loja de alumnio. O novo proprietrio no foi encontrado.

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtmhttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtmhttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtmhttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtmhttp://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/04/umbandistas-pedem-tombamento-de-imovel-para-barrar-demolicao-de-berco-da-religiao-no-rio.jhtm
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    As paredes da sala, que j serviram de abrigo s manifestaes religiosas,exibem contas de material de construo, rabiscadas a lpis pelos pedreiros quetrabalham l. Um dos quartos virou depsito, com sacos de cimento empilhados.Na rea, um fogo aquece a marmita, o caf e a comida para o cachorro Leo,que protege a obra nas madrugadas.

    At a reportagem do ltimo domingo do EXTRA, o bero da umbanda eraum patrimnio desconhecido por moradores e pedreiros.

    Fui criado aqui e nunca ouvi falar disso garante o comerciante Antoni-o Almeida Ferreira, de 43 anos, que mora em frente ao local desde a infncia.

    O pedreiro Edno Correia da Silva, o Neneco, de 48 anos, umbandista. Ese surpreende quando informado que estava colocando abaixo o local onde asua religio foi criada:

    Cheguei a me arrepiarhttp://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao

    -goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.html

    Intolerncia Religiosa ou No?

    http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao-goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.htmlhttp://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao-goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.htmlhttp://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao-goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.htmlhttp://casa%20onde%20foi%20fundada%20a%20umbanda%20sendo%20demolida/http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao-goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.htmlhttp://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-nasceu-umbanda-em-sao-goncalo-comeca-ser-demolida-2722887.html
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    SANTO DO MS

    Nossa Senhora de

    Aparecida, A MePadroeira doBrasil

    A Falando de Ax esse ms, atra-vs da coluna Santo do Ms, homenageia

    Nossa Senhora da Conceio Aparecida,a Santa Padroeira do nosso Brasil, sin-cretizada com a Orix Oxum em algunsTemplos de Umbanda, a protetora dasCrianas e tambm padroeira de todosos Ciganos Brasileiros.

    A histria de Nossa Senhora da Concei-o Aparecida tem seu incio pelos meados de1717, quando chegou a notcia de que o Con-

    de de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portu-gal , Governador da Provncia de So Paulo eMinas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratin-guet, a caminho de Vila Rica, hoje cidade deOuro Preto - MG.

    Convocado pela Cmara de Guaratin-guet, os pescadores Domingos Garcia, FilipePedroso e Joo Alves saram a procura de pei-xes no Rio Paraba. Desceram o rio e nadaconseguiram. Depois de muitas tentativas semsucesso, chegaram ao Porto Itaguau.

    Joo Alves lanou a rede nas guas eapanhou o corpo de uma imagem de NossaSenhora da Conceio sem a cabea. Lanounovamente a rede e apanhou a cabea damesma imagem. Da em diante os peixes che-garam em abundncia para os trs humildespescadores.

    Durante 15 anos seguidos, a imagemficou com a famlia de Felipe Pedroso, que a

    levou para casa, onde as pessoas da vizinhan-a se reuniam para rezar. A devoo foi cres-cendo no meio do povo e muitas graas foramalcanadas por aqueles que rezavam diante aimagem.

    A fama dos poderes extraordinrios deNossa Senhora foi se espalhando pelas regiesdo Brasil. A famlia construiu um oratrio, quelogo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o

    Vigrio de Guaratinguet construiu uma Cape-la no alto do Morro dos Coqueiros, aberta visitao pblica em 26 de julho de 1745. Maso nmero de fiis aumentava, e, em 1834 foiiniciada a construo de uma igreja maior(atual Baslica Velha).

    No ano de 1894, chegou a Aparecidaum grupo de padres e irmos da Congregaodos Missionrios Redentoristas, para trabalhar

    no atendimento aos romeiros que acorriamaos ps da Virgem Maria para rezar com a Se-nhora "Aparecida" das guas.

    A 8 de setembro de 1904, a Imagem deNossa Senhora da Conceio Aparecida foi co-roada, solenemente, por D. Jos CamargoBarros. No dia 29 de Abril de 1908, a igrejarecebeu o ttulo de Baslica Menor.

    Vinte anos depois, a 17 de dezembro de1928, a vila que se formara ao redor da igrejano alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Mu-nicpio. E, em 1929, nossa Senhora foi procla-mada:

    SANTO DO MS

    http://pintura%20de%20nossa%20senhora%20de%20aparecida/
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    RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRAOFICIAL, por determinao do Papa Pio XI.

    Com o passar do tempo, a devoo aNossa Senhora da Conceio Aparecida foicrescendo e o nmero de romeiros foi aumen-tando cada vez mais. A primeira Baslica tor-nou-se pequena.

    Era necessrio a construo de outrotemplo, bem maior, que pudesse acomodartantos romeiros. Por iniciativa dos missionriosRedentoristas e dos Senhores Bispos, teve in-cio em 11 de Novembro de 1955 a construode uma outra igreja, atual Baslica Nova.

    Em 1980, ainda em construo, foi con-

    sagrada pelo Papa Joo Paulo ll e recebeu ottulo de Baslica Menor. Em 1984, a Confern-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de-clarou oficialmente a Baslica de Aparecida:Santurio Nacional; "maior Santurio Marianodo mundo".

    O Padre Francisco da Silveira, que es-creveu a crnica de uma Misso realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da

    Virgem Aparecida como famosa pelos muitosmilagres realizados. E acrescentava que nu-merosos eram os peregrinos que vinham delongas distncias para agradecer os favoresrecebidos. Mencionamos aqui trs grandesprodgios ocorridos por intercesso de NossaSenhora Aparecida.

    O primeiro prodgio, sem dvida algu-ma, foi a pesca abundante que se seguiu ao

    encontro da imagem. No h outras refern-cias sobre o fato a no ser aquela da narrativado achado da imagem: E, continuando a pes-caria, no tendo at ento pego peixe algum,dali por diante foi to abundante a pesca, quereceosos de naufragarem pelo muito peixeque tinham nas canoas, os pescadores se reti-raram as suas casas, admirados com o queocorrera.

    Entretanto, o mais simblico e rico designificativo, sem dvida, foi o milagre das ve-las pela sua ntima relao com a f. Aconte-ceu no primitivo oratrio do Itaguau, quandoo povo se encontrava em orao diante da i-

    magem.

    Numa noite, durante a reza do tero, asvelas apagaram-se repentinamente e sem mo-tivo, pois no ventava na ocasio. Houve es-panto entre os devotos e, quando Silvana daRocha procurou acend-las novamente, elasse acenderam por si, prodigiosamente.

    Significativo tambm o prodgio dascorrentes que se soltaram das mos de umescravo, quando este implorava a proteo daSenhora Aparecida. Existem muitas versesorais sobre o fato. Algumas so ricas em por-menores. O primeiro a mencion-lo por escritofoi o Padre Claro Francisco de Vasconcelos,em 1828.

    A Pesca Milagrosa

    A Cmara Administrativa de Guaratin-guet decidiu e pronto. A poca no era favo-rvel pescaria, mas os pescadores que sevirassem. O Conde tinha que provar do peixedo rio Paraba.

    E a convocao foi lida em toda a re-dondeza. Joo Alves, Domingos Garcia e Feli-pe Pedroso, moradores de Itaguau, pegaramseus barcos, suas redes e se lanaram na dif-cil tarefa. Remaram a noite toda sem nadapescar.

    No Porto de Itaguau, lanaram maisuma vez as redes. Joo Alves sentiu que a suarede pesava. Sero peixes? Puxou-a. No. Noeram peixes. Era o corpo de uma imagem.Mas e a cabea, onde estava? Guardou o a-chado no fundo do barco. Continuaram ten-tando achar peixes.

    http://pintura%20de%20quando%20%20nossa%20senhora%20de%20aparecida%20foi%20achada/
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    De repente, na rede do mesmo pesca-dor, uma cabea enegrecida de imagem. JooAlves pegou o corpo do fundo do barco e a-proximou-o da cabea. Justinhos. Aquilo spodia ser milagre. Benzeram-se e enrolaramos pedaos num pano. Continuaram a pescari-a. Agora os peixes sabiam direitinho o endere-o de suas redes. E foram tantos que temerampela fragilidade dos barcos...

    O milagre das velas

    Depois que chegaram da pescaria ondeencontraram a Senhora, Felipe Pedroso levoua imagem para sua casa conservando-a duran-te 5 anos.

    Quando de sua mudana para o bairroda Ponte Alta deu a imagem a seu filho Atha-nsio Pedroso que morava no Porto de Itagua-u bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso,Joo Alves e Domingos Garcia haviam encon-trado a imagem.

    Athansio fez um altar de madeira ecolocou a Imagem Milagrosa da Senhora Apa-recida. Aos sbados seus vizinhos se reuniam

    para rezar um tero em sua devoo. Em cer-ta ocasio, ao rezar o tero, 2 velas se apaga-ram no altar de Nossa Senhora, o que eramuito estranho, pois aquela noite estava mui-to calma e no havia motivo para o aconteci-mento.

    Silvana da Rocha, que no dia acompa-nhava o tero, quiz acender as velas, porm,as mesmas se acenderam sem que ningum

    as tocasse, como um perfeito milagre. Destadata em diante a Imagem Milagrosa de NossaSenhora Aparecida deixou de pertencer fa-mlia de Felipe Pedroso para ficar pertencendoa todos ns, devotos da Santa Milagrosa.

    Romeiros de Nossa Senhora Apare-cida

    Dos milhes de romeiros que visitam oSanturio Nacional de Aparecida, muitos soportadores de angstia, outros tantos, da es-perana. Esperana de cura, de emprego, demelhores dias, de paz.

    Eles chegam de nibus, de carro, detrem (em tempo passado), de moto, de bici-cleta, a cavalo e a p. So pobres e ricos; socultos e ignorantes; so homens pblicos ecidados comuns. Aqui estiveram o Papa, prn-cipes, princesas, presidentes, poetas, padres,bispos, prioras, patres e empregados. Vieramos pescadores.

    Muitos cumprem um ritual que comeoucom seus avs e persiste at hoje. Outros vmpela primeira vez. Ficam perplexos diante dotamanho do Santurio e de sua beleza. A Ima-gem os extasia.

    A f traz o romeiro a Aparecida leva-o acomportamentos de pincis famosos, cmaras

    e versos imortais. Olhos que buscam, vascu-lham ou se fecham para ler as mensagens se-cretas que trazem na alma. Lbios que balbu-ciam ave-marias, atropeladas pela pressa dasmuitas intenes.

    Mos que seguram as contas do ros-rio, a vela, o retrato, as flores, o chapu. Joe-lho que se dobram e se arrastam, em atitudede total despojamento. Ps cansados pela pro-

    cura de suas certezas. Corao nas mos emforma de oferenda. Na alma, profundo sensodo sagrado.

    O cho que pisam, a porta que trans-pem, as pessoas que aqui residem, tudo tempara eles significado transcendente. Este oromeiro de Nossa Senhora Aparecida. Almapura, simples, do devoto que acredita, que seentrega proteo dos cus, sem dvidas ou

    restries.

    Por Pe. Antonio Queirozdos Santos, C.Ss.R.Fonte: http://www.santuarionacional.com

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    Orao Nossa Senhora de Aparecida, A Padroeira do Brasil -(12 de outubro)

    incomparvel Senhora da Conceio Aparecida. Me de meuDeus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refgio e Con-solao dos aflitos e atribulados, Virgem Santssima; cheia depoder e bondade, lanai sobre ns um olhar favorvel, para que

    sejamos socorridos em todas as necessidades.Lembrai-vos, clementssima Me Aparecida, que no se consta que

    de todos os que tm a vs recorrido, invocado vosso santssimonome e implorado vossa singular proteo, fosse por vs algum

    abandonado.Animado com esta confiana a vs recorro: tomo-vos de hoje parasempre por minha me, minha protetora, minha consolao e gui-

    a, minha esperana e minha luz na hora da morte.Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e

    a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendi-ta, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes,da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e ma-les que nos possam flagelar. Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negcios espirituais e temporais; livrai-nos datentao do demnio, para que, trilhando o caminho da virtude,

    pelos merecimentos da vossa purssima Virgindade e do precioss-

    simo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar naeterna glria, por todos os sculos dos sculos.Amm.

    http://imagem%20de%20nossa%20senhora%20de%20aparecida/
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    PERSONALINADES NEGRASLima Barreto

    Afonso Henriques de Lima Barretoera mestio, filho de um tipgrafo e deuma professora, que morreu quando eletinha apenas sete anos. Estudou no Co-lgio Pedro 2o e depois cursou engenha-ria na Escola Politcnica. Ainda estu-dante, comeou a publicar seus textosem pequenos jornais e revistas estudan-tis.

    Com o agravamento do estado desade de seu pai, que sofria de proble-mas mentais, abandonou a faculdade epassou a trabalhar na Secretaria deGuerra, ocupando um cargo burocrti-co.

    Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto pas-sou a colaborar para diversas revistas literrias como "Careta", "Fon-Fon"e "O Malho".

    Seu primeiro romance, "Recordaes do Escrivo Isaas Caminha",foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo ha-via fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clssi-ca Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores roman-ces, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a stira poltica

    "Numa e a Ninfa".

    Lima Barreto militou na imprensa, durante este perodo, lutando con-tra as injustias sociais e os preconceitos de raa, de que ele prprio eravtima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospcio Nacional, paratratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviopblico por um decreto presidencial.

    Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatrio. As expe-

    rincias deste perodo foram narradas pelo prprio Lima Barreto no livro"Cemitrio dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a stira "Vida e Mortede M. J. Gonzaga de S", inspirada no Baro do Rio Branco, e ambientadano Rio de Janeiro.

    http://lima%20barreto/
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    Lima Barreto candidatou-se em duas ocasies Academia Brasileirade Letras. No obteve a vaga, mas chegou a receber uma meno honrosa.Em 1922 o estado de sade de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente,culminando com um ataque cardaco. O escritor morreu aos 41 anos, dei-xando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crnicas e ensaios,alm de crtica literria, memrias e uma vasta correspondncia. Grandeparte de seus escritos foi publicada postumamente.

    http://busto%20de%20lima%20barreto%20no%20rio%20de%20janeiro/
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    If Divination

    PoetryProf Dr. Wande bmbol

    Livro do MsDr. Wande bmbol Phd e ocupa

    a posio de wseAwo gby of Il If sun state/Nigria ("porta-voz e

    embaixador do If e da cultura Yorub nomundo"), um Oly If de Il If. Drbmbol conselheiro especial dopresidente da Repblica da Nigria sobreassuntos culturais e questes tradicionais.

    Sabemos da importncia de umaorientao, para uma melhor

    compreenso dos poemas de If. atravsdos Versos que sabemos o que deve e oque no se deve ser feito e dito. Portanto,saber interpretar fundamental. E esteo objetivo de Wande bmbol nestelivro: ensinar a interpretar os versos deIf.

    Boa Leitura.Wre fn .

    Altera a Lei no 9.394, de 20de dezembro de 1996,

    modificada pela Lei . 10.639,

    de 9 de janeiro de 2003, queestabelece as diretrizes ebases da educao nacional,

    para incluir no currculooficial da rede de ensino a

    obrigatoriedade da temticaHistria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena.

    http://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://www.leidireto.com.br/lei-.htmlhttp://fazervaleralei.blogspot.com/
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    A Revista Falando de Ax est fazendo uma promo-o de divulgao, faa suas divulgaes na Revista,nos prximos meses: Outubro, Novembro e Dezem-bro, GRATUITAMENTE!!! s entrar em contato conosco, mandando sua di-vulgao pelo e-mail: [email protected] nos contatando pelos telefones: 41 8469-1985(OI) 41 9805-9770(TIM), Hrick Lechinski.Aguardamos seu contato...

    mailto:[email protected]://respeito%20a%20diversidade%20religiosa/mailto:[email protected]://igualdade%20racial/
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    RevistaE-mail: [email protected]

    Orkut: Revista Online Falando de Axhttp://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10758619178602102938

    Editor: Hrick Lechinski (Ejtol Tsmr)E-mail: [email protected]

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    Agradecimentos aos nossos Colaboradores.Qualquer sugesto, crtica ou reclamao, entre em contato

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