Fábula da política moderna

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Formatação by: Ana Arkia

Fábula Moderna

Autoria do texto: Ronald Reagan

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Uma galinha achou alguns grãos de trigo

e disse aos vizinhos:

“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer.

Alguém me quer ajudar a plantá-lo?”

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“Eu não, estás parva !” - disse a vaca.

“Nem eu, tenho mais que fazer !” - emendou o pato.

“Eu muito menos” - completou o

bode.

“Eu também não” - retorquiu o porco.

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“Então, eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez.

O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados.

“Quem me vai ajudar a colher o trigo?” - quis saber a galinha.

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“Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido” - disse o pato.

“Não, depois de tantos anos de

serviço”, - exclamou a vaca.

“Não faz parte das minhas funções. Só se pagares

algum sem recibo” - disse o porco.

“Eu arriscava-me a perder o fundo de

desemprego” - disse o bode.

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“Então, eu mesma colho” - disse a

galinha, e colheu o trigo, ela

própria.

Finalmente, chegara a hora de amassar o pão.

“Quem me vai ajudar a cozer o pão?” - indagou a galinha.

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“Só se me pagarem horas extra” - exclamou

a vaca.

“Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença” -

continuou o pato.

“Eu fugi da escola e não aprendi essas merdas ! Ganho bem

com a passa !” - disse o porco.

“Caso seja sozinho a ajudar, é

discriminação” - resmungou o bode.

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“Então, eu mesma faço” - exclamou a pequena galinha.

Cozeu cinco pães e pô-los a todos numa cesta para

que os vizinhos pudessem ver.

De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um

bocado. A galinha disse simplesmente:

“Não! Vou comer os cinco pães sozinha”.

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“Lucros excessivos, sua agiota!” - gritou a vaca.

O porco grunhiu: - A Paz, o

Pão, Educação, são para todos!

Direitos do Povo!

“Sanguessuga capitalista!” - exclamou o pato.

“Eu exijo direitos iguais!” - bradou o

bode.

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Pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e

marcharam em protesto contra a

galinha, gritando obscenidades, como as

claques dos clubes de futebol.

INJUSTIÇA!

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Chamado um fiscal do governo, disse à

pobre galinha: “Você, galinha, não pode ser

assim tão egoísta. Você ganhou pão a

mais, tem de pagar muito imposto”

“Mas eu ganhei esse pão com meu próprio

trabalho e suor” - defendeu-se a galinha.

Os outros não quiseram

trabalhar! - Retorquiu

sentida.

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“Exactamente” - disse o funcionário do governo.

“Essa é a vantagem da livre iniciativa.

Qualquer pessoa, numa empresa, pode ganhar o que quiser

Pode trabalhar ou não trabalhar. Mas, de acordo com a nossa

moderna legislação,a mais adiantada do Mundo, os

trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto do

trabalho com os que não fazem nada”.

Além disso há as mais valias, o

IRS, a ex- Sisa, o desconto para a

CNP, o IRC, o aumento dos

combustíveis, o imposto

Automóvel, o selo do carro, o perdão

aos clubes de futebol, que tem de

ser pagos para garantir a nossa

Saúde e a nossa Educação e a

nossa Justiça !

Todas elas as melhores do Mundo !

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E todos viveram felizes para

sempre, inclusive a pequena

galinha, que sorriu e cacarejou:

“Eu estou grata”, “Eu estou grata”.

Os vizinhos é que passam o

tempo a perguntar porque é que

a galinha nunca mais fez um pão.

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Esta fábula deveria ser distribuída e estudada

em todas as escolas.

Talvez

que, assim,

decorridas uma ou duas

gerações, a

mensagem central pudesse tomar o lugar

de toda essa papagaiada pseudo-igualitária

que insiste em deprimir um país

e condená-lo ao eterno miserabilismo.