Faixa 6 do CD “Botando a Boca no Trombone 1” Rolagem Automática.

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Faixa 6 do CD “Botando a Boca no Trombone 1” Rolagem Automática

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Se não fosse imposto,se não fosse salário,não seria a contragosto,anualmente, declarado,nem estamparia no rostoaquela expressão nacional de otário. Todo ano, tudo afobado,as mesmas dúvidas por todo estado:faço em conjunto ou em separado?faço completo ou simplificado?

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Tempo de caça aos comprovantes,lápis, papel e atenção.Declaração, que não é de amantes,mas a mordida é de leão;declaração, que não é de amantes,mas a mordida é de leão. Apesar de o limite por dependente,ser o que você gasta mensalmente,tolerância, não leve a mal,pois a mordidavai toda pro social. 

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Todo ano, que desespero,onde vou arrumar dinheiro,para o imposto do salário pagar?Ora, não esquente companheiro!Procure o guarda-chuva protetor do banqueiroe ajude o pobrezinho a não quebrar.Procure o guarda-chuva protetor do banqueiroe ajude o pobrezinho a não quebrar. 

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Arranjo: Ozias FerreiraComposição e Voz: J. Coêlho

A seguir a prosa “Mordida de Leão” desenvolve um pouco mais o tema que gerou a composição ”Imposto de Renda”

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Existe uma tese de que salário não é renda. Mas, mesmo para aqueles que possuem rendas, tais como: arrendamentos, ganhos de capital, aluguéis, o processo para declaração do Imposto de Renda deveria ser mais racional e simplificada. Para nós assalariados fica difícil entender o porquê de, após todos os meses de descontos nos salários, sofrermos outra dentada do Leão ou sermos, em alguns casos contemplados com uma restituição. O Estado deveria controlar as pessoas econômica e financeiramente por meio do cadastro de Pessoas Físicas – CPF e das informações que deveriam ser obrigatoriamente prestadas pelas instituições envolvidas: empresas empregadoras, bolsas de valores, bancos, financeiras, registros de imóveis , lojas de câmbio, agências de automóveis, joalherias, antiquários, agências de motos, marchantes, hipódromos, instituições gerenciadoras de loterias e similares…

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A filosofia de controle não deveria estar voltada para o lucro, mas sim para o faturamento , aumento de patrimônio e ganhos de capital. Assim, assalariados, prestadores de serviços e empresas pagariam um imposto de 6% sobre o faturado, recebido ou ganho, a título de imposto de renda. O controle da sonegação seria feito com base numa lei que caracterizasse que todo aumento de patrimônio deve corresponder uma tributação de 6% a título de imposto de renda.

Assim, levantado os bens de uma determinada pessoa física ou jurídica , verificado o aumento patrimonial e levantado o valor do imposto de renda pago, se este último correspondesse a menos de 6%, a diferença seria devida ao fisco. Alguns podem dizer que isso é contrário ao direito de privacidade do indivíduo ou às liberdades individuais, entretanto que problemas esse controle poderia trazer para quem vive de forma honesta e legal?

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O que não pode é continuar essa irracionalidade de limitar os abatimentos e ao mesmo tempo liberar os preços das mensalidades de colégios e universidades. O que não pode é continuar com abatimentos por dependente anual menores do que os gastos reais por mês.  O que não pode é continuar essa sonegação desvairada, que pode ser facilmente comprovada pelo confronto de informações recebidas sobre as variações patrimoniais e o imposto pago.

Além do que, é muito mais fácil as instituições, com suas estruturas, informarem sobre as parcelas que constituem o patrimônio das pessoas físicas, do que estas correrem atrás de comprovantes e sofrerem o “dilema de Abril” : declaro em conjunto ou separado, declaro no verde ou no azul? “ Imposto de Renda” retrata a nossa expressão de otário nos meses de Abril e a nossa contrariedade, desconforto e até desespero quando a mordida é grande e é necessário arranjar mais dinheiro para complementar o pagamento do imposto. 

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“ Imposto de Renda” é resposta em rimas à ironia da Legislação com os assalariados deste “gigante pela própria natureza”. 

Formatação e Texto: J. Coêlho