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Faculdade de Medicina da Universidade do PortoAnatomia

Enervação do Membro Superior

15ª Aula Teórica14ª Aula Desgravada 29 de Novembro de 2002 Aula leccionada por: Dr. Nuno Neves

O Plexo Braquial faz a enervação do membro superior.

É importante saber a distinção entre raízes do Plexo Braquial e raízes dos nervos raquidianos.

Cada nervo raquidiano tem uma raiz anterior e uma raiz posterior que se originam

na espinal medula e que se juntam para formar o nervo raquidiano, ao nível dos

buracos intervertebrais. Logo depois de se formarem, os nervos raquidianos

dividem-se num ramo anterior e num ramo posterior. É de alguns destes ramos

anteriores ou ventrais que se origina o Plexo Braquial.

As raízes do Plexo Braquial são então os ramos ventrais de C5, C6, C7, C8 (5º, 6º,

7º e 8º nervos raquidianos cervicais) e T1 (1º nervo raquidiano torácico).

A existência de 8 nervos cervicais quando só existem 7 vértebras cervicais deve-se

ao facto de o primeiro nervo raquidiano emergir superiormente à primeira vértebra

cervical (entre o atlas e o occipital). Daí que C7 seja o nervo que passa entre as 6ª e

7ª vértebras cervicais e C8, o nervo que passa entre a 7ª vértebra cervical e a 1ª

vértebra torácica.

Por vezes, o Plexo Braquial recebe contribuições de C4 e T2.

Quando a contribuição de C4 é importante, temos um Plexo Braquial Pré-Fixado.

Quando a contribuição de T2 é importante, temos um Plexo Braquial Pós-Fixado.

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Enervação do Membro Superior

As raízes do Plexo Braquial surgem entre os músculos escaleno anterior e escaleno

médio, posteriormente à artéria subclávia.

As raízes do Plexo Braquial unem-se, formando três troncos:

As raízes do plexo provenientes de C5 e C6 unem-se para formar o Tronco Superior.A raiz proveniente de C7 continua sozinha, formando o Tronco Médio.

As raízes provenientes de C8 e T1 unem-se para formar o Tronco Inferior.

NOTA: As designações “superior”, “médio” e “inferior” devem-se à posição relativa

dos troncos.

O tronco inferior está posterior à artéria subclávia. Os troncos médio e superior

estão posterosuperiormente em relação à artéria subclávia.

Os troncos estão separados da veia subclávia pelo músculo escaleno anterior e pela

artéria subclávia. Posteriormente, têm o músculo escaleno médio.

Cada tronco do Plexo Braquial bifurca-se numa Divisão Anterior e numa Divisão Posterior.As divisões anterior e posterior destinam-se à enervação das partes anterior e

posterior do membro superior, respectivamente.

Ao nível da axila, as divisões do Plexo Braquial organizam-se para formar cordões:

Cordão Posterior: resulta da união das três divisões posteriores.

Cordão Lateral: resulta da união das divisões anteriores dos troncos médio e

superior.

Cordão Medial: é formado pela divisão anterior do tronco inferior.

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NOTA: As designações “posterior”, “lateral” e “medial” devem-se à posição dos

cordões relativamente à segunda porção da artéria axilar (que se situa

posteriormente ao músculo peitoral menor).

Na primeira porção da artéria axilar, estes cordões têm uma posição mais lateral,

sendo que o cordão medial é um pouco posterior à artéria. Depois rodam um

bocadinho em relação à artéria (na sua segunda porção), adquirindo a sua posição

definitiva, que se mantém também na terceira porção da artéria.

Cada cordão termina ao nível da terceira porção da artéria axilar, dividindo-se em

dois ramos terminais. Cada ramo terminal, devido à complicada formação do plexo,

contém fibras derivadas de diversos nervos raquidianos, mas não necessariamente

de todos os que intervêm na formação do cordão que lhe dá origem.

RAMOS DO PLEXO BRAQUIAL

1- RAMOS PROVENIENTES DAS RAÍZES DO PLEXO:

• Nervo Escapular Dorsal:Tem origem no ramo ventral de C5 (ou raiz do plexo proveniente de C5).

Atravessa o músculo escaleno médio e dirige-se posteriormente, em direcção ao

bordo medial da omoplata, atravessando o elevador da omoplata, o qual muitas

vezes enerva. Termina enervando os músculos rombóides.

• Nervo Torácico Longo:Tem origem nos ramos ventrais de C5, C6 e por vezes C7, perto dos buracos

intervertebrais.

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Dirige-se posteriormente ao plexo, em direcção à parede torácica lateral e depois

vai de encontro à artéria torácica lateral (ramo da artéria axilar). Continua a descer,

aplicado contra as fibras do músculo serreado anterior, o qual enerva na sua

totalidade.

• Ramos para os músculos escalenos

• Ramos para o músculo longo do pescoço

2- RAMOS PROVENIENTES DOS TRONCOS DO PLEXO:

• Nervo Supra-escapular:Tem origem no tronco superior do Plexo Braquial.

Dirige-se posteriormente e entra no buraco formado pela incisura escapular superior

e pelo ligamento superior da omoplata. A artéria supra-escapular passa

superiormente a este ligamento, embora por vezes, possa passar dentro desse

buraco.

O nervo supra-escapular enerva o músculo supra-espinhoso e, depois de atravessar

a incisura espinoglenoidal (transformada em buraco pelo ligamento transverso

inferior da omoplata) juntamente com a artéria supra-escapular, enerva também o

músculo infra-espinhoso.

• Nervo para o músculo subclávio:Tem origem no tronco superior.

É um nervo pequeno que passa anteriormente à 3ª porção da artéria subclávia em

direcção ao músculo subclávio, o qual enerva.

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3- RAMOS NÃO-TERMINAIS PROVENIENTES DOS CORDÕES DO PLEXO:

• Nervo Peitoral Medial e Nervo Peitoral Lateral: Têm origem no cordão medial e no cordão lateral, respectivamente.

Formam uma ansa anteriormente à artéria subclávia (Ansa Peitoral) e dirigem-se

ambos para os músculos peitoral maior e peitoral menor, os quais enervam. O

músculo peitoral menor é perfurado pelo nervo peitoral medial.

• Nervos Subescapulares Superior e Inferior:Têm origem no cordão posterior.

Estão separados um do outro pelo nervo toracodorsal.

O nervo subescapular superior dirige-se para a parede anterior do músculo

subescapular, o qual enerva.

O nervo subescapular inferior dirige-se para o bordo inferior do músculo

subescapular e ainda para o músculo redondo maior.

• Nervo Toracodorsal:Tem origem no cordão posterior.

Localiza-se entre os nervos subescapulares superior e inferior.

Vai de encontro à artéria subescapular. Esta artéria divide-se em dois ramos: artéria

circunflexa da omoplata e artéria toracodorsal. Esta última acompanha o nervo

toracodorsal ao longo do músculo grande dorsal, que é por ele enervado.

• Nervo Cutâneo Medial do Braço:Tem origem no cordão medial.

Existe um nervo — Nervo Intercostobraquial — que é um ramo de T2 e que se

junta ao Nervo Cutâneo Medial do Braço. Estes dois nervos têm um tamanho

relativo inversamente proporcional, ou seja, quando um deles é muito desenvolvido,

o outro é muito pequeno ou mesmo inexistente. Quer um, quer outro, são

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responsáveis pela enervação da parte medial mais proximal do braço, em termos

sensitivos.

• Nervo Cutâneo Medial do Antebraço:Tem origem no cordão medial.

Desce medialmente à artéria braquial.

Divide-se num ramo anterior e num ramo cubital.

É responsável pela enervação sensitiva da parte medial do antebraço.

Tem, por vezes, um ramo recorrente que faz também a enervação do braço.

4- RAMOS TERMINAIS PROVENIENTES DOS CORDÕES DO PLEXO:

• Nervo Axilar:Tem origem no cordão posterior.

Dirige-se posteriormente juntamente com a artéria circunflexa posterior do úmero,

atravessando o espaço quadrangular (limite superior: redondo menor; limite

inferior: redondo maior; limite medial: cabeça longa do tricípite; limite lateral: úmero).

Imediatamente ao atravessar este espaço, vai dar um ramo muscular para o

redondo menor (função motora). Depois divide-se em dois ramos: porção anterior e porção posterior. O ramo anterior curva-se em torno do colo cirúrgico do úmero,

perfura a parte anterior do deltóide, enervando-a. O ramo posterior enerva a parte

posterior do deltóide e o músculo redondo menor, e depois dá um ramo que

atravessa o deltóide ou contorna o seu bordo posterior, formando o Nervo Cutâneo Lateral Superior do Braço. Este ramo é responsável pela enervação da pele da

parte lateral do ombro e parte proximal do braço (“insígnias do regimento”).

• Nervo Musculocutâneo:Tem origem no cordão lateral do plexo.

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Dirige-se lateral e inferiormente em direcção ao músculo coracobraquial, o qual

atravessa. Imediatamente antes, dá um ramo para a enervação deste músculo.

Depois, continua distalmente, distribuindo-se ao longo de todo o braço para enervar

quer o músculo bicípite braquial, quer a maior parte do músculo braquial (que é

também enervado pelo nervo radial).

Há um grande ramo do nervo musculocutâneo que desce para o antebraço e se

exterioriza (ou seja, torna-se mais superficial) ao nível da prega do cotovelo (mais

ou menos onde passa a veia cefálica), que é o Nervo Cutâneo Lateral do Antebraço. Este ramo do nervo musculocutâneo é responsável pela enervação da

parte cutânea lateral do antebraço. Ele divide-se num ramo anterior e num ramo

posterior.

Desta forma, como o próprio nome fazia prever, o nervo musculocutâneo faz

enervação muscular (mais proximalmente) e enervação sensitiva (mais distalmente,

através do nervo cutâneo lateral do antebraço). No entanto, o facto de este nervo ter

esta designação, não indica que seja o único a fazer os dois tipos de enervação; até

porque, a maioria dos nervos faz enervação muscular e sensitiva.

(“É um nervo que sai muitas vezes na gincana, bem como o músculo por ele

atravessado!”)

• Nervo Mediano:Tem origem em dois cordões. É formado pela união de uma raiz medial (proveniente do cordão medial) e de uma raiz lateral (proveniente do cordão

lateral). Estas duas raízes juntam-se anteriormente à artéria axilar, na sua terceira

porção, mas muitas vezes encontram-se posteriormente a ela.

O nervo mediano é superficial e muitas vezes um pouco anterolateral em relação à

artéria braquial.

Mais ou menos a meio do braço, o nervo mediano cruza superficialmente a artéria

braquial e vai tornar-se progressivamente medial em relação à artéria (era-lhe

anterolateral e passa a ser-lhe medial).

O nervo mediano não dá ramos no braço.

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O nervo mediano entra no antebraço passando entre as duas cabeças do músculo

pronador redondo. Passa profundamente à arcada formada pelo músculo flexor

superficial dos dedos e superficialmente ao músculo flexor profundo dos dedos.

O nervo mediano dá ramos musculares para a enervação do pronador redondo, do

flexor radial do carpo, do palmar longo e flexor superficial dos dedos, ou seja, dá

enervação para todos os músculos anteriores do antebraço, do compartimento

superficial, à excepção do flexor cubital do carpo.

Imediatamente após a sua passagem pela fossa cubital vai dar um ramo importante

que é o Nervo Interósseo Anterior. Este ramo torna-se ainda mais profundo ao

caminhar ao longo do espaço entre o flexor profundo dos dedos e o flexor longo do

polegar, anteriormente à membrana interóssea, juntamente com a artéria interóssea

anterior (que é um ramo da artéria interóssea comum, que por sua vez é um ramo

da artéria cubital).

Passa posteriormente ao músculo pronador quadrado e termina enervando as

articulações adjacentes.

O nervo interósseo anterior dá ramos musculares para os músculos anteriores do

antebraço, do compartimento profundo, ou seja, para o flexor profundo dos dedos

(apenas para os dois fascículos mais laterais deste músculo; os dois fascículos mais

mediais são enervados pelo nervo cubital), para o flexor longo do polegar e

pronador quadrado.

O nervo interósseo anterior dá também enervação sensitiva para a articulação

radiocubital proximal, radiocubital distal, radiocárpica e intercárpica.

Um pouco proximalmente ao punho, o nervo mediano torna-se progressivamente

mais superficial, surgindo entre o flexor superficial dos dedos e o flexor radial do

carpo, acabando por ficar ao mesmo nível destes. O músculo palmar longo é o

único músculo que se mantém superficial ao nervo mediano.

O nervo mediano penetra na mão através do canal cárpico, ou seja,

profundamente ao retináculo dos flexores. (Canal Cárpico: limite superficial:

retináculo dos flexores; limite lateral: escafóide e trapézio; limite medial: pisiforme e

unciforme; limite profundo: restantes ossos do carpo.)

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O nervo passa juntamente com os tendões dos flexores, na parte mais superficial do

canal (pois, como vimos, só tinha o músculo palmar longo superficialmente a ele; o

qual se distribui pela aponevrose palmar)

Imediatamente antes de passar no canal cárpico, dá um ramo cutâneo — Ramo Palmar Superficial — “que é muito importante”. Este ramo passa superficialmente

ao retináculo dos flexores e dá enervação sensitiva à região da pele que fica sobre

a eminência tenar e, através de um ramo seu, dá a enervação sensitiva à região da

pele que fica sobre a zona central da palma da mão.

Na mão, o nervo mediano dá ramos musculares para a enervação do abdutor curto

do polegar, flexor curto do polegar (embora a sua cabeça mais profunda seja

enervada pelo nervo cubital) e oponente do polegar. Dá também enervação

sensitiva através de um Nervo Digital Palmar Próprio para o bordo radial do

indicador e três Nervos Digitais Palmares Comuns que se dividem em Nervos Digitais Palmares Próprios; para os dois bordos do polegar, para os bordos

adjacentes do indicador e do dedo médio e para os bordos adjacentes do dedo

médio e do anelar. Se traçarmos uma linha que vem do prolongamento do eixo do

4º dedo, tudo o que fica lateral a essa linha, na superfície palmar da mão, é

enervado pelo nervo mediano. Na superfície dorsal da mão, só as falanges

intermédia e distal do indicador e do dedo médio, a metade radial das falanges

distal e intermédia do dedo anelar e a falange distal do polegar, é que são

enervadas pelo nervo mediano, através de ramos dos nervos digitais palmares

próprios.

A enervação muscular do 1º lumbrical é-lhe dada pelo nervo digital palmar próprio

do indicador. A do 2º lumbrical é-lhe dada pelo nervo digital palmar comum que se

dirige para os bordos adjacentes do indicador e dedo médio.

Por tudo isto, o nervo mediano é um nervo envolvido tanto na enervação sensitiva

como na enervação muscular do membro superior.

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• Nervo Cubital:Tem origem no cordão medial.

De entre todo o feixe vasculonervoso existente medialmente no antebraço, o nervo

cubital é das estruturas mais mediais desse feixe. Caminha mediamente em relação

à artéria axilar. Medialmente a ele só existe o Nervo Cutâneo Medial do Braço e o

Nervo Cutâneo Medial do Antebraço.

Tal como o nervo mediano, o nervo cubital não dá ramos no braço.

Mais ou menos a meio do braço, ou na união dos seus dois terços proximais com o

terço distal, o nervo vai-se tornar posterior. Ele caminhava na parte mais anterior do

braço, perfura o septo intermuscular medial e torna-se posterior. O nervo é

acompanhado neste trajecto pela artéria colateral cubital superior.

Depois disto, caminha posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, num sulco

que existe na sua parte posterior. Existe grande facilidade de palpar o nervo neste

local, já que ele é só recoberto por pele. Daí que seja também muito fácil lesioná-lo

nesta zona. Certamente já todos sentiram um choque nesta região, quando se bate

com o cotovelo, e que se distribui a toda a zona de enervação deste nervo.

Podem existir variações que consistem em o nervo passar anteriormente à

articulação do cotovelo, em vez de posteriormente, o que pode consistir um

problema, já que o nervo pode ser trilhado na flexão do antebraço.

O nervo cubital entra no antebraço entre as duas cabeças do músculo flexor cubital

do carpo e vai-se distribuir distalmente, superficialmente ao flexor profundo dos

dedos, em direcção à articulação do punho.

A meio do seu trajecto, acompanha a artéria cubital (que se torna cada vez mais

medial até alcançar o nervo). O nervo é medial a esta artéria.

Ao atravessar o flexor cubital do carpo vai dar enervação motora para este músculo.

Ao passar superficialmente ao flexor profundo dos dedos, vai dar a enervação

motora para os dois fascículos mais mediais deste músculo (os dois fascículos mais

laterais são enervados pelo nervo interósseo anterior, ramo do nervo mediano).

Vai dar também o Ramo Dorsal (mais ou menos a 7 cm do punho), que passa

profundamente ao flexor cubital do carpo e depois passa superficialmente ao

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retináculo dos extensores. Este ramo divide-se em dois Nervos Digitais Dorsais,

um para o bordo cubital dorsal do 5º dedo e outro para os bordos adjacentes dos 4º

e 5º dedos. Esta é a distribuição que vem no Netter, apesar de ser mais normal

haver outro ramo para a enervação dos bordos adjacentes dos 4º e 3º dedos (até ao

nível da articulação interfalângica proximal).

O nervo cubital dá também um Ramo Palmar que passa superficialmente ao

retináculo dos flexores e enerva a parte mais medial da palma da mão.

O nervo cubital passa também no retináculo dos flexores mas, ao contrário do nervo

mediano (que passa profundamente ao retináculo dos flexores, dentro do canal

cárpico), atravessa entre duas camadas do retináculo, isto é, atravessa na sua

própria espessura. Desta forma, há quem divida o retináculo dos flexores numa

porção superficial e numa porção profunda, que serão divididas pelo facto de passar

entre as duas o nervo cubital (medialmente) e a artéria cubital (lateralmente). Por

vezes, pode-se dar o caso de o nervo cubital passar superficialmente ao retináculo

dos flexores, no entanto, nunca passa dentro do canal cárpico.

Ao entrar na mão, o nervo cubital vai dar dois ramos muito importantes (terminais)

que são o Terminal Motor Profundo e o Terminal Sensitivo Superficial.

O Terminal Motor Profundo atravessa entre as cabeças dos músculos abdutor do 5º

dedo e flexor curto do 5º dedo, músculos esses que vai enervar, bem como o

oponente do 5º dedo, ou seja, todos os músculos da eminência hipotenar. Vai

caminhar profundamente, juntamente com o arco palmar profundo arterial e enervar

sucessivamente todos os interósseos, bem como os 3º e 4º lumbricais, que estão

ligados aos dois lumbricais mais laterais pelo flexor profundo dos dedos (não

esquecer que os dois lumbricais mais laterais são enervados pelo nervo mediano),

bem como o adutor do polegar e porção mais profunda do flexor curto do polegar.

(É fácil de decorar a enervação dos lumbricais pois como estão associados ao flexor

profundo dos dedos têm uma enervação semelhante a ele: os dois fascículos

mediais do flexor profundo dos dedos e os dois lumbricais mediais são enervados

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pelo cubital; os dois fascículos laterais do flexor profundo dos dedos e os dois

lumbricais laterais são enervados pelo nervo mediano.)

Há muitas variantes desta enervação:

– O flexor curto do polegar, na maioria dos casos, é enervado pelo nervo cubital e

pelo nervo mediano mas, em alguns casos, pode ser exclusivamente enervado pelo

nervo cubital ou pelo nervo mediano.

– O músculo oponente do polegar, em menor percentagem de casos, é também

enervado pelo nervo cubital.

– O 1º interósseo dorsal é por vezes enervado pelo nervo mediano.

O nervo cubital dá também o Ramo Terminal Superficial Sensitivo que dá a

enervação que faltava, ou seja, um Ramo Digital Palmar Próprio para o bordo

cubital do 5º dedo e um Ramo Digital Palmar Comum que se divide em dois

próprios para os bordos adjacentes dos 4º e 5º dedos (o resto é tudo pelo nervo

mediano).

Por vezes existe ainda uma comunicação entre os ramos terminais do nervo

mediano e do nervo cubital, bem como outras comunicações entre, como por

exemplo:

- fibras de C7 (que em condições normais se dividem pelos cordões posterior e

lateral) que entram para o nervo cubital, que faz parte do cordão medial;

- comunicação ao nível do braço mas, mais frequentemente, ao nível do antebraço,

entre o nervo mediano e o nervo cubital.

• Nervo Radial:Tem origem no cordão posterior.

É o mais longo e mais complexo nervo do Plexo Braquial.

É o nervo fundamentalmente responsável por todo o compartimento extensor, daí

que uma lesão neste nervo nos possa causar graves problemas.

Tem a artéria braquial superficialmente a ele.

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Desce e torna-se posterior juntamente com a artéria braquial profunda, para

aparecer entre as cabeças longa e medial do músculo tricípite braquial, caminhando

no sulco do úmero coberto pela porção lateral do tricípete braquial.

Ao atravessar posteriormente esta zona, vai dar uma série de ramos importantes:

– ramos motores para todas estas porções do tricípete (podem surgir muito

proximalmente e, nesse caso, o nervo radial é constituído por várias fibras e não

apenas por um feixe; ou então mais distalmente, só no interior destes músculos).

– ramos sensitivos: Cutâneo Posterior do Braço, Cutâneo Posterior do Antebraço (já próximo da sua entrada no antebraço) e Cutâneo Lateral Inferior do Braço (mais ou menos a meio do braço). Por isso, o nervo radial vai ser

responsável pela enervação sensitiva das partes inferior e lateral do braço e

posterior do antebraço.

Ao entrar no antebraço, ele vem profundamente ao músculo braquiorradial e entre

ele e o braquial. Vai dar ramos motores para os músculos braquiorradial, extensor

radial longo do carpo e braquial.

O músculo braquial recebe enervação do nervo musculocutâneo e do nervo radial.

É por isso que o nervo radial, apesar de dar mais enervação para os músculos

extensores, também dá alguma para os músculos flexores (braquial). Como tal,

apesar de os nervos estarem correctamente divididos em compartimento extensor e

compartimento flexor, na maioria dos casos essa divisão não é absoluta.

Ex.: O nervo axilar enerva a porção anterior do deltóide (flexora) e a porção

posterior do deltóide (extensora).

Entrando no antebraço, o nervo radial divide-se em dois ramos terminais: Ramo Profundo (ou Motor) e Ramo Superficial (ou sensitivo).

O Ramo Profundo vai atravessar entre as duas cabeças do músculo supinador,

ajudando a definir a porção profunda e a porção superficial do músculo supinador,

as quais enerva. Este ramo terminal é também designado por Interósseo

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Posterior, desde o momento em emerge do interior do músculo supinador (o qual

atravessa), caminhando posteriormente à membrana interóssea. Ele vai ser

responsável pela enervação de todos os músculos do compartimento extensor (sem

excepção, o que quer dizer que, quando chega à mão, já não tem nenhum músculo

para enervar, e portanto, não enerva nenhum músculo na mão).

Quanto ao Ramo Superficial, este caminha profundamente ao músculo

braquiorradial. A meio do antebraço (ou mais proximalmente) vai perder a

companhia da artéria radial (que é medial em relação ao nervo) e que o

acompanhava ao longo do braquiorradial (profundamente). Mais ou menos a 10 cm

do punho, o ramo superficial do nervo radial vai atravessar profundamente ao

braquiorradial (deixando a artéria) e torna-se posterior, passando superficialmente à

tabaqueira anatómica e vai-se distribuir também superficialmente, dividindo-se em

Nervos Digitais Dorsais dando a enervação sensitiva para a face dorsal do punho

e da mão, para a face dorsal do polegar (até à articulação interfalângica,

estendendo-se também para a face lateral da eminência tenar) e faces dorsais do

indicador e do bordo radial do dedo médio (nestes dois dedos, a enervação do

nervo radial estende-se até ao nível da articulação interfalângica proximal, já que as

falanges intermédia e distal já fazem parte do nervo mediano).

NOTA: O limite das enervações dos nervos cubital e radial ao nível da face dorsal

dos dedos é muito variável. Esse limite é por vezes descrito como sendo o eixo do

3º dedo e, outras vezes, como sendo o eixo do 4º dedo. Na aula, o professor referiu

que esse limite era o eixo do 3º dedo (no Netter vem no 4º dedo).

ENERVAÇÃO SENSITIVA

Braço e Antebraço: (Lâmina 450 do Netter)

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Enervação do Membro Superior

– Nervo Cutâneo Lateral Superior do Braço (ramo do nervo axilar)

– Nervo Cutâneo Posterior do Braço (ramo do nervo radial)

– Nervo Cutâneo Lateral Inferior do Braço (ramo do nervo radial)

– Nervo Cutâneo Medial do Braço (ramo do cordão medial) e Nervo

Intercostobraquial (ramo de T2); enervam a porção mais proximal e medial do braço

– Nervo Cutâneo Medial do Antebraço (ramo do cordão medial); enerva a porção

medial do antebraço e possui uma porção recorrente que vai enervar parte da

porção anterior e medial do braço

– Nervo Cutâneo Lateral do Antebraço (ramo do nervo musculocutâneo)

– Nervo Cutâneo Posterior do Antebraço (ramo do nervo radial)

Mão: (Lâmina 441 do Netter)

Face Palmar:

– Nervo Mediano através do ramo superficial palmar enerva a região central da

palma e região tenar

– Nervo Mediano através de ramos mais distais (ramos digitais palmares) enerva o

polegar, o indicador, o dedo médio e metade do dedo anelar.

– Nervo Cubital enerva a palma, a região hipotenar, o 5º dedo e a metade cubital do

4º dedo.

– Nervo Radial enerva a região lateral da eminência tenar

Face Dorsal:

– Nervo Mediano enerva a falange distal do polegar, as falanges intermédia e distal

do indicador e do dedo médio e metade das intermédia e distal do 4º dedo

– Nervo Cubital enerva todo o 5º dedo, todo o 4º dedo, à excepção da metade da

falange intermédia e distal do 4º dedo (nervo mediano) e metade mais medial da

falange proximal do 3º dedo (nervo radial)

– Nervo Radial enerva a restante superfície dorsal da mão

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Enervação do Membro Superior

Os nervos cutâneos vêm profundamente, através da fáscia profunda, e tornam-se

superficiais (caminham juntamente com as veias superficiais) e depois distribuem-se

por ramos cada vez mais pequeninos terminando em corpúsculos sensitivos.

DERMÁTOMOÉ a área cutânea que é enervada por uma raiz nervosa.

O nosso corpo é mais ou menos segmentado, havendo segmentos mais ou menos

bem estruturados, referentes aos vários nervos torácicos. A existência de membros

vem complicar o esquema da distribuição dos dermátomos.

As hérnias discais não comprimem os ramos dos plexos, comprimem as raízes

nervosas. Não vai haver dor ou plasmestesias (formigueiros) no território de um

daqueles nervos mas sim nos territórios que são enervados pela raiz que foi

comprimida (que pode corresponder à área de enervação de vários nervos).

MIÓTOMOÉ o conjunto de músculos enervados por uma única raiz nervosa.

Quando há um défice de força muscular num determinado músculo, sabendo quais

as raízes nervosas que vão para esse músculo, é possível ter uma ideia,

combinando o dermátomo e o miótomo afectados, de qual é a raiz afectada. Mas

felizmente hoje já há ressonâncias magnéticas...

LESÕES NO PLEXO BRAQUIAL

Este tipo de perguntas é muito frequente em exame. É mais importante ao nível

clínico que ao nível anatómico.

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Enervação do Membro Superior

Quando há lesão de um nervo e deixa de haver enervação motora de um músculo,

obviamente que o músculo vai deixar de funcionar, conduzindo a perda de força

muscular.

Quando há lesão de um nervo e deixa de haver enervação cutânea/sensitiva, o que

acontece é que essa região da pele vai ficar anestesiada (sem sensibilidade) ou

hipostesiada (com pouca sensibilidade).

Ex.: Lesão no nervo cutâneo medial do braço: perda de sensibilidade na parte

cutânea medial do braço.

PROBLEMAS DO PLEXO BRAQUIAL EM CRIANÇAS

É perigoso puxar pelos braços das crianças pois pode-se provocar uma lesão no

Plexo Braquial. Um puxão no sentido inferior resulta numa lesão na parte superior

do plexo – Paralisia de Erb (não é para saber). Um puxão no sentido superior

resulta numa lesão na parte inferior do plexo – Paralisia de Klumpke – que

provoca a chamada “mão em garra” (desaparecem os interósseos...)

Estas lesões também podem ocorrer no adulto, mas designam-se paralisia do tipo Erb e paralisia do tipo Klumpke (não são exactamente as mesmas paralisias que

nas crianças).

Quando se comprime um nervo, a sua vascularização está comprometida e portanto

o nervo deixa de funcionar e, consequentemente, os músculos também não

funcionam.

• Lesão no Nervo Radial:Enerva os extensores e, por isso, a sua lesão resulta numa mão pendente.

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Enervação do Membro Superior

O tempo de recuperação depende do tempo em que o nervo esteve isquémico, isto

é, sem vascularização (demora sempre alguns meses).

O nervo radial também pode ser lesionado por fracção do úmero que pode resultar

na compressão do nervo ou mesmo na sua secção completa.

No sistema nervoso central não há recuperação das células nervosas.

No sistema nervoso periférico existe regeneração, isto é, se houver secção de um

nervo, as fibras que estavam mais proximais crescem e acabam por regenerar todo

o nervo, enquanto que as fibras mais distais morrem por não terem corpos

celulares. Desta forma, a área afectada é reenervada (as fibras crescem ao ritmo de

1 mm por dia). Quando as lesões são muito proximais, tornam-se mais graves as

lesões e os seus resultados. Num nervo radial, se a lesão for muito proximal pode

afectar até o tricípite, mas se for muito distal pode afectar só a mão.

Quando a lesão é definitiva, os indivíduos andam com arames na parte dorsal da

mão que lhes permitem fazer a extensão passiva dos dedos, a qual pode ser

contrariada voluntariamente pelos flexores, que não foram afectados.

• Lesão no Nervo Mediano:A sua lesão mais habitual é ao nível do canal cárpico. O aumento da pressão dentro

do canal cárpico, seja por fractura, seja por tendinite, provoca a compressão do

nervo, o que provoca sintomatologia ao nível distal da lesão, ou seja, apagamento

da musculatura tenar (os 1º e 2º lumbricais são compensados pelos interósseos) e

dificuldade em realizar oponência (que o adutor tenta compensar). Isto resulta numa

mão de macaco ou mão simiesca. Mas isto só acontece ao fim de muito tempo de

compressão. A primeira coisa que acontece é o desaparecimento da parte sensitiva

só ao nível dos dedos (pontas dos dedos), porque a palma da mão (na região tenar

ou na região central) é enervada pelo ramo sensitivo palmar que surge

proximalmente ao canal cárpico, passando-lhe superficialmente, não sendo portanto

afectado pela lesão.

• Lesão no Nervo Interósseo Anterior (ramo do nervo mediano):

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Enervação do Membro Superior

Enerva o flexor profundo dos dedos (os dois fascículos mais laterais), flexor longo

do polegar e pronador quadrado.

A lesão deste nervo pode provocar um défice na pronação.

O indivíduo também não consegue fazer um “zero” com os dedos (tocar com a

ponta do indicador na ponta do polegar, delimitando assim um círculo).

Fundamentalmente, o que acontece é que como o indivíduo não tem o flexor

profundo dos dedos e como também não tem o flexor longo do polegar, não

consegue fazer flexão e por isso o “zero” colapsa.

• Lesão no Nervo Cubital:A lesão do nervo cubital mais frequente é ao nível do epicôndilo medial e aquilo que

daí resulta é:

- interósseos com tendência a desaparecer (mão magrinha);

- espaço do 1º interósseo desaparecido;

- garra cubital à custa dos 4º e 5º dedos.

A garra cubital é feita só a partir dos 4º e 5º dedos pois são os dedos que possuem

os fascículos do flexor profundo dos dedos enervados pelo nervo cubital. Daqui

resulta uma mão que está em extensão ao nível das articulações

metacarpofalângicas e está em flexão ao nível das interfalângicas – isto porque

perdeu os lumbricais mediais e não há compensação pelos interósseos, ao contrário

do que acontece na outra lesão (do nervo mediano).

– Lesão Distal: Isto dá flexão ao nível das duas falanges, porque a flexor profundo

ainda está funcionante.

– Lesão Proximal: O flexor profundo dos dedos também está afectado. Em vez de

aparecer uma garra onde há flexão da interfalângica proximal (que é função do

flexor superficial) e flexão da interfalângica distal (que é função do flexor profundo),

vamos ter uma interfalângica distal extendida. Desta forma, uma lesão proximal,

apesar de ser mais grave, em termos estéticos dá um aspecto menos grave.

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Enervação do Membro Superior

“Isto é só para terem uma ideia, não têm que saber exactamente tudo isto, têm só

que saber assim por alto, que existe uma garra cubital, uma mão de símio, uma

mão pendente... Essas coisas assim... E saber bem os territórios sensitivos, saber

bem as enervações musculares e depois a organização geral do plexo.”

Cá está mais uma aula... Não incluí nenhuma imagem porque perdiam muita

qualidade e acabava por não se perceber nada... Na aula, formam mostradas

fundamentalmente imagens do Netter.

Espero que o trabalho que tive na desgravação nos seja útil a todos!! Se tiverem

alguma dúvida ou encontrarem algum erro, avisem-me...

Bom estudo!

Isabel Militão — turma 7

imilitã[email protected]

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