Fabiano de Sousa Oliveira - versão final - UESB · suprindo o solo com cálcio até as camadas...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESB DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA-DFZ
PERSPECTIVAS DO USO DE GESSO AGRÍCOLA EM CAFEZAIS NO PLANALTO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIA
FABIANO DE SOUSA OLIVEIRA
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA 2013
FABIANO DE SOUSA OLIVEIRA
PERSPECTIVAS DO USO DE GESSO AGRÍCOLA EM CAFEZAIS NO PLANALTO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIA
Monografia apresentada à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão da Cadeia Produtiva do Café com Ênfase em Sustentabilidade, para obtenção do título de “Especialista”.
Orientador: Esp. Hugo Andrade Costa
Co-Orientador(a): DS.c Sandra Elizabeth de Souza
Co-Orientador: Pós-doutor. Bernardo van Raij
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA 2013
RESUMO
OLIVEIRA, F de S. Perspectivas do uso de gesso agrícola em cafezais no Planalto de Vitória da Conquista – Bahia. Vitória da Conquista- BA: UESB, 2013. 46 p. ( Monografia – Especialização Latu sensu em Gestão da Cadeia Produtiva do Café com Ênfase em Sustentabilidade)¹
O gesso agrícola, é um composto dihidratado de fórmula (CaSO4.2H2O),
classificado como sulfato de cálcio. Quando adicionado ao solo ele age como
melhorador, em função do ânion acompanhante do Ca+2 é o SO4-2, que ao contrário do
CO3-2, não se perde por volatilização desce no perfil, acompanhado pelo cálcio. O
objetivo deste trabalho foi avaliar as condições de solo, adotando parâmetros, tanto
químico, quanto físico na recomendação de gesso agrícola. O experimento foi
conduzido na região do Planalto de Vitória da Conquista no campo experimental -
UESB e nas fazendas Espírito Santo e Urubamba, ambas situadas no município de
Barra do Choça - Bahia. A coleta foi realizada, retirando-se cinco amostras de solo de
cada localidade, nas profundidades de ( 0 – 20 cm); (20 – 40 cm); (40 – 90 cm ); (90 –
140 cm); (140 – 190 cm); todas encaminhadas ao laboratório de análise química da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Foi feita análise química e física,
utilizando os elementos cálcio, alumínio, saturação por alumínio, como valores de
referência para adoção da recomendação de gesso. Com base nesses resultados, utilizou
– se a camada de (20 a 40 cm) de solo para base de cálculo. Na recomendação de gesso
agrícola para o campo da UESB as doses variaram entre 0,55 a 3,01t/ha, utilizando
método químico e físico. Nas Fazendas Espírito Santo e Urubamba os dados
encontrados na análise de solo não recomendaram a utilização de gesso agrícola. Uma
abordagem cientifica, mais minuciosa, acerca das características do solo para indicação
de gesso agrícola é de fundamental importância para a melhoria das lavouras cafeeiras.
Palavras – chave: Coffea arabica, gesso agrícola e sustentabilidade. ¹ Orientador: professor. Hugo Andrade Costa. UESB
ANEXO A
Quadro 1 Critérios para Interpretação de Análises de Solo (pH(1)) para fins de Avaliação da Fertilidade no Estado de Minas Gerais................ 10
Quadro 2 Diferenças na composição das rochas fosfáticas de origem sedimentar e ígnea........................................................................... 38
Quadro 3 Diferenças na composição das rochas fosfáticas de origem sedimentar e ígnea.......................................................................... 38
ANEXO B
Figura 1. Regiões produtoras de café na Bahia................................................... 39Figura 2. Croqui da área de coleta de solo, formato zigue-zague........................ 14Figura 3. Materiais utilizados em coleta (baldes e trados).................................. 14Figura 4. Materiais utilizados em coleta ( saco plástico, etiquetado, régua)......... 14Figura 5. Materiais utilizados na coleta de Solo (baldes, trado e espátula).......... 14Figura 6. Materiais utilizados (trado tipo inox acoplado a haste de 1,50 cm)....... 14Figura 7. Materiais utilizados ( trado tipo inox; balde e espátula)...................... 14
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Classes de interpretação para a acidez ativa do solo (pH)1........................ 4 Tabela 2 Classes de interpretação de fertilidade do solo para a matéria
orgânica e para o complexo de troca catiônica..................................... 5
Tabela 3 Gesso Agrícola e sua composição química no “Fosfogesso”............... 7 Tabela 4 Anidrita (CaSO4) utilização na Industria Cimenteira........................... 7 Tabela 5 Composição Gesso Gipsita.............................................................. 7 Tabela 6: Análise química de solo................................................................................. 18Tabela 7 Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. UESB..... 18Tabela 8 Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio.
UESB................................................................................................ 18Tabela 9 Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. UESB...... 19
Tabela 10 Valores para recomendação de gesso agrícola. UESB....................... 21Tabela 11 Análise Física de Solo- Cafezal- UESB............................................ 22Tabela 12 Valores tabulados de recomendação de gesso pelo método físico –
UESB................................................................................................ 22
Tabela 13 Resumo das recomendações de gesso agrícola.................................. 23
Tabela 14 Análise Química de Solo- Fazenda Espírito Santo............................ 23Tabela 15 Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. (Fazenda
Espírito Santo)...................................................................................... 23
Tabela 16 Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio. (Fazenda Espírito Santo)......................................................................
23
Tabela 17 Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. (Fazenda Espírito Santo)......................................................................................
23
Tabela 18 Valores de recomendação de gesso fazenda Espírito Santo............... 26Tabela 19 Análise Física de Solo- Fazenda Espírito Santo................................... 26Tabela 20 Valores de recomendação de gesso pelo método físico fazenda
Espírito Santo................................................................................... 27
Tabela 21 Resumo das recomendações de gesso agrícola- fazenda Espírito Santo.................................................................................................
27
Tabela 22 Análise Química de Solo- Fazenda Urubamba.................................. 28Tabela 23 Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. Fazenda
Urubamba......................................................................................... 28
Tabela 24 Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio. Faz.Urubamba..................................................................................
28
Tabela 25 Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. Faz.Urubamba..................................................................................
28
Tabela 26 Valores de recomendação de gesso. Fazenda Urubamba................... 31Tabela 27 Análise física de solo- Fazenda Urubamba........................................ 31Tabela 28 Valores de recomendação de gesso método físico – Fazenda
Urubamba......................................................................................... 31
Tabela 29 Resumo das recomendações de Gesso agrícola................................. 32
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo cafezal. (UESB)....... 19
Gráfico 2: Valores de Saturação por Alumínio no Perfil do Solo. (UESB)........ 20
Gráfico 3 Valores de pH (potencial hidrogeniônico) UESB............................. 20
Gráfico 4: Percentual de saturação por bases –UESB..................................... 21
Gráfico 5 Variação do teor de argila no perfil do solo, cafezal- UESB............ 22Gráfico 6 Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo. (Fazenda Espírito
Santo)................................................................................................. 24
Gráfico 7: Valores de saturação por alumínio no perfil do solo fazenda Espírito Santo)...................................................................................
24
Gráfico 8 Valores de pH (potencial hidrogeniônico) -fazenda. Espírito Santo 25
Gráfico 9: Percentual de saturação por bases- Fazenda Espírito Santo.............. 26
Gráfico 10: Variação do teor de argila no perfil do solo- fazenda Espírito Santo 27
Gráfico 11: Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo. cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano......................................................................
29
Gráfico 12: Valores de saturação por alumínio no perfil do solo. cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano...........................................................
29
Gráfico 13 Valores de (pH) (potencial hidrogeniônico) cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano.....................................................................
30
Gráfico 14 Percentual de saturação por bases- cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano................................................................................
30
Gráfico 15: Variação do teor de argila no perfil do solo- cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano......................................................................
31
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1 2 - OBJETIVO.................................................................................................. 2 2.1 - Geral............................................................................................................ 2 2.2 - Específico..................................................................................................... 2 3 - REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 3 3.1 - Características da fertilidade do solo na cafeicultura.................................. 4 3.2 - Gesso agrícola e sua composição química.................................................. 5 3.3 - Solubilidade e efeito do gesso agrícola....................................................... 6 3.4 - Gesso e sua fonte de nutrientes .................................................................. 6 3.5 - Ação tóxica do alumínio e presença de sódio............................................. 7 3.6 - Interpretação granulométrica e potencial hidrogeniônico (pH).................. 8 4 - JUSTIFICATIVA....................................................................................... 11 5 - MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 12 5.1 - Características dos Cafezais........................................................................ 12 5.2 - Amostragem do Solo................................................................................... 13 5.2.1 Representação das atividades e materiais utilizados em campo................. 14 5.3- Variáveis da análise química do solo.......................................................... 15 5.3.1- Análise Química do Solo............................................................................. 15 5.3.2- pH em água.............................................................................................. 15 5.3.3- Alumínio Trocável (Al³+)......................................................................... 15 5.3.4- Cálcio e Magnésio Trocáveis..................................................................... 15 5.3.5- Potássio (K+) Disponível............................................................................. 15 5.4- Análise Física de Solo................................................................................. 15 5.4.1 Método da Pipeta (Argila)........................................................................... 16 5.5 – Critérios de diagnose para uso do Gesso Agrícola.................................... 16 5.5.1- Parâmetros de avaliação para valores de cálcio, alumínio e saturação por
alumínio....................................................................................................... 16
5.5.2- Métodos de recomendação de Gesso.......................................................... 16 5.5.3- Método Químico......................................................................................... 16 5.5.4- Método Físico............................................................................................. 17 6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................. 18 6.1 - Campo agropecuário da UESB, índice pluviométrico de 800 mm/ano...... 18
6.2 – Cafezal do município de Barra do Choça, índice pluviométrico 950 mm/ano.........................................................................................................
23
6.3 – Cafezal do município de Barra do Choça, índice pluviométrico 1.150 mm/ano.........................................................................................................
28
7 - CONCLUSÃO............................................................................................. 33 8 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.......................................................... 34 ANEXO A................................................................................................... 38 ANEXO B .................................................................................................. 39
1
1- INTRODUÇÃO
O cafeeiro é uma planta perene de clima tropical, pertencente a família das
Rubiaceas e gênero Coffea que reúne diversas espécies.
Na segunda estimativa lançada em maio de 2013, a Bahia irá produzir 1.161,7
mil sacas beneficiadas de café arábica e 749,8 mil sacas de conilon, totalizando 1.911,5
mil sacas de café, com produtividade média de 14,21 sacas por hectare. (CONAB,
2013).
O café arábica da região do Cerrado baiano é responsável por 464,1 ( mil sacas
beneficiadas), somado com 697,6 ( mil sacas beneficiadas), produzidas no Planalto.
(CONAB, 2013).
“O Estado produz desde a Chapada Diamantina, Planalto da Conquista e região
de Itiruçu/Vale do Jiquiriçá e Brejões”. (FERNANDES, 2011).
A grande maioria das lavouras de café da região Sudoeste da Bahia, concentra-se
em solos de baixa fertilidade natural e que, certamente, tem problemas nutricionais
específicos (SOUZA et al., 2000).
Segundo Vieira e Amorim (1996), os solos da região de Planalto de Vitória da
Conquista, onde é cultivado o café, são classificados como Latossolo Amarelo e
Latossolo Vermelho Amarelo. São solos que, originalmente, apresentam baixa
fertilidade, nível elevado de alumínio, o pH apresenta-se muito ácido e o índice de
saturação por bases apresenta-se muito abaixo do ideal para o cultivo de café (DUTRA
NETO, 1997). Nessas condições, a fertilidade deve ser reconstituída para o bom
desenvolvimento e produtividade adequada dos cafeeiros (MATIELLO et al., 2005).
Na agricultura “o gesso agrícola tem o papel de melhorar a qualidade do solo,
suprindo o solo com cálcio até as camadas mais profundas. O gesso agrícola, quando
aplicado no solo, movimenta-se ao longo do perfil com a influencia do excesso de
umidade” (BELCHIOR et al., 2010).
Com a perspectiva de reduzir os efeitos tóxicos do alumínio, surge a proposta de
utilização de gesso agrícola para a melhoria das condições subsuperficiais do solo na
cafeicultura.
2
2 - OBJETIVO
2.1 Geral
• Verificar as perspectivas de uso do gesso agrícola em cafezais com diferentes
médias pluviométricas dos municípios de Vitória da Conquista e Barra do Choça
- Bahia.
2.2 Específico
• Verificar a possibilidade de melhoria da fertilidade do subsolo, específico na
camada de 20 a 40 cm de profundidade com a utilização de gesso agrícola.
3 – REFERENCIAL TEÓRICO
De origem africana (nordeste da África) a lenda de Kaldi registrada nos
manuscritos do Iêmen no ano de 575, é considerada a primeira referência alusiva ao
café (MARTINS, 2008).
Segundo o historiador CARVALHO, “os primeiros povos a fazer uso do café
foram os árabes, em meados do século XV (1440). Também foram eles os primeiros a
cultivar o cafeeiro no Iêmen, em princípios do século XVI, com sementes coletadas na
Etiópia, centro de origem ou de diversificação e dispersão da espécie Coffea arabica, a
única descrita na época”. (CARVALHO, 2007).
No século XX, por volta das “décadas de 60, 70 e 80 o Brasil exportou entre 15
e 18 milhões de sacas de café por ano, com uma participação de 27% do volume
exportado mundialmente. Na década de 90, as exportações brasileiras ficaram no
mesmo patamar, porém a participação no mercado mundial caiu, situando-se em 20%
das exportações mundiais de café, as quais giram em torno de 78 milhões de sacas/ano”.
(ABIC, 2005).
Em 2012, a produção de café no mundo, segundo a Organização Internacional
do Café - OIC, foi cerca de 144,5 milhões de sacas de 60 kg. Desse total, o Brasil
produziu 50,8 milhões, seguido pelo Vietnã (22 milhões), Indonésia (10,9 milhões),
Colômbia (8 milhões) e ainda Etiópia, Honduras, Índia, México e outros países. Pode-se
dizer que de cada três xícaras de café consumidas no mundo, uma é de origem
brasileira. Em outras palavras, a produção de café no Brasil é responsável por cerca de
um terço da mundial, o que faz do Brasil o maior produtor e exportador. O País é
também o segundo maior consumidor, após os EUA. (ABIC, 2013).
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior
consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,3
milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores que fazendo parte de associações
e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com dimensões continentais, o
país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a
produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés. (CONAB, 2013).
No estado da Bahia o café é produzido nas regiões de Vitória da Conquista
quanto em cidades da Chapada) e no Planalto da Conquista, Oeste Baiano, e regiões de
de Itiruçu, Vale do Jiquiriçá e Brejões. (Figura 1). Nos últimos anos verificou- se uma
baixa na produtividade dos cafeeiros da região do planalto da Conquista, fator este
atribuído aos “ efeitos da seca ”, (CONAB, 2013).
Considerando que “ com as chuvas regularizando nas regiões produtoras, é
normal ainda ocorrer floradas até o mês de janeiro nas regiões produtoras de arábica,
estes índices poderão ser ampliados, apesar das lavouras ainda estarem bastante
desfolhadas, favorecendo ao baixo pegamento das floradas”. (CONAB, 2013).
3.1 - Características da Fertilidade do Solo na Cafeicultura
Na avaliação da acidez do solo, deve-se levar em consideração as características
acidez ativa ( ou pH ) e a trocável, a saturação por alumínio e por bases, a acidez
potencial e o teor de matéria orgânica, que estão relacionadas entre si. Relacionada
também com a acidez do solo está a disponibilidade dos nutrientes cálcio e magnésio e
de micronutrientes como manganês, ferro, cobre e zinco (ALVAREZ, V. et al. 1999).
(Tabelas 1 e 2).
Tabela 1. Classes de interpretação para a acidez ativa do solo (pH)1 Classificação química
Ac. muito elevada
Acidez elevada
Acidez média
Acidez Fraca
Neutra
>4,5 4,5 - 5,0 5,1 - 6,0 6,1 - 6,9 7,0 Classificação agronômica
Muito baixo Baixo Bom Alto < 4,5 4,5 - 5,4 5,5 - 6,0 6,1 - 7,0
Fonte: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais - CFSEMG -Viçosa – 1999. ALVAREZ, V. H. V.;GUIMARÃES, P.T.G.;
Tabela 2. Classes de interpretação de fertilidade do solo para a matéria orgânica e para o complexo de troca catiônica
Característica Unidade1 Classificação Muito baixo
Baixo Médio2 Bom Muito Bom
Cálcio trocável (Ca2+)4
cmolc/dm3 ≤ 0,40 0,41 -1,20 1,21 - 2,40 2,41 - 4,00 > 4,00
CTC pH 7 (T)8 cmolc/dm3 ≤ 1,60 1,61 - 4,30 4,31 - 8,60 8,61 - 15,00 > 15,00 Saturação por Al3+
(m)9 % ≤ 15,0 15,1 - 30,0 - - -
Saturação por bases (V)10
% ≤ 20,0 20,1 - 40,0 40,1 - 60,0 60,1 - 80,0 > 80,0
Fonte: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais - CFSEMG -Viçosa – 1999. ALVAREZ, V. H. V.;GUIMARÃES, P.T.G.;
3.2 - Gesso agrícola e sua composição química
A produção do fosfogesso, um subproduto da reação de ácido sulfúrico com
rocha fosfatada, realizada com o fim de produzir ácido fosfórico, pode ser representada,
de forma simplificada, por:
Ca10(PO4)6F2 + 10H2SO4 + 20H2O 10CaSO4 . 2H2O + 6H3PO4 + 2HF
“ o fosfogesso pode ser obtido por três processos diferentes, que determinam o
grau de hidratação do sulfato de cálcio. São eles: o processo di-hidratado, o processo
hemi-hidratado e o processo hemi-di-hidratado. ( RAIJ, 2008).
Segundo Lyra Sobrinho et al, (2001) a gipsita é um mineral de dureza 2 e
densidade 2,35. Ocorre, em geral, em granulação fina e média, estratificada ou maciça.
A cor variável e, dependendo das impurezas, pode ser incolor, branca, cinza ou
amarronzada.
Os fertilizantes são produzidos a partir da fabricação do ácido fosfórico, que por
sua vez, usa como matéria prima rochas fosfáticas. A rocha fosfática ocorre sob duas
formas, uma sedimentar, constituída basicamente de restos de peixes e outros
organismos marinhos, e a outra de origem ígnea, através de intrusões magmáticas.
Dependendo da origem, podem ocorrer teores diferenciados de anidro fosfórico – P2O5
que varia de 22 a 45 %. (RAIJ, 2008).
Esta diferença deve ser considerada, uma vez que no Brasil as rochas são de
origem ígnea, possuindo menor radioatividade e menores teores de flúor, o que torna o
fosfogesso muito menos perigoso que na Europa, Estados Unidos e Marrocos cujas
rochas são de origem sedimentar. ( RAIJ, 2008). (Quadro 1).
A relação média de produção de ácido fosfórico no mundo é de 1: 4,5, ou seja,
para cada tonelada de ácido produzida se produz 4,5 toneladas de Fosfogesso. (PINTO;
M, M. 2007).
3.3- Solubilidade e Efeito do Gesso Agrícola
“Dissociação do gesso agrícola representada por:
(CaSO4) (Ca²+) + (SO4²-)
Note-se que o ânion e o cátion do sulfato de cálcio, um sal neutro, não perdem a
identidade ao dissolver, passando a existir o cátion Ca2+ e o ânion SO4²- em solução.
Este aspecto é lembrado para fazer uma diferenciação com o carbonato de cálcio, um sal
alcalino que, reagindo com acidez, tem o ânion carbonato convertido em água e gás
carbônico. Essa é a razão pela qual o ânion carbonato é considerado um “receptor de
prótons”, o que o ânion sulfato não é: (RAIJ, 2008).
“Embora se reconheça a solubilidade do gesso em água, há alguns problemas
relacionados” a velocidade com que o gesso se dissolve pode ter alguma importância e,
por essa razão, é preciso ter dados da análise granulométrica. (RAIJ, 2008).
3.4- Gesso e sua fonte de nutrientes
Os macronutrientes cálcio e enxofre, presente na formulação do gesso agrícola,
melhoram as condições químicas do solo. A disponibilidade do elemento enxofre é na
forma de sulfato (RAIJ, 2008).
Segundo Raij, (2008, p.50) “uma vez no solo, contudo, a dinâmica do íon sulfato
e a interação com a fase sólida vão determinar a disponibilidade para as plantas.”
A formação de complexos químicos com o alumínio torna-o menos disponível
para as plantas. Por ter alta solubilidade no solo, o gesso fornece rapidamente o cálcio,
que pode ser lixiviado em profundidade, melhorando a fertilidade e aumentando a
exploração das raízes”. (ROSSETTO & SANTIAGO, 2011).
O enxofre aparece na planta, segundo (Raij 2008) “ em sua maior parte, em
proteínas, no solo, o enxofre encontra-se, principalmente, em forma orgânica, na
camada superficial. Nessa parte do solo, o sulfato não encontra condições adequadas de
absorção e o ânion sulfato, SO4-2 tende a mover-se para o subsolo.”
Na interpretação do pesquisador (Raij 2007) “ a, saturação por alumínio e a
deficiência de cálcio são os dois indicadores usados para diagnosticar a barreira química
em subsolos e para a tomada de decisão sobre aplicar ou não aplicar gesso.
Tabela 3 : Gesso Agrícola e sua composição química no “Fosfogesso” CaSO4.2H2O 96,50%
CaHPO4.2H2O 0,31% [Ca3(PO4)2].3CaF2 0,25%
Umidade livre 17% CaO 26 - 28 %
S 15% P2O5 0,75%
SiO2(insolúveis em ácidos) 1,26% Fluoretos (F) 0,63%
R2O3(Al2O3+F2O3) 0,37% Fonte: VITTI, 2000.
Tabela 4: Anidrita (CaSO4) utilização na Industria Cimenteira Composição química Concentração (%)
CaO 41,2 Ca 29,4 S 23,5
Fonte: VITTI, 2000.
Tabela 5 : Composição Gesso Gipsita Mineral Composto Ca, g/Kg S,g/Kg Gipsita CaSO4.2H2O 294 235
Semi-hidratado CaSO4.1/2H2O 276 221 Anidrita CaSO4 233 189 Calcita CaCO3 400 0
Fonte: RAIJ, 2008.
3.5- Ação Tóxica do Alumínio e presença de Sódio
“Quando o alumínio é encontrado em grande concentração no solo, diz-se que
este solo possui uma acidez elevada. Quanto mais ácido é o solo, maior é o teor de
alumínio capaz de causar dano as plantas. Além da toxidade do alumínio, a acidez
também causa a redução na disponibilidade de outros nutrientes essenciais para as
plantas. Como consequência tem-se a redução na produção da cultura. Para o controle
da acidez do solo usa se a correção, que pode ser feita por meio da calagem, até 0,20 m
de profundidade,”. (FONSECA, et al.; 2009).
É necessário água de boa qualidade para remover o excesso de sais solúveis e o
gesso, CaSO4.2H2O, para deslocar o sódio do solo por troca iônica e removê-lo como
Na2SO4 ,pode ser representada por:
[solo] Na2 + CaSO4 Na2SO4 + [solo] Ca
O alumínio é o principal fator de acidez do solo prejudicial às culturas. Dessa
forma, se o subsolo for muito ácido, as raízes das culturas mais suscetíveis à acidez
ficarão confinadas em camada superficial pouco espessa do solo, em que encontram
condições adequadas de desenvolvimento. (RAIJ, 2008).
Para reduzir a ação tóxica, utiliza-se o “ gesso, que percola através do perfil, é
eficaz, em alguns casos, em favorecer o rompimento de barreira química no subsolo
pelas raízes, com a vantagem de ser um insumo que pode ser aplicado na superfície.
Sendo um sal solúvel em água, dissolve com a água de chuva e penetra facilmente no
subsolo, dentro dos limites possíveis impostos pela solubilidade.” (RAIJ, 2008).
3.6-Interpretação Granulométrica e Potencial Hidrogeniônico (pH)
A argila, “ é um dos mais importantes atributos do solo. Solos com mais argila
retêm mais água e são menos suscetíveis a veranicos. O teor de argila é utilizado
diretamente para estabelecer a quantidade de gesso a aplicar”. Contudo, o critério é
precário, considerando que não é levada em conta a mineralogia, ou melhor, a”
capacidade de adsorção de gesso do solo.” (RAIJ, 2008).
Segundo, REICHARDT, K & TIMM, C. L (2004) argumentam que: “ a argila,
constituída de partículas de diâmetro menor que 2 micrometro (10¬6m), compreende
grande grupo de minerais, alguns dos quais são amorfos, mas boa parte deles é
constituída de microcristais de tamanho coloidal e estrutura definida. Outra fonte de
carga não balanceada nos minerais de argila é a neutralização incompleta dos átomos
nas extremidades das redes cristalinas e de materiais orgânicos. As cargas das argilas
são neutralizadas externamente pela solução aquosa do solo, isto é, íons trocáveis (Ca+²,
H+¹, Mg+², H2PO4+¹, NO3,....) ou mesmo dipolos de água”. (REICHARDT, 2004).
A formação de acidez no solo ocorre de maneira natural, OLIVEIRA, I. P.
(2005)., “ No processo da decomposição da matéria orgânica há formação tanto de
ácidos orgânicos como de inorgânicos. O mais simples, encontrado em maior
abundância, é o ácido carbônico que resulta da combinação do óxido carbônico com a
água.
Por ser um ácido fraco não pode ser responsabilizado pelos baixos valores de pH
do solo. Ácidos inorgânicos como ácido sulfúrico e ácido nítrico e alguns ácidos
orgânicos fortes são potentes supridores de íons H+ do solo. A acidez do solo surge com
o contato dos ácidos do solo em contato com a solução aquosa, reage com a água
dissociando: [ HA H+ (cátion)+ A- (anion)];” “ O pH ou potencial hidrogeniônico
representa a concentração de H+, expresso por: pH = - log (H+) = log 1/( H+). Assim,
para uma concentração 0,00001 molar ou 10-5 M em H+, equivale ao pH 5 sendo que no
solo a faixa de pH entre 5,8 e 6,2 é a que apresenta maior disponibilidade da maioria
dos nutrientes essenciais disponíveis para as culturas”. Solos com pH abaixo de 7 são
considerados ácidos; os com pH acima de 7 são alcalinos. Os macronutrientes, N, P, K,
Ca, Mg e S, encontram-se mais disponíveis em pH mais elevado e os micronutrientes
como o Cu, Fe, Zn e Mn têm suas concentrações reduzidas quando se aumenta o pH e o
B, Mo e Cl são mais disponíveis em pH mais alcalinos.” (OLIVEIRA, I. P. (2005).,)
Segundo FAGIOLI, et al (2010), “ Na cultura do café, conhecer e controlar a
acidez do solo é fundamental, pois tanto a acidez do solo como a alcalinidade influência
na disponibilidade dos nutrientes necessários para as plantas. Normalmente, o solo
ácido tem alta concentração de hidrogênio e alumínio, que são tóxicos para as plantas.
Para o café, a faixa ideal de acidez ativa (pH) está entre 5,5 e 6,5”. (FAGIOLI, SILVA,
A et al. 2010).
De acordo com (Raij, 2008), “ a relação saturação por bases (V) e pH não
obedece, em subsolos, à relação estabelecida para amostras da camada superficial. É um
bom índice para comparar o efeito de calagens e gessagens no subsolo, mas apenas para
comparar resultados no mesmo solo ou solos similares. Não serve para aferir o grau de
acidez para raízes de plantas, por exemplo. Por outro lado, é possível ter uma ideia das
características eletroquímicas do solo. Utilizando a relação de saturação por bases e pH
estabelecidos para a superfície, pode-se comparar o pH avaliado, em água ou em CaCl2,
com o valor que seria esperado para a saturação da amostra do subsolo. Se o valor for
maior, o solo tenderá a ser mais eletropositivo e responder melhor ao gesso; se for
menor, tenderá a ser mais eletronegativo e responder menos ao gesso.”
Segundo LOPES, SCHEID, A. & GUILHERME, L. R.G (1992), “ V% =
Percentagem de saturação por bases da CTC a pH 7,0: este parâmetro reflete quantos
por cento dos pontos de troca de cátions potencial do complexo coloidal do solo estão
ocupados por bases, ou seja, quantos por cento das cargas negativas, passíveis de troca a
pH 7,0, estão ocupados por Ca, Mg, K e, às vezes, Na, em comparação com aqueles
ocupados por H e Al. É um parâmetro utilizado para separar solos considerados férteis
(V% >50) de solos de menor fertilidade (V%<50)”.
De acordo com LOPES, SCHEID, A. e GUILHERME, L.R.G a acidez do solo
pode ser interpretada seguindo o quadro abaixo).
Quadro 1: Critérios para Interpretação de Análises de Solo (pH(1)) para fins de Avaliação da Fertilidade no Estado de Minas Gerais.
Fonte: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais - CFSEMG -Viçosa – 1999. ALVAREZ, V. H. V.;GUIMARÃES, P.T.G.;
4 – JUSTIFICATIVA
A aplicação de gesso agrícola pode aumentar a saturação por Ca2+ na CTC efetiva,
além do que o sulfato pode se ligar ao Al3+ reduzindo seu teor e a sua atividade no solo
proporcionando aumento na CTC potencial do solo. O conhecimento a cerca da
fertilidade do solo, permite uma perspectiva do uso do gesso em regiões afetadas por
períodos de seca, possibilitando a melhoria da fertilidade do solo e possível aumento na
produtividade do cafeeiro.
5- MATERIAL E MÉTODOS
A coleta das amostras de solo, foram feitas em três lavouras de café, uma no
município de Vitória da Conquista e duas em Barra do Choça, estado da Bahia.
Segundo MATSUMOTO (2004), “ Vitória da Conquista situa-se à altitude
média de 900 m e apresenta temperatura média anual de 21ºC ( Estação Meteorológica
– Esmet, 2004), com média pluviométrica de 900 mm condições favoráveis ao cultivo
de cafeeiros”.
O município de Barra do Choça faz parte da região de clima Tropical
Subúmido, representando uma área de transição entre o clima Úmido, localizado à leste,
e o clima Semi-árido, localizado a oeste. As medias anuais estão em torno de 1000mm
com altitude média de 850 m. (PMBC, 2013).
As áreas de coleta, foram demarcadas, utilizando equipamento GPS de marca
“Etrex Vista Garmin”, em dimensões de (100,0 m x 100,0 m ), totalizando 10.000 m²,
que corresponde a 1,0 hectare.
5.1- Características dos Cafezais
A primeira coleta foi realizada no campo Agropecuário da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, coordenada geográfica 14º 53' 16,95" S e 40º
47' 45,88" W, que apresenta índice pluviométrico médio de 800 mm/ano e altitude de
876 m, sendo a área demarcada para coleta do solo o plantio de café com mais de vinte
anos de plantados, consorciado com Grevílea (Grevillea robusta). A adubação é feita
sem acompanhamento técnico.
A segunda coleta foi realizada na Fazenda Espírito Santo, localizada no
município de Barra do Choça -Bahia, coordenada geográfica: 14º 48' 44,80" S e 40º 32'
30,86" W, com índice pluviométrico médio em torno de 950mm/ano, com altitude 917
m. O café apresenta idade superior a trinta anos, e alta fertilidade, em função de adição
de adubos com finalidade de alta produção.
A terceira coleta foi realizada na Fazenda Urubamba, também localizada no
município de Barra do Choça- Bahia, coordenada geográfica: 14º 50' 19,88" S e 40º 30'
45,97" W, com índice pluviométrico médio de 1.150mm/ano, com altitude 926m e café
com mais de trinta anos, tendo adição de adubos com finalidade de alta produtividade.
5.2- Amostragem do Solo
O período de coleta foi compreendido entre os meses de dezembro de 2012 a
janeiro de 2013, em três propriedades do planalto de Vitória da Conquista, sendo cada
uma amostrada com vinte pontos na profundidade de 1,90m (um metro e noventa). Em
cada ponto foram retiradas cinco amostras de solo em diferentes profundidades
divididas por camadas de 0-20 cm; 20-40 cm; 40-90 cm; 90-140 cm; 140-190 cm
formando amostras compostas, totalizando quinze análises nas três propriedades.
A amostragem de solo adotada foi no formato zigue-zague (figura 2). Os
materiais utilizados foram cinco baldes de (10 a 20L), para o armazenamento e
homogeneização do solo, identificados com o valor da profundidade de coleta; (Figura
3). Sacos plásticos etiquetados, contendo as seguintes informações: nome da fazenda,
profundidade de coleta, número da amostra, município, quantidade de solo (450 a
500g); (Figura 4).
Outros equipamentos utilizados foram, espátula pedológica; trado holandês e/ou
caneca,(20 cm de profundidade cada); Trado tipo sonda de aço-inox de cinquenta
centímetros de comprimento, acoplado a uma haste de um metro e cinquenta,
totalizando dois metros (Figura 5). Além disso, foram utilizadas quatro ponteiras de
aço-inox cilíndrico de cinquenta centímetros cada, reduzindo o risco de contaminação
por outras camadas. (Figura 6 e 7).
5.2.1- Representação das atividades e materiais utilizados em campo
Figura 2: Croqui da área de coleta de solo Figura 3: baldes e trados
Figura 4: saco plástico, etiquetado, régua Figura 5: baldes, trado e espátula
Figura 6: trado tipo inox acoplado Figura 7: trado tipo inox; balde e espátula
5.3- Variáveis da análise química do solo
5.3.1 Análise Química do Solo
As amostras compostas foram encaminhadas ao laboratório de Química do Solo
da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, onde foram realizadas análise
química dos seguintes parâmetros: pH, alumínio, cálcio, magnésio, potássio e fósforo.
5.3.2 pH em água
O pH em água foi obtido mediante utilização de peagâmetro imerso em
suspensão solo : água na proporção de 1:2,5; sendo a leitura realizada diretamente no
aparelho (EMBRAPA, 1997).
5.3.3 Alumínio Trocável (Al³+)
Para obtenção do teor de alumínio do solo, realizou a extração com KCl 1 N e
titulação com NaOH 0,025 N, sendo o teor de alumínio, expresso em cmolc/dm³,
equivalente ao volume gasto na titulação (EMBRAPA, 1997).
5.3.4 Cálcio e Magnésio Trocáveis
Na obtenção dos teores de Ca²+ e Mg²+ do solo, realizou-se a extração com KCl
1 N e titulação com EDTA 0,025 N, sendo os teores de Ca²+ e Mg²+, expressos
cmolc/dm³, equivalentes ao volume gasto na titulação com EDTA (EMBRAPA, 1997).
5.3.5 Potássio (K+) Disponível
O teor de potássio disponível, expresso em cmolc/dm³, foi determinado mediante
extração com mehlich 1 ( HCl 0,05 N + H2SO4 0,025 N) e leitura em fotômetro de
chamas. (EMBRAPA, 1997).
5.4 Análise Física de Solo
As amostras compostas foram encaminhadas ao laboratório de Química do Solo
da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, onde foi realizada análise
física do solo utilizando o teor de argila.
5.4.1 Método da Pipeta (Argila)
Determinada por meio da reunião das partículas unitárias do solo ( areia, silte e
argila ) em partículas compostas ou grumos, cuja expressão em macro escala serão os
agregados ou torrões. A estrutura do solo é classificada de acordo com o tamanho e
forma desses agregados.
O solo pode apresentar-se com estrutura maciça ( solos sódicos ), com estrutura
laminar, prismática, em blocos, e estrutura granular ( agregados pequenos, na forma de
grãos)(TOMÉ Jr, 1997).
5.5 – Critérios de diagnose para uso do Gesso Agrícola
5.5.1- Parâmetros de avaliação para valores de cálcio, alumínio e saturação por alumínio
• RAIJ et al, 1996; RAIJ, 2008.
“ Ca2+ menor que 4 mmolc/dm³ e a saturação por alumínio maior que 40%”.
• RIBEIRO et al, 1999;
“ Ca2+ menor ou igual a 4 mmolc/dm³ e/ou Al3+ maior do que 5mmolc/dm³ e/ou,
ainda, quando a saturação por alumínio é maior do que 30%”.
• SOUSA e LOBATO, 2002;
“ Ca2+ menor do que 5mmolc/dm³ e saturação por alumínio maior do que 20%”.
5.5.2- Métodos de recomendação de Gesso
5.5.3- Método Químico
De acordo com, (MALAVOLTA, et al, 1993) a recomendação adotada para
cálculo de gesso é :
Valores extraídos da camada de 20 a 40 cm de profundidade;
N. G. = (0,6 *CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5
N.G. = (meq Al/100 cm³ - 0,2* CTCe) x 2,5
Onde:
N. G. = necessidade de gesso = toneladas de gesso/hectare [t/ha];
CTCe = capacidade de troca catiônica efetiva [cmolc /dm³].
5.5.4 - Método Físico
Segundo, RAIJ (2008);
A Necessidade de gesso pode ser calculada da seguinte forma:
Culturas perenes: NG = 7,5 x argila (g.kg-1).
6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 - Campo agropecuário da UESB, índice pluviométrico de 800 mm/ano
Nesta parte do estudo, são apresentados os dados das análises química e física
dos solos dos três cafezais, que será discutido com base nas tabelas de interpretação.
Com base na coleta em campo, obteve- se os seguintes resultados da análise
química.
Resultado da análise química das amostras de solo para cafés da UESB. Tabela 6: Análise química de solo
cmolc/dm³ de solo % % Profundidade pH
H2O K+
Ca²+
Mg++
Al³+
H+
S.B
t T V m
0-20cm 5,0 0,11 0,8 0,7 0,5 3,3 1,6 2,1 5,4 30 24 20-40cm 4,7 0,06 0,4 0,4 0,5 3,3 0,9 1,4 4,7 18 37 40-90cm 4,7 0,04 0,5 0,5 0,6 3,2 1,0 1,6 4,8 21 37 90-140cm 4,6 0,03 0,6 0,5 0,6 3,2 1,1 1,7 4,9 23 35
140-190cm 4,5 0,02 0,5 0,3 0,6 2,3 0,8 1,4 3,7 22 42 Fonte: Laboratório de Solos -UESB
Os dados analisados indicaram que para os valores de cálcio, alumínio e valor de
saturação por alumínio, é recomendado a aplicação de gesso agrícola. (Tabelas 7, 8 e 9).
Tabela 7 : Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. UESB Teor
(20 a 40 cm) Necessidade de gesso agrícola (RAIJ, 1996)
Análise - Uesb Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <4mmolc/dm3 Usa gesso 0,4 cmolc/dm3 Sim m (%) >40% Usa gesso 37% Dispensa
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 8 : Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio. UESB
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola (RIBEIRO et al,
1999)
Análise - Uesb Recomendação gesso agrícola
Ca2+ ≤4mmolc/dm3 Usa gesso 0,4 cmolc/dm3 Sim Al3+ ≥5mmolc/dm³ Usa gesso 0,5 cmolc/dm3 Sim
m (%) ≥30% Usa gesso 37% Sim Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 9: Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. UESB
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola (SOUSA e
LOBATO, 2002
Análise - Uesb Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <5mmolc/dm3 Usa gesso 0,4 cmolc/dm3 Sim m (%) >20% Usa gesso 37% Sim
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Segundo RAIJ (2008), em experimento de calagem e gessagem de cana-de-
açúcar, desenvolvido em Lençóis Paulista - SP “ Com a adição de gesso, os teores de
cálcio aumentaram muito, distribuindo-se ao longo do perfil amostrado, e o magnésio
foi deslocado para camadas mais profundas”.
O gráfico 1 abaixo permite a visualização das concentrações de cálcio e
alumínio o gráfico 2 seguinte mostra a saturação por alumínio nas diferentes camadas
de solo.
Gráfico 1: Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo cafezal. (UESB)
Analisando as diferentes concentrações de cálcio na camada de 20 – 40 cm,
verifica-se a necessidade de aplicação de gesso agrícola neste solo.
Avaliando as concentrações de alumínio e seguindo a recomendação da (tabela
9), nota-se a necessidade de aplicação de gesso agrícola na camada de 20 – 40 cm.
Gráfico 2: Valores de Saturação por Alumínio no Perfil do Solo. (UESB)
Segundo RAIJ (2008), “saturação por alumínio maior que 30%, é
recomendável o uso de gesso agrícola” na camada de (20-40 cm, m = 37%) utiliza gesso
agrícola.
Gráfico 3: Valores de pH (potencial hidrogeniônico) UESB
Considerando que a faixa ideal de pH do solo, segundo Lopes, & Guilherme,
(1992), seja entre a “ acidez elevada (4,5 – 5,0); acidez média (5,1 – 6,0) a acidez fraca
(6,1 – 6,9), ”. Conclui-se que em todas as camadas do solo a acidez esta elevada.
Em termos agrícolas, segundo LOPES & GUILHERME, (1992), “pH entre (4,5-
5,4) é considerado baixo”, indicando que na análise do (gráfico 3), o pH está baixo.
Gráfico 4: Percentual de saturação por bases -UESB
Segundo, Alvarez, V., et al. (1999) valores de saturação por bases ideal é “
muito baixo (≤ 20,0); baixo ( 20,1 - 40,0); (médio 40,1 - 60,0); (bom 60,1 - 80,0) e
muito bom (> 80,0)”.
Considerando que na camada de (20-40 cm, V=18%, muito baixo);, típico de
solos “ distróficos (pouco férteis) = V% < 50%” (RONQUIM, 2010).
Resultados para Recomendação de Gesso Agrícola pelo método químico, Cafezal-UESB. Tabela 10: Valores para recomendação de gesso agrícola. UESB
MALAVOLTA, et al, (1993)
Profundidade (centímetros )
Necessidade de Gesso toneladas /hectare
(0,6 CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 20 - 40 1,10 (meq Al/100 cm³ - 0,2 CTCe) x 2,5 20 - 40 0,55 Fonte: (Adaptado por: OLIVEIRA, F de S.; (CTCe= Capacidade de troca catiônica efetiva = t = SB + Al); (cmolc/dm³ = meq/100cc); (1,0 tonelada = 1000 kg); {1meq(Ca+Mg)/100mL = cmolc/dm³}; (TOMÉ, Jr., J. B. 1997). Utilizando a fórmula química descrita acima, verifica-se a necessidade de
aplicação de gesso agrícola nas dosagens de ( 0,55 a 1,10 t/ha).
Em trabalho realizado com cana-de-açúcar, em Lençóis Paulista em latossolo
vermelho-escuro álico, segundo Morelli e outros (1992), “ O aumento máximo de
produção, para os quatro anos, somente com calcário, foi de 54,4 t/ha para 4t/ha de
calcário; para 6t/há de gesso, foi de 51,6 t/ha de colmos. Com a combinação dessas duas
quantidades, o aumento foi de 76,8 t/ha para o uso desses dois insumos”.
Resultado para recomendação de gesso agrícola pelo método físico. cafezal-UESB
Tabela 11: Análise Física de Solo- Cafezal- UESB
Composição Granulométrica (TFSA g/Kg)
Profundidade Argila (0,002 mm) Classe Textural
0-20cm 290 Franco Argilo Arenoso 20-40cm 300 Franco Argilo Arenoso 40-90cm 350 Franco Argilo Arenoso 90-140cm 420 Argila Arenosa
140-190cm 430 Argila Arenosa
Fonte: Laboratório de Solos
Em função da profundidade, observou um aumento da composição
granulométrica da argila medida por TFSA ( Terra Fina Seca ao Ar). (Gráfico 5).
Gráfico 5: Variação do teor de argila no perfil do solo, cafezal- UESB
Tabela 12: Valores tabulados de recomendação de gesso pelo método físico - UESB
RAIJ, 2008 (N.G)
Profundidade (centímetros )
Amostra Solo Argila [g/kg]
(NG) toneladas/hectare
NG = 7,5 x argila (g. kg-¹). 20 - 40 300 2,25
Com base nos valores de cálcio, alumínio, saturação de alumínio e valor de
argila é recomendado a utilização de gesso agrícola em 2,25 t/ha.
Valores encontrados para os diferentes métodos adotados para gesso agrícola
Tabela 13: Resumo das recomendações de gesso agrícola
Método Fórmula Recomendação de Gesso Agrícola
MALAVOLTA, et al, (1993)
(0,6 CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 1,10 t/ha (meq Al/100 cm³ - 0,2 CTCe) x 2,5 0,55 t/ha
RAIJ, 2008 NG = 7,5 x argila (g. kg-¹). 2,25 t/ha
6.2 – Cafezal do município de Barra do Choça, índice pluviométrico 950 mm/ano
Tabela 14: Análise Química de Solo- Fazenda Espírito Santo
cmolc/dm³ de solo % % Profundidade pH
H2O K+
Ca²+
Mg++
Al³+
H+
S.B
t T V m
0-20cm 5,9 0,61 5,5 2,4 0,1 4,6 8,5 8,6 13,2 64 1 20-40cm 5,2 0,36 2,2 1,5 0,4 7,1 4,1 4,5 11,6 35 9 40-90cm 4,6 0,24 1,0 0,6 0,9 6,3 1,8 2,7 9,0 20 33 90-140cm 4,7 0,11 0,8 0,6 0,8 4,0 1,5 2,3 6,3 24 35
140-190cm 4,7 0,08 0,8 0,7 0,5 3,0 1,6 2,1 5,1 31 24 Fonte: Laboratório de Solos Tabela 15: Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. (Fazenda Espírito Santo)
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola RAIJ (1996)
Análise – Faz. Espírito Santo
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <4mmolc/dm3 Usa gesso 2,2 cmolc/dm3 Dispensa m (%) >40% Usa gesso 9% Dispensa
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 16: Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio. (Fazenda Espírito Santo)
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola RIBEIRO et al,
(1999)
Análise – Faz. Espírito Santo
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ ≤4mmolc/dm3 Usa gesso 2,2 cmolc/dm3 Dispensa Al3+ ≥5mmolc/dm³ Usa gesso 0,4 cmolc/dm3 Dispensa
m (%) ≥30% Usa gesso 9% Dispensa Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 17: Classe de Interpretação, cálcio e Saturação por alumínio. (Fazenda Espírito Santo)
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola SOUSA & LOBATO, (2002)
Análise – Faz. Espírito Santo
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <5mmolc/dm3 Usa gesso 2,2 cmolc/dm3 Dispensa m (%) >20% Usa gesso 9% Dispensa
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Os dados da amostra de solo analisados indicaram que para os valores de cálcio,
alumínio e saturação por alumínio, dispensa aplicação de gesso agrícola. (Tabelas 15,
16 e 17).
Gráfico 6: Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo. (Fazenda Espírito Santo)
Em todas as profundidades de solo analisadas a concentração de cálcio está
acima do valor de referência de “Ca2+ = ≤0,4cmolc/dm3,, (RAIJ, 2008); não sendo
necessário portanto a aplicação de gesso agrícola.
Gráfico 7: Valores de saturação por alumínio no perfil do solo fazenda Espírito Santo)
Com base nos valores de alumínio da nas camadas de (0-20 cm; 20-40 cm)
comparado ao valor de referência (Al3+ = ≥0,5cmolc/dm³, usa gesso), dispensa o uso de
gesso agrícola.
Quando valores de “ saturação por alumínio é maior do que 30%, é
recomendado o uso de gesso agrícola (RAIJ, 2008).
Nas camadas de (40-90 cm, m=33%); (90-140 cm, m=35%), recomenda-se o uso
de gesso agrícola e nas demais camadas (0-20 cm; 20-40 cm; 140-190 cm) dispensa-se
o uso de gesso.
Gráfico 8: Valores de pH (potencial hidrogeniônico) -fazenda. Espírito Santo
Considerando que a faixa ideal de pH do solo, segundo Lopes & Guilherme, L.
R. G, (1992), seja entre a “ acidez elevada (4,5 – 5,0); acidez média (5,1 – 6,0) a
acidez fraca (6,1 – 6,9),”. Concluiu-se que nas camadas (0-20 cm, pH=5,9) e (20-40cm,
pH=5,2) acidez média. Nas camadas (40-90 cm, pH=4,6); (90-140 cm, pH=4,7) e (140-
190 cm, pH=4,7) acidez elevada.
Na indicação agrícola, segundo Lopes & Guilherme, L. R. G, (1992), “pH baixo
(4,5-5,4); pH bom (5,5 – 6,0); pH alto (6,1-7,0)”. Na camada (0-20 cm, pH=5,9) pH
bom; e nas camadas (20-40 cm, pH=5,2); (40-90 cm, pH=4,6); (90-140 cm, pH=4,7) e
(140-190 cm, pH=4,7) todas com pH baixo.
Gráfico 9: Percentual de saturação por bases- Fazenda Espírito Santo
Considerando que na camada de (20-40 cm, V=35%, baixo); típico de solos “[...]
distróficos (pouco férteis) = V% < 50% [...]” (RONQUIM, 2010).
Tabela 18: Valores de recomendação de gesso fazenda Espírito Santo
MALAVOLTA, et al, (1993)
Profundidade (centímetros )
(NG) toneladas/hectare
(0,6* CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 20 a 40 Dispensa (meq Al/100 cm³ - 0,2* CTCe) x 2,5 20 a 40 Dispensa Fonte: (CTCe= Capacidade de troca catiônica efetiva = t = SB + Al); (cmolc/dm³ = meq/100cc); (1.0 tonelada = 1000 kg).
Com base nos valores de cálcio, alumínio, saturação por alumínio dispensa a
utilização de gesso agrícola.
Resultado da análise física do solo, cafezais com 950 mm/ano-Barra do Choça Tabela 19: Análise Física de Solo- Fazenda Espírito Santo
Composição Granulométrica (TFSA g/Kg) Profundidade Argila (0,002 mm) Classe Textural
0-20cm 450 Argila arenosa 20-40cm 540 Argila 40-90cm 630 Muito Argilosa 90-140cm 680 Muito Argilosa
140-190cm 660 Muito Argilosa
Fonte: Laboratório de Solos -UESB
Em função da profundidade, observou um aumento da composição
granulométrica da argila medida por TFSA ( Terra Fina Seca ao Ar). (Gráfico 10) no
solo da unidade amostral da fazenda Espírito Santo.
Gráfico 10: Variação do teor de argila no perfil do solo- fazenda Espírito Santo Tabela 20: Valores de recomendação de gesso pelo método físico fazenda Espírito Santo
RAIJ (2008) (N.G)
Profundidade (centímetros )
Amostra Solo Argila [g/kg]
Necessidade de gesso agrícola
NG = 7,5 x argila (g.kg-¹). 20 - 40 540 Dispensa
Com base no método físico, dispensa a utilização de gesso agrícola.
Valores encontrados para os diferentes métodos adotados para recomendação de
gesso agrícola.
Tabela 21: Resumo das recomendações de gesso agrícola- fazenda Espírito Santo
Método Fórmula Recomendação de Gesso Agrícola
MALAVOLTA, et al, (1993)
(0,6 CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 Dispensa (meq Al/100 cm³ - 0,2 CTCe) x 2,5 Dispensa
RAIJ (2008) NG = 7,5 x argila (g. kg-¹). Dispensa
6.3 – Cafezal do município de Barra do Choça, índice pluviométrico 1.150 mm/ano Tabela 22: Análise Química de Solo- Fazenda Urubamba
cmolc/dm³ de solo % % Profundidade pH
H2O K+
Ca²+
Mg++
Al³+
H+
S.B
t T V m
0-20cm 6,4 0,41 8,0 3,8 0,1 2,4 12,2 12,3 14,7 83 1 20-40cm 5,9 0,20 4,6 2,8 0,1 3,7 7,6 7,7 11,4 67 1 40-90cm 5,1 0,13 2,0 1,3 0,2 4,0 3,4 3,6 7,6 45 6
90-140cm 5,0 0,07 1,4 1,3 0,2 2,9 2,8 3,0 5,9 47 7 140-190cm 5,3 0,04 1,5 1,2 0,1 2,4 2,7 2,8 5,2 52 4
Fonte: Laboratório de Solos- UESB Tabela 23: Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. Fazenda Urubamba
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola RAIJ (1996)
Análise – Faz. Urubamba
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <4mmolc/dm3 Usa gesso 4,6 cmolc/dm3 Dispensa m (%) >40% Usa gesso 1% Dispensa
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 24: Classe de Interpretação, cálcio, alumínio e Saturação por alumínio. Faz.Urubamba
Teor (20 a 40 cm)
Necessidade de gesso agrícola RIBEIRO et al,
(1999)
Análise – Faz. Urubamba
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ ≤4mmolc/dm3 Usa gesso 4,6 cmolc/dm3 Dispensa Al3+ ≥5mmolc/dm³ Usa gesso 0,1 cmolc/dm3 Dispensa
m (%) ≥30% Usa gesso 1% Dispensa Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Tabela 25: Classe de Interpretação, cálcio e saturação por alumínio. Faz.Urubamba Teor
(20 a 40 cm) Necessidade de gesso agrícola SOUSA & LOBATO, (2002)
Análise – Faz. Urubamba
Recomendação gesso agrícola
Ca2+ <5mmolc/dm3 Usa gesso 4,6 cmolc/dm3 Dispensa m (%) >20% Usa gesso 1% Dispensa
Fonte: [mmolc/dm³ ÷10 = cmolc/dm3]. Ca2+=cálcio; Al3+ =alumínio; m (%)=saturação de alumínio.
Os dados analisados na profundidade de (20 a 40 cm) indicaram que para os
valores de cálcio, alumínio e saturação por alumínio, dispensa aplicação de gesso
agrícola. (Tabelas 23, 24 e 25).
A visualização das concentrações de cálcio, alumínio e saturação de alumínio
nas diferentes camadas de solo. estão disponibilizados nos gráficos 11 e 12.
Gráfico 11: Valores de cálcio e alumínio no perfil do solo. cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano
Em todas as profundidades analisadas a concentração de cálcio esta acima do
valor de referência de “Ca2+ = ≤0,4cmolc/dm3; usa gesso”, RAIJ, (2008); não sendo
necessária a aplicação de gesso agrícola.
A camada de 20-40 cm de profundidade indicou saturação por alumínio de
0,1cmolc/dm³; comparado ao valor de referência (Al3+ = ≥0,5cmolc/dm³, usa gesso), ,
dispensa-se o uso de gesso agrícola.
Gráfico 12: Valores de saturação por alumínio no perfil do solo. cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano
Gráfico 13: Valores de (pH) (potencial hidrogeniônico) cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano
Concluiu que nas camadas (20-40 cm, pH=5,9); (40-90 cm, pH=5,1) e (140-190
cm, pH=5,3) foi considerado com acidez média e acidez fraca na camada (0-20 cm,
pH=6,4); e de (90-140 cm, pH=5,0), considerado acidez elevada.
Na indicação agrícola, segundo Lopes, & Guilherme, L. R. G, (1992), “pH(4,5-
5,4) baixo; pH(5,5 – 6,0) bom; pH(6,1-7,0) alto”, considerando que na camada de (0-20
cm, pH=6,4) alto; camada (20-40cm, pH=5,9) bom; e nas camadas (40-90 cm,
pH=5,1);(90-140 cm, pH=5,0) e (140-190 cm, pH=5,3) classificados com pH baixo.
Gráfico 14: Percentual de saturação por bases- cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano
Segundo, ALVAREZ, V., et al. 1999) valores de saturação por bases ideal é “
muito baixo (≤ 20,0); baixo ( 20,1 - 40,0); (médio 40,1 - 60,0); (bom 60,1 - 80,0) e
muito bom (> 80,0)”.
Considerando que na camada de (20-40 cm, V=67%, bom); típico de solos “
eutróficos ( férteis ) = V% > 50%”. (RONQUIM, 2010).
Tabela 26: Valores de recomendação de gesso. Fazenda Urubamba
MALAVOLTA et al, (1993) Profundidade (centímetros )
(NG) toneladas/hectare
(0,6 *CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 20 - 40 Dispensa (meq Al/100 cm³ - 0,2* CTCe) x 2,5 20 - 40 Dispensa Fonte: (Adaptado por OLIVEIRA, F de S; (CTCe= Capacidade de troca catiônica efetiva = t = SB + Al); (cmolc/dm³ = meq/100cc); (1,0 tonelada = 1000 kg)
Tabela 27: Análise física de solo- Fazenda Urubamba
Composição Granulométrica (TFSA g/Kg) Profundidade Argila (0,002 mm) Classe Textural
0-20cm 430 Argila 20-40cm 550 Argila 40-90cm 700 Muito Argilosa
90-140cm 700 Muito Argilosa 140-190cm 700 Muito Argilosa
Fonte: Laboratório de Solos -UESB
Em função da profundidade, observou um aumento da composição
granulométrica da argila medida por TFSA ( Terra Fina Seca ao Ar). (Gráfico 15).
Gráfico 15: Variação do teor de argila no perfil do solo- cafezais de Barra do Choça-1.150mm/ano Tabela 28: Valores de recomendação de gesso método físico – Fazenda Urubamba
RAIJ (2008) (N.G)
Profundidade (centímetros )
Amostra Solo Argila [g/kg]
Necessidade de gesso
NG = 7,5 x argila (g.kg-¹). 20 - 40 550 Dispensa
Valores encontrados para os diferentes métodos adotados para gesso agrícola.
Tabela 29: Resumo das recomendações de Gesso agrícola
Método Fórmula Recomendação de Gesso Agrícola
MALAVOLTA, et al, (1993)
(0,6 CTCe - meq Ca/100 cm³) x 2,5 Dispensa (meq Al/100 cm³ - 0,2 CTCe) x 2,5 Dispensa
RAIJ (2008) NG = 7,5 x argila (g. kg-¹). Dispensa
É necessário avaliar os seguintes critérios para adoção do gesso agrícola tais
como, cálcio, alumínio e saturação por alumínio, caso seja necessário aplicar gesso
utilizar os modelos matemáticos disponíveis.
Considerações
As informações a cerca da utilização de gesso agrícola, é de fundamental
importância para a melhoria dos subsolos brasileiros. O estudo da caracterização
química e física dos solos da região sudoeste, permitem uma análise sensorial na
recomendação de gesso agrícola. Estes estudos são necessários para melhor
compreensão da dinâmica dos colóides do solo e a interação do homem no campo.
7 - CONCLUSÃO
As recomendações para uso do gesso agrícola variaram entre as propriedades
amostradas.
Na recomendação de gesso agrícola para o campo da UESB as doses variaram
entre 0,55; 1,10 e 3,00 t/ha pelo método químico e 2,25 t/ha pelo método físico,
podendo haver relação com baixo índice pluviométrico da região.
Na Fazenda Espírito Santo os dados encontrados não recomenda a utilização de
gesso agrícola.
Na Fazenda Urubamba os dados encontrados não recomenda a utilização de
gesso agrícola.
São necessários estudos futuros para recomendação de gesso agrícola, além da
camada de 20 a 40 cm de profundidade. Nas fazendas do município de Barra do Choça,
mencionadas, verificou-se índices pluviométricos satisfatórios a cafeicultura, atrelado a
uma boa adubação de base e ao manejo adequado da cultura, não sendo necessário a
recomendação de gesso agrícola.
8 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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ANEXO A
Quadro 1: Diferenças na composição das rochas fosfáticas de origem sedimentar e
ígnea
Quadro 2: Diferenças na composição das rochas fosfáticas de origem sedimentar e
ígnea
ANEXO B
Figura 1: Regiões produtoras de café na Bahia