FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE...Guia para Elaboração do Projeto de Pesquisa . Faculdade...
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
GUIA DE ELABORAÇÃO DO
PROJETO DE PESQUISA
ARIQUEMES - RO 2019
Presidente: Rosieli Alves Chiaratto
Diretor Geral: Airton Leite Costa
Vice-diretor: Diego Santos Fagundes
Diretora do ISE: Filomena Maria Minetto Brondan
Coordenadora do SEDA: Helena Meika Uesugui
Elaboração
COMISSÃO DE TCC
Profa. Dra. Rosani Aparecida Alves Ribeiro de Souza
Presidente
Prof. Dr. Edimar Rodrigues Soares
Profa. Dra. Natalia Pimentel Esposito Polesi
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
Prof. Esp. Edson Rodrigues Cavalcante
Membros
Artur Romão Rocha
Edon da Costa Vergilato
Herta Maria de Açucena do Nascimento Soeiro
Colaboradores
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Júlio Bordignon – FAEMA
C7335r Comissão de TCC. Guia para Elaboração do Projeto de Pesquisa . Faculdade de Educação e
Meio Ambiente - FAEMA. Comissão de TCC, conforme Portaria nº 029/2019/GDG/FAEMA, de 1º de março de 2019. / por Rosani Aparecida Alves-Souza, Edimar Rodrigues Soares, Natalia Pimentel Esposito Polesi, Rita Cristina Fernandes Marena e Edson Rodrigues Cavalcante (revisores). Ariquemes: FAEMA, 2019. 44 p. 1. Projeto de Pesquisa. 2. Guia. 3. FAEMA. I. Título.
CDD: 348.02
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 4
RESUMO ....................................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 7
2 PROBLEMA ................................................................................................................. 8
3 HIPÓTESES ............................................................................................................... 10
4 OBJETIVOS ............................................................................................................... 12
4.1 OBJETIVO PRIMÁRIO ...................................................................................................... 12
4.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS ............................................................................................. 12
5 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 15
6 METODOLOGIA PROPOSTA ....................................................................................... 17
7 RISCOS ..................................................................................................................... 20
8 BENEFÍCIOS .............................................................................................................. 22
9 DESFECHOS .............................................................................................................. 23
9.1 DESFECHO PRIMÁRIO .................................................................................................... 23
9.2 DESFECHO SECUNDÁRIO ............................................................................................... 23
10 CRONOGRAMA ....................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 26
ANEXO ........................................................................................................................ 28
APÊNDICE ................................................................................................................... 29
APÊNDICE A - ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA ....................................................... 30
APRESENTAÇÃO
Nós, professores e membros da Comissão de TCC da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente, desenvolvemos esse guia para facilitar o processo de elaboração de seu Projeto
de Pesquisa.
Reconhecemos a pesquisa acadêmico-científica como sendo um trabalho amparado
por métodos e técnicas, muitas vezes quase que solitário feito para concluir um estudo
planejado, implementado e escrito com as normas já consagradas. Tomando essa noção
como ponto de partida, elaboramos esse guia para auxiliá-lo com orientações importantes
durante mais uma jornada rumo ao conhecimento, reforçando caminhos já percorridos.
Esse guia está dividido em duas partes: A primeira contempla os elementos textuais
e a segunda traz a estrutura que deverá compor um documento científico.
Esperamos que a mesma paixão que temos em fazer ciência esteja com você nessa
caminhada, cobrindo-o de sabedoria para poder alcançar o almejado.
Prof. Dr. Edimar Rodrigues Soares
Prof. Esp. Edson Rodrigues Cavalcante
Profa. Dra Natalia Pimentel Esposito Polesi
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
Profa. Dra Rosani Aparecida Alves Ribeiro de Souza
Ariquemes-RO
2019
RESUMO
Profa. Dra. Natalia Pimentel Esposito Polesi
Mesmo sendo uma atividade rotineira nas Instituições de Ensino Superior (IES), a
elaboração do resumo gera dúvidas quanto a sua definição e construção (Ribeiro, 2016).
Segundo Matencio (1997), o resumo pode ser encontrado sob diferentes formas nas
práticas acadêmicas de acordo com a função que exerce, podendo ser agrupado em duas
categorias: a) resumos envolvidos no processo de elaboração de pesquisa que têm a função
de mapear um campo de estudo, integrando a discussão do estado da arte; b) resumos
colocados geralmente antes de um texto científico (artigos, dissertações, teses), que têm a
função de apresentar e descrever o modo de realização do trabalho ao qual se refere – são
os resumos ou abstracts. Para a autora, o primeiro tipo de resumo “implica um alto grau de
subordinação” ao texto-fonte, já que permite ao leitor recuperar as informações
significativas desse. Já os resumos ou abstracts, contidos no segundo grupo, não se
preocupam em descrever a estrutura do texto- fonte, mas de enfocar o modo de realização
do trabalho científico.
Dessa maneira, o resumo consiste de uma apresentação sintetizada do trabalho, no
qual são apresentados e destacados os aspectos mais relevantes da obra. Segundo NBR
6028:2003, os resumos devem ressaltar os objetivos, métodos e os possíveis resultados,
ainda que parciais, que o tema proposto pretende alcançar. Recomenda-se o uso de
parágrafo único. Deve-se evitar o uso de tabelas, gráficos e citações. A sua extensão deverá
compreender 150 a 500 palavras. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do
singular. As palavras-chave, ou descritores ou unitermos, devem figurar logo abaixo do
resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave: separadas entre si por ponto e
finalizadas também por ponto.
O Resumo deve ser apresentado em Língua Vernácula (língua portuguesa) e em
língua estrangeira (em inglês, francês ou espanhol). Ambos são elementos obrigatórios. As
figuras a seguir ilustram a forma de apresentação dos resumos.
Figura 1 - Resumo em língua vernácula
Fonte: Elaborado pelos Autores (2019).
Figura 2 - Resumo em língua estrangeira
Fonte: Elaborado pelos Autores (2019).
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1 INTRODUÇÃO
Profa. Dra. Natalia Pimentel Esposito Polesi
A Norma Brasileira de Referências (NBR 6022: 2018) define introdução como a parte
inicial do trabalho acadêmico (numeração das páginas deve ser iniciada neste item), na qual
devem constar a delimitação do assunto tratado e as informações relevantes e atualizadas
para situar o tema da pesquisa (contextualização ou estado da arte). A introdução
estabelece um pacto em que os leitores são informados porque devem ler o trabalho de
pesquisa.
Assim, segundo Souza (2015) a estruturação básica da seção “Introdução” deve contemplar:
• A base científica definindo adequadamente o contexto para a descrição do
problema;
• O registro de consulta às principais referências do problema de pesquisa;
• O enunciado do problema específico e focado;
• A proposta para solução ou a abordagem para resolvê-lo.
Pereira (2012) ressalta, ainda que a introdução se configura como sendo o item que
informa ao leitor o que foi pesquisado e o porquê da investigação, ressaltando as
particularidades do trabalho de pesquisa tais como a originalidade e a lógica que guiou a
investigação. Esse mesmo autor destaca a importância em se responder a três principais
questionamentos, para se desenvolver uma boa redação: De que trata o estudo? Por que
foi feito? No caso específico do projeto de pesquisa, deve-se questionar: Por que o trabalho
deve ser apresentado? Qual a situação-problema levantada? Em que se fundamenta o
estudo?
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2 PROBLEMA
Profa. Dra. Rosani Aparecida Alves Ribeiro de Souza
Toda pesquisa nasce de um porquê, o qual advém de um assunto. O assunto tem
um significado mais amplo e é o ponto inicial de toda pesquisa. O assunto surge como sendo
uma palavra-chave, de caráter abrangente, que abre espaço para raciocinar sobre fatores
ou elementos diversos, além de inúmeras possibilidades, situações ou condições. O assunto
é um todo que pode ser esmiuçado, de forma a levantar questões mais específicas até
originar um tema. Ou seja, é do assunto que surge o tema.
O tema por sua vez gera outras variáveis que ampliam o interesse do pesquisador e
acaba resultando em um recorte, este muito mais clarificado dentro da dimensão do
assunto a ser pesquisado.
Depois de selecionado o tema, volta-se para o estabelecimento do problema de
pesquisa, ou seja, ao que lhe motivou a investigar. Enquanto o tema é mais abrangente, o
problema de pesquisa aponta para o que será investigado. O problema se deriva de uma
inquietação, curiosidade, dúvida, ou seja, mediante um insight de que algo não está em
conformidade com aquilo que consideramos ser do nosso conhecimento.
Para Fachin (2017, p.97) o problema se traduz em uma questão inicial sem resposta,
sem solução ou em até mesmo uma situação ou acontecimento, cuja resposta, explicação
ou solução só ocorrerá durante o desenvolvimento e o desfecho da pesquisa. E ainda,
considera o problema como o cerne da pesquisa, de cujo fim resultará em contribuição
“científica e pessoal”. Já para Graças (2018), problema é uma dificuldade, teórica ou prática,
no conhecimento de alguma coisa de real importância, para qual se deve encontrar uma
solução.
Na opinião de Souza (2015, p. 5) o problema se configura como sendo “uma
afirmação sobre uma área de interesse, uma condição a ser melhorada, uma dificuldade a
ser eliminada, ou uma questão relevante que existe na literatura acadêmica, em teoria ou
prática” que indica uma faceta do conhecimento a ser compreendida mediante
investigação. Assim, a escolha do problema é uma etapa importantíssima, uma vez que ela
é a base para o estabelecimento das outras etapas e estratégias afins.
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Exemplos:
Tema: O perfil psicossocial de crianças praticantes de esportes.
Problema: Quais são as características mais influentes e decisivas para a escolha
dessa habilidade por determinadas crianças?
Tema: Tipos de resíduos sólidos da construção civil.
Problema: Quais são os tipos de resíduos da construção civil mais reciclados ou
reaproveitados?
No geral, durante o processo de definição do problema o pesquisador poderá fazer
uso de suas experiências, de sua criatividade, de observações da realidade mediante sua
interpretação e síntese, de publicações científicas, de banco de dados, entre outros. E ainda,
quanto mais claro estiver o problema mais facilidades se terá durante o processo de
investigação.
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3 HIPÓTESES
Profa. Dra. Rosani Aparecida Alves Ribeiro de Souza
O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os fatos.
Podem ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação
empírica - que é o propósito da pesquisa científica.
Para Oliveira (2011) a hipótese na pesquisa tem a função de induzir compreensões para os
acontecimentos e quando são bem formuladas são capazes de conduzir à proposição da
pesquisa científica.
Após a construção do problema deve-se refletir sobre uma solução possível, através
da construção da hipótese, sendo está uma resposta “suposta, provável e provisória”
(MARCONI; LAKATOS, 2010).
Nessa mesma dimensão, para Gil (2010) hipótese é uma suposição ou explicação
provisória do problema, a qual consiste em uma expressão verbal que poderá ser
identificada como verdadeira ou falsa, em decorrência do resultado pesquisa. Pode ser
entendida por simples suposição ou palpite.
Já Marconi e Lakatos (2006) explicam a hipótese como uma suposição que antecede
a comprovação dos fatos e explicam que sua função é propor explicações para certos fatos
e também orientar a busca de outras informações. Para as autoras, é necessário que haja
embasamento teórico capaz de servir como guia na tarefa da investigação. Em outras
palavras, após ter sido estabelecido o problema que deu origem à pesquisa, deve-se seguir
com uma explicação ou com uma resposta para ele, ou seja, com antecipação da
comprovação. E ainda, seguindo com as mesmas autoras (2017, p.142), pode-se reconhecer
hipótese como sendo
[...] um enunciado geral de relações entre variáveis (fatos,
fenômenos): a) Formulado como solução provisória para determinado
problema; b) Apresentando caráter ou explicativo ou preditivo; c)
Compatível com o conhecimento científico (coerência externa) e revelando
consistência lógica (coerência interna); d) Passível de verificação empírica
em suas consequências.
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Dentre as hipóteses encontradas (soluções provisórias) deve ser eleita a mais
adequada, a mais consistente para dar início no processo de levantamento da resolução
dos problemas, fatos ou objetos de sua pesquisa.
É possível que diante dessas prováveis respostas se sinta em dificuldades quanto à
teoria e experiência necessárias para dar andamento ao estudo. Por isso, cabe-lhe escolher
as que lhe parecem mais apropriadas para realização de testes. Das hipóteses derivam as
variáveis a serem estudadas. Nelas apoiam-se as informações coletadas, os métodos usados
e a análise dos dados.
Alguns estudos têm como objetivo descrever o fenômeno ou apresentar suas
características, nestes não há a necessidade das hipóteses serem formalmente enunciadas.
Porém, caso o objetivo da pesquisa seja verificar a relação entre as variáveis (associação ou
dependência), torna-se necessária à sua formulação, de maneira clara e precisa.
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4 OBJETIVOS
Profa. Dr. Edimar Rodrigues Soares
São as metas que o pesquisador se propõe a atingir. Em outras palavras, é o
resultado que se pretende alcançar com a pesquisa, o que se pretende conhecer, medir ou
provar. Os objetivos devem descrever claramente as ações a serem tomadas na busca da
resolução ou da resposta do problema da pesquisa.
Para trabalhos científicos distingue-se dois tipos de objetivos, o objetivo primário e
os objetivos secundários.
4.1 OBJETIVO PRIMÁRIO
No objetivo primário a ação proposta em relação ao problema deve ser bem
abrangente, buscando dimensionar o foco, ou seja, direcionar o rumo da pesquisa, todavia,
sem esmiuçar os seus detalhes. Marconi e Lakatos (2003, p. 219) ressaltam que o objetivo
geral ou primário “está ligado a uma visão global e abrangente do tema”, de forma que esta
permita ao pesquisador compreender o todo da pesquisa.
4.2 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
Nos objetivos secundários também chamados de específicos, faz- se o
desdobramento do objetivo geral. O pesquisador deve buscar circunstanciar as ações por
meio de aspectos detalhados das raízes que se acredita merecerem uma verificação
científica. Nesta seção, deve-se definir os diferentes pontos a serem abordados, ou seja,
delimitar o caminho a ser percorrido visando confirmar as hipóteses e concretizar o objetivo
geral.
Para a escolha do verbo para elaboração dos objetivos, recomenda-se a utilização
da taxonomia de Bloom. A taxonomia de Bloom organiza os objetivos em seis níveis
crescentes de domínio cognitivo, descritos abaixo de acordo com Matos (2019 p. 3):
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1. Conhecimento – é referente à habilidade de identificar a informação, partindo de
situações anteriores;
2. Compreensão – é referente à habilidade de demonstrar compreensão da
informação, capaz de reproduzi-la por meio de ideias próprias;
3. Aplicação – é referente à habilidade de recolher e aplicar a informação em
situações ou problemas concretos;
4. Análise – é referente à habilidade de estruturar a informação, separando as partes
e estabelecendo relações para explicá-las;
5. Síntese – é referente à habilidade de recolher e relacionar a informação de
diferentes fontes, para a produção de uma nova informação;
6. Avaliação – é referente à habilidade de fazer julgamentos de valor sobre algo,
considerando critérios conhecidos.
Nos objetivos primários e secundários, o verbo deve ser utilizado sempre no
infinitivo (Bueno, 2016). Na tabela 1 são apresentados exemplos de verbos que podem ser
utilizados na formulação dos objetivos em função de cada nível cognitivo da taxonomia de
Bloom, adaptado de Prodanov e Freitas (2013).
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Quadro 1 - Exemplos de verbos para formulação dos objetivos em função de cada nível da Taxonomia de Bloom.
Sempre que o objetivo da pesquisa for = CONHECER:
Apontar
Citar
Conhecer
Definir
Descrever
Identificar
Recordar
Reconhecer
Relatar
Registrar
Sempre que o objetivo da pesquisa for = COMPREENDER:
Compreender
Concluir
Deduzir
Examinar
Demonstrar
Determinar
Diferenciar
Explicar
Discutir
Localizar
Reafirmar
Identificar
Esclarecer
Sempre que o objetivo da pesquisa for = APLICAR:
Desenvolver
Usar
Empregar
Praticar
Demonstrar
Selecionar
Traçar
Otimizar
Melhorar
Estruturar
Operar
Organizar
Interpretar
Sempre que o objetivo da pesquisa for = ANALISAR:
Comparar
Criticar
Debater
Diferenciar
Classificar
Medir
Testar
Monitorar
Experimentar
Discriminar
Examinar
Investigar
Provar
Ensaiar
Sempre que o objetivo da pesquisa for SINTETIZAR:
Compor
Construir
Documentar
Propor
Reunir
Sintetizar
Especificar
Esquematizar
Formular
Produzir
Sempre que o objetivo da pesquisa for = AVALIAR:
Argumentar
Avaliar
Contrastar
Selecionar
Julgar
Medir
Selecionar
Ordenar
Decidir
Escolher
Estimar Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
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5 REVISÃO DE LITERATURA
Profa. Dra. Natalia Pimentel Esposito Polesi
Essa etapa de confecção do projeto de pesquisa é de extrema importância para
auxiliar o acadêmico e o leitor a compreenderem os temas que subsidiam a hipótese, os
problemas e o projeto como um todo. Como o próprio nome indica, analisam-se as mais
recentes obras científicas disponíveis que norteiam o trabalho científico ou que deem
embasamento teórico e metodológico para o desenvolvimento do projeto de pesquisa. Em
outras palavras, a revisão bibliográfica trata-se da sustentação teórica do trabalho.
Dessa maneira, ao realizar a revisão, o discente deve adquirir o conhecimento
necessário para ajudá-lo na tomada de decisão sobre quais procedimentos e/ou medidas
poderão ser adotadas no futuro para evitar ou solucionar problemas verificados no estágio.
Sendo assim, a redação da revisão deve conter todas as informações necessárias para que
o leitor compreenda os comentários constantes na discussão dos resultado (quando for o
caso). Sendo assim, durante a elaboração do projeto é preciso ter uma clara ideia do
problema a ser resolvido e, para que ocorra esta clareza, a revisão de literatura é
fundamental. Dessa forma, ela auxilia na familiarização do assunto e no reconhecimento
dos principais autores que o pesquisaram (Trentini e Paim, 1999; Echer, 2001).
O levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica pode ser realizada em livros,
monografias, dissertações e teses, bem como em artigos de periódicos nacionais e
internacionais, artigos de jornais, sites da Internet entre outras fontes.
De acordo com Pizzani et al. (2012), a revisão de literatura tem vários objetivos,
entre os quais citamos:
a) proporcionar um aprendizado sobre uma determinada área do conhecimento;
b) facilitar a identificação e seleção dos métodos e técnicas a serem utilizados pelo
pesquisador;
c) oferecer subsídios para a redação da introdução e revisão da literatura e redação
da discussão do trabalho científico.
É preciso que fique claro que a revisão de literatura difere-se de uma coletânea de
resumos ou uma série de citações como uma “colcha de retalhos”. Para Echer (2001) a
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revisão deve assinalar a congruência e as divergências encontradas na literatura e os
trabalhos que se relacionam diretamente com o assunto. As ideias dos autores devem ser
descritas de maneira detalhada, porém concisa, e para facilitar a compreensão deve-se ter
o cuidado de não fazer parágrafos ou frases muito longas. Pode ser dividida em seções e
subseções, numeradas e nomeadas de acordo com os temas a serem abordados.
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6 METODOLOGIA PROPOSTA
Profa. Dra. Rosani Aparecida Alves Ribeiro de Souza
Imagine agora, você explicando a alguém como conduzirá seu estudo. Isso! O estilo
da escrita que você usará nessa seção deve parecer com a narrativa que você imaginou.
Lembre-se de escrever no futuro, pois esse é um projeto de pesquisa e portanto, seu estudo
ainda não foi executado e ainda, evite de utilizar a primeira pessoa. Escreva de forma
detalhada e clara, com detalhes suficientes para que o outro pesquisador, lendo seu texto,
tenha condição de repetir seu estudo. Ou seja, nessa seção é necessário que tenha
informação suficiente para avaliar adequação da abordagem experimental (no caso de
experimento) e para repetir o estudo.
Algumas questões deverão estar claras para o leitor, tais como:
A. Qual o delineamento do seu estudo?
B. Como os dados foram coletados?
C. Como foi conduzida a coleta de dados?
D. Quem coletou os dados?
E. Como os entrevistadores foram treinados para essa tarefa?
F. Quais as instruções dadas aos observadores durante o processo de coleta de dados?
G. Quais os conceitos utilizados para representar o fenômeno?
H. Quais as variáveis utilizadas?
I. Como se mensuraram as variáveis?
J. Quais as técnicas estatísticas utilizadas para a análise dos dados?
K. Como os sujeitos do estudo foram selecionados?
L. Quantos foram?
M. Qual o perfil dos entrevistados?
É cabível destacar que nem todos os estudos seguem a mesma estrutura e orientações
metodológicas, uma vez que essa condição depende diretamente do objetivo do estudo.
Visando facilitar a didática de apresentação do conteúdo de como organizar ou
estruturar essa seção, será utilizada a proposta de Volpato (2012), que chama a atenção
para que tal estruturação obedeça uma lógica inerente ao estudo.
Assim, divida em 4 tópicos o conteúdo a ser escrito e de preferência inicie pelo tópico
mais geral para conduzir o leitor ao entendimento do específico, pois somente quando ele
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entender o geral, ele entenderá o específico. É necessário contextualizar ao leitor para que
ele conheça as partes. Os três primeiros tópicos podem seguir essa orientação, sendo então,
do macro ao micro.
A ilustração (Figura 3) abaixo representa essa divisão, sendo os 4 tópicos, a saber:
Sujeito, Delineamento, Detalhes e Análise de Dados.
Figura 3 – Ilustração das etapas organizativas da elaboração da Metodologia
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Caracterizar o sujeito do estudo. É importante ter em mente que esses dados
dependem da área estudada. Se você for trabalhar com pessoas, caracterize essas pessoas.
Quem são? São homens? São mulheres? São homens e mulheres? São adultos ou são
jovens? Pode-se até mencionar até que concordaram em participar da pesquisa.
Delineamento do estudo. Vale lembrar que o delineamento deriva do objetivo do
estudo. Qual a estratégia que você utilizará para fazer o seu estudo? No caso de um estudo
descritivo a sua estratégia é uma só. Você quer descrever um todo, sendo que para você
descrevê-lo você usará uma amostra. Logicamente, você deverá se utilizar das técnicas de
amostragem impostas pela área da Estatística, de forma a obter um segmento
representativo do todo. Com a amostra definida você deverá caracterizá-la.
Detalhes: Estes incluem os tipos de pesquisa quanto as técnicas de coleta de dados,
de forma bem detalhada. Deverá esclarecer se é de natureza básica ou aplicada e, quanto
aos objetivos, se é exploratória, descritiva ou explicativa. Indicar também o procedimento
que você adotará: pesquisa experimental, levantamento, estudo de caso, pesquisa
bibliográfica ou outro.
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Análise dos dados: Nesse item você explicará como os seus dados serão tratados.
Se for uma pesquisa qualitativa, qual será técnica a ser utilizada, caso seja uma quantitativa,
qual ou quais serão os testes estatísticos a serem utilizados.
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7 RISCOS
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
Risco diz respeito à possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, moral,
intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa
e dela decorrente (BRASIL, 1996).
Neste item deve-se elencar os riscos da pesquisa.
Alguns projetos de pesquisa com seres humanos, através de questionários ou
entrevistas, não oferecem riscos à integridade física das pessoas, mas no mínimo podem
provocar um desconforto pelo tempo exigido ou até um constrangimento pelo teor dos
questionamentos. Quando não se conhece os riscos de um projeto pode-se escrever que os
riscos não são conhecidos, porém não se deve escrever que não existem riscos (URI
Erechim, 2019).
A Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde em seu artigo V, traz uma completa
definição e explicação dos Riscos e Benefícios na pesquisa:
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V - RISCOS E BENEFÍCIOS Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco. O dano eventual poderá ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou a coletividade. V.1 - Não obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando: a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir ou aliviar um problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros indivíduos; b) o risco se justifique pela importância do benefício esperado; c) o benefício seja maior, ou no mínimo igual, a outras alternativas já estabelecidas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. V.2 - As pesquisas sem benefício direto ao indivíduo, devem prever condições de serem bem suportadas pelos sujeitos da pesquisa, considerando sua situação física, psicológica, social e educacional. V.3 - O pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisa imediatamente ao perceber algum risco ou dano à saúde do sujeito participante da pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento. Do mesmo modo, tão logo constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projeto deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime. V.4 - O Comitê de Ética em Pesquisa da instituição deverá ser informado de todos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem o curso normal do estudo. V.5 - O pesquisador, o patrocinador e a instituição devem assumir a responsabilidade de dar assistência integral às complicações e danos decorrentes dos riscos previstos. V.6 - Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização. V.7 - Jamais poderá ser exigido do sujeito da pesquisa, sob qualquer argumento, renúncia ao direito à indenização por dano. O formulário do consentimento livre e esclarecido não deve conter nenhuma ressalva que afaste essa responsabilidade ou que implique ao sujeito da pesquisa abrir mão de seus direitos legais, incluindo o direito de procurar obter indenização por danos eventuais.
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8 BENEFÍCIOS
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
Devem-se descrever quais os benefícios da pesquisa. Os benefícios que o projeto
poderá trazer para a sociedade devem ser citados pois, para ter validade, a pesquisa deverá
trazer a seus participantes algum tipo de benefício direto ou indireto.
Se não há benefício a ser esperado em um projeto, por que realizá-lo? (URI
ERECHIM, 2019). Por isso deve-se apresentar o que se espera aprender com a pesquisa.
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9 DESFECHOS
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
9.1 DESFECHO PRIMÁRIO
Deve ser preenchido conforme o resultado esperado em relação ao objetivo geral,
respondendo ao questionamento “o que será criado ou produzido como resultado da
pesquisa proposta?”.
É a variável que proporciona a evidência clínica, mais importante e relevante do
estudo. Ela costuma ser uma variável de eficácia, e também pode ser de segurança de uso
e tolerabilidade.
Algumas características dessa variável podem ser destacadas conforme segue
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, 2011):
a. Só pode haver uma variável;
b. Deve ser definida antes do início do estudo;
c. Está atrelada ao objetivo principal da pesquisa
Os dois tipos de Desfechos são mais utilizados em pesquisas voltadas para a área da
saúde. Em caso de não conseguir identificar o resultado que se almeja, de forma clara, estes
elementos podem ser suprimidos do projeto, sendo que no preenchimento do formulário
da Plataforma Brasil, deve-se utilizar a expressão “não se aplica” (URI ERECHIM, 2019).
9.2 DESFECHO SECUNDÁRIO
Quando comparadas ao objetivo primário, são variáveis não tão importantes mas
que também são identificadas na pesquisa. “Por exemplo, se o estudo está testando uma
droga na Fase III ele provavelmente vai utilizar a eficácia como desfecho primário, pois a
fase III existe justamente para se testar essa eficácia. O desfecho secundário, nesse caso,
será algum outro fator relativo a essa eficácia” (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA,
2011, p.4).
24
Essas variáveis são medidas de suporte, vinculadas ao objetivo primário ou às
medidas de efeitos relacionados, quando concernentes aos objetivos secundários.
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10 CRONOGRAMA
Profa. Ma. Rita Cristina Fernandes Marena
Etapa do planejamento e organização da pesquisa. No cronograma deve-se
dimensionar o tempo necessário para cada uma das etapas do desenvolvimento da
pesquisa. Pode-se dividir os cronogramas em meses ou semanas.
Usar um quadro, conforme o exemplo, marcando um X no período utilizado para
cada atividade. Este exemplo é meramente ilustrativo, cada projeto deve ter o seu próprio
cronograma.
Quadro 2 - Cronograma
Descrição da atividade Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Levantamento Bibliográfico X X X X X X X X
Redação do Projeto X X
Aplicação do Questionário X X X X
Tabulação / Análise da Pesquisa X X X
Considerações Finais X X X
Fonte: Elaborado pelos Autores (2019).
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028. Informação e Documentação Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro 2003, p. 02.
. NBR 6022. Informação e documentação — Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica. Apresentação– Apresentação. Rio de Janeiro 2018, p. 05.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/legislacao/resolucao-do-conselho-nacional-de-saude-no-1961996. Acesso em: 26 mar. 2019.
BUENO, F. P. Elaboração de objetivos: geral e específicos. Universidade Estadual Paulista (UNESP). Disponível em: http://www.jvasconcellos.com.br/fat/FAT_TI/wp- content/uploads/2016/03/Lista-de-verbos-para-objetivos.pdf. Acesso em 30 abr. 2019.
ECHER, Isabel Cristina. A revisão de literatura na construção do trabalho científico. Revista gaúcha de enfermagem. Porto Alegre. Vol. 22, n. 2 (jul. 2001), p. 5-20, 2001.
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. GRAÇAS, Diego Assis das. Metodologia da Pesquisa. Universidade Federal do Pará. Assessoria de Educação à Distância. Especialização em Geomedicina. Disponível em: http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/334873/mod_resource/content/2/Texto%20base %20-%20Metodologia%20da%20Pesquisa.pdf. Acesso em: 02 abril 2019.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina Andrade. Metodologia Científica, 7.ed. 2017. [Minha Biblioteca].
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27
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RIBEIRO, Andréa Lourdes. Resumo acadêmico: uma tentativa de definição. Revista Científica da FAMINAS, v. 2, n. 1, 2016.
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SOUZA, Waldemar Antonio da Rocha de. Guia do Trabalho de conclusão final. PROFIAP. Mestrado Profissional em Administração Pública. Brasília. 2015.
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28
ANEXO
Elemento opcional. Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor do
Trabalho, pode ser Artigo, TCC, Monografia, Tese, etc. Deve ser precedido da palavra
ANEXO, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título,
sem ponto final. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos,
quando esgotadas as letras do alfabeto.
Exemplo:
ANEXO A – Relatório socioeconômico do município de Ariquemes
29
APÊNDICE
Elemento opcional. Apêndice é um texto ou documento elaborado pelo autor. Deve
ser precedido da palavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelo respectivo título, sem ponto final. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas,
na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto.
Exemplo:
APÊNDICE A– Estrutura do Projeto de Pesquisa
30
APÊNDICE A - ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA
Prof. Esp. Edson Rodrigues Cavalcante
A estrutura de projeto de pesquisa não difere muito da estrutura dos trabalhos de
conclusão de curso, uma vez que reúne os mesmos elementos em sua elaboração. No
entanto, para ambos, é necessário a leitura e preparo, principalmente poder de síntese e
combinações de elementos conceituais e domínio das principais Normas Brasileiras de
Referência (NBR 6022 - Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica —
Apresentação; NBR 6023 - Referências
— Elaboração; NBR 6024 - Informação e documentação - Numeração progressiva das
seções de um documento escrito; NBR 6027 – Sumário; NBR 6028 – Resumo; NBR 10520 –
Citações em documentos; NBR 14724 – Trabalhos Acadêmicos; e NBR 15287 – Projetos de
Pesquisa).
A Seguir é apresentada a estrutura do Projeto de Pesquisa.
1 CAPA
Elemento optativo. No caso deste manual, o Projeto de Pesquisa FAEMA não
envolve a encadernação, haja vista apenas a formatação apresentada no formato digital.
As informações são apresentadas na seguinte ordem (modelo abaixo):
a. nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado;
b. nome(s) do(s) autor(es);
c. título;
d. subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua
subordinação ao título;
e. número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada capa a
especificação do respectivo volume;
f. local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado.
31
NOTA: No caso de cidades homônimas recomenda-se o acréscimo da sigla da unidade
da federação. Exemplo: Bom Jesus - RN e Bom Jesus - PB.
ano de depósito (da entrega).
32
(LOGO)
NOME DA INSTITUIÇÃO (opcional)
NOME DO AUTOR
TÍTULO (caixa alta): subtítulo (caixa baixa, se houver)
LOCAL (cidade) da instituição
ANO (do depósito)
33
2 ESTRUTURA
As partes que compõem a estrutura de um Projeto de Pesquisa podem ser assim
definidas:
Figura 4 – Estrutura de Projeto de Pesquisa
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
2.1 PARTE INTERNA
Deve ser apresentada conforme 2.1.1 a 2.1.3.
34
2.1.1 Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais são apresentados conforme 2.1.1.1 a 2.1.1.5.
2.1.1.1 Folha de rosto
Elemento obrigatório na formatação do trabalho digital. Apresenta as informações
na seguinte ordem:
a) nome(s) do(s) autor(es);
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de
rosto a especificação do respectivo volume;
e) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido;
f) nome do orientador, coorientador ou coordenador, se houver, com o
respectivo endereçamento eletrônico de currículo (Lattes ou ORCID);
g) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;
h) ano de depósito (da entrega).
NOTA: Após a folha de rosto, em folha distinta, o cadastro no currículo Lattes ou ORCID
(obrigatoriamente).
35
NOME DO AUTOR
TÍTULO (caixa alta): subtítulo (caixa baixa, se houver)
Projeto de Pesquisa apresentado ao Comitê
de Ética e Pesquisa da Faculdade de Educação
e Meio Ambiente CEP/FAEMA.
Orientador (a):
LOCAL (cidade) da instituição
ANO (do depósito)
36
2.1.1.2 Lista de ilustrações
Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da
folha ou página, alinhado justificado e sem ponto final, tamanho 9 (Arial ou Times New
Roman). Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de
ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas,
plantas, quadros, retratos e outras).
Exemplo:
Gráfico 1 – Turma de Educação Física da Faculdade de Educação e Meio Ambiente
p. 5
2.1.1.3 Lista de tabelas
Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da folha
ou página, sem ponto final.
Exemplo:
Tabela 1 – Perfil socioeconômico da população entrevistada, no período de julho de
2009 a abril de 2010 p. 9
2.1.1.4 Lista de abreviaturas e siglas
Elemento opcional. Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas
no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso.
Aceita-se também lista própria para cada tipo de item.
Exemplo:
FAEMA Faculdade de Educação e Meio Ambiente
CNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
37
il. Ilustração
apud citado por
2.1.1.5 Lista de símbolos
Elemento opcional. Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o
devido significado.
Exemplo:
© Copyright
Π Pi
Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027.
2.1.2 Elementos textuais
O texto deve ser constituído de uma parte introdutória, na qual devem ser expostos
o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando couber(em), bem
como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s). É necessário que sejam indicados o referencial
teórico que o embasa, a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o
cronograma necessários à sua consecução. No caso específico, este manual segue a
estrutura do Projeto de Pesquisa submetido à Plataforma Brasil, conforme capítulos
anteriores.
2.1.3 Elementos pós-textuais
A ordem dos elementos pós-textuais deve ser apresentada conforme 2.1.3.1 a
2.1.3.5.
2.1.3.1 Referências
Elemento obrigatório. Elaboradas conforme a ABNT NBR 6023.
38
2.1.3.2 Glossário
Elemento opcional. Elaborado em ordem alfabética.
2.1.3.3 Apêndice
Elemento opcional. Apêndice é um texto ou documento elaborado pelo autor. Deve
ser precedido da palavra APÊNDICE, identificado por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelo respectivo título, sem ponto final. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas,
na identificação dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto.
Exemplo:
APÊNDICE A– Tabulação das respostas de questionário de alunos da FAEMA
2.1.3.4 Anexo
Elemento opcional. Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor do
Trabalho, pode ser Artigo, TCC, Monografia, Tese, etc. Deve ser precedido da palavra
ANEXO, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título,
sem ponto final. Utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos,
quando esgotadas as letras do alfabeto.
Exemplo:
ANEXO A – Relatório socioeconômico do município de Ariquemes
2.1.3.5 Índice
Elemento opcional. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
39
3 REGRAS GERAIS
A apresentação de projetos de pesquisa deve ser elaborada conforme 3.1 a 3.10.
3.1 FORMATO
Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo utilizar
outras cores somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado,
no formato A4 (21 cm × 29,7 cm).
As folhas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. Para trabalhos
digitados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser
contadas sequencialmente, considerando somente o anverso.
Recomenda-se, quando digitado, fonte tamanho 12 para todo o trabalho,
excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, legendas e
fontes das ilustrações e das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme
(tamanho 11).
3.2 ESPAÇAMENTO
Todo texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5 entre as linhas,
excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas
das ilustrações e das tabelas, tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade, que devem
ser digitados ou datilografados em espaço simples.
As REFERÊNCIAS, ao final do trabalho, devem ter os seguintes espaçamentos ANTES
= 6 e DEPOIS = 6, com espaçamento simples entre as linhas. No word, desmarcar a seleção
‘Não adicionar espaço entre parágrafo do mesmo estilo’.
Na folha de rosto, o tipo de projeto de pesquisa e o nome da entidade a que é
submetido devem ser alinhados do meio da mancha gráfica para a margem direita.
MANCHA GRÁFICA corresponde a área delimitada para impressão na página.
40
3.2.1 Notas de rodapé
As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando
separadas do texto por um espaço simples de entre as linhas e por filete de 5 cm, a partir
da margem esquerda. Devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota,
abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente sem espaço
entre elas e com fonte menor.
3.2.2 Indicativos de seção
O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu título,
alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Os TÍTULOS DAS SEÇÕES
PRIMÁRIAS devem começar SEMPRE no anverso, na parte superior da mancha gráfica e ser
separados do texto que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5. Da mesma forma,
os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por
um espaço entre as linhas de 1,5. Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir
da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título. Não se
utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu
título.
Os títulos e subtítulos de seções devem estar sempre alinhados à margem esquerda
do texto. Devem seguir os padrões de tipo, tamanho de letra e espaçamento normal. Para
facilitar a compreensão da hierarquia interna entre os diferentes títulos e subtítulos no
texto, recomenda- se a diferenciação hierárquica do tipo de letra e o uso da numeração
progressiva, na qual títulos e subtítulos são precedidos de seus indicativos numéricos (Ex: 1
SEÇÃO PRIMÁRIA , 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA; 1.1.1 Seção Terciária; 1.1.1.1 (1) Seção
quaternária e Seção quinária), conforme NBR 6024.
Exemplo:
41
Quadro 3 – Indicativos de seção
SEÇÃO INDICATIVO NUMÉRICO APRESENTAÇÃO
Primária 1 TÍTULO (NEGRITO E MAIÚSCULO)
Secundário 1.1 TÍTULO (NEGRITO SEM MAIÚSCULO)
Terciária 1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, com negrito)
Quaternária 1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, sem negrito)
Quinária 1.1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, itálico, sem negrito)
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
3.2.3 Títulos sem indicativo numérico
Os títulos sem indicativo numérico – errata, lista de ilustrações, lista de abreviaturas
e siglas, lista de símbolos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s)
– devem ser centralizados.
3.2.4 Elementos sem título e sem indicativo numérico
Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a(s) epígrafe(s).
3.3 PAGINAÇÃO
As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas.
Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a
partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o
anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual
(INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO), em algarismos arábicos, no canto superior direito da
folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
Quando o trabalho for digitado ou datilografado em anverso e verso, a numeração
das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito; e no verso,
no canto superior esquerdo. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume,
deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas ou páginas, do primeiro
42
ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas ou páginas devem ser
numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
3.4 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA
Elaborada conforme a ABNT NBR 6024. A numeração progressiva deve ser utilizada
para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho. Destacam-se gradativamente os
títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou sublinhado e outros, no
sumário e, de forma idêntica, no texto.
3.5 CITAÇÕES
Apresentadas conforme a ABNT NBR 10520.
3.6 SIGLAS
A sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre
parênteses, precedida do nome completo.
Exemplo:
Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA).
3.7 EQUAÇÕES E FÓRMULAS
Para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas
com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na sequência normal do
texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos
(expoentes, índices, entre outros).
Exemplo:
43
3. 8 ILUSTRAÇÕES
Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação aparece na parte superior,
precedida da palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma, fotografia, gráfico,
mapa, organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem, entre outros), seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do
respectivo título. Após a ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento
obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras
informações necessárias à sua compreensão (se houver). A ilustração deve ser citada no
texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere.
3.9 TABELAS
Devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se
referem e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
tabela traz informações quantitativas e com representações de dados numéricos. Não tem
bordas laterais.
Tabela 2 – Modelo de tabela
DOCUMENTOS CADASTRADOS TOTAL
Artigos 50
Livros 5
TCCs 150
TOTAL 205 Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
3.10 QUADROS
Também devem ser citados no texto, inseridos o mais próximo possível do trecho a
que se referem e padronizados conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O quadro traz informações qualitativas e com representações de informações
textuais. Possui bordas laterais.
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Quadro 4 – Modelo de quadro
COR REPRESENTAÇÃO
Verde Atendimento não muito urgente pode aguardar atendimento até ser encaixado em
Amarelo vaga
Vermelho Atendimento urgente tem que ser atendido imediatamente
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
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