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Cultura do Trigo – Feis Unesp 2017 Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Engenharia Agronômica Cultura do Trigo Notas de Aula Prof. Dr Orivaldo Arf 2017

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Cultura do Trigo – Feis Unesp 2017

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira

Engenharia Agronômica

Cultura do Trigo

Notas de Aula

Prof. Dr Orivaldo Arf

2017

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Cultura do Trigo – Feis Unesp 2017

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BIBLIOGRAFIA

- Informações Técnicas para Trigo e Triticale – Safra 2016 - Disponível em: www.cnpt.embrapa.br

- Fornasieri Filho, Domingos. Manual da Cultura do Trigo - Jaboticabal: FUNEP, 2008. 338p.

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1 - Histórico e Evolução do Trigo

- Originário da região montanhosa e árida do Sudoeste Asiático;

- Acredita-se que o uso como alimento data de aproximadamente 17 mil anos;

- O primeiro pão de que se tem notícia data de 8 mil anos

(Silva et al., 1996);

- A descoberta do primeiro fermentado foi provavelmente acidental, há 5 mil anos, no Egito;

- Foi o quinto cereal a ser cultivado e antecedido pelo MILHO, ARROZ, CEVADA E AVEIA;

- Originário de clima frio.

Melhoramento Genético

Cultivado em regiões do mundo.

Introduzido no Brasil em 1534 por Martim Afonso de Souza

Capitania de São Vicente Bahia

Rio de Janeiro

Alagoas

Pernambuco

Goiás

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Em 1737 foi levado para RS; SC e PR

Posteriormente para SP, MS e MG

Hoje cultivado também em Mato Grosso e Bahia.

Subsídio Do Trigo

- Criado em 1972;

- De 1972 a 1975 o consumo passou de 33 para 42 kg/hab/ano, substituindo o pão feito com milho e

mandioca;

- Em fevereiro de 1991 (Governo Collor) foram retirados todos os subsídios, foi o fim do monopólio

de comercialização do trigo após 19 anos

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SITUAÇÃO DOS MOINHOS BRASILEIROS

Capacidade instalada de moagem = 15 milhões de t;

Demanda = 11 milhões de t/ano. Fonte: Abitrigo

CONSUMO PER CAPTA DE TRIGO

- No Brasil = 58 kg/habitante/ano;

- Mundial = 85 kg/habitante/ano;

- França = 100 kg/habitante/ano;

- Argentina =91 kg/habitante/ano.

Macarrão

- Chegou no Brasil em 1949 com os Italianos;

- O Brasil é o 3º produtor mundial de macarrão;

- EUA e Itália são os maiores produtores;

- Consumo no Brasil é de 6 kg de massa por ano, enquanto na Itália o consumo é de 26

kg/habitante/ano;

- A Associação dos produtores de macarrão quer aumentar a produção e o consumo;

- Hoje está sendo produzido macarrão feito com farinha de arroz.

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1.1. Trigo - Industrialização

Número de moinhos de trigo por região no Brasil 2009

Região Número de moinhos

Sul 168

Sudeste 24

Nordeste 14

Centro-Oeste 11

Norte 3

Total 220 Fonte: SINDITRIGO (2010)

Consumo Per Capta Anual de Trigo Usos De Farinha No Brasil

Localidade Kg/habitante

França 100

Argentina 91

Mundo 85

Brasil 52

Centro Oeste 22

Norte 23

Nordeste 37

Sudeste 59

Sul 61 Fonte: Sinditrigo (2010)

Panificação 55%

Macarrão 17%

Biscoito 13%

Uso doméstico 11%

Outros alimentos 4%

Fonte: Abitrigo (2013).

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Moinho da COTRIGUAÇU - Cooperativa Central - PR

William Davis (2014)

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1.2. – Situação da Cultura do Trigo no Brasil e no Mundo

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Área, Produção e Produtividade do

Trigo de 1980 a 1993

“QUEM NÃO É FAVORÁVEL AO TRIGO NACIONAL

NÃO É MERECEDOR DO PÃO NOSSO DE CADA DIA”

Solenidade de abertura da VII Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale

Londrina-PR, 27 a 30 de agosto de 2013.

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Políticas para o Trigo Brasileiro

a) Medidas no âmbito da cadeia produtiva

Cultivares x demanda;

Processo de produção e segregação;

Redução das incertezas de opções;

Maior articulação da cadeia do trigo: harmonizar interesses;

Pesquisa x indústria x agricultor x consumidor

Melhor infra-estrutura de armazenagem.

Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale – 2013.

b) Medidas no âmbito do governo

Vontade política;

Definir relação dentro do Mercosul;

Políticas públicas claras;

Fixação do preço mínimo (preço que cubra o custo operacional) e cumprimento do preço ;

Seguro rural (Fundo de catástrofe)

Melhorar a Infra-estrutura e logística.

Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale – 2013.

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2. DESCRIÇÃO DA PLANTA

Triticum aestivum L

10 de novembro é comemorado o dia do trigo

Planta

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TRITICALE

Cereal artificialmente criado pelo homem resultado do cruzamento entre Trigo (gênero Triticum) e

Centeio (gênero Secale)

Vantagens Do Triticale.

Planta mais rústica e resistente à doenças;

A farinha pode substituir a do trigo na panificação;

Pode ser usado na alimentação animal, o teor de proteínas é de 11%, maior que do milho;

Opção interessante para o período de inverno;

Possui potencial para atingir até 7 toneladas/ha.

Fonte: Pesquisa Agropecuária Catarinense, v.9, n.1, 1996.

Trigo Durum ( Triticum durum).

Trigo comum: glúten elástico e expansivo importante para o crescimento do pão.

Principais características:

As espigas são mais compactas, aristas mais longas e possibilidade de germinação na própria

espiga;

Extração de sêmola destinada à fabricação de macarrão ou massas em geral, podendo ser

misturadas na fabricação de pães, bolachas, etc;

A tecnologia empregada é similar ao do trigo comum e normalmente vale em torno de 20% a

mais que o trigo comum;

A maioria dos cultivares são sensíveis ao alumínio tóxico do solo superior a 5%;

Em relação às doenças apresentam boa resistência às ferrugens e oídio, entretanto mais

suscetíveis às manchas foliares e doenças da espiga;

A produção mundial é de 8 a 10% em relação ao do trigo comum;

Quase 100% do trigo durum é importado da Argentina e do Canadá;

Para o Paraná é indicado o cultivar IPR 90 e em São Paulo o IAC 1003.

CONCEITOS DE QUALIDADE DO TRIGO.

Para o Triticultor

Resistência à pragas e doenças;

Alta produtividade de grãos;

Alto peso ou massa hectolítrico (PH)

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Para o Moageiro

Forma e tamanho uniforme dos grãos;

Alto rendimento em farinha;

Boa coloração do produto final;

Baixo consumo de energia para moagem.

Para o Panificador

Alta capacidade de absorção de água pela farinha;

Tolerância ao amassamento;

Glúten de força média a forte;

Pães com boas características.

Proteinas do Trigo

Existem 02 grupos:

Não formadoras de glúten – albuminas e globulinas

Formadoras de glúten – gliadinas e gluteninas

GLÚTEN

Nome genérico do conjunto de proteínas com capacidade de formar MASSA, ou seja, na

mistura de farinha e água observa-se a formação de uma massa constituída da rede protéica do

glúten ligada aos grânulos de amido.

O glúten em panificação retém gás carbônico produzido no processo e faz com que o pão

aumente de volume.

“FARINHA FORTE” possui alta retenção de CO2

Para o Consumidor

- Alto valor nutritivo (exemplo alta % em proteínas);

- Pães com grande volume;

- Textura interna e externa adequada;

- Boa coloração do produto final.

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PESO HECTOLÍTRICO E MASSA DE 1000 GRÃOS DE TRIGO

Cultivar PH 1000 Grãos

BR 18 81,94 42,7

IAC 24 80,26 34,8

IAC 289 79,58 35,4

IAC 350 81,25 38,6

IAC 362 81,70 42,2

IAC364 81,90 44,1

IAC 370 82,10 42,5 Fonte: EMBRAPA

TIPOS DE TRIGO

Tipo PH -KG/100 L) Matérias estranhas

e impurezas

Grãos Danificados

Insetos Mofados e

Ardidos

Chochos e

mofados

Mínimo % Máxima

1 78 1,0 0,5 0,5 1,5

2 75 1,5 1,0 1,0 2,5

3 72 2,0 2,0 2,0 5,0 Fonte: Informações Técnicas para Trigo e triticale – Safra 2012

Reuniões Técnicas de Trigo e Triticale: são anuais e definem as Técnicas de Cultivo para a Próxima

Safra

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3. FASES DE DESENVOLVIMENTO DO TRIGO .

GERMINAÇÃO:

4 a 5 dias em condições normais de umidade e temperatura

PERFILHAMENTO:

15 a 20 dias após a semeadura e o número de perfilhos depende:

- Temperatura – 15 a 20ºC favorece

- Umidade

- Cultivar

- Fertilidade do solo

ELONGAÇÃO:

Iniciada pelo 1º entrenó, sendo o último o que mais contribui para a elongação.

FRUTIFICAÇÃO:

Ocorre entre 50 e 60 dias (sequeiro) e 60 a 70 dias (irrigado)

EMBORRACHAMENTO –> ESPIGAMENTO –> FRUTIFICAÇÃO

MATURAÇÃO:

Ocorre entre 90 e 110 dias (sequeiro) e 110 a 130 dias (irrigado)

Caracteriza-se pela perda gradativa de água passando de grão LEITOSO a PALHA SECA.

Ciclo dos cultivares PRECOCES, INTERMEDIÁRIOS e TARDIOS

(emergência ao espigamento – 50% das espigas saindo da bainha da folha bandeira) indicados para o

Estado do Paraná. Safra 2010.

Precoce (54 – 68 dias) Médio (69 – 84 dias) Tardio (85 – 93 dias)

Cultivares

Asteca Alcover BRS 277

BRS 276 Abalone BRS Tarumã

BRS Guamirim BRS 249 BRS Umbu

CD 105 CD 110

CD 111 CD 112 (P/M)

Fonte: Informações Técnicas para a Safra 2010: Trigo e Triticale

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4. CLIMA E SOLO

4.1. CLIMA

TEMPERATURA

5ºC é a temperatura mínima

20º C ótima para o crescimento da planta toda

20 a 25ºC - desenvolvimento da folha

5 a 20ºC - perfilhamento

EMERGÊNCIA

120 Unidades de calor (UC) para emergência quando semeados a 2 cm e de 240 UC a 8 cm de

profundidade

Em geral são necessários 80 UC para a semente germinar e 20 UC para o broto emergir a cada

cm de profundidade

T base = 5ºC para o trigo

Acúmulo de UC = T média – T base

Exemplo: 15º – 5º = 10ºC

FLORAÇÃO

É a fase mais sensível à altas ou baixas temperaturas

Ótima – 18 a 24ºC

Mínima – 10ºC

Máxima – 32ºC

UMIDADE RELATIVA

INAPTA....................................................................... > 80%

APTA com grade problema de doenças....................... 75 a 80%

APTA com pouco problema de doenças...................... 70 a 75%

APTA praticamente isenta de doenças......................... < 70%

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A aptidão de uma região pode ser definida com base na

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL (Ta) e DEFICIÊNCIA HÍDRICA ANUAL (Da)

Ta > 24ºC INAPTA

Temperaturas elevadas:

Redução no ciclo

Menor perfilhamento

Menor número de grãos/espiga

O efeito é mais ou menos evidente em função do CULTIVAR

Ta < 16ºC.INAPTA

Ocorrência de geadas: causa.ESTERILIDADE OU CHOCHAMENTO DE GRÃOS

Floração: -1 a -2ºC ....................DANOS

Formação de grãos: - 2 a - 4 C

DÉFICIT HÍDRICO

Períodos críticos:

Semeadura até 30 dias – perfilhamento pleno

50 a 80 dias – emborrachamento/ espigamento/ enchimento de grãos.

4.2. SOLO

Características do solo interessantes à triticultura:

Boa capacidade de retenção de água;

Boa disponibilidade de nutrientes;

Ausência de camadas de impedimento:

o camadas compactadas

o presença de alumínio

Baixa suscetibilidade à erosão;

Boa topografia facilitando a mecanização da cultura.

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5 - CULTIVARES

Considerar:

Existe zoneamento de recomendação de cultivares para cada Estado;

A recomendação de cultivares é atualizada anualmente e as informações divulgadas normalmente

pelo site da EMBRAPA Trigo: www.cnpt.embrapa.br

Título da Publicação:

Informações Técnicas para Trigo e Triticale – Safra 2015.

Regiões Homogêneas de cultivo de Trigo

Região 1 – RS, SC e PR

Região 2 – RS, SC, PR e SP

Região 3 – PR, SP e MS

Região 4 – SP, MS, MT, MG, GO, DF e BA

Indicações de Cultivares para o

Mato Grosso do Sul

Zoneamento de cultivares para o

Mato Grosso do Sul (2015)

Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale Safra 2015.

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Indicações de Cultivares para

São Paulo

Zoneamento de cultivares para

São Paulo (2015)

Fonte: Informações Técnicas para trigo e Triticale Safra 2015

Indicações de Cultivares para o Paraná

Fonte: Informações Técnicas para trigo e Triticale Safra 2015

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Indicações de Cultivares de Triticale para os estados de

São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná

Fonte: Informações Técnicas para trigo e Triticale Safra 2015

Escalonamento de Cultivares

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Relação de municípios

Relação de municípios que compõe as regiões homogêneas de Adaptação de cultivares de trigo,

conforme a Instrução Normativa nº 3 de 14 de outubro de 2008. Ministério da Agricultura e

abastecimento pode ser obtida no Anexo 1 da publicação . Informações Técnicas para Trigo e

Triticale - Safra 2016 da Embrapa.

Alguns aspectos importantes na escolha do (s) cultivar (es)

Adaptação à região de cultivo;

Ciclo;

Tolerância à alumínio;

Resistência à doenças;

Tipo de espiga

o Presença de aristas

o Posição na maturação

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Arista: ausência e presença

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Escolha de cultivares de trigo

Quais as implicações das seguintes situações?

1. Utilização de um único cultivar na propriedade?

2. Uso de um cultivar exigente em fertilidade cultivado em solo de baixa fertilidade ou com

presença de alumínio?

3. Uso de um cultivar menos exigente em fertilidade e/ou tolerante ao alumínio em solo de alta

fertilidade?

4. Uso de cultivar ou cultivares não recomendado (s) para a região de cultivo?

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6 – PRÁTICAS CULTURAIS

6.1 – PREPARO DO SOLO

- Histórico e Objetivos

Tipos de Preparo

Discos

Aração + Gradagem Aiveca

Escarificador

Grade pesada + Grade Leve

No caso de revolvimento do solo tomar cuidados com:

Pulverização do solo

“Pé-de-arado”

“Pé-de-grade”

Outras finalidades do preparo

Controle de plantas daninhas;

Incorporação de corretivos de solo (Ex: calcário);

Controle de erosão;

Eliminação de camadas de impedimentos

CUIDADOS NO PREPARO

Alternar equipamentos de preparo e a profundidade de trabalho;

Reduzir ao máximo o número de operações;

Diminuir a quebra excessiva de torrões;

Revolver o solo o mínimo possível;

Trabalhar o solo com umidade adequada;

Deixar o máximo de resíduos vegetais sobre o solo.

Fonte: Recomendações técnicas para a cultura do trigo no Paraná (Circular IAPAR 82)

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6.2 - SEMEADURA

6.2.1 – Época de semeadura

Existe regionalização para épocas de semeadura de trigo e triticale para os vários Estados

produtores.

ESTADO DE SÃO PAULO

O Estado está dividido em 10 zonas tritícolas. Para Regionalização das épocas de semeadura de trigo e

triticale foram realizadas análises considerando:

Rendimento em experimentos de campo;

Tipos de solo e relevo;

Risco de geada no espigamento;

Necessidade hídricas no florescimento;

Excesso de chuva na colheita.

Fonte: Informações Técnicas para trigo e triticale (2013)

As indicações de épocas de semeadura para o Estado de São Paulo estão contidas na publicação:

“Reunião Técnica de trigo da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo:

Recomendações para 2002. 3ª Edição. Campinas: 2002, 94 p. (Boletim Técnico 167).

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Zona A – 20/03 a 30/04 sendo tolerado até 10/05

Zona A1 – 20/03 a 30/04

Zona B – 20/03 a 31/05

Zona C – 20/03 a 30/04 sendo tolerado até 15/05 cultura irrigada até 30/05;

Zona D – sequeiro: 20 a 31/03 tolerado até 15/04;

Zonas D, E, F, G e H: 01/04 a 31/05 – somente com irrigação;

Zona I: 01 a 30/04 sendo tolerada até 15/05.

Observações:

Estiagens em abril prejudicam a germinação e incidência de pragas (Elasmo)

Semeadura em abril ou início de maio risco de geada no florescimento;

Culturas semeadas em maio risco de doenças (UR elevada do florescimento à maturação).

6.2.2 – Espaçamento e densidade de semeadura

Espaçamento entrelinhas:

Para trigo e triticale deve ser usado 17 cm entrelinhas.

Outros espaçamentos são possíveis, porém não deve ultrapassar 20 cm.

Profundidade de semeadura

Deve ficar entre 2 e 5 cm com preferência para semeadura em linhas.

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Densidade de Semeadura do Trigo

RIO GRANDE DO SUL E SANTA CATARINA

Ciclo Médio ou Precoces...........300 a 330 sem viáveis/m2

Semitardias ou Tardias...................250

Pastejo.......................................330 a 400

PARANÁ, MATO GROSSO DO SUL E SÃO PAULO

200 a 400 sementes viáveis/m2 dependendo do ciclo, porte e até clima e solo.

MINAS GERAIS, GOIÁS, BAHIA, MATO GROSSO E DISTRITO FEDERAL

Trigo de sequeiro.........................350 a 450 sem viáveis/m2

Solos de boa fertilidade e sem alumínio....400

Trigo irrigado..........................................270 a 350

Densidade de Semeadura do Triticale

350 a 400 sementes viáveis/m2

Gasto de sementes por área em kg/ha

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6.2.3 – Semeadura à lanço

Vai depender de:

Objetivo

Operações

Recomendação

Vantagens da semeadura em linhas:

Distribuição mais uniforme das sementes;

Maior eficiência dos fertilizantes;

Menor risco de danos por herbicidas de pré-emergência;

Menor gasto de sementes já que à lanço se recomenda aumentar em 20 a 25% a quantidade de

sementes.

6.2.4 – Tratamento de Sementes

Os fungos veiculados pelas sementes, alvo do controle com fungicidas, são os mesmos que causam

manchas foliares, a giberela e a brusone. Uma excessão é o carvão (Ustilago tritici).

O Oidio, embora não seja transmitido pelas sementes, pode ser controlado, em cultivares suscetíveis,

pelo tratamento de sementes com TRIADIMENOL. Esse tratamento controla também o Carvão do

trigo.

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6.2.5 – Inoculação de Sementes

Indica-se o uso de inoculante com Azospirillum brasilense e/ou outras bactérias associativas promotoras

de crescimento de Plantas devidamente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA). A eficiência agronômica dos inoculantes pode variar em função das condições

de cultivo do trigo.

Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale – Safra 2015.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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6.2.6 – REDUTOR DE CRESCIMENTO

A aplicação de redutor de crescimento está restrita às cultivares com tendência ao acamamento, em

solos de elevada fertilidade, principalmente em trigo irrigado na região de cerrado.

Não é indicada a utilização no caso de ocorrer deficiência hídrica

na fase inicial do desenvolvimento da cultura.

Indica-se a aplicação de eti-trinexapac (Moddus) na fase de elongação da cultura (com o 1º nó

visível), na dose de 0,4 L ha-1

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6.3 – CALAGEM E ADUBAÇÃO

6.3.1 - CALAGEM

Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina

A quantidade de corretivo de acidez a ser usada varia conforme o Índice SMP determinado na análise

do solo e a dose é função de vários critérios:

Sistema de Manejo do solo (convencional ou plantio direto?

Condição da área (implantação a partir de campo natural ou sistema consolidado). d

Estado do Paraná

A necessidade de calagem (NC), em t ha-1, é definida pela fórmula:

Estado de São Paulo

Aplicar corretivo para elevar a saturação por bases a 70% para trigo e 60% para triticale e o magnésio

a um teor mínimo de 5 mmolc /dm3 . .

Para cultivares tolerantes à acidez (IAC 24 e IAC 120) a correção pode ser feita para 60%.

Pode ser utilizada a mesma fórmula de cálculo do Paraná.

CUIDADOS

Época de aplicação;

Distribuição do corretivo na área;

Incorporação do corretivo no perfil do solo

Observação: excesso de calcário ou incorporação superficial pode favorecer a ocorrência do “Mal-do-

pé” – doença fungica.

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6.3.2 - ADUBAÇÃO

Absorção e exportação de macronutrientes para a produção de 1.000 kg/ha de trigo.

Nutriente Necessidade total Remoção pelos grãos

N 29 23

P 13 9

K 22 5

Ca 5 0,7

Mg 2 1,5

S 6 2,5

Fonte: Adaptado de Siqueira (1988).

Estado de São Paulo

Adubação nos sulcos de semeadura

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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Adubação em Cobertura

Trigo de Sequeiro (Trigo e Triticale)

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Trigo e Triticale Irrigados

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Época de aplicação

A cobertura com N deve ser realizada entre 30 e 40 DAE

Para trigo irrigado, doses maiores que 40 kg/ha podem ser divididas:

Metade aos 30 DAE

Restante cerca de 20 dias após

OBS: O parcelamento é importante principalmente em solos arenosos ou com muita chuva por ocasião

do ciclo da cultura.

Micronutrientes e Enxofre

A adubação de semeadura deve ser complementada com 10 e 20 kg/ha de S para trigo e triticale de

sequeiro e irrigado, respectivamente.

Em solos com teor de Zinco (método DTPA) inferior a 0,6 mg/dm3 , deve-se aplicar 3 kg/ha de Zn e

1,0 kg/ha de Boro em solos com teor de B (em água quente) inferior a 0,3 mg/dm3.

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Estado do Paraná

Nitrogênio

A adubação nitrogenada deve ser parcelada, aplicando-se parte na semeadura e parte em cobertura.

A adubação em cobertura deve ser feita à lanço por ocasião do perfilhamento.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Indicação de adubação nitrogenada (kg/ha) para as culturas

do trigo e triticale no Estado do Paraná

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Fósforo e Potássio

Adubação fosfatada para as culturas de trigo e triticale no Estado do Paraná

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Adubação potássica para as culturas de trigo e triticale no Estado do Paraná

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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MICRONUTRIENTES

Em trabalhos de pesquisa realizados no Paraná, não foram constatadas respostas do trigo a

micronutrientes.

Estado do Mato Grosso do Sul

Nitrogênio

Devem ser observados os seguintes critérios:

a) Trigo cultivado em área com soja por mais de 3 anos

Aplicar de 5 a 15 kg/ha de N na base.

Dispensar a aplicação de N em cobertura para produtividade até 1.800 kg/ha. Para

produtividade superior aplicar 30 kg/ha de N em cobertura.

b) Áreas em Sistema Plantio direto

Após milho, deve ser aplicado de 5 a 15 kg/ha de N na base e 30 kg/ha de N em

cobertura.

Para o triticale, como o potencial de rendimento é maior e o risco de acamamento

menor que o trigo, essas doses podem ser aumentadas.

A adubação nitrogenada em cobertura deve ser feita preferencialmente de 15 a 20 DAE.

Fósforo e Potássio

Interpretação dos teores de fósforo (P) e potássio (k) para Solos do Estado do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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Adubação de manutenção para trigo e triticale no Estado do Mato Grosso do Sul

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Micronutrientes e Enxofre

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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6.4 – Controle de Plantas Daninhas

Prejuízos:

Competição por água;

Competição por luz;

Competição por nutrientes;

Hospedeiros de pragas e doenças;

Interferência na operação de colheita.

No período de competição a cultura deve ser mantida no limpo até 30 a 40 DAE

Medidas Preventivas de Controle:

Adquirir sementes de produtores idôneos;

Manter terraços e carreadores no limpo ou roçados;

Eliminar plantas daninhas esparsas na área de cultivo antes da frutificação;

Usar rotação de culturas;

Em áreas com preparo do solo, realizar as operações com antecedência em relação à

semeadura.

Características da cultura desfavoráveis à plantas daninhas

Cultura de inverno;

Espaçamentos reduzidos

Alta densidade de semeadura

Fechamento rápido da área

OBS: a cultura não permite cultivo mecânico.

Fechamento rápido da área

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Tipos de Controle

1. Controle Cultural

Consiste em utilizar características da cultura e da planta infestante de tal forma que a

primeira leve vantagem na competição, sem aumento no custo de produção.

Exemplos:

Época de semeadura adequada;

Espaçamentos menores;

Maior densidade de semeadura

2. Controle Mecânico

Realizado em pequenas áreas e caracteriza-se pela realização de capinas.

3. Controle Químico

A indicação do controle químico por meio de herbicidas considera apenas a eficiência

do controle e não a economicidade de cada um dos tratamentos.

O uso e a adoção, por parte dos agricultores, da melhor opção, deverão ser decididos em cada caso.

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Herbicidas seletivos, doses e épocas de aplicação indicados para as culturas do trigo e triticale

Fonte: Informações técnicas para Trigo e triticale – Safra 2015

Herbicidas seletivos, doses e épocas de aplicação indicados para as culturas do trigo e triticale

Fonte: Informações técnicas para Trigo e triticale – Safra 2015.

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Herbicidas não seletivos indicados para dessecação em plantio direto para cultivo do trigo e triticale

Fonte: Informações técnicas para Trigo e triticale – Safra 2015.

Figura: Período ideal de desenvolvimento das plantas daninhas

para aplicação de herbicida em pós emergente em trigo.

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Cuidados No Uso de Herbicidas

1. Definição de dose a ser aplicada

Pós-emergentes: estádio de desenvolvimento das plantas daninhas;

Pré-emergentes: textura do solo e teor de matéria orgânica.

2. Evitar o uso de pós-emergentes em plantas daninhas com deficiência hídrica;

3. Boa regulagem do pulverizador

Lavagem do tanque, filtros e tubulações;

Bicos corretos e de igual vazão;

Cálculo do volume de água do pulverizador.

4. Substituir os bicos quando verificar desgaste;

5. O comprimento da barra deve ser adequado em relação à declividade da área;

6. A velocidade de aplicação deve permitir boa cobertura do solo ou das plantas daninhas –

Normalmente de 5 a 8 km/hora;

7. O volume de calda deve proporcionar boa cobertura das plantas daninhas no caso de herbicidas

de pós-emergência;

8. Aplicação com baixa incidência de ventos, principalmente no caso do herbicida 2,4 D.

6.5 – Controle de Pragas

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Pulgões e percevejo barriga verde

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de pulgões em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Inseticidas para controle de pulgões (a), pulgão da folha (b), pulgão verde

dos cereais (c) e percevejo-barriga-verde (d) em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Inseticidas para controle de pulgões (a), pulgão da folha (b), pulgão

verde dos cereais (c) e percevejo-barriga-verde (d) em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Lagartas

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de lagartas em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Inseticidas para controle de lagarta-do-trigo em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Inseticidas para o controle da lagarta Spodoptera frugiperda

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Corós

Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de corós em trigo.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Inseticidas para o controle do coró-das-pastagens em trigo, em tratamento de sementes.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Insetos - praga de armazenamento

Inseticidas para tratamento preventivo e curativo em trigo armazenado

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Inseticidas para tratamento preventivo e curativo em trigo armazenado.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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6.6 – CONTROLE DE DOENÇAS

Introdução

O uso de cultivares resistentes é a medida preferencial de controle de doenças, entretanto ainda não

foram desenvolvidos cultivares resistentes a todas as doenças.

Além disso, para oídio e ferrugem da folha, a resistência pode não ser durável. Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2013.

Medidas de Controle

Cultivares resistentes;

Uso de sementes de boa qualidade;

Tratamento de sementes com fungicida;

Rotação de culturas;

Eliminação de plantas voluntárias;

Controle químico.

Fungicidas indicados para o tratamento de sementes de trigo e triticale.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

Tratamento de Órgãos Aéreos

As doenças alvo do controle químico são:

Oídio;

Manchas foliares;

Ferrugem da folha e do colmo;

Giberela;

Brusone.

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Oídio

O controle em cultivares suscetíveis é mais econômico via tratamento de sementes do que por

tratamento da parte aérea com fungicidas.

Havendo necessidade de fungicida na parte aérea, realizar a aplicação quando a incidência foliar,

a partir do estádio de alongamento, for de 20 a 25%.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Manchas Foliares

Fungos:

Bipolaris sorokiniana;

Drechslera spp;

Stagonospora nodorum

Primeiras medidas de controle:

Semente sadia (sementes indenes) e tratamento com fungicida;

Rotação de culturas.

Finalmente: tratamento químico da parte aérea com fungicidas.

Ferrugem da Folha e do Colmo

Em cultivares suscetíveis, o controle da ferrugem da folha (Puccinia triticina) deve ser feito

quando a incidência atingir 30 a 40% independente do estádio de desenvolvimento

Para a ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici), embora todos os cultivares sejam

resistentes, caso ocorrer, deve-se controlar na detecção dos primeiros sintomas.

Giberela (Fusarium graminearum)

Condições favoráveis:

Chuvas freqüentes após início da floração;

Temperatura de 20-25º C e molhamento das folhas de no mínimo 48 h consecutivas;

A aplicação de fungicidas deve ser feita a partir da floração estendendo-se até o final do

florescimento.

Fungicidas indicados para o controle de Giberela

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.

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Brusone (Pyricularia grisea)

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Bacteriose

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2013.

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Mal do Pé

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7 - COLHEITA

Colheita do Trigo:

Importante:

Produtividade da lavoura;

Qualidade dos grãos produzidos.

Reduzir perdas quali-quantitativas Boa regulagem da colhedora

Colheita com umidade de 13%:

Folga entre o cilindro e o côncavo de 8 a 10 mm

Rotação do cilindro de 950 rpm

Colheita com umidade de 16%:

Folga entre o cilindro e o côncavo de 6 a 7 mm

Rotação do cilindro de 1100 rpm

Colheita antecipada para evitar germinação na espiga

Colheita com umidade de 20%:

Folga entre o cilindro e o côncavo de 6 mm;

Rotação do cilindro de 1300 rpm;

Observar que tanto a palha como o grão estão mais pesados

Cuidados com a velocidade e ventilação:

Molinete:

25% acima da velocidade de deslocamento da colhedora Redução nas perdas

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Colheita do Triticale:

Umidade indicada para a colheita

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

Problemas na colheita e suas possíveis causas

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2016.

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Foto: Selecionador densimétrico

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Estratificação:

A mesa possui sistema de distribuição de ar que atinge todos os pontos com a mesma intensidade. Os

grãos mais pesados “tocam” mais a mesa e são lançadas na parte mais alta.

Pesadas

Médias

Leves

Secagem:

O teor de umidade indicado para armazenamento do trigo é de 13%;

Produto colhido com umidade superior deve ser submetido à secagem;

Lotes com mais de 16% de umidade se recomenda secagem lenta para evitar danos físicos aos grãos;

Pode ser com secador de movido a GLP (Gás liquefeito de petróleo) ou Madeira (lenha)

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Desvantagem do uso de lenha:

Combustão descontínua e irregular;

Fumaça pode impregnar nos grãos;

Alta demanda por mão-de-obra;

Espaço próprio para cultivo de espécies florestais.

Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale – Safra 2015.