FACULDADE DE ENGENHARIA - … · de reciclagem do meio. ... A capacidade térmica de um corpo...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE
DOURADOS - UFGD
FACULDADE DE ENGENHARIA
Prof. Dr. Omar Seye
Curso engenharia de
Energia
Todo e qualquer fenômeno que acontece na
natureza necessita de energia para ocorrer. A
vida, como a conhecemos, requer basicamente
matéria e energia.
Duas leis da física explicam esse comportamento: a lei da conservação
da massa e a lei da conservação da energia ou primeira lei da
termodinâmica.
A segunda lei da termodinâmica: A qualidade da energia sempre se
degrada de maneiras mais nobres (maior qualidade) para maneiras
menos nobres (menor qualidade).
Introdução: Leis da Conservação da Massa e da Energia
Em qualquer sistema natural, matéria e
energia são conservadas, ou seja,
não se criam nem se destroem
matéria nem energia.
Introdução: Leis da Conservação da Massa e da Energia
Lei da conservação da massa
Em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se elimina
matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra.
Tudo que existe provém de matéria preexistente, só que em outra forma,
assim como tudo o que se consome apenas perde a forma original,
passando a adotar uma outra.
Tudo se realiza com a matéria que é proveniente do próprio planeta,
apenas havendo a retirada de material do solo, do ar ou da água, o
transporte e a utilização desse material para a elaboração do
insumo desejado. podendo muitas vezes ser reutilizado.
Introdução: Leis da Conservação da Massa e da Energia
Lei da conservação da massa
Esta lei explica também um dos grandes problemas com o qual nos
defrontamos atualmente: a poluição ambiental.
O fato de não ser possível consumir a matéria até sua aniquilação
implica a geração de resíduos em todas as atividades dos seres
vivos,
Esses resíduos indesejáveis a quem os eliminou, mas que podem ser
reincorporados ao meio, para serem posteriormente reutilizados.
Esse processo denomina-se reciclagem e ocorre na natureza por
meio dos ciclos biogeoquímicos, nos quais interagem mecanismos
biogeoquímicos que tornam os resíduos aproveitáveis em outra
forma.
Introdução: Leis da Conservação da Massa e da Energia
Lei da conservação da massa
Quando não existe um equilíbrio entre consumo e reciclagem,
podem advir conseqüências desastrosas ao meio ambiente.
Atualmente, o mundo vive em plena era do desequilíbrio, uma vez que
os resíduos são gerados em rumo muito maior que a capacidade
de reciclagem do meio.
A Revolução Industrial introduziu novos padrões de geração de
resíduos, que surgem em quantidades excessivamente maiores
que a capacidade de absorção e reciclagem da natureza (materiais
sintéticos não-biodegradáveis).
Introdução: Leis da Conservação da Massa e da Energia
Não existe processo 100% eficiente. Em qualquer
sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se elimina matéria; apenas é possível transformá-la de uma forma
em outra.
Poluição ambiental (água, solo e ar).
Sempre haverá geração de resíduos indesejáveis em todas as atividades
dos seres vivos.
Desequilíbrio: geração de resíduos maior do que a capacidade de
reciclagem do meio.
Lei da conservação
da massa
Introdução: Primeira lei da Termodinâmica
Análogo à conservação da massa. A energia pode se transformar
de uma forma em outra, mas não pode ser criada nem destruída.
As diversas formas de energia podem ser enquadras genericamente:
Energia cinética – energia que a matéria adquire em decorrência
de sua movimentação e em função de sua massa e velocidade. No
caso da energia cinética total das moléculas de uma amostra de
matéria é denominada energia calorífica.
Energia potencial – energia armazenada na matéria em razão de
sua posição ou composição. Exemplo: energia armazenada nos
combustíveis fósseis, nos alimentos etc. é classificada como energia
potencial.
Introdução: Primeira lei da Termodinâmica
Assim sendo, é possível verificar que
determinada parte de um sistema sofreu
variação em sua energia total. Entretanto,
as partes vizinhas também podem ter
sofrido variações, de tal modo que o
conjunto, formado por todas essas partes,
pode não ter apresentado variação alguma.
1 – CALOR E TEMPERATURA
1.1 – Calor
É uma forma de energia que se propaga de um corpo para outro, quando
entre eles há diferença de temperatura.
O calor pode ser obtido de várias maneiras:
Atrito entre dois corpos;
Resistência elétrica queima de combustíveis;
Aquecimento provocado pelo sol (energia solar)
1.2 – Troca e propagação do calor
Sendo uma modalidade de energia, o calor poderia ser medido em Joule
[J]. Porém, é comum a utilização da caloria [cal].
1 [cal] = 4,186 [J] 1 [kcal] = 1.000 [cal]
Introdução: Definições
1 – CALOR E TEMPERATURA
1.2.1 – Capacidade térmica de um corpo
É o quociente entre a quantidade de calor Q recebido ou cedido por um
corpo e a correspondente variação de temperatura T.
A unidade de capacidade térmica é [cal/oC]
C = Q /T ; C = capacidade térmica [cal/oC]
Q = quantidade de calor [cal]
A capacidade térmica de um corpo representa a quantidade de calor
necessária para a temperatura do corpo varie de 1 [oC].
Introdução: Definições
1 – CALOR E TEMPERATURA
1.2.2 – Calor específico de uma substância
A capacidade térmica de um corpo, vai depender da massa do corpo e de
uma constante Cp , denominada de calor especifico.
C = m * Cp Cp = calor especifico [cal/g * oC]
m = massa [g]
Como C = Q/T teremos m * Cp = Q /T
ou seja Cp = Q /m*T
Desta forma, é igual à quantidade de calor que deve ser cedida a 1 [g] de
uma substância para provocar nela uma variação de temperatura de 1 [oC]
Introdução: Definições
1 – CALOR E TEMPERATURA
1.2.3 – Equação fundamental da calorimetria
Consideremos um corpo de massa m à temperatura inicial Ti. Fornecendo-
se uma quantidade de calor Q a esse corpo, suponha que sua temperatura
aumento até Tf. A experiência mostra que a quantidade de calor Q é
proporcional à massa e à variação de temperatura (Tf –Ti); logo:
Q = m * Cp * (Tf –Ti)
Q = m * Cp*T
Observação:
Se Tf > Ti o corpo recebe calor, isto é, Q > 0
Se Tf < Ti o corpo cede calor, isto é, Q < 0
O produto m * Cp é a capacidade térmica do corpo;
logo: C = m* Cp
Cp = calor especifico [cal/g * oC] m = massa [g] T = variação de temperatura [ oC] Q = quantidade de calor [cal]
Introdução: Definições
1 – CALOR E TEMPERATURA
Exercício:
Calcular a quantidade de calor necessária para elevar uma massa de 500
gramas de ferro de 15 oC para 85 oC. O calor especifico do ferro é igual a
0,114 [cal/g * oC]
Introdução: Definições
Resolução:
Se massa de ferro aumenta de temperatura o calor é sensível; logo:
Q = m * Cp * (Tf –Ti)
= 500[g]*0,114 [cal/g * oC]*(85-15)[oC]
= 3.990 [cal]
Portanto, a quantidade de calor recebida pelo ferro é de 3.990 [cal]
1 – CALOR E TEMPERATURA
Introdução: Definições
Introdução: Definições
2 – TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA POR CALOR
A quantidade designada por Q é responsável pela energia transferida
para um sistema fechado durante um processo através de outro meio
que não é o trabalho. Baseado – se na experiência, sabe-se que tal
transferência de energia é induzida apenas como resultado de uma
diferença de temperatura entre o sistema e sua vizinhança, e ocorre
somente na direção decrescente de temperatura.
Este meio de transferir energia é chamado de transferência de energia
através de calor.
Devido à importância deste conceito em Termodinâmica aplicada à
Engenharia, esta seção é dedicada a uma consideração adicional a
transferência de energia por calor.
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
Métodos baseados na experiência estão disponíveis para avaliar a
transferência de energia sob a forma de calor.
Estes métodos reconhecem dois mecanismos de transferência;
condução e radiação térmicas.
Além disso, relações empíricas estão disponíveis para avaliar a
transferência de energia que envolve certos modos combinados.
Uma breve descrição de cada um destes métodos é dada a seguir.
Considerações mais detalhadas são deixadas para um curso de
transferência de calor aplicada à Engenharia, quando estes tópicos são
estudados em profundidade
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.1 – CONDUÇÃO
A transferência de energia por condução pode
ocorrer em sólidos, líquidos e gases. A condução
pode ser imaginada como a transferência de
energia das partículas mais energéticas de uma
substância para as partículas adjacentes que são
menos energéticas, devido a interações entre as
partículas.
A taxa temporal de transferência de energia por
condução é quantificada macroscopicamente pela
lei de Fourier. Como uma aplicação elementar,
considere a figura que mostra uma parede plana
de espessura L em regime permanente, onde a
temperatura Tx varia linearmente com a posição x.
Pela lei de Fourier, a taxa de transferência de calor através de qualquer
plano normal à direção x, , é proporcional à área da parede, A, e ao
gradiente de temperatura na direção x, dT/dx.
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.1 – CONDUÇÃO
Em que a constante de proporcionalidade k é uma propriedade chamada
de condutividade térmica. O sinal negativo é uma conseqüência da
transferência de energia na direção decrescente da temperatura.
Por exemplo, neste caso a temperatura varia linearmente; portanto, o
gradiente de temperatura é:
E a taxa de transferência de calor na direção x é, então:
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.1 – CONDUÇÃO
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.2 – RADIAÇÃO
A radiação térmica é emitida pela matéria como resultado de mudança na
configuração eletrônica dos átomos ou moléculas no seu interior. A
energia é transportada por ondas eletromagnéticas (ou fótons).
Diferentemente da condução, a radiação térmica não depende de nenhum
meio para propagar-se e pode até mesmo ocorrer num acuo. As
superfícies sólidas, gasosas e líquidas emitem, absorvem e transmitem
radiação térmica em vários grau. A taxa na qual a energia é emitida, Qe, a
partir de uma superfície de área A é quantificada macroscopicamente por
uma forma modifica da lei de Stefan-Boltzmann
Que mostra que a radiação térmica está associada à quarta potência da
temperatura absoluta da superfície, Tb.
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.2 – RADIAÇÃO
A emissividade, , é uma propriedade da superfície que indica a
eficiência da superfície irradiante , e é a constante de
stefan-Boltzmann. Em geral, a taxa líquida de transferência de energia
por radiação térmica entre duas superfícies envolve relações entre as
propriedades das superfícies, suas orientações em relação às outras, a
extensão na qual o meio de propagação espalha, emite e absorve
radiação térmica, e outros fatores.
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
2.1.3 – CONVECÇÃO
A transferência de energia entre uma superfície sólida a uma
temperatura Tb e um gás ou líquido adjacente em movimento a uma
outra temperatura Tf tem um papel importante no desempenho de
muitos dispositivos de interesse prático. Esta transferência é
comumente denominada convecção.
Como ilustração:
Tb > Tf , neste caso, a energia é
transferida no sentido indicado pela
seta devido aos efeitos combinados
da condução no ar e do movimento
global de ar.
Introdução: Definições
2.1 – MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
A taxa de transferência de energia da superfície para o ar pode ser
quantificada pela seguinte expressão :
2.1.3 – CONVECÇÃO
Conhecido como lei de resfriamento de Newton. Nesta equação A é a área da superfície, e o fator de proporcionalidade h é chamada de coeficiente de transferência de calor