FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de...

82
FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PARA O ENSINO NA ÁREA DE SAÚDE REBECA LUIZ DE FREITAS TESTE DE PROGRESSO PARA ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM UMA FACULDADE ESPECIALIZADA EM CURSOS NA ÁREA DA SAÚDE: AVALIAÇÃO DA ADESÃO E DESEMPENHO RECIFE 2015

Transcript of FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de...

Page 1: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO

PARA O ENSINO NA ÁREA DE SAÚDE

REBECA LUIZ DE FREITAS

TESTE DE PROGRESSO PARA ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM

UMA FACULDADE ESPECIALIZADA EM CURSOS NA ÁREA DA

SAÚDE: AVALIAÇÃO DA ADESÃO E DESEMPENHO

RECIFE

2015

Page 2: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO

PARA O ENSINO NA ÁREA DE SAÚDE

REBECA LUIZ DE FREITAS

TESTE DE PROGRESSO PARA ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM

UMA FACULDADE ESPECIALIZADA EM CURSOS NA ÁREA DA

SAÚDE: AVALIAÇÃO DA ADESÃO E DESEMPENHO

Dissertação apresentada na Faculdade

Pernambucana de Saúde como requisito

para obtenção do grau de mestre em

Educação para o Ensino na Saúde.

Linha de Pesquisa: Avaliação de estudantes, da aprendizagem e

de ambientes de ensino-aprendizagem.

Orientadora: Prof. Taciana Duque de Almeida Braga

Co-orientadora: Prof. Manoela Almeida Santos da Figueira

RECIFE

2015

Page 3: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 4: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

REBECA LUIZ DE FREITAS

TESTE DE PROGRESSO PARA ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO

EM UMA FACULDADE ESPECIALIZADA EM CURSOS NA ÁREA

DA SAÚDE: AVALIAÇÃO DA ADESÃO E DESEMPENHO

Dissertação apresentada em: 27 de abril de 2015 para Banca

Membros da Banca Examinadora:

Profa. Dra. Taciana Duque de Almeida Braga – Orientador

Profa. Dra. Patrícia Gomes de Matos Bezerra – Membro interno

Profa. Dra. Suênia Tavares de Machado Franca – IMIP

Page 5: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

DEDICATÓRIA

“Contigo encontrei forças pra mudar

No teu espelho vi meu rosto mais feliz

Lembro das noites da paulicéia

dos ensaios de um verão

E eu nunca mais seria o mesmo, desde então

que um brilho estranho me tocou...

E quem te conheceu não esquecerá

Tua coragem e loucura de se dar

na poesia,

tua alegria e solidão

teu generoso coração

te deste à luz de ser o eterno sonhador

Tua presença não morreu com teu corpo.

Longe demais

foi teu caminho

e breve demais

teu tempo aqui

Longe daqui

onde tu estás

Onde vai a canção

Vou ficar pensando em ti

é impossível não ter saudade...” BRILHO ESTRANHO - Guilherme Arantes

Porque seria uma vitória sua também, Painho!

Page 6: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

AGRADECIMENTOS

A Profa. Taciana Duque pela dedicação, orientação e confiança;

A Profa. Manoela Figueira por acreditar que eu seria capaz e pelo incentivo. Jamais

esquecerei o apoio no momento mais difícil de minha vida;

As amigas que fiz nos encontros do NDE de Odontologia: Manu, Lu, Lud e Alci;

Aos que fazem a odontologia do IMIP, em especial a Dra. Veronica que esteve sempre

confiante na minha capacidade;

A minha amiga Maria Goretti por ter sido uma irmã;

Aos meus queridos e grandes novos amigos do mestrado, com destaque ao Grupo com

uma Segunda Opinião;

A Profa. Rafaella Cursino e seus estudantes pela contribuição, permitido engrandecer

minha pesquisa ajudando na validação do instrumento;

Aos estudantes da FPS que concordaram em participar desta pesquisa alvo de minha

inquietação;

Ao IMIP e a FPS, instituições que contribuem de forma marcante, com a minha

formação pessoal, profissional, acadêmica e docente;

A Deus, pela família que tenho, pois sempre foi a minha fortaleza, meu apoio e fonte de

amor e dedicação. Hoje incompleta, mas ainda assim forte. Obrigada a minha mãezinha

e meus irmãos Thales e Claudinha.

Page 7: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

“Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o

universo de cada um se resume ao tamanho do seu saber.”

Albert Einstein

Page 8: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Rebeca Luiz de Freitas

Cirurgiã-Dentista – Odontopediatra do IMIP

[email protected]

Taciana Duque de Almeida Braga

Médica – Coordenadora do Curso de Medicina da FPS

[email protected]

Manoela Almeida Santos da Figueira

Cirurgiã-Dentista – Ortodontista do IMIP

[email protected]

Page 9: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

RESUMO

Introdução: O teste de progresso é uma avaliação em que grupos de estudantes em

diferentes estágios de aprendizagem recebem o mesmo teste escrito no mesmo

momento. É um teste abrangente por conter várias áreas de conhecimento, é transversal

quando compara o desempenho de diferentes grupos de níveis diferentes de um mesmo

curso e pode ainda ser considerado longitudinal quando compara o desempenho ao

longo do tempo. Usado como um instrumento de avaliação comparativo nos cursos da

área de saúde em vários países, inclusive o Brasil, o teste de progresso deve ser visto

como uma ferramenta valiosa no processo de ensino e aprendizagem. A Faculdade

Pernambucana de Saúde instituiu, desde a sua criação, o teste de progresso para todos

os seus cursos, como instrumento formativo. O teste de progresso proporciona ao

estudante conhecer sua evolução cognitiva, identificando seus próprios problemas.

Acredita-se que a aceitação e adesão a esse teste dependerão da compreensão dos

estudantes sobre os seus benefícios. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos

estudantes sobre o teste de progresso como instrumento de acompanhamento do

progresso da aprendizagem, além de avaliar a associação da adesão e o desempenho no

teste de progresso com os fatores sociodemográficos e acadêmicos. Método: Estudo

quantitativo de corte transversal descritivo com componente analítico, mediante a

aplicação de questionário estruturado, observando as variáveis de fatores acadêmico e

sociodemográfico do estudante, e de avaliação do conhecimento do estudante sobre o

teste de progresso através de escala de Likert. A amostra foi composta por estudantes

dos cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia da Faculdade

Pernambucana de Saúde. Os dados foram analisados no programa Microsoft Office

Excel® e no programa Epi info® versão 7.1.3.10. O teste t de student foi utilizado para

Page 10: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

comparar a diferença de médias entre as variáveis contínuas e o teste do qui-quadrado

para comparar a diferença de proporções entre as variáveis categóricas, empregando-se

o teste exato de Fisher, quando indicado. A opinião dos estudantes sobre o teste de

progresso foi avaliada através da análise do Ranking Médio. Resultados: Foram

pesquisados 288 estudantes. A idade dos estudantes, em média, foi de 23,7 anos, sendo

78,8% do sexo feminino, a maioria solteiros. A adesão ao teste foi de 84,9%, sendo

maior nos estudantes de Medicina. Os estudantes que trabalhavam, além de estudar,

apresentaram menor adesão ao teste de progresso que os demais. A análise da opinião

dos estudantes sobre o teste demonstrou concordância com a maioria das assertivas que

apontavam para os benefícios do teste, como considerar o teste importante e útil para o

aprendizado. Embora considerem um teste longo e cansativo, os estudantes concordam

que o tempo é suficiente para respondê-lo. Conclusões: A população estudada

apresentou uma adesão ao teste de progresso de 84,9% e o reconhece como importante

ferramenta no processo de aprendizagem; os estudantes que trabalham apresentaram

menor adesão. As contradições a respeito da importância do feedback podem apontar

para a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o formato de obtenção desse

feedback.

Palavras-chave: Teste de Progresso; Educação Superior; Avaliação Educacional;

Aprendizagem.

Page 11: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

ABSTRACT

Background: Progress test is an assessment that student´s groups at different stages

receive the same written test at the same time. It is considered a comprehensive test

because it contains several knowledge areas, it is transverse when comparing the

performance of diferente levels of the same course and it can still be seen as

longitudinal since it compares the performance over time. Used as a comparative

assessment tool in in healthcare courses in several countries, including Brazil, the

progress test should be seen as a valuable tool in the process of teaching and learning.

The Faculdade Pernambucana de Saúde instituted the progress test for all its courses, as

a formative tool, since its inception. The progress test provides the student to know their

cognitive development, identifying their own problems. It is believed that the

acceptance and adherence to the test will depend on the students' understanding of its

benefits. Objectives: To evaluate students' knowledge about the progress test as a

monitoring tool of the learning progress, and to evaluate the association between

adherence and performance in the progress test with sociodemographic and academic

factors; Methods: This is a cross-sectional descriptive quantitative study with analytical

component, by applying a structural questionnaire, evaluating the variables of students’

socio-demographic and academic factors and assessing the student´s knowledge about

the progress test. The sample consisted of students of Medicine, Nursery, Physiotherapy

and Pharmacy from Faculdade Pernambucana de Saúde. The data were analyzed on

Microsoft Office Excel® and Epi info® version 7.1.3.10. The t student test was used to

compare the mean differences between continuous variables and the chi-square test to

compare the difference in proportions between categorical variables, using Fisher's

exact test, when appropriate. Students’ opinion about the progress test was evaluated by

Page 12: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Mean Scores analysis. Results: 288 students were studied. The average age of the

students was 23.73 years, being 78% female, and most of them were single. Adherence

to progress test was 84.97% and it was higher on the medical student. Students who

worked, beside studying, had lower adherence to the test, then the others, which was

statistically significant. Their opinios’ analysis about the test showed agreement with

most of the assertives that pointed to benefits of the test, such as considering the test

important and useful for learning. Although they consider the test long and tiring, the

students agreed they have enough time to answer it. Conclusions: The studied

population had good adhesion to the progress test and recognizes it as an important tool

in the learning process; working students had lower adhesion. The contradictions about

the importance of feedback can pointed out to the need for a broader discussion about

the its format.

Key-words: Assessment, Evaluation, Health Education, Educational Measurement.

Page 13: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

LISTAS DE ABREVIATURAS

ABP – Aprendizagem Baseada em Problemas

DP – Desvio Padrão

FPS – Faculdade Pernambucana de Saúde

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMIP – Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira

NDE – Núcleo Docente Estruturante

PBL – Problem Based Learning

RM – Ranking Médio

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Page 14: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

LISTA DE TABELAS

Páginas

Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características

sociodemográficas. FPS, 2014

55

Tabela 2 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características

acadêmicas. FPS, 2014

56

Tabela 3 – Ranking Médio para escala de Likert – Opinião dos estudantes

sobre o Teste de Progresso. FPS, 2014

57

Page 15: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO .......................................................................... 16

II. OBJETIVOS .............................................................................. 25

2.1 Objetivo Geral ................................................................................ 25

2.2 Objetivos Específicos ...................................................................... 25

III. MÉTODO .................................................................................... 26

3.1 Desenho do estudo ......................................................................... 26

3.2 Local do estudo .............................................................................. 26

3.3 Período do estudo ........................................................................... 26

3.4 População do estudo ....................................................................... 27

3.5 Amostra do estudo ......................................................................... 27

3.6 Critérios para seleção dos participantes ............................................... 27

3.6.1 Critérios de inclusão .............................................................. 27

3.6.2 Critérios de exclusão ............................................................... 28

3.7 Definição dos termos e variáveis ...................................................... 28

3.8 Coleta de dados ............................................................................ 30

3.8.1 Identificação dos estudantes/apresentação e

recrutamento/elaboração do questionário ...................................

30

3.8.2 Instrumento para coleta de dados ............................................. 31

3.9 Processamento e análise de dados ................................................... 32

3.10 Aspectos éticos ........................................................................... 32

IV. RESULTADOS ........................................................................... 34

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................... 58

VI. REFERÊNCIAS ......................................................................... 59

APÊNDICE ......................................................................................... 67

Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .......................... 67

Apêndice B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Piloto)............... 69

Page 16: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Apêndice C – Instrumento de Coleta de Dados: Questionário – Validação

Semântica .......................................................................................

71

Apêndice D – Instrumento de Coleta de Dados: Questionário ...................... 74

ANEXO ............................................................................................. 77

Anexo A – Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa............ 77

Anexo B – Ata de Aprovação da Defesa ................................................... 79

Anexo C – Normas e Instruções da Revista ................................................. 80

Page 17: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

I- INTRODUÇÃO

Avaliar faz parte da vida do ser humano e para alguns, limita-se a classificar em

aptos ou não de acordo com uma média considerada ideal e criada pelo avaliador.

Informa o grau de rentabilidade cognitiva, e, pode ainda ser um ato punitivo na medida

em que pode ser classificatório e excludente.1 Pensar e fazer avaliação em um contexto

onde o entendimento de avaliar ainda não foi entendido ou sedimentado como peça de

um processo da aprendizagem, torna-se um desafio para todos os envolvidos nesse

processo.2,3

São muitas as definições criadas para o que chamamos avaliação, alguns autores

acreditam na máxima de que cada autor cria a sua própria definição.3,4

Portanto,

avaliação possui pontos de vistas críticos que vão desde as injustiças e a ansiedade que

pode produzir até a dificuldade na prática de uma pedagogia de descobertas3,5

e vale

salientar que as consequência da avaliação são tão importantes quanto o processo e as

intenções.6

Foi analisando os princípios postulados por Tyler, que Kliebard em 2011,

ofereceu a informação de que fazer uma comparação entre os resultados finais e as

expectativas sob a forma de objetivos de comportamentos geradas durante o inicio de

um processo,7,8

foi a definição de avaliação concebida por Ralph Tyler em 1949. Essa

concepção ficou conhecida como Avaliação por Objetivos e passou a ser um referencial

teórico. A subjetividade no ato de avaliar é provavelmente o fator que desperta novos

caminhos para avaliação, não havendo ainda um consenso sobre os melhores métodos

de avaliar. É notória que a avaliação perfeita é uma ilusão.9

Page 18: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Um processo de avaliação vai muito além de apenas quantificar ou medir, é

preciso antes que o avaliador esteja à disposição para acolher. Acolher no sentido de

perceber aquilo que esta sendo avaliado da forma como realmente é, ou seja, sem um

prévio julgamento. Será preciso conhecer o estado que o objeto a ser avaliado se

apresenta para então qualificá-lo em positivo ou negativo, satisfatório ou insatisfatório,

partindo das bases de como é realmente o objeto.10

É possível ir além quando os estudiosos consideram a avaliação como um

processo ou um produto, que pode ser explícita ou implícita, formal ou informal e em

qualquer ponto ao longo do processo de aprendizagem, ou contínua.6 Considerando os

objetivos que o processo avaliativo possui, muitos autores atribuem funções à avaliação,

e dentro desta perspectiva ela assume tipos distintos. Podendo ter um caráter

diagnóstico de reconhecimento da situação para definir o avanço e o crescimento da

aprendizagem, ou ser um instrumento processual e formativo. 11-16

Seguindo a mesma direção no raciocínio de avaliar sob uma tendência

comportamentalista de Tyler, foi que Scriven tipificou e propôs, em 1967, os conceitos

para dois tipos de avaliação: a somativa e a formativa. Com a publicação do Manual de

Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar por Bloom e colaboradores

em 1971 tem-se o resgate desses conceitos, mesmo respeitando a concepção positivista

de avaliação dada por Tyler.8

Além dos princípios norteadores capazes de classificar a avaliação em formativa

e somativa, foi descrito por Gil em 2012 uma outra tendência de classificação, de

acordo com sua função em: diagnóstica, de verificação e de apreciação.3,8,11

Page 19: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

A função diagnóstica fornece informações das capacidades dos estudantes antes

de iniciar um ciclo de aprendizagem, seria, portanto, um panorama de reconhecimento.

A função de verificação está intimamente relacionada à avaliação formativa enquanto

que a função de apreciação é representada pela avaliação somativa, cujo objetivo é

determinar o grau de domínio cognitivo do educando.11

A avaliação somativa que para alguns é considerada hierarquizante e capaz de

determinar competitividade e acirramento entre estudantes,17

é definida como aquela

que classifica como bom ou ruim, e determina se o avaliado está pronto a seguir em

frente ou repetir o programa.15

Ocorre no fim de um período de estudos,12

e possui

acreditação externa,6 por isso pode receber também o nome de avaliação creditativa.

11

Já a avaliação formativa tem o intuito de auxiliar cada estudante a aprender,18

sem finalidade seletiva, e a saber como intervir para melhorar.15

Acredita-se que o papel

ou a função do erro em cada modalidade avaliativa é o que verdadeiramente as

distingue.19

Para ser considerada formativa, porém, a avaliação precisará gerar um

feedback dentro da sala de aula.6

O termo avaliação formativa está incorporado ao processo de formação3,12

e

deve ocorrer de forma periódica para o reconhecimento das aquisições dos avaliados,

auxiliando no direcionamento da progressão da aprendizagem.18

Deve não apenas ser

contínua e parte de um processo progressivo, mas precisa favorecer a autoavaliação dos

estudantes e permitir a eles a percepção de sua própria aprendizagem seguindo seus

resultados.8 A avaliação formativa eficaz é baseada na informação qualitativa rica.

20

Acredita-se que a avaliação possui uma posição importante na aprendizagem no

momento em que a dirige 20,21

e muitas vezes a avaliação assume papel punitivo como

Page 20: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

instrumento de arbitrariedade. É com base nesses pressupostos que se pode entender o

ponto importante localizado no erro como fonte de virtude. O erro é considerado crucial

para a superação e reconhecimento do ponto de apoio na reorientação e identificação

dos benefícios vindos com ele.14

É preciso que se defina um ponto considerado como padrão de referência, que

seria aquela qualidade valorizada e que se almeja atingir, para que se instaure um

processo de comparação entre o estado presente e este padrão de referência. Este

processo é a definição de autoavaliação, e é partindo do erro que o aprendiz poderá

identificar a lacuna existente e assim avaliar sua completude, traçando uma meta a ser

atingida. A busca por essa meta completa o processo ao qual se define a

autoavaliação.19

Essa característica é desejável e deve ser incentivada para que o

profissional de saúde exerça sua auto regulação mantendo alto o seu nível de

competência profissional.22

É sabido que a avaliação direciona a aprendizagem e o efeito na aprendizagem é

mediado pela percepção que o estudante tem com o processo avaliativo.20

Aqueles que

trabalham de forma autodirigida e baseada em inquéritos capacitam os estudantes a

desenvolver uma aprendizagem de alta qualidade, centrada no aprendiz como a filosofia

da aprendizagem baseada em problema.23

Neste sentido o papel da avaliação passa a ser

um meio de ajuda para que os estudantes tomem para si a responsabilidade pela sua

própria aprendizagem.24

Mas não é tão simples como parece, pois é preciso uma

mudança no entendimento sobre avaliação além da mudança cultural e acadêmica.25

Diante desse novo paradigma é que as escolas Médicas em Maastricht e

Missouri criaram, de forma independente, um tipo de avaliação longitudinal abrangente

Page 21: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

nos conhecimentos e desenvolvida para evitar a preparação dos estudantes para o

exame, conhecido hoje como teste de progresso.23

Avaliação abrangente a todas as disciplinas do currículo, o teste de progresso é

aplicado a todos os estudantes dos diferentes estágios do curso e repetido regularmente

em um espaço de tempo.26

Ele surgiu como uma necessidade de novos métodos para

avaliar os conhecimentos de forma coerente com a aprendizagem baseada em problemas

(PBL – Problem Based Learning) que foi introduzida em 1970. As escolas pioneiras

foram as Universidades de Maastricht e Missouri e esse teste é hoje parte significativa

da avaliação na educação médica em todo o mundo.26,27

Muitos autores concordam com a definição do teste de progresso como um tipo

de avaliação onde grupos de estudantes em estágios diferentes de um currículo realizam

o mesmo teste escrito26-28

no mesmo momento e em intervalos regulares27-29

contendo o

completo domínio do conhecimento que é considerado requisito para o estudante na

conclusão do curso de graduação.28

Estudantes dos primeiros anos do curso serão capazes de responder poucas

questões, os que se encontram no segundo ano responderão um pouco mais e assim

sucessivamente até o nível final.29-31

É um teste considerado abrangente na medida em que apresenta muitas áreas de

conteúdos, é transversal quando comparado ao desempenho de diferentes grupos de

capacidades ou níveis de um mesmo curso29

e é ainda longitudinal quando comparado o

desempenho ao logo do tempo.26

Estudiosos afirmam que evidências empíricas observadas nas escolas de

graduação e mesmo de pós-graduação mostram que a característica longitudinal do teste

Page 22: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

de progresso fornece medição única e demonstrável do crescimento capaz de mostrar a

aquisição de conhecimento dos estudantes durante todo o curso, sendo possível usar

esses resultados para um diagnóstico, prognóstico ou mesmo intervenções no processo

da aprendizagem.27,28

O teste de progresso foi idealizado dentro de uma filosofia da aprendizagem

mais profunda e ele tem como uma das principais características que o estudante não se

prepare para realizá-lo.23,29

É constituído de um número abrangente de conteúdos que

torna quase que inviável a preparação do aluno para a realização especifica do teste.30

Especula-se que aqueles que se preparam para o teste são os estudantes que

apresentam dificuldade de aprendizagem no curso e seu esforço não é muito eficaz para

atingir melhores pontuações.30

O que se deseja e deve ser incentivado é a construção do

conhecimento e, todo hábito de estudar que resulta na aquisição do conhecimento

relevante será recompensado nos testes. Além de que, os repetidos testes de progresso

permitem a exposição aos mesmos domínios do conhecimento abrangente, promovendo

a retenção do conhecimento a longo prazo.26,29,32

O teste de progresso pode assumir um caráter formativo ou somativo e isso vai

variar de acordo com o entendimento de cada instituição que o adota. Quando assume

um caráter somativo requer que o estudante passe no teste para conseguir progressão de

nível. Quando assume uma abordagem formativa, o foco principal está nos resultados

que fornecem o feedback para a aprendizagem do estudante.27,29,33-35

Acredita-se que

existem diferenças no efeito do teste como uma avaliação somativa ou formativa, o que

pode influenciar a atitude do estudante diante da realização da prova.29

Page 23: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

O teste de progresso é um ensaio que ocorre em intervalos que podem resultar

de 4 a 6 episódios ao ano e é constituindo de um grande número de questões de múltipla

escolha ou de alternativas de verdadeiro e falso. Esse número de questões poderá variar

de 100 até 250 itens por teste, podendo chegar até 400. 25,27,29,31, 33,34,36

Quando o teste de progresso é construído com questões de múltipla escolha,

algumas escolas adotam a opção de resposta “não sei”. 35

Esse modelo vem sendo usado

nos testes de progresso das escolas médicas da Holanda, Alemanha e Canadá com o

intuito de reduzir a tentativa de adivinhar a resposta correta daquilo que não se sabe. E

isso deve ser visto como um ponto positivo, desenvolvendo a competência em

reconhecer o que não se sabe, podendo ser extrapolado para a vida profissional.27, 28,37

Por outro lado, a opção “não sei” introduz erro na medição da análise

matemática, além de ter como outra desvantagem a frequência muito alta da escolha

desta opção pelos iniciantes, o que gera uma desmotivação e sensação negativa

indesejada no resultado do teste de progresso.27,38,39

A forma de devolver para o estudante o resultado do seu teste de progresso

(feedback) ainda precisa de aprofundamento e compreensão, pois apesar de ser essencial

no desenvolvimento de uma prática reflexiva pode apresentar efeito negativo quando

realizado inadequadamente. Alguns estudos mostram que o feedback do teste de

progresso deve ser considerado de grande relevância para auxiliar no aprendizado, e

deve ser visto como algo inerente ao teste, sendo reconhecida a sua importância nas

escolas médicas. 23,33,34

40

Um feedback gerado após o teste de progresso poderá fornecer informações ao

estudante sobre o que ele ainda não sabe, permitindo que avalie a base de dados de seus

Page 24: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

conhecimentos e o seu estado de desenvolvimento em relação ao que precisa alcançar

ao final do curso.30

Quando usado corretamente o teste de progresso poderá fornecer

informações que traduzirão tanto o panorama de um instante ou longitudinalmente.28,40

Usado como um instrumento de avaliação comparativo, o teste de progresso

deve ser visto como uma ferramenta valiosa no processo de ensino e aprendizagem nas

escolas de saúde,27,33

independente do currículo,25

permitindo previsões sobre as

competências e os desempenhos futuros, embora apresente como desvantagem o custo e

a operacionalização.28-30

Outro ponto considerado por muitos como negativo é a

expectativa criada pelo teste de progresso nos alunos noviços por possuir uma parte

limitada de questões referentes ao primeiro ano do currículo.25,30

Fica cada vez mais evidente a tendência do compartilhamento do material do

teste de progresso entre as diferentes escolas médicas para a construção de um único

teste com itens de alta qualidade, que constituirá o teste que será administrado

simultaneamente nas escolas participantes, este compartilhamento recebe o nome de

consórcio.29,36

Este consórcio tem demonstrado excelente potencial, combinando

benefícios econômicos com vantagens educacionais que superam os potenciais de cada

instituição participante.34,36

A Faculdade Pernambucana de Saúde é especializada em cursos na área de

saúde que utiliza metodologia de aprendizagem baseada em problemas e inclui no seu

Sistema de Avaliação o teste de progresso como um dos instrumentos formativos, sendo

realizado duas vezes ao ano em todos os cursos da faculdade desde a sua criação, de

forma presencial. A partir do ano de 2012, o curso de Medicina começou a participar de

um consórcio com outras seis escolas médicas de outros estados da federação.

Page 25: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

A característica marcante do teste de progresso pode ser a capacidade de avaliar

o crescimento do conhecimento que os estudantes estão adquirindo ao longo da vida

acadêmica permitindo a percepção do seu progresso, inclusive nas diferentes áreas de

conhecimento,30,41,42

além de apoiar na aprendizagem clínica.23,31

Portanto, o teste de

progresso pode ser considerado como uma forte ferramenta de controle de qualidade

para a avaliação da melhora da aprendizagem, do ensino e mesmo para a demonstração

de padrões educacionais entre as escolas de saúde.27

Como todo processo avaliativo, o teste de progresso deve apresentar algumas

características que o tornem confiável, válido, aceitável, de baixo custo e com impacto

educacional.33

A adesão e aceitação aos testes avaliativos podem ser influenciadas por

fatores relacionados aos envolvidos neste processo e esse envolvimento ocorrerá por

meio da informação da finalidade da avaliação e o conhecimento sobre os objetivos

deste teste, tornando mais claro seu propósito e importância.30

Dessa forma a execução

deste trabalho permitiu identificar a função percebida do teste de progresso, criando e

aprimorando esclarecimentos e incentivos aos envolvidos neste processo avaliativo.

Page 26: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

II- OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar o conhecimento dos estudantes dos cursos de graduação da Faculdade

Pernambucana de Saúde sobre o teste de progresso e os fatores associados à adesão e ao

desempenho dos mesmos nesse teste.

2.2 Objetivos Específicos

a) Avaliar o conhecimento dos estudantes sobre o teste de progresso como instrumento

de acompanhamento do processo de aprendizagem;

b) Avaliar a associação entre os fatores sociodemográficos e a adesão e o desempenho

no teste de progresso;

c) Avaliar a associação entre os fatores acadêmicos dos estudantes e a adesão e o

desempenho no teste de progresso.

Page 27: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

III- MÉTODO

3.1 Desenho do estudo

Foi realizado um estudo quantitativo de corte transversal, descritivo com

componente analítico.

3.2 Local do estudo

O estudo foi realizado na Faculdade Pernambucana de saúde – FPS, localizada

na cidade do Recife no Estado de Pernambuco. É uma instituição de ensino superior

especializada em saúde criada em 2005, que oferece os cursos de graduação de

Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Medicina; e tem como

metodologia de ensino a Aprendizagem Baseada em Problemas – ABP, e Sistema de

Avaliação que objetiva mensurar as competências nos eixos cognitivos, psicomotor e

afetivo sendo um processo contínuo e sistemático. O Sistema de Avaliação possui

componentes somativos e formativos, compondo esse último, entre outros instrumentos,

o Teste de Progresso. 41

3.3 Período de estudo

Este estudo foi realizado no período de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015.

3.4 População do estudo

A população do estudo foi composta pelos estudantes dos cursos de graduação

em Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia e Medicina da Faculdade Pernambucana de

Saúde, escolhidos por terem turmas já concluídas, e, portanto, com mais experiência na

realização do teste de progresso.

Page 28: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

3.5 Amostra do estudo

Para a obtenção de informação sobre o comportamento longitudinal da variável

do estudo, foram estabelecidos como unidades primárias de amostragem os estágios do

currículo: segundo e último ano dos cursos pesquisados.

Os estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia

foram os elementos da amostra não probabilística de conveniência.

No período do estudo, estavam matriculados 57 estudantes no segundo ano do

curso de Enfermagem, 36 no de Fisioterapia, 19 no de Farmácia e 145 no de Medicina.

No último ano estavam matriculados 52 no curso de Enfermagem, 28 em Fisioterapia,

21 em Farmácia e 125 em Medicina.

Os estudantes foram incluídos no estudo somente após a determinação dos

critérios de elegibilidade e o consentimento em participar da pesquisa através da

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

3.6 Critérios para a seleção dos participantes

3.6.1 Critérios de inclusão

Foram considerados como critérios de inclusão os estudantes regularmente

matriculados nos cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia da FPS que

estivessem cursando os segundos e últimos anos do curso.

3.6.2 Critérios de exclusão

Como critério de exclusão foram considerados os que estivessem afastados, de

licença e os menores de 18 anos.

Page 29: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

3.7 Definição dos termos e variáveis

- Teste de progresso é a avaliação longitudinal que, ocorre semestralmente na FPS,

permite aos alunos acompanhar o seu progresso cognitivo durante o curso de graduação.

- Realizou o último teste de progresso: variável categorizada em escala nominal sim

e não, considerando o teste de progresso do segundo semestre do ano de 2014.

- Adesão ao teste de progresso: variável dependente. Foi entendido como adesão ao

teste de progresso aquele estudante que realizou dois ou mais testes.

- Proporção entre oportunidade e a adesão ao teste de progresso: a variável

categorizada em escala intervalar tendo o item nenhum, apenas 1, de 2 a 4 e mais de

quatro.

- Desempenho no teste de progresso: variável expressa em escala de razão que

indica o percentual de acertos no teste de progresso.

- Sexo: variável mensurada pela escala nominal em masculino e feminino.

- Estado civil: variável categorizada com escala nominal em solteiro, casado,

separado, viúvo e outros.

- Idade: a variável idade da amostra é contínua categorizada em anos.

- Estudante-trabalhador (ocupação adicional): variável nominal categorizado em sim

e não, quanto à ocorrência de ocupação adicional (trabalho).

- Vinculação ao curso de graduação que está matriculado: categorizada com uma

escala nominal em Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia.

- Período do curso: variável ordinal.

Page 30: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

- Turno: variável nominal categorizada em integral, manhã ou tarde.

- Tempo diário reservado aos estudos: variável nominal categorizada em nenhuma,

uma hora, duas horas, três horas, quatros horas e cinco horas ou mais.

- Preparação para o teste de progresso: variável nominal categorizada em sim e não.

- Conhecimento sobre teste de progresso: variável que indica o conhecimento sobre

o teste de progresso considerando a significação, opinião ou ponto de vista que os

estudantes fazem sobre o teste de progresso e foi avaliada pelas assertivas propostas

com a categorização pelo grau de concordância da escala de Likert com 5 pontos. Para

fins de análise foi considerada a medida de tendência central.

- Possuir outro curso de graduação: variável nominal categorizada em sim e não,

que indica se o estudante possui alguma outra formação de nível superior.

- Coeficiente de rendimento: variável numérica que indica a média geral do

semestre, e foi considerado o semestre que realizou o teste de progresso.

- Histórico de reprovação: variável nominal categorizada em sim e não, que indica

se o estudante tem alguma história de reprovação durante o curso de graduação que

estava cursando.

- Histórico de dependência: variável nominal categorizada em sim e não, que indica

se o estudante tem história de dependência em alguma unidade curricular.

3.8 Coleta de dados

3.8.1 Identificação dos estudantes/apresentação e recrutamento/elaboração do

questionário

Page 31: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Foi obtida a relação dos estudantes regularmente matriculados nos períodos de

interesse para o estudo. Os dados foram coletados pela aplicação do questionário aos

estudantes da amostra. Foi uma aplicação coletiva, de acordo com o período e o curso,

em sala climatizada e ocorreu preferencialmente após as atividades de tutorias.

Os estudantes foram esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e a forma de

preenchimento do instrumento e após concordância em participar da pesquisa, foi

solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. (Apêndice A)

Foram realizadas 2 visitas por turma para os procedimentos de coleta de dados de

forma a reduzir perdas na amostra.

Os questionários foram codificados para que o sigilo dos dados fossem

preservados, minimizando a possibilidade de causar constrangimento aos participantes.

Foi criada uma lista com os nomes e os respectivos códigos para permitir a

identificação do questionário em caso de desistência em continuar participando da

pesquisa.

A coleta de dados foi complementada com informações obtidas na secretaria

acadêmica da FPS, como: a adesão e o desempenho dos estudantes no teste de

progresso, e o coeficiente de rendimento do semestre.

3.8.2 Instrumento para coleta de dados

Foi elaborado um questionário, composto por 2 seções: seção 1, contendo

perguntas sobre características sociodemográfico e acadêmicas dos participantes e a

seção 2, para avaliar o conhecimento e opinião sobre o teste de progresso, através de

perguntas do tipo Escala de Likert de cinco pontos com conteúdo elaborado com base

na revisão de literatura sobre o tema. Utilizou-se as base de dados Medline, Education

Page 32: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Researsh Complete, SciELO, PubMed e ERIC com os seguintes uni termos: assessment,

evaluation, avaliação, teste de progresso, progress testing, progressive test.

Foi realizada a validação semântica do questionário com um grupo piloto de

estudantes do segundo ano do curso de Psicologia da FPS, que não participaram da

pesquisa, para avaliar a clareza das perguntas e o entendimento das mesmas. Ajustes

foram feitos ao questionário e só então aplicado à amostra do estudo.

A validação ocorreu em uma sala de exposição de aula, logo após uma tutoria.

Todos estavam cientes que faziam parte de uma etapa de validação semântica da

pesquisa, e concordaram em participar. (Apêndice B)

Em seguida a essa etapa, foi entregue o mesmo questionário com uma

formatação diferente. Esta formatação permitiu que os estudantes opinassem marcando:

1) Não é pertinente; 2) Está claro; 3) Não está claro e 4) Observação, local onde

poderiam escrever aquilo que achassem pertinente para cada item do questionário.

(Apêndice C)

Todas as informações sugeridas pelos estudantes foram concentradas em um

arquivo do Microsoft Word®

(Office, 2010) correspondente ao questionário com

formatação modificada para que fosse possível uma visualização plena dos comentários

e sugestões, permitindo dessa forma que os pesquisadores optassem, após análises e

discussões, pela mudança ou não dos itens.

Os pesquisadores também optaram por utilizar os dados coletados no

questionário para fazer uma simulação de análise de resultados e construção de tabelas

de resultados, a fim de detectar qualquer dificuldade nesta etapa.

Page 33: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

3.9 Processamento e análise de dados

As informações contidas na coleta de dados foram revisadas e digitadas em

banco de dados construídos para esta pesquisa. Foram criados dois arquivos de planilha

que foram confrontados com o intuito de detectar erros de digitação. A análise foi

realizada no programa Epi info®

versão 7.1.2.

Foram utilizadas tabelas e gráficos para a demonstração da frequência dos dados

categóricos. O teste t de student foi utilizado para comparar a diferença de médias entre

as variáveis contínuas e o teste do qui-quadrado para comparar a diferença de

proporções entre as variáveis categóricas, empregando-se o teste exato de Fisher,

quando indicado.

3.10 Aspectos éticos

A pesquisa obedeceu aos critérios éticos estabelecidos na Resolução 466 do

Conselho Nacional de Saúde. Sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Faculdade Pernambucana de Saúde sob parecer número 556.167 de 13 de março de

2014. Os participantes da pesquisa foram devidamente informados sobre os objetivos e

métodos do estudo, sendo devidamente esclarecido que eles tinham a opção de não

participar da pesquisa sem qualquer prejuízo para eles. Os participantes só foram

incluídos na pesquisa após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

Este estudo teve riscos mínimos aos participantes, reduzindo a possibilidade de

causar constrangimento, já que os mesmos tiveram a liberdade de optar pelo anonimato,

embora tenhamos considerado o tempo gasto para os estudantes preencherem o

questionário.

Tendo em vista que este trabalho teve como proposta avaliar o conhecimento

que os estudantes dos cursos de graduação da FPS (Medicina, Enfermagem, Fisioterapia

Page 34: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

e Farmácia) possuem em relação aos testes de progresso, temos como benefícios da

pesquisa para os participantes, a possibilidade de proporcionar um maior conhecimento

sobre a importância do teste para sua aprendizagem.

Quanto aos benefícios para profissionais de educação, este estudo facilita a

compreensão da utilização dos testes de progresso como ferramenta pedagógica

importante para o processo de avaliação e colabora com a difusão do significado entre

os discentes.

Page 35: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

IV- RESULTADOS

Nesta seção serão apresentados os resultados e discussão da pesquisa em forma

de artigo conforme as normas o periódico Medical Teacher, (Anexo C) fator de

impacto em 2013 de 2.045

Artigo – Adesão e Desempenho no Teste de Progresso.

Autores: Rebeca Luiz de Freitas

Taciana Duque de Almeida Braga

Manoela Almeida Santos da Figueira

Pesquisa Realizada na Faculdade Pernambucana de Saúde

Rebeca Luiz de Freitas

e-mail: [email protected]

Endereço: Rua Jean Emile Frave, 422, Imbiribeira, Recife – PE Brasil

CEP: 51200-060

Fone: 81 3035-7777

Page 36: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Abstract

Introduction: The progress test provides the students capacity to know their evolution

on following the teaching-learning progress, identifying their problems. It is believed

that adherence to this test will depend on how the student understands its benefits in the

learning process. Aim: To evaluate students' knowledge about the progress test as a

monitoring tool of the learning progress, and to evaluate the association between

adherence and performance in progress test with sociodemographic and academic

factors. Methods: This is a cross-sectional descriptive quantitative study with analytical

component, by applying a structural questionnaire, evaluating the variables of students’

socio-demographic and academic factors and assessing the students knowledge about

the progress test, through a questionnaire in Likert model. Study population consisted of

students of health courses of Faculdade Pernambucana de Saúde. Results: Adherence to

progress test was 84.9%, being higher among medical students. Working besides

studying was associated with lower adherence to the test. Students agreed with most of

the benefits statements relating to progress tests. Conclusions: Good adherence was

identified to progress test, being higher among medical students and those who did not

work. Students showed positive view on the test, identifying its benefits. Working

besides studying was associated with lower adherence to the test.

Keywords: Assessment, Evaluation, Progress Testing, Progressive Test

Introdução

Nos últimos anos tem-se percebido uma mudança na educação, e na área da

saúde essa mudança tem ocorrido de forma intensa destacando-se a aprendizagem

autodirigida e baseada em inquéritos. Essa mudança traz uma nova realidade ao cenário

Page 37: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

da educação onde os estudantes passam a apresentar uma aprendizagem mais

significativa e de alta qualidade, o que contribui de forma marcante para o

desenvolvimento profissional contínuo (Wade et al. 2012). Com a introdução do PBL

(Problem Based Learning) em meados de 1970, surge com ela a necessidade de um tipo

de avaliação coerente com os princípios e a metodologia usada (Freeman et al. 2010;

Wrigley et al.2012). Foi de forma independe que as escolas de Maastricht e Missouri

instituíram um teste de múltiplas escolhas denominado teste de progresso (Freeman et

al. 2010).

O teste de progresso é uma avaliação onde grupos de estudantes de períodos

diferentes no curso recebem o mesmo teste escrito no mesmo momento. Sendo um teste

abrangente a todas as disciplinas consideradas relevantes de um currículo, ele é repetido

regularmente dentro de um espaço de tempo (Freeman et al. 2010).

Um teste considerado abrangente, na medida em que apresenta muitas áreas de

conteúdos, é transversal quando comparado ao desempenho de diferentes grupos de

capacidades ou níveis de um mesmo curso (Verhoeven et al. 2005) e é ainda

longitudinal quando comparado o desempenho ao logo do tempo (Freeman et al. 2010).

Com uma filosofia da aprendizagem mais profunda, o teste de progresso tem como

característica evitar que o estudante se prepare para a realização do teste (Wade et al.

2012; Verhoeven et al. 2005). E essa preparação torna-se quase sempre inviável, devido

ao conteúdo abrangente. Esse aspecto deve ser considerado e o estudante precisa ser

esclarecido sobre o verdadeiro significado do seu desempenho no teste de progresso,

comprovando assim a aprendizagem significativa (Van de Vleuten et al. 1996).

Os propósitos do teste de progresso podem assumir um caráter formativo ou

somativo (Ricketts et al. 2010; Schuwirth et al. 2010; Muijtjens et al. 2008) e isso vai

Page 38: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

variar de acordo com o entendimento de cada instituição que adota o teste. Quando

assume um caráter somativo requer que o estudante passe no teste para conseguir

progressão de nível. Quando assume uma abordagem formativa, o foco principal está

nos resultados que fornecem o feedback para a aprendizagem do estudante (Wrigley et

al. 2012; Verhoeven et al. 2005; Schuwirth et al. 2010). Acredita-se que existem

diferenças no efeito do teste como uma avaliação somativa ou formativa, o que pode

influenciar a atitude do estudante diante da realização da prova (Verhoeven et al. 2005).

O teste de progresso é um ensaio que ocorre em intervalos que podem resultar

de 4 (Muijtjens et al. 2008) a 6 episódios ao ano (Schuwirth et al. 2012; Wrigley et al.

2012; Verhoeven et al. 2005; Ricketts et al. 2010; Schuwirth et al. 2010; Van der

Vleuten et al. 2004) e é constituindo de um grande número de questões de múltipla

escolha ou de alternativas de verdadeiro e falso. Esse número de questões poderá variar

de 100 até 250 por teste, (Wrigley et al. 2012; Ricketts et al. 2010; Schuwirth et al.

2010; Muijtjens et al. 2008) podendo chegar até 400 (Rademakers et al. 2005).

Algumas escolas de saúde que utilizam o teste de progresso adotam a opção de

resposta “não sei” (Muijtjens et al. 2008). Esta opção fornece ao avaliado uma medida

de limite do conhecimento e permite mostrar o que o estudante ainda não sabe e vai

desencorajar a prática da tentativa de adivinhar a resposta correta (Burton 2002; 2004).

Sabe-se, porém que esta opção introduz erro na medição da análise matemática, além de

ter como outra desvantagem a frequência muito alta da escolha desta opção pelos

iniciantes, o que gera uma desmotivação e sensação negativa indesejada no resultado do

teste de progresso (Wrigley et al. 2012).

Um item que ainda precisa de aprofundamento e compreensão neste contexto é o

feedback do teste de progresso, definido como a informação que descreve e discute o

Page 39: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

desempenho do estudante (Zeferino 2007). Por ser essencial no desenvolvimento de

uma prática reflexiva pode apresentar efeito negativo quando realizado

inadequadamente (Schuwirth et al. 2010). O feedback deve ser visto como algo inerente

ao teste, (Ricketts et al. 2010) sendo reconhecida a sua importância nas escolas médicas

(Coombes et al. 2010).

Um feedback gerado após o teste de progresso poderá fornecer informações ao

estudante sobre o que ele ainda não sabe, permitindo que avaliem a base de dados de

seus conhecimentos e o seu estado de desenvolvimento em relação ao que se precisa

alcançar ao final do curso (Van der Vleuten et al. 1996). Quando usado corretamente, o

teste de progresso poderá fornecer vários tipos de feedbacks: o individual; daquele

teste; das habilidades; e da performance de um currículo e suas mudanças. E esse

feedback poderá mostrar o panorama de um instante ou longitudinalmente (McHarg et

al. 2005; Coombes et al. 2010).

Usado como um instrumento de avaliação comparativo, o teste de progresso

deve ser visto como uma ferramenta valiosa no processo de ensino e aprendizagem nas

escolas de saúde, (Wrigley et al. 2012; Ricketts et al. 2010)

independente do

currículo,(Schuwirth et al. 2012) permitindo previsões sobre as competências e os

desempenhos futuros, embora apresente como desvantagem o custo e a

operacionalização do teste (McHarg et al. 2005; Verhoeven et al. 2005; Van der Vleuten

et al. 1996). Outro ponto considerado por muitos como negativo é a expectativa criada

pelo teste de progresso nos alunos noviços por possuir uma parte limitada de questões

referentes ao primeiro ano do currículo (Freeman et al. 2010; Van der Vleuten et al

1996).

Page 40: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Avaliar deve ser uma prática reflexiva para auxiliar o processo de ensino-

aprendizagem, sendo um passo importante neste processo e, como todo processo

avaliativo, o teste de progresso deve apresentar algumas características que o tornem

confiável, válido, aceitável, de baixo custo e com impacto educacional. (Ricketts 2014)

A adesão e aceitação aos testes avaliativos podem ser influenciadas por fatores

relacionados aos envolvidos neste processo e esse envolvimento ocorrerá por meio da

informação da finalidade da avaliação e o conhecimento sobre os objetivos deste teste,

tornando mais claro seu propósito e importância. (Van der Vleuten et al. 1996)

Preocupados com esse ponto de grande importância no processo de

aprendizagem, a Faculdade Pernambucana de Saúde que é especializada em cursos na

área da saúde e utiliza a metodologia de aprendizagem baseada em problemas, inclui no

seu Sistema de Avaliação o teste de progresso como um dos instrumentos formativos. O

teste vem sendo realizado duas vezes ao ano em todos os cursos da faculdade desde a

sua criação, de forma presencial, e a partir do ano de 2012 o curso de Medicina

começou a participar de um consórcio com outras seis escolas médicas de outros

Estados da federação. Com isso a faculdade segue uma tendência natural em tornar o

teste de progresso com cada vez mais credibilidade, podendo influenciar na aceitação

dessa ferramenta auxiliar do processo educativo dos seus estudantes. Este estudo se

propôs a avaliar o conhecimento dos estudantes dos cursos de graduação da Faculdade

Pernambucana de Saúde sobre o teste de progresso e os fatores associados à adesão e ao

desempenho dos mesmos nesse teste.

Método

Foi realizado um estudo quantitativo de corte transversal, descritivo com

componente analítico, mediante aplicação de questionário elaborado e validado para

Page 41: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

esta pesquisa. Este estudo aconteceu na Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS,

localizada na cidade do Recife no Estado de Pernambuco. Instituição que utiliza como

metodologia de ensino o ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas) e realiza o teste

de progresso em todos os seus cursos desde sua fundação. O teste de progresso compõe

o Sistema de Avaliação da instituição com um caráter formativo, aplicado duas vezes ao

ano. Para este estudo foi considerada adesão ao teste de progresso aquele estudante que

realizou dois ou mais testes de progresso.

O estudo ocorreu no período de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015 tendo

como população os estudantes dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem,

Fisioterapia e Farmácia, sendo a amostra não probabilística de conveniência composta

pelos estudantes dos segundos e dos últimos anos destes cursos. Menores de 18 anos

foram excluídos deste estudo.

O instrumento de coleta de dados foi composto de informações do perfil

sociodemográfico e acadêmico dos participantes e uma seção para avaliar o

conhecimento e opinião dobre o teste de progresso, através de perguntas do tipo Escala

de Likert de cinco pontos.

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade

Pernambucana em Saúde de acordo com a Resolução 466/2012, com parecer sob

número 556.167 de 13 de fevereiro de 2014.

Resultados

Foram avaliados 288 estudantes matriculados nos segundos e últimos anos dos

cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia da Faculdade Pernambucana

de Saúde, sendo 49,6% (143) do curso de Medicina, 27,4% (79) do curso de

Page 42: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Enfermagem, 13,1% (38) do curso de Fisioterapia e 9,7% (28) do curso de Farmácia.

Do total de estudantes que participaram da pesquisa 57,2% (165) estavam matriculados

no segundo ano do curso e 42,1% (123) estavam matriculados no último ano do curso.

A idade em média, foi de 23,7 (DP 2,12) anos, 78,8% (227) eram do sexo

feminino, e 86% (247) dos estudantes eram solteiros. Cerca de 10% (30) possuíam outra

formação acadêmica e 16,1% (46) além de estudar, também trabalhavam.

A adesão ao teste de progresso, considerada como aquele que fez dois ou mais

testes de progresso, foi identificada em 84,9% (243) dos estudantes. Com relação à

quantidade de teste de progresso que realizaram, 4,2% (12) nunca fizeram o teste,

10,8% (31) fizeram apenas uma vez, 68,8%(197) fizeram de 2 a 4 testes e 16% (46)

responderam que já fizeram mais de 4 testes de progresso.

Sobre a rotina de estudos e desempenho acadêmico, o número de horas diárias

dedicadas aos estudos, foi em média de 3,9 (DP 2,52). Cerca de 3% (8) referiram

reprovação de período e 13,9% (40), dependência por reprovação de módulo.

Em relação à associação entre a adesão ao teste de progresso e as características

sociodemográficas, não foi observada em relação à idade, sexo e estado civil dos

estudantes. Entretanto, a adesão ao teste foi maior entre estudantes que não trabalham

(p=0,002). (Tabela 1)

Em relação ao perfil acadêmico, observou-se uma associação do curso de

Medicina com maior adesão ao teste (p=0,02), por outro lado, histórico de reprovação,

possuir outra formação acadêmica, e preparação para o teste não esteve associado com

adesão ao teste de progresso. Também não foi observado diferença na adesão ao teste de

progresso entre os estudantes do segundo e do último ano do curso (p=0,34) (Tabela 2)

Page 43: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

A opinião dos estudantes sobre o teste de progresso foi avaliada através da

análise do Ranking Médio (RM) com um questionário tipo Likert e foi observado que

os estudantes concordaram com a maioria das assertivas que apontavam para os

benefícios do teste (Tabela 3). Em relação aos itens sobre a apresentação do teste,

concordaram com a afirmativa que se trata de um teste longo e cansativo (RM 3,64),

tem uma quantidade grande de questões (RM 3,68), mas o tempo dado para respondê-lo

é suficiente (RM 3,98), e que a alternativa “não sei”, deixaria o teste mais justo (RM

3,35).

Sobre a relação do teste com o aprendizado, apesar de concordarem que o teste é

útil para identificar o que precisa estudar (RM 3,21), que mostra áreas que tem

dificuldades e precisa se dedicar (RM 3,71) e que é uma forma de identificar o quanto

aprendeu (RM 3,28), concordaram, com RM limítrofe, com a afirmativa que o teste não

permite mostrar os conhecimentos (RM 3,09). Em relação ao feedback, apesar de

concordarem que poderá ajudar a identificar o que precisa aprender (RM 3,99) e que é

capaz de mudar o desempenho (RM 3,13), não concordaram com a afirmativa de que

usa o feedback para regular o processo de aprendizagem (RM 2,87).

Discussão

Em nosso estudo foi possível perceber o predomínio do sexo feminino nos

estudantes da amostra, seguindo um aumento progressivo do sexo feminino nos cursos

da área de saúde ao longo dos anos (Baldissera et al, 2010), e sabe-se que há esta

predominância na população brasileira (IBGE, 2011). Esta característica de gênero nos

cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia são achados que concordam

com os dados obtidos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes em 2013

(INEPEAT 2013a, INEPEAT 2013b, INEPEAT 2013c, INEPEAT 2013d), embora

Page 44: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

alguns estudos específicos possam diferir, como no estudo descritivo transversal com

370 estudantes de Medicina realizado em Pernambuco em 2006 e 2007 que encontrou

percentual de 57,0% para o sexo feminino (Alves et al, 2010).

Em relação à média de idade, os dados encontrados mostram estudantes em uma

faixa de idade jovem o que se assemelha aos dados encontrados em um estudo

realizados nas Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil em 2010, que

encontrou um taxa de 75% dos estudantes universitários como jovens na faixa etária de

até 24 anos. Neste universo eram solteiros 86,6%,(Andifes 2011) dado com igual

representação em nosso estudo e está em conformidade com os encontrados na

literatura. (Alves et al., 2010; Nakamae, 1997)

Em uma avaliação do perfil socioeconômico e cultural realizado em 2010 com

estudantes de graduação das Universidades Federais Brasileiras, mais de um terço dos

estudantes trabalhavam, com uma representação percentual de 37,6% (Andifes 2011).

Este dado foi coletado com estudantes das diversas áreas, porém esta circunstância

difere muito da realidade do nosso estudo quando encontrou um percentual de apenas

16,1%. Este panorama pode ser o reflexo de uma particularidade dos cursos da área de

saúde.

Foi possível perceber uma assiduidade no teste de progresso quando

encontramos um percentual de 68,8% dos participantes afirmando ter realizado de dois

a quatro testes. Dos matriculados no segundo ano do curso, 82,9% fizeram dois ou mais

testes de progresso e no último ano esse número passa a ser de 87,7%. Sendo um teste

ofertado na Faculdade Pernambucana de Saúde, em duas ocasiões ao ano, o estudante

do segundo ano pode ter tido no mínimo três oportunidades de realizar o teste de

progresso, e no máximo quatro. Já no último ano podemos considerar a oferta de no

Page 45: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

mínimo nove e no máximo doze, de acordo com a duração do curso matriculado. Não

houve associação entre o ano vinculado e a adesão ao teste de progresso.

Porém este dado pode representar uma característica dos estudantes desta

instituição que utilizam uma metodologia ativa de ensino e aprendizagem que é o ABP

(Aprendizagem Baseada em Problemas), o que torna os seus participantes autodirigidos

em sua aprendizagem. Nenhum processo avaliativo pode, sozinho, exercer uma

influência sobre a aprendizagem do estudante, contudo ficou evidente que o teste de

progresso quando introduzido na Universidade de Maastricht dentro de um bloco

formativo, os educandos mudaram seu foco para a aprendizagem contínua e

autodirigida (Schuwirth et al. 2012). Este panorama apresenta semelhança ao do grupo

estudado pois o teste de progresso na FPS tem este caráter formativo.

A característica autodirigida do estudante que engloba o planejamento, o

monitoramento e mesmo a avaliação do seu processo de aprendizagem pode ser

expressa nesta pesquisa pela dedicação em horas diárias aos estudos que ficou acima da

média nacional de 2013 (INEPEAT 2013).

A adesão ao teste, observada no presente estudo, torna-se ainda mais relevante

considerando que se trata de avaliação formativa com participação voluntária. A

participação no teste de progresso teve um percentual de 84,9%, percentual semelhante

ou superior só foi observado por um estudo brasileiro sobre dez anos de experiência do

teste de progresso feito por Sakai et al (2008), após a obrigatoriedade da participação no

teste (Sakai et al. 2008).

A motivação do candidato em realizar o teste de progresso foi mencionada no

estudo de Nouns e Georg (2010) quando relataram a experiência de um consórcio

Page 46: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

formado por 13 escolas médicas de países de língua alemã. Unidas, elas elaboram o

teste de progresso e aplicam duas vezes ao ano, sendo obrigatória a participação dos

estudantes, embora tenha um caráter puramente formativo. E é esse aspecto formativo

que foi considerado como desvantagem devido a grande variação da motivação dos

candidatos em fazer o teste (Nouns e Georg, 2010).

Considerando a adesão por curso, observamos que foi maior dentro do curso de

Medicina, seguido dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia dentro dessa

ordem. Embora o teste de progresso tenha sido instituído na FPS desde a criação dos

cursos, essa diferença pode estar relacionada com o fato de ser o curso de Medicina um

integrante de um consórcio com outras seis escola médicas do país, gerando uma

motivação diferenciada para o teste. Além da duração do curso que possibilita mais

oportunidades de realização. Porém para Van de Vleuten e colaboradores a

aceitabilidade de um procedimento de avaliação é crucial para a apreciação dela e

reforça que um teste pode ser viável, confiável e válido, mas terá vida curta se não for

aceito por ninguém (Van de Vleuten et al, 1996).

Em nosso estudo, percebe-se que não houve associação entre a adesão ao teste

de progresso e a idade, o sexo e o estado civil dos estudados, ficando evidente que

trabalhar além de estudar esteve associado a menor adesão ao teste. Dado importante

que reflete uma realidade do estudante que precisa trabalhar e encontra dificuldades em

conciliar suas atividades acadêmicas e profissionais.

Um traço marcante do teste de progresso é o conteúdo amplo do domínio do

conhecimento cognitivo de todo um currículo, o que dificulta a preparação do estudante

para o teste, contudo considera-se que esse teste foi especificamente desenvolvido para

evitar a preparação para o exame. Este princípio está representado nesse estudo quando

Page 47: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

91,7% dos estudantes que aderiram ao teste de progresso afirmaram não se prepararem

para o exame. Estudo realizado em 1996 na Universidade de MacMaster no Canadá,

onde o teste de progresso é aplicado três vezes ao ano, encontrou um percentual de

73% dos estudantes que não se preparam para o teste de progresso (Blake et al. 1996).

Pouco se sabe sobre a maneira como o teste de progresso é considerado nos

currículos e como ele afeta a percepção que os estudantes tem sobre esse tipo de

avaliação. Louise Wade, et al em 2012, através de estudo comparativo entre escolas

médicas que avaliou a perspectiva do teste de progresso e seu impacto na aprendizagem,

encontraram resultados confirmando que os sentimentos dos estudantes com relação ao

teste de progresso ajudam a melhorar sua aprendizagem e ajudam na identificação dos

seus próprios pontos fortes e fracos neste processo (Wade et al. 2012).

Ao considerar o teste de progresso um instrumento útil e importante para a vida

acadêmica e profissional, os estudantes parecem reconhecer o papel desse teste como

uma ferramenta de auxílio no aprendizado. E este entendimento é bem representado

quando concordam que o teste de progresso contribui para o aprendizado. Percebe-se,

porém, uma imparcialidade neste pensamento quando encontramos um Ranking Médio

de 3,04 para a assertiva de que o teste de progresso tem um impacto pequeno no

aprendizado. Isto pode ser um reflexo do paradigma de que a avaliação é hierarquizante

e classifica um estudante como bom ou ruim. Sendo ainda marcante o entendimento

sobre a característica seletiva para avaliação quando concordam que o teste de progresso

não permite mostrar os conhecimentos que ele possui.

O conceito de avaliação precisa ser entendido como um instrumento-guia

essencial para o acompanhamento contínuo da progressão do aluno. Esta definição

precisa vir atrelada às variações do processo de desenvolvimento das habilidades e

Page 48: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

conhecimentos que servirão de guia para a própria regulação da aprendizagem do

estudante (Carvalho & Matinez 2005). Usar os resultados do teste de progresso para se

concentrar naquilo que pode melhorar na dedicação dos estudos; usar o teste para

identificar as áreas que o estudante precisa se dedicar mais; assim como perceber que o

teste pode mostrar o quanto se aprendeu; são traços marcantes de um tipo de regulação

da aprendizagem que ficou evidente neste estudo.

A informação fornecida ao estudante descrevendo e discutindo o desempenho no

teste de progresso poderá gerar uma conscientização valiosa para a aprendizagem, pois

destacará aquilo que está em desarmonia entre o esperado e a realidade do resultado.

Este feedback gerado, se causar mudança no padrão de desempenho teremos um

processo de aprendizagem (Zeferino et al. 2007). Ao concordar que o feedback pode

influenciar no seu desempenho e que ele pode ajudar a identificar o que se precisa

aprender, o estudante mostra uma prática reflexiva, autodiretiva e ativa, embora não

concorde que usa o feedback para regular seu processo de aprendizagem. Essa postura

contraditória pode ser entendida como possível falha na maneira que vem sendo

fornecido este feedback.

Conclusão

O teste de progresso é uma avaliação de uso crescente em educação na área da

saúde no Brasil e no mundo, sendo preciso mais aprofundamentos e estudos para o

conhecimento das características, experiências e vivências dos participantes. Dar

significação ao processo avaliativo em si dará ao teste de progresso cada vez mais

destaque na sua função formativa e direcionadora do processo de aprendizagem.

Page 49: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

A amostra estudada apresentou uma adesão de 84,9% ao teste de progresso e o

reconhece como importante ferramenta no processo de aprendizagem, sendo importante

acompanhar os estudantes que necessitam trabalhar para que a adesão desse grupo possa

ser melhorada. As contradições a respeito da percepção dos estudantes sobre a

importância do feedback podem apontar para a necessidade de uma discussão mais

ampla sobre o formato de obtenção desse feedback.

Ao considerar o teste de progresso um instrumento útil e importante na sua

formação, o educando demostrar sua capacidade de identificar os benefícios que esse

instrumento pode trazer para auxiliar no seu processo de construção do conhecimento.

Mais estudos são necessários sobre o conhecimento dos estudantes em relação

ao teste de progresso e os fatores que favorecem a sua adesão. Análises qualitativas

poderão contribuir para melhor compreensão desses aspectos.

Pontos Práticos

O consórcio entre as escolas parece ser uma boa alternativa para a aceitação ao

teste de progresso;

Pouco ainda se sabe sobre os fatores que podem influenciar a adesão ao teste de

progresso;

É preciso dar significação ao teste de progresso com destaque na sua função

formativa e direcionadora do processo de aprendizagem.

Declaração de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesse na pesquisa.

Page 50: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Referências

1. Alves JGB, Tenório M, Anjos AG Dos, Figueroa JN. 2010. Qualidade de vida

em estudantes de Medicina no início e final do curso: avaliação pelo Whoqol-

bref. Rev Bras Educ Med 34(1):91–6.

2. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino

Superior (ANDIFES). 2011. Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de

graduação das Universidades Federais Brasileiras. Fórum Nacional de Pró-

Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). Brasília. TC

64p.

3. Baldissera RS, Grecca FS. 2010. Participação das Mulheres na Graduação da

Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rev

da Fac Odontol Porto Alegre 51(1)27–30.

4. Blake J M, Norman GR, Keane D R, Mueller C B, Cunnington J, Didyk N.

1996. Introducing progress testing in McMaster University’s problem based

medical curriculum: Psychometric properties and effect on learning. Academic

Medicine 71:1002–1007

5. Burton RF. Misinformation, partial knowledge and guessing in true/false tests.

2002. Med Educ 36:805–11.

6. Burton RF. 2004. Multiple choice and true/false tests: reliability measures and

some implications of negative marking. Assess Eval High Educ 29(5):585–95.

7. Carvalho LMO De, Martinez CLP. 2005. Avaliação formativa: a auto-avaliação

do aluno e a autoformação de professores. Ciência Educ 11:133–44.

8. Coombes L, Ricketts C, Freeman A, Stratford J. 2010. Beyond assessment:

feedback for individuals and institutions based on the progress test. Med Teach

Page 51: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

[Internet] [citado 2014 Maio 1] 32(6):486–90. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515378

9. Faculdade Pernambucana de Saúde. Manual de Avaliação da Faculdade

Pernambucana de Saúde. Disponível em:

https://www.fps.edu.br/downloads/categoria/fps

10. Freeman A, Van Der Vleuten C, Nouns Z, Ricketts C. 2010. Progress testing

internationally. Med Teach [Internet] [citado 2014 Maio 1] 32(6):451–5.

Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515370

11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 2011. Censo Demográfico

2010: características da população e dos domicílios, resultados do universo.

[Internet] Rio de Janeiro. Disponível em:

http://censo2010.ibge.gov.br/resultados

12. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 2013.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. Brasília. [Internet] Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/20

13_rel_medicina.pdf

13. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 2013.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/20

13_rel_enfermagem.pdf

14. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 2013.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. Disponível em:

Page 52: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/20

13_rel_fisioterapia.pdf

15. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 2013.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/20

13_rel_farmacia.pdf

16. McHarg J, Bradley P, Chamberlain S, Ricketts C, Searle J, McLachlan JC. 2005.

Assessment of progress tests. Med Educ 39:221–7.

17. Muijtjens AMM, Schuwirth LWT, Cohen-Schotanus J, van der Vleuten CPM.

2008. Differences in knowledge development exposed by multi-curricular

progress test data. Adv Health Sci Educ Theory Pract [Internet] [citado 2014

Maio 1] 13(5):593–605. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17479352

18. Nakamae DD, de Araújo MR, Carneiro ML, Vieira LJ, Coelho S. 1997.

Caracterização socioeconômica e educacional do estudante de enfermagem nas

escolas de Minas Gerais. Rev Esc Enferm USP 31:109–18.

19. Nouns ZM, Georg W. 2010. Progress testing in German speaking countries.

Med Teach 32:467–70.

20. Rademakers J, Ten Cate TJ, Bär PR. 2005. Progress testing with short answer

questions. Med Teach [Internet] [citado 2014 Maio] 27(7):578–82. Disponível

em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16332547

21. Ricketts C, Freeman A, Pagliuca G, Coombes L, Archer J. 2010. Difficult

decisions for progress testing: how much and how often? Med Teach [Internet]

Page 53: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

[citado 2014 Maio 1] 32(6):513–5. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515384

22. Sakai MH, Ferreira Filho OF, Almeida MJ, Mashima DA, Marchese MC. 2008.

Teste de progresso e avaliação do curso: dez anos de experiência da medicina da

Universidade Estadual de Londrina. Universidade Estadual de Londrina. Rev

Bras Educ Med 32(2):254–263.

23. Sakai MH, Ferreira Filho OF, Matsuo T. 2011. Avaliação do crescimento

cognitivo do estudante de medicina: aplicação do teste de equalização no teste

de progresso. Rev Bras Educ Med 35(4):493–501.

24. Schuwirth L, Bosman G, Henning RH, Rinkel R, Wenink ACG. 2010.

Collaboration on progress testing in medical schools in the Netherlands. Med

Teach [Internet] [citado 2014 Maio] 32(6):476–9. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515376

25. Schuwirth LWT, van der Vleuten CPM. 2012. The use of progress testing.

Perspect Med Educ [Internet] [cited 2014 May 1] 1(1):24–30. Disponível em:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3540387&tool=pmc

entrez&rendertype=abstract

26. Van der Vleuten C P M, Verwijnen G M, Wijnen W H F W. 1996. Fifteen years

of experience with progress testing in a problem-based learning curriculum.

Medical Teacher 18: 103–109.

27. Van der Vleuten CPM, Schuwirth LWT, Muijtjens a MM, Thoben a JNM,

Cohen-Schotanus J, van Boven CP A. 2004. Cross institutional collaboration in

assessment: a case on progress testing. Med Teach [Internet][citado 2014 Maio

1] 26(8):719–25. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15763876

Page 54: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

28. Verhoeven BH, Snellen-Balendong H a M, Hay IT, Boon JM, van der Linde MJ,

Blitz-Lindeque JJ, et al. 2005. The versatility of progress testing assessed in an

international context: a start for benchmarking global standardization? Med

Teach [Internet] [citado 2014 Maio 1] 27(6):514–20. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16199358

29. Wade L, Harrison C, Hollands J, Mattick K, Ricketts C, Wass V. 2012. Student

perceptions of the progress test in two settings and the implications for test

deployment. Adv Health Sci Educ Theory Pract [Internet] [citado em

2014May1] 17(4):573–83. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22041871

30. Wrigley W, van der Vleuten CPM, Freeman A, Muijtjens A. 2012. A systemic

framework for the progress test: strengths, constraints and issues: AMEE Guide

No. 71. Med Teach [Internet] [citado 2014 Abr 30] 34(9):683–97. Disponível

em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22905655

31. Zeferino AMB, Domingues RCL, Amaral E. 2007. Feedback como estratégia de

aprendizado no ensino médico. Rev Bras Educ Med 31(2):176–9.

Page 55: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas.

FPS, 2014.

Variáveis Adesão*

Sim

N %

Não

N %

Análise

estatística**

P

Sexo

Masculino 51 83,6 10 16,4 0,44

Feminino 192 85,3 33 14,7

Estado Civil

Solteiro 212 86,2 34 13,8 0,12

Casado 20 71,4 8 28,6

Outros 10 90,9 1 9,0

Idade

De 18 a 20 anos 65 79,3 17 20,7 0,18

De 21 à 30 anos 154 88,0 21 12,0

Acima de 30 anos 23 85,2 4 14,8

Além de estudar

também trabalha

Sim 31 68,9 14 31,1 0,002

Não 209 87,8 29 12,2

* Total de 286 estudantes responderam a pergunta sobre adesão; ** Qui quadrado.

Page 56: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Tabela 2 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características acadêmicas. FPS, 2014.

Variáveis Adesão*

Sim

N %

Não

N %

Análise estatística**

P

Curso

Medicina 127 89,4 15 10,6

Enfermagem 68 87,2 10 12,8 0,02

Fisioterapia 28 73,7 10 26,3

Farmácia 20 71,4 8 28,6

Possui outra formação acadêmica

Sim 24 80,0 6 20,0 0,421

Não 219 85,5 37 14,6

História de Reprovação em

Módulo

Sim 30 75,0 10 25,0 0,08

Não 212 86,9 32 13,1

História de Reprovação em

Período

Sim 6 75,0 2 25,0 0,341

Não 237 85,2 41 14,7

Preparação para o Teste de

Progresso

Sim 20 90,9 2 9,1 0,751

Não 222 85,1 39 14,9

Ano vinculado

Segundo ano 136 82,9 28 17,1 0,34

Último ano 107 87,7 15 12,3

* Total de 286 estudantes responderam a pergunta sobre adesão; ** Qui-quadrado 1Teste exato de Fisher.

Page 57: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Tabela 3: Ranking Médio para escala de Likert – opinião dos estudantes sobre o Teste de

Progresso. FPS, 2014.

Questões RM-geral/(DP)

Teste de progresso é útil 3,86 (1,01)

Teste é injusto por possuir conteúdo que ainda não estudei 2,79 (1,34)

Possuir conteúdos importantes para minha profissão 4,43 (0,84)

O teste é importante para minha vida acadêmica 3,70 (1,11)

É um teste envolvente e agradável 2,81 (1,25)

É longo e cansativo 3,64 (1,17)

É uma ferramenta importante para me tornar um bom profissional 3,25 (1,24)

É desestimulante porque possui conteúdos que ainda não sei 2,97 (1,31)

Contribui para meu aprendizado 3,76 (1,19)

É uma avaliação bem elaborada 3,60 (1,08)

O teste não permite mostrar os meus conhecimentos 3,09 (1,24)

Permite que articule os conhecimentos prévios para respondê-lo 3,77 (1,09)

Preciso da minha capacidade de memorização para respondê-lo 3,56 (1,15)

Alternativa “não sei” deixaria o teste mais justo 3,35 (1,46)

Uso os resultados do teste para concentrar naquilo que posso melhorar 3,47 (1,34)

É uma forma de determinar o quanto eu aprendi 3,28 (1,38)

Eu uso o teste para identificar o que preciso estudar 3,21 (1,35)

O teste tem um impacto pequeno no meu aprendizado 3,04 (1,18)

Uso o feedback para regular meu processo de aprendizado 2,87 (1,28)

Eu considero o feedback é capaz de mudar meu desempenho 3,13 (1,30)

Um feedback poderá ajudar a identificar o que preciso aprender 3,99 (1,06)

O teste mostra áreas que tenho dificuldade e que preciso me dedicar 3,71 (1,19)

Estudar uma semana antes ajudará a melhorar o desempenho no teste 2,55 (1,37)

O tempo para responder ao teste é suficiente 3,98 (1,10)

Tem uma quantidade grande de questões 3,68 (1,21)

O teste tem um nível de dificuldade alto 2,95 (1,12)

É preciso capacidade de compreensão para responder ao teste 3,56 (1,15) RM – Ranking médio; DP- Desvio Padrão; RM<3 – discorda; RM=3 – não concorda nem discorda; RM>

3- concorda.

Page 58: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

V- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de o teste de progresso ser uma realidade cada vez mais crescente na

educação brasileira, ainda há pouca literatura retratando as experiências deste tipo de

avaliação e suas características, como também as experiências e vivências dos

participantes.

O entendimento de avaliação como um instrumento pedagógico auxiliar na auto

avaliação se faz cada vez mais necessário tendo em vista o sentimento punitivo que

ainda está arraigado no docente e principalmente no discente. As crenças e atitudes dos

estudantes frente à avaliação tem papel importante na qualidade do aprendizado.

O teste de progresso vem compor um sistema de avaliação como elemento

primordial na medida em que apresente suas características formativas e abrangentes

nos conteúdos cognitivos, que permitem expor as fragilidades e potencialidades de um

currículo, mas também o direcionamento de um processo de aprendizagem

individualizado.

A relação inversamente proporcional entre o entendimento do que é avaliação e

o próprio desempenho nela deixa pairar dúvidas de quem influencia e quem é

influenciado. Dar significação ao processo avaliativo em si dará ao teste de progresso

cada vez mais destaque na sua função formativa e direcionadora do processo de

aprendizagem.

É com base nesses pressupostos que podemos considerar o estudo sobre

avaliação, e mais especificamente sobre o teste de progresso, ainda parco e carente de

aprofundamentos, principalmente nos campos das funções da avaliação e da

compreensão sobre o que ela é.

Page 59: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

VI- REFERÊNCIAS

1. Freitas AADSM De. Avaliação da Educação Superior no Brasil e Portugal

Homogeneização ou Diferenciação. Avaliação. 2012;17:119–36.

2. Lowman, J. Dominando as técnicas de ensino. 1 ed. 3 reimpr. São Paulo: Atlas;

2007.

3. Gil A C. Didática do ensino superior. 1 ed. 7 reimpr. São Paulo: Atlas, 2012.

4. Contandriopoulos, A P, Champagne F, Denis J L, Pineault, R. A avaliação na

Área da Saúde: Conceitos e Métodos.[Internet].1997 Jan. Rio de Janeiro: Editora

FIOCRUZ. 132 p. Disponível em: http://books.scielo.org

5. Aulete C. Dicionário da Língua Portuguesa. [Internet] Disponível em:

http://www.aulete.com.br/avaliação

6. Taras M. Back to basics: Definitions and Processes of Assessments.[Internet]

Práxis Educ. 2010;5(2):123-130. Jul/Dez Disponível em

http://www.periodicos.uepg.br

7. Kliebard HM. Os princípios de Tyler. Curriculo sem Front. 2011;11:23–35.

8. Pinto RO, Rocha MSPML. A avaliação formativa : reflexões sobre o conceito no

período de 1999 a 2009. Est Aval Educ. 2011; 22(50):553–76.

9. Vleuten C Van der. The Assessment of Professional Competence:

Developments, Research and Practical Implications. Adv Heal Sci Educ.

1996;41–67.

10. Luckesi, CC. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? [Internet]. 2000

Fev/Abr; 3(12) Disponível em:

https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf

11. Oliveira, GP de. Avaliação formativa nos cursos superiores: verificações

qualitativas no processo de ensino-aprendizagem e a autonomia dos

Page 60: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

educandos. OEI-Revista Iberoamericana de Educación. [Internet]. 2002 Acesso

em 15(2007).Disponível em: http://www.rieoei.org/deloslectores/261Pastre.PDF

12. Allal L, Cardinet J, Perrenoud P. A avaliação Formativa num ensino

diferenciado. 1 ed. 4 reimpr. Coimbra: Livraria Almedina; 1986.

13. Demo, P. Teoria e prática da avaliação qualitativa. Perspectivas, 2005; 4,(7):

106-115.

14. Fenili, R. M.; Oliveira, M. E.; Santos, O. M. B.; Eckert, E. R. Repensando a

avaliação da aprendizagem. Revista Eletrônica de Enfermagem.[Internet] 2002;

4(2): 42 – 48. Disponível em http://www.revista.ufg.br/index.php/fen

15. Dent J, Harden RM. A Practical Guide for Medical Teachers. London: Elsevier;

2009

16. Silva, RHAS, Scapin LT. Utilização da avaliação formativa para a

implementação da problematização como método ativo de ensino-aprendizagem.

Est. Aval. Educ., São Paulo, 2011;22, (50):537-552;

17. Amado LAS. A auto-avaliação no ensino superior como dispositivo analisador

dos processos de subjetivação: da avaliação-consumo à avaliação-produção.

Avaliação, Campinas; Sorocaba, 2003; 8 (4):183-205.

18. Perrenoud P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed;

2000.

19. Carvalho LMO De, Martinez CLP. Avaliação formativa: a auto-avaliação do

aluno e a autoformação de professores. Ciência Educ. 2005;11:133–44.

20. Van Der Vleuten CPM, Schuwirth LWT, Scheele F, Driessen EW, Hodges B.

The assessment of professional competence: Building blocks for theory

Page 61: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

development [Internet]. Best Practice and Research: Clinical Obstetrics and

Gynaecology. Elsevier Ltd; 2010 [citado 2014 Apr 28]. p. 703–19. Disponível

em: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1521693410000519

21. Norman G, Neville A, Blake JM, Mueller B. Assessment steers learning down

the right road: impact of progress testing on licensing examination performance.

Med Teach. 2010;32:496–9.

22. Baxter P, Norman G. Self-assessment or self deception? A lack of association

between nursing students’ self-assessment and performance. J Adv Nurs.

2011;67:2406–13.

23. Wade L, Harrison C, Hollands J, Mattick K, Ricketts C, Wass V. Student

perceptions of the progress test in two settings and the implications for test

deployment. Adv Health Sci Educ Theory Pract [Internet]. 2012 Out [citado em

2014May1];17(4):573–83. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22041871

24. Altahawi F, Sisk B, Poloskey S, Hicks C, Dannefer EF. Student perspectives on

assessment: experience in a competency-based portfolio system. Med Teach

[Internet]. 2012 Jan [citado 2014 Maio 1];34(3):221–5. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22364454

25. Schuwirth LWT, van der Vleuten CPM. The use of progress testing. Perspect

Med Educ [Internet]. 2012 Mar [cited 2014 May 1];1(1):24–30. Disponível em:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3540387&tool=pmc

entrez&rendertype=abstract

26. Freeman A, Van Der Vleuten C, Nouns Z, Ricketts C. Progress testing

internationally. Med Teach [Internet]. 2010 Jan [citado 2014 Maio 1];32(6):451–

5. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515370

Page 62: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

27. Wrigley W, van der Vleuten CPM, Freeman A, Muijtjens A. A systemic

framework for the progress test: strengths, constraints and issues: AMEE Guide

No. 71. Med Teach [Internet]. 2012 Jan [citado 2014 Abr 30];34(9):683–97.

Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22905655

28. McHarg J, Bradley P, Chamberlain S, Ricketts C, Searle J, McLachlan JC.

Assessment of progress tests. Med Educ. 2005;39:221–7.

29. Verhoeven BH, Snellen-Balendong H a M, Hay IT, Boon JM, van der Linde MJ,

Blitz-Lindeque JJ, et al. The versatility of progress testing assessed in an

international context: a start for benchmarking global standardization? Med

Teach [Internet]. 2005 Set [citado 2014 Maio 1];27(6):514–20. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16199358

30. Van der Vleuten C P M, Verwijnen G M, Wijnen W H F W (1996). Fifteen

years of experience with progress testing in a problem-based learning

curriculum. Medical Teacher. 1996; 18: 103–109.

31. Rademakers J, Ten Cate TJ, Bär PR. Progress testing with short answer

questions. Med Teach [Internet]. 2005 Nov [citado 2014 Maio];27(7):578–82.

Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16332547

32. Dijksterhuis MGK, Scheele F, Schuwirth LWT, Essed GGM, Nijhuis JG, Braat

DDM. Progress testing in postgraduate medical education. Med Teach [Internet].

2009 Out [citado 2014 Maio 1];31(10):e464–8. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19877854

33. Ricketts C, Freeman A, Pagliuca G, Coombes L, Archer J. Difficult decisions for

progress testing: how much and how often? Med Teach [Internet]. 2010 Jan

[citado 2014 Maio 1];32(6):513–5. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515384

Page 63: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

34. Schuwirth L, Bosman G, Henning RH, Rinkel R, Wenink ACG. Collaboration

on progress testing in medical schools in the Netherlands. Med Teach [Internet].

2010 Jan [citado 2014 Maio];32(6):476–9. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515376

35. Muijtjens AMM, Schuwirth LWT, Cohen-Schotanus J, van der Vleuten CPM.

Differences in knowledge development exposed by multi-curricular progress test

data. Adv Health Sci Educ Theory Pract [Internet]. 2008 Dez [citado 2014 Maio

1];13(5):593–605. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17479352

36. Van der Vleuten CPM, Schuwirth LWT, Muijtjens a MM, Thoben a JNM,

Cohen-Schotanus J, van Boven CP a. Cross institutional collaboration in

assessment: a case on progress testing. Med Teach [Internet]. 2004 Dez [citado

2014 Maio 1];26(8):719–25. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15763876

37. Muijtjens a. MM, Van Mameren H, Hoogenboom RJI, Evers JLH, Van der

Vleuten CPM. The effect of a “don”t know’ option on test scores: Number-right

and formula scoring compared. Med Educ. 1999;33:267–75.

38. Burton RF. Misinformation, partial knowledge and guessing in true/false tests.

Med Educ. 2002;36:805–11.

39. Burton RF. Multiple choice and true/false tests: reliability measures and some

implications of negative marking. Assess Eval High Educ. 2004;29(5):585–95.

40. Coombes L, Ricketts C, Freeman A, Stratford J. Beyond assessment: feedback

for individuals and institutions based on the progress test. Med Teach [Internet].

2010 Jan [citado 2014 Maio 1];32(6):486–90. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515378

Page 64: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

41. Faculdade Pernambucana de Saúde. Manual de Avaliação da Faculdade

Pernambucana de Saúde. Disponível em:

https://www.fps.edu.br/downloads/categoria/fps

42. Swanson DB, Holtzman KZ, Butler a, Langer MM, Nelson M V, Chow JWM, et

al. Collaboration across the pond: the multi-school progress testing project. Med

Teach [Internet]. 2010 Jan [citado 2014 Maio];32(6):480–5. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20515377

43. Swanson DB, Holtzman KZ, Butler a. Cumulative achievement testing: progress

testing in reverse. Med Teach. 2010;32:516–20.

44. Baldissera RS, Grecca FS. Participação das Mulheres na Graduação da

Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rev

da Fac Odontol Porto Alegre 2010;51(1)27–30.

45. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Demográfico 2010:

características da população e dos domicílios, resultados do universo. [Internet]

Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: http://censo2010.ibge.gov.br/resultados

46. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. Brasília, 2013.[Internet] Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/201

3_rel_medicina.pdf

47. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília, 2013. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/201

3_rel_enfermagem.pdf

Page 65: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

48. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília, 2013. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/201

3_rel_fisioterapia.pdf

49. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Relatório de Área ENADE 2013: Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes Medicina. [Internet] Brasília, 2013. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/relatorio_sintese/2013/201

3_rel_farmacia.pdf

50. Alves JGB, Tenório M, Anjos AG Dos, Figueroa JN. Qualidade de vida em

estudantes de Medicina no início e final do curso: avaliação pelo Whoqol-bref.

Rev Bras Educ Med. 2010;34(1):91–6.

51. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

(ANDIFES). Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de graduação das

Universidades Federais Brasileiras. Fórum Nacional de Pró-Reitores de

Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). Brasília. TC. 2011;64p.

52. Nakamae DD, de Araújo MR, Carneiro ML, Vieira LJ, Coelho S. Caracterização

socioeconômica e educacional do estudante de enfermagem nas escolas de

Minas Gerais. Rev Esc Enferm USP. 1997;31:109–18.

53. Sakai MH, Ferreira Filho OF, Almeida MJ, Mashima DA, Marchese MC. Teste

de progresso e avaliação do curso: dez anos de experiência da medicina da

Universidade Estadual de Londrina. Universidade Estadual de Londrina. Rev

Bras Educ Med. 2008;32(2):254–263.

Page 66: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

54. Nouns ZM, Georg W. Progress testing in German speaking countries. Med

Teach. 2010;32:467–70.

55. Blake J M, Norman GR, Keane D R, Mueller C B, Cunnington J, Didyk N

Introducing progress testing in McMaster University’s problem based medical

curriculum: Psychometric properties and effect on learning. Academic Medicine.

1996: 71:1002–1007

56. Sakai MH, Ferreira Filho OF, Matsuo T. Avaliação do crescimento cognitivo do

estudante de medicina: aplicação do teste de equalização no teste de progresso.

Rev Bras Educ Med. 2011;35(4):493–501.

57. Zeferino AMB, Domingues RCL, Amaral E. Feedback como estratégia de

aprendizado no ensino médico. Rev Bras Educ Med. 2007;31(2):176–9.

Page 67: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

APÊNDICE

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS

Convidamos você para participar da pesquisa Avaliação da adesão e do desempenho

no teste de progresso dos estudantes de graduação de uma faculdade de saúde do Recife,

sob a responsabilidade da pesquisadora Rebeca Luiz de Freitas, a qual pretende avaliar a

conhecimento dos estudantes dos cursos de graduação da Faculdade Pernambucana de Saúde

(Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e Farmácia) em relação aos Testes de Progresso.

Sua participação é voluntária, não acarretará custos ou compensação financeira e se

dará por meio de um questionário estruturado composto de duas secções (I. Perfil

sociodemográfico e acadêmico e II. Conhecimento do estudante sobre o Teste de Progresso).

Adicionalmente serão solicitados à secretaria acadêmica os dados referentes ao percentual de

desempenho no teste de progresso e o coeficiente de rendimento. Caso não deseje participar,

isso não irá comprometer sua nota no teste, ou em qualquer outra atividade da FPS.

Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa são mínimos devido à

insignificante possibilidade de causar constrangimento, já que não serão divulgados os

resultados individuais do questionário e não haverá necessidade de se identificar. Se você

aceitar participar desta pesquisa, estará contribuindo para proporcionar um maior

conhecimento sobre a importância do Teste de Progresso para a sua aprendizagem, além de

facilitar a compreensão, por parte dos profissionais de educação, da utilização dos Testes de

Progresso.

Se depois de consentir em sua participação você desistir de continuar participando,

tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja

antes ou depois da coleta dos dados, independe dos motivos e sem nenhum prejuízo a sua

pessoa. Você não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os

resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada,

sendo guardada em sigilo. Para qualquer informação, você poderá entrar em contato com o

pesquisador no endereço Estada do Arraial, 3344, sala 05, Casa Amarela, Recife/PE, pelo

telefone (81) 3269 0448, ou poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa –

CEP/FPS, na Rua Jean Emile Favre, 422, Imbiribeira, Recife/PE, bloco 9, 1° andar sala 9.1.10B,

telefone 81 – 3035-7732 de segunda a sexta feira das 8:30 as 11:30 1 das 14 as 16:30 horas ou

pelo e-mail comitê[email protected].

Consentimento pós- informação

Eu, _______________________________________, fui informado sobre o que o

pesquisador quer fazer e porque precisa da minha colaboração, e entendi a explicação. Por

isso, eu concordo em participar do projeto, sabendo que não vou receber nada e que posso

Page 68: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

desistir quando quiser. Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por

mim e pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós.

Assinatura do participante Assinatura do pesquisador responsável

Assinatura da testemunha

data____/____/_____

Page 69: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – (Piloto)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – (Piloto)

Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS

Convidamos você para participar da pesquisa Avaliação da adesão e do desempenho

no teste de progresso dos estudantes de graduação de uma faculdade de saúde do Recife,

sob a responsabilidade da pesquisadora Rebeca Luiz de Freitas, a qual pretende avaliar a

conhecimento dos estudantes dos cursos de graduação da Faculdade Pernambucana de Saúde

(Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e Farmácia) em relação aos Testes de Progresso.

Sua participação é voluntária, não acarretará custos ou compensação financeira e se

dará por meio de um questionário estruturado composto de duas secções (I. Perfil

sociodemográfico e acadêmico e II. Conhecimento do estudante sobre o Teste de Progresso).

Caso não deseje participar, isso não irá comprometer sua nota no teste, ou em qualquer outra

atividade da FPS.

Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa são mínimos devido à

insignificante possibilidade de causar constrangimento, já que não serão divulgados os

resultados individuais do questionário e não haverá necessidade de se identificar. Se você

aceitar participar desta pesquisa, estará contribuindo para proporcionar um maior

conhecimento sobre a importância do Teste de Progresso para a sua aprendizagem, além de

facilitar a compreensão, por parte dos profissionais de educação, da utilização dos Testes de

Progresso.

Se depois de consentir em sua participação você desistir de continuar participando,

tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja

antes ou depois da coleta dos dados, independe dos motivos e sem nenhum prejuízo a sua

pessoa. Você não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os

resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada,

sendo guardada em sigilo. Para qualquer informação, você poderá entrar em contato com o

pesquisador no endereço Estada do Arraial, 3344, sala 05, Casa Amarela, Recife/PE, pelo

telefone (81) 3269 0448, ou poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa –

CEP/FPS, na Rua Jean Emile Favre, 422, Imbiribeira, Recife/PE, bloco 9, 1° andar sala 9.1.10B,

telefone 81 – 3035-7732 de segunda a sexta feira das 8:30 as 11:30 1 das 14 as 16:30 horas ou

pelo e-mail comitê[email protected].

Consentimento pós- informação

Eu, _______________________________________, fui informado sobre o que o

pesquisador quer fazer e porque precisa da minha colaboração, e entendi a explicação. Por

isso, eu concordo em participar do projeto, sabendo que não vou receber nada e que posso

desistir quando quiser. Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por

mim e pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós.

Page 70: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

Assinatura do participante Assinatura do pesquisador responsável

Assinatura da testemunha

data____/____/_____

Page 71: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

APÊNDICE C – Instrumento de Coleta de Dados: Questionário – Validação

Semântica

Page 72: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 73: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 74: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

APÊNDICE D - Instrumento de Coleta de Dados: Questionário

Page 75: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 76: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 77: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

ANEXO A – Carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa

Page 78: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 79: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

ANEXO B - Ata de Aprovação da Defesa

Page 80: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação

ANEXO C – Normas e Instruções da Revista

Page 81: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação
Page 82: FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE MESTRADO …Tabela 1 – Associação entre a adesão ao teste de progresso e as características sociodemográficas. FPS, 2014 55 Tabela 2 – Associação