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  • SEQNCIA DIDTICA

    1

    SILVANA CRISTINA BERGAMO PEREIRA

  • IDENTIFICAO DA PRODUO DIDTICO-PEDAGGICA PROFESSOR PDE

    ORIENTAES

    Para fins de encaminhamento da Produo Didtico-Pedaggica do Professor

    PDE junto aos NRE's, solicitamos o preenchimento legvel e suscinto da Ficha de

    Identificao da Produo Didtico-Pedaggica, a qual dever estar anexada

    obrigatoriamente respectiva Produo, respeitado o prazo contido no Comunicado

    Geral sobre a Entrega do Material Didtico-Pedaggico constante no site do PDE.

    Programa de Desenvolvimento Educacional PDE Equipe Pedaggica

    2

    Secretaria de Estado da Educao SEEDSuperintendncia da Educao - SUED

    Diretoria de Polticas e Programas Educacionais DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional PDE

  • ANEXO

    FICHA DE IDENTIFICAO DA PRODUO DIDTICO-PEDAGGICA PROFESSOR PDE

    1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Silvana Cristina Bergamo

    2. Disciplina/rea: Lngua Portuguesa

    3. IES: UEM

    4. Orientador(a): Aparecida De Ftima Peres

    5. Co-Orientador (se houver): Suely Marcolino Peres

    6. Caracterizao do objeto de estudo (exceto Professor PDE Titulado): A construo de uma seqncia didtica para o ensino de lngua portuguesa na 5 srie: em foco o gnero fbula.

    7. Ttulo da Produo Didtico-Pedaggica: Novos olhares para o gnero fbula: uma proposta de seqncia didtica para as 5 sries.

    8. Justificativa da Produo: Esta proposta tem como foco de interveno a 5 srie do Ensino Fundamental e objetiva contribuir para o enfrentamento das defasagens de aprendizagem que os alunos, egressos da 4 srie, apresentam, ajudando-os na superao das dificuldades de leitura e escrita.

    9. Objetivo geral da Produo: Contribuir para a apropriao, por parte dos alunos, das diversas formas de dizer que circulam socialmente (gneros discursivos), possibilitando-lhes fazer uso efetivo da leitura e da escrita como forma de se inserir no contexto social em que vivem.

    10. Tipo de Produo Didtico-Pedaggica:( ) Folhas ( ) OAC ( x ) Outros (descrever):

    Produo de uma Seqncia Didtica propondo um trabalho na perspectiva de um gnero discursivo (fbula), contemplando os quatro grandes contedos curriculares bsicos da rea: leitura, produo de texto, linguagem oral e reflexo sobre a lngua e a linguagem.

    11. Pblico-alvo: Alunos de 5 srie do Ensino Fundamental.

    Atalaia,

    25/02/2008.

    _________________________________________________________

    SILVANA CRISTINA BERGAMO

    3

    Secretaria de Estado da Educao SEEDSuperintendncia da Educao - SUED

    Diretoria de Polticas e Programas Educacionais DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional PDE

  • APRESENTAO

    ConFABULAndo

    Aqui entre ns! To Gostoso no fazer nada! No mesmo? Ficar

    despreocupado, curtindo um bom filme, uma boa brincadeira, um livro cheio de

    aventuras sem questionrios a preencher, jogar um game novo, surfar pela internet

    sem obrigaes a cumprir, bater um papo com aquela paquera...

    Epa! Espere um pouco! Parece tudo bom demais, perfeito, mas...

    APRENDER tambm pode ser legal! Conquistar saberes novos a cada dia, ter

    opinies inteligentes sobre os mais diversos assuntos, ser capaz de expressar-se

    usando diferentes linguagens, diferentes gneros textuais... Voc sabe o que so

    gneros textuais? Que tal conversar um pouco com seu professor sobre isso?

    Agora que voc j conhece um pouquinho sobre gneros textuais, vamos em

    frente.

    E por falar em textos... Nas atividades propostas a seguir, iremos trabalhar

    com um gnero discursivo j conhecido seu: a FBULA. Est a um tipo de narrativa

    que faz a gente pensar, no permite que fiquemos quietos, nos provoca a pr a boca

    no mundo e nos convida ao debate.

    Viajaremos pelo velho e pelo novo desde os mais remotos tempos na antiga

    Grcia, com as fbulas clssicas at os dias atuais com as fbulas modernas,

    apresentadas em formas criativas, engraadas, inovadoras. Assim veremos que h

    muito o que aprender, pois repensando esse tipo de texto descobre-se que tudo

    continua muito atual, como se tivesse sido escrito ainda agorinha. Voc concorda?

    E, depois dessa instrutiva viagem, produziremos um FABULRIO. Nunca

    ouviu falar? Pois saiba que iremos criar um! No se assuste, fabulrio uma

    coletnea de fbulas. Na finalizao desse projeto, FABULAREMOS, ou seja,

    produziremos um livro ilustrado de fbulas, contadas e recontadas em verses

    modernas e divertidssimas. E vocs sero os FABULISTAS, isto , os autores.

    Tenho certeza que voc ir gostar muito. Vamos l?

    4

  • SUMRIO

    CAPTULO 1 .............................................................................................................. 6 Identificando o gnero fbula ................................................................................. 6

    TEXTO 1 O tigre e a raposa ................................................................................... 7 TEXTO 2 Negcios no trnsito ................................................................................ 7 TEXTO 3 O leo e a raposa ..................................................................................... 8 CAPTULO 2 .............................................................................................................. 9 DESCOBRINDO O CONTEXTO DE PRODUO DA FBULA ............................. 10 CAPTULO 3 ............................................................................................................ 12 SABENDO AINDA MAIS SOBRE AS FBULAS .................................................... 12 TEXTO VISUAL ANNCIO PUBLICITRIO ......................................................... 12 ABRINDO O DEBATE ............................................................................................. 12 LENDO E COMPARANDO ...................................................................................... 13 TEXTO 1 A cigarra e a formiga (ESOPO) ............................................................. 13 TEXTO 2 A cigarra e a formiga (verso de LA FONTAINE) ................................. 14 TEXTO 3 A cigarra e a formiga ............................................................................ 14 Texto 4 SEM BARRA (verso potica de Jos Paulo Paes) ............................... 16 TEXTO 5 A cigarra e a formiga (verso com autor annimo) ............................. 17 CONSTRUINDO OS SENTIDOS DOS TEXTOS ...................................................... 18 CAPTULO 4 ........................................................................................................... 21 TRABALHANDO COM A CONSTRUO LINGSTICA DA FBULA ................. 21 ESTUDANDO AS VOZES DO TEXTO ..................................................................... 27 As Fbulas Revisitadas na Atualidade ................................................................. 28 CAPTULO 5 ............................................................................................................ 32 PRODUZINDO UMA FBULA ................................................................................. 32 Propondo a escrita de uma fbula ........................................................................ 32 Apresentando a proposta ...................................................................................... 33 Planejando sua escrita ........................................................................................... 33 Avaliando sua escrita ............................................................................................. 34 Reescrevendo sua fbula ...................................................................................... 34 Ilustrando a fbula ................................................................................................. 35 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................ 36

    5

  • CAPTULO 1

    RELEMBRANDO E RECONHECENDO O GNERO FBULA

    Identificando o gnero fbula

    1) Com certeza voc j leu e ouviu muitas fbulas. Em grupos, tentem lembrar

    se, agora, de uma delas, registrando o que pede abaixo:

    PERSONAGENS ENREDO (RESUMO)

    2) Narre a fbula relembrada para a turma. Conversem sobre elas: so realmente

    fbulas? Por qu? O que as fazem pertencer a esse tipo de texto?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) Tente definir, com as informaes discutidas pela sala, o gnero FBULA.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4) Voc j percebeu que uma fbula no uma narrativa qualquer. Ela tem um

    jeito bem prprio de ser escrita. A seguir, voc ter trechos de textos diversos.

    Procure localizar os que so de fbulas, marcando-os com X.

    ( ) Um roubo espetacular. Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados inviolados,

    silncio absoluto na madrugada.

    ( ) Ol! Meu nome Carolina, tenho 10 anos e sou f n 1 dos REBELDES...

    ( ) Um corvo, tendo roubado um pedao de carne, pousou sobre uma rvore.

    Uma raposa o viu e...

    ( ) O ataque de um co pit Bull quase matou um menino de seis anos em

    Campinas ontem...

    6

  • ( ) Um camundongo tinha medo de um gato que o espreitava todos os dias. Sbio

    e prudente foi consultar o rato vizinho.

    ( ) Foi comemorado o casamento do prncipe e da princesa com muito luxo e

    alegria e eles viveram juntos felizes para sempre.

    5) Conhea, agora, alguns textos produzidos por crianas mais ou menos da

    mesma idade que voc. Depois, responda as questes:

    TEXTO 1 O tigre e a raposa

    TEXTO 2 Negcios no trnsito

    Eu e meu pai fomos a Maring. Quando estvamos quase chegando, paramos em um semforo, um moleque se aproximou do carro e perguntou para mim:

    __Quer comprar bala? Jogue o dinheiro e eu dou!Eu, querendo me dar bem, disse:__Jogue a bala primeiro!Ele jogou. O sinal deu verde. Meu pai, que prestava ateno no trnsito, acelerou

    e saiu. Fui embora, sem pagar, dando boas risadas. Porm, na volta, o sinal fechou no mesmo lugar. O menino estava l, esperando

    de mim uma atitude. Senti o olhar reprovador de meu pai, quando soube do caso. Sem graa, fui tratando de quitar minha dvida.

    7

    Em um dia de chuva, um tigre corria procura de abrigo, quando encontrou uma raposa que estava toda folgada em sua toca. O tigre perguntou:

    __Dona raposa, ser que eu poderia ficar a com a senhora?

    A raposa foi abrindo a porta, pois o tigre realmente estava todo molhado, mas pensou melhor e disse, esnobando-se:

    __R, r, r!!! claro que no sou estpida! De onde voc tirou essa idia?

    Ela ria tanto do estado do tigre que ele ficou uma fera, ou melhor, j era uma... O animal ento, muito bravo, falou:

    __No me obrigue a ficar violento!Nesse instante, a toca que estava cai, no cai, foi ao cho.

    A raposa ficou numa situao de dar d. Sem proteo e com um tigre ali por perto, o melhor era dar o fora rapidinho...

    Moral da histria: Quem ri por ltimo, ri melhor.

    (J. V. P. 4 srie)

  • Moral da histria: Quem tudo quer, tudo perde. (J.O.B. 4 srie)

    TEXTO 3 O leo e a raposa

    Uma raposa faminta, estando procura de comida, se deparou azaradamente com um leo. Sentiu gua na boca ao v-lo, acontecendo o mesmo com o felino que, imaginando-a um prato apetitoso, arranjava um jeito de, sem demora, almo-la.

    Os dois comearam a pensar num plano.__Essa raposa vai ser minha ou no me chamo Rei das Selvas _ pensava o leo.__Vou pegar esse leo num piscar de olhos! Afinal sou a esperteza em pessoa! _

    falava para si mesma a raposa.A fera, parecendo derrotada, ficou de longe observando a outra fazer uma

    armadilha, ento disse:__Raposa, desisto, jamais vou te pegar!Ela, achando que o leo j no era mais o mesmo, chegou bem perto dele para

    concluir seu plano, porm, quando menos esperava... NHOC! virou comida de leo.

    Moral da histria: Contra esperteza, esperteza e meia. (L. G. A. 4 srie)

    5.1) As trs histrias lidas so fbulas? Assinale, se houver, o texto ou textos que no se enquadram nesse gnero em estudo.

    ( ) Texto 1.( ) Texto 2.( ) Texto 3.

    5.2) Nas fbulas, algumas caractersticas aparecem repetidas freqentemente

    determinando uma organizao e um estilo prprios para esse gnero. Circule a

    letra que corresponda s caractersticas desse tipo de texto:

    a. Inicia-se sempre com era uma vez;

    b. So pequenas histrias em que predominam os animais como

    personagens;

    c. Prope a soluo de enigmas, crimes ou mistrios;

    d. Os animais agem como se fossem pessoas: falam, cometem erros, so

    sbios ou tolos, bons ou maus;

    e. Iniciam-se com um local, data e vocativo. Finalizam-se com saudao

    de despedida;

    f. O heri ou herona sempre se sai bem no final;

    8

  • g. comum aparecer dilogos entre animais;

    h. Presena de seres ou objetos mgicos;

    i. Essas histrias terminam com uma moral, um ensinamento;

    j. So oferecidas pistas que podem ajudar a solucionar um enigma;

    k. H uma comparao nas fbulas entre animais e qualidades ou

    defeitos prprios dos seres humanos. Exemplo: raposa/esperteza,

    formiga/trabalho,leo/sabedoria.

    l. As histrias se passam em castelos, com prncipes, bruxas e fadas.

    m. So narrativas curtas que tratam de certas atitudes humanas como a

    disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganncia e a

    bondade, a gratido e a avareza;

    n. Podem ser vistas como um excelente exerccio de reflexo do

    comportamento humano e no com formas de passar verdades

    imutveis.

    5.2) Com base nas caractersticas levantadas acima sobre o gnero fbula, justifique

    sua escolha como no sendo fbula o texto ou textos assinalado(s) no exerccio 5.1.

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    6) Acredito que nesse primeiro captulo voc j tenha aprendido ou relembrado uma

    lista de itens sobre a fbula. Dessa forma, em trios, redijam no quadro a seguir,

    caractersticas desse gnero de texto em estudo.

    O QUE EU J SEI SOBRE FBULA?

    CAPTULO 2

    9

  • DESCOBRINDO O CONTEXTO DE PRODUO DA FBULA

    VOC SABE DE ONDE VM AS FBULAS?

    As fbulas no so textos que nasceram por acaso, sem nenhuma inteno, so criaes muito antigas, contadas s pessoas para transmitir-lhes ensinamentos, orientando-as a como melhor pensarem e se comportarem na poca e na sociedade em que viviam. H referncias a elas em textos sumrios de 2000 a. c. e consta que eram conhecidas pelos hindus e muito apreciadas pelos gregos. grego o primeiro fabulista de renome: Esopo, escravo que teria vivido em meados do sculo VI a. c.Quem conta ou escreve uma fbula tem alguma inteno, seja de ensinar, aconselhar, convencer, divertir, seja de criticar e, s vezes, at fazer algum desistir de um propsito ruim ou que no lhe era favorvel.As fbulas so narrativas curtas, se utilizam de animais como personagens, os quais assumem caractersticas humanas representando certas atitudes e comportamentos prprios dos homens, com o objetivo de passar uma de lio de vida.O prestgio das fbulas nunca decaiu. No passado constituam a literatura oral de muitos povos (eram transmitidas, a princpio, de boca a boca, de gerao em gerao; em locais pblicos, como praas, festas populares ou sales de baile da poca; s bem depois foram registradas por escrito).

    10

  • No sculo XVII, escritores como La Fontaine, criaram novas fbulas ou recontaram antigas, em versos ou em pequenos contos em prosa. Monteiro Lobato, nos anos trinta, reescreveu muitas fbulas por meio da turma do Stio do pica-pau-amarelo. E, mais recentemente, inmeros escritores se ocuparam da arte de atualizar essas histrias para deleite de todos.

    (In: Sete faces da fbula. Org. Mrcia Kupstas,1. ed. So Paulo, Moderna, 1992).

    a. Como j mencionamos, as fbulas so textos bastante antigos e, ainda mais, no

    eram escritos para crianas. Antigamente, para quem eram contadas e para que

    serviam?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    b. Que tipo de assunto, geralmente, narrado nas fbulas?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    c. princpio, no tempo dos primeiros fabulistas (criadores de fbulas), nem tudo era

    registrado por escrito. De que forma, ento, eram transmitidas essas histrias, em que

    locais costumavam ser contadas e como permaneceram vivas at hoje?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    d. Nos dias atuais se quisermos ler fbulas, em que tipo de material elas aparecem

    escritas e em quais locais podem ser encontradas?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    e. Ainda hoje as fbulas encantam e divertem. Voc acha que elas esto ultrapassadas

    ou tm algo a dizer nos dias atuais? O qu? A quem?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    TAREFA DE CASA

    11

  • Voc sabe alguma coisa sobre os autores das fbulas, cujas capas analisamos acima?

    Caso saiba, compartilhe com a turma. Vamos ampliar, porm, ainda mais nossos

    conhecimentos sobre eles? Em casa ou na biblioteca da escola pesquise sobre a vida e obra de

    um dos fabulistas das capas. Escolha um deles para realizar seu trabalho, registrando o

    resultado dele aqui. Depois, leia e converse com seus colegas.

    CAPTULO 3

    E A? EST GOSTANDO?

    SABENDO AINDA MAIS SOBRE AS FBULAS

    TEXTO VISUAL ANNCIO PUBLICITRIO

    Fragmento de anncio do Banco Bilbao Vizcaya,Publicado na revista Veja, 5 maio 1999.

    ABRINDO O DEBATE

    1) O fragmento de anncio acima faz referncia a uma fbula muito conhecida. Voc sabe qual ? Se a conhecer, conte-a a seus colegas.

    2) O slogan no p do anncio deixa claro uma oposio entre a cigarra e a formiga, apresentada por meio de adjetivos que representam o modo de agir e ser, no de animais, mas de pessoas. J sabendo os que se referem formiga, indique quais seriam os da cigarra:

    Formiga _ previdente e inteligente.

    Cigarra _ __________________.

    12

  • 3) Depois de todos a terem recordado, explique a chamada inicial do anncio, dando sua resposta pergunta, justificando-a a seguir _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4) Por outro lado, ser que no h nada de bom a considerar sobre a cigarra? Pense nisso e d sua opinio.

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    LENDO E COMPARANDO

    TEXTO 1 A cigarra e a formiga (ESOPO)

    No inverno, as formigas estavam fazendo secar o gro molhado, quando uma cigarra, faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: Por que, no vero, no reservaste tambm o teu alimento?. A cigarra respondeu: No tinha tempo, pois cantava melodiosamente. E as formigas, rindo, disseram: Pois bem, se cantavas no vero, dana agora no inverno.

    A fbula mostra que no se deve negligenciar em nenhum trabalho, para evitar tristezas e perigos.

    Esopo: fbulas completas. Traduo de Neide smolka. So Paulo, Moderna, 1994.

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    EsopoEra um escravo que viveu na Grcia h uns 3000 anos. Tornou-se famoso pelas suas pequenas hiostrias de animais, cada uma delas com um sentido, um ensinamento e que mostram como proceder com inteligncia.

    Como vimos no captulo anterior, as fbulas so textos muito antigos que foram sendo contados de boca a boca, reescritas e lidas por muita gente. Seus temas tambm sobrevivem ao tempo, porque tratam indiretamente de problemas humanos da vida comum, que se repetem de gerao em gerao. Veremos, agora, que uma mesma fbula pode apresentar diferentes verses, adaptadas de acordo com os ouvintes/leitores, a poca em que so escritas e a inteno que se quer com ela.

  • TEXTO 2 A cigarra e a formiga (verso de LA FONTAINE)

    Depois de haver cantado durante todo o vero, quando se aproximava o inverno a cigarra se encontrou em extrema penria, por falta de provises. Como nada lhe restasse, nem um pequeno verme ou algum resto de mosca, e estando faminta, foi procura da amiga, sua vizinha. Pediu-lhe que lhe emprestasse alguns gros, a fim de manter-se at que voltasse o estio.

    __Eu lhe prometo, minha amiga __ disse a cigarra__ sob palavra, a pagar-lhe tudo, com juros, antes do ms de agosto.

    A formiga, que nunca empresta nada a ningum e, por isso, consegue amealhar, perguntou suplicante:

    __Que fazias durante o vero?__Passava cantando os dias e as noites __ respondeu a cigarra.__Pois muito bem __ concluiu a formiga. Cantava? Pois dance agora!

    LA FONTAINE, Jean de. Fbulas de La Fontaine. Rio de Janeiro: Matos Peixoto, 1965.

    TEXTO 3 A cigarra e a formiga

    (verso adaptada por Ruth Rocha)

    A cigarra passou todo o vero cantando, enquanto a formiga juntava gros. Quando chegou o inverno, a cigarra veio casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.

    A formiga ento perguntou a ela:__E o que que voc fez durante todo o vero?

    14

    Jean de La Fontaine (1621 1695) De origem francesa, publicou sua primeira coletnea de fbulas em 1668, sucedidas de mais 11, lanadas at 1694. No prefcio dessa coletnea, deixa bem claro suas intenes: Sirvo-me de animais para instruir os homens. Utilizava as fbulas para denunciar as misrias e as injustias da sociedade em que vivia. O autor no s tornou mais atuais as fbulas de Esopo, como tambm criou suas prprias,

  • __Durante o vero eu cantei __ disse a cigarra.E a formiga respondeu:__Muito bem, pois agora dance!

    ROCHA, Ruth (Adap.). Fbulas de Esopo. So Paulo: Melhoramentos, 1986.

    1) Comparando os trs textos lidos, marque X na(s) alternativa(s) abaixo que melhor os definam.

    ( ) Tratam do mesmo contedo, ou seja, a histria narrada a mesma;

    ( ) H mudanas com relao atitude das personagens;

    ( ) A forma de organizao de cada texto diferente, embora tenham o

    mesmo tema.

    2) Com qual inteno os autores narraram as trs verses lidas? Assinale:

    ( ) Fazer com que as pessoas achassem um desperdcio cantar e danar;

    ( ) Levar as pessoas a se preocuparem com o trabalho, o sustento prprio, para no se

    verem em apuros mais tarde;

    ( ) Promover a solidariedade entre os animais.

    3) As principais modificaes observadas nos trs textos se devem:

    ( ) necessidade de adequar-se a linguagem ao pblico para o qual era e ainda narrada

    a fbula;

    ( ) Ao fato de um autor achar mal escrito o texto do outro;

    ( ) s diferentes pocas em que foram escritos, representando a maneira de falar prpria

    de um momento da Histria.

    4) Observamos que as diferenas apontadas nas trs verses se referem basicamente quanto extenso do texto e quanto escolha das palavras empregadas. Portanto, responda:

    a. Em qual dos textos o fabulista optou por uma forma mais simples e resumida de escrever, mantendo o sentido original da fbula? Com que propsito? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b. Em qual verso a linguagem empregada se distancia mais do jeito de falar atual? D exemplos de palavras e descubra um sinnimo para elas.______________________________________________________________________________________________________________________________________________

    c. Entre as verses 1 e 3, quais foram as principais alteraes realizadas na adaptao de Ruth Rocha nos itens:

    15

  • Uso de pargrafos: ____________________________________________________________________________

    Nos dilogos: ____________________________________________________________________________

    Na linguagem: ____________________________________________________________________________

    O poeta Jos Paulo Paes tambm escreveu uma verso para a fbula A cigarra e a formiga, no optou pelo jeito tradicional (em forma de prosa), mas por uma outra maneira (em forma de poesia). Veja como ficou.

    Texto 4 SEM BARRA (verso potica de Jos Paulo Paes)

    A formiga s trabalho. A cigarra s cantiga.

    Mas sem a cantigaDa cigarraQue distrai da fadiga,Seria uma barraO trabalho da formiga!

    PAES, Jos Paulo. Poemas para brincar. So Paulo: tica, 1989.

    1) O autor reescreveu a fbula a seu modo, criando um novo jeito de contar. Que tipo de texto ele produziu? Que caractersticas observadas no texto, justificam sua resposta.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2) Ele alterou somente a forma ou o contedo da fbula tambm?________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) O que voc percebeu sobre a posio do poeta? Ele concorda com a fbula A cigarra e a formiga? Explique.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3) No poema de Jos Paulo Paes, o canto da cigarra completa o trabalho da formiga; nas verses tradicionais lidas antes, o canto da cigarra oposto ao trabalho da formiga. Assinale a resposta correta:

    16

    Enquanto a formigaCarrega a comidaPara o formigueiro,A cigarra canta,Canta o dia inteiro.

  • A - A partir da comparao, podemos concluir que na verso do poeta:

    ( ) O trabalho do artista menos importante que os demais trabalhos;

    ( ) O trabalho do artista to importante quanto qualquer outro trabalho.

    B - Nas verses tradicionais:

    ( ) O trabalho do artista tambm importante;

    ( ) S o trabalho que produz bens materiais importante.

    4) Observe a ilustrao da fbula na verso tradicional e a ilustrao do poema de Jos Paulo Paes, que mudana ocorreu na caracterizao da formiga? O que aconteceu para que isso fosse possvel?

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Pudemos constatar que as fbulas contadas por Esopo e por La Fontaine so bem mais antigas do que as reescritas por Ruth Rocha e por Jos Paulo Paes.

    Tanto Esopo quanto La Fontaine usavam suas fbulas como ensinamentos para as pessoas de seu tempo. Se utilizando de animais como personagens, buscavam representar atitudes humanas e, assim, tentar aconselhar e at mesmo convencer do que se deveria ou poderia fazer.

    Esses ensinamentos, chamados de MORAL DA HISTRIA, tinham, portanto a inteno de apresentar os valores de uma poca, ou seja, aquilo que as pessoas acreditavam ser o melhor modo de agir para viver em sociedade.

    Porm, conforme o tempo passa, a sociedade muda e surgem novas formas de pensar, novos valores nos quais acreditar. No diramos nem melhores, nem piores, simplesmente diferentes. Assim vimos a verso em poema de Jos Paulo Paes e conheceremos agora a verso mais moderna, atualmente circulando na internet, da fbula A cigarra e a formiga.

    TEXTO 5 A cigarra e a formiga (verso com autor annimo)

    Era uma vez uma Formiga e uma Cigarra que eram muito amigas... Durante todo o outono, a Formiga trabalhou sem parar, armazenando comida para o inverno. No aproveitou o sol, a brisa suave do fim de tarde, nem de uma conversa com os amigos a tomar uma cervejinha depois do dia de trabalho.

    Enquanto isso, a Cigarra s andava a cantar com os amigos nos bares da cidade, no desperdiou nem um minuto sequer, cantou durante todo o outono, danou,

    17

  • aproveitou o sol, desfrutou muito sem se preocupar com o mau tempo que estava para vir.

    Passados uns dias, comeou o frio, a Formiguita, exausta de tanto trabalhar, meteu-se na sua pobre guarida cheia de comida at o teto. Mas, algum a chamou da rua, quando abriu a porta teve uma surpresa ao ver sua amiga Cigarra numa ferrari, com um valioso casaco de peles. A Cigarra disse:

    __Ol, amiga! Vou passar o inverno em Paris. Pode cuidar da minha casinha?A Formiga respondeu:__Claro! Sem problemas. Mas o que aconteceu? Onde conseguiu o dinheiro para

    ir a Paris, comprar essa ferrari e esse casaco to bonito e caro?E a Cigarra contou:__Imagina... Eu estava a cantar num bar na semana passada e um produtor

    musical gostou da minha voz. Assinei um contrato para fazer shows em Paris. A propsito, voc precisa de alguma coisa de l?

    __Sim __ disse a Formiga __ Se encontrar com LA FONTAINE (autor da fbula original), MANDA-O MERDA, DA MINHA PARTE!!!

    Moral da histriaAproveita a vida, trabalha e diverte-te em proporo, porque trabalhar em demasiado s traz benefcios nas fbulas de La Fontaine.Trabalhe, mas desfrute da vida, ela nica. Se no encontrares a tua metade da laranja, no desanimes, procura a metade do teu limo, pe-lhe acar, aguardente, gelo e seja feliz!Lembre-se: viver s para trabalhar faz muito bem... ao patrimnio do patro!!

    Disponvel no site:http//:www.princesaxena.com.br (acessado em 13/12/2007)

    CONSTRUINDO OS SENTIDOS DOS TEXTOS

    1) Veja que nas verses estudadas antes, as personagens: cigarra e formiga

    aparecem escritas sempre com letra minscula, assim acontece em todas as

    fbulas tradicionais. Essa escolha tem uma inteno. Qual?

    ____________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    2) No entanto, nessa ltima verso, acontece o inverso: Cigarra e Formiga foram

    escritas com letras maisculas. Que novo sentido essa mudana traz fbula?

    ____________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    3) Em todas as verses lidas, no se v uma indicao precisa do tempo (sabe-se

    que ocorre na passagem do outono para o inverno, porm, no exatamente

    18

  • quando), isso caracterstico nas fbulas. Com qual inteno utilizado esse

    recurso nesse tipo de texto?

    ____________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    4) Consulte a primeira verso lida: a fbula de Esopo. Ela traz um final

    caracterstico, que a distingue de outros textos. Como chamado?

    __________________________________________________________________

    5) Compare-o com o final do texto acima lido e conclua:

    a. A partir desse ensinamento proposto na fbula A cigarra e a formiga, contada

    por Esopo, possvel perceber uma maneira de encarar o mundo: deve-se

    prever sempre o dia de amanh, ou seja, o importante no ser feliz hoje,

    trabalhar para o futuro. Voc concorda com essa forma de encarar a vida?

    Explique.

    _________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    __

    b. possvel conciliar as duas coisas: trabalho e lazer? Como?

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    6) A moral da histria apresentada nas fbulas tem como objetivo levar o leitor a

    formar uma opinio semelhante viso do autor expressa no texto. Diante dessa

    afirmao e das ltimas verses lidas, assinale:

    ( ) A moral da fbula diz o que certo e errado fazer e isso no deve ser

    questionado;

    ( ) A moral da fbula abre a possibilidade de conhecermos como uma sociedade

    ou um autor pensava em determinada poca, permitindo estabelecer

    19

  • comparaes, reflexes, concordando ou discordando, construindo opinies

    prprias sobre o assunto.

    7) Depois de ter lido diferentes fbulas, em verses tradicionais e modernas e

    compreendido melhor como so construdas, complete o quadro abaixo, registrando

    DIFERENAS e SEMELHANAS entre elas, com relao :

    ELEMENTOS COMPARADOS FBULA TRADICIONAL FBULA MODERNAOBJETIVO

    FORMATO DO TEXTO

    PERSONAGENS

    NARRADOR

    TEMPO

    ESPAO

    AO

    TTULO

    FINAL (DESFECHO)

    TAMANHO DO TEXTO

    20

  • CAPTULO 4

    TRABALHANDO COM A CONSTRUO LINGSTICA DA FBULA

    A raposa e o cacho de uvas

    Uma raposa faminta, ao ver cachos de uva suspensos em uma parreira, quis peg-los,

    mas no conseguiu. Ento, afastou-se dela, dizendo: Esto verdes.

    Assim tambm, alguns homens, no conseguindo realizar seus negcios por incapacidade,

    acusam as circunstncias.

    Esopo: fbulas completas. Traduo de Neide smolka. So Paulo, Moderna, 1994.

    DISCUTINDO AS IDIAS DO TEXTO

    21

  • 1)A raposa, no conseguindo pegar os cachos de uva suspensos em uma parreira,

    afastou-se dizendo que estavam verdes. Estariam mesmo verdes as uvas? Explique a fala

    da raposa.

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    2) Voc diria que a raposa foi persistente nesse texto? Justifique.

    _______________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    3) Qual seria sua atitude se quisesse muito algo e no conseguisse obt-lo?

    ( ) simplesmente desistiria;

    ( ) acharia um culpado para se ver livre da responsabilidade do fracasso;

    ( ) tentaria de outras formas conseguir o desejado.

    4) Como toda fbula, esta apresenta tambm uma lio de moral, uma reflexo sobre o

    comportamento humano. Qual ? Copie-a. Voc acha que algumas pessoas realmente

    agem assim? Qual sua opinio sobre esse tipo de reao?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    __________________________________________________________

    Uma das caractersticas fundamentais encontradas nas fbulas de Esopo a BREVIDADE, ou seja, so textos curtos, que narram com preciso as aes ocorridas com as personagens, sem que isso, claro, prejudique a histria contada.

    O jeito de construir a textualidade prpria da fbula contribui para torn-la concisa. Esse recurso valioso na produo de nossos prprios textos, pois permite aos leitores entend-los com mais clareza.

    _ Evitam-se frases separadas por ponto,procura-se reuni-las em um nico perodo;

    _ Evita-se a repetio de palavras iguais, usando pronomes, sinnimos, recursos de pontuao e omisso de palavras.

    22

  • 1) Leia os textos abaixo, observando como os fatos da fbula foram narrados:

    2) Aps a observao bem atenta dos textos A e B, responda:

    2.1. Os dois textos contam o mesmo fato ou no? Qual ou quais diferenas

    podem ser observadas?

    ____________________________________________________________

    2.2. Qual dos dois textos est mais claro, mais conciso, melhor elaborado?

    Justifique.

    _________________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    2.3. O texto a seguir possui problemas semelhantes ao texto A analisado. H

    palavras repetidas desnecessariamente e frases separadas por ponto sem

    juno de informaes afins. Leia-o com calma, observe os termos sublinhados,

    reescrevendo-o de acordo com as caractersticas de um texto claro e conciso

    estudadas:

    Numa floresta moravam dois lees. Os dois lees disputavam o trono. Um leo era forte, o

    outro leo era fraco. O leo forte queria mandar mais, o leo forte se achava o melhor, o mais

    bonito, o mais assustador. Foi quando, num belo dia, domadores invadiram a floresta e os

    domadores capturaram, justamente, o leo que mais belo e forte se achava.

    Moral da histria: Quem tudo quer tudo perde.

    23

    TEXTO A

    Um homem montou uma armadilha. O homem desejava caar um animal bem grande. Foi quando apareceu um pequenino pato. O pato, vendo o que o homem fazia, pensou: Vou pregar uma pea nesse caador!.

    Disfaradamente, o pato acionou a armadilha, deixando preso na armadilha o p do atrapalhado caador.

    Moral da histria: Um dia da caa, o outro do caador.

    TEXTO B

    Um homem montou uma armadilha, desejando caar um animal bem grande. Foi quando apareceu um pequenino pato que, vendo o que ocorria, pensou: Vou pregar uma pea nesse caador!.

    Disfaradamente, a ave acionou a armadilha, deixando preso o p do atrapalhado caador.

    Moral da histria: Um dia da caa, o outro do caador.

  • ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    5) Uma das qualidades que fazem de um texto um BOM TEXTO, como vimos, a no repetio de palavras. Para tanto, uma das formas de se conseguir isso substituir os nomes que se repetem por PRONOMES. Confira:

    a. A raposa viu as uvas, a raposa se ps a dar pulos para alcanar as uvas.

    b. A raposa viu as uvas, ela se ps a dar pulos para alcan-las.

    Reescreva as frases abaixo evitando a repetio de nomes, empregando pronomes:

    As uvas esto verdes, prefiro no comer uvas verdes.

    __________________________________________________________

    Esopo escreveu muitas fbulas, as fbulas deixaram Esopo famoso.

    __________________________________________________________

    A formiga estocava gros para seu sustento, os gros matariam a fome da formiga no inverno.

    __________________________________________________________

    6) Releia o trecho seguinte:

    Uma raposa faminta, ao ver cachos de uva suspensos em uma parreira, quis

    peg-los, mas no conseguiu.

    6.1) A palavra sublinhada foi empregada no texto para evitar a repetio de um

    nome. Qual?_______________________________________________________

    7) Alm de evitarmos as repeties de palavras, um texto tambm requer cuidados

    com relao CONCORDNCIA. As palavras nas frases devem estar combinadas

    harmoniosamente. Observe:

    Viu uma parreira carregada com uvas maduras, deliciosas.

    24

  • Viu um pessegueiro carregado com pssegos maduros, deliciosos.

    Como voc pode ver, o adjetivo concorda em gnero e nmero com o

    substantivo a que se refere.

    7.1) Reescreva a fbula A raposa e o cacho de uvas de Esopo, substituindo as

    palavras indicadas e fazendo as alteraes necessrias.

    a) substitua raposa por animal;

    b) substitua cachos de uva por um cacho de uva.

    Um animal____________, ao ver um cacho de uva__________em uma parreira, quis peg-___, mas no conseguiu. Ento afastou-se dela, dizendo: ________ __________!

    O escritor Monteiro Lobato tambm redigiu verses para fbulas. Vamos conhecer sua verso para o texto A raposa e o cacho de uvas de Esopo.

    A raposa e as uvas

    Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir gua na boca. Mas to altos, que nem pulando. O matreiro bicho torceu o focinho: Esto verdes - murmurou. Uvas verdes, s para cachorros. E foi-se. Nisto, deu um vento e uma folha caiu. A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa, e ps-se a farejar.

    Moral da Histria: Quem desdenha quer comprar.

    Monteiro Lobato. Fbulas. So Paulo, Brasiliense, 1991.

    25

  • 9) No conseguindo apanhar as uvas que tanto queria, a raposa diz estarem verdes e que s serviriam para cachorros. Por que ela cita ces e no qualquer outro animal?

    __________________________________________________________________

    10) Se a raposa desdenhou das uvas dizendo no quer-las mais, por que se volta rapidamente ao ouvir um barulho de algo caindo com o vento?

    __________________________________________________________________

    11) Releia as duas verses da fbula (a de Esopo e a de Monteiro Lobato), procurando observar que, embora ambas apresentem as mesmas idias, a segunda mais detalhada. Compare, nas duas verses, como so apresentados:

    a. A personagem;________________________________________________b. O local;______________________________________________________c. As aes da personagem;_______________________________________d. A reao da raposa, quando percebe que as uvas esto

    altas;________________________________________________________e. A reao da raposa, quando cai algo da rvore;______________________

    ____________________________________________________________f. A moral;______________________________________________________g. A fala da raposa._______________________________________________

    12) Assinale X nas principais mudanas encontradas nas fbulas de Esopo e de Monteiro Lobato:

    ( ) Esopo escreve de forma mais resumida, j Lobato procura ampliar um pouco mais as idias da fbula;

    ( ) O jeito de escrever de Lobato facilita comprender melhor a fbula, pois seu texto d mais detalhes sobre a histria contada;

    ( ) Houve uma mudana de texto narrativo para texto potico;

    ( ) Aparecem mais adjetivos na verso de Lobato que descrevem a personagem e enriquecem o enredo;

    ( ) Embora hajam mudanas no jeito de contar de cada autor, os fatos narrados continuam os mesmos.

    13) Quando Dona Benta, personagem de Monteiro Lobato, contou essa fbula a seus netos, Emlia comentou: Que coisa certa, vov! Outro dia vi essa fbula em carne e osso. A filha do Elias Turco estava sentada porta da venda. Eu passei com meu vestidinho novo de pintas cor-de-rosa e ela fez um muxoxo: No gosto de chita cor-de-rosa. Uma semana depois, eu a encontrei toda importante num vestido cor-de-rosa, igualzinho ao meu, namorando o filho do Quind....

    (Monteiro Lobato. Fbulas. So Paulo, Brasiliense, v.3. p. 452.)

    26

  • E voc, j presenciou ou saberia dar um outro exemplo de alguma situao semelhante analisada na fbula? Conte-a para seus colegas, dando seu ponto de vista.

    ESTUDANDO AS VOZES DO TEXTO

    Toda histria que lemos ou ouvimos, nos contada por um narrador. Ele pode participar da narrativa (narrador personagem) ou pode simplesmente cont-la como algum que observou de fora a cena (narrador observador). Atravs da fala (voz) do narrador, podemos conhecer os fatos acontecidos. O narrador pode, tambm, falar pela personagem ou dar-lhe voz para que a prpria personagem fale.

    1) Na fbula A raposa e as uvas, o narrador participa da histria ou simplesmente conta a histria estando fora dela? Qual o nome dado a esse tipo de narrador?

    __________________________________________________________________

    2) Destaque na fbula A raposa e as uvas, com amarelo, a voz somente do narrador e com lpis vermelho a fala da personagem raposa.

    3)Preste ateno na fala da raposa na fbula de Esopo e depois veja como a fala dela aparece na verso de Lobato. Percebeu diferenas com relao pontuao? Quais?

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4) Essas duas possibilidades de se colocar as falas das personagens no texto esto corretas? Qual normalmente, voc usa na construo de seus textos narrativos?

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________

    5)Observe a narrao do seguinte trecho: No conseguindo ver seu time vitorioso no campeonato escolar, o garoto disse que no tinha problema nenhum, no ligava se ganhasse ou perdesse mesmo.

    Como poderia ser a voz do garoto se ele falasse diretamente. Reescreva o trecho usando o Discurso direto fazendo as alteraes necessrias.

    a) Utilize aspas.

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) Utilize pargrafo e travesso.

    ______________________________________________________________________________________________________________

    27

  • ___________________________________________________________________________________________________________

    Como voc percebeu, as falas das personagens podem vir destacadas de duas maneiras: por meio de aspas, na mesma linha do narrador e por meio de pargrafo e travesso, escritas na outra linha. Quando isso ocorre, ou seja, a personagem fala diretamente com sua voz, chama-se DISCURSO DIRETO. Quando o narrador, indiretamente, conta o que a personagem falou, ou seja, usa a forma indireta para expor a fala da personagem, chama-se DISCURSO INDIRETO.

    Observe:

    O matreiro bicho torceu o focinho: Esto verdes - murmurou. Uvas verdes, s para cachorros. (DISCURSO DIRETO)

    O matreiro bicho torceu o focinho murmurando que estavam verdes e que uvas verdes seriam s para cachorros. (DISCURSO INDIRETO)

    6) Leia a fbula a seguir, no h pontuao nenhuma nas falas das personagens, escolha uma das formas vistas de construo de discurso direto e reescreva-a.

    O caranguejo e sua me

    A me, tentando ensinar seu filhinho caranguejo, disse No andes de lado, nem esbarre teu corpo no rochedo mido. E ele disse Me, tu, se queres ensinar-me, anda direito e eu, olhando, te imitarei.

    conveniente que os que repreendem os outros vivam e andem direito e, ento, ensinem de acordo.

    As Fbulas Revisitadas na Atualidade

    As fbulas, histrias milenares, nos fascinam at os dias de hoje pelo seu carter mgico e principalmente pelo que ela representa e simboliza. Ao retratar os animais nos fazem refletir seriamente sobre o comportamento humano. Talvez por isso, elas tenham encantado a todos e em especial escritores que no cansam de recont-las. Atualmente, estas verdades ditas nas entrelinhas so revisitadas de diferentes e criativas formas e linguagens.

    28

  • 7) Leia a recriao moderna da fbula A raposa e as uvas na verso bem humorada de J Soares, publicada na revista VEJA.

    Desfabulando

    A raposa e as uvas

    Passava certo dia uma raposa perto de uma videira. Apesar de normalmente nunca se alimentar de uvas, pois se trata de um animal carnvoro e no vegetariano - o que nos faz desconfiar um pouco da fbula original -, sua ateno foi chamada pela beleza dos cachos que reluziam ao sol. Fenmeno estranhssimo, uma vez que, geralmente, para desespero dos ecologistas, dos adeptos de alimentos naturais, toda fruta cultivada revestida por uma fina camada protetora de inseticida e dificilmente pode refletir a luz solar com tal intensidade. Sendo curiosa e matreira como toda a raposa matreira e curiosa, aproximou-se para melhor observar a videira. Os cachos estavam colocados muito acima de sua cabea, e o animal (sem insulto) no teve oportunidade de prov-los, mas, sendo grande conhecedor de frutas, bastou-lhe um olhar para perceber que as uvas no estavam maduras.

    "Esto verdes" - disse a raposa, deixando estupefatos dois coelhos que estavam ali perto e que nunca tinham visto uma raposa falar. Alis, depois dos ltimos acontecimentos envolvendo gravadores ocultos, as raposas andavam cada vez mais caladas. Na verdade, seu comentrio foi ainda mais espantoso, uma vez que as uvas no eram do tipo moscatel, mas sim pequeninas e pretas, podendo facilmente serem confundidas, primeira vista, com jabuticabas. Note-se por esse pequeno detalhe aparentemente sem importncia o profundo conhecimento que a raposa tinha de uvas ao afirmar, com convico, que, apesar de pretas, elas eram verdes. Dito isso, afastou-se daquele local e foi tentar mais uma vez comer o queijo do corvo, outra compulso neurtica, pois sabemos perfeitamente que a raposa odeia queijo. Horas depois, passa em frente mesma videira outra canis vulpes (nome sofisticado do mesmo bicho), mais alta do que a primeira. Sua cabea alcana os cachos e ela os devora avidamente. No dia seguinte ao frutfero festim, o pobre bicho acorda com lancinantes dores estomacais. Seu veterinrio, imediatamente convocado, diagnostica uma intoxicao provocada por farta ingesto de uvas verdes.

    Moral: Nem todas as raposas so despeitadas.

    (J Soares (Revista Veja - 1/abril/1992)

    7.1) Observe nos seguintes exemplos, como o prefixo des modifica as palavras.

    a. Eu fiz meu vestido de noiva mas o desfiz quando voc me abandonou.b. Eu arrumei a casa e voc desarrumou-a.c. A casa foi montada na segunda-feira e desmontada pelo vendaval na tera-feira.

    Baseando-se nos exemplos anteriores, o que significa desfabular?

    __________________________________________________________________

    7.2) Atravs de muita ironia, isto , de um jeito debochado e engraado, Millr tira sarro e questiona a moral proposta pela fbula original de Esopo. Vamos fazer um

    29

  • levantamento desses elementos irnicos. Localize no texto os comentrios que o autor tece em relao aos fatos abaixo, registrando-os em seguida.

    a. O interesse de raposa por uvas;

    ____________________________________________________________

    b. Cachos que reluziam ao sol;

    ____________________________________________________________

    c. Todas as raposas serem matreiras e curiosas;

    ____________________________________________________________

    d. Se referir raposa como animal;

    ____________________________________________________________

    e. A raposa falar;

    ____________________________________________________________

    f. Uvas pretas estarem verdes;

    ____________________________________________________________

    g. A raposa ir comer o queijo do corvo;

    ____________________________________________________________

    h. Chamar a raposa de canis vulpes.

    __________________________________________________________

    7.3) Alis, depois dos ltimos acontecimentos envolvendo gravadores ocultos, as raposas andavam cada vez mais caladas.

    H, neste trecho do texto, uma referncia explcita a acontecimentos polticos que pautavam a vida nacional, especialmente quanto a denncias contra diversos parlamentares reveladas a partir da gravao de conversas particulares.

    a. A quem, ento, o autor est chamando de raposas? Voc concorda? Comente.

    _______________________________________________________________________________________________________________________________

    8) De acordo com a moral da histria de cada uma das trs verses da fbula A raposa e as uvas lidas, descubra a que fbula se referem as explicitaes a seguir:

    A. EsopoB. Monteiro LobatoC. J Soares

    30

  • ( ) Culpa as circunstncias pelo fracasso das pessoas, incutindo nelas o comodismo, o

    desinteresse de tentar sempre uma vez mais;

    ( ) Sugere ao texto um novo sentido, fugindo do carter obrigatrio de ter que ter um

    ensinamento, valorizando o carter ldico, do humor, da possibilidade de tentar muitas

    vezes e at de errar sem culpa;

    ( ) Trata de tipos de pessoas que, quando no conseguem ou no tm o que querem,

    ao invs de irem luta, desanimam e desistem, desvalorizando o objeto ou a situao

    desejada.

    9) O escritor Millr Fernandes diz: Fazer humor adotar uma forma completamente

    desinibida e descondicionada de ver as coisas.

    As palavras acima destacadas caracterizam o substantivo forma, so chamadas de ADJETIVOS. Adjetivos so as palavras que modificam os substantivos, atribuindo-lhes certas caractersticas, como qualidades, defeitos, estados,modos de ser.

    a) procure no dicionrio o significado dos adjetivos acima destacados.

    _ desinibido:__________________________________________________

    _ descondicionado:_____________________________________________

    Com relao ao gnero estudado FBULA, que compreenso podemos construir a partir da frase desse escritor.

    __________________________________________________________________

    10)Vimos que, na verso da fbula A raposa e as uvas escrita por J, a raposa adquire caractersticas humanas, adjetivos que representam atitudes e comportamentos prprios de pessoas. Esse um aspecto fundamental no entendimento das fbulas. Relacione a seguir quais adjetivos, geralmente, caracterizam as personagens animais das fbulas simbolizando tipo de pessoas:

    1. raposa { } trabalhadeira, organizada2. leo { } feio, agourento3. pavo { } vagarosa, lenta4. lobo { } ingnuo, inocente, frgil5. burro { } perigosa, traioeira6. corvo { } estpido, ingnuo, bobo7. formiga { }forte, poderoso8. serpente { }vaidoso9. ovelha { } fiel, protetor, amigo10. co { }astuta, esperta11. tartaruga { } mau, feroz

    31

  • CAPTULO 5

    PRODUZINDO UMA FBULA

    Ufa! At que enfim chegou o momento de criarmos nosso FABULRIO, nossa coletnea de fbulas. Agora, FABULAREMOS, ou seja, narraremos em forma de fbulas, produzindo um livro ilustrado. E vocs sero os FABULISTAS, isto , os autores.

    Parece complicado? Que nada! Estamos, com certeza, bem preparados para esta tarefa, j que tivemos a oportunidade de conhecer escritores que souberam contar, recontar e encantar com suas verses rememorando para nosso deleite essas histrias to cheias de ensinamentos, escritas no para que simplesmente as aceitemos como verdades absolutas, mas com direito a discordar delas se preciso, contrapondo nossos pontos de vista, argumentando, polemizando, enriquecendo o nosso jeito de ver e pensar o mundo.

    No pra por a no! Faremos uma solenidade de apresentao de nosso livro aos demais alunos, professores, pais e comunidade, encenando algumas fbulas criadas, autografando exemplares do nosso fabulrio. Divulgando assim, um trabalho realizado individualmente e em equipe que valoriza a arte da escrita e da leitura como manifestaes que contribuem para humanizar o mundo.

    Propondo a escrita de uma fbula

    Como voc aprendeu, a fbula uma pequena narrativa, cujas personagens so

    geralmente animais que pensam, falam e agem como se fossem seres humanos. A

    fbula encerra uma lio de moral, ensinamentos que chamam a ateno para o nosso

    modo de agir e de pensar.

    Alm disso, apresenta forma concisa, personagens simples, dilogos curtos, quase

    ausncia de descries. O narrador sempre um observador que no participa da

    histria. As personagens caracterizam-se por um nico trao: o cordeiro ingnuo; a

    raposa esperta; o pavo vaidoso. Isso torna mais fcil identific-los com o ser humano.

    32

  • Apresentando a proposta

    Certamente seu repertrio de fbulas aumentou muito no decorrer desse projeto,

    alm das fbulas lidas e estudadas aqui, voc pesquisou e compartilhou com sua turma

    tantas outras, enriquecendo, assim, seu acervo relativo a esse gnero.

    Escolha, ento, uma fbula conhecida, criando uma nova verso para ela,

    modernizando-a e, se quiser, usando de bom humor como fez J Soares _

    DESFABULANDO.

    Planejando sua escrita

    Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, preste ateno nas dicas a seguir que

    faro de seu texto um BOM TEXTO;

    Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar

    diretamente deles (narrador observador);

    Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos

    que melhor condizem com as pessoas que sero retratadas na fbula;

    Seja conciso, no abuse das descries, rena informaes em um texto

    breve. Evite repeties de palavras, use bem o recurso da pontuao;

    Faa dilogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com

    travesso;

    Escreva a moral da histria de modo explicativo ou utilizando um

    provrbio;

    D um ttulo.

    Sabe o que so PROVRBIOS?So dizeres que fazem parte do conhecimento popular. So

    frases feitas , cujo contedo tem por objetivo alertar, aconselhar de forma indireta e rpida.Esopo terminava suas fbulas com frases explicativas, representando a moral, j os fabulistas a partir de Monteiro Lobato,introduziram os provrbios como encerramento

    33

  • de seus textos, utilizando-os de forma precisa e engraada para conseguirem o efeito desejado.

    Alguns provrbios para voc relembrar:_ Quem com ferro fere, com ferro ser ferido!_ Quem no deve, no teme._ Quem ama o feio, bonito lhe parece._ Quem no arrisca, no petisca._ Mais vale um pssaro na mo do que dois voando._ Pau que nasce torto nunca se endireita.

    Avaliando sua escrita

    Aspectos a observar: De acordo. Melhorar.1) Criou personagens caractersticos de uma fbula? Descreveu-os de maneira breve?

    2)Na histria, as atitudes e o modo de pensar das personagens podem ser comparados com seres humanos?3) Criou uma situao-problema envolvendo as personagens, criando, assim, um conflito?4) A resoluo do problema combina com sua inteno e com a moral criada para a fbula?5)A moral escolhida para a histria combina com a fbula escrita e com sua inteno?6) O texto est conciso, reuniu vrias informaes em trechos curtos, organizando as idias de forma clara, usando sinais de pontuao?7) Evitou repeties de palavras, substituindo-as por pronomes, sinnimos ou simplesmente eliminando-as, caso faa sentido?8) As falas das personagens aparecem sinalizadas com aspas ou pargrafo e travesso?9) Utilizou um narrador observador para contar os fatos?10) O tempo e o espao da histria esto indeterminados como nas fbulas?11) O ttulo adequado ao texto e tpico de uma fbula?

    Reescrevendo sua fbula

    34

  • Feitas todas as observaes acima necessrias, procure, ainda, trocar de

    trabalho com alguns colegas. Dessa forma, seu texto ser corrigido por voc e por

    outros revisores, diminuindo qualquer possibilidade de inadequaes. Aps esse

    trabalho, o professor far a averiguao final, destacando as contribuies que

    forem precisas.

    Lembre-se: sua fbula ser publicada em livro o que faz com que sejam

    redobrados os cuidados. S ento passe-a a limpo em material combinado para a

    montagem do livro.

    Ilustrando a fbula

    A arte final um fator indispensvel para o sucesso do trabalho. Saiba que

    no s mera reproduo visual do texto escrito; , sim, um novo texto que se faz

    vislumbrar, enriquecendo, ampliando e complementando o j existente. Portanto,

    CAPRICHE!!

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  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    COLOGNESE, R.M. Revisitando as fbulas. Projeto Folhas disponvel em www.diaadia.pr.gov.br. Acessado em 19 de set de 2007

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    FERNANDES, M.T.O.S. Trabalhando com os gneros do discurso: narrar fbula. So Paulo: FTD, 2001.GARCIA, A.L. AMOROSO, M.B. Olha a lngua: Lngua Portuguesa. So Paulo: FTD, 1999.

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    PAES, Jos Paulo. Poemas para brincar. tica, So Paulo 1989.QUINO. Toda Mafalda. Martins Fontes, So Paulo 1995. REVISTA VEJA. Fragmento de anncio do Banco Bilbao Vizcaya. Publicado em 5 de maio de 1999.

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    SOUTO, M.A.G. Confabulando valores. Artigo disponvel em www.portrasdasletras.com.br. Acessado em 19 de set de 2007

    LOPES-ROSSI, M. A. G. Gneros discursivos no ensino de leitura e produo de textos. Taubat: Cabral, 2002.CABRAL, I. C. M. Palavra aberta. So Paulo: Atual,1995.CASTRO, M. C. Portugus: idias & linguagens. So Paulo: Saraiva,1997.BISOGNIN, T. R. Descoberta & construo: portugus. So Paulo: FTD, 1991.

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    CAPTULO 1 Identificando o gnero fbula

    TEXTO 1 O tigre e a raposa TEXTO 2 Negcios no trnsitoTEXTO 3 O leo e a raposaCAPTULO 2DESCOBRINDO O CONTEXTO DE PRODUO DA FBULACAPTULO 3SABENDO AINDA MAIS SOBRE AS FBULASTEXTO VISUAL ANNCIO PUBLICITRIOABRINDO O DEBATELENDO E COMPARANDOTEXTO 1 A cigarra e a formiga (ESOPO)TEXTO 2 A cigarra e a formiga (verso de LA FONTAINE)TEXTO 3 A cigarra e a formiga Texto 4 SEM BARRA (verso potica de Jos Paulo Paes)TEXTO 5 A cigarra e a formiga (verso com autor annimo)CONSTRUINDO OS SENTIDOS DOS TEXTOSCAPTULO 4 TRABALHANDO COM A CONSTRUO LINGSTICA DA FBULAESTUDANDO AS VOZES DO TEXTOAs Fbulas Revisitadas na AtualidadeCAPTULO 5PRODUZINDO UMA FBULAPropondo a escrita de uma fbulaApresentando a propostaPlanejando sua escritaAvaliando sua escritaReescrevendo sua fbulaIlustrando a fbulaREFERNCIAS BIBLIOGRFICAS