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Faculdade de Engenharia de Universidade do Porto Plataforma multimédia na Web para a gestão colaborativa de bases de dados terminológicas Paula Suzana Duarte Carvalho Licenciada em Tradução e Interpretação Especializadas pelo Instituto Politécnico do Porto Dissertação submetida para satisfação dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Multimédia Dissertação realizada sob a orientação do Engenheiro João Isidro Araújo Vila Verde do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto, Outubro de 2009

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Faculdade de Engenharia de Universidade do Porto 

 

 

 

 

 

 

 

Plataforma multimédia na Web para a gestão colaborativa de bases de dados terminológicas 

 

 

Paula Suzana Duarte Carvalho 

Licenciada em Tradução e Interpretação Especializadas 

pelo Instituto Politécnico do Porto 

 

Dissertação submetida para satisfação dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Multimédia 

 

Dissertação realizada sob a orientação 

do Engenheiro João Isidro Araújo Vila Verde 

do Departamento de Engenharia Informática 

da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 

 

 

 

Porto, Outubro de 2009 

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À minha família, aos meus amigos e ao Jorge 

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Agradecimentos | v  

Agradecimentos 

Esta  dissertação  é  o  resultado  de  dois  anos  de  trabalho  e  de  conhecimento  adquirido  no 

decurso  do Mestrado  em Multimédia  da  Universidade  do  Porto.  Durante  este  período  de 

tempo  foram  criados  laços  de  afinidade  e  foi  revelado  um  estreito  espírito  de  união, 

cooperação  e  entreajuda  no  seio  de  uma  turma  repleta  de  potencialidade,  ambição  e 

dinamismo. A todos os meus colegas com quem trabalhei de forma mais próxima, àqueles com 

quem  trabalhei  por  momentos  mais  breves  e  ainda  àqueles  com  quem  não  trabalhei 

directamente  mas  que  estiveram  sempre  presentes,  deixo  o  meu  sincero  agradecimento. 

Agradeço todo o apoio, incentivo e estímulo, principalmente nos momentos menos fáceis. 

Agradeço a  todos os meus colegas de  trabalho, docentes e não docentes, que participaram 

activamente neste projecto e que contribuíram para o seu desenvolvimento, a todos aqueles 

que me  incentivaram e mostraram o seu apoio, e ainda a quem me  instigou a ultrapassar os 

momentos mais difíceis com um sorriso. Pelas  longas horas de conversas, pela preocupação 

sincera  e  pela  procura  incessante  em  ajudar,  muito  obrigada.  À  Coordenação  do  Centro 

Multimédia de Línguas, onde exerço  funções, e aos órgãos executivos do  ISCAP agradeço o 

apoio demonstrado e as condições que proporcionaram para que este projecto pudesse ser 

realizado. 

Agradeço à minha família, em particular aos meus pais e irmã, toda a confiança depositada em 

mim  e  a  compreensão  e  tolerância  demonstradas pela minha  ausência  em momentos mais 

complicados.  Agradeço  ainda  o  respeito  incondicional  que  mostraram  pelas  opções 

académicas  e  profissionais  que  tomei  ao  longo  da  vida  sem  tentarem  interferir  ou  impor 

vontades pessoais. 

A todos aqueles que estão comigo nos bons e maus momentos, deixo o meu reconhecimento 

e o compromisso de amizade. 

Ao meu  orientador,  o  Eng.º  Isidro  Vila  Verde,  pelo  seu  apoio,  presença,  disponibilidade  e 

paciência  constantes  e  incondicionais  e,  acima  de  tudo, pela  confiança  em mim  depositada 

deixo um profundo agradecimento e reconhecimento. O seu valioso empenho e envolvimento 

neste projecto revelaram‐se fundamentais. 

Por fim, agradeço ao Jorge a confiança  incondicional e a convicção  inabalável demonstradas 

mesmo nos momentos de maior pressão, bem  como  a  voluntariedade no  apoio  a  todas  as 

tarefas que me proponho a realizar. A ele agradeço porque nunca duvidou ou hesitou. 

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vi | Resumo 

Resumo 

O  ensino  tradicional  tem  vindo  a  ser,  senão  substituído,  pelo menos  complementado  por 

metodologias assentes na inovação tecnológica. O desafio está no aproveitamento adequado 

de  todas  as  ferramentas  que  advêm  de  sistemas  de  informação  e  comunicação  como  a 

Internet ou aplicações locais dedicadas a áreas de conhecimento específicas. 

Tanto no contexto educativo como no contexto profissional da Tradução é perceptível uma 

adaptação gradual a este novo desafio, essencialmente na adopção de novos recursos e uma 

aposta na renovação de estratégias e de meios. 

Partindo destes princípios, propõe‐se um protótipo de plataforma multimédia na Web para a 

gestão  colaborativa  de  bases  de  dados  terminológicas,  e  sua  eventual  aplicação  prática  no 

contexto  educativo  da  Tradução,  cujo  desenvolvimento  assenta  em  tecnologias  livres,  de 

código  aberto,  já  firmemente  implementadas  e  bastante  desenvolvidas.  A  eventual 

disponibilização  da  plataforma  no  contexto  educativo  contribuiria  para  um  ambiente  de 

aprendizagem  cada  vez mais  dinâmico,  integrando  as  vertentes  virtual  e  presencial,  a 

ciência e a técnica, o saber‐saber e o saber‐fazer. 

A plataforma desenvolvida assenta no conceito de Web 2.0 e tem como objectivo principal 

ser  disponibilizada  ao  maior  número  de  utilizadores  possível,  independentemente  do 

sistema operativo ou restrições existentes no computador de trabalho que possuam. 

Nesta  dissertação  são  apresentadas  as  motivações  que  levaram  à  sua  realização,  é 

analisado  o  estado  da  arte  na  área  de  engenharia  de  software  aplicada  à  gestão 

colaborativa de terminologia, definem‐se as metodologias de  investigação, os moldes de 

desenvolvimento, as tecnologias utilizadas e perspectiva‐se o possível desenvolvimento e 

adequação da plataforma para uma eventual aplicação prática. 

   

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Abstract | vii  

Abstract 

The  traditional  teaching  process  is  being,  if  not  replaced,  at  least  complemented  by 

methodologies  based  on  technological  innovation.  The  challenge  lies  on  the  adequate  and 

optimal use of all the tools provided by the  information and communication systems, such as 

the Internet or local applications dedicated to specific knowledge areas. 

Regarding  both  the  educational  context  of  Translation,  and  the  professional  one,  one  can 

perceive  a  gradual  adaptation  to  this  new  challenge, mainly  as  far  as  the  adoption of  new 

resources or the renewal of existing strategies and means are concerned. 

With  these  principles  in mind,  this  study  puts  forward  a  prototype  for  a Web multimedia 

platform  that allows  the collaborative management of  terminology with special  focus on  its 

practical application in an educational environment. The development of the platform is based 

on  free,  open  source,  firmly  implemented  and  fully  developed  technologies.  Its  possible 

release  in  the educational context would allow an ever more dynamic  teaching and  learning 

environment, by  integrating distance and  in‐class learning, science and technique, knowledge 

and know‐how. 

The developed platform is based on the Web 2.0 concept and its main purpose is to be made 

available  to  the  largest possible number of users,  regardless of  the operating system or ant 

restrictions pertaining to the working computer they possess. 

In summary, in this dissertation the motivations that led to its production are presented; then 

the  state  of  the  art  regarding  software  engineering  applied  to  collaborative  terminology 

management  is  analysed  and  the  investigation methodologies  are  defined,  as  well  as  the 

development  frameworks  and  used  technologies.  Finally,  a  possible  development  and 

adjustment scope for an eventual practical application is suggested. 

 

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viii | Abstract 

   

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Índice | ix  

Índice 

Índice 

0  Glossário de siglas e acrónimos ................................................................................................ xvii 

1  Capítulo I ‐ Introdução .................................................................................................................. 1 

1.1  Contextualização .......................................................................................................... 3 

1.2  Motivação ..................................................................................................................... 4 

1.3  Objectivos ..................................................................................................................... 5 

1.4  Anteproposta para uma metodologia de investigação .............................................. 8 

1.5  Estrutura da Dissertação ............................................................................................. 10 

2  Capítulo II – Estado da arte ......................................................................................................... 13 

2.1  Web .............................................................................................................................. 14 

2.1.1  DicMil – Dicionário de Termos Militares do Exército .............................................. 14 

2.1.2 e‐Termos ................................................................................................................... 16 

2.1.3 GLOBS ....................................................................................................................... 17 

2.1.4 Wiktionary ................................................................................................................. 19 

2.2  Software ...................................................................................................................... 20 

2.2.1 SDL MultiTerm ......................................................................................................... 20 

2.3  Conclusões ................................................................................................................... 23 

3  Capítulo III – Metodologias de Investigação ............................................................................. 25 

3.1  Tipo de metodologia .................................................................................................. 26 

3.1.1 Método Quantitativo e Método Quantitativo ........................................................ 27 

3.2  Abordagem ................................................................................................................. 28 

3.2.1 Estudo de Mercado (Survey) e Pesquisa – Acção ................................................. 28 

3.3  Técnicas de recolha de dados .................................................................................... 29 

3.3.1  Inquérito .................................................................................................................. 29 

3.3.2 Análise dos resultados obtidos ............................................................................... 30 

3.3.3 Análise de Documentos .......................................................................................... 34 

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x | Índice 

4  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma ........................................... 37 

4.1  Metodologia utilizada ................................................................................................. 40 

4.1.1 Metodologia ágil de desenvolvimento .................................................................. 40 

4.2  O processo de desenvolvimento ............................................................................... 42 

4.2.1 Análise de requisitos ............................................................................................... 43 

4.2.2 Tecnologia ................................................................................................................ 43 

4.2.3 Funcionalidades ....................................................................................................... 44 

4.2.4 Actores e níveis de permissão ................................................................................ 46 

4.3  Estudo e proposta de sistema .................................................................................... 48 

4.3.1 CMS .......................................................................................................................... 48 

4.3.2 Wiki ........................................................................................................................... 49 

4.3.3 RIA (Rich Internet Application) ............................................................................... 51 

4.3.4 Bibliotecas de JavaScript ........................................................................................ 53 

4.4  Decisão ........................................................................................................................ 53 

4.5  Arquitectura ................................................................................................................ 54 

4.5.1 Tecnologia do lado do cliente ................................................................................. 54 

4.5.2 Tecnologia do lado do servidor .............................................................................. 58 

4.5.3 Servidor Web ............................................................................................................ 61 

4.5.4 Middleware .............................................................................................................. 63 

4.5.5 Bases de dados relacionais ..................................................................................... 68 

4.5.6 Utilização simultânea de PHP e MySQL ................................................................. 70 

4.6  Arquitectura e modelo de dados ................................................................................ 71 

4.6.1 Modelo Conceptual de Dados (MCD) ...................................................................... 71 

4.6.2 Modelo Lógico de Dados (MLD) ............................................................................. 72 

4.6.3 Modelo Físico de Dados (MFD) .............................................................................. 72 

4.6.4 Regras de Edgar Frank Codd ................................................................................... 73 

4.6.5 Estruturação da base de dados .............................................................................. 76 

4.7  Modulação da plataforma ........................................................................................... 81 

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Índice | xi  

4.7.1 Codificação da plataforma ....................................................................................... 81 

4.8  A plataforma ............................................................................................................... 98 

4.8.1 O nome .................................................................................................................... 98 

4.8.2 O logótipo ................................................................................................................ 99 

4.8.3 Navegação .............................................................................................................. 101 

4.8.4 Resolução ............................................................................................................... 101 

4.8.5 Exploradores .......................................................................................................... 105 

4.9  Testes/detecção de erros .......................................................................................... 106 

4.10  Pré‐produção ............................................................................................................. 107 

5  Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro .......................................................................... 109 

5.1  Objectivos propostos ................................................................................................ 109 

5.2  Implementação .......................................................................................................... 109 

5.3  Integração .................................................................................................................. 110 

5.4  Adequação .................................................................................................................. 111 

5.5  Conclusões .................................................................................................................. 112 

6  Capítulo VI – Considerações finais............................................................................................. 115 

7  Capítulo VII – Bibliografia .......................................................................................................... 117 

7.1  Bibliografia .................................................................................................................. 117 

7.2  Fontes electrónicas ................................................................................................... 120 

8  Capítulo VIII – Anexos ............................................................................................................... 127 

8.1  Anexo A – Questões colocadas no inquérito efectuado ......................................... 129 

8.2  Anexo B1a – Relatório geral ...................................................................................... 134 

8.2.1 Número de respostas completas vs. número de respostas incompletas ........... 134 

8.2.2 Localização geográfica dos inquiridos .................................................................. 134 

8.3  Anexo B2 – Relatório de respostas à Questão n.º 1 ................................................. 135 

8.4  Anexo B3 – Relatório de respostas à Questão n.º 2 ................................................. 136 

8.5  Anexo B4 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 3 ............................... 137 

8.6  Anexo B5 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 4 ............................... 138 

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xii | Índice 

8.7  Anexo B6a – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 5 ............................. 139 

8.7.1 Valores Sim/Não...................................................................................................... 139 

8.8  Anexo B6b – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 5 ............................. 139 

8.8.1 Outra opção: Discriminação. .................................................................................. 139 

8.9  Anexo B7 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 6 .............................. 140 

8.10  Anexo B8 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 7 ............................... 141 

8.11  Anexo B9 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 8 ............................... 142 

8.12  Anexo B10 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 9 ............................. 143 

8.13  Anexo B11 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 10 ............................. 144 

8.14  Anexo C – Paleta de cores seguras para a Web ....................................................... 145 

8.15  Anexo D – Índice de utilização dos vários exploradores nos últimos anos (tabela 

completa) .................................................................................................................. 146 

8.16  Anexo E – Inquérito a apresentar aos utilizadores após uma sessão experimental 

da plataforma ............................................................................................................ 148 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Índice de Figuras | xiii  

Índice de Figuras  

Figura 1 ‐ Interface do IATE ....................................................................................................... 14 

Figura 2 ‐ Estrutura do Dicionário de Termos Militares do Exército ....................................... 16 

Figura 3 ‐ Página inicial da plataforma e‐Termos ...................................................................... 17 

Figura 4 ‐ Página Web inicial da plataforma GLOBS ................................................................. 18 

Figura 5 ‐ Página inicial do Wiktionary ...................................................................................... 19 

Figura 6 ‐ Texto introdutório do Wikcionário .......................................................................... 20 

Figura 7 ‐ Interface do software SDL MultiTerm Desktop 2009 ................................................ 21 

Figura 8 ‐ Configuração geral do SDL MultiTerm Server .......................................................... 22 

Figura 9 ‐ Evolução da Web ...................................................................................................... 38 

Figura 10 ‐ Interacção simples com um servidor Web ............................................................ 39 

Figura 11 ‐ Triângulo de projecto .............................................................................................. 42 

Figura 12 ‐ Metodologia de desenvolvimento adoptada ........................................................ 43 

Figura 13 ‐ Progressive enhancement ........................................................................................ 56 

Figura 14 ‐ Exemplo de código HTML utilizado na plataforma ............................................... 57 

Figura 15 ‐ Desenvolvimento em três camadas ....................................................................... 59 

Figura 16 ‐ Arquitectura de uma aplicação Web ...................................................................... 61 

Figura 17 ‐ Índice de utilização de servidores Web ................................................................. 62 

Figura 18 ‐ Exemplo de código PHP embebido em código HTML (ficheiro: checklogin.php)65 

Figura 19 ‐ Código fonte (ficheiro: checklogin.php) ................................................................ 65 

Figura 20 ‐ Visualização no explorador Web (ficheiro: checklogin.php) ................................ 66 

Figura 21 ‐ Interacção entre computador local e servidor Web (com e sem ficheiros PHP) 67 

Figura 22 ‐ Tipos de motores de armazenamento disponíveis numa base de dados MySQL

 ................................................................................................................................................... 69 

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xiv | Glossário de siglas e acrónimos 

Figura 23 ‐ Utilização da função mysql_connect() em PHP para ligação à base de dados 

MySQL .............................................................................................................................. 71 

Figura 24 ‐ Pormenor do mapa de relações com relações do tipo um‐para‐muitos ............. 76 

Figura 25 ‐ Mapa de relações da base de dados ...................................................................... 77 

Figura 26 ‐ Fluxograma de pedido de um novo registo .......................................................... 83 

Figura 27 ‐ Fluxograma do processo de pedidos de acesso ................................................... 84 

Figura 28 ‐ Estrutura de controlo if… else ......................................................................... 85 

Figura 29 ‐ Sintaxe de um ciclo while(); ............................................................................ 86 

Figura 30 ‐ Logótipo da plataforma ......................................................................................... 99 

Figura 31 ‐ Logótipo de cor bordeaux ..................................................................................... 100 

Figura 32 ‐ Logótipo de cor verde ........................................................................................... 100 

Figura 33 ‐ Comparação entre área total e área útil de um monitor com resolução de 1024 x 

768 pixéis ....................................................................................................................... 103 

Figura 34 ‐ Contraste entre proporções de monitores de diferentes resoluções ............... 104 

 

   

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Índice de Tabelas | xv  

Índice de Tabelas 

 

Tabela 1 ‐ Categorização dos métodos de investigação e suas características gerais .......... 26 

Tabela 2 ‐ Plataformas mencionadas no inquérito e respectivo número de referências ...... 31 

Tabela 3 ‐ Funcionalidades apontadas pelos inquiridos por ordem de relevância ............... 44 

Tabela 4 ‐ Paralelismo entre utilizadores em ambiente educativo e ambiente profissional 48 

Tabela 5 ‐ Dados sobre a activação de JavaScript nos exploradores Web ............................55 

Tabela 6 ‐ Tabela de cores utilizadas no logótipo e respectivas referências por sistema de 

cor ................................................................................................................................... 100 

Tabela 7 ‐ Índice de resoluções de monitores mais utilizadas .............................................. 102 

Tabela 8 ‐ Comparação entre área total e área útil de um monitor de acordo com a 

resolução ........................................................................................................................ 103 

Tabela 9 ‐ Índice de utilização dos vários exploradores nos últimos anos ........................... 105 

 

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Glossário de siglas e acrónimos | xvii  

0 Glossário de siglas e acrónimos 

 

1FN  Primeira Forma Normal 

2FN  Segunda Forma Normal 

3FN  Terceira Forma Normal 

AJAX  Asynchronous JavaScript And XML 

API  Application Programming Interface 

ASP  Active Server Pages 

AVI  Audio Video Interleave 

BCNF  Forma Normal de Boyce/Codd 

CMS  Content Management System 

CMYK  Cian, Magenta, Yellow e Black 

CSS  Cascade Style Sheet 

CSV  Comma Separated Values 

DOM  Document Object Model 

DHTML  Dynamic Hypertext Markup Language 

FLV  Flash Video 

GIF  Graphics Interchange Format 

GNU  GNU's not Unix 

HSB  Hue, Saturation and Brightness 

HTML  Hypertext Markup Language 

HTTP  Hypertext Transfer Protocol 

IMAP  Internet Message Access Protocol 

JPG  Joint Photographic Experts Group 

JSP  JavaServer Pages 

Lab  Lightness, chroma A and chroma B 

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xviii | Glossário de siglas e acrónimos 

MP3  MPEG‐1/2 Audio Layer 3   

MPEG  Moving Picture Experts Group 

MSDE  Microsoft SQL Server 2000 Desktop Engine 

LDAP  Lightweight Directory Access Protocol 

PHP  PHP: Hypertext Preprocessor 

PNG  Portable Network Graphics 

RGB  Red, Green and Blue 

RIA  Rich Internet Application 

RTF  Rich Text Format 

SGBDR  Sistema de Gestão de Bases de Dados Relacionais 

SQL  Structured Query Language 

SWF  Shockwave Flash 

USB  Universal Serial Bus 

W3C  World Wide Web Consortium 

WAV  Waveform audio format 

WMA  Windows Media Audio 

WMV  Windows Media Video 

WWW  World Wide Web 

XAMPP  XML, Apache, MySQL, PHP e Perl 

XML  eXtensible Markup Language 

XLSX  Microsoft Excel 2007 spreadsheet document 

 

 

 

 

   

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Capítulo I ‐ Introdução | 1 

1 Capítulo I ‐ Introdução 

 

The fruits of tomorrow are in the seeds of today. 

Autor desconhecido 

 

 

É  inegável a  relevância da utilização da  tecnologia no processo de ensino‐aprendizagem. Do 

retroprojector aos quadros interactivos, passando pelo computador pessoal e pela Internet, a 

preponderância  de  equipamento  tecnológico  enraizou‐se  na  vida  académica,  tendo  sentido 

forte impulso ao longo da última década. 

A multimédia emergiu, no decorrer desse tempo, como recurso coerente no ensino, e os seus 

ambientes  incluem  formas  tão  vastas  como  ensino  em  ambiente  virtual,  plataformas  de 

simulação na aprendizagem de determinadas competências, cursos electrónicos presenciais e 

a distância, portefólios digitais, ou apresentações electrónicas e o seu impacto no processo de 

ensino‐aprendizagem é, hoje,  amplamente  reconhecido. Mayer  (2005)  [38.]  formula mesmo 

aquela a que chama a hipótese da aprendizagem multimédia, hipótese esta baseada na seguinte 

proposição: “There  is  reason  to believe  that – under  certain  circumstances – people  can  learn 

more deeply from words and pictures than from words alone.” 

As áreas da Tradução e da Linguística não escapam a esta (r)evolução, sendo  já a multimédia 

parte integrante da construção do saber‐saber por parte dos formandos de todos os níveis de 

ensino, dotando‐os de novas apetências e  levando‐os à  formação em campos não previstos 

nos seus horizontes académicos há algumas décadas atrás. 

Longe vai o tempo em que o tradutor e/ou o escritor recorriam apenas aos seus dicionários de 

papel, prontuários ou guias de estilo para fazer o seu trabalho, ou, na falta destes recursos, se 

deslocavam à biblioteca em busca de fontes adicionais. 

Actualmente,  é  comum  ver  o  ambiente  de  trabalho  do  tradutor  constituído  por  um 

computador pessoal  ligado permanentemente e com  ligação de banda  larga à  Internet, dois 

monitores, dois ou mais programas de  tradução assistida por computador em  todas as suas 

vertentes a serem executados em simultâneo e em reciprocidade, e um telemóvel sempre por 

perto para contactar especialistas das diversas áreas de conhecimento a qualquer hora. 

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2 |  Capítulo I ‐ Introdução 

A solução mais frequente no mercado de trabalho/profissional da tradução passa pela compra 

de ferramentas proprietárias. Por outro  lado, ao quererem simular um ambiente empresarial 

nas suas salas de aula (ou nos seus  laboratórios multimédia, mais comuns hoje no ensino da 

Linguística e da Tradução), o custo  financeiro dessas aplicações pode  tornar‐se  insuportável 

para  instituições  de  ensino,  principalmente  as  de  natureza  pública  e  aquelas  de  parcos 

recursos financeiros. Além disso, não é  invulgar que tais ferramentas tenham  inerentemente 

um elevado grau de complexidade, quer por altura da sua  instalação, quer na sua utilização 

quotidiana.  Na  verdade,  um  tradutor  com  formação  em  Humanidades  e  em  Línguas 

dificilmente  saberá  por  que  razão  a  actualização  de  uma  determinada  versão  de  Java  não 

permite que o seu software (de custos avultados) continue a funcionar normalmente e, mais 

dificilmente, saberá resolver o problema. 

Este  facto  é  igualmente  aplicável  à  gestão  de  terminologia.  Neste  caso,  são  já  várias  as 

propostas  alternativas  ao  software  proprietário  existente  no  mercado  e  estas  surgem, 

essencialmente,  na Web.  No  entanto,  as  alternativas  existentes  baseiam‐se  na  partilha  de 

informação  e  não  na  colaboração  da  construção  de  conhecimento  e  o  actual  cenário 

tecnológico associado à área da tradução e da terminologia revela uma forte lacuna na oferta 

de aplicações/plataformas vocacionadas para o ensino‐aprendizagem nesta área. 

Na  sequência  de  uma  análise  aprofundada  do  estado  da  arte  da  tecnologia  aplicada  à 

tradução,  propõe‐se  a  construção  de  uma  plataforma  multimédia  na  Web  para  a  gestão 

colaborativa  de  bases  de  dados  terminológicas  e  perspectiva‐se  a  sua  aplicação  prática  no 

contexto educativo da tradução. 

A relevância da construção de tal plataforma é corroborada por um breve estudo elaborado 

com  base  num  inquérito  apresentado  a  docentes,  discentes  e  profissionais  da  área  de 

tradução. As respostas permitem não só detectar as vantagens e expectativas como também 

as  fragilidades  e  reservas  relativamente  a  uma  plataforma Web  de  gestão  colaborativa  de 

terminologia. 

Há  uma  tentativa  de  responder  aos  requisitos  colocados,  bem  como  de  superar  as 

compreensíveis  reservas  sobre  o  ainda  frágil  universo  do  trabalho  colaborativo  através  da 

criação de um ambiente de colaboração, embora controlado, da utilização de tecnologia livre, 

mas consolidada, e da disponibilização de uma  ferramenta cujo controlo de qualidade esteja 

sempre presente, quer seja pela presença de especialistas em diversas áreas de conhecimento, 

bem  como  de  docentes  altamente  qualificados  e  com  larga  experiência  no  ensino‐

aprendizagem da tradução. 

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Capítulo I ‐ Introdução | 3 

Numa perspectiva de trabalho futuro são propostas várias linhas de conduta que apenas agora 

se  começam  a  coser,  ligando  essencialmente  as  instituições  de  formação  superior  em 

tradução. 

 

1.1 Contextualização 

Actualmente, é escasso (embora não inexistente) o recurso do tradutor profissional a fontes e 

referências bibliográficas em papel e raramente, também, recorre ao papel para transcrever o 

texto de chegada. O seu ambiente de trabalho é invariavelmente constituído por uma panóplia 

de equipamentos electrónicos, entre os quais o computador pessoal ligado permanentemente 

e  com  ligação  de  banda  larga  à  Internet,  um  scanner  com  reconhecimento  óptico  de 

caracteres, um disco externo ou uma caneta USB, várias aplicações electrónicas de tradução 

assistida por computador a ser executadas em simultâneo e cujas janelas abertas se estendem 

por dois monitores. O formato de eleição para a entrega do trabalho final é, frequentemente, 

o correio electrónico ou o suporte digital. 

A presença da multimédia na área de gestão terminológica é também significativa. No final da 

década  de  90  do  século  XX,  os  dicionários  de  editoras  de  renome  começaram  a  publicar, 

juntamente  com  o  dicionário  de  papel,  um  CD‐ROM  com  a  versão  digital  ilustrada  e  com 

possibilidade de ouvir a pronunciação do  termo. Na verdade,  remonta  já à década de 60 do 

século  XX  a  ligação  entre  a  terminologia  e  a  informática.  Esta  ligação  visa  a  facilitação  do 

armazenamento e a difusão de dados terminológicos na criação e gestão de grandes bases de 

dados  terminológicas  especializadas.  A  integração  entre  estas  duas  áreas  tornou‐se  de  tal 

forma sólida e potencial que a mesma deu origem ao neologismo terminótica (Almeida et. al 

2006) [2.], um novo conceito que  inaugura um novo paradigma metodológico nas pesquisas 

terminológicas. 

O  estudo  e  o  trabalho  terminológico  pressupõem,  hoje,  a  existência  de  um  conjunto  de 

procedimentos automatizados ou semi‐automatizados que contribuam para um apoio activo 

às tarefas envolvidas neste processo, como por exemplo a criação e constante actualização de 

bases de dados, a normalização terminológica, a  inclusão de termos em ontologias ou mapas 

conceptuais  ou  a  difusão  de  informação  para  interligação  com  outras  aplicações  e/ou 

utilizadores. 

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4 |  Capítulo I ‐ Introdução 

Porém,  a  normalização  de  bases  de  dados  terminológicas  torna‐se  bastante  difícil,  pois  a 

evolução  linguística  não  consegue  acompanhar  o  rápido  avanço  tecnológico. Ao  longo  dos 

últimos  anos,  a  língua portuguesa  tem  vindo  a  sofrer  fortes,  e  até  violentas,  influências de 

estrangeirismos, especialmente de anglicismos. 

Há uma tendência generalizada para institucionalizar a terminologia técnica numa só língua de 

modo a facilitar a comunicação entre profissionais de diversas nacionalidades. No entanto, tal 

empobrece a  língua com a agravante de se  incorrer no risco de marginalizar  leitores que não 

estejam  familiarizados com o texto ou com a temática em causa. Assim, torna‐se  imperativo 

que tradutores, terminólogos e especialistas em textos técnicos e científicos tomem iniciativas 

de  recolha  de  informação  terminológica  nas  várias  áreas  com  o  objectivo  de  catalogar  e 

normalizar bases de dados específicas da  língua portuguesa. Esta  iniciativa,  como  tantas na 

área  da  tradução  técnica,  não  pode  estar  dissociada  de  uma  estreita  colaboração  com 

especialistas das mais diversas áreas, o que neste caso concreto significa a colaboração com 

especialistas em tecnologias da informação e da comunicação. 

 

1.2 Motivação 

A criação e gestão terminológicas são parte  integrante e fundamental do processo tradutivo. 

No  entanto,  as  ferramentas  consolidadas  no  mercado  para  este  efeito  são  escassas, 

proprietárias e implicam uma curva de aprendizagem acentuada. A aplicação de referência em 

gestão terminológica, tanto para profissionais como para docentes da área, é o SDL MultiTerm 

[114.],  software desenvolvido apenas para o sistema operativo Windows que pressupõe uma 

instalação  local e requer  licenciamento mono‐utilizador,  isto é, as  licenças apenas podem ser 

utilizadas numa determinada máquina (o preço unitário por licença é aproximadamente €485). 

O  SDL MultiTerm  suporta  a  edição  colaborativa  de  bases  de  dados  terminológicas, mas  tal 

exige a  instalação centralizada de um servidor que não dispensa a aquisição das  licenças por 

parte dos computadores‐cliente e obriga à aquisição de uma licença adicional para o servidor. 

A  compra  de  um  servidor MultiTerm  já  inclui  um  determinado  número  de  licenças, mas  o 

acesso a esse servidor é limitado em número de ligações simultâneas. 

O ensino de ferramentas de gestão terminológica é parte integrante do programa de algumas 

unidades curriculares ligadas à Tradução e tal implica um avultado investimento financeiro em 

software para as  instituições de ensino, nomeadamente as de natureza pública. Um exemplo 

destas instituições é o ISCAP, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. A 

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Capítulo I ‐ Introdução | 5 

Licenciatura  em  Assessoria  e  Tradução  e  o  Mestrado  em  Tradução  e  Interpretação 

Especializadas fundamentaram, até à data, a aquisição de 55 licenças do software profissional 

SDL  MultiTerm  da  SDL  TRADOS.  Se  por  um  lado  esta  instituição  pode  contar  com  a 

compreensão  dos  seus  órgãos  de  gestão  relativamente  às  necessidades  inerentes  à 

leccionação  destes  cursos,  outras  instituições  haverá  que,  independentemente  da 

disponibilidade e aceitação dos seus órgãos de gestão, não possuem financiamento suficiente 

para  a  aquisição  de  software.  O  mesmo  acontece  com  a  comunidade  discente.  Adquirir 

software profissional pode não estar ao alcance de todos os alunos, nomeadamente aqueles 

de  classes  sociais menos  favorecidas  ou mesmo  de  discentes  não  trabalhadores  que  não 

pretendam imputar mais uma despesa aos seus encarregados de educação. 

Assim, a motivação para o desenvolvimento deste projecto nasce de um conjunto de factores, 

sendo  que  a  principal  está  intrinsecamente  ligada  à  utilidade  que  uma  plataforma Web  de 

trabalho colaborativo poderá desempenhar no processo de ensino‐aprendizagem de unidades 

curriculares ligadas às áreas de Línguas e Tradução. Globalmente, foram factores decisivos: 

• Disponibilizar uma solução acessível a qualquer utilizador, independentemente do tipo de 

máquina, sistema operativo, explorador Web ou outras condicionantes; 

• Promover  a  interactividade  entre  professores,  alunos  e  especialistas  através  de  uma 

plataforma de trabalho colaborativo; 

• Reduzir custos na implementação de novas metodologias de ensino‐aprendizagem; 

• Permitir a partilha pública do conhecimento produzido. 

 

1.3 Objectivos 

O objectivo primário deste projecto assenta no conceito “plataforma multimédia na Web para 

a  gestão  colaborativa  de  bases  de  dados  terminológicas:  aplicação  prática  no  contexto 

educativo da tradução.” 

Nenhuma  das  ferramentas  electrónicas  disponíveis  (sejam  elas  aplicações  locais  ou 

plataformas na Internet) prevê a formação académica de que a comunidade profissional é alvo 

antes  de  ingressar  no  mercado  de  trabalho.  Ferramentas  electrónicas  que  prevejam  a 

construção de um saber, como o  software de  tradução assistida por computador, permitem 

armazenar  dados  que  facilitem  um  trabalho  futuro  (como  o  alinhamento  de  textos,  a 

construção  de memórias  de  tradução  ou  a  criação  de  bases  de  dados  terminológicas). No 

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6 |  Capítulo I ‐ Introdução 

entanto,  e  uma  vez  que  não  estão  originalmente  vocacionadas  para  o  ensino,  estas 

ferramentas não ponderam o papel do professor e do especialista, actores preponderantes em 

todo o processo terminológico e a quem cabe, em última  instância, assegurar a qualidade do 

trabalho produzido. 

Mas  se,  por  um  lado,  o  objectivo  primário  do  desenvolvimento  desta  plataforma  é  servir 

propósitos educativos, por outro não se restringe a ele. 

A  utilização  desta  plataforma  poderá  eventualmente  ser  aplicável  também  no  contexto 

profissional  da  tradução  como  solução  a  implementar  por  pequenas  empresas  ou 

trabalhadores independentes com baixos recursos financeiros. 

A projecção de uma plataforma de gestão terminológica que contribua equitativamente para a 

formação académica superior e para a produtividade profissional poderá ser contraditória pois 

a finalidade de ambas as actividades é distinta. 

O rumo a tomar tem como meta atingir objectivos que satisfaçam, primordialmente, a área do 

ensino  e  apenas  secundariamente  a  área  profissional.  Idealmente,  o  resultado  servirá 

propósitos complementares. 

 

Assim,  os  seguintes  objectivos  foram  considerados  essenciais  aquando  da  projecção  da 

plataforma: 

• criação de glossários; 

• definição de obrigatoriedade de preenchimento de um determinado campo; 

• distinção entre sublínguas, por exemplo: Português (Portugal) ou Português (Brasil); 

• fácil usabilidade da plataforma (interface intuitivo); 

• inserção automática da classe gramatical do termo; 

• inserção de conteúdo multimédia; 

• possibilidade adicionar várias línguas ao mesmo glossário; 

• possibilidade de contactar criadores e gestores para colocar dúvidas ou sugerir alterações; 

• registo e gestão de utilizadores com vários níveis de permissão. 

 

Um  objectivo  mais  abrangente,  mas  confluente  aos  acima  propostos,  é  manter  o 

desenvolvimento da plataforma  a  longo prazo.  Isto permitirá  a  adequação da plataforma  a 

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Capítulo I ‐ Introdução | 7 

várias  actividades,  bem  como  o  seu  aperfeiçoamento  e  desenvolvimento  de  novas 

funcionalidades que facilitem o processo tradutivo. 

Ainda que numa fase posterior do desenvolvimento da plataforma, são também objectivos: 

• consulta do registo de alterações efectuadas num determinado termo; 

• criação  de  vários  níveis  hierárquicos  na  estrutura  da  árvore  da  base  de  dados 

terminológica; 

• desenvolvimento de um módulo de avaliação do aluno; 

• disponibilização  de  glossários  criados  a  utilizadores  visitantes  (não  registados)  apenas 

para consulta; 

• existência de vários níveis de permissão; 

• exportação  de  bases  de  dados  terminológica  (para  um  ficheiro  *.csv,  *.xlsx,  *.xml  ou 

outro); 

• importação  de  bases  de  dados  terminológicas  (de  um  ficheiro  *.csv,  *.xlsx,  *.xml  ou 

outro); 

• integração da plataforma com outras  ferramentas existentes no computador  (editor de 

texto, editor de apresentações, folha de cálculo, etc.); 

• transcrição sonora (pronunciação) do termo; 

• registo de alterações efectuadas por utilizadores; 

• registo do tempo dispendido por utilizador em tempo útil de trabalho. 

 

O objectivo  final deste projecto  consiste em disponibilizar uma  ferramenta de  trabalho que 

permita a aprendizagem e a construção de um saber‐saber na área da gestão  terminológica 

aliada ao contexto da tradução na actual sociedade de informação. 

A versatilidade e usabilidade da plataforma serão factores fulcrais a ter em conta, bem como a 

sua disponibilização ao maior número de pessoas possível. 

O ponto de partida é o conceito de Web 2.0 e  tem como  fio condutor a noção de  trabalho 

colaborativo  e  partilha  de  conhecimento  sem  esquecer  a  sua  adequação  à  evolução 

tecnológica não só da Web como de todo o espectro que a envolve. 

 

 

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8 |  Capítulo I ‐ Introdução 

1.4 Anteproposta para uma metodologia de investigação 

A condução do processo de investigação exige uma estruturação prévia para que lhe transmita 

coerência e  inteligibilidade. Esta delineação prévia  irá permitir,  também, que seja delimitado 

quer o objecto de estudo quer as técnicas e procedimentos a utilizar na recolha, tratamento e 

análise de dados. 

Sousa (2005) [51.] defende mesmo que é necessária prudência para que não sejam aplicados 

“processos de investigação cuja utilização (…) possa conduzir a resultados inadequados, ou (…) 

que o leitor pode não considerar credíveis”. 

Qualquer  área  de  conhecimento  exige  uma  estruturação  metodológica  que  permita  a 

inferência  clara  das  conclusões  formuladas,  mas  caberá  à  génese,  à  especificidade  e  à 

finalidade do projecto a determinação da metodologia a seguir. 

A  presente  dissertação  teórica  e  o  projecto  prático  realizado  no  seu  âmbito  abraçam  duas 

ciências  que,  apesar  de  distintas,  se  complementam.  Por  um  lado  existe  a  necessidade  de 

dotar o  sistema  educativo de novas metodologias  e novos  recursos que  levem os  alunos  a 

adoptar  novos  métodos  de  trabalho  e  consigam  adquirir  competências  colaborativas  na 

construção, gestão e partilha do conhecimento e, por outro, existe o recurso à tecnologia e à 

multimédia para dar corpo ao projecto. 

Sabendo que as metodologias e as  investigações efectuadas no âmbito das ciências sociais e 

humanas  e  aquelas  efectuadas  no  âmbito  das  ciências  exactas  se  categorizam  e  ocorrem, 

regra geral, de forma distinta e, como já foi referido, este projecto abraça domínios no âmbito 

de  ambas  as  ciências,  torna‐se então necessário  compreender  até que ponto esta distinção 

influenciará  a metodologia  a utilizar  (ponto  aprofundado no  Capítulo  III  – Metodologias de 

Investigação). 

Após  algumas  considerações,  optou‐se  pela  adopção  de  um  cruzamento  metodológico, 

globalizante de características quantitativas e qualitativas. 

Numa  fase  prévia  ao  desenvolvimento  da  plataforma,  a  escolha  recaiu  na  elaboração  um 

inquérito sobre a pertinência e utilidade da existência de uma plataforma multimédia na Web 

para  a  gestão  de bases de  dados  terminológicas  e  sua  aplicação  ao  contexto  educativo  da 

tradução. O objectivo consistia em dirigir o  inquérito em causa às comunidades profissional, 

docente e discente para dar resposta  

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Capítulo I ‐ Introdução | 9 

ao problema: 

“Qual o grau de  relevância de uma plataforma multimédia de gestão  terminológica na Web 

enquadrada no contexto educativo da tradução?” 

e à questão: 

“Qual a finalidade, quais os constrangimentos e quais as características mais relevantes numa 

plataforma multimédia de gestão terminológica na Web?” 

O recurso a um  inquérito como  instrumento de recolha de dados não  implicará, no entanto, 

que o estudo em si seja  inevitavelmente quantitativo, conforme considera Bell (1997) [5.]. O 

objectivo será não só compreender qual o grau de relevância de uma plataforma deste género 

no contexto educativo (e eventualmente profissional) da tradução, como também dados mais 

específicos  como  faixa  etária,  grau  académico  e  experiência  docente/profissional  dos 

inquiridos. 

A um conjunto de procedimentos que antecedem a  investigação em si, como a definição do 

problema ou a colocação de hipóteses e/ou de questões de investigação, segue‐se um estudo 

pormenorizado  dos  dados:  planeamento,  recolha,  organização,  validação,  selecção,  etc.  O 

confronto  das  hipóteses  e/ou  das  questões  de  investigação  com  os  resultados  obtidos 

determina as metodologias e procedimentos a seguir. 

Também  o  estudo  e  análise  do  estado  da  arte  constituem  um  ponto  de  referência  para  a 

realização  deste  projecto  na medida  em  que  permitem  avaliar  as  diferentes  plataformas  já 

existentes, o que ainda permanece por fazer, o que funciona e o que falha. As metodologias já 

utilizadas em outros casos podem ainda permitir estabelecer novos padrões de actuação ou 

desenvolver mais aprofundadamente o que já está enraizado. 

Durante a fase de pré‐produção do desenvolvimento da plataforma, a mesma será testada por 

potenciais utilizadores. Para aferir o grau de satisfação do uso da plataforma, o  instrumento 

utilizado será o inquérito, que permitirá não só a recolha de informação, sugestões e opiniões 

para  não  só  consolidar  ou  reconsiderar  futuras  metodologias  e  novos  procedimentos  de 

investigação, como  também a avaliação das características,  funcionalidades e usabilidade da 

própria plataforma. 

 

Resumidamente, o procedimento adoptado é o seguinte: 

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10 |  Capítulo I ‐ Introdução 

• Antes do desenvolvimento da plataforma: 

Inquérito: PollDaddy [106.] 

Aferição do grau de relevância do projecto 

 

• Durante a fase de pré‐produção do desenvolvimento da plataforma: 

Inquérito: PollDaddy 

Aferição  do  grau  de  satisfação  por  parte  dos  utilizadores  e  recolha  de 

informação generalizada, sugestões e opiniões. 

Em  última  análise  pretende  avaliar‐se  se  a  plataforma  poderá  ou  não  contribuir  como 

instrumento de apoio nos processos de ensino‐aprendizagem, construção de um saber‐saber e 

partilha de informação na actual sociedade de informação. 

 

1.5 Estrutura da Dissertação 

Até ao momento  foram  já abordadas, de uma  forma global, as questões mais pertinentes a 

aprofundar durante a redacção desta dissertação. 

Estruturalmente, a presente dissertação compreende cinco partes essenciais, as quais  serão 

subdivididas de acordo com os tópicos abordados. 

O primeiro capítulo da dissertação apresentará, globalmente, as questões gerais  inerentes ao 

projecto  e  abordará  a  contextualização,  a  motivação  para  o  seu  desenvolvimento,  os 

objectivos  a  atingir,  as  metodologias  de  investigação  e  procedimentos  precedentes  e 

simultâneos ao desenvolvimento da plataforma, bem como uma referência à estruturação da 

própria dissertação. 

O segundo capítulo será dedicado à análise do estado da arte, tendo em conta as plataformas 

já  desenvolvidas  e  respectiva  implementação,  bem  como  as  tecnologias  utilizadas,  suas 

vantagens e desvantagens. 

No  terceiro  capítulo  serão  aprofundadas  as metodologias  de  investigação  utilizadas,  bem 

como a análise dos resultados obtidos. Dar‐se‐á, nesta fase, algum destaque aos resultados do 

inquérito precedente à construção da plataforma, pois são estes que determinam, em grande 

parte, a arquitectura e o modelo de dados. 

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Capítulo I ‐ Introdução | 11 

O  quarto  capítulo  terá  como  base  não  só  a  análise  do  estado  da  arte  como  também  as 

conclusões  retiradas do  inquérito  realizado às comunidades docente, discente e profissional 

na área da tradução e compreenderá a análise da arquitectura e do modelo de dados, incluindo 

a estruturação da base de dados e a modulação da plataforma. 

No  quinto  capítulo  é  efectuada  uma  análise  metodológica  da  implementação  e 

desenvolvimento da plataforma,  incluindo a  tecnologia utilizada, os procedimentos de  teste 

realizados  para  verificação  e  correcção  de  erros,  a  usabilidade  da  plataforma  e  a  aplicação 

prática  da  plataforma  em  contexto  educativo.  Nesta  fase  será  dado  destaque  à  eventual 

aferição do grau satisfação relativo à plataforma através de um inquérito realizado após a sua 

utilização por parte de docentes, discentes e profissionais. 

Em  forma  de  epílogo,  serão  abordadas  as  conclusões  retiradas  do  trabalho  realizado: 

metodologia  de  desenvolvimento,  objectivos  alcançados  por  oposição  aos  objectivos 

propostos,  informação  obtida  pelos  utilizadores  da  plataforma  e,  numa  tentativa  de 

perspectivar  trabalho  futuro  e  potencialidades  de  maior  desenvolvimento  da  plataforma 

averiguar‐se‐á  a  aplicação  da mesma  em  contexto  educativo  contínuo  e  profissional,  bem 

como a adequação da mesma à Web Semântica (Web 3.0) [124.]. 

   

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12 |  Capítulo I ‐ Introdução 

 

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Capítulo II – Estado da arte | 13  

2 Capítulo II – Estado da arte 

 

Being busy does not always mean real work. The object of all work is production or accomplishment 

and to either of these ends there must be forethought, system, planning, intelligence, and honest 

purpose, as well as perspiration. Seeming to do is not doing. 

Thomas Alva Edison 

 

 

A  gestão  terminológica  de  um  dado  domínio  centra‐se  essencialmente  na  utilização  de 

recursos  (tais  como  corpora ou editores de  terminologia) para  fins específicos,  como  seja a 

partilha de conhecimento, a disponibilização de glossários ou a manutenção de bases de dados 

terminológicas. 

A  disponibilização  de  bases  de  dados  terminológicas  tem  vindo  a  generalizar‐se.  Bases  de 

dados como o IATE (InterActive Terminology for Europe) [80.] têm vindo a ganhar relevância na 

comunidade de  tradutores e docentes de  tradução devido aos seus contributos na  tradução 

assistida e/ou automática, na pesquisa  terminológica em geral e na pesquisa de  informação 

técnica e científica. Esta base de dados, em particular, adquiriu um elevado grau de fiabilidade, 

fruto de ter a sua gestão sobre a alçada de uma parceria de instituições da União Europeia e de 

ver  o  seu  conteúdo  constantemente  actualizado.  Esta  é  também  a  base  de  dados 

terminológica mais divulgada no meio  académico  e mais utilizada  inter‐institucionalmente  a 

nível da União Europeia, o que lhe confere um nível de relevância considerável. 

No  entanto,  plataformas  como  esta  baseiam‐se  em  recursos  privados  e  são  geridas  por 

especialistas de áreas muito concretas, como a informática ou a engenharia. 

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14 |  Capítulo II – Estado da arte 

São poucas as plataformas existentes que permitam a gestão colaborativa do conteúdo, tanto 

na Web como em aplicações locais, e são em menor número ainda as soluções implementadas, 

sendo que nenhuma das plataformas reúne todos os requisitos pretendidos. 

 

Será  apresentado,  de  seguida,  o  estado  da  arte  referente  às  aplicações  de  gestão 

terminológica disponíveis tanto na Web como a nível local. Proceder‐se‐á à sua análise global, 

tendo em particular consideração a tecnologia na qual assentam, bem como os objectivos com 

que foram concebidas e respectiva implementação. 

 

2.1 Web 

2.1.1 DicMil – Dicionário de Termos Militares do Exército  

O Dicionário de Termos Militares do Exército  (DicMil)  [63.]  foi desenvolvido no âmbito de um 

Projecto  de  Investigação  do  CInAMil,  Centro  de  Investigação  da  Academia  Militar.  O  seu 

objectivo específico é servir de agente facilitador ao Oficial do Exército, quer na preparação de 

tarefas que exijam conhecimento pleno e exacto, numa língua estrangeira, dos termos ligados 

à  profissão,  quer  na  execução  de  tarefas  quotidianas  que  exijam  prontidão  e  rapidez  na 

apresentação  de  resultados  e  que  estejam  directamente  relacionadas  com  a  utilização  de 

termos ligados ao Exército em inglês. 

Figura 1 ‐ Interface do IATE 

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Capítulo II – Estado da arte | 15  

A plataforma sobre a qual assenta o projecto permite a gestão de referências terminológicas 

de  âmbito militar  e  a  sua  consulta  através  de  um  interface Web,  cujos  acessos  podem  ser 

efectuados  através  da  Internet,  sendo  o  nível  de  acesso  ditado  pelo  tipo  de  utilizador  que 

utiliza  o  sistema.  A  plataforma  contempla  a  importação  de  termos  para  a  base  de  dados, 

utilizando o formato XML e foi desenvolvida utilizando as seguintes tecnologias: 

• Servidor Web 

Apache; 

• Motor de Bases de Dados 

MySQL; 

• Linguagem do lado do Servidor 

PHP; 

• Apresentação 

Flash CS3 – Actionscript 3; 

• Comunicação Servidor/Cliente 

Flash/XML. 

 

Apesar de estar  já disponível, a plataforma não  reúne vários dos critérios estipulados, como 

por exemplo, a atribuição de várias  línguas ao glossário, ou a criação de vários glossários em 

áreas de conhecimento diversas. 

Por  ter  sido  desenvolvida  com  um  objectivo  tão  específico,  a  plataforma  apresenta  uma 

estrutura rígida disponibilizando os campos necessários para a criação do glossário, não sendo 

possível ao “criador” definir a estrutura ou os campos que quer inserir (ver figura 2). 

A  camada  de  apresentação  da  plataforma  foi  desenvolvida  com  recurso  ao  software 

proprietário  Adobe  Flash  CS3  e  utilizando  ActionScript  3.  Se  por  um  lado  este  factor  pode 

proporcionar uma estética  interessante sem recurso a muito espaço, por outro  implica que o 

utilizador  tenha  instalada  uma  versão  do  Flash  Player  para  ter  acesso  à  plataforma  (o  que 

poderá constituir um problema se o mesmo não estiver instalado no computador cliente e este 

não tiver, por sua vez, permissões para o fazer). 

 

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16 |  Capítulo II – Estado da arte 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A adequação da plataforma ao contexto específico do exército enquanto agente facilitador do 

fluxo de trabalho e a estrutura rígida do glossário em apenas duas línguas não torna exequível 

a sua aplicação num contexto educativo da tradução. 

 

2.1.2 e‐Termos 

A plataforma e‐Termos [72.] está a ser desenvolvida no âmbito de um projecto académico em 

parceria entre a Universidade de São Paulo (USP – Campus de São Carlos – SP) e Universidade 

Federal de São Carlos (UFSCar), representados pelos laboratórios de pesquisa do NILC (Núcleo 

Interinstitucional de Linguística Computacional) e do GETerm (Grupo de Estudos e Pesquisas 

em Terminológicos), localizados nas duas Universidades, respectivamente. 

Com  base  em  pressupostos  terminológicos  de  cariz  linguístico,  a  plataforma  e‐Termos 

disponibiliza um ambiente Web colaborativo de desenvolvimento terminológico composto por 

seis módulos de trabalho independentes, mas inter‐relacionados, cujo propósito é automatizar 

ou  semi‐automatizar  as  tarefas  de  criação  e  gestão  terminológicas.  O  ponto  inovador  da 

plataforma  está  na  característica  colaborativa  que  o  ambiente  disponibiliza.  Com  base  em 

processos de apoio e cooperação de um conjunto diversificado de profissionais, é possível a 

colaboração  e  a  partilha  de  informação  para melhorar  o  fluxo  de  trabalho  de  grupos  de 

Figura 2 ‐ Estrutura do Dicionário de Termos Militares do Exército 

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Capítulo II – Estado da arte | 17  

utilizadores com interesses e objectivos comuns. A colaboração permite ainda a harmonização 

e  o mapeamento  do  fluxo  de  actividades  de  todos  os  envolvidos  no  processo  de  criação 

terminológica, com resultados mais céleres e fiáveis. 

A  plataforma  permite  que  os  diferentes  utilizadores  de  uma  mesma  equipa  de  trabalho 

acedam,  editem,  actualizem,  insiram  e  extraiam  informações  de  todos  os  módulos, 

procedimento este que pode  ser utilizado na  interacção com os especialistas do domínio. A 

participação colaborativa nesta plataforma tem início numa proposta, por parte do utilizador, 

de um projecto e num convite feito após a apreciação do mesmo. 

No entanto, esta plataforma está em fase de implementação e muitos dos módulos propostos 

pelo projecto não estão ainda disponíveis. Ela permite ainda uma variedade de acções que não 

se adequam, pelo menos numa fase embrionária, aos objectivos propostos, como por exemplo 

a utilização de corpora e ferramentas de processamento de linguagem natural. 

Não foi possível encontrar qualquer referência documentada relativa à tecnologia utilizada no 

desenvolvimento da plataforma. 

 

2.1.3 GLOBS 

O Globs [121.] é uma plataforma Web que nasce no âmbito de uma Licenciatura em Engenharia 

Informática da Universidade do Minho. 

Desenvolvida com base na  ferramenta Drupal  [71], a plataforma  tem como objectivo ser um 

gestor  colaborativo de  terminologia/glossários através da  implementação de um  sistema de 

Figura 3 ‐ Página inicial da plataforma e‐Termos 

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18 |  Capítulo II – Estado da arte 

gestão terminológica em que a estrutura pode ser definida de forma independente para cada 

terminologia de acordo com os objectivos para os quais está a ser desenvolvida. 

Actualmente  o  Globs  inclui  algumas  funcionalidades  básicas  (como  gestão  de  utilizadores, 

gestão de permissões  sobre glossários,  criação básica de glossários orientados ao  conceito, 

adição  de  línguas  e  propriedades  a  cada  conceito  do  glossário,  comunicação  inter‐

colaboradores de um glossário) e prevê a adição de novas funcionalidades, não estando ainda 

totalmente implementada. 

Alberto  Simões  e Nuno Veloso  (2008)  [113.],  autores da plataforma,  afirmam mesmo que o 

facto  de  a  plataforma  assentar  no  Sistema  de  Gestão  de  Conteúdos  (ou  CMS,  Content 

Management  System)  Drupal,  pode  influenciar  negativamente  o  número  de  possíveis 

programadores e/ou colaboradores que contribuam para o desenvolvimento e implementação 

do GLOBS.  Por  outro  lado,  a  utilização  do  CMS Drupal  permitiu  um  bom  resultado  gráfico, 

como se pode constatar na figura 4, mas uma breve utilização da plataforma permite concluir 

que  o  seu  elemento  “intuitivo”  pode  ser  de  difícil  interiorização  e  o  elemento  “contexto 

educativo”,  por  não  ser  um  dos  objectivos  inerentes  à  sua  implementação,  não  está  nela 

contemplado. 

 

 

 

Figura 4 ‐ Página Web inicial da plataforma GLOBS 

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Capítulo II – Estado da arte | 19  

2.1.4 Wiktionary  

Concebido como apêndice lexical à Wikipedia [132.], o Wiktionary [134.], ou Wikicionário [133.], 

é um projecto colaborativo cujo objectivo é produzir um dicionário multilingue de conteúdo 

livre e  inclui,  já, um dicionário de sinónimos, um guia de  rimas, estatísticas  linguísticas entre 

outros complementos. 

A plataforma está disponível em várias  línguas e  todo o conteúdo está  sob uma Licença de 

Documentação  Livre  GNU.  As  entradas  podem  conter  não  só  a  definição  da  palavra  como 

também as etimologias, sinónimos, antónimos e traduções. 

Quer  a Wikipedia  quer  o Wiktionary  são,  como  o  próprio  nome  sugere,  plataformas wiki  e 

apresentam  fragilidades  e  constrangimentos  inerentes  a plataformas  deste  tipo,  como, por 

exemplo, a disponibilização para edição por qualquer utilizador,  independentemente da  sua 

origem ou intenção. 

Esta  e  outras  fragilidades  inerentes  às  plataformas  Wiki  serão  abordadas  mais 

aprofundadamente no Capítulo IV desta dissertação. 

Figura 5 ‐ Página inicial do Wiktionary 

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20 |  Capítulo II – Estado da arte 

Um  constrangimento  que  esta  plataforma  em  particular  apresenta  é  a  impossibilidade  de 

divisão  de  uma  língua  em  várias  sublínguas.  O  caso  concreto  do  portal  português  é 

reconhecimento  deste  facto,  cujo  texto  introdutório  está  escrito  numa mescla  de  algumas 

variantes da língua portuguesa. 

A miscelânea de variantes da mesma língua numa mesma entrada atenta contra o princípio de 

normalização terminológica, pressuposto essencial para a existência da plataforma. 

A  figura  6  realça  alguns  dos  exemplos  encontrados  numa  navegação  muito  breve  pelo 

Wikcionário. 

 

 

2.2 Software 

2.2.1 SDL MultiTerm 

O  SDL  MultiTerm  Desktop  2009  é  a  principal  referência  em  software  de  edição  e  gestão 

terminológicas.  Já  com  alguns  anos  de  tradição,  o  programa  tem  vindo  a  desenvolver 

funcionalidades cada vez mais arrojadas, tais como a extracção de terminologia, a conversão 

de ficheiros e a interligação com o Microsoft Word ou outras ferramentas da SDL International. 

Figura 6 ‐ Texto introdutório do Wikcionário 

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Capítulo II – Estado da arte | 21  

O programa foi concebido para um público‐alvo de utilizadores que trabalhe com terminologia 

em configurações mono‐utilizador. 

 

No entanto, o programa é proprietário e a sua licença é bastante dispendiosa. O preço unitário 

por licença é aproximadamente de €485 (conforme já referido atrás). Em instituições de ensino 

públicas ou com escassos  recursos  financeiros, este pode ser um grande entrave à dinâmica 

educativa da criação e gestão terminológicas. 

O  software  encontra‐se  desenvolvido  apenas  para  o  sistema  operativo Windows,  o  que  se 

revela um constrangimento adicional pois  impossibilita definitivamente a sua  instalação num 

computador com um outro sistema operativo, como Mac OS X ou Linux. Por sua vez, este facto 

poderá  traduzir‐se  numa  redução  mais  ou  menos  significativa  do  número  de  possíveis 

utilizadores,  questão  esta  que  não  se  coloca  caso  estejamos  a  falar  de  uma  plataforma  na 

Web. 

Figura 7 ‐ Interface do software SDL MultiTerm Desktop 2009 

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22 |  Capítulo II – Estado da arte 

Os  utilizadores  que  possuam  um Macintosh,  por  exemplo,  poderão  sempre  optar  por  uma 

instalação do Windows no seu computador, mas também esta solução poderá ter implicações 

a nível de desempenho da própria máquina, caso o hardware não seja standard. Actualmente, 

o hardware desenvolvido pela Apple é  standard, ao contrário do que  se verificava há alguns 

anos,  no  entanto  também  não  podemos  descartar  a  hipótese  de  alguns  utilizadores 

possuírem, ainda, um computador Macintosh não actualizado. 

Uma  agravante  que  não  pode  ser  esquecida  é  o  facto  de  o  Windows  ser  um  software 

proprietário, o que acarreta um custo adicional a quem  já  investiu num computador com um 

sistema operativo, também ele proprietário. 

Relativamente ao trabalho colaborativo proporcionado pelo SDL MultiTerm Desktop 2009, este 

existe  mas  está  dependente  de  uma  ligação  a  um  servidor  central.  Este  servidor  é  a 

implementação  cliente/servidor  do  MultiTerm,  concebido  para  configurações  de  vários 

utilizadores.  Funcionando  como  hub  do  sistema,  o  MultiTerm  Server  providencia  aos 

utilizadores  o  acesso  a  bases  de  dados  armazenadas  centralmente  no  servidor,  onde  se 

encontra um  sistema de gestão de bases de dados,  tal  como o Microsoft  SQL Server, o  seu 

equivalente MSDE, ou Oracle. 

A  figura  8  mostra  uma  configuração  geral  em  que  os  clientes  MultiTerm  trabalham 

simultaneamente com bases de dados locais e remotas utilizando a interface Web para aceder 

às bases de dados em linha. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 8 ‐ Configuração geral do SDL MultiTerm Server 

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Capítulo II – Estado da arte | 23  

Numa  instalação cliente/servidor do MultiTerm, a utilização do MultiTerm Server está sujeita a 

uma  licença adicional, aumentando o custo  financeiro desta  solução. Esta  licença é utilizada 

para  controlar  as  ligações  simultâneas  de  clientes  em  número  e  em  espécie.  As  restrições 

aplicadas afectam, sempre que necessário, cada um dos componentes clientes que utilizam o 

MultiTerm Server para aceder a bases de dados remotas. 

A licença estipula ainda o número máximo de utilizadores que efectua ligações simultâneas ao 

servidor.  Ao  atingir  o  número  permitido  de  utilizadores  da  rede,  é  barrado  o  acesso  para 

edição de conteúdo ao utilizador até que um dos utilizadores já na rede termine a sua ligação, 

sendo, no entanto, permitido o acesso para consulta e pesquisa. 

 

2.3 Conclusões 

Apesar das várias soluções já existentes no mercado e na Web para a gestão de terminologia, 

verifica‐se que não há um consenso globalizante no tipo de funcionalidades disponibilizadas. 

Em suma, estas revelam‐se: 

• Dependentes de sistema operativo; 

• De utilização complexa ou pouco intuitiva; 

• Incompletas (ainda em fase de desenvolvimento); 

• Inadequadas, pois não reúnem todos os requisitos pretendidos; 

• Não direccionadas para o ambiente educativo; 

• Por implementar; 

• Indisponíveis; 

• Proprietárias. 

 

Se de uma  forma geral se verifica uma  lacuna na oferta de uma solução globalizante para a 

gestão  colaborativa  de  terminologia,  então  estas  conclusões  poderão  servir  de mote  para 

embarcar numa nova direcção, seguindo um rumo que permita: 

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24 |  Capítulo II – Estado da arte 

• Reunir as principais funcionalidades numa mesma plataforma; 

• Disponibilizar a ferramenta; 

• Aplicar a plataforma a um contexto educativo prático. 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 25  

3 Capítulo III – Metodologias de Investigação 

 

If we knew what we were doing, we wouldn't call it research, would we? 

Albert Einstein 

 

A condução do processo de  investigação deste projecto exigiu uma estruturação prévia para 

que  lhe  fosse  transmitida  coerência  e  inteligibilidade.  A  consciência  de  que  a  génese  do 

trabalho deverá determinar,  após  algumas  considerações, o método de  investigação, e que 

cada  método  pode  conduzir  em  diferentes  sentidos,  a  principal  preocupação  deste 

planeamento  prévio  foi  permitir,  essencialmente,  a  delimitação  quer  do  objecto  de  estudo 

quer  das  técnicas  e  procedimentos  a  utilizar  na  recolha,  tratamento  e  análise  de  dados. 

Qualquer  área  de  conhecimento  exige  uma  estruturação  metodológica  que  permita  a 

inferência  clara  das  conclusões  formuladas,  mas  caberá  à  génese,  à  especificidade  e  à 

finalidade do projecto a determinação da metodologia a seguir. 

Como  já  foi  referido,  a  presente  dissertação  teórica  e  o  projecto  prático  realizado  no  seu 

âmbito abraçam duas ciências que, apesar de distintas, têm como papel a complementaridade. 

Por um lado existe a necessidade de dotar o sistema educativo de novas metodologias e novos 

recursos  que  levem  os  alunos  a  adoptar  novos métodos  de  trabalho  e  consigam  adquirir 

competências colaborativas na construção, gestão e partilha do conhecimento. Por se referir 

ao estudo do comportamento humano num contexto social, esta necessidade recai no âmbito 

das  ciências  sociais  (Punch  2005)  [44.].  Por  outro,  optou‐se  pelo  recurso  à  tecnologia  e  à 

multimédia para dar corpo ao projecto. 

A componente tecnológica e multimédia e as especificações formais inserem‐se no âmbito das 

ciências naturais e exactas (Myers 1997) [42.]. 

Macedo et al. [35.] propõem três etapas numa metodologia de investigação: 

1) Definição do propósito e orientação da investigação; 

2) Recolha de dados; 

3) Análise e Síntese. 

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26 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

A primeira etapa prende‐se com a definição do objectivo da investigação e com a metodologia 

a adoptar. 

Durante a segunda etapa são recolhidos os dados obtidos pela aplicação das metodologias. 

A  terceira  e  última  etapa  tem  como  objectivo  conduzir o  investigador  numa  dada  direcção 

dependendo das conclusões retiradas durante a análise dos dados recolhidos, e poderá ou não 

mudar o sentido da direcção tomada inicialmente ou identificar soluções. 

 

3.1 Tipo de metodologia 

As metodologias e as investigações efectuadas no âmbito das ciências sociais e humanas, bem 

como aquelas efectuadas no âmbito das ciências naturais e exactas categorizam‐se e ocorrem, 

regra geral, de forma distinta, conforme é possível observar pela Tabela 1 (adaptada de Pereira 

& Paiva, 2008) [43.]: 

 

Tabela 1 ‐ Categorização dos métodos de investigação e suas características gerais 

Métodos Quantitativos Métodos Qualitativos

Aspectos Gerais

Resultados numéricos.  Resultados verbais. 

Filosofia: positivismo lógico.  Filosofia: naturalmente fenomenológica. 

Tem como objectivo explicar fenómenos e estabelecer relações causais. 

Tem como objectivo compreender os fenómenos do ponto de vista dos participantes. 

Métodos e processos de investigação

Conjunto de procedimentos que antecedem a Investigação. 

É durante a Investigação que se tomam decisões quanto à recolha de dados (maior flexibilidade). 

Estudos típicos

Utiliza planos experimentais e não experimentais para controlar variáveis parasitas. 

Recorre a planos etnográficos e analíticos. 

Papel do investigador

Investigador distante da investigação.  Investigador insere‐se, implica‐se na situação. 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 27  

Importância dada ao contexto

Procura estabelecer generalizações universais. Tem em vista generalizações limitadas ao contexto (importante para compreender a acção). 

Técnica de recolha de dados

Observação estruturada e baseada em categorias pré‐estabelecidas de observação. 

Observação etnográfica (típica dos antropólogos) e acompanhada de notas suficientemente esclarecedoras. 

Entrevistas normalizadas (perguntas feitas). Entrevista etnográfica aprofundada, não estruturada. O entrevistado exprime‐se livremente. 

Testes, questionários (estruturação).   

 

Após  algumas  considerações  e  após  a  análise das  técnicas,  instrumentos  e outros  aspectos 

relativos ao  tratamento de dados, optou‐se pela adopção de um cruzamento metodológico, 

globalizante de características quantitativas e qualitativas. 

 

3.1.1 Método Quantitativo e Método Quantitativo 

De uma forma simplista, é possível definir método quantitativo como aquele em que os dados 

estão na forma de números e o método qualitativo como aquele em que os dados não estão 

sob a forma de números, o que significa que, na maioria das vezes (mas não sempre) estão na 

forma de palavras (Punch 2005) [44.]. 

O método quantitativo é geralmente utilizado em investigação nas ciências naturais e na área 

de engenharia, enquanto o método qualitativo surge no âmbito da  investigação nas ciências 

sociais e tem como objectivo potenciar o estudo das pessoas e respectiva integração no meio 

que as rodeia (Myers 1997) [42.]. 

Ambos os métodos são  igualmente relevantes, ambos apresentam vantagens e fragilidades e 

devem ser utilizados em conjunto, se necessário (Punch 2005) [44.]. 

Os métodos quantitativos e qualitativos podem articular‐se de diferentes maneiras no plano de 

pesquisa de um estudo mantêm‐se autónomos,  funcionando  lado a  lado, tendo como ponto 

de encontro o assunto estudado (Flick 2005) [24.]. 

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28 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

As metodologias  de  investigação  permitem  definir  um  conjunto  de  abordagens,  técnicas  e 

instrumentos para conduzir todo o processo. 

 

3.2 Abordagem 

3.2.1 Estudo de Mercado (Survey) e Pesquisa – Acção 

No decurso desta dissertação, é efectuado um cruzamento das abordagens utilizadas durante 

a  investigação.  Por  um  lado  procedeu‐se  à  recolha  de  dados  através  de  um  inquérito  que 

permitiu  inferir  sobre  a  relevância  de  uma  plataforma Web  para  a  gestão  colaborativa  de 

terminologia, sobre as principais preocupações e finalidade, e também sobre a relevância da 

inclusão de conteúdo multimédia na mesma. Esta abordagem, denominada Estudo de mercado 

(Survey)  é  quantitativa  e  insere‐se  no  Positivismo,  corrente  filosófica  que  defende  que  a 

realidade é objectiva, independentemente do observador (Macedo et al.) [35.]. 

A  segunda metodologia  abordada  denomina‐se  Pesquisa  – Acção,  tem  o  investigador  como 

elemento activo na investigação, baseia‐se na análise de resultados obtidos em determinados 

momentos  da  investigação  e  é  um  método  qualitativo  inserido,  por  sua  vez,  no 

Interpretativismo,  ciência  filosófica  que  defende  que  o  conhecimento  sobre  a  realidade  só 

pode ser alcançado através da interpretação dos fenómenos observados (Macedo et al.) [35.]. 

De acordo com Cohen e Manion  (1989)  [18.], esta abordagem aplica‐se sempre que haja um 

conhecimento específico, sobre uma questão específica, numa situação específica, ou sempre 

que  haja  vontade  de  efectuar  uma  nova  abordagem  a  um  sistema  existente.  Estes  autores 

sublinham ainda que uma das características  fundamentais desta abordagem é o  facto de o 

trabalho continuar para além do final do projecto. 

Brown e McIntyre  (1981)  [10.] descrevem esta abordagem no contexto educativo escocês e, 

segundo eles, as questões relacionadas com a investigação surgem da análise de um problema 

por parte de alguém envolvido na situação, dando lugar à necessidade da sua resolução. Ainda 

segundo estes autores, o investigador formula princípios gerais e especulativos que levarão à 

colocação de hipóteses para a  tomada de atitudes que deverão  levar, por  sua vez, a novas 

informações  e  à  melhoria  desejada.  As  informações  retiradas  das  acções  experimentadas 

servirão o propósito de contribuir para a revisão das hipóteses iniciais e a colocação de novas 

que se adeqúem às novas  informações. As novas hipóteses geradas são postas em prática e 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 29  

permitirão  a  retirada  de  novas  conclusões  e  a  alteração  de  princípios.  Este  processo  é 

recorrente até que haja uma aproximação à resolução do problema. 

São  várias  as  técnicas  para  a  recolha  de  dados.  Estas  técnicas  podem  ser  utilizadas 

isoladamente ou em conjunto. 

A corrente  investigação decorrerá em vários momentos. O primeiro decorre antes de se dar 

início à concepção da plataforma e em duas etapas: 

I. Inquérito a uma amostra da população com questões pertinentes para o projecto; 

II. Análise de documentos relativos à área de actuação. 

 

3.3 Técnicas de recolha de dados 

3.3.1 Inquérito 

O  inquérito, enquanto técnica de recolha de dados numa metodologia de  investigação, visa a 

obtenção  de  dados  para  análise,  extracção  de  modelos  de  análise  e  estabelecimento  de 

comparações (Bell 1997) [5.]. 

Numa  fase  prévia  ao  desenvolvimento  da  plataforma,  optou‐se  assim  por  elaborar  um 

inquérito sobre a pertinência e utilidade da existência de uma plataforma multimédia na Web 

para  a  gestão  de bases de  dados  terminológicas  e  sua  aplicação  ao  contexto  educativo  da 

tradução (ver anexo A). O objectivo consistiu em dirigir o inquérito em causa às comunidades 

profissional, docente e discente para dar resposta às questões: 

1. “Qual  o  grau  de  relevância  de  uma  plataforma  multimédia  de  gestão  colaborativa  de 

terminologia na Web?” 

2. “Qual  a  finalidade,  quais  os  constrangimentos  e  quais  as  características mais  relevantes 

numa plataforma multimédia de gestão colaborativa de terminologia na Web?” 

3. “Qual  a  relevância do  conteúdo multimédia numa plataforma de gestão  colaborativa de 

terminologia na Web?” 

O recurso a um  inquérito como  instrumento de recolha de dados não  implicará, no entanto, 

que o estudo em si seja  inevitavelmente quantitativo (Bell 1997) [5.]. O objectivo será não só 

compreender  qual  o  grau  de  relevância  de  uma  plataforma  deste  género  no  contexto 

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30 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

educativo (e eventualmente profissional) da tradução, como também dados mais específicos 

como faixa etária, grau académico e experiência docente/profissional dos inquiridos. Um outro 

objectivo é aferir qual o conhecimento dos inquiridos sobre a existência de outras plataformas 

semelhantes. 

De  forma  a  atingir  uma  amostra  da  vasta  da  população,  foi  utilizada  uma  plataforma  de 

inquéritos  na  Web  [106.]  e  o  inquérito  elaborado  (disponível  através  do  endereço 

http://www.polldaddy.com/s/A1418758C74CDD71)  foi  enviado  por  correio  electrónico  para 

uma  lista de  contactos na  área da  tradução  com um pedido de divulgação. Verificou‐se um 

total  de  40  resposta  completas,  das  quais  36  provenientes  de  Portugal,  1  proveniente  de 

Espanha e 1 proveniente da Finlândia. Em 2 dos 40 casos, a origem é desconhecida (ver anexo 

B1). 

A um conjunto de procedimentos que antecedem a  investigação em si, como a definição do 

problema ou a colocação de hipóteses e/ou de questões de investigação, segue‐se um estudo 

pormenorizado  dos  dados:  planeamento,  recolha,  organização,  validação,  selecção,  etc.  O 

confronto  das  hipóteses  e/ou  das  questões  de  investigação  com  os  resultados  obtidos 

determina as metodologias e procedimentos a seguir. 

 

3.3.2 Análise dos resultados obtidos 

Uma análise geral dos  resultados obtidos permite aferir que 42,5% dos  inquiridos são  jovens 

adultos entre os 26 e 35 anos de idade, e 22, 5% são adultos entre os 36 e os 45 anos de idade 

(ver anexo B2). 

Sobre o grau de  instrução (ver anexo B3), 65% (aproximadamente dois terços) dos  inquiridos 

frequentam  ou  já  concluíram  o  2º  ciclo  de  formação  académica  (Mestrado)  e  22,5% 

(aproximadamente  um  quarto)  dos  inquiridos  frequentam  ou  já  concluíram  o  3º  ciclo  de 

formação académica (Doutoramento). Estes dados revelam um elevado grau de instrução por 

parte da amostra inquirida. 

A maioria, 52,5%, revelou não ter experiência na área da docência, embora 25% dos  inquiridos 

afirmem  ter mais de  10 anos de experiência na área. Relativamente à experiência enquanto 

profissionais de tradução, apenas 12,5% admitem não ter qualquer experiência e 30% afirmam 

trabalhar profissionalmente na área há mais de 10 anos (ver anexo B4). 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 31  

A análise de  resultados permitiu ainda constatar que 27,5% dos  inquiridos  trabalham sempre 

com  terminologia  (ver  anexo  B5).  Esta  foi  a  segunda  componente  tradutiva  mais  vezes 

seleccionada, apenas superada por memórias de tradução, componente seleccionada por 35% 

dos  inquiridos. A opção terminologia foi ainda seleccionada por 10% dos  inquiridos que nunca 

trabalham  nesta  área.  Nenhuma  das  restantes  áreas  registou  um  número  tão  baixo  de 

escolhas para a opção “nunca”.  Isto  revela o elevado grau de  relevância que a  terminologia 

ocupa em projectos de  tradução, e por  ser uma área de  trabalho  frequente e/ou  constante 

para 60% dos inquiridos, os dados obtidos nas restantes questões podem conferir um elevado 

grau de fiabilidade a todo o estudo. 

Um  factor  relevante é o  conhecimento  sobre  as plataformas  já existentes  (ver  anexo B6a). 

28,2% dos  inquiridos  já conhecia pelo menos uma plataforma de gestão de terminologia (ver 

anexo  B6b).  A  tabela  2  descreve  as  plataformas  mencionadas,  bem  como  o  número  de 

referências de que cada uma foi alvo: 

 

Tabela 2 ‐ Plataformas mencionadas no inquérito e respectivo número de referências 

Plataforma N.º de referências

Globs  1 

IATE  3 

Linguateca – Corpógrafo  1 

MultiTerm  1 

NedTerm http://taalunieversum.org/taal/terminologie  1 

Proz http://www.proz.com  4 

Translator's Café  1 

Wikis  1 

Wiktionary  1 

Wordreference  1 

 

Segundo  a  análise  dos  resultados,  71,8%  dos  inquiridos  afirmam  não  conhecer  qualquer 

plataforma de gestão de terminologia, o que representa uma fasquia superior a dois terços do 

número de inquiridos. 

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32 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

Um dos principais propósitos do inquérito é dar resposta à questão “Qual o grau de relevância 

de uma plataforma multimédia de gestão colaborativa de terminologia na Web?”. Esta questão 

encontra resposta na sexta pergunta do inquérito. 

Quando questionados  sobre  a  relevância  da  existência  de  uma plataforma multimédia para 

criação  e gestão  colaborativa de  terminologia na Web  (ver  anexo B7), 67,5% dos  inquiridos 

consideram que esta é relevante, e 22,5% afirmam mesmo que esta é imprescindível. No total, 

90%  dos  inquiridos  atribuem  um  determinado  grau  de  relevância  à  existência  de  uma 

plataforma com as características mencionadas. 

A  finalidade  da  plataforma  é  um  ponto  fulcral  para  o  seu  desenvolvimento.  Apesar  de  se 

concentrar no desenvolvimento de uma plataforma que  se  insira no  contexto educativo da 

tradução, este projecto não descarta a sua aplicação a nível profissional ou de  investigação e 

desenvolvimento. Questionados  sobre  que  finalidade  dariam  a  uma  plataforma multimédia 

para criação e gestão colaborativa de terminologia na Web (ver anexo B8), 42,5% afirmam que 

a  utilizariam  no  contexto  educativo/formativo,  e  40%  consideram  provável  a  hipótese  de  o 

fazer. Podemos então considerar que 82,5% aceitam a existência de uma plataforma com as 

características  referidas no  âmbito do ensino da  tradução ou de  línguas, o que  confere um 

impulso e um suporte consideráveis ao seu desenvolvimento. O resultado mais surpreendente 

está  relacionado  com  a  utilização  da  plataforma  para  fins  profissionais:  55%  dos  inquiridos 

afirmaram  que  utilizariam  a  plataforma  com  esta  finalidade,  32,5%  consideram  provável  a 

hipótese de o fazer e 12,5% afirmam que dificilmente o fariam mas não rejeitam totalmente a 

hipótese.  Na  verdade,  nenhum  dos  inquiridos  rejeitou  totalmente  a  hipótese  de  utilizar  a 

plataforma para fins profissionais. De igual modo, nenhum dos inquiridos rejeita totalmente a 

hipótese de utilizar a plataforma para consulta: 85% afirmam que o  fariam e  15% consideram 

provável a hipótese de o fazer, ou seja, 100% dos inquiridos aceitam a existência da plataforma 

para  este  fim. Um  resultado bastante  animador que não  aborda, no  entanto,  a questão da 

partilha colaborativa de conhecimento ou de criação de um saber‐saber. Mas também aqui os 

resultados são favoráveis e estimulantes: 

• 92,5% aceitam a existência da plataforma para a criação de glossários; 

• 80%  aceitam  a  existência  da  plataforma  para  a  colaboração  na  gestão  linguística  da 

língua materna; 

• 90% aceitam a existência da plataforma para a partilha de conhecimento; 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 33  

• 87,5%  aceitam  a  existência  da  plataforma  para  a  colaboração  na  gestão  linguística 

multilingue. 

No  entanto,  o  trabalho  colaborativo  na Web  acarreta  alguns  constrangimentos  e  algumas 

fragilidades.  Por  muito  que  exista  uma  vontade  de  que  a  colaboração  e  a  partilha  de 

conhecimento  sejam  parte  integrante  do  futuro,  há  ainda  demasiadas  pontas  soltas  que 

necessitam de remate. 

A oitava questão do  inquérito aborda este ponto (ver anexo B9) e é uma questão de escolha 

múltipla com caixas de selecção. Os 40 inquiridos efectuaram, no total, 229 selecções entre as 

13 opções possíveis sem lhes acrescentarem qualquer outra. 

A  principal  preocupação  dos  inquiridos  recai  na  certificação  da  qualidade  do  trabalho 

produzido  em  ambiente  colaborativo:  14,4%  (num  total  de  33  selecções)  consideram  um 

constrangimento  de  uma  plataforma  de  trabalho  colaborativo  na  Web  a  dificuldade  no 

controlo de qualidade; a mesma percentagem considera um constrangimento a utilização de 

fontes não indicadas ou não fiáveis; 11,4% aponta o dedo à falta de fiabilidade no conhecimento 

produzido devido à possível falta de competência especializada na área pelo autor. Um dado 

surpreendente é o facto de 7,9% considerar um constrangimento a dependência do acesso à 

Internet. Este factor previa menor valor indicativo uma vez que actualmente prolifera o uso de 

computadores  portáteis  e  o  acesso  sem  fios  à  Internet  cobre  já  uma  área  considerável  do 

território [109.]. Também a banda  larga veio trazer alguma estabilidade no acesso à Internet, 

bem  como  a  possibilidade  de  acesso  constante  sem  acréscimo  de  custo.  Este  é, 

definitivamente, um ponto relevante a ter em consideração e que requererá uma solução. 

As questões  finais abordam as características consideradas  relevantes para a plataforma e o 

conteúdo multimédia da mesma. 

Relativamente  às  características  relevantes  na  criação  e  gestão  de  terminologia  (ver  anexo 

B10), 30% consideram relevante conseguir distinguir sublínguas e 65% consideram mesmo que é 

imprescindível. Dos 40 inquiridos, 95% atribuem um determinado grau de relevância (relevante 

e/ou imprescindível) à navegação intuitiva na plataforma, 87,5% à exportação da base de dados 

terminológica para outro ficheiro, 85% à importação de bases de dados provenientes de outros 

ficheiros e 82,5% à atribuição de várias  línguas ao mesmo glossário. Em relação à  inclusão de 

conteúdo multimédia na base de dados, 35% dos  inquiridos considera que esta é relevante e 

25% considera‐o imprescindível. Nenhum dos inquiridos considera irrelevante. 

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34 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

Quando questionados  sobre  a  tipologia de  conteúdo multimédia  a  inserir  numa plataforma 

deste  tipo  (ver anexo B11), hipertexto e  imagem são considerados pelos  inquiridos como os 

mais  relevantes:  40%  consideram  relevante  a  inserção  de  hipertexto  e  30%  consideram‐no 

imprescindível;  47,5%  considera  a  inserção  de  imagem  relevante  e  35%  considera‐o 

imprescindível. Nenhum  dos  inquiridos  considera  irrelevante  a  inclusão  quer  de  hipertexto, 

quer  de  imagem.  Os  conteúdos  áudio,  transcrição  fonética  e  pronunciação  do  termo 

totalizaram valores idênticos entre si: 45% consideram relevante e/ou imprescindível a inclusão 

de conteúdo áudio e a transcrição fonética e 47,5% consideram relevante e/ou imprescindível a 

pronunciação do termo. 

Esta análise permite concluir que grande parte dos inquiridos tem o espírito aberto em relação 

ao trabalho colaborativo na Web. A maioria afirma mesmo que utilizaria a plataforma para os 

mais diversos fins e considera a sua existência relevante ou até mesmo imprescindível. 

Esta  conclusão  permite  fundamentar  alguns  dos  pressupostos  para  a  criação  de  uma 

plataforma multimédia para criação e gestão colaborativa de terminologia na Web e permitiu 

retirar novas premissas a considerar durante o seu desenvolvimento. 

 

3.3.3 Análise de Documentos 

A análise de documentos é uma  técnica de  recolha de dados num projecto de  investigação 

bastante utilizada numa abordagem de Pesquisa – Acção. 

Também a análise do estado da arte constitui um ponto de referência para a realização deste 

projecto  na medida  em  que  permitiu  avaliar  as  diferentes  plataformas  já  existentes,  como 

foram  concebidas, que princípios  foram  seguidos, o que  ainda permanece por  fazer, o que 

funciona e o que  falha. As metodologias  já utilizadas em outros casos podem ainda permitir 

estabelecer novos padrões de actuação ou desenvolver mais aprofundadamente o que já está 

enraizado.  Esta  análise  está desenvolvida de  forma  aprofundada no  capítulo  II  –  Estado da 

arte. 

Durante  a  fase de pré‐produção do desenvolvimento da plataforma  (temática  abordada no 

Capítulo  IV),  esta  será  apresentada  a  utilizadores  que  poderão  ser  seus  potenciais  futuros 

utilizadores  assíduos  em  diversos  contextos.  Após  uma  breve  utilização  informal  da 

plataforma será pedido aos utilizadores que a avaliem tendo em consideração que a mesma 

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Capítulo III – Metodologias de Investigação | 35  

está  ainda  em  fase  de  testes  e  desenvolvimento  e  que  as  suas  considerações  seriam 

seriamente consideradas e utilizadas como um contributo para a continuação deste projecto. 

De  novo,  a  utilização  de  um  inquérito  como  instrumento  permitirá  não  só  a  recolha  de 

informação,  sugestões  e  opiniões  para  consolidar  ou  reconsiderar  futuras metodologias  e 

novos  procedimentos  de  investigação,  como  também  a  avaliação  das  características, 

funcionalidades e usabilidade da própria plataforma. 

Resumidamente, o procedimento adoptado é o seguinte: 

• Antes do desenvolvimento da plataforma: 

Inquérito: PollDaddy 

Aferição do grau de relevância do projecto 

Análise de documentos 

Estado da arte 

 

• Durante a fase de pré‐produção do desenvolvimento da plataforma: 

Inquérito: PollDaddy; 

Recolha de informação, sugestões e opiniões. 

 

Em  última  análise  pretende  avaliar‐se  se  a  plataforma  poderá  ou  não  contribuir  como 

instrumento de apoio nos processos de ensino‐aprendizagem, construção de um saber‐saber e 

partilha de informação na actual sociedade de informação. 

   

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36 |  Capítulo III – Metodologias de Investigação 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 37 

4 Capítulo  IV  –  Desenvolvimento  e  implementação  da plataforma 

 

Web 2.0 is the business revolution in the computer industry caused by the move to the internet as 

platform, and an attempt to understand the rules for success on that new platform. Chief among 

those rules is this: Build applications that harness network effects to get better the more people use 

them. 

Tim O’Reilley 

 

 

Conforme já foi referido anteriormente, aquilo que se pretende com este projecto é criar uma 

plataforma multimédia para a e gestão colaborativa de bases de dados terminológicas e torná‐

la acessível ao maior número de utilizadores possível. Para atingir este objectivo, optou‐se por 

utilizar a Web para a disponibilização da plataforma. 

O  desenvolvimento  para  a Web  é  uma  das  actividades  que mais  tem  sofrido  alterações  ao 

longo da sua “breve” existência. Na verdade, desde o seu aparecimento não cessou de evoluir 

e cedo se percebeu que as possibilidades com este novo meio eram virtualmente ilimitadas. 

O’Reilley [99.]considera que o rumo certo a tomar é compreender a fundo o funcionamento 

da  Internet e construir sistemas e aplicações que façam uso dela de forma mais rica e  liberta 

das amarras do pensamento da era do computador pessoal. 

Na  sua  origem,  as  páginas Web  eram  criadas  em meros  editores  de  texto  e  a  linguagem 

utilizada era HTML, Hypertext Markup Language. Inicialmente estáticas (em que o conteúdo é 

idêntico independentemente do utilizador que a requisite) as páginas Web depressa evoluíram 

para  a  interactividade  (situação  em  que  a  página  possui  elementos  que  interagem  com  o 

utilizador  com ou  sem necessidade de  comunicação  com o  servidor) e,  consequentemente, 

para  a dinamização de  conteúdos  (neste  caso,  apesar de  alojadas num  servidor,  as páginas 

devolvidas  ao  utilizador  são  geradas  consoante  o  pedido  efectuado).  Algumas  páginas 

interligam mesmo o conceito de interactividade e de dinamização, ou seja, determinadas áreas 

possuem  comportamentos  interactivos  mas  estabelecem  contacto  com  o  servidor  Web, 

conceito este que será o adoptado para o desenvolvimento da plataforma. 

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38 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Hoje,  as  páginas  Web  podem  mesmo  ser  editadas  por  utilizadores  sem  conhecimentos 

profundos de edição Web e suportadas por acessos a bases de dados. 

A figura 9 demonstra a evolução da Web entre os meados dos anos 90 do século XX, passando 

pela actualidade e fazendo uma breve alusão ao que poderá ser o futuro próximo. 

 

A  Internet  suporta vários  tipos de aplicação, desde aplicações de  comunicação  interpessoal 

(como correio electrónico e videoconferência) a uma variedade de aplicações interactivas. 

Destas  aplicações  interactivas,  as mais utilizadas  têm  como  finalidade  a  interacção  com um 

servidor World Wide Web (WWW) ou, simplesmente, servidor Web. 

A totalidade da  informação armazenada num servidor é o equivalente a uma vasta biblioteca 

de documentos (Halsall 2001) [28.]. 

Figura 9 ‐ Evolução da Web 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 39 

A figura 10 ilustra este princípio: 

Figura 10 ‐ Interacção simples com um servidor Web 

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40 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.1 Metodologia utilizada 

4.1.1 Metodologia ágil de desenvolvimento 

As  metodologias  de  desenvolvimento  tradicionais  são  preditivas,  isto  é,  focam‐se  no 

planeamento  de  actividades  futuras  e  todas  as  tarefas  estão  exactamente  planeadas  para 

todas as fases do processo de desenvolvimento. Neste caso, e como se trata de um processo 

de desenvolvimento que decorreu  em  camadas, optou‐se por  se  adoptar uma metodologia 

adaptativa, ou seja, uma metodologia que se concentra na adaptação das e às variáveis que 

surgem ao longo de um processo de desenvolvimento e em encontrar uma solução para essas 

variáveis. Numa metodologia deste tipo, não é possível prever todas as tarefas a completar a 

médio ou longo prazo, mas apenas o seu objectivo. 

Caracteristicamente,  as  metodologias  tradicionais  de  desenvolvimento  são  adoptadas  em 

situações em que os requisitos do projecto são seguros e têm uma evolução previsível, já uma 

metodologia  adaptativa  não  traz  muito  de  novo  mas  concentra‐se  em  alguns  princípios 

distintos [100.]: 

• Pessoas e interacções em detrimento de processos e ferramentas 

Numa metodologia ágil de desenvolvimento, é dada maior relevância à equipa do que 

ao ambiente: a equipa deverá ser criada em primeiro  lugar e apenas depois poderá 

configurar o ambiente com base nas suas necessidades. 

• Desenvolvimento de software em detrimento de documentação 

Demasiada documentação poderá consumir demasiado tempo e é difícil de manter a 

par com a evolução do software, tempo e energia que poderão ser dispendidos em 

desenvolvimento  e  implementação.  Neste  caso  a  regra  é  não  produzir  qualquer 

documentação a não ser que a mesma seja imediatamente necessária e significativa. 

• Colaboração com o cliente em detrimento de uma negociação contratual 

Projectos de  sucesso  implicam  interacção  regular e  frequente  com o  cliente e não 

dependem  exclusivamente  de  um  contrato  ou  uma  lista  de  especificações.  Pelo 

contrário, o cliente trabalha em parceria com a equipa de desenvolvimento, e entra 

frequentemente em debate com ela sobre os progressos e problemas ocorridos. 

• Adaptação à mudança em detrimento de seguir um plano 

Esta será provavelmente a mais importante questão relativamente à adopção de uma 

metodologia  ágil  de  desenvolvimento.  No  decurso  de  um  projecto  de  software  é 

virtualmente impossível prever o que irá acontecer a longo prazo, pois as variáveis a 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 41 

ter  em  conta  são  demasiadas. Não  só  é  difícil  estabelecer  requisitos  fiáveis,  como 

também é difícil mantê‐los no tempo. A probabilidade de alteração dos requisitos por 

parte do cliente quando vê o sistema em  funcionamento é bastante elevada, como 

também  é  elevada  a  probabilidade  de  eliminar  da  lista  de  especificações  algumas 

tarefas  pré‐estabelecidas  que  se  vão  revelando  desnecessárias  à  medida  que  o 

projecto se vai desenvolvendo, dando eventualmente lugar a novas tarefas não tidas 

em consideração no  início da planificação. Resumindo, o plano requererá alterações 

na  sua  forma  e  no  seu  tempo.  Estrategicamente  é mais  eficiente  optar  por  não 

planear a  longo prazo, mas antes a (muito) curto prazo tendo em conta o futuro de 

forma muito  abrangente,  investindo  num  planeamento  detalhado  apenas  para  as 

tarefas que são  imediatas, momento este repleto de  impulso e empenho. Ainda que 

seja  necessário  alterar  o  rumo  nesta  fase,  isso  apenas  implicará  um  pequeno 

contratempo numa escala que englobe todo o processo. 

 

Estes  princípios  e  valores  permitem  uma  concentração  em  técnicas  simples  para  atingir  os 

objectivos.  Equipas  de  trabalho  que  operem  sob  esta metodologia  tendem  a  ser  bastante 

céleres  na  criação  de  pequenos  pedaços  de  código,  pois  assim  que  um  componente  está 

terminado, são adicionadas novas funcionalidades e assim sucessivamente. É possível, ainda, 

atingir elevados níveis de pontualidade na entrega do produto e dentro do orçamento pré‐

estabelecido. Por estes motivos, esta é,  logicamente, uma metodologia adoptada por várias 

empresas de renome como, por exemplo, a Google [64.].  

Da mesma  forma, o ponto  forte da  adopção de uma metodologia  ágil de desenvolvimento 

assenta na sua capacidade de adaptação a novas conjunturas em que não há uma segurança 

no que é pretendido ou uma mudança frequente de opinião.  

Consequentemente,  o  software  desenvolvido  em  pequenas  fracções  é  concluído  mais 

rapidamente, permitindo a sua aplicação o quanto antes. 

Por fim, a implementação e a fase de testes são constantes, contribuindo para um aumento da 

qualidade do produto final. 

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42 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Friedman  (2009)  [90.]  defende  que  entre  preço,  qualidade  e  tempo,  apenas  será  possível 

obter duas das três variáveis. Será sempre necessário sacrificar um dos vértices daquilo a que 

se chama triângulo do projecto, esquematizado na figura 11 [77.]: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O desenvolvimento desta plataforma rege‐se pela escolha de qualidade e tempo, sendo este 

último  o  critério mais  inflexível,  ou  seja,  é  uma  constante  e  não  uma  variável.  O  nível  de 

qualidade do produto a apresentar pretende‐se que seja o mais elevado possível, no entanto o 

factor tempo é determinante e terão que ser feitas opções ao  longo do desenvolvimento da 

plataforma que permitam atingir um nível razoável na relação qualidade/tempo. Conforme se 

esclarecerá adiante, optou‐se pela utilização de tecnologia open source e gratuita, pelo que o 

custo  da  plataforma  não  estará  em  causa.  A  adopção  de  uma  metodologia  ágil  de 

desenvolvimento  é  fundamental  pois  permitirá,  assim,  sujeitar  o  projecto  a  alterações 

consoante os progressos/problemas verificados ao longo do tempo. 

 

4.2 O processo de desenvolvimento 

O desenvolvimento da plataforma decorreu em 6  fases e por camadas,  tendo  como base o 

esquema da figura 12. 

Figura 11 ‐ Triângulo de projecto 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 43 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.2.1 Análise de requisitos 

Numa  primeira  fase,  foi  efectuada  uma  análise  de  requisitos  e  foram  estudadas  as 

características e funcionalidades que a plataforma deveria possuir. Este ponto foi já abordado, 

ainda  que  de  forma  superficial,  aquando  da  definição  de  objectivos  determinada 

anteriormente. 

 

4.2.2 Tecnologia 

O  requisito  essencial  que  a  plataforma  deve  cumprir  é  poder  ser  disponibilizada  ao maior 

número  de  utilizadores  possível,  independentemente  do  computador  que  possuam  ou  do 

sistema operativo  instalado. Desta forma, apenas fará sentido disponibilizar a plataforma via 

Web  o  que  implicará  que  o  utilizador  apenas  tenha  instalado  um  sistema  operativo  e  um 

explorador Web.  Implicará  também  que  o  utilizador  esteja  dependente  de  uma  ligação  à 

Internet, no entanto a cobertura da Internet com [56.] e/ou sem [83.] fios está, hoje, bastante 

implementada, quer em Portugal quer no resto do mundo. De qualquer forma, esta questão 

voltará a ser abordada mais adiante. 

 

Figura 12 ‐ Metodologia de desenvolvimento adoptada 

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44 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.2.3 Funcionalidades 

Numa  fase  de  idealização  da  plataforma,  foram  apontados  alguns  requisitos  funcionais 

considerados necessários para disponibilizar um ambiente de  trabalho eficiente, eficaz e útil 

no  âmbito  da  criação  e  gestão  colaborativas  de  terminologia.  Para  validar  estas  opções  e 

inquirir sobre eventuais funcionalidades não tidas em conta ou consideradas secundárias, foi 

colocada  a  questão  “Que  características  considera  relevantes  na  criação  e  gestão  de 

terminologia?” num  inquérito dirigido à comunidade docente, discente e profissional na área 

da  tradução  (ver  anexo  B10).  Inicialmente,  considerou‐se  que  seria  fundamental  numa 

plataforma de criação e gestão colaborativas de terminologia: 

• criação de glossários; 

• definição de obrigatoriedade de preenchimento de um determinado campo; 

• distinção entre sublínguas, por exemplo: Português (Portugal) ou Português (Brasil); 

• fácil usabilidade da plataforma (interface intuitiva); 

• inserção automática da classe gramatical do termo; 

• inserção de conteúdo multimédia; 

• possibilidade adicionar várias línguas ao mesmo glossário; 

• possibilidade de contactar criadores e gestores para colocar dúvidas ou sugerir alterações; 

• registo e gestão de utilizadores com vários níveis de permissão. 

Esta ordem não traduz a prioridade que cada uma das funcionalidades deve ocupar. 

A tabela 3  ilustra, por ordem de relevância, as funcionalidades apontadas pelos  inquiridos (o 

valor percentual reflecte a somas das opções “Relevante” e “Imprescindível”). 

 

Tabela 3 ‐ Funcionalidades apontadas pelos inquiridos por ordem de relevância 

Funcionalidades Percentagem

Distinguir sublínguas, por exemplo: Português (Portugal) ou Português (Brasil).  95% 

Interface intuitiva (fácil usabilidade).  95% 

Exportar a base de dados terminológica (para um ficheiro *.csv, *.xlsx, *.xml ou outro). 

87,5% 

Importar a base de dados terminológica (de um ficheiro *.csv, *.xlsx, *.xml ou outro). 

85% 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 45 

Contactar criadores e gestores para colocar dúvidas ou sugerir alterações.  85% 

Adicionar várias línguas ao mesmo glossário.  82,5% 

Criar vários níveis hierárquicos na estrutura da árvore da base de dados terminológica. 

80% 

Consultar o registo de alterações efectuadas num determinado termo.  77,5% 

Integrar a plataforma com outras ferramentas existentes no computador (editor de texto, editor de apresentações, folha de cálculo, ect.). 

77,5% 

Existência de vários níveis de permissão.  75% 

Inserção automática da classe gramatical do termo  75% 

Registo de alterações efectuadas por utilizadores.  67,5% 

Incluir conteúdo multimédia.  60% 

Definir obrigatoriedade de preenchimento de um determinado campo.  60% 

Disponibilizar o glossário criado a um utilizador visitante (não registado).  42,5% 

Registo de tempo dispendido por utilizador.  30% 

Ouvir transcrição sonora (pronunciação) do termo.  25% 

 

No  espectro  temporal  disponível  seria  extremamente  difícil  por  em  prática  todas  as 

funcionalidades  consideradas  relevantes,  assim  foi  necessário  fazer  uma  escolha  bastante 

selectiva das  funcionalidades a disponibilizar num primeiro protótipo de uma plataforma de 

criação e gestão colaborativas de terminologia. Contrapondo os requisitos funcionais iniciais e 

as  funcionalidades  apontadas  pelos  inquiridos,  optou‐se  por  trabalhar  e  disponibilizar  as 

seguintes características: 

• distinção entre sublínguas, por exemplo: Português (Portugal) ou Português (Brasil); 

• fácil usabilidade da plataforma (interface intuitiva); 

• criação de glossários; 

• possibilidade adicionar várias línguas ao mesmo glossário; 

• inserção de conteúdo multimédia; 

• existência de diversos domínios de conhecimento; 

• atribuir  o  termo  a  um  glossário  e  permitir  atribuir  esse  glossário  a  um  determinado 

domínio de conhecimento; 

• inserção automática da classe gramatical do termo; 

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46 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

• possibilidade de contactar criadores e gestores para colocar dúvidas ou sugerir alterações; 

• definição da nacionalidade dos utilizadores; 

• definição de obrigatoriedade de preenchimento de um determinado campo; 

• possibilidade de associação de um glossário a um determinado domínio de conhecimento; 

• registo e gestão de utilizadores com vários níveis de permissão. 

 

4.2.4 Actores e níveis de permissão 

Conforme foi  já mencionado anteriormente, um dos conceitos fundamentais da plataforma é 

possibilitar a sua utilização de forma colaborativa entre vários tipos de utilizadores. 

Num ambiente de colaboração, caberá a cada um dos diferentes tipos de utilizadores um papel 

distinto. Esta colaboração entre utilizadores  infere uma complexidade acrescida à gestão do 

conteúdo  terminológica  da  plataforma,  tendo  sido  criado,  para  o  efeito,  um  sistema  de 

permissões adaptado aos requisitos descritos anteriormente. 

 

Resumidamente, os vários tipos de utilizadores e os seus papéis: 

• Administrador 

Caberá ao administrador da plataforma gerir o seu funcionamento e aceitar/declinar 

novos utilizadores. O administrador terá total liberdade de acção. 

• Gestor terminológico (Professor) 

O gestor terminológico será o professor e caber‐lhe‐á gerir a informação introduzida 

pelos colaboradores, bem como avaliá‐la. O gestor terminológico poderá: 

visualizar,  adicionar,  editar  e  eliminar:  entradas/termos  inseridos  por  alunos 

(públicos ou privados); 

visualizar, adicionar, editar e eliminar: glossários; 

adicionar, editar e eliminar: colaboradores e especialistas; 

visualizar  informação pública  sobre  todos os utilizadores e  informação privada 

sobre colaboradores e especialistas. 

• Colaborador/Tradutor (Aluno) 

O colaborador/tradutor será o aluno e caber‐lhe‐á inserir informação terminológica e 

complementar as entradas com a informação necessária. Deverá seguir as indicações 

do gestor terminológico e do especialista e terá permissões limitadas: 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 47 

registar‐se: pendente de aceitação do gestor terminológico ou, em último caso, 

do administrador; 

visualizar,  adicionar,  editar  e  eliminar:  entradas/termos  inseridos  pelo  próprio 

(públicos ou privados); 

visualizar: entradas/termos inseridos por outros (públicos); 

visualizar, e adicionar: glossários; 

visualizar  informação pública  sobre  todos os utilizadores e  informação privada 

sobre si mesmo. 

• Especialista 

O  especialista  terá  um  papel  bastante  importante  e muito  específico  na  criação  e 

gestão  terminológicas.  Pretende‐se  que  o  especialista  seja  capaz  de  identificar  o 

conceito associado ao termo/entrada, que  identifique as suas características e valide 

a  informação  contida  numa  entrada. Quanto maior  o  grupo  de  especialistas mais 

representativa será a informação disponibilizada num determinado domínio (Costa & 

Silva) [66.]. As suas permissões permitir‐lhe‐ão: 

registar‐se: pendente de aceitação do gestor terminológico ou, em último caso, 

do administrador; 

visualizar e editar: entradas/termos  inseridos por outros  (públicos ou privados) 

(a edição dos termos será efectuada sobre a  inclusão de  informação no campo 

“notas”); 

visualizar, e adicionar: glossários; 

visualizar  informação pública  sobre  todos os utilizadores e  informação privada 

sobre si mesmo. 

• Visitante (Utilizador não registado ou sem sessão iniciada) 

O visitante será qualquer utilizador não registado que pretenda consultar o conteúdo 

público disponível na plataforma. As suas permissões serão muito limitadas e apenas 

permitirão: 

registar‐se: pendente de aceitação do administrador ou do professor; 

visualizar dados públicos; 

 

O propósito desta plataforma é ser aplicada no ensino da tradução e, eventualmente, a nível 

profissional.  As  categorias  de  utilizadores  prevêem  cada  um  dos  papéis  que  estes  possam 

desempenhar em cada um desses ambientes, conforme ilustra a seguinte tabela: 

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48 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Tabela 4 ‐ Paralelismo entre utilizadores em ambiente educativo e ambiente profissional 

Ambiente educativo Ambiente profissional

Administrador  Administrador 

Professor  Gestor terminológico 

Aluno  Colaborador/tradutor 

Especialista  Especialista 

Utilizador não registado/sem sessão iniciada  Visitante 

 

 

4.3 Estudo e proposta de sistema 

A proposta de sistema apresentada assenta nos  requisitos pré‐estabelecidos. Após a análise 

das  tecnologias existentes procedeu‐se à averiguação das mais adequadas para dar  forma à 

ideia. Foram analisados vários sistemas, utilizando tecnologias diferentes, mas todos carecem 

de pelo menos um factor para serem considerados totalmente eficientes. Foram ponderadas 

algumas vias possíveis para o desenvolvimento da plataforma em causa. 

 

4.3.1 CMS 

Uma das hipóteses consideradas consistia em  tentar  identificar um CMS que pudesse  já dar 

resposta a alguns dos requisitos. Uma das plataformas abordadas durante a análise do estado 

da arte, o GLOBS, utiliza um CMS como base do  seu desenvolvimento: o GLOBS assenta no 

CMS Drupal 5. 

4.3.1.1 Vantagens de um CMS 

• Geralmente, os CMS disponíveis são gratuitos, um  factor  relevante quando se pretende 

manter os custos no mínimo. A maioria disponibiliza mesmo o seu código abertamente, o 

que  permite  que  haja  um  trabalho  contínuo  no  seu  desenvolvimento  e  no 

desenvolvimento de funcionalidades mais específicas como a segurança, elevando o nível 

de qualidade e fiabilidade. Código aberto é sinónimo de comunidade, o que significa que 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 49 

existe um amplo apoio caso nos deparemos com problemas pontuais, ou que poderemos 

expor algum problema a essa comunidade que provavelmente trabalhará para o resolver. 

OS  CMS  são  ainda  facilmente  personalizáveis,  sendo  disponibilizados  com  uma  base  já 

bastante sólida e passíveis de serem adaptados ao gosto de cada utilizador (Mehta 2009) 

[39.]. 

4.3.1.2 Desvantagens de um CMS 

• Apesar de ajudarem na gestão de diversos tipos de conteúdo, desde weblogs a comércio 

electrónico, a escolha é demasiado extensa e difícil. Escolher um CMS que se destine aos 

objectivos  propostos,  tornou‐se  uma  tarefa  ingrata,  pois  se  alguns  são  excelentes  na 

disponibilização de elementos que podem ser caracterizados como funcionais, outros são 

bastante melhores  na  arquitectura  dos  elementos  (Ruby,  2006)  [112.]. Não  existe  uma 

fórmula para escolher um CMS e mesmo que este passo seja ultrapassado, a  instalação, 

personalização  e  gestão  do  CMS  pode  tornar‐se  demasiado  técnica  e  por  vezes 

ininteligível para alguns utilizadores (Mehta 2009) [39.]. 

• Adicionalmente, é necessário considerar a curva de aprendizagem longa e acentuada que 

poderá  ser  impeditiva  num  projecto  de  término  a  curto  prazo,  como  é  o  caso  desta 

dissertação. 

 

A  utilização  de  um  CMS  implica  ainda  a  instalação  de  componentes  que  poderão  ser 

desnecessários  às  finalidades  de  cada  utilizador.  Neste  ponto  será  contraproducente 

desinstalar componentes desnecessários pois obrigará à perda de tempo, mas por outro lado 

ocupar espaço com  informação  inutilizada poderá  tornar a sua utilização menos eficiente. A 

desinstalação dos  componentes que  à partida não  serão utilizados poderá  também pôr em 

risco a funcionalidade de outros que sejam necessários. 

 

4.3.2 Wiki 

Numa  análise  detalhada  sobre  CMS,  foi  necessário  comparar  as  potencialidades  e 

funcionalidades de  sistemas mais generalistas com outros mais específicos como as Wiki de 

forma a avaliar se algum destes sistemas poderia servir os propósitos da plataforma. 

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50 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

O  termo “wiki” é uma abreviatura da expressão havaiana “wiki wiki” que significa “rápido”. 

Actualmente esta expressão refere‐se a uma ferramenta que permite a qualquer pessoa criar e 

editar  páginas  de  um  sítio  Web.  Funciona  como  um  CMS  em  que  os  utilizadores  não 

necessitam de ter conhecimentos de HTML ou de outras linguagens e dispensa, na maioria das 

vezes, o registo por parte do utilizador.  

Uma característica fundamental das ferramentas/plataformas Wiki é a facilidade de edição e a 

possibilidade de criação de conteúdo de forma colectiva e livre. Um sistema Wiki é, no fundo, 

uma  aplicação  utilizada  para  trabalho  colaborativo  onde  os  utilizadores  do  sistema  são  os 

contribuintes primários, e o que produzem é publicado para todos (Rahman 2007) [45.]. Este 

sistema permite que qualquer utilizador possa editar conteúdo, possibilitando o crescimento e 

correcção da plataforma com base na contribuição de todos. Sendo sistemas colaborativos por 

natureza, pequenas contribuições de visitantes num sistema Wiki podem levar a um manancial 

de conhecimento colectivo, e a qualidade será tanto maior quanto maior for o contributo dos 

utilizadores (Mehta 2009) [39.]. 

No entanto, o  facto de estar  regularmente disponível para edição  a qualquer pessoa que  a 

consulte,  independentemente da nacionalidade, dos objectivos ou do grau de conhecimento 

do utilizador, acaba por se transformar no maior constrangimento que uma plataforma deste 

tipo apresenta. Se o objectivo for então o trabalho colaborativo num contexto educativo, será 

necessário que a colaboração não seja totalmente livre, mas sim uma colaboração controlada 

entre elementos de uma determinada unidade curricular. Um outro objectivo da plataforma, 

ainda que numa fase posterior, será a avaliação do conteúdo criado pelo formando. Tal será 

impraticável se houver uma abertura total à edição do conteúdo. 

Duas plataformas foram fortemente consideradas para a base da plataforma: Mediawiki [93.] e 

Dokuwiki  [70.].  Estes  sistemas  são  escritos  em  PHP  e  utilizam  uma  base  de  dados MySQL, 

tecnologias bastante acessíveis e adequadas ao pretendido, no entanto, e na sua globalidade, 

o  processo  de  aprendizagem  de  utilização,  a  instalação,  e  a  adequação  de  um  CMS  para 

funcionar  como base para  a plataforma  implicaria  sacrificar  a única  variável que não o  é: o 

tempo. 

 

 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 51 

4.3.3 RIA (Rich Internet Application) 

Em  resposta  a  uma  crescente  complexidade,  as  palavras‐chave  nesta  nova  era  de 

desenvolvimento  são  “simplicidade”,  “integração”,  “abertura”,  “geração”,  e  “agilidade”. 

Neste sentido surge um novo conceito de desenvolvimento: as Rich  Internet Applications, ou 

como são vulgarmente mencionadas, as RIA (Surveyer 2004) [118.]. As RIA são utilizadas para 

criar aplicações Web que combinem as capacidades de uma aplicação  local para desenvolver 

uma  interface de utilizador  enriquecido  com  as  funcionalidades universalmente  acessíveis  e 

sem recurso a download e instalação de uma aplicação. 

A  diferença  fundamental  entre  as  RIA  e  outras  aplicações  da  Internet  (como  os  CMS)  é  a 

quantidade  de  interacção  permitida  na  interface. Numa  aplicação  tradicional  com  base  em 

páginas  da  Internet,  a  interacção  é  limitada  a  um  pequeno  conjunto  de  controlos 

normalizados, tais como caixas de selecção, botões rádio, campos de formulários e botões em 

geral, o que  limita seriamente a possibilidade de criar aplicações  intuitivas e a grande maioria 

das  aplicações  Web  mostra‐se  mais  confusa  e  de  mais  difícil  utilização  do  que  as  suas 

correspondentes aplicações locais. 

As  RIA  podem  utilizar  uma mais  vasta  (e  eventualmente melhor)  gama  de  controlos  para 

melhorar  a  interacção  entre  o  utilizador  e  a  interface,  permitindo  interacções  eficientes, 

melhor gestão do erro, retorno de informação e experiência geral de utilização (Mauer 2006) 

[92.]. 

São exemplos de RIA: Backpack [58.], Basecamp [59.], Flickr [76.], Google Maps [79.] e Odeo 

[101.]. 

Há,  hoje,  vários  sistemas  de  desenvolvimento  de  RIA  e  alguns  deles  foram  tidos  em 

consideração para o desenvolvimento da plataforma. 

São exemplo desses sistemas: OpenLaszlo [86.] e Flex [55.]. 

 

4.3.3.1 Flex 

O Flex é uma tecnologia lançada pela Adobe Systems para desenvolvimento, implementação e 

manutenção de RIAs multi‐plataforma com base no Adobe Flash. 

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52 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

As aplicações Flex podem ser desenvolvidas com recurso a uma framework de código aberto 

ou ao Adobe Flex Builder, um ambiente de desenvolvimento integrado concebido com base na 

plataforma de código aberto Eclipse que permanece uma aplicação proprietária. 

Se por um  lado o Flex permite a criação de aplicações ricas num curto espaço de tempo, por 

outro  lado  apresenta  como  desvantagens  a  curva  de  aprendizagem  da  tecnologia  em  si, 

acentuada  e  demorada,  e o  facto  de produzir  um  resultado  em  Flash®,  o que pressupõe  a 

instalação  da  aplicação  Adobe  Flash  Player  e  a  existência  dos  plug‐ins  necessários  para  a 

visualização do conteúdo. 

 

4.3.3.2 OpenLaszlo 

O  OpenLaszlo  é  uma  plataforma  de  código  aberto,  patrocinada  pela  Laszlo  Systems, 

responsável  original  pelo  seu  desenvolvimento.  Distribuída  gratuitamente,  a  plataforma  é 

utilizada para criar aplicações Web enriquecidas que  igualem as características de aplicações 

locais e é a única plataforma RIA que suporta o desenvolvimento simultâneo de aplicações em 

DHTML e Flash® a partir de uma mesma base. 

O Laszlo Webtop tem o OpenLaszlo como base e permite a  integração de múltiplas aplicações 

OpenLaszlo  num  ambiente  de  trabalho  unificado  via  explorador Web.  O Webtop  permite, 

também, a gestão avançada de dados em aplicações mais complexas e de maior envergadura, 

e  do  ponto  de  vista  do  desenvolvimento,  permite  a  integração  de  aplicações  OpenLaszlo 

recorrendo  a XML para  aplicações  já existentes. As aplicações em  Java precisam apenas de 

implementar uma interface simples para a troca de dados XML. 

Foi neste sentido que foram efectuadas algumas tentativas de  implementação deste sistema 

com base na linguagem XML. No entanto, a plataforma disponibilizada encontra‐se ainda com 

alguns problemas e a documentação disponível não corresponde à versão disponibilizada. 

Também os problemas que surgiram não encontraram resposta em fóruns ou sítios Web com 

alguma (ainda que pouca) informação sobre a implementação da plataforma. 

Sobre a curva de aprendizagem do OpenLaszlo, apesar de ser de curta duração para aplicações 

tipificadas, revelou‐se acentuada para o tipo de funcionalidade pretendida. 

Mais  uma  vez  optou‐se  por  não  se  sacrificar  o  pouco  tempo  disponível  na  aprendizagem, 

detecção e correcção de erros de um novo sistema. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 53 

4.3.4 Bibliotecas de JavaScript 

Embora não  sejam consideradas plataformas de desenvolvimento de RIAs, as bibliotecas de 

JavaScript  constituem  uma  alternativa  à  forma  como  se  desenvolve  uma  aplicação  nesta 

linguagem e uma solução eficaz para um mais  rápido desenvolvimento de aplicações para a 

Web. Existe um vasto número de bibliotecas JavaScript [84.]. 

São exemplos de bibliotecas de JavaScript: jQuery, Prototype ou Ext JS. 

Por ser a mais familiar, a única biblioteca considerada para utilização no desenvolvimento da 

plataforma foi a biblioteca jQuery.  

 

4.3.4.1 jQuery [85.] 

O  jQuery  é  uma  biblioteca  de  JavaScript  rápida  e  concisa  que  simplifica  a  substituição  de 

elementos, manipulação de eventos, animação e  interacções AJAX  (Asynchronous  JavaScript 

And XML) em documentos HTML para um mais rápido desenvolvimento Web. 

DELL,  Drupal, WordPress,  NBC  ou Mozilla.org  são  exemplos  de  empresas  que  usam  este 

sistema. 

Apesar de ser uma ferramenta interessante para apostar na apresentação da plataforma, a sua 

utilização  implicaria, mais uma  vez,  sacrificar  tempo  e  engrenar na  aprendizagem de novos 

conceitos. 

 

4.4 Decisão 

Após esta análise, concluiu‐se que a metodologia mais acertada  seria o desenvolvimento da 

plataforma de raiz, incluindo o desenvolvimento da base de dados, de scripts e da interface. 

O passo seguinte será o desenho da plataforma e das suas especificações. Será especificada a 

tecnologia e  toda a  lógica utilizadas quer do  lado do  cliente quer do  lado do  servidor, bem 

como a estruturação da base de dados e a modulação da plataforma. 

 

 

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54 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.5 Arquitectura 

As aplicações Web são o presente e o futuro (Bulger et al. 2004) [11.]. 

No seu nível mais básico, a Web funciona numa arquitectura de cliente/servidor, ou seja, tanto 

o  servidor  central  como  a  aplicação  cliente  são  responsáveis  por  uma  determinado 

processamento da informação. 

 

4.5.1 Tecnologia do lado do cliente 

As tecnologias disponíveis para a construção de aplicações Web são as mais variadas. 

No caso de páginas estáticas, as opções recaem em tecnologias como HTML e/ou CSS (Cascade 

Style Sheet) [123.]. 

A tecnologia utilizada para conferir alguma interactividade às páginas Web não é, regra geral, 

suportada  pelos  exploradores.  Apesar  de  a  grande maioria  dos  exploradores  de  Internet, 

como o Mozilla Firefox, o  Internet Explorer ou o Google Chrome  suportarem plug‐ins como o 

RealPlayer, o Adobe Flash Player ou Shockwave, a sua utilização na construção de uma página 

Web pode acarretar alguns problemas pois dependendo do nível de permissão do utilizador 

final, a possibilidade de instalação desses plug‐ins poderá não estar disponível. 

Uma  outra  possibilidade  para  conferir  interactividade  às  páginas  Web  é  a  utilização  de 

JavaScript, uma  linguagem de scripting,  isto é, tem que ser utilizada em conjunto com outra 

linguagem ou aplicação e não necessita de um plug‐in para ser executada. Esta  linguagem é 

disponibilizada gratuitamente nos exploradores e é passível de ser integrada com HTML e com 

CSS. Mas mais uma vez, a sua utilização poderá estar  limitada caso a execução de scripts no 

explorador esteja desactivada. 

Não existe uma tendência absoluta sobre a utilização do JavaScript, mas na realidade alguns 

utilizadores não activam esta funcionalidade. A tabela seguinte (adaptada de [128.]) demonstra 

a percentagem de utilizadores que  tem esta  funcionalidade activada em comparação com a 

percentagem que a tem desactivada e a sua evolução ao longo dos últimos anos: 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 55 

Tabela 5 ‐ Dados sobre a activação de JavaScript nos exploradores Web 

Data JavaScript activado JavaScript desactivado

Janeiro 2008 95%  5% 

Janeiro 2007 94%  6% 

Janeiro 2006 90%  10% 

Janeiro 2005 89%  11% 

Janeiro 2004 92%  8% 

Janeiro 2003 89%  11% 

Janeiro 2002 88%  12% 

Janeiro 2001 81%  19% 

Janeiro 2000 80%  20% 

 

No  caso  concreto  a  escolha  foi  a mais  simples  possível  pois  o  objectivo  será  possibilitar  a 

utilização da plataforma por qualquer utilizador e a componente de JavaScript utilizada não 

implica  a  inutilização  da  plataforma,  pois  apenas  está  disponível  em  situações  muito 

específicas e que não interferem com o funcionamento geral da plataforma. 

O  desenvolvimento  Web  deve  recorrer  a  técnicas  eficientes,  de  fácil  manutenção,  e 

universalmente  acessíveis.  A  solução  passará  por  adoptar  uma  metodologia  de 

desenvolvimento com base na normalização da Web e manter a estrutura, a apresentação e o 

comportamento  separados.  Isto  significa que  a marcação  semântica e hierárquica do HTML 

deverá estar separada da atribuição de estilos com CSS, e da  introdução de  interactividade e 

dinamismo  com  a  utilização  de  JavaScript.  Esta  abordagem  optimizará  o  desempenho, 

reduzirá o tempo de desenvolvimento e permitirá a disponibilização do conteúdo a um público 

mais vasto [131.]. 

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56 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

A esta abordagem dá‐se o nome de Progressive Enhancement e a sua estrutura está definida na 

figura 13. 

 

4.5.1.1 Estrutura: HTML 

O  código  HTML  é  utilizado  para  conferir  às  páginas Web  a  sua  estrutura  bem  como  para 

permitir  a  inserção  de  conteúdo  (como  texto  e  imagens).  Estruturalmente,  um  documento 

HTML é delimitado pelos elementos <HTML> e </HTML> e possui duas  secções: o cabeçalho 

(delimitado  pelos  elementos  <HEAD>  e  </HEAD>)  e  o  corpo  (delimitado  pelos  elementos 

<BODY> e </BODY>)  (Ribeiro 2007). O código HTML é  igualmente utilizado para descrever o 

significado  e  o  conteúdo  da  página  e  não  a  forma  como  esse  conteúdo  é  visualizado 

(Remoaldo 2008). Apesar de ser possível alterar a apresentação do conteúdo de uma página 

com  elementos  tais  como  <b>,  <i>  ou  <u>,  a  sua  utilização  é  desaconselhada  pois  pode 

influenciar a compreensão do  seu conteúdo a utilizadores que, devido às  suas necessidades 

especiais,  recorram  a  aplicações  próprias  para  aceder  à  informação.  Uma  excepção  é  o 

elemento  <strong> … </strong>  que  permite  aos  exploradores  colocar  o  conteúdo  a 

negrito  enquanto  a  aplicação  de  ajuda  poderá  enfatizar  a  pronunciação  do  texto  [130.]. 

Adicionalmente,  a marcação  semântica  do  código  HTML  permitirá  a  aplicação  de  estilos  e 

comportamentos sem lhe efectuar grandes alterações. 

Figura 13 ‐ Progressive enhancement 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 57 

O  código HTML utilizado na plataforma permitiu não  só  conferir estrutura às páginas  como 

também gerar todo o conteúdo estático da plataforma, como as tabelas ou os formulários. No 

cabeçalho  foi  incluída  informação  sobre  a  codificação  de  caracteres  ou  mesmo  sobre  o 

atributo  do  conteúdo  dentro  de  um  elemento  <META>[129.].  A  inserção  deste  conteúdo 

tornou‐se necessária pois sem  indicação contrária, o reconhecimento dos caracteres não era 

processado  correctamente  e  a  apresentação  de  caracteres  especiais,  como  em  palavras 

acentuadas,  surgiriam  como  símbolos. O  atributo http-equiv="Content-Type" especifica 

que o conteúdo está vinculado a um cabeçalho de resposta http. A figura 14 exemplifica uma 

parte do código HTML utilizado na plataforma. 

 

4.5.1.2 Apresentação: CSS 

A utilização de folhas de estilo em cascata, ou CSS, consiste numa funcionalidade  introduzida 

com o HTML4  em  1997  e permite definir  características  visuais  e  alterar  a  apresentação de 

elementos  HTML  ou  XML  (eXtensible  Markup  Language)  atribuindo  estilos  a  tipos  de 

elementos,  classes  de  elementos  ou  instâncias  individuais  (Remoaldo  2008)  à medida  que 

permite o  estabelecimento  de  regras,  rapidamente  alteráveis,  na  formatação  de  elementos 

para manter a consistência de estilo em todas as páginas de um mesmo sítio (Ribeiro 2007). 

Após a sua  introdução, o Consórcio W3C [126.], entidade reguladora das normas que gerem a 

Internet,  promoveu  amplamente  a  sua  implementação  [123.]  e  [125.]  por  oposição  às 

funcionalidades de apresentação específicas do código HTML. 

 

4.5.1.3 Comportamento: JavaScript 

Como já foi referido, o objectivo é conferir à plataforma um certo grau de interactividade ainda 

que em pequenas doses. Se por um lado a utilização de HTML e de CSS pode conferir alguma 

interactividade  à  plataforma,  esta  é  demasiado  limitada  pois  o  objectivo  com  que  estas 

Figura 14 ‐ Exemplo de código HTML utilizado na plataforma 

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58 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

linguagens foram desenvolvidas não é esse. De todas as tecnologias disponíveis, optou‐se por 

utilizar a linguagem JavaScript pois é suportada pela grande maioria dos exploradores sem que 

haja o  recurso à  instalação de plug‐ins. A  sua utilização  foi, no entanto, muito conservadora 

devido às possíveis restrições do explorador Web. Aquilo que se pretende, em última análise, é 

que  a  utilização  de  JavaScript  não  implique  que  um  utilizador,  cujo  computador  possua 

determinadas restrições (nomeadamente em relação a conteúdo JavaScript), veja  impedida a 

sua participação enquanto criador de conteúdo na plataforma. 

 

4.5.2 Tecnologia do lado do servidor 

Mais do que interactividade, o objectivo é imbuir a plataforma em causa de dinamismo, isto é, 

as  páginas  devolvidas  ao  utilizador  deverão  conter  informação  gerada  dinamicamente, 

dependendo do pedido efectuado. Como esta operação não é possível  recorrendo apenas a 

HTML,  uma  parte  do  código  (HTML)  terá,  então,  que  ser  substituída  por  uma  série  de 

instruções  que  devolvam  uma  determinada  informação  quando  a  página  em  causa  for 

solicitada. Este processo é transparente do ponto de vista do explorador pois este recebe uma 

página  HTML  em  tudo  idêntica  a  uma  página  HTML  estática,  permitindo  incluir  no  código 

HTML gerado, quer o conteúdo dinâmico obtido por manipulação de parâmetros enviados ao 

servidor,  quer  o  conteúdo  estático  (inalterável)  e  respectivos  elementos.  A  distinção 

fundamental é que o código HTML que constitui a página dinâmica devolvida apenas é gerado 

após o pedido. 

O mecanismo de criação de páginas dinâmicas pressupõe o recurso a determinadas linguagens 

como ASP  (Active  Server Pages)  [94.],  JSP  (JavaServer Pages)  [116.] ou PHP  (PHP: Hypertext 

Preprocessor)  [103.]que  são  inseridas  no  interior  dos  elementos  HTML  e  que  recorrem  a 

marcas específicas que as diferenciem do conteúdo estático.  

O recurso a este tipo de tecnologia permite a visualização de um conjunto de características, 

tais  como  as preferências  do  utilizador,  informação  enviada  em  conjunto  com o pedido ou 

informação  existente  em  bases  de  dados  ou  ficheiros  externos,  tendo‐se  optado  pela 

utilização de PHP. 

 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 59 

4.5.2.1 Desenvolvimento em três camadas 

O desenvolvimento de aplicações Web que perspectivem um volume significativo de tráfego e 

a  manipulação  de  um  elevado  volume  de  dados  pressupõe  uma  metodologia  de 

desenvolvimento  em  três  camadas  (three‐tier  application  development)  [110.],  uma 

arquitectura  cliente‐servidor  em  que  a  interface  e/ou  utilizador,  o  processamento  da 

informação e o acesso e armazenamento de dados têm lugar em módulos distintos. 

Como  mostra  a  figura  15,  as  três  camadas  neste  tipo  de  arquitectura  são  a  camada  de 

apresentação (presentation tier), a camada de processamento (logic tier) e a camada de dados 

(data tier). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O  que  o  utilizador  visualiza  no  seu  explorador Web  é  a  camada  de  apresentação  e  o  seu 

conteúdo é disponibilizado por um servidor Web. A camada intermédia processa a informação 

lógica  que  ocorre,  por  exemplo,  quando  um  utilizador  envia  um  formulário  preenchido.  A 

Figura 15 ‐ Desenvolvimento em três camadas 

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60 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

terceira  e  última  camada  está  encarregue  do  processamento  da(s)  base(s)  de  dados  e  do 

acesso a esses dados. Mais detalhadamente: 

• Camada de apresentação (presentation tier) 

Esta  camada  é  o  que  o  utilizador  visualiza  quando  abre  uma  página Web  no  seu 

explorador. A interface transpõe ao utilizador um resultado que ele possa interpretar. 

Ao  visualizar  o  código‐fonte  de  uma  página  apenas  é  possível  ver  código  HTML, 

JavaScript e CSS, não sendo possível ver as interrogações efectuadas à(s) base(s) de 

dados  ou  processamento  de  variáveis.  A  este  nível,  as  linguagens  tipicamente 

utilizadas são HTML, DHTML, CSS e JavaScript. 

• Camada de processamento (logic tier) 

Esta  é  a  camada  de  coordenação  da  aplicação  e  de processamento  de  comandos. 

Aqui  são  tomadas  as  decisões  lógicas,  efectuados  os  cálculos  e  processada 

informação entre as outras duas camadas. É nesta camada que ocorre a maior parte 

do  trabalho  de  processamento  e  é  possível  que  vários  utilizadores  acedam  a  ela 

simultaneamente, daí que ela  tenha que gerir as  suas próprias  transacções. A este 

nível não é utilizado HTML ou JavaScript, mas sim uma linguagem de servidor, como 

o PHP. 

• Camada de dados (data tier) 

Nesta camada é armazenada informação, a qual é extraída de uma base de dados ou 

sistema  de  ficheiros.  Os  serviços  estão  protegidos  de  um  acesso  directo  pelo 

utilizador numa rede segura e a interacção ocorre através da segunda camada onde é 

reenviada  e  processada  a  informação  que,  eventualmente,  será  enviada  para  o 

utilizador. 

 

4.5.2.2 Camada de processamento 

As  aplicações Web,  como  é  o  caso  concreto  desta  plataforma,  vêem  grande  parte  do  seu 

trabalho a decorrer num servidor Web que é responsável pela comunicação entre o explorador 

e a camada aplicacional de processamento. 

A  camada de processamento é  implementada  com  recurso  a uma  linguagem de  servidor,  a 

qual  vai  permitir  o  processamento  dos  pedidos  efectuados  e  a  interacção  com  a  base  de 

dados. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 61 

A figura 16 ilustra esta arquitectura para uma aplicação Web. 

 

4.5.3 Servidor Web 

O  Servidor  Web  corre  sob  o  sistema  operativo,  recebe  pedidos  provenientes  da  Web  e 

processa  esses  pedidos,  devolvendo  as  páginas  com  a  informação  solicitada.  Dos  vários 

servidores existentes, há dois que dominam o mercado: o Internet Information Server (IIS) da 

Microsoft, e o popular Apache. 

O  IIS está demasiado  ligado ao ambiente Windows e é um componente chave da  linguagem 

ASP, também da Microsoft. 

A opção para  servidor Web  recaiu,  neste  caso,  sobre o Apache.  Localmente  foi  instalada  a 

aplicação XAMPP [57.], uma distribuição integrada que contém as mais comuns tecnologias de 

desenvolvimento Web: XML, Apache, MySQL, PHP e Perl. 

 

Figura 16 ‐ Arquitectura de uma aplicação Web 

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62 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.5.3.1 Apache 

O servidor de HTTP Apache é um projecto de código aberto, bastante estável, sendo o mais 

popular servidor Web, conforme mostra a figura 17 (adaptada de [98.]). 

 

O Apache,  como é  informalmente  chamado, é mais eficiente em ambientes Unix, apesar de 

também funcionar bem em ambiente Windows. A maioria dos servidores Web que utilizam o 

Apache é Linux. É possível instalar o Apache numa máquina som o sistema operativo Windows 

e, depois, transferir as aplicações para Linux sem alterações nos scripts. Esta abordagem é a 

mais  simples  quando  se  produz  localmente  em  Windows  e  se  passa  para  um  servidor 

Unix/Apache, tendo sido a abordagem adoptada durante o desenvolvimento da plataforma. 

O Apache oferece ainda a vantagem de ser gratuito e faz uso de uma  licença sem restrições; 

por ser um projecto de código aberto, disponibiliza todo o seu código e utiliza módulos para 

carregar extensões nas suas funcionalidades, o que permite um mais rápido processamento do 

código  PHP.  Uma  outra  vantagem  é  o  facto  de  correr  em  sistemas  operativos  que  não  o 

Windows (Davis & Phillips 2007) [20.]. 

 

66,65%

18,68%

8,20%

3,06%1,56% 0,99% 0,59%

0,26%

Apache

Microsoft

Other

nginx

Google

Lighttpd

SunONE

Zeus

Figura 17 ‐ Índice de utilização de servidores Web 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 63 

4.5.4 Middleware 

Middleware é comummente definido como o que une os componentes de software ou o que 

une o software e a rede; é a camada de software que está entre o cliente e o servidor [97.]. 

O middleware trabalha de perto com o servidor Web para interpretar os pedidos efectuados a 

partir da Web, processá‐los, interagir com outros programas no servidor para dar resposta aos 

pedidos e, depois, indicar ao servidor exactamente o que devolver ao explorador Web. É a esta 

classe que pertencem linguagens como o PHP (Bulger et al. 2004) [11.]. 

 

4.5.4.1 PHP 

No  que  à  programação Web  diz  respeito,  e  de  uma  forma  bastante  generalizada,  todas  as 

linguagens acabam por fazer a mesma coisa. Escolher a mais adequada é, muitas vezes, uma 

questão  de  ponderar  o  que  é  necessário  fazer.  Todas  elas  interagem  com  bases  de  dados 

relacionais,  todas  lidam  com  sistemas de  ficheiros,  e  todas  contactam  com  servidores Web 

(Bulger et al. 2004) [11.]. 

O PHP surge exactamente da necessidade de desenvolvimento e manutenção de aplicações 

Web  que  possuam  funcionalidades  dinâmicas  de  Cliente/Servidor,  sendo  uma  linguagem 

interpretada  e  não  compilada,  isto  é,  funciona  directamente  com  o  código‐fonte  ao  ser 

executado, por oposição a criar um ficheiro binário isolado, como um *.exe. 

O  código  PHP  está  essencialmente  direccionado  para  o  desenvolvimento  interactivo  de 

aplicações Web, passível de ser embebido em código HTML, originando código com instruções 

específicas,  e  passível  de  efectuar  determinadas  operações  que  permitam  a  devolução 

automática e dinâmica de páginas que correspondam ao pedido do utilizador final. 

Tal como várias outras linguagens, o PHP possui variáveis para armazenar valores, operadores 

para as manipular instruções de fluxo para controlar o decurso da aplicação, entre outros. 

 

Vantagens do PHP 

• Rapidez e facilidade 

O  processamento  do  código  PHP  permite  bastante  rapidez,  sendo  a  combinação 

perfeita entre o poder, a estrutura e a facilidade de utilização. A sua sintaxe é mais 

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64 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

poderosa  do  que  ASP,  JSP  ou  mesmo  ColdFusion,  não  tendo  uma  curva  de 

aprendizagem  tão  acentuada  como  Perl,  por  exemplo.  Em  última  análise,  esta 

linguagem  permite  o  desenvolvimento  de muito  boas  aplicações Web  num  curto 

espaço de tempo. 

• Multi‐plataforma 

A  linguagem  PHP  corre  em  várias  versões  do Windows  e  em  Unix,  tanto  com  o 

Internet Information Service como com Apache. 

• Acessibilidade 

No decurso do desenvolvimento de uma aplicação Web pode ser necessário aceder a 

vários serviços, tais como LDAP, Oracle, um servidor de correio electrónico IMAP ou 

até a um parser de XML. Seja o que for utilizado, existe uma elevada probabilidade de 

o PHP ter funções apropriadas a essa aplicação. 

• Melhoramentos constantes 

Num  projecto  de  código  aberto  e  com  uma  comunidade  aplicada  ao  seu 

desenvolvimento tão extensa como tem esta linguagem, a quantidade e variedade de 

pessoas  envolvidas  contribui  para  uma  melhoria  quase  diária  do  que  é 

disponibilizado. 

• Suporte e apoio 

É  possível  encontrar  para  o  PHP,  como  para  tantas  outras  linguagens,  listas  de 

distribuição  e  contacto  por  correio  electrónico  (mailing  lists),  bem  como  sítios  e 

fóruns de desenvolvimento. A sua natureza de projecto de código aberto em muito 

contribui para um sentimento de pertença a uma comunidade. 

• Preço 

PHP e Apache são completamente gratuitos. 

 

Arquitectura e funcionamento do PHP 

Ao ser detectada a existência de código PHP, o servidor Web processa‐o antes de ser enviada 

qualquer  informação  ao  explorador Web.  Este  último  recebe  apenas  o HTML  devidamente 

processado e formatado. As figuras 18, 19 e 20  ilustram a diferença entre o código original, o 

respectivo código fonte e o resultado no visualizado no explorador Web. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 65 

 

 

 

Figura 19 ‐ Código fonte (ficheiro: checklogin.php) 

Figura 18 ‐ Exemplo de código PHP embebido em código HTML (ficheiro: checklogin.php) 

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66 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

 

 

 

 

 

 

 

 

No código PHP é ainda possível enviar cabeçalhos http, permitindo quer o redireccionamento 

do explorador, quer a criação/manutenção de sessões, conforme se pode verificar nas figuras 

anteriores. 

O  processamento  do  PHP  ocorre  do  lado  do  servidor  e  ao  ser  pedida  uma  página,  é 

despoletada uma cadeia de acções. De uma forma geral o que acontece é: 

• É solicitada uma página Web a partir de um computador local ao servidor Web; 

• O servidor Web recebe o pedido de um ficheiro *.php (ou de outra extensão, desde que 

devidamente configurado no ficheiro php.ini); 

• O  servidor Web  identifica  pelo  tipo  de  extensão  que  se  trata  de  um  ficheiro  PHP  e 

submete‐o ao pré‐processador de PHP; 

• O pré‐processador de PHP executa o código encontrado no ficheiro *.php (é possível que 

existam pedidos à base de dados MySQL); 

O PHP pede à bases de dados MySQL para processar os pedidos efectuados à base de 

dados; 

O  processamento  efectuado  na  base  de  dados MySQL  devolve  os  resultados  do 

pedido; 

• O pré‐processador de PHP completa a execução do código encontrado no ficheiro *.php 

(com os dados obtidos da base de dados) e devolve os resultados ao servidor Web; 

Figura 20 ‐ Visualização no explorador Web (ficheiro: checklogin.php) 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 67 

• O servidor Web envia ao explorador Web os dados em texto HTML; 

• O  explorador Web  utiliza o  código HTML  devolvido para  construir  a página Web  a  ser 

visualizada. 

Apesar da complexidade dos passos executados, a informação é processada automaticamente 

de cada vez que é pedida uma página com código PHP e pode ser executada várias vezes para 

a mesma página, pois esta pode conter imagens e ficheiros CSS associados. 

A figura 21 ilustra os passos descritos, ou seja, a interacção entre o computador do utilizador e 

o servidor Web. 

 

 

 

 

 

Figura 21 ‐ Interacção entre computador local e servidor Web (com e sem ficheiros PHP) 

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68 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.5.5 Bases de dados relacionais 

Os  sistemas  de  gestão  de  bases  de  dados  relacionais  (SGBDR)  providenciam  uma  óptima 

forma de armazenar e aceder a  informação complexa e existem numa grande a variedade. A 

maioria das bases de dados relacionais utiliza a  linguagem SQL, Structured Query Language, a 

mais popular linguagem utilizada para criar, aceder ou eliminar informação dos SGBDR. 

Dos mais populares SGBDRs comerciais, destacam‐se alguns como por exemplo o DB2 (IBM) 

[81.], Informix (IBM) [82.], Oracle [102.], SQL Server (Microsoft) [95.] ou Sybase [119.]. 

De uma  forma  simplista, uma base de dados  relacional é um motor de bases de dados e o 

conjunto de dados organizados em tabelas relacionadas entre si, mas vários outros elementos 

são  geralmente  considerados  como  parte  integrante  da  base  de  dados  pois  ajudam  à 

organização e estruturação dos dados e permitem que essa mesma base de dados esteja em 

conformidade com um conjunto de requisitos. 

 

4.5.5.1 MySQL 

MySQL  é  uma  base  de  dados  relacional  gratuita,  mas  bastante  completa,  e  surge  da 

necessidade crescente de gerir informação de forma inteligente, estando particularmente bem 

adequada ao desenvolvimento de aplicações Web  (Bulger et al.  2004) e apresenta algumas 

vantagens: 

• Facilidade de obtenção 

MySQL é um sistema de gestão de bases de dados facilmente acessível para transferir 

e instalar [117.]. 

• Relação qualidade/preço 

Apesar das imensas potencialidades de bases de dados como Oracle ou Sybase, estas 

são  proprietárias  e  o  seu  preço  pode  ser  incomportável  para muitos  utilizadores. 

Apesar de ser gratuita para desenvolvimento, a base de dados MySQL está disponível 

para utilização e disponibiliza,  também, excelentes  funcionalidades que permitem a 

sua utilização em vários tipos de projectos. Para utilização comercial, este sistema de 

gestão de bases de dados já terá um custo anual associado. 

 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 69 

• Rapidez e vigor 

Para bases de dados de pequena ou média dimensão, MySQL consegue ser bastante 

rápido  e,  em  alguns  casos,  é mesmo  possível  que  nenhuma  outra  base  de  dados 

actue tão rapidamente. 

• Melhoramentos constantes 

A  sua  taxa  de  desenvolvimento  é  assombrosa.  A  disponibilização  de  novas  e 

impressionantes funcionalidades é actualizada quase diariamente por todos aqueles 

que se dedicam a empenhar esforços no seu progresso. 

 

Esta base de dados suporta uma grande variedade de motores que determinam de que forma 

o MySQL manipula  a  informação  armazenada e os pedidos  efectuados  aos dados. Por esse 

motivo, cada um dos motores de armazenamento tem as suas próprias funções e vantagens, e 

a sua evolução ao  longo dos últimos anos tem tornado as bases de dados mais avançadas e 

céleres. A figura 22 ilustra os vários tipos de motores e tabelas disponíveis numa base de dados 

MySQL. 

 

 

 

 

 

 

As  tabelas  do  tipo MyISAM  são  as  predefinidas  e,  inicialmente,  eram  as  únicas  disponíveis. 

Neste momento, MySQL  já suporta  transacções e estas só são possíveis com a utilização de 

tabelas  tipo  InnoDB. Uma vez que a plataforma desenvolvida no âmbito deste projecto  tem 

como um dos  requisitos a  transacção entre as várias  tabelas de uma mesma base de dados, 

optou‐se por se criar toda a base de dados com tabelas do tipo  InnoDB. Este tipo de tabelas 

suporta  ainda  chaves  estrangeiras, ou  foreign  keys, que permitem que  as  relações  entre  as 

tabelas sejam explicitamente designadas na base de dados. 

 

Figura 22 ‐ Tipos de motores de armazenamento disponíveis numa base de dados MySQL 

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70 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.5.6 Utilização simultânea de PHP e MySQL 

Vários factores tornam adequada a decisão de trabalhar com PHP e MySQL simultaneamente. 

 

Vantagens da utilização simultânea de PHP e MySQL (Davis & Phillips 2007) [20.]:   

• PHP e MySQL trabalham bem em conjunto 

Ambos  foram  desenvolvidos  com  o  outro  em  mente  para  que  a  sua  utilização 

conjunta  seja  facilitada e adequada; as  interfaces de programação de ambos estão 

lógica e intencionalmente emparelhadas. 

• PHP e MySQL são projectos de código aberto 

Não  só  são  ambos  projectos  de  código  aberto  como  também  são  de  utilização 

gratuita; utilizadores com conhecimentos avançados  têm a capacidade de alterar o 

código fonte e, assim, o modo de funcionamento da linguagem. 

• PHP e MySQL têm apoio de uma comunidade 

Ambos  possuem  comunidades  activas  na  Web  em  que  qualquer  utilizador  pode 

participar, colocar questões e expor problemas, e onde será dada uma resposta e/ou 

uma solução. É ainda possível pagar por este apoio. 

• PHP e MySQL são rápidos 

O seu design simples e eficiente permite um desempenho mais rápido. 

• PHP e MySQL não causam entraves com detalhes desnecessários 

Não  é  necessário  que  o  utilizador  conheça  todos  os  detalhes  da  interacção  da 

interface  entre  ambos  pois  há  uma  interface  normalizada  para  chamar 

procedimentos  MySQL  a  partir  do  PHP.  Algumas  interfaces  de  programação  de 

aplicações, ou API (Application Programming Interfaces), oferecem recursos ilimitados 

[103.]. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 71 

No entanto, para ser possível efectuar ligações à base de dados e, posteriormente, conseguir 

manipular  os  dados  aí  armazenados,  é  necessário  utilizar  algumas  funções  disponíveis  na 

interface MySQL do PHP. Um desses exemplos é a utilização da função mysql_connect() em 

PHP para estabelecer uma ligação à base de dados conforme ilustra a figura 23. 

 

4.6 Arquitectura e modelo de dados 

A utilização de bases de dados pressupõe a modelação da informação nelas contida. O modelo de dados  ilustra os dados que servem de base aos processos de um sistema de  informação, sendo um conjunto de regras (ou ferramentas conceptuais) utilizadas para definir os dados, as relações entre esses dados bem como a sua semântica e restrições. 

A modelação  dos  dados  assume  um  papel  preponderante  na  compreensão  do  sistema  de informação na medida em que  ilustra o significado da  informação. Num ambiente de partilha de  informação,  esta  modelação  pode  permitir  mais  facilmente  a  detecção  de  eventuais conflitos ou a visualização mais eficiente da relevância da informação, permitindo visualizá‐la e conservá‐la, contribuindo para uma melhor especificação da sua estrutura. 

O modelo de dados em si é desenhado  recorrendo a um processo  iterativo e onde se  torna progressivamente mais detalhado e menos conceptual, passando por três fases distintas, cada uma delas com as suas características: 

 

4.6.1 Modelo Conceptual de Dados (MCD) 

• Fase  durante  a  qual  são  representados  os  objectos,  suas  características  e relacionamentos,  independentemente  de  qualquer  implementação  física  ou  limitação 

Figura 23 ‐ Utilização da função mysql_connect() em PHP para ligação à base de dados MySQL 

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72 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

tecnológica  ou  técnica  de  implementação,  sendo  utilizado  ao  nível  da  conversação  ou transmissão e validação de conceitos. 

• Para a construção de um MCD são  frequentemente utilizados diagramas de entidades e relacionamentos. 

• Um mesmo MCD  pode  implicar  implementações  estruturais  distintas,  simplificando,  no entanto, a tarefa de modelação. A aplicabilidade da modelação de dados poderá estender‐se a várias finalidades, como a definição de especificações e regras. 

 

4.6.2 Modelo Lógico de Dados (MLD) 

• Durante  esta  fase os objectos  já  estão  condicionados pelas  limitações  tecnológicas  e  é durante ela que ocorre a transformação do MCD em estruturas de dados implementáveis do SGBDR escolhido. 

• O modelo relacional mais utilizado na construção de um MLD é, por norma, o Relacional, embora existam outros (como, por exemplo, o Modelo Orientado a Objectos). 

• Esta  fase  envolve  a  representação  de  objectos  e  conceitos  essenciais  para  a  sua implementação, independentemente dos dispositivos ou meios de armazenamento físico das estruturas de dados. 

 

4.6.3 Modelo Físico de Dados (MFD) 

• Durante esta  fase definem‐se os pormenores  físicos  (específicos do SGBDR escolhido) a ter em consideração durante a implementação do MLD. 

• Este modelo  reflecte o modo  como  será, efectivamente,  armazenada  a  informação  em bases de dados e ficheiros; os objectos são representados de acordo com o enfoque no nível físico da implementação de eventos das entidades e respectivas relações. 

• O MFD pode variar de acordo com o modo de  implementação física e dos recursos para armazenamento e manipulação dos dados. 

 

O modelo  relacional utiliza  conceitos de  relações  entre os dados  e possui um  esquema. Os dados  estão  inseridos  em  tabelas  e  interligados  através  de  relações. A  relação  entre  estas tabelas e os seus dados é estabelecida através de atributos comuns, designados por chaves. Estas chaves podem ser: 

• Chaves candidatas: atributo ou conjunto de atributos que identificam cada linha da tabela de forma única; 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 73 

• Chaves primárias: escolhidas entre as chaves candidatas e irrepetíveis ao longo da tabela; 

• Chaves estrangeiras: atributo de uma tabela que corresponde à chave primária de outra. 

 

4.6.4 Regras de Edgar Frank Codd 

Codd (1970) [14.] afirmou que os utilizadores de bases de dados de grandes dimensões teriam que estar protegidos da organização da informação na máquina e propõe 12 regras (1985) [15.] e [16.]que deverão ser seguidas por um sistema de gestão de bases de dados relacionais: 

• Regra da Informação: 

Toda  a  informação  de  uma  base  de  dados  deve  ser  representada,  ao  nível  lógico, apenas de uma forma: através de valores em tabelas. 

• Regra do acesso garantido: 

Deverá  ser  garantido o  acesso  lógico  a  cada  um  dos  valores  atómicos  da base  de dados relacional através do recurso ao nome da tabela, ao valor da chave primária e ao nome da coluna. 

• Regra do tratamento sistemático de valores nulos: 

Valores nulos (que não devem ser confundidos com cadeias de caracteres vazias ou de valores em branco, nem com valores zero ou outro número), são suportados em SGBDR  para  representação  de  informação  em  falta  de  forma  sistemática, independentemente do tipo de dados. 

• Regra do catálogo dinâmico em linha com base no modelo relacional: 

A descrição da base de dados está  representada, ao nível  lógico, da mesma  forma que  os  dados  para  que  os  utilizadores  autorizados  possam  aplicar  a  mesma linguagem relacional quando a interrogam (a base de dados) que aplicam aos dados. 

• Regra da sublinguagem dos dados compreensivos: 

Um SGBDR pode suportar várias linguagens e diversas formas de utilização terminal. No entanto, tem que haver pelo menos uma linguagem cujas declarações possam ser expressas, através de uma qualquer sintaxe bem definida, por cadeias de caracteres e que  consiga  suportar  o  seguinte:  definição  dos  dados,  definição  de  vistas, manipulação  de  dados  (de  forma  interactiva  e  por  programa),  restrições  de integridade e procedimentos de segurança. 

• Regra de actualização de vistas: 

Todas as vistas que sejam teoricamente actualizáveis, também o serão pelo sistema. 

• Regra da inserção, actualização e eliminação de alto nível: 

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74 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

A  capacidade  de  lidar  com  uma  relação  de  base  ou  derivada  aplica‐se  não  só  ao acesso aos dados, como também à inserção, actualização e eliminação de dados. 

• Regra da independência física de dados: 

Programas  de  aplicação  e  actividades  terminais  devem  permanecer  logicamente inalterados aquando de qualquer alteração na representação de armazenamento ou métodos de acesso. 

• Regra da independência lógica de dados: 

Programas  de  aplicação  e  actividades  terminais  devem  permanecer  logicamente inalterados aquando da ocorrência de alterações de preservação de  informação de qualquer  tipo  às  tabelas  da  base  de  dados  que  teoricamente  permitam  a  sua  não danificação. 

• Regra da independência da integridade:  

Restrições de  integridade específicas de uma base de dados relacional em particular devem  ser  definíveis  na  sublinguagem  de  dados  relacionais  e  armazenáveis  no catálogo, e não nos programas de aplicação. Das duas restrições de  integridade que se seguem, um mínimo tem que ser suportado: 

Integridade  da  entidade:  nenhum  dos  componentes  de  uma  chave  primária poderá conter valores nulos; 

Integridade  referencial: para cada valor distinto de uma chave estrangeira não nula  numa  base  de  dados  relacional,  tem  que  existir  um  valor  equivalente  na chave primária do mesmo domínio. 

• Regra da independência da distribuição: 

Um SGBDR tem independência da distribuição, o que implica que os utilizadores não têm que se preocupar se a base de dados é distribuída. 

• Regra da não‐subversão: 

Se  um  sistema  tem  uma  linguagem  de  baixo  nível  (registo  único  de  cada  vez),  a mesma não pode ser utilizada para subverter ou desviar a  integridade das regras ou das restrições expressas numa  linguagem relacional de alto nível (registos múltiplos de cada vez). 

 

À altura da publicação destas regras por Edgar Codd, nenhum SGBDR estava em conformidade com elas, pressuposto que ainda hoje se mantém. No entanto, as bases de dados têm vindo a tornar‐se  maiores  e  mais  complexas,  aumentando,  assim,  os  níveis  de  exigência  que  as tecnologias actuais têm que acompanhar. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 75 

O sistema relacional pressupõe  independência física e lógica de dados,  implica uma facilidade em interrogar a base de dados através de SQL e o desenvolvimento de aplicações. 

A modulação dos dados e da estrutura da plataforma revelou‐se essencial para o desenrolar do projecto, pois um mau entendimento acerca de qualquer conceito poderia  levar a erros que condicionariam  a  concepção  da  base  de  dados  e,  provavelmente,  a  uma  remodelação  da camada  aplicacional  na  qual  esta  assenta.  No  entanto,  a  eficiente  modulação  levou  à concepção de uma base de dados adaptada aos requisitos mencionados, embora a mesma se encontrasse em permanente actualização com a  inserção de novas  tabelas e novos campos nas tabelas já existentes. 

Tendo  como  um  dos  pontos  de  partida  um melhor  desempenho  e  uma  carga  de  tráfego considerável, foi necessário construir a base de dados com base no processo de normalização até à forma normal de Boyce‐Codd [68.]. 

Este processo sistemático é definido por um conjunto de regras que promovem a eficiência, a previsibilidade de resultados e eliminação de ambiguidade e redundância nos dados. 

 

Formas Normais nas bases de dados relacionais [19.] 

• Primeira Forma Normal (1FN): 

Uma relação ‘R’ encontra‐se na 1FN se e apenas se possuir valores atómicos. 

• Segunda Forma Normal (2FN): 

Uma relação ‘R’ encontra‐se na 2FN se e apenas se estiver na 1FN e se cada atributo não‐chave estiver inteiramente dependente de uma chave‐primária. 

• Terceira Forma Normal (3FN): 

Uma relação ‘R’ encontra‐se na 3FN se e apenas se estiver na 2FN e se cada atributo não‐chave estiver transitivamente dependente de uma chave‐primária. 

• Forma Normal de Boyce/Codd (BCNF): 

Uma  relação  ‘R’  encontra‐se  na  BCNF  se  e  apenas  se  cada  determinante  for  uma chave‐candidata. 

 

Numa  fase  inicial  irá  permitir‐se  que  alguns  valores  não‐chave  possam  ser  nulos,  como  o atributo  “assessment”  da  tabela  “entry”,  pois  esse  valor  apenas  será  preenchido  quando houver dados suficientes para o professor atribuir uma nota àquele conjunto de  informação. No entanto, este foi um princípio seguido de forma sistemática implicando uma integridade da entidade, tão necessária à consolidação da base de dados. 

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76 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Outro  princípio  fundamental  foi manter  as  restrições  de  integridade  referencial  através  da definição de chaves‐estrangeiras, ou seja, se esta não tiver um valor nulo terá que existir uma relação onde essa chave é primária. Assim,  todas as entradas  terão que corresponder a um determinado glossário que, por sua vez, terá que corresponder a um determinado domínio (ou área de conhecimento), nem que este seja denominado “None”. 

A base de dados desenvolvida apresenta um mapa de relações (ver figura 25) onde é possível ver que estas são, essencialmente, relações do tipo um‐para‐muitos. Isto acontece quando um valor de uma coluna é referenciado por diversas linhas noutra coluna. 

A figura 24 representa um pormenor do mapa de relações da base de dados que  ilustra este tipo de relação: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.6.5 Estruturação da base de dados 

A base de dados é, assim, constituída por uma série de tabelas, tendo‐se optado pela inclusão 

de um identificador (id) em todas as elas, identificador este que constitui a sua chave primária. 

Figura 24 ‐ Pormenor do mapa de relações com relações do tipo um‐para‐muitos 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 77 

 

Além de um  identificador, cada uma das tabelas contém atributos e valores associados, mais 

especificamente: 

 

beta.acess_level: além do identificador (‘id’), esta tabela contém um descritor (‘description’) e 

um campo com o nível de acesso de cada um dos utilizadores (‘level’). 

Figura 25 ‐ Mapa de relações da base de dados 

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78 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

beta.assessment: esta tabela tem como objectivo manter o registo das avaliações globais dos 

discentes; contém um campo onde são registados os utilizadores avaliados (‘users’) e que está 

relacionado ao identificador (‘id’) da tabela ‘beta.users’; contém ainda um campo ‘assessment’ 

onde será mantido o registo da classificação global do discente, a data em que a mesma  foi 

atribuída e o identificador do utilizador (‘users.id’) que o classificou. 

beta.country: esta  tabela contém um descritor  (‘description’) de  todos os países do Mundo, 

estando o seu identificador relacionado com o campo ‘country’ da tabela ‘users’. 

beta.docs:  esta  tabela  tem  como  objectivo  manter  um  registo  de  todos  os  documentos 

multimédia transferidos para o servidor; contém um campo para registo do caminho relativo 

do directório onde fica armazenado o documento (‘relative_path’), um descritor (‘description’) 

cujo  valor  é  inserido  pelo  utilizador  que  transfere  o  ficheiro,  um  campo  ‘file_size’  onde  é 

registado o tamanho do ficheiro, e um campo denominado ‘file_extension’ onde está indicada 

a extensão do ficheiro transferido. O identificador desta tabela está relacionado com o campo 

‘docs’ da tabela ‘beta.docs2entry’. 

beta.docs2entry:  esta  tabela  tem  como  objectivo manter  um  registo  das  relações  entre  os 

documentos transferidos e os termos existentes na base de dados. Contém um campo ‘entry’ 

relacionado  com  o  identificador  da  tabela  ‘beta.entry’,  um  campo  denominado  ‘docs’ 

relacionado com o identificador da tabela ‘beta.docs’, um campo descritor, onde fica registada 

a descrição do ficheiro em relação ao termo e, finalmente, um campo denominado  ‘mmtype’ 

que está relacionado com o identificador da tabela ‘beta.mmtype’. 

beta.domain: esta tabela contém um descritor (‘description’) de todos os domínios existentes 

na  plataforma;  o  identificador  desta  tabela  está  associado  ao  campo  ‘domain’  da  tabela 

‘beta.gloss’. 

beta.entry: esta tabela guarda o registo de todos os termos inseridos (‘term’), associando‐os a 

uma língua, a um glossário e a uma classe gramatical (valores obrigatórios); pode ser atribuído 

ao termo uma classificação por parte de um docente, a data em que a mesma foi atribuída e o 

identificador do utilizador  (‘users.id’) que o classificou; é, obrigatoriamente atribuído a cada 

‘id’ o  identificador do  criador do  termo, bem  como  a data da  sua  criação; pode,  ainda,  ser 

definido  o  estado  do  termo,  a  sua  privacidade  (termo  público  vs.  termo  privado)  e  a  sua 

editabilidade. 

beta.field_description:  esta  tabela  contém um descritor  (‘description’) de  todos os  campos 

existentes  no  formulário  de  submissão  de  uma  nova  entrada;  contém  também  um  campo 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 79 

denominado  ‘field_type’  que  está  relacionado  ao  identificador  da  tabela  ‘field_type’;  esta 

tabela permite ainda que o utilizador defina a privacidade de cada campo. 

beta.field_type:  esta  tabela  contém  um  descritor  (‘description’)  dos  tipos  de  campos 

existentes  no  formulário  de  submissão  de  uma  nova  entrada;  o  seu  identificador  está 

relacionado com os campos ‘field_type’ existentes nas tabelas ‘field_description’, ‘field_value’, 

e ‘part_of_speech’. 

beta.field_value:  esta  tabela  contém  um  campo  denominado  ‘field_description’  que  está 

relacionado com o identificador da tabela homónima; será nesta tabela que ficarão registados 

todos os valores  inseridos no  formulário que não sejam provenientes de caixas de selecção, 

eventuais  botões  de  rádio  ou  de  caminhos  relativos  de  ficheiros  e  estes  registos  serão 

inseridos  no  campo  ‘input_value’;  o  campo  ‘entry’  (‘field_value.entry’)  desta  tabela  está 

relacionado com o  identificador da  tabela  ‘entry’  (‘entry.id’); existe ainda uma  relação desta 

tabela à tabela ‘field_type’ através de um campo homónimo. 

beta.gloss: esta tabela contém um descritor (‘description’) de todos os glossários existentes 

na plataforma; a cada glossário pode ser associado um de vários domínios existentes na tabela 

‘beta.domain’; pode ser atribuído ao glossário uma classificação por parte de um docente, a 

data em que a mesma foi atribuída e o identificador do utilizador (‘users.id’) que o classificou; 

é, obrigatoriamente atribuído a cada  ‘id’ o  identificador do criador do glossário, bem como a 

data  da  sua  criação;  pode,  ainda,  ser  definido  o  estado  do  glossário,  a  sua  privacidade 

(glossário público vs. glossário privado) e editabilidade. 

beta.groups:  com  esta  tabela  pretende  criar‐se  um  registo  de  todos  os  grupos  criados  no 

âmbito do trabalho colaborativo; ela contém um descritor (‘description’) dos grupos criados; 

existe ainda um registo do nível de acesso de cada um dos grupos, a sua data de criação e o 

utilizador que o criou. 

beta.groups_users:  com  esta  tabela  pretende  criar‐se  um  registo  da  relação  entre  os 

utilizadores e os  respectivos grupos a que estes pertencem através dos campos  ‘groups_id’ 

(relacionado  com  o  identificador  da  tabela  ‘groups’)  e  ‘users_id’  (relacionado  com  o 

identificador da  tabela  ‘users’);  esta  tabela mantém,  ainda, o  registo da data de  criação de 

cada uma das relações anteriores. 

beta.history: com esta tabela pretende criar‐se um registo o histórico do eventos ocorridos na 

plataforma;  a  tabela  contém  um  campo  onde  será  inserido  o  tipo  de  conteúdo  alterado 

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80 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

(‘content_type’) o  registo alterado  (‘record’), a acção efectuada  (‘action_type’), o utilizador 

que efectuou a alteração (‘user’) e a data da alteração (‘action_date’). 

beta.language: esta tabela contém um descritor (‘description’) de todas as línguas faladas no 

Mundo,  bem  como  o  código  da  língua  associado,  de  acordo  com  a  norma  ISO  de  forma  a 

normalizar a plataforma e a adaptá‐la, eventualmente, à Web semântica. 

beta.mmtype:  esta  tabela  contém  um  descritor  (‘description’)  dos  tipos  de  ficheiros 

multimédia  passíveis  de  serem  transferidos;  existe  ainda  uma  relação  entre  o  identificador 

desta tabela e o campo ‘mmtype’ da tabela ‘beta.docs2entry’. 

beta.part_of_speech: esta tabela contém um descritor (‘description’) das classes gramaticais a 

que um termo pode ser associado e existe ainda uma relação com a tabela ‘field_type’ através 

de um campo homónimo (‘part_of_speech.field_type’). 

beta.translation:  esta  tabela  contém  dois  campos  (‘source’  e  ‘target’),  sendo  que  cada  um 

deles está associado ao identificador da tabela ‘beta.entry’; o objectivo desta tabela será o de 

armazenar as correspondências dos termos entre as várias línguas, ou seja, a sua tradução. 

beta.users:  esta  tabela  contém  um  campo  onde  fica  registado  o  nome  de  cada  utilizador 

(‘name’); existe a possibilidade de atribuir um determinado nível de acesso através da relação 

entre  o  campo  ‘access_level’  desta  tabela  com  o  identificador  da  tabela  homónima 

(‘access_level.id’);  cada  utilizador  pode  ser  associado  a  um  grupo  de  trabalho  colaborativo 

através  da  relação  do  seu  identificador  com  o  campo  ‘groups_users.users_id’  da  tabela 

homónima (‘beta.groups_users’); a cada utilizador é associado um criador (campo relacionado 

com  o  identificador  da  própria  tabela),  uma  data  de  criação,  um  endereço  electrónico  que 

servirá  de  ‘login’  na  plataforma,  um  endereço  electrónico  alternativo,  uma  afiliação  à 

Instituição  a  que  está  veiculado  e  que  representa  enquanto  utilizador  da  plataforma,  bem 

como  a  sua  nacionalidade,  estando  este  último  campo  relacionado  com  o  identificador  da 

tabela ‘beta.country’; um campo fundamental desta tabela é o campo ‘active’ que, por defeito, 

tem o valor 0  (zero) e que  indica a possibilidade de actividade por parte do utilizador, mais 

especificamente: um novo registo na tabela de utilizadores significa um novo utilizador com o 

valor  “active  = 0”  e  apenas  a  validação por parte de um docente ou  administrador poderá 

actualizá‐lo para “active = 1” e só estes últimos terão privilégios de utilização da plataforma. 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 81 

Após a fase de análise conceptual, passou‐se à fase de programação e codificação que, por sua 

vez, permitirá as primeiras implementações da plataforma. 

 

4.7 Modulação da plataforma 

Conforme  já  foi  referido,  a  plataforma  assenta  na  utilização  de  linguagem  PHP  que  gera 

conteúdo dinâmico e disponibiliza formulários para inserir informação na plataforma. Segue‐se 

uma pormenorização dos ficheiros que constituem a plataforma, bem como da sua função. 

 

4.7.1 Codificação da plataforma 

4.7.1.1 Configuração e ligação à base de dados: 

connect.php  –  O  desenvolvimento  de  plataforma  decorreu  tendo  em  conta  que  a  grande 

maioria dos ficheiros teria que ter em conta uma  ligação à base de dados, pelo que se optou 

por englobar a configuração e a  ligação à base de dados num  ficheiro único e  independente 

dos  restantes,  pois  no  caso  de  ser  necessária  qualquer  alteração  de  algum  dos  dados  da 

configuração da base de dados esta  seria efectuada apenas uma vez. Os  restantes  ficheiros 

fazem referência a este através da expressão include (“connect.php”);. Este script começa por 

definir  a  configuração  da  base  de  dados  com  o  devido  nome  ($dbname),  local  de 

armazenamento  ($dbhost),  utilizador  ($dbuser),  e  palavra‐chave  ($dbpass).  Após  a 

configuração  da  base  de  dados  é  estabelecida  uma  ligação  à  mesma  através  da  função 

mysql_connect(). Além da  ligação à base de dados, existe, neste ficheiro, uma função que 

informa o MySQL que toda a informação recebida da base de dados está codificada em UTF‐8 

e convertê‐la‐á em codificação tabela/coluna e o mesmo acontecerá quando o MySQL enviar a 

informação de volta. A função é a seguinte: mysql_query("SET NAMES 'utf8'");

 

4.7.1.2 Entrada na plataforma 

index.php – A primeira página visualizada pelo utilizador quando este acede à plataforma não 

contém muita  informação, apenas a necessária para obter uma visão global do projecto e as 

hiperligações  para  iniciar  sessão,  dar  início  ao  pedido  de  registo  e  um  breve  formulário  de 

pesquisa. 

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82 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

 

4.7.1.3 Gestão de utilizadores: 

register.php – Este  script devolve um  formulário a  ser preenchido por um  futuro utilizador. 

Este  formulário  tem  7  campos  de  preenchimento:  “e‐mail”  e  “Password”  serão  os  campos 

utilizados para a entrada na plataforma, sendo que o primeiro deverá, num  futuro próximo, 

estar  restrito  a  um  domínio  específico  no  caso  dos  docentes  e  dos  alunos 

(“[email protected]”) e o segundo estará configurado para que a senha utilizada por cada 

um dos utilizadores seja encriptada na própria base de dados; o campo “Full name” terá como 

objectivo  a  identificação  completa  do  utilizador  para  efeitos  de  validação  de  registo  e 

manutenção  da  plataforma;  o  campo  “Alternative  e‐mail”  serve  para  indicar  uma  segunda 

conta de correio electrónico para que a comunicação com o utilizador  seja assegurada caso 

haja uma falha no servidor de correio electrónico da primeira conta; o campo “Affiliation” tem 

utilidade, essencialmente, para identificar a instituição que os especialistas representam, para 

que  lhes  possa  ser  atribuído  um  determinado  grau  de  fiabilidade;  a  caixa  de  selecção 

“Nationality”  é gerada  automaticamente  a partir da  tabela  “language” da base de dados  e 

indica a nacionalidade de cada utilizador de forma a validar a informação inserida por cada um 

deles;  por  fim,  o  campo  “I  want  to  register  as”  permite  a  selecção  do  tipo  de  utilizador 

pretendido;  este  script  auto‐evoca‐se,  isto  é,  dependendo  das  condições,  o  formulário 

devolvido terá características diferentes. Na figura 26 é possível ver o fluxograma do processo 

de pedido de um novo  registo. Após a  submissão do  formulário, os dados  são  inseridos na 

base de dados mas o campo “active” da tabela “users” terá, por defeito, com o valor 0 (zero) 

o que implica que o utilizador não pode aceder imediatamente à plataforma. O seu acesso terá 

que  ser  validado  por  um  professor  ou  pelo  administrador  da  plataforma.  Desta  forma  é 

assegurada a validade dos utilizadores que efectuam um registo. 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 83 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

access_requests_list.php – Este script devolve, aos professores e administradores uma lista de 

utilizadores que tenham pedido acesso à plataforma; os administradores têm permissão para 

validar  qualquer  utilizador  que  tenha  pedido  acesso,  enquanto  os  professores  apenas  têm 

permissão  para  validar  os  pedidos  de  utilizadores  que  pretendam  utilizar  a  plataforma 

enquanto alunos ou enquanto especialistas; a  lista será gerada conforme o tipo de utilizador 

com sessão iniciada e a tabela será composta pelo nome do utilizador que efectuou o pedido, 

o  seu  endereço  electrónico  e  uma  hiperligação  para  outro  script 

(validate_access_requests.php)  responsável  pela  actualização  do  estado  do  utilizador.  Na 

figura 27 é possível ver o fluxograma do processo de listagem de pedidos de novos registos. 

 

Figura 26 ‐ Fluxograma de pedido de um novo registo 

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84 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

validate_access_requests.php – Este  script é evocado  sempre que é validado um pedido de 

acesso e é responsável pela actualização do estado do utilizador ao actualizar o campo ‘active’ 

da tabela ‘users’ através da execução de uma variável: 

$query = "UPDATE users SET active=1 WHERE id='$_REQUEST[id]'";

$result = mysql_query($query);

 

No final é enviado um “header” que permite que o utilizador volte à página que evocou este 

script: 

header("Location: $_SERVER[HTTP_REFERER]");

 

Figura 27 ‐ Fluxograma do processo de pedidos de acesso 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 85 

checklogin.php – Este  script devolve o  formulário de entrada na plataforma caso ainda não 

tenha sido iniciada uma sessão; caso já tenha sido iniciada uma sessão, é impresso o nome do 

utilizador que tem sessão iniciada. 

A utilização da variável super global $_SESSION permite a manutenção de um estado durante 

o acesso às diversas páginas através do envio via cookie, por parte do PHP, de um identificador 

de sessão único. O PHP cria um ficheiro correspondente no servidor cujo nome corresponde ao 

número do identificador da sessão. 

Após  a  submissão  do  formulário,  é  evocado  um  outro  script  (login.php)  para  que  sejam 

verificados os dados inseridos no formulário. As restantes páginas da plataforma evocam este 

ficheiro através da expressão include (“checklogin.php”); para verificar se o utilizador 

está ou não registado e/ou com sessão iniciada. 

 

login.php – Através da estrutura de controlo “if… else” é executado um bloco de código de 

forma  condicional.  Caso  (if)  a  expressão  ($_REQUEST['email'] AND

$_REQUEST['password'])  seja  validada  como  verdadeira,  então  a  instrução  seguinte  é 

executada. Esta instrução interroga a base de dados à qual é feito um “SELECT” que devolve o 

número de resultados obtido. Dentro desta estrutura de controlo existe uma outra: caso (if) 

não seja devolvida qualquer  linha, o utilizador  recebe uma mensagem que o  informa que os 

seus dados são inválidos; caso contrário (else) recebe os seus dados pessoais. Se a expressão 

inicial não  for  validada  como  verdadeira  (else), o utilizador  recebe  a  indicação que um ou 

ambos os dados pedidos estão em falta. 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 28 ‐ Estrutura de controlo if… else 

Page 104: Faculdade de Engenharia de Universidade do Porto · Faculdade de Engenharia de Universidade do Porto ... Figura 2 ‐ Estrutura do Dicionário de Termos Militares do Exército .....16

86 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

4.7.1.4 Gestão de glossários 

list_gloss_list: Este script começa por interrogar a base de dados e pede, através de uma query 

“SELECT”,  o  registo  de  todos  os  nomes  e  domínios  de  glossários  editáveis.  A  função 

mysql_fetch_array() selecciona uma  linha do resultado da  interrogação efectuada à base 

de dados e o registo é armazenado sob a forma de um array em que cada campo corresponde 

ao nome do campo no seu  índice associativo. Esta  função obedece aos parâmetros $row =

mysql_fetch_array($result, MYSQL_ASSOC); em que a variável $result corresponde 

ao resultado da query efectuada e MYSQL_ASSOC corresponde ao tipo de resultado obtido. 

Após  a  consulta  à  base  de  dados,  é  gerada  uma  tabela  dinâmica  (através  de  um  ciclo 

while();, cuja sintaxe está demonstrada na figura 29) com a indicação de todos os glossários 

existentes  na  base  de  dados  e  respectivos  domínios  a  que  estão  associados.  São  também 

disponibilizadas  ao  utilizador  algumas  opções  para  cada  glossário  encontrado  na  base  de 

dados: editar o glossário, ver os termos que fazem parte dele e adicionar um novo. Cada uma 

das  opções  apresentadas  possui  um  elemento  <a>  (anchor)  com  um  atributo  href  que 

redirecciona o utilizador para a opção seleccionada tendo em conta o glossário consultado: 

<a href="update_gloss.php?id=<?php echo $glossID ?>">Edit glossary</a>

<a href="terms2gloss.php?id=<?php echo $glossID ?>">View glossary's terms</a>

<a href="new_gloss.php">Add new glossary</a>

 

 

 

 

 

 

 

 Figura 29 ‐ Sintaxe de um ciclo while(); 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 87 

new_gloss.php: Este  script  começa por  interrogar a base de dados e pede, através de uma 

query  “SELECT”,  o  registo  de  todos  os  nomes  e  domínios  de  glossários  existentes 

correspondentes  às  variáveis  $glossID=$_REQUEST["glossary"];  e 

$domainID=$_REQUEST["domain"];.  Após  a  interrogação  à  base  de  dados,  é  gerado  um 

formulário  de  inserção  de  um  novo  glossário  com  apenas  duas  linhas  em  que  a  primeira 

contém um  campo  com o nome do  novo glossário  e  a  segunda  contém  a  lista de domínio 

gerada automaticamente a partir da base de dados em que o utilizador  selecciona aquele a 

que quer associar o glossário. Ambos os campos  são de preenchimento obrigatório. Após a 

submissão do  formulário, é evocado o  script update_gloss.php  através de uma “action” no 

formulário. 

 

update_gloss.php: Este script é evocado pelo formulário existente no ficheiro new_gloss.php 

ou  através  de  um  atributo  href  existente  no  ficheiro  list_gloss_list.php  para  edição  do 

glossário listado. Através de uma estrutura de controlo “if… else”, este script é responsável 

por uma de duas acções na base de dados: é inserido um novo registo na tabela “beta.gloss” 

da base de dados através de uma query “INSERT  INTO” caso  (if) os valores  indicados pelo 

utilizador não existam ainda ou  (else), caso o nome do glossário e o domínio  já existam, é 

feita uma actualização à base de dados através de uma query “UPDATE”. No  caso de estar 

algum valor em  falta no  formulário é devolvida uma mensagem ao utilizador que o  informa 

sobre a obrigatoriedade dos campos a preencher no  formulário. Utilizadores não  registados 

não estão autorizados a inserir novos glossários na base de dados: 

//verificação de utilizador com sessão iniciada

if($_SESSION[access_level]<5){

(…)

}else{

echo "Guest users are not allowed to insert new glossaries.";

}; 

 

terms2gloss.php: Este script gera uma  lista de todos os termos existentes na base de dados 

que correspondam a um determinado glossário, bem como as línguas em que cada um está e o 

respectivo criador. Ele é invocado a partir da lista dinâmica de glossários (list_gloss_list.php) e, 

após  interrogar a base de dados, gera uma tabela com 4 (quatro) colunas: a primeira coluna 

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88 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

contém o valor do termo encontrado na base de dados após esta ser  interrogada, a segunda 

coluna  contém  a  língua  em que o  termo  se encontra,  a  terceira  coluna  contém o nome do 

criador  do  termo  e  a  quarta  e  última  coluna  contém  uma  hiperligação  para  a  visualização 

detalhada do termo. 

<td width="300" height="20"><?php echo $row[term]?></td>

<td width="300" height="20"><?php echo $row[language]?></td>

<td width="300" height="20"><?php echo $row[creator]?></td>

<td width="100" height="20"><a href="view_term.php?id=<?php echo $id; ?>">View term</a></td>

 

4.7.1.5 Gestão terminológica 

term.php:  Este  script  devolve  um  formulário  para  edição  de  um  termo.  O  formulário  é 

construído  através  de  várias  queries  à  base  de  dados.  Após  ser  definida  a  variável 

$termID=$_REQUEST["term"];  a  base  de  dados  é  interrogada  e  caso  a  condição  if 

($termID)  seja  validade  como  verdadeira  a  query  “SELECT entry.term AS term,

entry.language AS lang, entry.gloss AS gloss, entry.part_of_speech AS

pos, entry.multimedia AS mm FROM entry WHERE entry.id='$termID' AND

entry.editable=1;”  é  executada.  A  expressão  “SELECT * AS”  permite  criar  um  nome 

alternativo para o nome da coluna. Este nome alternativo é utilizado nas variáveis seguintes 

para que sejam devolvidas linhas em tabela relativas às opções seleccionadas. Por exemplo: 

Query: 

SELECT entry.term AS term, entry.language AS lang, entry.gloss AS gloss, entry.part_of_speech AS pos, entry.multimedia AS mm FROM entry WHERE entry.id='$termID' AND entry.editable=1;

Variável: 

$pos = $row[pos];

Instrução: 

//iniciar menu Part of Speech

?>

<tr>

<td width="100" height="20">Part of Speech:</td>

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 89 

<td width="500" height="20">

<select name='part_of_speech'>

<option value="0"></option>

<?php

while($row = mysql_fetch_array($result, MYSQL_ASSOC)){

$option=$row[id];

$value=$row[description];

echo "<option value=\"$option\" ";

if ($option==$pos) echo "selected=\"selected\"";

echo ">$value</option>\n";

};

?>

</select>

</td>

</tr>

 

Entretanto é criada a primeira parte da tabela que constitui o formulário. A primeira  linha do 

formulário contém duas colunas: a primeira contém o  título “Term:” e a  segunda contém o 

termo  a  inserir/editar  através  da  expressão  <input name="term" size="106"

value="<?php echo $term;?>"/> incluída na célula (<td>) , em que é impresso o valor da 

variável $term, isto é, o valor da respectiva coluna “term” na tabela “entry” da base de dados. 

Seguem‐se  os  campos  que  constam  da  tabela  “beta.field_description”.  Uma  vez  que  o 

objectivo é que o utilizador também tome parte da criação da própria estrutura do formulário, 

optou‐se por que este  fosse criado dinamicamente. Assim, no  futuro, se o utilizador assim o 

entender, poderá acrescentar um campo à tabela “beta.field_description” e o mesmo surgirá 

no  formulário dinamicamente. A base de dados é, então,  interrogada através de uma query 

que devolve várias linhas com duas colunas cada, em que a primeira contém o nome do campo 

existente  na  tabela  e  a  segunda  contém  o  valor  dos  campos  a  serem  preenchidos,  caso  o 

mesmo já exista na base de dados caso contrário o campo permanecerá vazio: 

//query field_description

$query = "SELECT * FROM field_description ORDER BY field_description.id ASC";

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90 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

$result = mysql_query($query);

(…)

<?php

while($row = mysql_fetch_array($result, MYSQL_ASSOC)){

$descriptionID=$row[id];

if ($termID){

$query=" SELECT input_value FROM field_value WHERE entry=$termID AND field_description='$descriptionID'";

$values = mysql_fetch_array(mysql_query($query), MYSQL_ASSOC);

$value=$values[input_value];

}else{

$value='';

};

?>

<tr>

<td width="100" height="20"><?php echo $row[description]?>:</td>

<td width="500" height="20"><textarea name="description_<?php echo $row[id]?>" rows="1" cols="80"><?php echo "$value"; ?></textarea></td>

</tr>

<?php

};

?>

 

As  caixas  de  selecção  “Language”  e  “Glossary”  são  geradas  da  forma  idêntica  à  caixa  de 

selecção “Part of Speech”, já descrita, sendo que cada uma delas é gerada individualmente no 

código do ficheiro. 

O botão “Insert term” irá permitir a submissão de todos os valores do formulário para a base 

de dados e chamará o ficheiro “update_term.php”. 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 91 

update_term.php: Este  script  será  responsável pela  inserção da nova  informação na  tabela. 

Através  da  estrutura  de  controlo  “if… else”  é  executado  um  bloco  de  código  de  forma 

condicional.  Se  (if)  a  expressão  (!$termID)  for  validada  como  verdadeira,  então  a  query 

INSERT INTO é executada para a inserção de nova informação na base de dados: 

INSERT INTO entry (term, language, gloss, part_of_speech, editable) VALUES ('$term', '$lang', '$gloss', '$pos', 1)

Caso contrário (else) as tabelas não receberam um novo registo, mas antes será actualizada a 

informação nas  linhas existentes correspondentes à variável $termID através de uma query 

UPDATE: 

UPDATE entry SET term='$term', language='$lang', gloss='$gloss', part_of_speech='$pos' WHERE id='$termID'

 

Na falha de preenchimento de campos obrigatórios (“Term”, “Glossary”, “Language” e “Part 

of speech”), o utilizador recebe a indicação que os dados pedidos estão em falta e o script não 

será executado sem que todos eles estejam preenchidos. 

Utilizadores não registados não estão autorizados a inserir termos na base de dados: 

//verificação de utilizador com sessão iniciada

if($_SESSION[access_level]<5){

(…)

}else{

echo "Guest users are not allowed to insert new terms.";

};

 

No final do bloco de código existe um elemento <meta>, responsável por reencaminhar o 

utilizador para a anexação de conteúdo multimédia ao termo em questão: 

<meta http-equiv="refresh" content="3;URL=ask4multimedia.php? entry=<?php echo $termID ?>" />

 

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92 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

O  atributo  http-equiv="refresh"  é  utilizado  como  substituto  de  name="refresh"  e 

identifica  o  nome  de  uma  propriedade.  O  atributo  content="..."  especifica  o  valor  da 

propriedade "refresh". Em termos práticos é invocada a propriedade "refresh" com o URL 

“ask4multimedia.php” de acordo com os parâmetros que se seguem ao operador “?”. No caso 

concreto,  o  parâmetro  passado  indica  que  na  base  de  dados,  o  campo  “entry”  terá  que 

corresponder à variável impressa pelo código PHP ($termID). 

 

view_term.php: É ainda possível apenas visualizar o conteúdo de um termo sem que os seus 

campos estejam  abertos para edição. Este  script pode  ser  invocado  através de um  atributo 

href  presente  no  ficheiro  list_terms.php  e  é  responsável  por  imprimir  todo  o  conteúdo 

relacionado  com  o  termo  em  causa,  desde  a  sua  definição  até  à  lista  de  documentos 

multimédia que o acompanham. Os documentos anexos ao termo poderão ser reproduzidos 

através  de  uma  hiperligação  gerada  para  cada  um  dos  documentos  existentes.  Esta 

hiperligação  executa  o  documento multimédia  em  causa  e  o  leitor/reprodutor  por  defeito 

existente  no  computador  do  utilizador  para  o  tipo  de  ficheiro  em  causa  é  aberto.  Existem 

ainda  três hiperligações: uma para editar o  termo  (update_term.php), outra para o  remover 

(delete_term.php) e ainda outra para fazer uma pesquisa. 

 

delete_term.php: Este  script é dos mais  complexos pois efectua  alterações  simultâneas em 

várias  tabelas  da  base  de  dados  e  é  responsável  pela  eliminação  de  todos  os  registos 

referentes a um determinado termo: ao ser eliminado um termo da tabela beta.entry da base 

de dados, são eliminadas, em simultâneo, outras entradas na base de dados cujo identificador 

seja  igual  ao  da  linha  eliminada  na  tabela  beta.entry,  nomeadamente:  beta.filed_value, 

beta.docs2entry, beta.translation e beta.entry. A base de dados é  interrogada para eliminar 

cada um dos registos em cada uma das tabelas com um campo “entry” cujo valor seja idêntico 

ao  identificador  do  campo  “term”  da  tabela  entry.  Caso  cada  uma  das  ocorrências  seja  de 

facto  eliminada,  o  utilizador  recebe  uma mensagem  com  a  confirmação  da  eliminação  do 

termo, caso contrário, a mensagem recebida indicará que ocorreu um erro: 

 

$query = "DELETE FROM table WHERE entry=$termID";

if(mysql_query($query)){

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 93 

echo "Term deleted from table.<br>";

}else{

echo "Problems when deleting entry $termID from table";

};

 

Em todo o caso, só será possível a eliminação de um termo por parte do seu criador, por 

parte de um professor ou por parte de um administrador. 

if($row[creator] == $_SESSION[id] and $row[editable] == 1){

(…)

}else{

echo "You have no permissions to delete this term.";

}; 

 

list_terms.php: Nesta fase, este script gera um rol de todos os termos existentes na base de 

dados, no entanto, e numa fase futura, ele gerará uma  lista dos termos que correspondam a 

uma pesquisa efectuada. A tabela gerada contém 5 (cinco) colunas: a primeira coluna contém 

o valor do termo encontrado na base de dados após esta ser  interrogada, a segunda coluna 

contém o nome do criador do  termo em causa e a  terceira coluna contém uma hiperligação 

para a visualização detalhada do termo: 

<td width="200" height="20"><?php echo $row[term]?></td>

<td width="200" height="20"><?php echo $row[creator]?></td>

<td width="200" height="20"><a href="view_term.php?id=<?php echo $id; ?>">View term</a></td> 

 

No entanto duas das colunas apenas serão geradas caso o utilizador com sessão  iniciada 

seja o criador do termo: 

<?php

if($row[creator] == $_SESSION[id] and $row[editable] == 1){

?>

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94 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

<td width="200" height="20"><a href="term.php?id=<?php echo $id; ?>">Edit term</a></td>

<td width="200" height="20"><a href="delete_term.php?id= <?php echo $id; ?>">Remove term</a></td>

<?php

}else{

?>

<td width="200" height="20"></td>

<td width="200" height="20"></td>

<?php

};

?> 

 

4.7.1.6 Gestão de conteúdo multimédia 

ask4multimedia.php: Após o preenchimento do formulário de inserção de um termo, é dada a 

opção  ao  utilizador  de  anexar  conteúdo  multimédia  ao  termo  em  questão.  Este  script  é 

invocado  através  de  um  elemento  <meta>  no  final  do  bloco  de  código  do  ficheiro 

update_term.php,  já  explicado  anteriormente,  e  contém  apenas  uma  pergunta  (“Attach 

multimedia file to term?”) com duas possibilidades de resposta. Caso o utilizador opte por não 

adicionar conteúdo multimédia ao termo, voltará ao formulário do termo; no entanto, caso o 

utilizador opte por anexar conteúdo multimédia, uma hiperligação  redireccioná‐lo‐á para um 

ficheiro  responsável pela  transferência de  ficheiros para o  servidor: add_mm.php de acordo 

com os parâmetros que se seguem ao operador “?”: 

<a href="add_mm.php?entry=<?php echo $_REQUEST[entry]?>">

Yes

</a>

 

Os  parâmetros  passados  indicam  que  será  adicionado  conteúdo multimédia  ao  termo  cujo 

identificador na base de dados corresponda à variável $_REQUEST impressa pelo código PHP. 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 95 

add_mm.php: Este script é invocado quando o utilizador opta por anexar conteúdo multimédia 

a  um  termo  e  de  todos  os  scripts  concebidos  é  o  que  possui  uma maior  componente  de 

JavaScript.  O  elemento  <HEAD> … </HEAD>  deste  documento  contém  um  elemento 

<SCRIPT> </SCRIPT> cujo atributo “type” tem o valor “text/javascript”. Este bloco de 

código JavaScript no cabeçalho do documento é responsável pelas múltiplas transferências de 

ficheiros,  limitando  o  número  de  transferências  a  6  (seis)  de  cada  vez  e  define  a  função 

attachmore() que é invocada cada vez que o utilizador opta por enviar mais um ficheiro. Esta 

função é também responsável por definir e incrementar o valor da variável “attachmentid” e 

quando o valor desta for igual ao valor da variável “attachmentlimit” a opção “Add another 

file” deixa de ser visualizada, ou seja, o utilizador deixa de poder anexar mais documentos. 

Através de um  formulário, o utilizador  tem a possibilidade de  seleccionar o  tipo de  ficheiro 

multimédia a transferir através de uma caixa de selecção que é gerada a da mesma forma que 

são  geradas  as  caixas  de  selecção  “Glossary”  e  “Part  of  speech”  no  formulário  de 

inserção/actualização de um termo. Em seguida é possível seleccionar o caminho do directório 

onde se encontra o ficheiro a anexar e, caso opte por adicionar um outro ficheiro, é invocada a 

função attachmore(), gerando um novo campo para selecção do directório onde se encontra 

o  ficheiro a anexar e um outro para descrição do  ficheiro. Após a anexação dos  ficheiros, o 

utilizador pode submeter o formulário que, por sua vez, invocará um outro script, upload.php, 

responsável pelo processamento da transferência, tratamento e armazenamento do ficheiro, 

bem como da inserção da informação nas respectivas tabelas da base de dados. 

 

upload.php:  Este  script  é  responsável  pelo  processo  de  transferência  de  ficheiros  para  o 

servidor.  O  directório  alvo  para  a  transferência  dos  ficheiros  é  estabelecido  pela  variável 

$targetpath = "multimediadocs/"; e dependendo do tipo de ficheiro seleccionado pelo 

utilizador, este será transferido para uma pasta concreta no servidor: 

<?php

// configuração do directório alvo para o upload de ficheiros multimédia

$targetpath = "multimediadocs/";

for($i=1;$i<=6;$i++){

$mmtypes = 'mmtype_'.$i;

(…)

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96 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

//verificar se o nome do ficheiro está vazio

if($FileName != ""){

//verificar tipo de ficheiro seleccionado

$FileType = $_FILES[$attachments]['type'];

if ($_REQUEST[$mmtypes] == 1){

$targetpath = $targetpath."image/";

}elseif ($_REQUEST[$mmtypes] == 2){

$targetpath = $targetpath."movie/";

}elseif ($_REQUEST[$mmtypes] == 3){

$targetpath = $targetpath."sound/";

}else ($_REQUEST[$mmtypes] == 4){

$targetpath = $targetpath."text/";

};

(…) 

 

As  seguintes extensões  são definidas  como  suportadas na  transferência dos  ficheiros: *.gif, 

*.jpg,  *.png,  *.swf,  *.flv,  *.avi,  *.wmv,  *.mpeg,  *.mp3,  *.wav  e  *.wma.  Numa  fase  futura, 

restringir‐se‐á os tipos de ficheiros às pastas adequadas. 

O  tamanho  máximo  de  cada  um  dos  ficheiros  a  anexar  é  definido  através  da  variável 

$FileSize à qual é atribuída a função round(), responsável por arredondar um número ao 

próximo inteiro: 

$FileSize = round($_FILES[$attachments]['size']/1024);

 

Uma vez que o tamanho do ficheiro é calculado em bytes, o arredondamento será efectuado 

tendo  em  conta  o  princípio  básico  que  1 Megabyte  equivale  a  1024  Kilobytes  e  1Kilobyte 

equivale  a  1024  bytes.  Assim,  o  número  de  bytes  do  ficheiro  será  dividido  por  1024  e  o 

resultado  ficará  registado  em  Kilobytes.  Optou‐se  por  esta  estratégia  e  não  por  dividir 

novamente o valor por 1024, para que a variável responsável pelo resultado pudesse imprimir 

um valor inteiro na respectiva tabela da base de dados, caso contrário, sempre que um ficheiro 

tenha apenas poucas dezenas de kilobytes, o valor inserido na base de dados seria 0 (zero). Se 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 97 

o número  inteiro resultante for superior a 10 vezes 1024 (o tamanho máximo em Megabytes 

permitido para a  transferência de um  ficheiro), o utilizador  recebe uma mensagem de erro, 

mas caso contrário, o ficheiro é movido para o servidor e são inseridos os valores necessários 

na base de dados através de uma variável $query: 

INSERT INTO docs (relative_path, description, multimedia, file_size, file_extension) VALUES ('$FileLocation', '$description', '$FileSize', '$FileExtension')

 

Após  uma  nova  interrogação  à  base  de  dados  para  inquirir  sobre  o  máximo  valor  do 

identificador na tabela beta.docs, e no caso de uma transferência com sucesso do ficheiro, é 

adicionalmente  registada a  relação do  ficheiro  transferido com o  termo em causa na  tabela 

beta.docs2entry através de uma outra variável $query: 

INSERT INTO docs2entry (entry, docs, description, mmtype) VALUES ('$entry', '$docs', '$description', '$_REQUEST[$mmtypes]')

 

Para  cada  valor  registado  na  tabela  e  para  cada  erro  ocorrido,  é  enviada  uma mensagem 

gerada  através  de  código  JavaScript  e  da  utilização  de  métodos  como 

document.getElementById(’elementID’)  ou  getElementsByTagName('tagName').  O 

método  document.getElementById()  pertence  ao  objecto  do  documento,  o  que  implica 

que o escopo do método abarca o documento por inteiro, incluindo o cabeçalho (<HEAD>) e o 

corpo  (<BODY>)  de  um  documento  HTML.  Por  outro  lado,  o  método 

getElementsByTagName() pode ser invocado em qualquer nó elemento, restringindo a área 

do DOM a partir da qual se pretende que os nós sejam seleccionados. Por exemplo: 

 

add_mm.php: 

document.getElementById('attachmentdiv').appendChild(newnode);

(…)

<div id="attachmentdiv" style="margin-left:30px">

(…)

</div>

 

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98 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

upload.php: 

if (mysql_query($query)){

echo "<script type='text/javascript'>parent.document.getElementById ('".$attachmentdiv."').innerHTML = 'File $FileName of type $FileType with size $FileSize Kb, stored in $FileLocation' </script>";

echo "<script type='text/javascript'>parent.document.getElementById ('".$attachmentdiv."').innerHTML += '<br>The relation docs/entry was successful.' </script>";

}(…) 

 

4.7.1.7 Folha de estilo 

style.css: O objectivo primário deste script é estabelecer a separação entre a apresentação e o 

conteúdo. Ele está associado a todos os outros scripts através do elemento <link> dentro da 

marca <HEAD>…</HEAD>. Este elemento contém os atributos “type", “rel" e “href" e a sua 

sintaxe  completa  é  a  seguinte:  <link type="text/css" rel="stylesheet"

href="style.css">. Aos vários selectores são atribuídas propriedades e respectivos valores, 

e o seu conjunto traduz‐se na apresentação da plataforma. 

 

4.8 A plataforma 

Após o  desenvolvimento  dos blocos  de  código que  constituem o  esqueleto  da plataforma, 

esta vai começando a ganhar corpo,  forma e cor. A personalização da plataforma teve  início 

pela escolha da sua designação. 

 

4.8.1 O nome 

Desde a  fase de conceptualização da plataforma que houve uma preocupação com o nome 

que  esta  teria.  Após  algumas  tentativas  através  da  utilização  de  anagramas  e  algumas 

palavras‐chave, optou‐se por utilizar uma palavra que não  tem um significado directo com o 

objectivo da plataforma, mas com um dos conceitos em que esta assenta. 

Optou‐se,  então,  pelo  nome  “Beta”.  Este  nome  representa  o  conceito muito  associado  à 

produção de software e aplica‐se, essencialmente, ao conteúdo lógico que já passou uma fase 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 99 

prévia de  testes no  seu desenvolvimento  e  é,  então, disponibilizado  a uma  comunidade de 

utilizadores enquanto protótipo. A  fase beta de testes permite que o software seja sujeito a 

uma série de variáveis não calculadas e permite que haja um retorno de  informação sobre a 

detecção  de  erros  e  problemas  que  os  utilizadores  tenham  eventualmente  efectuado  e, 

consequentemente,  a  resolução  dos mesmos  por  parte  da  equipa  de  desenvolvimento. No 

entanto, o conceito de “versão beta” de um produto tem ganho outros contornos no decorrer 

dos últimos anos. 

Na Web 2.0, em que os sítios e as aplicações são de natureza dinâmica e estão em constante 

evolução  e  adaptação,  dificilmente  se  atinge  uma  versão  final.  O  facto  de  as  aplicações 

estarem em rede implica que o retorno de informação por parte dos utilizadores é constante, 

assim como a  resolução de erros e problemas ou  implementação de novas  funcionalidades. 

Este  procedimento  deu  origem  ao  conceito  de  “beta  permanente”,  o  que  implica  que  os 

conteúdos e as aplicações estão sujeitos a uma evolução e adequação ad eternum. Algumas 

marcas  adoptaram este  conceito durante um  longo período de  tempo,  como  foi o  caso do 

Gmail ou do Flickr e algumas marcas ainda hoje o utilizam, como é o caso da rede social Orkut. 

 

4.8.2 O logótipo 

De uma forma muito generalista, um  logótipo é um símbolo que  identifica um produto, bem, 

serviço, marca, empresa,  instituição, etc. e consiste na estilização de uma ou mais  letras com 

um aspecto característico, fixo e peculiar [104.]. Como se trata de uma plataforma para gestão 

terminológica, optou‐se apenas por construi um  logótipo  tipográfico em que as  letras que o 

compõem se encontram contornadas por um traço espesso de cor. 

 

 

 

 

 

A escolha da cor, no entanto, foi alvo de maior indecisão, mas temporariamente optou‐se por 

um logótipo de cor azul, por se tratar de uma cor neutra e sóbria. Tanto a cor sólida como os 

Figura 30 ‐ Logótipo da plataforma 

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100 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

tons mais claros que constituem o  logótipo fazem parte uma paleta de cores seguras para a 

Web (ver anexo C): 

 

Tabela 6 ‐ Tabela de cores utilizadas no logótipo e respectivas referências por sistema de cor 

 

    Valores 

     

Sist

ema

Hexadecimal  #003366  #99ccff 

RGB  0 / 51 / 102  153 / 204 / 255 

CMYK  100% / 87% / 33% / 23%  35% / 10% / 0% / 0% 

HSB  210º / 100% / 40%  210º / 40% / 100% 

Lab  21 / 2 / ‐35  80 / ‐8 / ‐31 

 

As figuras seguintes ilustram mais duas opções de cor. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 31 ‐ Logótipo de cor bordeaux 

Figura 32 ‐ Logótipo de cor verde 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 101 

4.8.3 Navegação 

Uma  grande  preocupação  advinda  do  inquérito  inicial  foi  a  usabilidade  da  plataforma  e  a 

facilidade de navegação na mesma. Um ambiente sóbrio, claro e com pequenos  laivos de cor 

para destaque de pormenores  importantes foi o pretendido com a criação da folha de estilo 

associada a toda a aplicação (style.css). 

Optou‐se,  também,  por  um menu  superior  horizontal  e  pela  ausência  de menus  verticais, 

sendo  que  no  futuro  poderá  ser  possível  adoptar  uma  das  áreas  laterais  para  pequenos 

patrocínios, protocolos, parcerias ou outros destaques académicos. 

Outros pormenores  foram  tidos em  consideração na  concepção da plataforma,  tais  como a 

resolução  escolhida  para  as  dimensões  da  plataforma  e  por  que  explorador  optar  para 

optimização geral. 

 

4.8.4 Resolução 

Sobre a resolução a escolher, as variáveis apresentadas cingiam‐se à resolução de monitores 

mais utilizada pelos utilizadores. 

Até há pouco tempo  imperava a teoria que a concepção para a Web devia abranger todos os 

utilizadores que utilizassem monitores com pelo menos 800 por 600 pixéis de resolução. No 

entanto, estatísticas recentes indicam que o número de utilizadores que utiliza monitores com 

esta  resolução  ou menor  atinge  apenas  4%,  um  valor  que  sofreu  uma  grande  redução  nos 

últimos anos  já que em 2004 era de 37% (mais de um terço), numa altura em que ainda eram 

detectados monitores com resolução de 640 por 480 pixéis. 

Actualmente, os utilizadores que possuem monitores com resolução de 1024 por 768 pixéis é 

inferior à que em 2004 utilizava monitores com resolução de 800 por 600 e a tendência é para 

a  utilização  de  monitores  de  resolução  já  superior,  conforme  mostra  a  tabela  seguinte 

(adaptada de [127.]): 

 

 

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102 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Tabela 7 ‐ Índice de resoluções de monitores mais utilizadas 

Data Maior 1024 x 768 800 x 600 640 x 480 Desconhecida

Janeiro 2009 57%  36%  4%  0%  3% 

Janeiro 2008 38%  48%  8%  0%  6% 

Janeiro 2007 26%  54%  14%  0%  6% 

Janeiro 2006 17%  57%  20%  0%  6% 

Janeiro 2005 12%  53%  30%  0%  5% 

Janeiro 2004 10%  47%  37%  1%  5% 

Janeiro 2003 6%  40%  47%  2%  5% 

Janeiro 2002 6%  34%  52%  3%  5% 

Janeiro 2001 5%  29%  55%  6%  5% 

Janeiro 2000 4%  25%  56%  11%  4% 

 

 

Além da  resolução do monitor, uma outra  variável  a  considerar  é  a  área útil disponível 

quando  excluímos  as  áreas  de  comando  do  sistema  operativo  (como  a  barra  de 

ferramentas) ou a barra de deslocação do explorador Web. 

A tabela seguinte (adaptada de [48.]) estabelece a comparação entre a área total e a área 

útil de monitores com diferentes resoluções (área útil tendo em conta o Internet Explorer 

6 e o sistema operativo Windows): 

 

 

 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 103 

Tabela 8 ‐ Comparação entre área total e área útil de um monitor de acordo com a resolução 

Resolução do monitor Área útil

800 x 600  780 x 429 

1024 x 768  1004 x 597 

1152 x 864  1132 x 793 

1280 x 1024  1260 x 853 

1600 x 1200  1580 x 1129 

 

A figura seguinte  ilustra a comparação entre a área total e a área útil de um monitor de 1024 

por 768 pixéis, confirmando que há, de facto, uma área considerável que não pode ser tida em 

conta quando excluímos estes factores. 

 

Figura 33 ‐ Comparação entre área total e área útil de um monitor com resolução de 1024 x 768 pixéis 

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104 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

Uma das convenções na concepção de conteúdo para a Web estabelece que esta concepção 

deverá  ter em conta a menor  resolução de monitores em uso que  tenha uma percentagem 

significativa  de  utilizadores.  Se  até  há  pouco  tempo  fazia  sentido  produzir  conteúdo  para 

monitores  com  resolução  de  800  por  600  pixéis,  hoje  tal  seria  contraproducente  pois  a 

percentagem  de  utilizadores  é  bastante  pequena  (4%)  e  tem  vindo  a  diminuir 

significativamente. Conceber uma aplicação Web para esta  resolução  implicaria que 93% dos 

utilizadores,  uma  esmagadora  maioria,  veria  grande  parte  da  sua  área  de  trabalho 

desperdiçada. 

A  figura seguinte  ilustra o contraste entre as proporções em várias  resoluções, sendo que a 

menor é a mínima resolução a considerar (800 x 600) e a maior (1680 x 1050) é a resolução em 

que a plataforma foi maioritariamente desenvolvida. 

 

Após a ponderação de todos os dados, e com a consciência que a resolução 1650 x 1050 será 

excepcional, optou‐se por conceber uma plataforma com 1000 pixéis de largura para que seja 

possível uma correcta visualização pelos utilizadores que têm uma resolução estabelecida nos 

1024 por 768. Isto permitirá que não seja desperdiçada área de trabalho útil. 

Figura 34 ‐ Contraste entre proporções de monitores de diferentes resoluções 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 105 

4.8.5 Exploradores 

Uma  variável  igualmente  importante  a  considerar  na  optimização  da  plataforma  é  o 

explorador Web em que a mesma vai ser visualizada. Uma vez que nenhum dos exploradores 

interpreta  o  HTML  da  mesma  forma,  foi  necessário  optar  por  um  explorador  para  a 

optimização, não obstante a tentativa de harmonização para todos os exploradores. 

A tabela seguinte (adaptada de [128.]) estabelece uma comparação percentual (em média) da 

utilização  dos  vários  exploradores  ao  longo  dos  últimos  42 meses  (quatro  anos  e  meio), 

incluindo o ano corrente. A tabela completa, com dados desde 2002, pode ser consultada no 

Anexo D. 

 

Tabela 9 ‐ Índice de utilização dos vários exploradores nos últimos anos 

  IE7 IE6 IE8 Firefox Chrome Safari Opera

2009              

Junho 18.7%  14.9%  7.1%  47.3%  6.0%  3.1%  2.1% 

Maio 21.3%  14.5%  5.2%  47.7%  5.5%  3.0%  2.2% 

Abril 23.2%  15.4%  3.5%  47.1%  4.9%  3.0%  2.2% 

Março 24.9%  17.0%  1.4%  46.5%  4.2%  3.1%  2.3% 

Fevereiro 25.4%  17.4%  0.8%  46.4%  4.0%  3.0%  2.2% 

Janeiro 25.7%  18.5%  0.6%  45.5%  3.9%  3.0%  2.3% 

             

IE7 IE6 IE5 Firefox Chrome Safari Opera

2008 25,33%  25,57%  1,02%  40,94%  3,2%  2,43%  1,81% 

             

IE7 IE6 IE5 Firefox Mozilla Safari Opera

2007 18,7%  37,42%  1,87%  33,83%  1,32%  1,62%  1,63% 

             

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106 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

IE7 IE6 IE5 Firefox Mozilla N7/8 Opera

2006 2,23%  56,38%  4,52%  26,32%  2,48%  0,38%  1,52% 

 

Legenda: Abreviatura / Nome do explorador Web 

Chrome – Google Chrome / Firefox – Firefox (identificado como Mozilla antes de 2005) / IE – Internet 

Explorer / Mozilla – Mozilla Suite (Gecko, Netscape) / N – Netscape (identificado como Mozilla depois 

de 2006) / Opera / O – Opera / Safari – Safari (e Konqueror. Ambos identificados como Mozilla antes de 

2007) 

 

Os  dados mais  recentes  indicam  que  no  seu  conjunto,  as  três  versões  do  Internet  Explorer 

ainda em utilização não atingem o valor alcançado pelo Firefox: 40,7% contra 47,3%. O terceiro 

explorador mais utilizado é o Google Chrome que atinge 6% das utilizações. Os exploradores 

Safari e Opera atingem 3,1% e 2,1% respectivamente e, no seu conjunto, não atingem o valor do 

Google Chrome, ficando‐se pelos 5,2%. 

Desta forma, optou‐se por uma optimização da plataforma para o explorador Firefox, embora 

se tentasse uma harmonização sempre que possível. 

 

4.9 Testes/detecção de erros 

A  detecção  primária  de  erros  e  problemas  foi  efectuada  através  de  breves  testes 

experimentais de utilização à medida que a plataforma ia ganhando dimensão e os resultados 

serão futuramente analisados e darão lugar à correcção dos mesmos. 

Um dos problemas verificados está relacionado com a visualização do código pelos diferentes 

exploradores Web. Numa  tentativa de conceber uma  forma de  leitura de  ficheiros de vídeo, 

verificou‐se  que  Internet  Explorer  e  Mozilla  Firefox  interpretam  o  elemento 

<object>…</object> de forma distinta. Aliás, o Internet Explorer não interpreta o elemento 

em causa pois  trata‐o como um elemento ActiveX. Neste caso, e como uma solução a curto 

prazo, optou‐se pela  implementação de um método que  resolve o problema para qualquer 

explorador: para cada documento na plataforma é gerada uma hiperligação que permite que o 

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Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma | 107 

utilizador  ao pressioná‐la  abra o documento  com o  leitor do  ficheiro  accionado por defeito 

para o computador em que se encontra a trabalhar. 

Assim  que  a  plataforma  for  disponibilizada  para  trabalho  contínuo,  certamente  que  outros 

problemas  e  erros  surgirão,  incluindo  aqueles  que  já  existem  mas  que  ainda  não  foram 

detectados e que não o serão mesmo numa sessão de experimentação. 

 

4.10 Pré‐produção 

A  fase  de pré‐produção  da plataforma  (ou  release  candidate)  está prevista para o  início  do 

próximo ano  lectivo, altura em que esta será  inserida num contexto educativo para que seja 

efectivamente  testada  e  em  que  a  maior  parte  dos  seus  erros  ou  problemas  estejam 

detectados e corrigidos. Esta fase pressupõe que a plataforma tenha já sido testada e esteja já 

apta  para  uma  utilização  eficiente,  apenas  constrangida  ou  mesmo  impossibilitada  pela 

ocorrência de erros crassos. 

Por se atravessar, neste momento, uma época de férias lectivas, tal ainda não foi possível mas 

espera‐se  que  a muito  curto  prazo  seja  possível  haver  um  retorno  de  informação  sobre  as 

funcionalidades já disponibilizadas. Prevê‐se ainda a implementação, na própria plataforma, de 

um formulário/inquérito de satisfação ou de uma área em que seja possível que os utilizadores 

relatem os problemas que encontram. 

Este processo é  relevante pois permite manter a  integridade da plataforma, o  seu  correcto 

funcionamento e promover a sua melhoria. 

A utilização da plataforma por alunos e docentes num contexto educativo prático permitirá 

também detectar eventuais necessidades que, de outra forma, permaneceriam ocultas e que 

permitirão assim um aumento da sua eficiência. 

   

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108 |  Capítulo IV – Desenvolvimento e implementação da plataforma 

 

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Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro | 109 

5 Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro 

 

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e 

esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se 

não ousarmos fazê‐la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. 

Fernando Pessoa 

 

5.1 Objectivos propostos 

O  desenvolvimento  desta  plataforma  teve,  como  objectivo  primordial,  a  sua  aplicação  ao 

contexto educativo da tradução. Dado o estrito escopo temporal para o seu desenvolvimento 

e aplicação, este objectivo não foi alcançado de forma concreta. No entanto, foi  já elaborado 

um  inquérito  (ver anexo E) que  será  apresentado aos utilizadores que  testem a plataforma 

antes da devida  implementação, para que possam apresentar as suas opiniões e apreciações 

que  serão,  por  sua  vez,  utilizadas  para  que  o  desenvolvimento  da  plataforma  num  futuro 

próximo adquira contornos mais bem definidos e necessidades mais concretas. 

 

5.2 Implementação 

Apesar de não estar ainda concretizada, a implementação da plataforma está já prevista para o 

próximo  ano  lectivo  para  que  possa  ser  dada  a  devida  aplicação  e,  até,  para  detecção  de 

eventuais  erros  ou  problemas.  Também  a  prática  tradutiva  com  recurso  a  uma  ferramenta 

Web  de  trabalho  colaborativo  será  alvo  de  análise  por  parte  dos  docentes  responsáveis. 

Apenas  após um  estudo  e uma  análise  aprofundados  será possível  inferir que  rumo dar  ao 

desenvolvimento da plataforma, característica própria de uma metodologia ágil de trabalho e 

desenvolvimento. No entanto, este rumo poderá ser invariavelmente alterado dependendo do 

próprio futuro tecnológico e educativo. 

O desenvolvimento da plataforma, espera‐se,  será  constante e  com o  seu desenvolvimento 

pretende‐se  a  sua  implementação  em  diferentes  contextos  educativos,  isto  é,  quer  a  nível 

secundário,  quer  a  nível  superior,  e  em  diversas  instituições  de  ensino.  Para  que  tal  seja 

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110 |  Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro 

possível, a própria plataforma terá que disponibilizar dados sobre a sua utilização e sobre os 

resultados obtidos em estudos efectuados ao longo do tempo. 

Para a  implementação  inicial da plataforma, e contando com a colaboração do seu Centro de 

Informática, foi já criado um espaço na rede interna do ISCAP (onde a plataforma será testada, 

a curto prazo, em contexto educativo) com a instalação de PHP e MySQL.  

Sobre  a própria  utilização  da plataforma  há  vários  aspectos  ainda  a  trabalhar que poderão 

contribuir para a sua optimização. Em primeiro  lugar, terá que ser desenvolvida uma área na 

própria plataforma que inclua breves tutoriais multimédia com indicações básicas de utilização. 

Deverão ser efectuados, periodicamente, estudos sobre a utilização da plataforma enquanto 

ambiente  Web  de  trabalho  colaborativo  na  sala  de  aula  ou,  mais  especificamente,  na 

construção  e  partilha  de  terminologia  e,  conforme  já  foi  também  referido,  terá  que  ser 

desenvolvida  uma  área  que  disponibilize  dados  resultantes  destes  estudos  para  que  seja 

possível  a  sua  divulgação  e  espicaçado  o  interesse  na  mesma.  Uma  área  igualmente 

importante  e que  já  foi  também  referida é  aquela destinada  à  recepção de  informação por 

parte dos utilizadores da plataforma em forma de um inquérito de satisfação ou de uma área 

em que seja possível que os utilizadores deixarem os seus comentários e relatem os problemas 

que encontram durante uma utilização prática da plataforma num contexto específico. Este 

processo  permitirá  manter  a  integridade  da  plataforma,  o  seu  correcto  funcionamento  e 

desenvolvimento  e  adequação,  bem  como  a  promoção  da  melhoria  das  funcionalidades 

disponibilizadas. 

 

5.3 Integração 

No  âmbito  da  análise  do  estado  da  arte  foi  estudado  um  projecto  que,  apesar  de  não  se 

enquadrar directamente nas  ferramentas de  construção  colaborativa  terminológica  (motivo 

pelo  qual  não  está  descrita  no  Capítulo  II)  se  enquadra  no  tratamento  terminológico  de 

corpora,  extracção  de  terminologia  e  na  possibilidade  de  codificar  relações  semânticas  e 

ontológicas: o Corpógrafo [87.]. 

Este  projecto  é,  essencialmente,  uma  plataforma  de  pesquisa  baseada  em  corpora 

especializados e surge da necessidade de  integrar num ambiente único todo um conjunto de 

processos  e procedimentos,  anteriormente  realizados  com  recurso  a  várias  ferramentas  ou 

sistemas  e  é,  invariavelmente,  restrito  ou  difícil.  Também  com  base  na Web,  o  Corpógrafo 

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Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro | 111 

oferece a possibilidade ao próprio utilizador de compilar e pesquisar nos seus corpora (a partir 

de documentos em formato PDF, Microsoft Word, Postscript, RTF ou HTML). 

Neste âmbito, foi  já estabelecido contacto com o criador original da plataforma, o Eng.º Luís 

Sarmento,  para  especular  sobre  uma  possível  integração  de  ambas  as  plataformas.  Na 

sequência  deste  contacto  tomou‐se  conhecimento  que  apesar  de  já  não  estar  ligado  ao 

projecto,  o  Eng.º  Luís  Sarmento  se mostrou  disponível  para  servir  de  elo  de  ligação  num 

primeiro contacto com os actuais responsáveis da plataforma. 

 

5.4 Adequação 

A Internet alterou radicalmente o conceito de acesso à informação e o próprio conceito do que 

é a  Internet  foi mudando ao  longo dos anos. No  início, esta consistia na disponibilização de 

informação  em  páginas  estáticas  (HTML)  tendo  evoluído  rapidamente  para  a  publicação 

dinâmica  de  conteúdos  (com  recurso  a  tecnologias  e  linguagens,  tais  como  XHTML,  SQL, 

MySQL  e  PHP),  objectivo  também  pretendido  com  o  desenvolvimento  desta  plataforma. 

Actualmente  caminhamos  para  um  novo  nível  em  que  se  pretende  que  os  computadores 

entendam  o  significado  e  as  inter‐relações  da  própria  informação.  Esta  terceira  geração  da 

Web  caracteriza‐se  por Web  Semântica  cujo  objectivo,  perspectivado  por  Tim  Berners‐Lee 

(2001) [6.], é o desenvolvimento de normas e tecnologias facilitadoras concebidas para ajudar 

as máquinas  a melhor  compreenderem  a  informação disponível na Web.  Estas  ferramentas 

contribuirão  também  para  promover  uma  mais  rica  descoberta,  integração  de  dados, 

navegação e automatização da informação ao utilizador. 

Cada  vez  mais  a  Internet  se  assume  como  uma  ferramenta  predominante  na  educação, 

contribuindo  amplamente  não  só  para  a  implementação  de  sistemas  de  gestão  de 

aprendizagem,  como  também para  a partilha de  conteúdo  e  colaboração na  construção de 

conhecimento  e de  saberes.  Todo  este processo decorre  com  recurso  a metadados,  isto  é, 

informação sobre dados ou dados‐sobre‐dados. No entanto, os metadados apenas permitem 

uma descrição do  conteúdo do  recurso e não estabelecer  relações entre os vários  recursos 

existentes.  Estas  relações  são  necessárias  para  que,  de  acordo  com  um  perfil  de  utilizador 

específico, ou de acordo com um pedido em particular seja devolvido o conteúdo procurado. 

Uma  das  soluções  passa  pela  estruturação  desses  mesmos  metadados  e  aplicação  de 

ontologias ao conteúdo desenvolvido. 

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112 |  Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro 

A Web Semântica perspectiva uma melhor qualidade na disponibilização de informação do que 

a actual Web 2.0 e, neste contexto, o papel das ontologias é  indispensável para a partilha de 

conhecimento.  É  certo  que  a Web  Semântica  está  ainda  a  dar  os  primeiros  passos  e  as 

problematizações  inerentes ao  seu desenvolvimento estão apenas agora a ganhar  resposta. 

Questiona‐se ainda a qualidade e validade das ontologias públicas e reforça‐se, por outro lado, 

a promoção da reutilização das mesmas (Tartir, 2005) [120.]. 

Para a  comunidade, docente e não‐docente, que  apenas agora  começa a acordar para uma 

nova realidade tecnológica, parte integrante do futuro não só do ensino como de várias outras 

áreas,  e  que  se  lança  voluntariamente  na  produção  ontológica  de  recursos  educativos,  a 

primeira  impressão  poderá  ser  a  de  um mundo  gigantesco  e  confuso  que  poderá  levar  ao 

baixar  de braços  e  à  desmotivação.  Interfaces  de  editores  de ontologias  confusos  e pouco 

intuitivos e a (ainda) inserção manual de informação consomem demasiado tempo.  

No entanto, tais entraves não poderão permitir, pelo menos, a conceptualização de adaptação 

de novas ferramentas à Web Semântica, pois esta é inevitável e para o seu desenvolvimento é 

indispensável  a  normalização  de  linguagens  e  a  validação  da  integridade  de  ontologias,  os 

próximos passos no desenvolvimento semântico da Web. 

Num futuro relativamente próximo, a automatização da  informação será um passo lógico. Da 

mesma forma que existem  já ferramentas para extracção terminológica através da análise de 

corpora (como é o caso do Corpógrafo, atrás mencionado, e outras aplicações  locais como o 

MultiTerm  Extract),  a mesma  tecnologia poderá  e deverá  ser  aplicada  a um nível bem mais 

auspicioso:  a  extracção  de  relações  ontológicas  através  da  análise  de  corpora.  Adequar  a 

plataforma  desenvolvida  a  este  conceito  parece  apropriado  e  propositado.  Um  objectivo 

possível é a criação de mapas conceptuais através da informação introduzida na plataforma e 

na criação de relações entre os vários termos que dela (da base de dados) fazem parte. Para 

tal  é  fundamental  a  integração  de  ferramentas  tecnologicamente  desenvolvidas  para 

disponibilizarem eficientemente a informação solicitada. 

 

5.5 Conclusões 

São  vários  os  desígnios  possíveis  para  o  futuro  desenvolvimento  da  plataforma. 

Essencialmente, pretende  começar‐se por  alterar hábitos de  trabalho e  aprendizagem, bem 

como melhorar os  resultados do  trabalho e  conteúdo produzidos de  forma  colaborativa na 

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Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro | 113 

Web.  O  trabalho  colaborativo,  dentro  e  fora  da  plataforma,  será  crucial  para  o  seu 

desenvolvimento.  A  opção  por  tecnologias  de  código  aberto,  normalizadas  e  gratuitas  em 

muito  poderá  contribuir  para  que  haja  pro‐actividade  no  que  à  evolução  conceptual  e 

tecnológica diz respeito. 

A sociedade de informação está em constante evolução, adaptação e metamorfose. 

A adopção de  tecnologias da  informação e comunicação por parte de  instituições de ensino 

terá que acompanhar as constantes transformações, no entanto ambas não poderão dissociar‐

se no futuro. 

   

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114 |  Capítulo V – Perspectivas de trabalho futuro 

 

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Capítulo VI – Considerações finais | 115 

6 Capítulo VI – Considerações finais 

 

This is not the end. It is not even the beginning of the end. But it is, perhaps, the end of the beginning. 

Winston Churchill 

 

No  final  deste  projecto  detém‐se  uma  sensação  antagónica  que  espelha,  por  um  lado,  a 

consciência  de  que  o  trabalho  realizado  em  muito  foi  condicionado  pela  divergência  nas 

apetências adquiridas ao longo de uma vida académica ligada às Línguas e à Tradução face às 

necessárias  para  o  desenvolvimento  deste  projecto, mas  por  outro,  a  realização  pessoal  e 

académica de alguém que se propôs a trabalhar fora do seu âmbito e das suas competências e 

adquiriu novas apetências tecnológicas, características de uma especialização tão desejada. 

Os  objectivos  propostos  e  os  objectivos  alcançados  não  são  díspares  e  os  resultados 

alcançados não ficaram aquém das expectativas desenvolvidas no início deste projecto. 

Os  objectivos  propostos  para  uma  fase  inicial  de  desenvolvimento  da  plataforma  foram 

alcançados na  sua  totalidade,  tendo  já  sido dado  início ao  trabalho proposto para uma  fase 

posterior com a disponibilização de glossários criados a utilizadores visitantes (não registados) 

apenas para consulta. Outros objectivos, apesar de estarem ainda em  fase de planeamento, 

estão  já  previstos  na  própria  estruturação  da  plataforma,  como  a  criação  de  vários  níveis 

hierárquicos  na  estrutura  da  árvore  da  base  de  dados  terminológica  (através  da  criação 

dinâmica do formulário de  inserção do termo) bem como o registo de alterações efectuadas 

por utilizadores (com uma tabela de registo do histórico das acções realizadas na plataforma 

“beta.history”). 

O  objectivo  primordial  deste  projecto  consistia  na  disponibilização  de  uma  ferramenta 

colaborativa de  trabalho que permita a aprendizagem e a construção de um  saber‐saber na 

área  da  gestão  terminológica  aliada  ao  contexto  da  tradução  na  actual  sociedade  de 

informação. Este objectivo, apesar de não estar implementado por força de se atravessar uma 

época  não  lectiva,  está  já  estruturada  com  a  elaboração  de  um  inquérito  a  apresentar  aos 

utilizadores após a experimentação da plataforma. A sua avaliação global sobre a plataforma 

contribuirá como incentivo para o seu desenvolvimento futuro. 

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116 |  Capítulo VI – Considerações finais 

A versatilidade e usabilidade da plataforma eram factores fulcrais a ter em conta, bem como a 

sua disponibilização  ao maior número de pessoas possível. O primeiro destes objectivos  foi 

amplamente  alcançado  ao  serem  utilizadas  tecnologias  simples  e  bastante  desenvolvidas  e 

implementadas,  em  conjunto  com  a  adopção  de  folhas  de  estilo  em  cascata  (CSS)  que  em 

muito contribuiu para uma plataforma mais agradável, mais  leve e de mais fácil  leitura pelos 

exploradores. 

Certamente que os objectivos alcançados seriam bem mais alargados caso o escopo temporal 

fosse mais  alargado.  Foi  referido,  frequentemente,  ao  longo  desta  dissertação  que  a  única 

constante que não foi sacrificada foi de facto o tempo. 

O ponto de partida para este projecto, no entanto, concentrou‐se no conceito de Web 2.0 e 

adoptou com fio condutor a noção de trabalho colaborativo e partilha de conhecimento sem 

esquecer a sua adequação à evolução  tecnológica não só da Web como de  todo o espectro 

que a envolve. Projectos como o Wordnet [122.] servem de referência e de inspiração para que 

a Web semântica seja construída por todos e para todos; um lugar onde não só há partilha de 

informação como colaboração na construção de um saber‐saber e em que a perspectiva é a de 

uma  evolução  em  prol  do  saber  e  do  conhecimento  verdadeiro  e  fiável.  Também  esta 

plataforma  tem  a  ambição  de  contribuir  para  e  de  se  imiscuir  na  fase  que  se  segue  deste 

mundo global de informação e de tecnologia que constitui a Web da Sociedade de Informação 

do séc. XXI. 

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Capítulo VII – Bibliografia | 117 

7 Capítulo VII – Bibliografia 

7.1 Bibliografia 

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[13.] Castagnetto,  Jesus  &  Rawat,  Harish  &  Schumann,  Sascha  &  Scollo,  Chris  &  Veliath, Deepak. 2000. Professional PHP Programming. Collection: Programmer  to Programmer. UK: Wrox Press Ltd. 

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118 |  Capítulo VII – Bibliografia 

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[16.] Codd,  Edgar  Frank.  1985b.  Is  Your  DBMS  Really  Relational?  ComputerWorld,  14th  of October,  

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[41.] Miguel, António. 2002. Gestão do  risco e da qualidade no desenvolvimento de  software. Colecção: Engenharia de Software. Lisboa: FCA ‐ Editora de Informática, Lda. 

[42.] Myers, Michael D. 1997. Qualitative Research in Information Systems. MIS Quarterly 21 (2) (disponível em http://www.qual.auckland.ac.nz). 

[43.] Pereira,  Duarte  da  Costa,  e  João  Paiva.  2009.  Algumas  notas  sobre  Metodologias  de Investigações  no  âmbito  de Mestrados Multimédia  na  FCUP.  Faculdade  de  Ciências  da Universidade do Porto. 

[44.] Punch,  Keith  F.  2005.  Developing  effective  research  proposals.  2nd  Ed.  London:  SAGE Publications Ltd. 

[45.] Rahman, Mizanur.  2007. MediaWiki  Administrator's  Tutorial  Guide.  Birmingham:  Packt Publishing, Ltd. 

[46.] Remoaldo, Pedro. 2008. O guia prático do DreamWeaver CS3 com PHP, JavaScript e Ajax. V. N. Famalicão: Centro Atlântico, Ld.ª. 

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[47.] Ribeiro,  Nuno.  2007.  Multimédia  e  Tecnologias  Interactivas.  Colecção:  Tecnologias  da Informação. 2.ª Ed. actualizada. Lisboa: FCA – Editora de Informática. 

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[54.] Vaswani, Vikram. 2007. PHP Programming Solutions. USA: Mc Graw Hill. 

 

7.2 Fontes electrónicas 

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[60.] Caldeira , Carlos P. s.d. Introdução ao Modelo de Dados Relacional. Portal Webmarketing. http://www.portalwebmarketing.com/Tecnologia/mdr_introducao_modelo_dados_relacional_indice/mdr_introducao_modelo_dados_relacional/tabid/658/Default.aspx. 

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Capítulo VII – Bibliografia | 121 

[63.] CInAMil & ISCAP. 2009. DicMil – Dicionário de Termos Militares do Exército. http://dicmil.iscap.pt 

[64.] CNNMoney. s.d. Agile Software Development. http://money.cnn.com/galleries/2007/biz2/0706/gallery.50whomatter.biz2/33.html 

[65.] Costa, Francisco. Janeiro de 2009. O que é, para que serve e quais as características da WEB 2.0. blog.franciscocosta.com. http://blog.franciscocosta.com/web‐20.html 

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[70.] DokuWiki. 2009. DokuWiki. http://www.dokuwiki.org/dokuwiki 

[71.] Drupal. 2009. Drupal: Community Plumbing. http://drupal.org 

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[73.] Escola Superior de Tecnologia de Viseu. s. d. Técnicas de modelação de dados. http://www.estv.ipv.pt/paginaspessoais/ajas/AS/Apontamentos%20Te%C3%B3ricos/as_2_1.pdf. 

[74.] Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. s.d. Caracterização da Investigação‐Acção. http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi1/Anexo%20i.pdf 

[75.] Ferreira, Karine Reis & Queiroz, Gilberto Ribeiro & Paiva, João Argemiro & Souza, Ricardo Cartaxo Modesto de & Câmara, Gilberto. 2002. Arquitetura de Software para Construção de Bancos de Dados Geográficos com SGBD Objeto‐Relacionais. XVII Simpósio Brasileiro de Banco de Dados. http://www.lbd.dcc.ufmg.br:8080/colecoes/sbbd/2002/004.pdf. 

[76.] Flickr. s. d. Photo Sharing. http://www.flickr.com 

[77.] Friedman, Eric. 2009. Price, Quality, Time – Choose Two. http://www.marketing.fm/2009/06/16/price‐quality‐time‐choose‐two/ 

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122 |  Capítulo VII – Bibliografia 

[78.] Gonçalves, João Henrique & Rosa, José Wilson Corrêa & Abram, Maísa Bastos & Neto, Reginaldo Leão & Ramos, Maria Angélica Barreto & Jesus, José Domingos Alves de & Matos, Gerson Manoel Muniz de & Baars, Franciscus Jacobus. 2003. Estruturação de Bases de Dados e Metodologia de Integração de Dados em SIG: Data Base Structuring and Data Integration in GIS. CPRM. http://www.cprm.gov.br/publique/media/capXII.pdf. 

[79.] Google Maps. 2009. Google Maps. http://maps.google.com 

[80.] IATE – Inter‐Active Terminology for Europe. 2009. About IATE. http://iate.europa.eu/iatediff/about_IATE.html 

[81.] IBM. s. d. DB2: IBM. DB2 software. http://www‐01.ibm.com/software/data/db2 

[82.] IBM. s. d. Informix: Online Transaction Processing. http://www‐01.ibm.com/software/data/informix 

[83.] IOL Portugal Diário. 2008. Portugal tem mais de 1600 postos de Internet sem fios. http://diario.iol.pt/tecnologia/internet‐sem‐fios‐postos‐publicos‐wireless‐portugal‐hotspots/971489‐4069.html 

[84.] JavaScript Libraries. s. d. A directory of tools shaping the new web. http://javascriptlibraries.com 

[85.] jQuery. 2009. jQuery: the write less, do more JavaScript Library. http://jquery.com 

[86.] Laszlo Systems. 2008. OpenLaszlo: the premier platform for rich internet applications. http://www.openlaszlo.org 

[87.] Linguateca. s. d. Corpógrafo V4. http://www.linguateca.pt/Corpografo 

[88.] Lopes, Secundino Domingos Marques. 2009. EstruturaBasesDados.pdf. Index of ftp://www.global.estgp.pt/. ftp://www.global.estgp.pt/ionline/Engenharia.Informatica.9119/AnoLectivo.2008‐2009/Semestre1/Bases.De.Dados.I/Modulo2/1.1.EstruturaBasesDados.pdf  

[89.] Marinho, Carlos. s. d. Modelos de Dados em Sistemas de Informação. Sapientia, Repositório Institucional da Universidade do Algarve. http://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/65/1/13_15.pdf. 

[90.] Marketing.fm. 2009. Eric Friedman: Marketing.fm Author Archive. http://www.marketing.fm/author/admin 

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[101.] Odeo. s. d. Search, discover and share Digital Media from Millions of Audio and Video Clips. http://odeo.com 

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[106.] PollDaddy. Create Stunning Polls and Surveys!. Automatic. http://polldaddy.com 

[107.] Portugal a programar. 2008. Comparar estrutura de base de dados. http://www.portugal‐a‐programar.org/forum/index.php?topic=31956.0. 

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[109.] Público, Jornal O. 2008. Internet: pontos públicos de ligação sem fios duplicam nos últimos três anos. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335337 

[110.] Ramirez, Ariel Ortiz. 2000. Three‐Tier Architecture. http://www.linuxjournal.com/article/3508 

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124 |  Capítulo VII – Bibliografia 

[111.] Rational Software Corporation. 2003. Diretrizes:  Modelo de Dados. WThreex. http://www.wthreex.com/rup/process/modguide/md_datmd.htm. 

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[113.] SAPO. s.d. Entrevista Globs – SAPO Software Livre. http://softwarelivre.sapo.pt/projects/geral/wiki/EntrevistaGLOBS 

[114.] SDL. 2009. SDL MultiTerm Desktop 2009. http://www.sdl.com/en/sites/sdl‐trados‐solutions/desktop‐products/sdl‐multiterm‐2009‐desktop.asp 

[115.] Silva, Everton da. s.d. Estruturaçãode Base de Dados e Aspectos Organizacionais. Lincoln Institute of Land Policy. http://www.lincolninst.edu/subcenters/capacity‐building‐for‐property‐tax/news/oficina‐iii/oficina‐iii‐estruturacao‐base‐dados.pdf. 

[116.] Sun Microsystems. 2009. JavaServer Pages Technology. http://java.sun.com/products/jsp 

[117.] Sun Microsystems. 2009. MySQL Downloads. http://dev.mysql.com/downloads 

[118.] Surveyer, Jacques. s.d. Overview ‐ Rich Internet Applications / Featuring: RIAs are designed to deliver 8A's Software Simply. http://theopensourcery.com/xmlria.htm 

[119.] Sybase. s. d. Business intelligence and database management software systems including data warehousing. http://www.sybase.com 

[120.] Tartir, Samir (22nd of July, 2005). Ontologies Re‐use in the Semantic Web. http://www.cs.uga.edu/~tartir/classes/8990/reuse.ppt 

[121.] Universidade do Minho. 2008. Globs – Global Glossary for everybody. http://eremita.di.uminho.pt/terminologia 

[122.] W3C. 2006 . RDF/OWL Representation of WordNet. http://www.w3.org/TR/wordnet‐rdf 

[123.] W3C. 2009 . Cascading Style Sheets home page. http://www.w3.org/Style/CSS 

[124.] W3C. 2009 . W3C Semantic Web Activity. http://www.w3.org/2001/sw 

[125.] W3C. 2009 . Web Style Sheets home page. http://www.w3.org/Style 

[126.] W3C. 2009 . World Wide Web Consortium. http://www.w3.org 

[127.] W3schools. s. d. Browser Display Statistics. http://www.w3schools.com/browsers/browsers_display.asp 

[128.] W3schools. s. d. Browser Statistics. http://www.w3schools.com/browsers/browsers_stats.asp 

[129.] W3schools. s. d. HTML <meta> Tag. http://www.w3schools.com/tags/tag_meta.asp 

[130.] Web Standards Project. s. d. The Web Standards Project. http://www.webstandards.org 

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Capítulo VII – Bibliografia | 125 

[131.] Welterlin, Frederic. October 2006. Presentation Layer: Why web standards and accessibility matter. http://www.welterlin.com/whitepapers/PresentationLayerBestPractices.pdf 

[132.] Wikipedia. s. d. Wikipedia. http://www.wikipedia.org 

[133.] Wikipédia. s.d. Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal 

[134.] Wiktionary. s.d. Wiktionary. http://www.wiktionary.org 

   

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126 |  Capítulo VII – Bibliografia 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 127 

8 Capítulo VIII – Anexos 

   

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128 |  Capítulo VIII – Anexos 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 129 

8.1 Anexo A – Questões colocadas no inquérito efectuado 

 

 

 

 

 

 

 

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130 |  Capítulo VIII – Anexos 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 131 

 

 

 

 

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132 |  Capítulo VIII – Anexos 

 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 133 

 

 

 

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134 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.2 Anexo B1a – Relatório geral 

8.2.1 Número  de  respostas  completas  vs.  número  de  respostas 

incompletas 

 

 

8.2.2 Localização geográfica dos inquiridos 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 135 

8.3 Anexo B2 – Relatório de respostas à Questão n.º 1 

 

Q.1 Seleccione a opção que corresponde à sua faixa etária. 

 

 

 

 

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136 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.4 Anexo B3 – Relatório de respostas à Questão n.º 2 

 

Q.2 Indique o grau académico na área de tradução que... 

 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 137 

8.5 Anexo B4 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 3 

 

Q.3 Quantos anos de experiência tem como... 

 

 

 

 

 

 

   

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138 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.6 Anexo B5 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 4 

 

Q.4 Em projectos de tradução, indique com que frequência trabalha em... 

 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 139 

8.7 Anexo B6a – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 5 

8.7.1 Valores Sim/Não 

Q.5 Conhece alguma plataforma de criação e gestão colaborativa de terminologia na Web? 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8.8 Anexo B6b – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 5 

8.8.1 Outra opção: Discriminação. 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

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140 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.9 Anexo B7 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 6 

 

Q.6 A existência de uma plataforma com esse fim é... 

 

 

 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 141 

8.10 Anexo B8 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 7 

 

Q.7 Utilizaria uma plataforma de criação e gestão colaborativa de terminologia na Web para... 

 

 

 

 

   

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142 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.11 Anexo B9 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 8 

 

Q.8 Que constrangimentos pode apresentar uma plataforma de trabalho colaborativo na Web? 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 143 

8.12 Anexo B10 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 9 

 

Q.9 Que características considera relevantes na criação e gestão de terminologia? 

 

 

   

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144 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.13 Anexo B11 – Inquérito: Relatório de respostas à Questão n.º 10 

 

Q.10 Que grau de relevância atribui à possibilidade de inserção dos seguintes conteúdos multimédia numa plataforma de criação e gestão colaborativa de terminologia na Web: 

 

 

 

 

   

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Capítulo VIII – Anexos | 145 

8.14 Anexo C – Paleta de cores seguras para a Web 

   

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146 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.15 Anexo D  –  Índice  de  utilização  dos  vários  exploradores  nos 

últimos anos (tabela completa) 

 

IE7 IE6 IE8 Firefox Chrome Safari Opera

2009              

Junho 18.7%  14.9%  7.1%  47.3%  6.0%  3.1%  2.1% 

Maio 21.3%  14.5%  5.2%  47.7%  5.5%  3.0%  2.2% 

Abril 23.2%  15.4%  3.5%  47.1%  4.9%  3.0%  2.2% 

Março 24.9%  17.0%  1.4%  46.5%  4.2%  3.1%  2.3% 

Fevereiro 25.4%  17.4%  0.8%  46.4%  4.0%  3.0%  2.2% 

Janeiro 25.7%  18.5%  0.6%  45.5%  3.9%  3.0%  2.3% 

               

  IE7 IE6 IE5 Firefox Chrome Safari Opera

2008 25,33%  25,57%  1,02%  40,94%  3,2%  2,43%  1,81% 

               

  IE7 IE6 IE5 Firefox Mozilla Safari Opera

2007 18,7%  37,42%  1,87%  33,83%  1,32%  1,62%  1,63% 

               

  IE7 IE6 IE5 Firefox Mozilla N7/8 Opera

2006 2,23%  56,38%  4,52%  26,32%  2,48%  0,38%  1,52% 

               

  IE6 IE5 Firefox Mozilla N7 O8 O7

2005 65,6%  7,2%  19,65%  2,95%  0,68%  0,68%  0,82% 

               

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Capítulo VIII – Anexos | 147 

  IE6 IE5 Mozilla N3 N7 N4 O7

2004 6,7%  13,13%  10,95%  0,45%  1,38%  0,42%  1,57% 

               

  IE6 IE5 Mozilla N3 N7 N4 O7

2003 65,25%  21,25%  5,32%  0,8%  1,42%  0,9%  1,6% 

               

  IE6 IE5 AOL N3 N5 N4 IE4

2002 42,42%  42,58%  3,63%  1,22%  3,37%  3,12%  0,73% 

 

 

Legenda: 

Abreviatura – Nome do explorador Web 

AOL – America Online (com base no Internet Explorer e no Mozilla) 

Chrome – Google Chrome 

Firefox – Firefox (identificado como Mozilla antes de 2005) 

IE – Internet Explorer 

Mozilla – Mozilla Suite (Gecko, Netscape) 

N – Netscape (identificado como Mozilla depois de 2006) 

Opera / O – Opera 

Safari – Safari (e Konqueror. Ambos identificados como Mozilla antes de 2007) 

   

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148 |  Capítulo VIII – Anexos 

8.16 Anexo E –  Inquérito a apresentar aos utilizadores após uma 

sessão experimental da plataforma 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 149 

 

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150 |  Capítulo VIII – Anexos 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo VIII – Anexos | 151 

 

 

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152 |  Capítulo VIII – Anexos